CSMIAI N F O R M A T I V O

BOLETIM MENSAL DA CÂMARA SETORIAL DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS DA ABIMAQ | AGOSTO/2011 - Nº 25

A relação entre o homem e as máquinas é tão antiga que difi cilmente paramos para pensar sobre o que seria de nossa vida sem elas. Na primeira edição do Programa Tecnologia do Campo, que vai ao ar , pelo Canal Rural, importantes fi guras da agropecuária falarão sobre este assunto e nos contarão um pouco da história da mecanização agrícola no Brasil. O ex-ministro da Agricultura e Pecuária, Alysson Paulinelli, o presidente

da Embrapa, Pedro Arraes e o professor do curso de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Coelho de Souza são algumas das personalidades entrevistadas. Leia os depoimentos deles na página 3 e assista ao programa, aos sábados das 10h30 às 11h00, com reprise aos domingos no mesmo horário pelo Canal Rural (35 da NET). O Tecnologia do Campo é uma iniciativa da CSMIA - Abimaq, com o patrocínio das associadas: Jacto, Kepler Weber, Baldan, Marchesan, Montana e Jumil.

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Stara vai fabricar tratores no BrasilA fabricante de implementos agrícolas

Stara, de Não-Me-Toque (RS), anunciou a intenção de investir R$ 75 milhões para fa-bricar tratores no Brasil em um período de cinco anos. O projeto inclui a compra de um pacote tecnológico da argentina Pauny e a construção de uma unidade no país.

Em uma primeira fase, os tratores serão importados, mas já comercializadas com a marca Stara. Em um segundo estágio, virão partes da Argentina para que o veículo seja montado na unidade brasileira. E, em até cinco anos, a produção será nacionalizada. Cerca de dois mil tratores sairão da linha e deverão gerar um faturamento inicial de R$ 500 milhões. Os tratores serão apre-sentado na Expointer. Fonte: Zero Hora

Para testar máquinasA CSMIA e a Embrapa estudam a possi-

bilidade da criação de um laboratório para ensaios e até futura certificação de máquinas e implementos agrícolas que seria instalado na cidade de São Carlos (SP). O laboratório é uma demanda antiga da indústria e visa aumentar sua competitividade.

Cooplantio atuará como concessionária da Case

A Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio), sediada em Eldorado (RS), assinou, recentemente, contrato para ser uma concessionária de máquinas agrícolas da Case IH. Com a iniciativa, os produtores associados po-derão adquirir tratores, colheitadeiras e implementos por um preço inferior ao do mercado pela eliminação da margem que normalmente é cobrada pelas re-vendas. Para respeitar a área de outras concessionárias da marca, no entanto, a unidade poderá comercializar apenas para agricultores da região centro e sul do Rio Grande do Sul. A revenda será junto à sede da Cooplantio, com inaugu-ração prevista para o final de novembro. Fonte: Zero Hora

Painel do SetorSem nos darmos conta já estamos a três me-ses do término do ano. Muitas coisas impor-tantes têm acontecido e uma delas, que nos dá muita satisfação, é o lançamento oficial do pro-grama “Tecnologia do Campo”, que ocorrerá durante a nossa plenária, na Expointer.

O programa é diferente de tudo o que existe, pois embora seja uma iniciativa da indústria de implementos agrícolas, ele trata de vários aspectos relacionados à produção rural: técnicos, econômicos, sociais e polí-ticos e pretendemos que ele seja mais um instrumento de integração da cadeia produ-tiva dos agronegócios.Também queremos mostrar à opinião pública a importância do nosso setor na produção agropecuária e na geração de empregos.

Em nossa plenária vamos discutir muitos assuntos relevantes, tais como, Programa Mais Alimentos África e sobre nosso pleito de revitalização dos programas Moderfrota e Moderinfra, que a nosso ver carecem de atu-alização e de maior “ousadia” para permitir uma melhoria substancial e rápida no índice de mecanização do campo. Embora reco-nheçamos os efeitos positivos das iniciativas do governo ao lançar o Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria nacional, e a pror-rogação do Finame PSI, julgamos as ações insuficientes para atender os interesses da in-dústria e do produtor rural brasileiro. Conti-nuaremos firmes na defesa pela Revitalização do Moderfrota e Moderinfra com juros ainda menores e mais adequados para atender a demanda crescente por alimentos.

