Cronología de la Historia Bíblica del Antiguo Testamento.pdf

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1 ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS – MG CURSO DE INTRODUÇÃO À LITERATURA APÓCRIFA DO NT (Pe. J. R. Lucas Prazer) 1. CRONOLOGIA DA HISTÓRIA BÍBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO 1.1. O Mundo Antigo 4000 a.C.: - Origem da escrita: A história propriamente dita exige documentação através das inscrições contemporâneas que podem ser lidas por nós. Ou seja, pode-se falar de História, somente a partir de registros escritos. Isto é verificado pela primeira vez no início do terceiro milênio a.C. Os criadores da civilização na Baixa Mesopotâmia, no quarto milênio, foram os sumérios, povo cuja origem é ainda desconhecida. Eles inventaram escrita cuneiforme. Os acadianos, um povo semita, habitaram a Mesopotâmia, ao mesmo tempo que os sumérios, sucederam à cultura e religião sumérias e as adaptaram, e, embora sua língua fosse completamente diferente, tomaram eles dos sumérios a escrita silábica cuneiforme. 2180 a.C.: O Império Acadiano chegou ao fim, pela ação de um povo bárbaro: os “gutos”. 2060 a.C.: Os sumérios tomam o poder dos “gutos”. Há um renascimento da cultura suméria, sob os reis da terceira dinastia de Ur. A Palestina sofreu o impacto da invasão de povos seminômades, durante a qual a maioria das cidades cananéias foram destruídas. 2000 a.C.-1750 a.C.: Grupos seminômades se infiltraram na Palestina, e começaram a estabelecer-se ao ocidente da Palestina e ao norte da Transjordânia. 1.2. História da Salvação 1.850 a.C. - ABRAÃO: A história bíblica, em sentido restrito, começou com Abraão. Isto significa que Israel surgiu tardiamente, em relação a outros povos. A evidência contemporânea demonstra que as tradições relativas a Abraão, Isaac e Jacó (e seus 12 filhos: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Zabulon, Issacar, Dã, Gad, Aser, Neftali, José e Benjamim) não são apenas prováveis; elas possuem base sólida. 1250 a.C. - O ÊXODO: Sugere-se que os hebreus se estabeleceram no Egito durante o período dos hicsos. O êxodo ocorreu provavelmente entre 1250 a.C. e 1230 a.C. A tal incerteza quanto à data, podemos acrescentar que é incerto também o itinerário exato dos israelitas. Assim, se não estamos certos nem da data exata nem da exata localização, estamos seguros de que o próprio êxodo foi e continuou a ser o fato central da história de Israel. 1220 a.C. - CONQUISTA DA TERRA: Os capítulos dez e onze de Josué associam a conquista de todo o sul e a conquista de todo o norte da Palestina com duas expedições de reis cananeus e com duas batalhas em Gabaon e "junto às águas de Merom". Todavia, trata-se de um quadro idealizado: a Josué, o conquistador, são atribuídos os sucessos atingidos por outros em tempos posteriores. A conquista teria acontecido entre 1220 a.C. e 1200 a.C. 1200 a.C. – TRIBALISMO - Juízes: O primitivo Israel era uma confederação de doze tribos unidas em aliança com Iahweh. Não havia governo central e as várias tribos gozavam completa independência, visto que a sociedade tribal permanecia numa base patriarcal. O período dos Juízes não cobre mais do que um século e meio.

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1ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS MGCURSO DE INTRODUO LITERATURA APCRIFA DO NT(Pe. J. R. Lucas Prazer)1. CRONOLOGIA DA HISTRIA BBLICA DO ANTIGO TESTAMENTO1.1. O Mundo Antigo4000 a.C.: - Origem da escrita: A histria propriamentedita exigedocumentao atravs das inscriescontemporneas que podem ser lidas por ns. Ou seja, pode-se falar de Histria, somente a partir deregistrosescritos. Istoverificadopelaprimeiravez noinciodoterceiromilnioa.C.OscriadoresdacivilizaonaBaixaMesopotmia, noquartomilnio, foramossumrios, povocujaorigem ainda desconhecida. Eles inventaramescrita cuneiforme. Osacadianos, umpovo semita, habitaramaMesopotmia, aomesmotempoqueossumrios, sucederamculturaereligiosumriaseasadaptaram, e,emborasualnguafossecompletamentediferente, tomaramelesdossumriosaescritasilbicacuneiforme.2180 a.C.: O Imprio Acadiano chegouaofim, pelaaodeumpovobrbaro: osgutos.2060 a.C.: Os sumrios tomamopoder dosgutos. Humrenascimentodaculturasumria, sobosreisdaterceiradinastia deUr. A Palestina sofreu o impacto da invaso depovos seminmades, durantea qual amaioriadascidadescananiasforamdestrudas.2000 a.C.-1750 a.C.: Grupos seminmades seinfiltraramna Palestina, ecomearama estabelecer-se aoocidentedaPalestinaeaonortedaTransjordnia.1.2. Histria da Salvao1.850 a.C. - ABRAO: A histria bblica, emsentido restrito, comeou comAbrao. Isto significa queIsrael surgiutardiamente, emrelaoaoutrospovos. A evidnciacontemporneademonstraqueastradiesrelativasaAbrao, Isaac e Jac (eseus12filhos: Rben, Simeo, Levi, Jud, Zabulon, Issacar, D, Gad,Aser, Neftali, Jos e Benjamim) nosoapenasprovveis; elaspossuembaseslida.1250 a.C. - O XODO: Sugere-sequeoshebreus seestabeleceramno Egito duranteo perodo dos hicsos.O xodo ocorreu provavelmente entre 1250 a.C. e 1230 a.C. A tal incerteza quanto data, podemosacrescentar queincertotambmoitinerrioexatodosisraelitas. Assim, senoestamoscertosnemdadataexatanemdaexatalocalizao, estamossegurosdequeoprprioxodofoi econtinuouaser ofato centraldahistriadeIsrael.1220 a.C. - CONQUISTA DA TERRA: Os captulos dez eonzedeJ osuassociamaconquistadetodo osul eaconquistadetodoonortedaPalestinacomduasexpediesdereiscananeusecomduasbatalhasemGabaon e"junto s guas deMerom". Todavia, trata-sedeumquadro idealizado: aJ osu, o conquistador,so atribudos os sucessos atingidos por outros emtempos posteriores. A conquistateriaacontecido entre1220a.C. e1200a.C.1200 a.C. TRIBALISMO - Juzes: O primitivo Israel erauma confederao dedozetribos unidas emalianacomIahweh. No haviagoverno central eas vrias tribos