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Introdução Ponto de convergência das três grandes religiões da atualidade – judaísmo, cristianismo e islamismo –, o Oriente Médio é uma área geográfica que engloba países do sudoeste da Ásia e do nordeste da África. Grande parte deles é banhada pelo Mar Vermelho, Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico, Mar Negro e Mar Cáspio. Vamos conhecer melhor essa região, que abriga grande diversidade étnica, cultural, social e política dos países do Oriente Médio, território marcado por conflitos políticos e religiosos que só podem ser compreendidos à luz da realidade histórica e geográfica. Para começar, encontramos diferentes conceituações sobre quais países fazem parte do Oriente Médio. Não há fronteiras definidas e consensuais. Alguns autores falam em treze países, outros afirmam que são dezesseis, e outros ainda estendem mais, por afinidade cultural e política, a abrangência da região. Os primeiros historiadores e geógrafos europeus modernos dividiram o Oriente em três partes, de acordo com a distância que as separam da Europa: Extremo Oriente (China, Japão etc.), Oriente Médio e Oriente Próximo. Hoje os dois últimos são sinônimos, e o nome Oriente Médio, que começou a ser usado depois de 1900, se afirmou durante a Segunda Guerra Mundial. Vamos considerar Oriente Médio os Estados que correspondem ao Platô Persa: Irã; à antiga Mesopotâmia: Iraque; à Península Arábica: Arábia Saudita, Kuwait, Iêmen, Omã, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos (EAU); ao Levante: Israel, Jordânia, Líbano e Síria; à Anatólia: Turquia; ao norte da África: Egito; e ao Mar Mediterrâneo: Chipre 1 . Embora não sejam um Estado legalmente constituído, temos os territórios palestinos, que incluem a Faixa de Gaza, controlada hoje pelo grupo extremista palestino Hamas, e a Cisjordânia, sob o controle da Autoridade Nacional Palestina, formada majoritariamente por membros do Fatah. Para ter uma ideia das dimensões, os países situados na costa do Mar Mediterrâneo – Israel, Líbano, Jordânia e Síria – têm uma área equivalente à do Estado do Maranhão. As nações localizadas no Golfo Pérsico – Kuwait, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos – possuem, ao todo, uma área pouco menor que a do Estado de Pernambuco. Mas há também países como o Irã, cujo tamanho é pouco maior do que todo o Nordeste brasileiro, ou a Arábia Saudita, maior do que a Amazônia, que possui cerca de 1.600.000 km 2 . Em comparação, o Estado de Israel é menor do que Sergipe: tem apenas 20.700 km 2 . 1 Cia. World Factbook 2008. TURMA aA DATA / / 2016 PROFESSOR(A ) Jakson Barbosa SÉRI E ano VALOR DISCIPLINA GEOGRAFIA BIMESTRE 4° BIM NOTA ALUNO(A ) APOSTILA

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IntroduçãoPonto de convergência das três grandes religiões da atualidade – judaísmo, cristianismo e islamismo –, o Oriente Médio é uma área geográfica que engloba países do sudoeste da Ásia e do nordeste da África. Grande parte deles é banhada pelo Mar Vermelho, Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico, Mar Negro e Mar Cáspio. Vamos conhecer melhor essa região, que abriga grande diversidade étnica, cultural, social e política dos países do Oriente Médio, território marcado por conflitos políticos e religiosos que só podem ser compreendidos à luz da realidade histórica e geográfica. Para começar, encontramos diferentes conceituações sobre quais países fazem parte do Oriente Médio. Não há fronteiras definidas e consensuais. Alguns autores falam em treze países, outros afirmam que são dezesseis, e outros ainda estendem mais, por afinidade cultural e política, a abrangência da região. Os primeiros historiadores e geógrafos europeus modernos dividiram o Oriente em três partes, de acordo com a distância que as separam da Europa: Extremo Oriente (China, Japão etc.), Oriente Médio e Oriente Próximo. Hoje os dois últimos são sinônimos, e o nome Oriente Médio, que começou a ser usado depois de 1900, se afirmou durante a Segunda Guerra Mundial. Vamos considerar Oriente Médio os Estados que correspondem ao Platô Persa: Irã; à antiga Mesopotâmia: Iraque; à Península Arábica: Arábia Saudita, Kuwait, Iêmen, Omã, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos (EAU); ao Levante: Israel, Jordânia, Líbano e Síria; à Anatólia: Turquia; ao norte da África: Egito; e ao Mar Mediterrâneo: Chipre1. Embora não sejam um Estado legalmente constituído, temos os territórios palestinos, que incluem a Faixa de Gaza, controlada hoje pelo grupo extremista palestino Hamas, e a Cisjordânia, sob o controle da Autoridade Nacional Palestina, formada majoritariamente por membros do Fatah. Para ter uma ideia das dimensões, os países situados na costa do Mar Mediterrâneo – Israel, Líbano, Jordânia e Síria – têm uma área equivalente à do Estado do Maranhão. As nações localizadas no Golfo Pérsico – Kuwait, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos – possuem, ao todo, uma área pouco menor que a do Estado de Pernambuco. Mas há também países como o Irã, cujo tamanho é pouco maior do que todo o Nordeste brasileiro, ou a Arábia Saudita, maior do que a Amazônia, que possui cerca de 1.600.000 km2. Em comparação, o Estado de Israel é menor do que Sergipe: tem apenas 20.700 km2.

