CRÔNICAS DE UMA EX-ABORRECENTE - perse.com.br · minha avó, embora falando menos do Seu Manoel e...

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CRÔNICAS DE UMA

EX-ABORRECENTE

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PRISCILLA JOHNSON

CRÔNICAS DE UMA

EX-ABORRECENTE

1a edição (revista e ampliada)

ARACAJU / 2011 PerSe

©Todos os direitos reservados.

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AGRADECIMENTO

À todos aqueles que, de alguma maneira,

puderam ajudar-me, compreender e dar forças

para levar esse projeto adiante. Como também

aqueles que saibam o valor de um livro como

incentivo na educação.

Para todos aquellos que, de alguna manera,

podría ayudar a entender y dar fuerza para

tomar este proyecto adelante. Además de los

que saben el valor de un libro como un

incentivo a la educación.

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DEDICATÓRIA

Há 4 anos atrás, ainda poderia “ouvir”

minha avó, embora falando menos do Seu

Manoel e muito mais com vontade de voltar a

poder andar e ser independente como sempre

foi.

Viúva cedo, a minha Santa protetora,

trabalhou na 1ª fábrica de tecidos da capital, a

Ribeiro Chaves e, assim, dona-de-casa e viúva

de um homem lindo, olhos claros, aparência

séria, responsável, batalhador, primor de pai -

senso comum dentre os 4(quatro) filhos - ,

educou-os sozinha, apenas com a ajuda da

irmã mais velha e as lembranças do marido.

Nascida antes da 1ª e 2ª guerras mundiais,

nossa avó conseguiu ficar viva a tempo de

educar-me e passar-me seus sábios

ensinamentos. É um verdadeiro poço de

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sabedoria, embora muitos a menosprezem.

Uma senhora carinhosa, altruísta, sem

instrução e que, mesmo assim, sabe muito

mais da vida que qualquer um possa imaginar.

Alguém assim merece todo respeito,

carinho, amor e consideração daqueles que,

um dia, tiveram ou tenham a oportunidade de

estar próximo a uma pessoa tão sensacional,

quanto corajosa.

Alguém que viveu sua vida em função dos

outros, abrindo mão da própria vida, só merece

uma coisa: todas as homenagens que o mundo

possa lhe oferecer. E, se hoje, já não mais pode

contribuir é porque já fez muito por muitos.

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SUMÁRIO

Apresentação.......................................................... 11

Aos leitores............................................................ 13

Recomeço............................................................... 16

Amor para toda vida............................................... 17

Dan: encontros e des(encontros)............................ 19

10 horas: Para quê conhecer Toquinho?................ 18

A atendente do consultório.................................... 21

Homem que é homem............................................ 24

A atendente do consultório II................................. 26

Como foi saber da doença de Etelvina ou como

perdi definitivamente qualquer interesse pela

nicotina...................................................................

28

O que te faz gostar de uma música?....................... 30

Acarajé... mas cadê o dendê?................................. 32

Guerra do Vietnã.................................................... 33

Minha melhor amiga.............................................. 34

Com você eu aprendi............................................. 36

Dançar forró e Pedagogia: hã?............................... 38

As meninas de Renoit............................................ 42

O reportório musical brasileiro é de uma

criatividade impressionante ..................................

45

O primeiro axé sem classe..................................... 47

Gira. Gira. Gira e não sai do lugar......................... 49

Vitória.................................................................... 51

Ana em busca de ajuda.......................................... 55

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A cachaça............................................................... 58

Pizzaria................................................................... 61

Decoração.............................................................. 64

Estourar balões....................................................... 65

Como religião e pizza

se relacionam.........................................................

67

A senhora do vestido.............................................. 69

Um novo horizonte................................................ 72

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APRESENTAÇÃO

O livro trata-se de uma coletânea com

crônicas; sendo muitas baseadas em momentos

reais, outras elaboradas para distração do

leitor. Cada uma delas se mistura, seguindo

diferentes estilos, umas são bastante

cotidianas, outras levam o leitor a pensar um

pouco mais.

As crônicas começaram com uma simples

ideia de fazer algo para ocupar o tempo e

foram evoluindo para um trabalho menos

amador e mais profissional.

A presente obra pode ser lida de maneira

seqüencial ou até mesmo, pulando de um

crônica no início para uma do final. Não é

absolutamente necessária seguir uma ordem

cronológica durante sua leitura, porém a

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mesma pode ser mais interessante para leitores

exigentes.

Apesar do título, este é um livro feito para

todas as idades.

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AOS LEITORES

Escrever:

Meus Deus, o que é isso hein?