gozavamcompletaindependncia, vistoquea sociedadetribal permanecia numa basepatriarcal. O perodo dos J uzes no cobremais do que umsculoemeio.21030 a.C. - MONARQUIA: Samue1 advertiu o povo acerca do preo queteria depagar por umrei. Opovo aindapersistiaemseudesejo, demodoqueIahwehfalouaSamuel paraatender aseupedido. A sortecaiuemSaul, quereinouat1010a.C.1000 a.C. REINADO DE DAVI: apogeu do reino: Davi conquistaJ erusalm, eunificao reino. Grandedesenvolvimentoeconmico, blico, social, polticoecultural. Iniciodagrafao(escrita) daBblia.970 a.C. - REINADO DE SALOMO: Construodotemplo. Iniciododeclniodoreinounificado.931 a.C. CISMA: O reino dividido: Israel, Reino do Norte(Capital Samaria), e J ud, Reino do Sul(Capital J erusalm).722 a.C. QUEDA DO REINO DO NORTE: O Imprio Assrio (Sargo II) tomaaSamaria, deportaosfilhos de Israel, e instala estrangeiros, e promove o sincretismo religioso. J ud se tornou umvassalo daAssria. O Imprio Assrio alcanou o seu apogeu sob Assurbanipal, mas seu declnio foi extremamenterpido. Em652a.C., o irmo do rei, Samas-sum-ukim, liderouumarevoltanaBabilniaeganhouo apoiodoselamitas; aBabilniafoi tomadaem648a.C. por Assurbanipal, que. emseguida, atacouoElam. A datadamortedeAssurbanipal incerta, masprovvel quetenhaocorridoem632a.C. Omaior dosreisassriose quase o ltimo deles particularmente lembrado por causa de sua grande biblioteca, descoberta nasescavaesdeNnive.622a.C. REFORMADEJOSIAS: No Sul, J osias inicia uma Reforma religiosa. No Templo encontradooLivrodaLei (PrimeiraversodoDeuteronmio).587 a.C. QUEDA DO REINO DO SUL - EXLIO: Nabucodonosor invadeJ erusalm, derrubaosmuros,incendeiaacidade, destri o Templo, confiscaos vasos sagrados, edeportaos sobreviventes (elite) paraaBabilnia. Houvetrsdeportaes: 597; 597e582a.C. Cercade4.600homenssomando-seseusfamiliares,essenmeroatinge, aproximadamente, nomximo, 20.000pessoas.538 a.C. IMPRIO PERSA: CiroeraosoberanodopequenoreinodeAns. Em555a.C., elerebelou-se;por volta de 550 a.C., tinha conquistado Ecbtana, capital de Astages, e tinha assumido o controle doImprio Medo. Ento conquistou a Babilnia ao preo deuma nica batalha. Ciro foi o senhor do maiorimprio queo mundo tinhaconhecido. Ciro foi ummonarcaesclarecido queprocuravaganhar o respeito elealdade dos povos a ele submetidos. Ele foi particularmente cuidadoso emrespeitar as suscetibilidadesreligiosas de seus sditos e permitiu-lhes autonomia de culto; permitiu at s pessoas que tinham sidodeportadas pelos babilnios retomarem sua ptria. Tudo isso no significava enfraquecimento do poderpoltico.Haviapaz por todooImprioPersa, masCirofoi mortonumacampanhamilitar contrapovosnmadesalmdesuafronteiraoriental.333 a 63 a.C. - IMPRIO GREGO: ArtaxerxesI perderaoEgitoetinhaquaseperdidootronoparaoseuirmo mais novo, Ciro; mas seu sucessor, Artaxerxes III Ocos (358-338 a.C. ), vigoroso e cruel,reconquistouo Egito em342a.C. Contudo, adespeito das aparncias, o Imprio Persaestavachegando aofim. ArtaxerxesIII morreuenvenenadoefoi substitudopor seufilhoArses(338-336a.C.), menor deidade,que, por sua vez, foi envenenado. O rei seguinte, Dario III Codomano (336331 a.C.), subiu ao trono nomesmo ano emqueAlexandresetornourei daMacednia. AlexandreMagno sucedeuaseupai, Filipe, em336 a.C. Em334 a.C., comeou sua campanha militar e assumiu o controle da sia Menor. A Palestinaestavaagora sob seu controle. Em331 a.C., Alexandremarchou emdireo ao centro do Imprio Persa elevou-o ao fim. Em326 a.C., tinhaavanado paraa ndia, almdo Indo, mas suas tropas serecusaramaprosseguir. Em323 a.C., coma idade de trinta e trs anos, adoeceu e morreu emBabilnia. Sua brevecarreiratinhamudado todo o modelo evidado Oriente, mudanaque, por fim, deviaafetar ahistriadosjudeus.63 a.C. a 135 a.C. IMPRIO ROMANO: Em66a.C., oPontoeaBitniasetornamprovnciasromanas.Jerusalmem63a.C. conquistadapor Pompeu.32. SNTESE HISTRICA DOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO2.1. INTRODUO: O cristianismo, mais do queareligio deIsrael, no veio aexistir numvcuo.Aindaqueumacoisaessencialmentenova, o Cristianismo tambmumfenmeno do sculo I d.C., es podeser totalmentecompreendidonaambientaodomundo greco-romano.A histriaromanacomumentedivididaemtrspartes: operodo dos reis; operododaRepblica; eo perodo do Imprio. Segundo o entendimento tradicional, Romafoi fundadaem753a.C.; o primeiro perodoia daquele ano at o ano 510 a.C., quando Tarquinio, o Soberbo, ltimo dos reis, foi deposto. O perodo daRepblica(509-27a.C.) apocaemqueRomaassumiuasuaposionaItliaedepoisnoMediterrneoe, naqual, ganhouexperinciapolticaeadministrativaeaprendeucomacivilizao deoutros povos- emparticulardosgregos. Osanosde135a.C emdianteforamumtempodeexpansocomercial, masdedesordempoltica. Oterceiro perodo, Roma Imperial, data da ascenso de Augusto, em27 a.C. verdade que Augusto mesmodesejouser conhecidocomoPrncipe ouprimeirocidado, evitando, cuidadosamente, ottulodeImperador;contudo, narealidade, o Imprio Romano comeou comele. Aqui, estamos interessados apenas nos ltimosanos da Repblica e nos primeiros anos do Imprio I.2.2. CRONOLOGIA DO IMPRIO ROMANO66 a.C. - Pompeu, armado dos maiores poderes jamais possudos por umgeneral romano, marchou paraoOriente. Conquistou aAsiaMenor econduziu suas tropas atos ps do Cucaso es costas do mar Cspio. Naprimaverade63 a.C., eleestavaemDamasco e, no fimdaquelemesmo ano, sitiouetomouJ erusalm, levando,assim, aofimoltimoperododaindependnciajudaica.61 a.C. - Celebrou-seseu o triunfo emRoma. A rivalidadeentreeleeJ lio Csar (que, entrementes, tinhaconquistado aGlia) terminou emguerracivil em49a.C. Csar assumiu o controledaItliaeEspanhaeseguiuPompeuataGrcia; abatalhadecisivadeFarslia, em48a.C., resultounavitriacompletadeCsar. Ento, emmaro, de44a.C., J lioCsar foi assassinado. Maisumavez, houveguerracivil: MarcoAntnioeojovemOtvio(filho adotivo de Csar), apoiados por