O Oriente Médio corresponde a uma área superior a 7.000.000 km2, tem mais de 350 milhões de habitantes e apresenta grande diversidade de população. Os grupos étnicos mais numerosos da região são os árabes, concentrados, principalmente, na Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos (EAU), Iêmen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã e Síria; os turcos, encontrados basicamente na Turquia e em Chipre; e os iranianos ou persas, no Irã. Os minoritários incluem os judeus (Israel), curdos e palestinos. A independência de muitos países do Oriente Médio se deu após 1940, com o fim do domínio dos ingleses e franceses na região, o que legitimou o surgimento dos novos Estados. Assim, com exceção de pequenas nações da Península Arábica, independentes após 1971, a maior parte dos países do Oriente Médio obteve sua independência do Reino Unido e da França depois da década de 1940. Nos dias de hoje, o Oriente Médio possui grande importância política e econômica no mundo, por sua posição estratégica no globo e por suas reservas de petróleo. O mapa a seguir mostram os diversos Estados que compõem o Oriente Médio, dando uma ideia do que representa o tamanho de Israel em meio aos países árabes que o rodeiam e/ou fazem parte da Liga Árabe.

Dimensões de Israel e dos países árabes.http://cheekymax.blogspot.com/2006/07/max-on-middle-east.html

1 Cia. World Factbook 2008.

ALUNO(A)

NOTA

4° BIMBIMESTREGEOGRAFIA

DISCIPLINA

VALOR

3° anoSÉRIE

Jakson BarbosaPROFESSOR(A) / / 2016

DATA

TURMAaA

APOSTILA

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Sionismo

Movimento nacionalista judaico que pregava a criação do Estado Judeu e a repatriação dos judeus que estavam dispersos pelo mundo desde a tomada da Palestina pelos romanos em 70 d.C. Desta forma o povo judeu estava sem direitos civis plenos e sujeitos a constantes perseguições. Sionistas de esquerda compram terras na Palestina e instalam primeiros Kibutzim (comunidades agrícolas onde a propriedade da terra é coletiva).

Origens dos Conflitos Territoriais

Desmembramento do Império Turco Otomano (que lutou ao lado da Alemanha na I Guerra Mundial) fez com que a região fosse dividida entre ingleses, franceses e italianos. A Inglaterra apoiava os árabes que lutaram contra os turcos na I Guerra Mundial, reconhecendo a existência dos seus Estados. Os ingleses forneciam apoio aos judeus, pois os apoiaram financeiramente na I Guerra. Participação na partilha do Império Turco entre, no qual ficou com a Palestina, Transjordânia e o Iraque. Essa partilha trouxe frustração de árabes e judeus que passam a agredir ingleses e agredir-se mutuamente na região.

Criação de Israel (1948)

O Holocausto representou a tentativa, por parte dos nazistas, de massacrar judeus, disseminando o anti semitismo pelo mundo (comoção internacional). Potencias europeias (França e Inglaterra) se enfraqueceram após a II Guerra Mundial quando suas colônias na África e Ásia declararam independência. O ingleses se retiraram da Palestina, mas antes a ONU em 1947 propõe a partilha da Palestina entre árabes e judeus e não houve êxito. A campanha pela criação do Estado de Israel defendida por David Ben Gurion ganha força e a ONU em 1948 reconhece o Estado de Israel. A área de Jerusalém seria internacionalizada.

A Guerra de Independência (1948)

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Após a criação do Estado de Israel em 1947 e tendo seu reconhecimento da ONU o Egito, Síria, Líbano, Iraque e Jordânia travaram um conflito armado contra Israel, que ficou conhecida como Guerra de Independência de Israel, por não reconhecerem o Estado de Israel e reivindicarem os territórios ocupados pelos judeus. Como as tropas árabes não tinham uma união e o exército de voluntários israelense, apesar de estar em menor número, rapidamente mostra a sua força e sagra-se vencedor dessa Guerra.

Após a retirada das tropas inglesas da Palestina os israelenses passam a tem apoio incondicional dos EUA e propõe um embargo econômico aos árabes bem como ações israelenses para anexar grande parte dos territórios destinados ao Estado Palestino (77% da região).