Para mim, sempre foi maravilhosa

a arte de escrever.

A arte da palavra escrita.

Mas não,

não é tarefa fácil transcrever

sentimentos reais ou

que sequer existem...

coisas para quem realmente gosta de quebrar a

cabeça.

Não, não é 'bater a cabeça' que estou

falando!...

É de pensar que falamos nesse momento...

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Algumas vezes, escrevemos em 1a pessoa...

outras, procuramos imaginar como tal pessoa

estaria se sentindo ou pensando

ou até mesmo identificamos os sentimentos e

daí surge um novo texto. Mas,

nesse momento, é preciso muito cuidado,

porque precisamos “sentir-passando” aquilo

que estamos transmitindo

é nesse sentir, nesse ir e vir,

que poderemos sofrer, chorar,

sorrir, temer, brincar...

é realmente muito complicado entrar nesse

mundo de emoções e de sentimentos...

mas trazer isso ao papel ou traduzir à

linguagem escrita nos humaniza e podemos

estar em contato com diversas realidades,

ajudando de alguma maneira a transmutá-las.

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Bem, queridos leitores, boa leitura.

Um abraço,

a autora.

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Recomeço

Acabar...

Foi o fim do que seria um começo.

Mas foi o começo do que nem eu sabia: o

começo de me reencontrar...

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Amor para toda vida

Nunca mais havia chorado tanto...

hoje, com dores, chorei como criança

e chorei também por ELA, que me ensinou

tantas coisas boas,

ELA me pediu e estou fazendo o que pediu-

me.

... Quantas noites não ficamos juntas,

aguardando ansiosas a chegada do papai. Ele

agora era para ELA, um pedaço do Seu

Manoel e sempre soube disso. Sabia também

que ELA, com seu imenso amor e carinho,

queria me confortar, me consolar. E nós

aguardávamos, ansiosas,

mas pacientes, numa cumplicidade,

onde ELA me ensinava seu amor

incondicional e eu fazia arte...

arte por ser pequena, arte para distraí-la,

arte por gostar de ser espontânea.

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Mas, nos meus momentos mais frágeis, era

em seu colo que caía aos prantos...

E, em sua meiguice ou sabedoria, sei lá,

ocupava-me com suas histórias.

Ou, quando doente,

cuidava de mim, sem querer nada, além da

minha companhia, em troca.

E os meus pés "eram tão gelados", mas eram

"bonitos". E as mãos delicadas. Assim ela me

dizia...

Quantas saudades de você, minha

fortaleza!! Te amo!

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Dan: encontros e des(encontros)

Não esqueço nunca o dia que chamo a

turma aqui. Colocamos o videokê. E ele

começa a cantar, completamente desafinado,

uma música do Cazuza. Era “Exagerado”.

Algumas amigas já haviam chegado e eu,

completamente sem graça, pensei “putz!, meu

rolo!? tá me fazendo pagar um micaço”. De

repente, me vejo envolvida com aquele rapaz

como eu, por debaixo disfarçando quem

realmente era. São coisas que não dá para

explicar. Mas, sei lá, ele me lembrava meu

irmão mais novo? Que adoro!? Não, não sei o

que é. Nós teríamos algo em comum? Talvez a

maneira de ver o mundo.

A festa foi ótima. Enchemos a cara, todos

nós, estudantes da Federal, grande parte.

Nossa relação continua, mas a realidade me

impõe obrigações. Precisava buscar “meu

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futuro”. Na minha mente, feminina e imatura,

isto queria dizer: acabe com qualquer

sentimento, seja fria. Já tinha percebido que

duas faculdades mais outras coisas era

humanamente impossível. Além de tudo, a

influência das amigas “Aquele menino é meio

bobo!”. Sinceramente? Não achava, nem acho

isso! Nunca achei. Pelo contrário, ele é mais

esperto do que parece. Inteligente....

Mas um coração ferido e que se permitiu

ferir, “tem medo de água fria”. Pra acabar com

toda dor, precisava não ter vínculos com

ninguém, não gostar nem um “tantinho” de

alguém... Não queria fazer amigos...

Dan, bobo?! Onde? É uma das pessoas mais

inteligentes que conheço, sem a necessidade

de demonstrar isso a todos imperiosamente.

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10 horas: Para quê conhecer Toquinho?

Estudei numa escola onde disciplina era

base de tudo. Até hoje meu relógio biológico

se assusta quando bate as 10 da matina.

Dos 4 aos 10 anos: 8 horas estar,

pontualmente, na escola. Educação Física, no

mínimo, duas vezes por semana. Não era o

exército, mas era similar.