Lpido, enfrentaramos conspiradores Brutus e Cssio, os quais foramdesastrosamentederrotados emFilipos, em42a.C. O Triunvirato, formado por Marco Antnio, Otvio eLpido,dividiuentresi osdomniosromanos- maslogoOtvioassumiuocontroledoexrcitoedoterritriodeLpido. OOcidentedecidiu-sepor Otvio, enquanto, noEgito, MarcoAntnio envolvera-secomClepatra. Logohouveumconflito aberto e a frota de Marco Antnio foi destruda na batalha de Actio, em 31 a.C. Marco Antnio eClepatrasuicidaram-se, deixandoOtviocomonicogovernantedomundoromano.27a.C. - Otvio recebeu do Senado o nome novo de Augusto e, at sua morte em 14 d.C., foi ogovernantedo mais poderoso imprio queo mundo tinhaconhecido. Elerestaurouapaz, aordemeajustiaportodooImprio. Seubenficogovernopareciaamaior bno, emcontrastecomoslongosanosdeconflitocivil.14-37d.C. - Tibrio sucede ao grande Augusto. Esse foi governante capaz e experimentado, mas seutemperamentosuspeitosoolevou, emseultimoano, aumreinadodeterror.37-41 d.C.- Calgula o sucede. Eradepravado ereinoucomo umdspotaecaprichoso. Por ocasio deseuassassnio, orelutanteCludiotornou-seimperador (45-54d.C.) ecomprovouqueeragovernantecompetente.54-68 d.C.- Nero sucedeu-lhe. Foi o primeiro grandeperseguidor dos cristos. Seu assassnio foi seguidopor umperodo de conflito civil e pelo aparecimento de imperadores efmeros: Galba, Oto e Vitlio. Naquelemomento, ficou claro que o poder verdadeiro estava com o exrcito. As legies do Danbio e do Orienteescolheramcomoimperador ogeneral Vespasiano, entoocupadonaPalestina.69-79 d.C. Vespasiano revelou-seumaescolhafeliz.79-81 d.C. Tito, seufilhoesucessor, reinoupor doisanosapenas.81-96 d.C.- Domiciano (filho deTito): Os dias deNero retornaram. Foi o segundo grandeperseguidor doscristos.96-98 d.C. Nerva, umadvogado idoso, foi indicado pelo Senado, depois da morte de Domiciano. Eleadotoucomoseufilhoohbil general Trajano- quedefatologolhesucedeu. O98-117 d.C. Trajano cujoreinadomarcounovaeraparaRoma.42.3. VISO GERALPor ocasio damortedeAugusto, o Imprio Romano, prolongando-sedesdeaItlia, abrangiaaEspanha, aGlia, grande parte da Germnia, os Balcs, sia Menor, Sria e Palestina, Egito e o norte da frica. OMediterrneo tornara-seumlago romano, ea autoridadedeRoma seestendiaatodas as suas costas. Duranteosculo I d.C., as legies romanas a levarampara muito mais longe. Por todo o Imprio, os diferentes grupostnicoseramjustapostosemvez deamalgamados; caractersticasetradiesnacionaiserampreservadas. Contudo,muitos contatos nas esferas econmica, cultural ereligiosa tenderama compensar as diferenas. Nas cidades, alnguafaladamais comumerao grego koin (comumou corrente), mas nas reas rurais as lnguas nativas aindaestavamemuso. OImprioeradivididoemprovncias. A Palestinaeragovernadapor umprocurador, queestavasujeitoaolegadodaSria. UmavastarededeestradasligavaasprovnciasespalhadaspeloImprio.Uma caracterstica da sociedade romana era o enorme nmero de escravos: havia quase tantos escravosquantos cidados livres. Umescravo podia ser posto emliberdade por seu senhor ou pelo estado e, assim, setornavaumhomemlivre, mas eleno setornava, dessemodo, umcidado. S os cidados romanos gozavamosmais amplos direitos civis. Entre outros privilgios, eles eram imunes de castigo corporal e no podiam serexecutados por crucificao, se condenados morte; e tinhamo direito de apelar para o tribunal de Csar. Acidadaniaromanapodiaser concedidacomorecompensapor serviosprestadosaoImprio, oupodiaser comprada(cf. At 22,25-28), eerahereditria.2.3.1. Tendncias filosficasNo mundo greco-romano, ametafsicadePlato eAristteles tinhaperdido o interesse. Agora, anfaseeracolocadasobreosproblemasdavidahumana, especialmentedacondutaefelicidadedoindivduo. Osfilsofosdosculo I cristo eram, defato, eclticos (isto , escolheramelementos deumavariedadedesistemas filosficos),masoestoicismoeoepicurismocontriburammaisparaasuafilosofiageneralizada.2.3.1.1. Epicurismo temsofridodeumequvocosobresuaidiatica. Ofundador dosistemafoi EpicurodeSamos (342-270 a.C.), que, na verdade, fez do prazer o fimda vida; contudo, devemos compreender o queelequeria dizer por prazer. Dois fatos devem ser notados: primeiro, que Epicuro no se referia aos prazeres domomento, sensaesindividuais, masaoprazer quepermanecepor todaavida; e, emsegundolugar, queoprazer.ParaEpicuro, o prazer consistiaantes naausnciadador, emvez denasatisfao positiva. Esseprazer deveserencontrado principalmente na serenidade da alma. Desde que o nico prazer durvel a sade do corpo e atranqilidade da alma, moderao e autocontrole so necessrios por umlado, e a fuga do envolvimento nosassuntospolticosepblicos, por outrolado. Epicuroadmitiaaexistnciadosdeuses, maselesficavampartedomundo e eram indiferentes aos problemas humanos. Embora o interesse por Epicuro fosse sempre limitado,mesmo no sculo I d.C., seus pontos devista foramadotados por pensadores tais como Lucrcio eCcero, porpoetascomoVirglioeHorcio, esuainflunciacontinuoupelomenosatosculoseguinte.2.3.1.2Estoicismo: O fundador da escola estica foi Zeno (336-264 a.C.). A influncia do estoicismocontinuou depois desuamorteefoi afilosofiadominanteno perodo greco-romano. Visto queo estico sinceroeraumhomemdenotvel integridademoral, eleeo desafiodaautodisciplinaeascetismo exigidospelomodo devidaestico atraamamuitos numa pocadeprevalecentes padres morais baixos na vidapblica eprivada. Adivindadeesticamaterial; elaexistiadesdeaeternidadenaformadefogoprimevoe, contudo, elaestnamenteoualmado universo queemergiudela. Deus, o Logos, o princpio ativo quecontmdentro desi as formas (assementes) de todas as coisas que devemexistir. A alma do homem parte do fogo divino que veio at oshomensemsuacriao; aimortalidadepessoal nopossvel, porquetodasasalmasretomamaofogoprimevonaconflagrao, quando o universo consumido para renascer - o ciclo continua eternamente. Visto que a