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HOJE O TERRITÓRIO PALESTINO

Conforme acordos estabelecidos internacionalmente, mas não aceitos na integralidade pelos representantes dos palestinos, o território está distribuído em duas regiões:

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• Cisjordânia – Com área de 5.860 km2, tem cerca de 2,5 milhões de habitantes, entre os quais 75% são muçulmanos sunitas, 17% judeus e 8% cristãos e outros. Sua capital administrativa é Ramalah. Hoje a região está sob o controle político da Autoridade Nacional Palestina (ANP), comandada pelo Fatah e apoiada pela Organização das Nações Unidas e seus principais membros.

• Faixa de Gaza – Ocupa uma área de 360 km2 e possui cerca de 1,5 milhão de habitantes (2007), sendo 99,3% muçulmanos e 0,7% cristãos. Sua principal cidade chama-se Gaza e tem sido controlada, desde 2005, pelo Hamas, partido de oposição ao Fatah. O Hamas é um movimento fundamentalista islâmico intolerante, considerado pela União Europeia e pelos Estados Unidos uma organização terrorista. Os palestinos têm renda per capita de US$ 1.100 por ano.

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As divisões do islamismo

As principais divisões ou correntes islâmicas são a sunita e a xiita, e sua maior diferença é determinada pela interpretação da sucessão de Mohamed. Durante sua vida, o profeta não determinou nem quem o sucederia, nem como seria a escolha do sucessor. Isso causou a divisão do islamismo, quando a comunidade islâmica mergulhou numa guerra civil, após a morte de Mohamed, que deu origem a três grupos: os sunitas, os xiitas e os caridjitas.

• Os sunitas, que representam 85% dos muçulmanos, aceitaram essa sucessão, denominada tradição do profeta (suna), tal como relatada por seus companheiros (a sahaba).• Os xiitas defendiam que Ali, primo e genro de Mohamed, deveria ser o grande califa, que em árabe quer dizer “sucessor”.• Os caridjitas (alauitas) primeiro apoiaram a posição dos xiitas, atribuindo a Ali o lugar de único sucessor legítimo de Mohamed. Decepcionados com Ali, por não ter declarado guerra ao califa sunita, entenderam que isso representava uma traição a seu legado por Deus.

Posteriormente, Ali foi assassinado pelos caridjitas com uma espada envenenada.

Diferenças importantes

O movimento xiita sempre exerceu influência decisiva sobre o islamismo, a despeito de ser minoritário. Com o passar dos séculos, os xiitas dividiram-se em diversas seitas parecidas, entre as quais a dos ismaelitas. O anseio de que os descendentes de Ali formassem os líderes do mundo islâmico jamais se concretizou, mesmo porque os sunitas sempre foram mais numerosos e expressivos. Os muçulmanos xiitas estão espalhados por todas as partes do mundo, mas alguns países têm uma concentração particularmente forte: o Irã é quase totalmente xiita, e no Iraque, país onde cerca de 95% da população é muçulmana, cerca de dois terços são xiitas. Os xiitas são maioria também no Bahrein.

Em termos teológicos, há diferenças entre sunitas e xiitas. Os dois ramos compartilham apenas três doutrinas: a individualidade de Deus, as revelações de Mohamed e a ressurreição do profeta no Dia do Julgamento Final. A compreensão do islamismo é diferente para sunitas e xiitas. Os primeiros dão grande importância à peregrinação a Meca, enquanto os segundos dão também muita importância a outras peregrinações. Os xiitas se valem comumente do termo “imã”, que designa suas autoridades religiosas, exclusivamente para Ali e seus descendentes, ao contrário dos sunitas.

Os xiitas acreditam que os imãs, como descendentes de Mohamed e Ali, são seres com algo de divino. Os sunitas, por seu lado, creem em tradições baseadas em escolas teológicas e jurídicas que envolvem analogias do Corão e da tradição. Algumas características particulares dos xiitas: a camuflagem da fé em público, de modo a impedir problemas sociais, é admitida, desde que conservada na privacidade; é possível contratar um casamento temporário, estabelecido por um período entre um dia e 99 anos, no qual podem existir ou não sexo e/ou o pagamento em dinheiro, e o homem que alcançar quatro casamentos desse tipo garante um lugar no Paraíso.

O islamismo hoje

A religião islâmica, que conta com 1,3 bilhão de fiéis em todo o mundo, encontra nos sunitas sua maioria, cerca de 85% do total. Um equívoco muito comum é a confusão entre árabe e muçulmano. O termo “árabe” se refere a uma etnia (de onde surgiu a língua árabe) e o termo muçulmano se refere ao adepto da religião islâmica. Os árabes2 são o maior grupo étnico do Oriente Médio. São maioria no Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, nos países da Península Arábica e nos territórios sob a Autoridade Palestina. Também estão presentes nos países do norte da África, reunindo ao todo 350 milhões de pessoas.