Quase tudo sempre às 10 horas

Toda semana, pelo menos, uma vez às 10

hs: “alarme de incêndio”. Toca a sirene do

colégio. Pânico geral. Sério, pânico na

pirralhada!!! Todo mundo corria

desesperado...

Todos os alunos em fila, hora de hastear a

bandeira e cantar o Hino Nacional. A

professora sai olhando se está tudo em ordem,

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todos em seus lugares, o tempo corre contra

nós e precisamos estar prontos e a postos. Mão

direita no peito, postura ereta, mão esquerda

estendida ao lado do corpo.

Todos em coro: é um orgulho saber a letra

inteira do Hino.

Achando pouco o reportório musical

Aprendemos também “Aquarela”, do

Toquinho, nas aulas teóricas. E ainda,

tínhamos que pintar igualzinho à música. Se

lembro!? Lembro sim! Lembro de tudo!

Nossa!!!

Certo dia, a professora nos chega com “O

Caderno”. Perguntei ao meu pai:

− Pra quê aprender essa música? É muito

grande, não vou conseguir.

Ele disse: “Um dia você vai saber” e veio

ensinar-me como cantava e o quê significavam

aquelas palavras.

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Dúvidas ? Sim. ainda assim não entendi o

real significado.

Ano seguinte:

− Mãe, preciso do meu primeiro diário.

MÃEEEEE, preciso urgente!!!!!!!!!!!!!!

“É onde estariam meus segredos.

Ah, sim. Agora entendi”.

“sou eu que vou ser seu colega, seus

problemas ajudar a resolver... quando

surgirem seus primeiros raios de mulher... só

peço a você um favor, se puder, não me

esqueça num canto qualquer” (O Caderno,

letra de Toquinho)

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A atendente do consultório

“Não! Não! De novo, não! Todo dia olhar

para cara dessa mulher, ninguém merece!

Atendente antipática, por mais que se esforce,

não consegue ter um mínimo de gentileza... e é

sempre dando em cima dos coroas com cara de

bem-sucedidos... “

− Você viu as pernas dele?

“Hã? Hein?” – isso mesmo, me fiz de

desentendida e se fosse mais corajosa tinha

dito “porque você não deixa de falsidade e vai

atrás de sua felicidade? Tá na cara que você

não gosta de estar aí atrás desse balcão... sua

chefe lhe explora. Sim, me desculpe, verdade

seja dita: sua chefe lhe explora e você tem que

aguentar isso esses anos todos? Essa vida

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sofrida? Corra atrás de algo diferente”... mas,

infelizmente, nem tudo que se pensa, se fala...

Sim, mas,

voltando...

Ao que ela reagiu:

− Hã, hein? Que lerda!

Aí foi demais para minha paciência... „além

de ter de ser psicóloga de tanta gente, ainda

tenho que ouvir mais essa?‟

“pernas de quem?”, virei para trás. “Dele?”,

olhei para baixo. É, tinha umas pernas

grossinhas, mas convenhamos, perna de

homem tem que ter pelo, nem que seja liso... ...

mas algum pelo... homem sem pêlo, deve ser

muito do...

− As dele!, disse, toda empolgada.

Olhei com cara de “sim, diga mais...”

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e, pensei “isso porque ela não viu as do

meu pai!”... atleta, jogador, gato...

aquele coroa é gato.

Mas...

Contando a linda história de amor

…felizmente,

achou uma bela morenaça e arrematou!

Onde cartas foram trocadas, amores

desencontrados, viagens interferiram, família,

remoções no trabalho, porém nada impediu o

branquelo de perseguir a linda moreninha.

E...

quando ninguém mais esperava, chegou

Terceiro...

o Terceiro filho, a quem resolvi dedicar todo

amor e carinho que tinha, já que eu estando na

fase da pré-aborrecência, era uma mocinha.

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Homem que é homem

Falando em homem...

na boa, homem tem que ser com H...

mas dos maiúsculos mesmo. Esse negócio

de homem fresco demais, não dá.

Um denguinho é sempre bem-vindo. Mas

homem que é homem tem que cumprir seu

papel: tem que proteger a mulher. Mesmo que

ela pense que pode mais que ele.

Homem que é homem pode, de longe,

querer o melhor para ela. Aliás, pode abrir um

pouquinho mão do seu egocentrismo e, de

repente, estar nos bastidores.

Homem que é homem troca a lâmpada.

Homem que é homem livra a mulher de muitas

roubadas. Homem que é homem evita que a

mulher corra perigos. Homem que é homem,

bem,