almahumanaessencialmenteunacomo elemento divino, viver deacordo comosmaisaltosditamesdoprprioser viver emharmoniacomo divino propsito e, assim, atingir avirtude. A ticaesticapreponderantementeumaluta contra as paixes e afeies, uma tentativa de alcanar umestado de liberdade moral e independncia doexterior. Osesticosproclamavamaigualdadeefraternidadedetodososhomens; ensinavamque, asuperioridadeestapenasnaprticadavirtudeequesavirtude, acarretandoascetismoeautocontrole, podetrazer afelicidade.Em resumo, um sistema filosfico tinha tomado alguma coisa do carter de religio.2.3.2. Tendncias religiosas2.3.2.1. As Religies de Mistrio: Mesmo antes da era helenstica, a adorao tradicional dos deuses doOlimpo, tinhadeclinado entreos gregos. Depois deAlexandre, suainfluncia, pelo menos namentedos homenscultos, aumentoupoucoe, por fim, desapareceucompletamente. A atituderomanaparacomareligionacional foimais conservadora; contudo, nosculoI d.C., tambm, pelomenosnacapital cosmopolita, elatevederender-seaoutras influncias. Defato, oshomens estavamprocurandoalgumacoisaqueasreligiestradicionaisno podiamoferecer: sentimentoreligiosopessoal eaesperanadaimortalidade. Por cultosmistricos, quer-sesignificar ritos5sagrados pelos quais algum era iniciado nos segredos religiosos e divinos; o conhecimento desses segredosgarantiaaproteododeusoudeusadareligiomistricaemquestoeasseguravaafelicidadeeternadoiniciado.Os mistrios eleusinos tinhamsedesenvolvido emtorno do mito deDemter. Persfone, filhadeDemter,deusa da terra, tinha sido levada para o mundo inferior por Hades. Por meio da interveno de outros deuses,Persfone foi restituda a sua me, mas devia retomar ao mundo inferior durante quatro meses por ano. OsmistrioscelebradosemElusis representavamaenlutadaDemter eofeliz retornodePersfone- simbolizandoorenascimento danaturezanaprimavera. Originalmente, oculto deDemter pareceter tido opropsito degarantirboascolheitas; mas, maistarde, ociclodavidaemortedanaturezafoi vistacomoumsmbolodavidaemortedohomem, eaparticipaonosmistrioseleusinosassegurariavidanovanummundoalmdamorte. Omaisantigoemais popular dos cultos mistricos helensticos foi o de Dionsio, e no comeo da era crist, os mistriosdionisacos eram celebrados por todo o mundo greco-romano. Dionsio era o deus do vinho. Seus devotos,especialmentemulheres, depoisdeumjejumepurificaopreparatrios, eram, por meiodecerimniasnoturnasedaingesto devinho, tomados por umfrenesi divino. No enlevo deseuxtase, conseguiamumaunio msticacom a divindade por ummomento, umprenncio da eterna felicidade. O segredo da iniciao completa nosmistrios foi bemguardado, e no conhecemos mais do que umesquema geral dessas religies. Os mistriosalimentavamumacrenanumavidaalm-tmuloeestimulavamorecursoadeusessalvadores, ederamorigemaumsensodeunidadepessoal comadivindade.2.3.2.2. O Culto ao Imperador: A noo dedivindadedos reis eraumaidiaantigaecomumno Oriente.Alexandre, o Grande, verificouqueseus sditos orientais (eegpcios) o consideravamcomo umdeus. A prticatinha mais dificuldade de encontrar um lugar em Roma, mas foi, finalmente, usada como um valioso fatorpoltico. Naerahelenstica, aprpriacidadedeRomatinhaalcanadoostatusdeumadivindadeeocultodaDeaRoma (deusaRoma) sedesenvolveu. No Oriente, foi logo acompanhado pelo Culto ao Imperador. Depois desua morteem44 a.C., J lio Csar, por decreto do Senado, foi declarado umdos divinos protetores do Estado.Augusto no exigiu honras divinas emRoma, mas foi adorado como uma divindadeno Oriente, ondetemplosforamerigidos emsua honra (como o templo de Augusto construdo por Herodes, o Grande, emSebaste, aSamariarestaurada. Imperadores posteriores exigiramabertamentehonras divinas durantesuavida. O culto doimperador assegurou um firme domnio e foi propagado em parte alguma, mais entusiasticamente que nasia Menor. Nessescultos, oImperador romanoeraaclamadoSalvador eSenhor, ttulosdivinos.2.3.3. O Mundo Judaico2.3.3.1. APalestinasobosromanos:ADinastiaHerodiana(37a.C. -4d.C.). Embora Herodes, OGrande, nunca tivesse recebido afeio ou at o respeito de seus sditos judaicos.Foi umgovernante capaz eenrgico- pelomenosaosolhosdosromanos. EmrelaoaRoma, seustatusfoi oderex socius, ourei aliado,gozando deautonomiaeliberdadedetributo, mas sujeito aRomaemassuntos depolticaexternaeobrigado afornecer tropas ao exrcito imperial em tempo de guerra. O reinado de Herodes foi marcado por grandesconstrues quelhepermitiradar expresso suaadmirao pelas coisas gregas eo capacitaramaexpressar suadevooaAugusto.2.3.3.2. As Seitas e Partidos Religiosos judaicos2.3.3.2.1. Fariseus. O movimento doshasidim, do perodo dos Macabeus, sobreviveu, nos temposposteriores, emdois ramos: fariseus e essnios. Os fariseus emergiramduranteo reinado deJ oo Hircano (135-104a.C.). Como os hasidim antes deles, eles foramos campees daTorah. Almdisso, suaatitudeindependenteparacomas autoridades romanas apelavaao povo. Emgeral, os fariseus vieramdaclassemdia. Deacordo comJ osefo, os membros do partido chegavam a 6.000 no tempo de Herodes. Enquanto enfatizavam a ao daProvidncia divina, eles tambm insistiam na liberdade humana. Eles esperavam ansiosamente peloestabelecimentodoreinodeDeusnaterra, etinhamumavivaesperanamessinica. Comotelogosmorais, erammuito mais abertos eprogressistas queos saduceus. Por outro lado, apreocupao comas prescries orais queeles colocavamempdeigualdadecomaLei escrita- podiaedefato levouao legalismo eataumacasusticapueril. ElestornaramaobservnciadaTorahumacargainsuportvel edesdeque, segundoo seupontodevista, afidelidadeaDeuseraexpressaatravsdafidelidadeatodaaTorah(escritaeoral).2.3.3.2.2. Saduceus. Seu nome provavelmente signifique sadoquitas, descendentes ou partidrios deSadoc, sacerdotedeSalomo (cf. lRs 2,35). Aparecemprimeiro como umpartido organizado no tempo deJ ooHircano. Emgeral, os saduceus pertenciam