Os muçulmanos, seguidores da fé islâmica, estão espalhados por todo o mundo. O Oriente Médio reúne apenas 18% da população muçulmana mundial – sendo que turcos, afegãos e iranianos (persas) não são árabes. Outros 30% de muçulmanos estão no subcontinente indiano (Índia e Paquistão), 20% no norte da África, 17% no sudeste da Ásia e 10% na Rússia e na China. Há minorias muçulmanas em quase todas as partes do mundo.

Os movimentos islâmicos na Palestina

2 Originários da Península Arábica, os árabes se espalharam, a partir do século VII, em uma grande corrente migratória provocada pela expansão do islamismo. O principal fator que os une, porém, não é a religião, mas a língua, que pertence ao tronco semítico, assim como o hebraico.

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Existem muitos grupos islâmicos na Palestina, entre eles o Fatah, o Hamas e a Jihad Islâmica. Alguns surgiram de metamorfoses internas da Irmandade Muçulmana, como o Hamas (sigla, em árabe, de Movimento de Resistência Islâmica), que é uma organização paramilitar e um partido político. O grupo surgiu em 1987 como uma resposta da Irmandade Muçulmana ao crescimento da Jihad Islâmica, cuja popularidade aumentara na Palestina por causa das condições de sofrimento dos habitantes da região e das denúncias de corrupção do Fatah. Um texto do documento de fundação do Hamas afirma: “O Dia do Juízo não vai acontecer até que os muçulmanos venham a lutar contra os judeus (matando os judeus)”.

A Irmandade Muçulmana cresceu muito na Palestina durante a década de 1980. Em dezembro de 1987, a Intifada eclodiu na Faixa de Gaza e, posteriormente, na Cisjordânia. A Intifada foi uma revolta preparada pela Irmandade Muçulmana, que, na véspera do primeiro ataque, estabeleceu no Hamas uma organização adjunta.

Os grupos políticos na Palestina

A Autoridade Nacional Palestina é uma instituição que governa a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Esses dois territórios fi zeram parte dos acordos de Oslo entre a OLP e Israel. Em 1964 surgiu o Fatah (sigla, em árabe, de Movimento de Libertação Nacional da Palestina), organização política e militar fundada por Yasser Arafat e Khalil al-Wazir (Abu Jihad), juntamente com a criação da OLP. Os membros desse grupo defendiam, no início, a luta armada para destruir Israel e jogar os judeus no mar. Posteriormente, reconheceram o direito de existência do Estado de Israel. Após muitas denúncias de corrupção, o Fatah foi derrotado pelo Hamas nas últimas eleições para o Parlamento palestino. Após a contagem final, em 28 de janeiro de 2006, o Hamas conquistou 74 das 132 cadeiras do Parlamento. O Hamas se utiliza de atentados suicidas e de lançamento de mísseis, e é por isso considerado uma organização terrorista pelo Canadá, União Europeia, Israel, Japão e Estados Unidos, além de ter sido banido da Jordânia. Os Estados Unidos e a União Europeia têm implementado medidas restritivas contra o Hamas em nível internacional.

Em seu documento de fundação, o Hamas estabeleceu como objetivo “trabalhar para impor a palavra de Alá sobre cada centímetro da Palestina” (artigo 6.º). Para ele, a Palestina deve incluir todo o território de Israel, Gaza e Cisjordânia. O Hamas não aceita o Estado de Israel e, no artigo 7.º do mesmo documento, recorda que o profeta Mohamed afirmou: “O julgamento final não virá até que os muçulmanos lutem contra os judeus e os matem”.

Também nesse documento o Hamas diz não acreditar em acordos de paz, vendo a jihad como a única solução.O Hamas tem atacado duramente a população civil de Israel há muitos anos, lançando mísseis e foguetes da Faixa de Gaza (de onde Israel se retirou em busca da paz). Em dezembro de 2008, o governo israelense decidiu reagir, objetivando destruir a capacidade armamentista do Hamas, que infelizmente lança seus mísseis e instala seus quartéis-generais e seu armamento em meio aos civis palestinos, não poupando escolas, hospitais e casas de família, com o apoio de países como o Irã, que paga um valor determinado por foguete lançado contra Israel e fornece auxílio e armas aos militantes do Hamas. Durante a operação israelense foram destruídas dezenas de túneis que serviam para o contrabando de armas. Essa foi mais uma crise no permanente cenário de tensão, desacordo, influência e difícil acordo entre as partes diretamente envolvidas.