Já o “Mais Alimentos África” é importante no sentido de possibilitar uma maior influên-cia da tecnologia brasileira na África, que ten-de a ser no futuro um grande mercado para nossas máquinas e implementos agrícolas.

A CSMIA marca presença em mais uma edição da Expointer. Estaremos reunidos no auditório da Simers às 16 h para a nossa plenária. Contamos com sua presença!

Celso Casale - Presidente

www.abimaq.org.br/csmiaNotas

Informativo CSMIA é uma publicação mensal da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da ABIMAQ. Conselho editorial: Celso Casale, Carlos Eduardo De Marchi e José Carlos Pedreira de Freitas | Coordena-ção Editorial: Enio Campoi | Jornalista responsável: Adriana Ferreira - MTB 42.376 | Redação: Sandra Mastrogiaco-mo | Diagramação: Janaina Cavalcanti

Endereço: Rua Bernardino de Campos, 1001, sala 805, Higienópolis, Ribeirão Preto – SP Tel: (16) 3941-4114 | Site: www.abimaq.org.br/camaras/csmia | Email: csmia@abimaq.org.br

Expediente

Editorial

Revendas norte-americanasConvidado a participar do I Congresso

ANDAV, como palestrante, o norte-ame-ricano Dave Downey, diretor executivo do Center for Food and Agricultural Business Professor Emeritus – Purdue University, afirmou que uma das tendências em seu país é a da concentração no meio rural, tanto das propriedades agrícolas quanto dos revendedores e distribuidores de in-sumos. Segundo Downey, em alguns anos metade da produção do Meio-Oeste ame-ricano deverá ser controlada por apenas 6% das propriedades rurais. Existem nos EUA quatro mil revendas com cerca de 10 mil unidades. As maiores chegam a faturar 1 bilhão de dólares.

Revitalização do ModerfrotaEm reunião do Comitê de Financiamento

do Agronegócio da Abag, foi apresentado estudo da Agroconsult avaliando o impacto a partir de 2000 das linhas de financiamento de máquinas e implementos agrícolas (Mo-derfrota e FINAME PSI) e feita uma proje-ção das necessidades da agricultura em cré-dito até 2020, de R$ 16,6 bilhões em 2011 para R$ 18,2 bilhões em 2020. Na ocasião, o Comitê encampou proposta apresentada pela CSMIA-ABIMAQ de revitalização do Moderfrota, que perdeu a atratividade des-de a criação do FINAME/PSI em 2009, atra-vés de juros reduzidos e diferenciados para pequenos, médios e grandes agricultores.

Associados podem enviar sugestões para as próximas ediçõesFale Conosco

Atenção, leitores!Enviem sugestões de pautas, artigos e experiências de sucesso na sua empresa para o email csmia@abimaq.org.br

Estatística do Setor Para realizarmos o Levantamento

Estatístico do nosso setor precisamos da sua participação. Sua empresa deve responder mensalmente a um ques-tionário on-line. Encaminhe urgente à CSMIA o nome, email e telefone do responsável por prestar essas informa-ções e responderemos com os dados necessários para o acesso (login e se-nha). A estatística do setor é uma fer-ramenta importante para os negócios.

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www.abimaq.org.br/csmiaEntrevista

Confi ra os depoimentos de gente que vive e trabalha pela melhoria da agropecuária no Brasil. Em seus relatos eles nos ajudam a entender a trajetória do homem com as máquinas. A revolução industrial, a automação na vida das pessoas e a mecanização agrícola no Brasil. Além de Pedro Arraes, presidente da Embrapa, do ex-ministro Alysson Paulinelli e de Luiz Fernando Coelho de Souza, professor de engenharia agrícola da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Essa história também será contada por Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, Celso Casale, presidente da CSMIA-Abimaq, Cláudio Moreira, engenheiro do IAC, José Aroldo Gallassini, presidente da Coama e Thomaz Caetano Rípoli, professor da ESALQ. Todos eles estarão no Programa Tecnologia Rural que vai ao ar, pelo Canal Rural, semanalmente aos sábados das 10h30 às 11h, com reprise aos domingos no mesmo horário.

adoras especializadas. Hoje estamos numa agricultura de precisão se afirmando cada vez mais. Há uma evolução muito bonita nesses 50 anos de mecanização no Brasil.”