rica aristocracia sacerdotal. Eramconservadores. Os fariseus seempenhavamnaformaodospadresreligiososdasmassas; ossaduceusestavaminteressadosprincipalmentenaadministrao do templo e no ritual e se conservavam separados das massas. Os saduceus enfatizavam aimportncia da Lei deMoiss, especialmenteas regulamentaes quedisciplinavamo sacerdcio eo sacrifcio.Quando o Templo eseu culto chegaramao fim, eles no tiverammais razo deser e. tambmdesapareceramdahistria.2.3.3.2.3. Escribas: aparecemprimeiro no reinado de Salomo como cultos servidores civis; eles so osorganizadores eautores daliteraturasapiencial emIsrael. Nos tempos ps-exlicos, o escribaeraalgumversado6na Lei. No sculo I a.C., os escribas, que eramadvogados, moralistas e telogos, eramos guias e mestres dacomunidadejudaica. Algunsdeleseramcelebradosfundadoresdeescolas, comHilel eShamai, noinciodosculoI d.C.; outrostinhamgrandeautoridade, comoGamaliel, mestredeSoPaulo. EmboranosEvangelhososescribassejammuitofreqentementeassociadoscomosfariseus, ostermosescriba efariseu nosoidnticos.2.3.3.2.4. O Sindrio. Eraumsenadodesacerdoteseleigoscomsetentamembros. OsmembrosdoSindrioeramdivididosemtrsgrupos: oschefesdasfamliassacerdotais, osancios(representantesdaaristocracialeiga)eosescribas. Oterceirogrupoerafarisaicoemesprito; osoutroseramsaduceus. Sobosprocuradores, oSindriotinha considervel poder. O conselho tinha a sua prpria fora policial e podia prender malfeitores e puni-los,quandocondenados. Podiapronunciar sentenademorte; contudo, asentenatinhadeser ratificadapelo.2.3.3.2.5. Essnios: J osefo (o historiador judeu do fimdo sculo I d.C.), que apresenta as seitas judaicascomo filosofias, descreveos essnios como umaterceirafilosofia - depois dos fariseus esaduceus. Eledaimpresso dequeeles emergiramduranteo reinado deJnatas (160-142a.e.) eparecequepodemos considerar aseita como umramo dos hasidim. O essenismo visto como ummovimento monstico de ascetas sacerdotais.Todas as coisas so possudas emcomumeos membros da seitaso recebidos carinhosamenteemqualquer deseusncleos. EmboraJ osefoconhecesseumgrupodeessniosquepermitiamocasamento, aseitacomoumtodoobservavaperfeitacontinncia. Ocandidatoadmissonaordemtinhadeprimeirosesubmeter aumpostuladodeumano, depois do queeraadmitido aos ritos depurificao. Os integrantes daseitatinhamgranderespeito pelaTorah, e eramnotavelmente meticulosos na observncia do sbado. Mandavamoferendas ao Templo, mas elesprprios no participavamdo culto do Templo. A maioriados estudiosos concordaqueos integrantes daseitadeQumr, senosoidnticos, soestreitamenterelacionadoscomosessnios.2.3.4. Outros Grupos2.3.4. 1. Zelotas: No ano 6 ou 7 d.C., quando o legado Quirino 18 ps emoperao umcenso geral naPalestina, os exasperados judeus serebelaram. Esses homens reuniramumgrupo, deinsurretos emtorno desi edirigiramuma campanha militar contra os romanos, primeiro na Galilia e, depois, na J udia. Os zelotas eramardentes patriotas que se consideravamagentes da ira de Deus e instrumentos da libertao de seu povo. Elesfaziam uso de quaisquer meios, para livrar-se do opressor estrangeiro e para punir os judeus suspeitos decolaborao. Visto que, livrando-sedeseusinimigos, elesusavamcomumenteumapequenaadagachamadasica,eramconhecidospor sicrios pelosromanos.2.3.4.2. Herodianos: So mencionados trs vezes no Novo Testamento (Mc 3,6;12,13; Mt 22,16) e sotambmmencionados por Flvio J osefo. Eles no eramumaseitareligiosanemumpartido extremista, como oszelotas, mas os amigos e os queapoiavamafamlia deHerodes. Encontravam-seprincipalmentena Galilia, odomnio deHerodes Antipas, emboraalgumas famlias deJerusalmtivessempermanecido ligadas aos Herodes.Pareceque, sobos procuradores, os herodianos sealiaramcomos fariseus. Emboralogo desaparecessemdacenapalestinense, os Evangelhos sugeririam que, ao tempo de J esus, eles eram um importante fator na situaoexistente.2.3.4.3. Samaritanos no eram uma seita ou grupo judaico, mas conveniente consider-los aqui. Ossamaritanos dos tempos do NT eramdescendentes do povo heterogneo estabelecido emSamaria, depois de721a.C. As sementes dainimizadeentreeles eos judeus foramsemeadas nos primeiros dias do retorno do Exlio; arupturafinal veionotempodeAlexandre, oGrande, quando(deacordocomFlvioJ osefo) otemplocismticofoiconstrudonomonteGarizim. SreconheciamoPentateuco. Erammuitodiscriminadospelosjudeus. Certamente,por contadisso, Jesuscolocouumsamaritanocomoomodelodacaridadecrist.2.2.5. A Disporajudaica:disperso freqente no J udasmo do perodo helenstico como umtermotcnico parao estabelecimento dejudeus no exterior. O movimento comeou no sculo VI a.C., quando muitosdos exilados em Babilnia escolheram permanecer ali, mas realmente tornou-se mais efetivo no tempo deAlexandre. NosculoI d.C., onmerototal dejudeusestabelecidospor todosospasespodeter chegadoemtornodequatro milhes. Traos caractersticos daDisporaforam, antes detudo, aestritavidacomunitriados judeusqueviviamnosdiferentes centros e, emseguida, o contatontimo mantidoentreas vrias clulas, comJ erusalmcomoopontofocal detodaavastarede.Muitos gentiosquetinhamsecansadodasreligiespags equeestavampreparados paraadmitir oprincpiodo monotesmo foramatrados parao J udasmo. Eles foramlivrementeadmitidos ao culto dasinagoga. Vieramaconhecer eaapreciar asprincipaisdoutrinasdareligio, ecomearamaobservar certasprticasjudaicas.3. O CNON DAS ESCRITURAS3.1. Cnon e canonicidade: O termo grego kann significavaoriginalmenteumavara demedir e, maistarde, numsentido derivado, umaregra ounorma. OsPadres usaramessapalavracomo sentidoderegradef, eo cnondasEscriturasfoi consideradocomo aregraescritadef. Por ltimo, o cnondasEscrituras veioa7significar aquilo queentendemos por elehoje: acoleo delivros divinamenteinspirados, recebidos pelaIgrejaereconhecidospor elacomoainfalvel