O antissemitismo do século XIX

Com o advento da Revolução Francesa e o desenvolvimento do nacionalismo moderno, que desencadeou a formação dos Estados nacionais, uma nova abordagem se espalhou pelo mundo: ao lado do racionalismo, o Ocidente desenvolveu ideias racistas, que dividiam as raças humanas em superiores e inferiores. Embora hoje saibamos que só existe uma raça, a humana, naquela época a produção de textos “científicos” a respeito das raças buscava nas línguase culturas elementos classificatórios. No século XIX, o preconceito aos judeusmudou sua temática: passou a ser conduzido por uma ideologia motivada pelo discurso racial, o antissemitismo, e cresceu, fortemente, em toda a Rússiae Europa.

A palavra “antissemitismo” foi empregada pela primeira vez pelo escritor alemão Wilhelm Marr, em 1873, para traduzir a ideia de “Judenhass”, que significa “ódio aos judeus”. O ódio aos judeus era muito forte em toda a Europa, como demonstra a literatura da época, que os descrevia de forma pejorativa ou rancorosa. Mas, depois do discurso antissemita, a situação ficou cada vez mais grave. A extrema esquerda via nos judeus uma ameaça a sua liga internacional, porque eles estavam presentes em diversas nações, muitos deles ocupando postos-chave de Estado. Por outro lado, a extrema direita via nos judeus uma ameaça ao Estado nacional, que deveria se constituir apenas de

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pessoas da mesma raça. Não havialugar para a convivência pacífica. Na Áustria, por exemplo, leis posteriores a 1882 negavam aos judeus direitos de cidadania, concedidos apenas aos cristãos.

Aconteceram, em muitas localidades, diversos pogroms, perseguições sangrentas cujo objetivo era o massacre em massa. Em abril de 1903, em outro exemplo, turbas enfurecidas na Rússia, incentivadas pelas autoridades locais, assassinaram brutalmente 45 judeus e feriram setecentos, destruindo centenas de casas e lojas.

Por conta desse quadro grave, expandiu-se a imigração de judeus da Europa para a Terra de Israel (então Palestina). Para compreender o antissemitismo, é preciso entender, como informou Sartre, grande filósofo do século XX, que o antissemitismo e o racismo não são atividades racionais; portanto, não são opiniões. O antissemita e o racista condicionam seu objeto de ódio a um estado de desconhecimento: eles não querem sequer conhecer o outro, para permanecer no ódio que sentem por ele. Disso se conclui que o antissemitismo e o racismo se desenvolvem apenas na mente de quem os defende; o judeu e os grupos que sofreram ou sofrem racismo, como os negros, jamais podem ser responsabilizados pelo ódio alheio. O antissemita e o racista negam ao objeto de seu ódio a condição humana e, por isso, são profundamente destrutivos.

Como o discurso e a prática antissemitas cresceram tanto? A Alemanha estava destruída pela Primeira Guerra Mundial e com muitos problemas sociais e econômicos. Aproveitando esse cenário, e para atingir seu objetivo, os nazifascistas, com intensa propaganda, em programas de rádio e em filmes para cinema, usaram algumas estratégias. A primeira delas era culpar suas vítimas de maneira quase compulsória pelas coisas que eles mesmos faziam ou esperavam fazer; os judeus estariam, mentiam os nazistas, destruindo a raça ariana e a economia da nação.

Em segundo lugar, construíram a suspeita de que os judeus teriam manipulado os poderes internacionais, por meio de partidos políticos e comunicações, recorrendo à ideia de que realmente haveria muita coisa que a população não sabia, atiçando o rancor e a revolta das massas, tornando-as potenciais delatoras dos judeus. As pessoas foram habilmente levadas a crer que a iniciativa estava com elas e que, para salvar a Alemanha, era preciso denunciar os judeus. O emocionalismo consciente e enfático também fez parte dessa terrível arquitetura: era o terceiro elemento do discurso. Movida por paixões estimuladas pela propaganda, a população se rendia à falta de racionalidade do antissemitismo. Os gestos histéricos de Hitler serviam de modelo para as condutas com as quais ele pretendia contagiar o povo, movidas por ódio, vingança, rancor. Em quarto lugar, o antissemitismo vivia de reafirmar a própria inocência; o povo alemão estaria sujeito à constante perseguição, às ameaças e conspirações de seus inimigos, afirmavam as propagandas fascista e nazista. Esse elemento era associado a uma exaltação ao cinismo e ao sadismo, o que o tornava ainda mais cruel. Outros elementos no nazismo também ajudaram a compor a catástrofe: os arianos eram descritos como infatigáveis (deveriam repousar apenas depois da vitória sobre o inimigo, o judeu) e mensageiros da natureza, dos deuses (a mitologia nórdica foi bastante enfatizada), substituindo-se muitas vezes símbolos cristãos por pagãos; os líderes defendiam uma Alemanha grande, o que mexia com desejos de poder, reprimidos, da população; e, finalmente, mas não menos importante, cinicamente, tudo isso era emoldurado pelo fato de que estariam promovendo o bem humano, o bem dos alemães.

