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17° Curso Informativo Sobre Preservação de Coleções Bibliográficas e Documentais “Critérios de raridade bibliográfica, conhecer e preservar”

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17° Curso Informativo Sobre Preservação de Coleções

Bibliográficas e Documentais

“Critérios de raridade bibliográfica, conhecer e

preservar”

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Bibliotecas - coleções - Acervo corrente – que atualizam a coleção

(livros, jornais, periódicos, dissertações, teses e materiais de

referência - dicionários, enciclopédias, gramáticas, guias,

anais de congresso, catálogos e outros);

- Acervo multimídia (CDs, DVDs, Fitas VHS, bases de

dados, etc.);

- Acervo digital (reproduções digitais de obras em domínio

público, e-books, revistas, jornais, etc.);

- Acervos especiais - A American Library Association

refere-se “a toda a gama de registros gráficos e não gráficos,

incluindo livros raros, manuscritos, fotografias, mapas, obras

de arte, artefatos e outros objetos”, como itens pertencentes

ao universo das coleções especiais.

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FORMAÇÃO DE COLEÇÕES DE ESPECIAIS -

OBJETIVO

• O objetivo para a formação de coleções especiais, se deve a necessidade de preservação de um patrimônio que requer cuidados diferenciados daqueles utilizados nos acervos correntes.

• Há a necessidade de implantação de políticas de preservação e de segurança para este tipo de acervo, não apenas por seu valor monetário, mas devido a dificuldade da sua reposição em caso de sinistros

(acidentes, perda ou roubo).

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OBRAS RARAS – COMO QUALIFICAR

• É muito importante que para a elaboração dos critérios de

raridade de uma instituição, se estabeleça uma comissão,

preferencialmente multidisciplinar, composta e utilizando

os conhecimentos dos seguintes agentes:

• Bibliotecário – conhecimentos técnicos e bibliográficos.

• Usuários - especialistas, que identifiquem as obras que são

marcos dentro das áreas do conhecimento que abrange o

acervo.

• Gestores da instituição - possui o conhecimento

histórico e administrativo.

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CRITÉRIOS DE RARIDADE PRATICADOS

PELA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

• A Biblioteca Nacional, buscou elaborar critérios de

raridade próprios, que qualificassem seu acervo, agregando valores aos critérios já consagrados internacionalmente. Esses critérios foram elaborados por uma Comissão de bibliotecários, e oficializados através de uma ordem de serviço (OS-GD12/1984), listando os critérios que são comumente empregados para a qualificação de obras raras, observando as questões condizentes com a função de biblioteca depositária, particularizados pela própria natureza de uma Biblioteca Nacional.

• Nesta Ordem de Serviço foi destacado ainda, que de acordo com as particularidades e interesses específicos de cada biblioteca e/ou colecionadores, outras critérios poderão ser acrescidos.

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CRITÉRIOS DE RARIDADE - FBN

- Todas as impressões dos séculos XV, XVI e XVII;

- Impressões do século XVIII até 1720 (questões de espaço físico, alicerçada

pela inclusão de mais 20 anos após a virada do século, onde entende-se já

estarem estabelecidas as técnicas de impressão referente ao século anterior);

- 0bras editadas no Brasil até 1841(produção gráfica se desenvolve a

partir do Segundo Reinado – 1831-1840);

- Edições de tiragens reduzidas;

- Edições especiais, de luxo para bibliófilos;

- Edições clandestinas;

- Obras esgotadas;

- Exemplares de coleções especiais, em geral com belas encadernações e

“ex libris”; e

-Exemplares com anotações manuscritas de importância, incluindo-se

dedicatórias.

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Livro Antigo x Livro Raro

• Nem sempre a antiguidade pode ser traduzida em

raridade, tendo em vista que no século XVIII se

publicava de tudo. Muitas vezes os textos eram

truncados e incompreensíveis, obras eram

encomendadas, como p. ex. discursos de louvor a

alguém. O livro antigo para ser considerado raro,

precisa enquadrar-se em algum critério.

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• A idade cronológica leva em conta a criação da

imprensa por Gutemberg (1455) e a aparição da

imprensa nos diversos lugares do mundo e/ou na

região onde foram impressas as obras e, desta

forma, justifica o princípio de que todos os livros

publicados artesanalmente merecem ser

considerados raros.