regradefeprticaemvirtudedesuaorigemdivina. Canonicidadesignificaqueumlivroinspirado, destinadoIgreja, foi recebido comotal por ela. Emboratodosos livroscannicossejaminspiradosenenhumlivroinspiradoexistaforadocnon.3.2. Livros Protocannicos e Deuterocannicos: Quando comparamos verses catlicas eprotestantes doAT, verificamos queas ltimas enumeram39livros - como aBbliahebraica- enquanto as catlicas aceitam45livros. Essa discrepncia, obviamente por si s um grande problema, tambm tem originado uma confusaterminologia. Os livros controvertidos so os seguintes: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesistico, Baruc, 1e2Macabeus,ao lado departes de Ester e Daniel(Est 10,4-16,24; Dn 3,24-90;13-14). So denominadosDeuterocannicos: significa que houve uma certa hesitao acerca de t-los universalmente aceitos comocannicos, isto , como inspirados. Por contraste, os livros Protocannicos so aqueles sobreos quais nuncahouvedvidas naIgreja. Os livros Deuterocannicos do AT, ao lado de3 e4Esdras eOrao deManasss, sochamados de apcrifos pelos protestantes, isto , livros que no so colocados em p de igualdade com asEscrituras Sagradas. Certos livros do NT (Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 Joo, Judas, Apocalipse), que, nosprimitivos sculos cristos, levantaram dvidas ou hesitao em algumas partes, so tambm chamados deDeuterocannicos, massoaceitosagorapor todososcristos.3.3. Formao do Cnon: Onicocritrio, inteiramentesuficiente, dofatodainspiraootestemunhodaIgreja; eaIgreja, noConcliodeTrento, definiuformalmenteaextensodocnon.3.3.1. Histria do Cnon: No sculo I d.C., os judeus possuamuma coleo delivros sagrados queelessustentavamsereminspirados por Deus, enos quais viama expresso da vontadedivina, uma regradef edeprtica. O NT tambmumvalioso testemunho, porqueelecontmcitaes oualuses damaioriadesses livros;seu silncio comrespeito aos outros no significativo, visto queno hrazo pelaqual todos os livros do ATdevessemter sido citados. A coleo dos profetas foi fixada na primeira metade do sculo II e, desde aqueletempo, tomouoseulugar, ladoaladocomaLei deMoiss. A posio queconsideramos, aquelimitavao cnonaos livros mais antigos e tradicionais, a do farisasmo. Sabemos que os saduceus consideravam apenas oPentateucocomocannico, comoseviu.A Igreja crist possua, desdeo primeiro dia de sua existncia umcnon das Escrituras inspiradas: o AT.Contudo, para a Igreja primitiva, este AT era, emseu sentido mais profundo, profecia do Cristo. Entretanto, oprprio Cristo tinhacomissionado os seus Apstolos paraproclamar aboanovaeedificar acomunidadecrist, eostinhaenchidodopoder doEspritoSanto. Assim, por voltadoano125, haviagruposdeescritosquepossuamagarantiaapostlica, ecujaautoridadeerareconhecidapor todas as comunidades queos possuam. Contudo, nohaviapronunciamentooficial eascoleesvariavamdeigrejaparaigreja. Temospoucosrelatosdeoutrosescritosapostlicos na primeirametadedo sculo lI. Clementeconhecia Hebreus; Policarpo conhecia1 Pedro e1 J oo;Ppias conhecia1Pedro, 1J oo eApocalipse. Nasegundametadedo sculo, Atos, Apocalipsee, pelo menos, 1J oo e 1 Pedro eramconsiderados cannicos; eles tomaramo seu lugar ao lado dos evangelhos e das epstolaspaulinas.Podemos notar quatro fatores queinfluenciaramaformao do cnon do NT: 1) os muitos apcrifos queaIgrejarejeitou; 2) aheresiadeMarcio, quetinhaestabelecido o seuprpriocnon, o qual consistiadeumLucascorrigido e dez epstolas de Paulo (excluindo as pastorais e Hebreus); 3) os herticos montanistas, quereivindicavamrevelaesadicionaisdoEspritoSanto; 4) agrandeabundnciadeescritosgnsticos.Admite-segeralmentequenocomeodosculoIII, ocnondoNT incluaamaioria, senotodos, doslivroscannicos. A lista mais antiga que possumos aquela do fragmento muratoriano, documento descoberto naBibliotecaAmbrosiana, emMilo, em1740; elaregistraos livros queforamaceitos emRomapor voltado ano200. Contudo, na segunda metade do sculo IV, Cirilo de J erusalm, o Conclio de Laodicia e GregrioNazianzeno com sua obra e ouvintes de suas palavras; e a importncia deles foi ainda maior nos temposapostlicos. Portanto, a Igreja primitiva tinha trs autoridades: o AT, o Senhor e os Apstolos. Contudo, aautoridadeltima, decisivaeraCristo, o Senhor, quefalouimediatamenteemsuas palavras eobras emedianteotestemunhodosApstolos, suas testemunhas.No comeo, as palavras do Senhor eo relato deseus feitos eramrepetidos erelatados oralmente, mas logo elescomearama ser redigidos. Emsua obra missionria, os Apstolos tiveramvirama necessidade de escrever acertas comunidades. provvel que j pelo fimdo sculo I ou comeo do sculo II, treze epstolas paulinas,excluindoHebreus, fossemconhecidasnaGrcia, siaMenor eItlia. Todososmanuscritosetextosdasepstolaspaulinas resultaram de uma coleo que se harmoniza com nosso Corpus Paulinum. O Conclio de Trentoreafirmouocnonatual quetemosemnossasBblias.Paraentender o significado do termo apcrifo, faz-semister compreender o significado decannico. Emgrego, cannicosignifica, entreoutrascoisas, regra, varaparamedir, modelo, princpio, lista. Emjerga arquitetnica,significamolde, forma. Assim, aquiloqueencaixa nocnonperfeito.ONT empregacnon comosentidodejuzo oumedida(Gl 6,15; 2Cor 10,13-16).Quando no sculo II d.C. surgiuo perigo do sincretismo edadissoluo damensagemcrist, aIgrejaseviuobrigadaafixar aquiloqueconsideravaaautnticamensagemdeCristo. Da, ao termocannicopassouasignificar a8normaqueabarcaasverdadesdefortodoxaseexclui asheterodoxas. E sefaloudeumcnonobrigatriodaVerdadeanunciadapelaIgreja; estaVerdadeseexpressavanocnondaf, naregula fidei, naregradaf.Por umadivinadisposio, aIgrejaHierrquica(Apstoloseseussucessores) recebeudoMestreoencargoeamissodezelar pelaVerdadeeintegridadedaPalavradeDeus. Ocnon deCristovivenaIgreja, quesesenteligadaaEle(Orgenes, De principiis, 4,2) eOcomunicamedianteTradioviva.J desdeosprimrdiosseconsideroucomrevernciaoquepertencendoaestaTradiovivatinhasidofixadopor escrito. E logoapareceramjuntoBbliadeJ esus(AT) edaIgrejaprimitiva(NT), ouseja, juntoaoAT, esses27escritos quehojeseconhececomo NT. Somenteeles foramreconhecidos finalmentepelaIgrejacomo pertencentes Tradiocristtotal esemfalsificaes, demodoque, comtodaajustia, deveriamser denominadoscannicos.Entretanto, muitocedo, pelomenosapartir doII sculo, comearamasurgir outrosdocumentoscujosautoressepassavampor algumapstolooupersonagemimportantedavidadeJesus, comointuitodedifundir idiasprpriasoudedeterminado grupo, como sefossepensamento do Senhor. Por essarazo, coubeIgrejafazer valer adoutrinaverdadeiramenteapostlicaerejeitar esses escritos. Umexemplo dessaespciedeliteraturao chamado Evangelhode Pedro.Mas uma definio eclesisticado cnon vinhatambmsendo exigidapor causadediferenas surgidas porpartedemestresdo errocomo Marcio. Esteheregegnstico queapareceunametadedo sculo II uniazelo religiosocomtalentoorganizador, repudiavacompletamenteoAT. ProclamouumanovaBblia: somenteoEvangelhodeLucaseabreviaesdasEpstolaspaulinas(menosasPastorais: I eII Tm, Tito).Se perguntarmos pelos critrios empregados para determinar a canonicidade dos escritos transmitidos,enfrentaremos umproblema assaz complexo: nenhumdos princpios aduzidos pelo repertrio cannico mais antigopodeser empregado semreservas. Exigiu-seumaorigemapostlica, pois assimpareciasegarantir aautenticidadedadoutrina. Mas havia materiais que circulavam entre as comunidades com o nome de um Apstolo sem procederrealmente dele, enquanto que escritos indiscutivelmente cannicos, como Marcos e Lucas no eram atribudos aApstolos. Depois seexigiu queos escritos emquesto fossemdirigidos todaIgreja, mas Paulo no s escreveu comunidadessingularescomotambmpessoasisoladas.Consideremos ambos os critrios com maior profundidade. No sculo II, apenasnadie podia provarseriamente, utilizandomtodoshistricos, aorigemapostlicadeumescrito. Poisbem, seosministrosdaIgrejaeramconscientes depossuir o cnondaverdade, teriamderevisar luz destaTradionormativadaf, comtodajustiaedireito, agenunaorigemdeumautnticoousupostoescritoapostlico.Quando no repertrio do chamado Canon Muratori, emhomenagemaseu descobridor, paraqueumescritosejaconsiderado inspirado, exige-setambmque seja dirigido todaIgreja. Apontava-se, pois, a aplicao deumaregraquenoincluanenhumescritodecarter esotricoetopoucorevelaesocultas. Hojetemosqueafirmar commaior preciso quetal critrio resultainaplicvel, jqueos escritos do NT so coynturales eprecisamentea radicaparansumapoderosagarantiadesuaautenticidade; masapartir dopontodevistadaIgrejadosculoII, quejosliapublicamenteemtodas as comunidades, no careciadefundamento arecusademateriais surgidos subitamentecomcarter derevelaes as entidades particulares: alguns escritos apostlicos autnticos tinhamsido difundidos emvezdeficaremreservados; por estarazonoeraseguraaorigemapostlicademateriaisquenoestivessemdivulgadosenemselessempor todaaIgreja.Assim, pois, adeterminaodocnonumatoemanadodaautoridademagisterial daIgreja. A autoridadedosprimeiros testemunhos no se transmitiu a umconjunto de escritos, mas aos primeiros ministros que se tornaramdiscpulos dos Apstolos, as primeiras testemunhas, e continuaram possuindo e transmitindo a Sagrada Tradioeclesial. Por isso, aIgrejapodeviver 300anossemumcnonescritursticosolidamentedeterminado.Pois bem, os escritos apcrifos nos do aconhecer os materiais queaIgreja, iluminadapelo Esprito Santo,noquisincluir nocnon.Otermogregosignificaoculto. Ocultavam-se escritos, porque se considerava seu contedo tovaliosoquenosequeriacomunic-lo aoutrem; etambmporqueseescondiamaquelescujofundoeraquestionvel.Significava tambm que sua origem era duvidosa. Em alguns deles, sobretudo os chamados mgicos, hrecomendao de escond-los e os manter emlugar secreto. Enfim, como se temdito, esses apcrifos no foramreconhecidoscomoinspiradosotermoapcrifosignificafalso, falsificado nocannico.94. ELENCO DOSPRINCIPAIS APCRIFOS E PSEUDO-EPGRAFOS DO AT4.1. as origensO Primeiro Livro de Ado e Eva:- OConflitodeAdoeEvacomSatansO Segundo Livro de Ado e EvaLivro dos Segredos de EnoqueLivro da Ascenso de IsaasConto dos PatriarcasO Martrio de IsaasMelquisedecNarrao do Dilvio da Epopia de Gilgamesh (RelatoBabilnico)O Testamento de AbraoA Assuno de MoissCaverna dos TesourosLivro de Enoque (I Enoque) PrimeiraParte: OLivrodosAnjos AsaventurasdeEnoque Segundaparte- AsAlegorias TerceiraParte QuartaParte QuintaParte Final dolivro4.2. Testamento dos Doze PatriarcasI. TestamentodeRubn- DaIntenoII. OTestamentodeSimeo- DaInvejaIII. TestamentodeLevi - Dosacerdcioedapresuno/TestamentomaisantigodeLevi (Fragmentoaramaico)IV. TestamentodeJ ud- Davalentiadacobiamaterial edaluxriaV. TestamentodeIssacar - DasimplicidadeVI. TestamentodeZebulon- DacompaixoemisericrdiaVII. TestamentodeDan- DaraivaedamentiraVIIIa. TestamentodeNeftali - DabondadeVIIIb. TestamentodeNeftali - SegundoacrnicahebraicadeJerchmeelIX. TestamentodeGad- DodioX. TestamentodeAser - DoduploaspectodamaldadeedavirtudeXl. TestamentodeJos- DacastidadeXlI. TestamentodeBenjamim- Daretainteno4.3. Textos poticosHino da ProlaSobre a Origem do MundoO Livro dos Jubileus5. ELENCO DOSPRINCIPAISAPCRIFOS DO NT5.1. Livros da Infncia de JesusLivro da Infncia do SalvadorA Histria de Jos, o CarpinteiroEvangelho rabe da InfnciaExcertos do Evangelho Armnio da InfnciaJos e Asenath10Evangelho Pseudo-Mateus da InfnciaOLivroSobreaOrigemdaAbenoadaMariaeainfnciadoSalvadorEvangelhoPseudo-Tom (NarraessobreaInfnciadoSenhor, por Tom)5.2. EvangelhosProto-Evangelho de Tiago(NatividadedeMaria)Evangelho de Nicodemos(AtosdePilatos)Descida de Cristo ao inferno(VersoGrega)Descida de Cristo ao inferno(VersoLatina)Evangelho de Bartolomeu(TraduodaVersoLatina)Evangelho de PedroEvangelho Segundo Tom, o DdimoEvangelho de Maria MadalenaEvangelho de Judas