O caso Dreyfus

O antissemitismo continuou crescendo por toda a Europa, de maneira vigorosa. Um dos mais fortes exemplos desse crescimento pode ser observado em um caso considerado por muitos o mais severo erro judiciário dos tempos modernos: o caso Dreyfus. O drama do capitão Alfredo Dreyfus, judeu, oficial do Estado-Maior francês, se iniciou, no final de 1894, com a acusação de que ele estaria fornecendo documentos militares aos alemães. O veredicto, condenatório, determinou a pena de deportação perpétua para a Ilha do Diabo. O mais grave no caso – o processo fraudulento conduzido a portas fechadas, que culminou na condenação unânime de Dreyfus e em sua difamação pública – foi o fato de que, mesmo quando se provou a inocência do acusado e que toda a condenação se baseava emdocumentos falsificados, os coordenadores do processo, oficiais de alta patente franceses, ainda decidiram, por todas as formas, ocultar o terrível e absurdo erro judicial. A definitiva revisão do processo de Dreyfus aconteceu em 1906, quando se revelou, finalmente, que Charles-Ferdinand Walsin Esterhazy, também oficial do Exército francês, escrevera as cartas erroneamente atribuídas a Dreyfus e era, portanto, espião dos alemães. Contudo, embora reconduzido à vida militar, os anos de prisão de Dreyfus não lhe foram restituídos como tempo de carreira, o que o obrigou a uma dolorosa demissão em 1907.

A formação do sionismo moderno

Em 1897, aconteceu o Primeiro Congresso Sionista, promovido por Theodor Herzl na Basileia, Suíça, que defendia a construção de uma pátria judaica. A proposta era restaurar o lar nacional judaico na Terra de Israel, a Palestina, de modo que os judeus de todo o mundo pudessem nele encontrar refúgio. A isso se associaria a autodeterminação do povo judeu para promover o renascimento nacional de sua civilização e cultura.

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Em 1917, a Grã-Bretanha aprovou a Declaração Balfour, proclamando-se a favor do estabelecimento, na Palestina, de um lar nacional para o povo judeu e comunicando que se empenharia em favor desse objetivo.

O Holocausto

No entanto, com a ascensão do Partido Nazista na Alemanha, o antissemitismo se tornou uma função do Estado. As bases para o Holocausto haviam sido lançadas. Apesar do aumento da imigração de judeus para a Palestina, as maiores comunidades judaicas estavam na Europa, algumas desde a época do Império Romano. Com o advento do nacional-socialismo, a Alemanha se tornou um regime nazista. Durante a Segunda Guerra Mundial, o antissemitismo doregime hitlerista levou mais de 6 milhões de judeus (dois terços da população judaica da Europa) à morte, em campos de concentração e extermínio, fato que ficou conhecido historicamente como Holocausto. A forte e perversa propaganda nazista induziu a população alemã ao ódio pelos judeus, de modo a convencer as pessoas a denunciá-los, objetivando sua eliminação. Em 1933, na Alemanha, promulgou-se a lei que retirava dos judeus qualquer proteção do Estado. Como consequência, não era necessário nenhum motivo para prendê-los e enviá-los aos campos de concentração. “Holocausto” é uma palavra de origem grega que significa “sacrifício pelo fogo”. Para os estudiosos do tema, ela descreve a perseguição e o extermínio sistemáticos dos judeus, promovidos pelo governo nazista. Este defendia a ideia da “superioridade racial” dos arianos e também que os judeus ameaçavam essa superioridade, por serem uma “raça inferior”. Os judeus foram descritos pela propaganda e pela ideologia nazistas como elementos que deveriam ser destruídos para preservar o povo ariano. Outros grupos foram exterminados pelo governo hitlerista, quer por seu comportamento político ou ideológico, quer por seu comportamento social ou religioso, tais como os comunistas, os socialistas, as testemunhas de Jeová, os homossexuais e os ciganos. Para aprisionar suas vítimas, a Alemanha nazista estabeleceu, entre 1933 e 1945, cerca de 20 mil campos, nos quais foram detidos mais de 20 milhões de vítimas. Havia campos de trabalho forçado, de transição, que serviam como estações de passagem, e de extermínio,usados, principal ou exclusivamente, para assassinatos em massa. Outra forma de eliminação de vítimas eram as marchas: levavam-se prisioneiros, sob intenso frio e neve, a caminhadas desumanas infindáveis, que atravessavam países, com o objetivo de torturá-los e assassiná-los. A destruição em massa de judeus foi realizada pelos nazistas, sobretudo, em enormes campos de extermínio na Polônia, o país com a maior população judaica, compondo uma verdadeira indústria de morte. Chelmno, o primeiro campo de extermínio, começou a operar em dezembro de 1941; nele, judeus e ciganos eram assassinados por envenenamento em furgões com canos de escapamento que soltavam gás para dentro dos veículos nos quais eles eram amontoados. Em 1942, os nazistas edifi caram os campos de extermínio de Belzec, Sobibor e Treblinka para matar ainda mais sistematicamente os judeus e suas outras vítimas.