As máquinas na agriculturaEles, que respiram e inspiram agro, ajudam a contar a história da mecanização no Brasil

Pedro Arraes, presidente da Embrapa“A mecanização é um dos pilares da re-

volução na agricultura e o Brasil é uma refe-rência mundial. Nesse cenário a EMBRAPA tem o papel fundamental de trabalhar junto com a empresa privada no sentido de au-xiliar no desenvolvimento dessas máquinas, de testá-las e avaliá-las nos novos cultivares que geramos. O setor de máquinas vive um momento de uma competição forte, até predatória em alguns casos, portanto precisa investir fortemente em inovação. E a Embrapa, como uma empresa pública que está vinculada ao setor produtivo, está diretamente ligada a essa demanda do se-tor. Sabemos que os custos para inovar são altos, mas acho fundamental montarmos parcerias. As portas da Embrapa estão aber-tas para todos os produtores de máquinas, para discutirmos projetos de parceria para aumentar a eficiência, a inovação e a com-petitividade do agronegócio.”

Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agri-cultura e Pecuária e produtor rural

“O setor de máquinas e a tecnologia brasileira evoluiu e está em evolução, eu mesmo sou usuário de um sistema chama-do integração lavoura-pecuária e floresta, que depende de máquinas próprias, de inovações, de tecnologia que seja adequa-da a essa forma de utilizar o solo nos 12 meses no ano. Já avançamos muito, mas não podemos parar aí, precisamos conti-nuar evoluindo porque além da integração lavoura, pecuária e floresta, eu quero tam-bém fertilizar o solo, quero fazer ao mes-mo tempo a diversificação de pastagem, levar a leguminosa, melhorar as condições dessa massa de pastagem que eu preciso e que eu uso durante sete meses no ano. Eu não posso imaginar que o que está aí está pronto e acabado, eu quero que se evolua mais e mais. Isto é fundamental para que o produtor brasileiro continue a competir e a dominar o mercado.”

Prof. Luiz Fernando, professor no cur-so de Engenharia Agrícola da UFRGS

“A máquina amplia e muito a capacida-de de produção do homem a capacidade de trabalho, mas não é só isso. A máquina está aí para servir ao homem no sentido da qualidade de vida do próprio homem, visto que ela diminui a carga de trabalho manual e produz muitas vezes mais do que produzia o homem utilizando as mãos ou as ferramentas manuais. Portanto as máquinas contribuem diretamente para o bem estar social.

A história da mecanização agrícola no Brasil é muito recente, nós temos no má-ximo 60 anos de mecanização efetiva no Brasil. Ate 1960, importávamos tratores do mundo inteiro. Somente no governo de Juscelino Kubitschek, com a implanta-ção do Plano Nacional de Produção de Tratores, iniciamos a fabricação no país. Para se ter uma ideia, tínhamos 143 marcas importadas de diferentes tratores funcio-nando no Brasil. Isso gerava enorme con-fusão, faltava um parafuso tinha de mandar vir da Inglaterra, dos EUA. E em 1961 se produziu no Brasil o primeiro trator, da marca Massey Ferguson.

O plano do governo por si só não se-ria suficiente para produzir tudo o que se produziu. Mas de 1960 até metade da dé-cada de 1970, uma conjunção de fatores altamente favoráveis contribuiu para isso. E aquelas pequenas ferrarias que existiam no interior do Brasil inteiro, consertando equipamentos, foram se transformando do dia para noite em fabricantes de máquinas e implementos. Nesta época o Rio Grande do Sul detinha quase 70% das fábricas de implementos agrícolas do país. Nós come-çamos produzindo arados e grades, e com os estragos que esses implementos pro-duziram nas lavouras brasileiras - perda e degradação de solo, assoreamento de rios - isso foi se modificando e passamos para os subsoladores, depois para os escanefi-cadores, e para o plantio direto com seme-