1- Obras anteriores a 1455 (manuscritos);

2- Os incunábulos (1455-1500) – primeiras impressões (SÉC. XV – XVI);

3- Impressões do século XVII.

O Critério cronológico pode determinar a

raridade de obras

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Manuscritos

Nos incunábulos, os impressores deram continuidade ao costume dos

escribas, que iniciavam o texto com o INCIP (aqui começa), e ao final da

obra o EXPLICIT (aqui termina), ambos contendo muitas vezes o nome do

autor e o título da obra.

Ex. Incipit - “Livro de Horas de Milão-Turim” 1445

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Manuscritos

Ex. Explicit - Pseudo-Seneca. Tractatus de quatuor

virtutibus, and other grammatical texts.

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Primeiras Impressões – Sec. XV-XVI

Características dos incunábulos • Ausência de página de rosto

• Incipit

• Explicit

• Colofão

• Caracteres góticos

• Textos compactos

• Largo uso de abreviaturas

• Iluminuras

• Xilogravuras

• Texto em duas colunas

• Não eram paginados, às vezes folheados

• Emprego de Glosas

• Registros

• Assinaturas

• Reclamos

• Grandes formatos (in-fólio)

• Texto em latim (3/4 das obras)

• Livro litúrgico (a maioria)

• Literatura antiga e obras jurídicas (1/10 da produção)

• Papel de trapo, grosso, desigual e de cor amarelada

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Incunábulo • Bíblia de Gutemberg – 1455.

Essa Bíblia é considerada o Incunábulo mais importante, pois marca o

início da produção de livros em massa no Ocidente. Também

conhecida como a bíblia de 42 linhas.

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Incunábulo

Bíblia de Mogúncia • Impressa sobre pergaminho,

cada página em duas colunas com 48 linhas, sendo as iniciais dos capítulos feitas à mão com tinta azul e vermelha. Trata-se da primeira obra impressa na qual aparecem data, lugar e nomes dos impressores, Fust e Schoeffer (ex-sócios de Gutenberg), no colofão.

• Dos 216 existentes na coleção, a Bíblia é o incunábulo mais antigo da Biblioteca Nacional, que possui dois exemplares. BÍBLIA. Latim. Mogúncia. 1462. In civitate Maguntij: per Johannem Fust e Petrum Schoeffer, in vigília assumptionis Mariae [14 ago.] 1462. 2 v. 42 cm.

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Características dos Incunábulos

Incipit Palavra latina que significa

“aqui começa”

• Bíblia. Latim. Mogúncia.1462. Incip[it] epe’a sci iheronimi ad paulinnu[m] p[re]sbiteru]m]: de omibs divine historie libris. In civitate Maguntij [Alemanha]: per Johanne[n] Fust et Petru[m] Schoiffher..., [14 de ago] 1462.

• Objeto digital: OR813929

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Características dos Incunábulos

Explicit Palavra latina que significa “aqui termina”

Bíblia. Latim. Mogúncia.1462.

Incip[it] epe’a sci iheronimi ad

paulinnu[m] p[re]sbiteru]m]: de

omibs divine historie libris. In civitate

Maguntij [Alemanha]: per

Johanne[n] Fust et Petru[m]

Schoiffher..., [14 de ago] 1462.

Objeto digital: OR813929

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Características dos Incunábulos Assinaturas - Cada página inicial do caderno ostenta, na

extremidade inferior direita sob a última linha do texto, um algarismo ou

símbolo chamado “assinatura”, que indicam a ordem dos cadernos. Por

exemplo: Ai, Aii, Aiii... No caderno seguinte Bi, Bii, Biii e assim por diante.

[...]

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Características dos Incunábulos Caracteres góticos; textos compactos; texto em duas colunas; não

paginados, às vezes folheados; texto em latim (3/4 das obras); papel

de trapo; obras litúrgicas, literatura antiga e obras jurídicas; grandes

formatos (in-folio, folha dobrada apena uma vez).

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Características dos Incunábulos Glosa- Explicação ou comentário ao redor de um texto de difícil

interpretação. Embora mais extenso é impresso em corpo menor

visando ocupar a mesma página do texto comentado.

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Características dos Incunábulos

Largo uso de abreviaturas

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Características dos Incunábulos Reclamos

Palavra, sílaba ou parte de palavra escrita ou impressa à direita, ao pé

de cada página incunábulos e livros antigos, correspondentes a

primeira palavra do início da página seguinte.

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Características dos Incunábulos Registros - Lista de letras ou palavras, que indicavam o início

de cada um dos cadernos, era fornecida pelo impressor para

orientação do encadernador. Comum nos incunábulos aparecia

geralmente ao final do volume, acima do colofão, ou em folha

separada.

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Características dos Incunábulos

Colofão

• Palavra grega que

significa “traço final”, que

além das informações

sobre o autor e título da

obra, informava o local, o

impressor e a data de

publicação.

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Características dos Incunábulos

Xilogravura • É a técnica de gravura semelhante ao carimbo. Reprodução das

imagens (ou textos) pelo processo de gravação em relevo com uma matriz de madeira, possibilita a cópia da imagem gravada sobre papel ou outros suportes.

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Características dos Incunábulos

Iluminuras- Ilustração e ornamentação da letra capitular com

cores vivas, ouro e prata em antigos manuscritos e incunábulos. É

também a variação de desenhos decorativos, com motivos de flores,

folhas, ramos e figuras de cena, que se estendem ao longo das margens

em documentos manuscritos, como por exemplo o Livro de Horas. AREVALO, Rodrigo Sanchez. Speculum Vitae Humanae. 1468. [Incunábulo - iluminuras]

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Século XVI • No século XVI os ornamentos e marcas de

impressores aparecem nas páginas de rosto. A partir do século XVI, a imprensa se propagou com grande rapidez, ao mesmo tempo em que os livros assumiam uma estética própria, em conformidade com os padrões renascentistas. A tipografia passou a ser uma arte, na qual se distinguiram indivíduos e dinastias, como a dos Manúcio (Itália), Estienne (França) e Plantin (Antuérpia). As marcas e ornamentos utilizadas pelos impressores agregam beleza e valor às obras daquele período.

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Séc. XVI – Marca do Impressor na

página de rosto [Joannem Parvum]

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Séc. XVI

Páginas de rosto - As primeiras páginas de rosto

completas datam do séc. XVI — onde constam título, nome do autor,

ano da edição, dados do impressor.

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Séc. XVI •Também neste século foi instituído o Privilégio , concessão outorgada pelo soberano e a censura, concessão dada pelas autoridades eclesiásticas e governamentais que concediam ao impressor o direito de imprimir uma determinada obra. •☞ Privilégio •TIPOS DE CENSURA •☞ Imprimatur •☞ Nihil Obstat •☞ Licença do Santo Ofício •☞ Licença do Ordinário •☞ Desembargo do Paço •☞ Licença Tríplice O século XVI marcará a passagem na ilustração da xilogravura para a gravura em metal.

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Séc. XVI Privilégio – Concessão outorgado pelo rei, que dava a um autor,

tradutor, editor ou impressor direito de exclusividade para publicar e

comercializar certa obra, durante tempo previamente estabelecido. Os

infratores eram penalizados com pesadas penas em dinheiro, a perda dos

volumes, ou até mesmo dos moldes e instrumentos de impressão. O

Privilégio pode ser encontrado no início ou no final do texto.

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Séc. XVI - Censuras

Nihil obstat – O Nihil obstat ("nada impede") é a aprovação oficial

do ponto de vista moral e doutrinário de uma obra que aspira ser publicada,

realizada por um censor da Igreja Católica.

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Séc. XVI - Censuras

Imprimatur – Licença de impressão autorizada por

autoridade eclesiástica. Geralmente aparece impressa na página de

rosto ou seu verso.

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Séc. XVI - Censuras

Licença do Ordinário – Autorização concedida pelo

bispo, permitindo a publicação da obra.

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Séc. XVI - Censuras

Licença do Santo Ofício – Licença rigorosa e

que exigia um exame detalhado da obra pelo Tribunal do Santo Ofício.

O texto era lido, várias vezes por diversos examinadores que

buscavam palavras que não apresentassem qualquer tipo de

interpretação errônea.

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Séc. XVI - Censuras

Desembargo do Paço - Autorização em que o poder

político permitia a publicação das obras que não apresentassem

qualquer oposição contra o poder estabelecido.

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Séc. XVI

Passagem da Xilografia para as

Gravuras em Metal A gravura em metal é o processo de gravura feito numa matriz de

metal, geralmente o cobre. Gravuras com maior detalhamento,

imagens mais perfeitas e traços mais finos.

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Critérios de Raridade IMPRESSÕES DO SÉCULO XVII

• No século XVII, a edição de uma obra se transforma em indústria e o livro em objeto de comércio.

• Neste século aparecem os grandes nomes da literatura: Cervantes, Shakespeare, Molière, entre outros.

• É concedida a instalação de estabelecimentos oficiais para tipógrafos, gravadores, impressores.

• Podemos citar como exemplo: Typographie Royale (França), Oficina da Universidade de Oxford (Inglaterra); John Baskerville (Inglaterra), Bodoni (Itália), Ibarra (Espanha) e a família Didot (França), Oficina dos Plantin (Antuérpia) e dos Elzevieres (Holanda).

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IMPRESSÕES DO SÉCULO XVIII

• Os livros impressos se destacaram mais pelas

ilustrações do que pelo texto em si.

• Os gravadores franceses do século XVIII, além das ilustrações que faziam, contribuíram para a decoração dos livros nas páginas de rosto gravadas, nas cercaduras, letras iniciais, etc.

• O mentor dessa escola de decoração foi Pierre Choffard, como podemos observar na edição dos “Contes de la Fontainne”, 1762, e na “Metamorphoses de Ovídio” impressa entre 1767 e 1771.

• Com a Revolução Francesa (1789-1799) esta escola sumiu quase que totalmente.

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“Metamorphoses de Ovídio”

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Les Rémois (La Fontaine, Contes,

1732) - De Hooghe

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Critérios de Raridade

Primeiras Impressões do Brasil - Séc. XIX • Em relação ao Brasil, sobretudo nos estados, a

produção gráfica se desenvolve a partir do Segundo Reinado; por esta razão estende-se o conceito de obra rara até 1841, entretanto em muitas instituições houve um acréscimo nesta data até 1850.

• Até a Independência do Brasil em 1822 a Impressão Régia mantinha o monopólio da imprensa no Rio e Janeiro.

• A primeira tipografia particular foi estabelecida na Bahia por Silva Serva em 1811.

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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

BRASIL - SÉC. XIX

• A tipografia oficial no Brasil data de 13 de maio de 1808

com a criação da Impressão Régia, por D. João VI. O

primeiro folheto impresso foi “Relação dos despachos

publicados na corte pelo expediente da Secretaria de

Estado dos Negócios Estrangeiros.... Rio de Janeiro, em

13 de maio de 1808 na Impressão Régia”.

• Em relação a esta obra, Rubens Borba de Moraes,

escreve em sua obra Livros e Bibliotecas no Brasil

Colonia: “...Esse ‘incunábulo’ brasileiro contém em todas

as páginas (salvo uma) a lista de nomeações,

promoções, reformas, etc. de oficiais do exército em todo

o território brasileiro desde a chegada da corte ao Brasil

até 13 de maio de 1808...” (p.110)

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Periódicos Brasileiros

• Todo o periódico que caracteriza o princípio da

história da imprensa brasileira. No caso do

acervo da Divisão de Obras Raras,

consideramos raros todos os periódicos

impressos no século XIX, a partir, é claro, de

1808, data de criação da Impressão Régia.

• Todo o periódico que caracteriza a fase inicial

da tipografia local de qualquer região.

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Os Primeiros Jornais Impressos no

Brasil

• Corte (RJ) – 1808 - Gazeta do Rio de Janeiro

• Bahia – 1811- Idade d’Ouro do Brasil (Silva Serva)