Posteriormente, nos campos de extermínio surgiram as câmaras de gás, cujo objetivo era tornar o processo de assassinato em massa mais efi ciente, rápido e menos pessoal para os executores. Nelas, imensos espaços fechados que recebiam gás letal, pessoas eram amontoadas para morrer por asfixia. Somente no campo de Birkenau existiam quatro câmaras de gás, dentro do complexo de Auschwitz. Para descrever essa perseguição violentíssima, cunhou-se, depois da Segunda Guerra Mundial, o termo “genocídio”. A Itália, sob o fascismo, também promulgou leis raciais, a partir de 1938, perseguindo e matando judeus.

O crime de genocídio

O conceito de “crime de genocídio”, expressão cunhada em 1943 pelo polonês Raphael Lemkin, foi adotado pela Convenção da ONU aprovada, em Paris, em 9 de dezembro de 1948, entrando em vigor em 12 de janeiro de 1951, após a ratificação por 22 países. O Brasil o fez em 15 de abril do ano seguinte, promulgando-o com o Decreto 30.822, de 6de maio de 1952.

A palavra “genocídio” designa, em Direito Internacional, o maior crime contra os direitos humanos, “um crime que ataca um direito fundamental de qualquer ser humano: o direito de ser diferente. Professar uma religião diferente, pertencer a uma outra raça, etnia ou grupo nacional, defender ideias políticas contrárias ou ter uma cultura diversa são os motivos que levam um grupo a querer exterminar outro”, segundo a Convenção da ONU. A prática do crime de genocídio percorreu, infelizmente, toda a história da humanidade, numa alusão direta a quanto é particularmente difícil à espécie humana desenvolver a tolerância. São tidos como genocídios os crimes provocados pelos seguintes motivos, previstos no Direito Internacional:• nacionais;• étnicos;• raciais;• religiosos.A mesma convenção determinou a investigação dos crimes de genocídio caso sejam cometidos com a intenção de destruir totalmente ou em parte um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, utilizando-se dos seguintes meios:

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• o assassinato;• os atentados graves à integridade física e mental;• a submissão intencional de membros do grupo a condições de existência que levam a sua destruição física total ou parcial;• as medidas visando a impedir os nascimentos dentro do grupo;• a transferência forçada de crianças de um grupo para o outro.Ruanda e Bósnia, entre outros países, já tiveram julgamentos internacionais e mais de vinte condenações por genocídio. Quem julga os crimes de genocídio é o Tribunal Penal Internacional, e da denúncia de genocídio devem constar: a acusação criminal, as razões históricas para essa denúncia, as provas do crime cometido, o nome dos responsáveis e acusados e a jurisdição do Tribunal Penal Internacional envolvida no caso.Muitos extermínios aconteceram na trajetória da humanidade. Recordemos alguns exemplos dessa infeliz história:• morte, no Brasil, de cerca de 5 milhões de índios pela colonização portuguesa e de 10 milhões pela colonização espanhola e inglesa;• extermínio de mais de 200 mil aborígines na Austrália, depois de sua colonização;• morte de 200 mil hutus, bantos do Burundi, em 1972, e de mais 600 mil em oito anos pelos tútsis;• chacina, em Ruanda, de cerca de 1 milhão de tútsis, hutus moderados e minoria twa, constituída por pigmeus, pelos radicais hutus que dominavam as Forças Armadas, em 1994;• entre 1975 e 1979, extermínio, pelo Khmer Vermelho, exército liderado por PolPot, de 2 milhões de habitantes no Camboja (25% da população);• morte de 1,5 milhão de armênios na Primeira Guerra Mundial;• assassinato de 300 mil membros de minorias no Kosovo, entre 1991 e 1999.

O antissemitismo contemporâneo

Nos anos 1980, o antissemitismo, especialmente nos Estados Unidos, na Europa e na Rússia, voltou a crescer. Muitos movimentos que evocam a possibilidade de reconstruir o ideal ariano se revestem de uma força renovadora: avaliações estimam em cerca de 450 mil o número de pessoas que leem literatura produzida pelos movimentos racista, revisionista e neonazista, apenas nos Estados Unidos. Desse montante, em torno de 25 mil, em 1995, eram considerados “membros militantes radicais”, observados por órgãos governamentais por práticas de ódio racial. Os crimes que envolvem ódio racial, apenas nos Estados Unidos, crescem cerca de 8 mil casos por ano.