Pedro Arraes

Luiz Fernando Coelho de Souza

Alysson Paulinelli

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Estamos na TV

A Abimaq e oPlano Brasil Maior

www.abimaq.org.br/csmiaRadar

A Câmara Setorial de Máquinas e Imple-mentos Agrícolas (CSMIA-Abimaq), em parceria com o Canal Rural, da RBS, apre-senta um novo e inédito programa de TV: “Tecnologia do Campo”. Será uma espécie de informativo setorial e abordará de forma dinâmica e interativa os temas de interesse do nosso setor e dos produtores rurais. O trabalho desenvolvido pela ABI-MAQ, através da CSMIA, os problemas, os desafios, e as informações úteis aos nos-sos negócios estarão sempre presentes na pauta do programa, com a participação do

Especifi cação Jul/11 | Jul/10 | Var.% (2011/10)3 - Número de Empregados (30/4) 53.172 46.654 14,04 - Pedidos em Carteira (Semanas para atendimento - média no mês) 3,14 3,02 4,25 - Nível de Utilização da Capacidade Instalada(Média no mês - %) 83,54 82,96 0,7

Especifi cação Jan-Jul/11 | Jan-Jul/10 | Var.% (2011/10)1 - Faturamento Nominal (R$ mil) 5.432.244 4.233.687 28,32 - Comércio Exterior de Máquinas e Equipamentos2.1- Exp. brasileira (Total - US$ mil FOB) 558.369 405.719 37,62.2 - Imp. brasileira (Total - US$ mil FOB) 296.937 178.410 66,4

FONTE: DEEE/ABIMAQ - SINDIMAQ. | NOTAS: 1) Faturamento, pedidos em carteira, nível de utilização da capacidade instalada e emprego estimados a partir de pesquisa por amostragem. | 2) Comércio Exterior a partir de dados da SECEX. | 3) Dados de Comércio Exterior retifi cados. | 4) Dados Preliminares

Brasil - 2010 / 2011Máquinas e Implementos para Agricultura. Faturamento, Emprego, Comércio

Exterior, Nível de Utilização da Capacidade e Pedidos em Carteira

Comunicado ImportanteA CSMIA inicia a atualização dos

dados dos produtos cadastrados no DATAMAQ para serem melhor apresentados no futuro Portal África. Encontra-se disponível no DATAMAQ (www.datamaq.org.br), setor: AGRI-CULTURA, a nova árvore do setor, com as novas denominações de má-quinas, equipamentos, implementos e características técnicas. Para que a sua empresa tenha informações atu-alizadas sobre sua linha de produtos, cheque a nova configuração adotada pelo DATAMAQ. Dúvidas com o Depto. de Cadastro Industrial. Tel.: (11) 5582-6491, com Paulo Sérgio.

1. Buenotech Indústria e Comércio de Máquinas Ltda – SP 2. Gallus Ind. e Comércio de Máquinas e Equipamentos para Avicultura – RS3. Herder do Brasil – SP4. Indústria Agrícola Stein Ltda – PR5. Pratco do Brasil, Ind. Imp. Exp. e Co-mércio de Equipamentos Agrícolas – SP6. Torneadora Dois Irmãos – MG

No último Informativo erramos ao escrever o nome de uma das novas empresas associadas. O nome cor-reto é: J. Flex Indústria e Comércio Ltda.

Novas associadas

O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, em resposta às recentes medidas do Plano Brasil Maior de incentivo à in-dústria nacional, anunciadas pelo gover-no, fez o seguinte pronunciamento: “As medidas anunciadas são uma sinalização de que o governo reconhece o proces-so de desindustrialização já vivenciado

pela indústria de transformação. Ape-sar de ser uma boa sinalização, as me-didas ainda não resolvem os problemas de imediato, pois os vilões da perda de competitividade da indústria são: o Real extremamente valorizado, os juros altos e o Custo Brasil, que também precisam ser combatidos com urgência.”

produtor rural e do fabri-cante. O “Tecnologia do Campo” irá ao ar sema-nalmente aos sábados das 10h30 às 11h, com reprise aos domingos no mesmo horário pelo Canal Rural, (35 da NET). O programa é uma iniciativa da CSMIA-Abimaq com o patrocínio das associadas: Jacto, Ke-pler Weber, Baldan, Mar-chesan, Montana e Jumil.

Conheça as novas associadas da CSMIA - ABIMAQ: