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Cultura Cultura Jornal Angolano de Artes e Letras O ENSINO DA POESIA NO II CICLO Págs. 8 e 9 KITÔMBWA, UM PISTEIRO ABANDONADO Um homem digno, trabalhador, pai de família, foi toda a vida empenhado num trabalho que realizou com esmero e dedicação. Uma figura alta, serena, bem-disposta, sorriden- te, mas pensativa. Tem 45 anos de trabalho e 61 de idade. É Kitômbwa, um antigo Ranger, guarda-florestal, que acumu- lava com a função de pisteiro do Parque Nacional da Kissa- ma, situado na Província de Luanda. Conduziu, durante anos, milhares de turistas nacionais e estrangeiros. É importante perceber o processo da edifi- cação militar no contexto do Estado democráti- co e direito porque esta parte representa outra etapa do ponto de vista da história da edifi- cação militar em Angola. A obra A Posição de Angola na Arquitectura de Paz e Segurança Africana, da autoria do tenen- te-coronel Luís Manuel Brás Bernardino, oficial do Exército português, docente universitário e investigador, foi publicada agora em língua inglesa, em Lisboa, no dia 31 de Maio 2017, data do 26º aniversário da assinatura dos Acordos de Bicesse. Com esta publicação em inglês, os leitores vão perceber o ponto de vista deste académico português sobre o papel das Forças Armadas Angolanas no domínio da segurança nacional e no que respeita à segu- rança das regiões geográficas onde se encontra inserida a República de Angola. Numa palavra esta obra constitui, sem dúvida, mais um contributo à historiografia militar angolana. BARRA DO KWANZA Pág. 15 Dona Capombo estendida no chão da velha varanda, com todas as orações gastas e súplicas, comidas pelas longas horas de espera, pedia a qualquer anjo, a qualquer deus, que milagrasse ao mundo, a vinda de seu filho. INSERÇÃO DA DANÇA NA SOCIEDADE Será que hoje em dia podemos falar de uma definição sobre a dança? Em pleno século XXI as perguntas mais oportunas seriam, Quando é dança? E quais são os modos de apresentação deste fenómeno dança? Págs. 3 e 4 LETRAS GRAFITOS NA ALMA ANGOLA Págs. 5 e 7 ARTES Com base numa reflexão à volta do poema “Criar”, de Agostinho Neto, propõe-se a afectividade dos proces- sos “transmissão” e “assimi- lação”. Para o efeito, profes- sores e alunos devem trabalhar com muita estética e ética. O professor do ensino secundário tem de estar preparado para transformar a sala de aulas num verdadeiro espaço de aprendizagem. ISSUNJE Conto de Ernesto Daniel 10 NA ARQUITECTURA DE PAZ E SEGURANÇA AFRICANA O ENSINO LETRAS e 4 3 Págs. HISTÓRIA 10 Pág. NO II CICLO DA POESIA O ENSINO es of , pr o eit a o ef ar . 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CulturaCulturaJornal Angolano de Artes e Letras

O ENSINODA POESIA NO II CICLO

Págs.8 e 9

KITÔMBWA, UM PISTEIRO ABANDONADOUm homem digno, trabalhador, pai de família, foi toda a vida empenhado num trabalho que realizou com esmero e dedicação. Uma �gura alta, serena, bem-disposta, sorriden-te, mas pensativa. Tem 45 anos de trabalho e 61 de idade. É Kitômbwa, um antigo Ranger, guarda-�orestal, que acumu-lava com a função de pisteiro do Parque Nacional da Kissa-ma, situado na Província de Luanda. Conduziu, durante anos, milhares de turistas nacionais e estrangeiros.

É importante perceber o processo da edi�-cação militar no contexto do Estado democráti-co e direito porque esta parte representa outra etapa do ponto de vista da história da edi�-cação militar em Angola. A obra A Posição de Angola na Arquitectura de Paz e Segurança Africana, da autoria do tenen-te-coronel Luís Manuel Brás Bernardino, o�cial do Exército português, docente universitário e investigador, foi publicada agora em língua inglesa, em Lisboa, no dia 31 de Maio 2017, data do 26º aniversário da assinatura dos Acordos de Bicesse. Com esta publicação em inglês, os leitores vão perceber o ponto de vista deste académico português sobre o papel das Forças Armadas Angolanas no domínio da segurança nacional e no que respeita à segu-rança das regiões geográ�cas onde se encontra inserida a República de Angola. Numa palavra esta obra constitui, sem dúvida, mais um contributo à historiogra�a militar angolana.

BARRA DO KWANZA Pág.15

Dona Capombo estendida no chão da velha varanda, com todas as orações gastas e súplicas, comidas pelas longas horas de espera, pedia a qualquer anjo, a qualquer deus, que milagrasse ao mundo, a vinda de seu �lho.

INSERÇÃO DA DANÇA NA SOCIEDADESerá que hoje em dia podemos falar de uma de�nição sobre a dança? Em pleno século XXI as perguntas mais oportunas seriam, Quando é dança? E quais são os modos de apresentação deste fenómeno dança?

Págs.3 e 4 LETRAS HISTÓRIA

GRAFITOS NA ALMA

ANGOLA

Págs.5 e 7ARTES

Com base numa re�exão à volta do poema “Criar”, de Agostinho Neto, propõe-se a afectividade dos proces-sos “transmissão” e “assimi-lação”. Para o efeito, profes-sores e alunos devem trabalhar com muita estética e ética. O professor do ensino secundário tem de estar preparado para transformar a sala de aulas num verdadeiro espaço de aprendizagem.

ISSUNJEConto de Ernesto Daniel

Pág. 10

NA ARQUITECTURADE PAZ E SEGURANÇA AFRICANA

O ENSINOLETRAS e 4 3

Págs.

HISTÓRIA

10Pág.

NO II CICLO DA POESIA O ENSINO

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