Na Espanha, especialistas da Guarda Civil estimam em pelo menos 10 mil os jovens cadastrados em grupos ultradireitistas e neonazistas; apenas a organização Sangre y Honor, uma das mais radicais, afi rma possuir mais de 50 mil simpatizantes. Bandas neonazistas ilegais, como Hammerskin, Blood and Honour e Volksfront (também denominada Frente Popular), atraem multidões de jovens em seus shows, nos quais postulam a supremacia da raça branca, a veneração a Adolf Hitler e o ódio explícito aos judeus, negros, imigrantes e homossexuais. O neonazismo cresce, de maneira preocupante, segundo a ONU, no Leste Europeu, na Rússia, no Japão e na África do Sul.

No Brasil, crimes de ódio racial ainda são precariamente resumidos em dados específicos, muitas vezes assinalados apenas como lesão corporal, injúria ou até homicídio e não enfatizados como crimes de racismo, embora a Constituição brasileira de 1988 o defina como imprescritível e inafiançável. Ainda assim, as estatísticas dos movimentos antirracistas apontam para o fato de que pelo menos 150 mil pessoas sejam simpatizantes do movimento racista, cerca de um terço delas apenas no Estado de Santa Catarina. Há grupos neonazistas organizados em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Brasília e Belo Horizonte.

No país, há centenas de casos de agressões a negros e judeus, principalmente relacionadas com esses grupos. Investigações contra eles são realizadas pelo Ministério Público Federal e por Delegacias de Intolerância Racial. Em 2008, foram presos seis integrantes do grupo Carecas do ABC, e seguem investigações a respeito do Front 88, do White Power São Paulo e dos Sulistas SS.

Aproveitando o surgimento e a expansão de novas formas de comunicação, especialmente as que nascem da internet, como sites, blogs, listas de discussão, canais de IRC e fóruns, o neonazismo tem crescido de maneira intensa, infelizmente. Nos grupos, duas características se destacam: o “negacionismo” (chamado por seus defensores de “revisionismo”), que identifica o discurso direcionado para invalidar a veracidade histórica do Holocausto, a perseguição e morte dos judeus, o número de mortos, enfim, que pretende uma revisão da história, a partir dos agentes nazistas; e o cultivo de símbolos nazistas, com especial ênfase a seus aspectos do paganismo nórdico. Há mais de 15 mil sites neonazistas em língua espanhola, inglesa e portuguesa. Os subversivos grupos neonazistas preferem a internet por dois motivos principais: o formato da rede garante anonimato e a extensão permite alcançar milhares de pessoas ao mesmo tempo, num período muito menor do que o necessário por outro veículo, o que amplia essa forma de sociabilização. A tentativa desses grupos, em sua propaganda de ódio, é retomar símbolos, mitos e propostas jurídicas, religiosas e políticas do nacional-socialismo, valendo-se do negacionismo para tentar se livrar do retrato de destruição que a

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presença deste deixou na história. Desse modo, pretendem eles, segundo afirmam, “proteger a raça ariana”, que estaria correndo perigo iminente, da “contaminação” por religiões “naturais” (como o judaísmo e o cristianismo), por casamentos inter-raciais, por adoção de crianças negras em famílias brancas, pela divulgação de heróis e esportistas negros e homossexuais. Seu objetivo é divulgar um ódio enorme contra todas as minorias.

Paralelamente, surgem também grupos islâmicos radicais que negam o Holocausto. Fazem isso por motivação política, para tentar negar aos judeus o direito a seu Estado. Um dos piores exemplos é o presidente do Irã, o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, que afirma, repetidas vezes, que o Holocausto é um mito. Isso causa enorme sofrimento a todos os que perderam milhões de parentes na tragédia que o Holocausto, de fato, foi. E choca toda a humanidade que tal defesa seja feita em nome do ódio. Em momentos de conflitos no Oriente Médio, infelizmente, multiplicam-se ataques a cemitérios judaicos e sinagogas por todo o mundo. Exemplos dessa triste prática são os ataques a sinagogas francesas e, aqui na América do Sul, na Venezuela, a invasão à principal sinagoga de Caracas por quinze pessoas armadas, que picharam em suas paredes mensagens de ódio e juramentos de morte, em janeiro de 2009, e, no Brasil, ataques a sinagogas e pichações em Campinas (SP), Santo André (SP) e Santa Maria (RS), entre outros. É preciso defender a humanidade desses radicais.

PRIMAVERA ÁRABE

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