ScariotesExcertos do Evangelho de MariaAgrapha Extra-EvangelhoEvangelho Segundo FelipeO Evangelho da VerdadeO Evangelho de VaIentino5.3. EpstolasCiclo de PilatosRetrato de JesusCarta de Lentulus Publius de Jerusalm ao Imperador Tibrio CsarRetrato do Salvador / (Nicephorus Calixtus)Carta de Pncio Pilatos Dirigida ao Imperador Romano sobre Nosso Senhor Jesus CristoCarta de Tibrio a PilatosRelatrio do Governador Pilatos Sobre Nosso Senhor Jesus Cristo. Enviado a Csar Augusto em RomaCorrespondncia entre Pncio Pilatos e HerodesCarta de Pilatos a HerodesCarta de Herodes a PilatosJulgamento e Condenao de PilatosMorte de Pilatos, o que condenou JesusSentena Dada por Pncio Pilatos Contra Nosso Senhor Jesus CristoA Vingana do Salvador5.4. Declaraes de Jos de Arimatia, Aquele que reclamou o Corpo do Senhor, e que contem a causa dosdois ladres5.5. Cartas do SenhorCpiadaCartaqueoRei AbgaroescreveuaJ esusequelheenviouaJ erusalmpor IntermdiodoMensageiroHannanRespostaqueEnviouJ esusaoRei AbgaropeloMensageiroHannanRespostadeJ esus(SegundoVersodeLouisdeDieu)DitamesqueAcompanharamarespostadeJ esus(SegundooManuscritorabedaBibliotecadeLeyden)5.6. Discurso sobre o DomingoDiaSantodoSenhor entretodososoutrosemqueJ esusCristo, NossoDeuseSenhor, Ressuscitoudentreosmortos. Abenoe, Senhor115.7. Apcrifos da AssunoLivrodeSoJ ooEvangelista(oTelogo)TratadodeSoJ oo. oTelogo, sobreaPassagemdaSantaMede Deus5.8. Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria(NarraoErroneamenteAtribudaaJ osdeArimatia)5.9. ApocalipsesApocalipse de BaruchApocalipse de AdoApocalipse de AbraoParteI: A NarrativaParteII: ApocalipsedeMoissApocalipse de Elias(seqnciadoApocalipsedeSofonias, 18,6)Apocalipse de Pedro Apocalipse de TomEVANGELHOS ATOS DOS APSTOLOS EPSTOLAS E APOCALPSES APCRIFOSPassemos, pois, aconhecer Evangelhos, AtosdosApstolos, EpistolaseApocalipsesapcrifos.a) Evangelho: BoaNotcia. Erautilizadano culto ao Imperador. As comunidades crists o atriburamaCristoeaoseuMistrio.Podemosclassificar osevangelhosapcrifosemtrstiposdistintos:b) Apcrifos de tipo Sintico =tentaplagiar oscannicos.c) Apcrifos de tipo Gnsticos =queremtransmitir oupropagar adoutrinagnostica.d) Apcrifos de Complementao: pretendemcomplementar os cannicos naquilo queeles omitem, comoobjetivodesatisfazer acuriosidadepiedosa.EVANGELHOS APOCRIFOS DE TIPO SINTICOPodemser classificadoscomotais: osEvangelhos Judeus-cristos; oEvangelho de Pedro; e, emcertosentidooEvangelho dos Egpcios etambmcertosfragmentosdepapiroscomescritosevanglicos.I - EVANGELHOS JUDEUS-CRISTOS1. Evangelho dos Nazoreus: Muito parecido ao cannico Evangelho deMatheus. Eralido entreos judeus-cristos daSria; seriaumaversoaramaicadaqueleEvangelhocannico.2. Evangelho dos Hebreus: Provavelmente, surgiu na mesma poca do anterior; escrito emgrego. Sabemos queosjudeus quefalavamessalnguaeramdenominados hebreus. Assim, esseevangelho eradirigido aos judeus-cristosquefalavamgrego.3. Evangelho dos Ebionitas: Tambmfoi escritoemgrego, duranteaprimeirametadedosculoII, provavelmente, naPalestina(ao LestedoJ ordo), ondepreferencialmentehabitavaessegrupo. Oqueseconhecedesseescritorevelaseucarter hertico: negao nascimento virginal deJesus. Assim, afiliao divinadeJ esus no procededeSua geraodivinaenascimentomilagroso, masdauniodoEspritoSantoSuapessoaapartir doBatismo.4. Evangelho de Pedro: mencionado por Eusbio, na sua HistoriadaIgreja. Encontrado em1886-87, no Egito(Ajmim). O fragmento comea sua narrativa aludindo os fatos que sederamdepois que Pilatos lavou as mos: asentenademorte, amorteearessurreiodeJ esus. baseadonoscannicos.5. Evangelho dos Egpcios: SurgiunaprimeirametadedosculoII, noEgito. Conhecemosesses escritospor meiodeS. ClementedeAlexandriaqueo refutacomo hertico. Defato, esseescrito condenavao matrimonio eaprocriao:Salom perguntou ao Senhor: At quando a morte vai existir? Eu te digo: At quando as mulheres continuaremengravidando. Soconsideradasobrasdasmulherestantoaconcepoquantoacorrupo.II - EVANGELHOS DE TIPO GNSTICOEvangelhoSegundoTom: Erausadopelosmembrosdaseitagnstica.12Apcrifo de Joo, Livro Sagrado do Esprito Invisvel, Epstola do Bem-aventurado Eugnotes, A Sabedoria de Jesus, ODilogo do Redentor.III 13INTRODUO LITERATURA APCRIFAINTRODUO1- Como surgiram. os Evangelhos: PalestinaeImprioRomanonotempodeJesus. Expansodocristianismo.2- Heresias dos Primeiros sculos da Igreja .a) Ebionismo: MovimentoJ udeu-cristodepoisde70: J esusreconhecidocomooprofetaanunciadopor Moiss, masnocomo"FilhodeDeus". Cristoumhomemcomumcomoosdemais, nascidodeJ osedeMaria.b) Elcasasmo: Fundado por Elxai. Tambm negava a divindade de Cristo: mais judeu que cristo. Hb 6,38 oscondena.c) Nicolaismo: CondenavamoDeusdoAT, epregavaaliberdadetotal.d) Gnosticismo:3- Cnon e canonicidadea) "LivrosProtocannicos"b) "LivrosDeuterocannicos"4- Livros Apcrifos ou no cannicosA palavraApcrifo, dogrego, apokrypba, escondido, nomeusadoparadeterminar:a) Assuntossecretos, oumisterioso, ignorado, falsoouesprio;b) documentosnocannicos;c) Trata-sedeumalistadeaproximadamente112livros: 52doAT- 60doNT.d) Apesar de existir umimenso debate sobre a interpretao dos evangelhos apcrifos encontrados, na sua grandemaioria, em1945, emNagHammadi (noEgito), poucaspessoastiveramtempodeentender oqueacontece, defato, nomeioreligioso.CONCLUSOBIBLIOGRAFIA (acompletar)ALTANER, Berthold STUIBER, Alfred: Patrologia. 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Coleccinde textos griecos ylatinos, versin crtica, estudios introductorios y comentarios por, BAC, Madrid, 1985, 5ed.PROENA: Eduardo de (org.); Apcrifos e Pseudo-epgrafos da Bblia, FonteEditorialLTDA, SoPaulo, SP, 2005.QUASTEN, Johannes; Patrologia I.Hastaelconcilio de Nicea, BAC, Madrid, 1984, 3ed.ROMAG, Dagoberto; CompendiodeHistriadaIgrejaI. AAntiguidadecrist, VozesLTDA, Petrpolis SoPaulo, 1949, 2ed.Pe. J. R. Lucas Prazer