• Pernambuco – 1821 - Aurora Pernambucana

• Maranhão - 1821 - O Conciliador do Maranhão

• Pará - 1822 - O Paraense

• Minas Gerais – 1823 - O Compilador Mineiro

• Ceará – 1824 - Diário do Governo do Ceará

• Paraíba – 1826 - Gazeta do Governo da Paraíba do Norte

• São Paulo – 1827 - O Farol Paulistano

• Rio Grande do Sul – 1827 - Diário de Porto Alegre

• Rio de Janeiro – 1829- O Eco na Villa Real da Praia Grande

• Goiás- 1830 - Matutina Meyapontense

• Alagoas – 1831- Íris Alagoense

• Santa Catarina – 1831- O Catharinense

• Rio Grande do Norte – 1832 - O Natalense

• Sergipe – 1832 - Recopilador Sergipano

• Espírito Santo – 1849 - Correio da Victoria

• Amazonas – 1851 - Cinco de Setembro

• Paraná – 1854 - O Dezenove de Dezembro

• Acre – 1902 - El Acre

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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

BRASIL - SÉC. XIX Typ. Silva Serva (Bahia) - Idade D’Ouro - 14 de maio de

1811

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EDIÇÕES CLANDESTINAS

• As Edições Clandestinas ocorrem por motivos morais, religiosos, políticos ou por pirataria editorial.

• Através de estudos, constatamos a existência de tentativas de tipografia no Brasil, com os holandeses, Jesuítas, mas certeza temos no Rio de Janeiro em 1747 com Antônio Isidoro da Fonseca, tipógrafo de Lisboa, que realizou seu trabalho imprimindo “Relação da Entrada que fez (…) D. F. Antonio do Desterro Malheyro Bispo do Rio de Janeiro em o primeiro dia deste prezente Anno de 1747(…) / composta pelo doutor Luiz Antonio Rosado da Cunha, Juiz de Fóra, e Provedor dos defuntos, e auzentes, Capella, e Residuos do Rio de Janeiro, impressa no Rio de Janeiro, em 1747, na Segunda Officina de Antonio Isidoro da Fonsseca, (…)”.

• Em 6 de julho de 1747, pela ordem Régia – “todas as letras de imprensa, que fossem encontradas no estado do Brasil, e intimava a seus donos e aos oficiais impressores a proibição de imprimirem qualquer livro ou papel avulso, sob pena de serem presos e remetidos para o reino.” Com isso a tipografia de Antônio Isidoro da Fonseca foi sequestrada e os prelos enviados de volta a Portugal.

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EDIÇÕES DE TIRAGENS REDUZIDAS

• Edições em papel especial, numerados e

geralmente assinados. Podem incluir a

indicação do proprietário para o exemplar

numerado.

• Muitas vezes numa mesma edição são usados

diferentes tipos de papel, e para cada tipo uma

nova numeração.

• São edições limitadas com um número

específico de exemplares, geralmente

reduzidos.

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ANDRADE, Carlos Drummond. 1975. Amor,

Amores. [Página de rosto e assinatura do autor]

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Edições Numeradas

Farmacopéia Brasileira

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EDIÇÕES ESPECIAIS DE LUXO

PARA BIBLIÓFILOS

• Edição feita nos moldes dos livros antigos.

• Papel de boa qualidade, folhas soltas ou em cadernos, ilustradas ou alguma artista de renome, geralmente in folio e colocadas em caixas, com tiragem limitada e podem ter a assinatura do autor.

• São obras do século XX com as riquezas tipográficas dos grandes impressores dos séculos XV e XVI.

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Edições Especiais AMADO, Jorge. A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água. [página de rosto].

Ilustrações de Carybé.

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EXEMPLARES DE COLEÇÕES ESPECIAIS EM REGRA

GERAL COM BELAS ENCADERNAÇÕES E EX-LIBRIS • Muitas vezes uma obra não é considerada rara

isoladamente, mas o fato de pertencer a um fundo faz com que se torne rara, pelo seu conjunto e pela sua história.

• As Coleções possuem Ex Libris, que geralmente são muito bonitos e colados no verso da capa ou da página de rosto.

• Os Ex Libris e Carimbos são marcas de propriedades que irão identificar uma personalidade ou coleção, documentando e comprovando sua origem.

• Podemos avaliar uma obra rara pelo seu valor extrínseco, como as belíssimas encadernações em couro, pergaminho, veludos, gravadas a ouro, com filetes e seixas douradas, etc.

• As encadernações possuem seus estilos e grandes encadernadores foram e são reconhecidos através dos séculos.

• Com a descoberta da tipografia a encadernação torna-se mais numerosa, surgindo novas técnicas e materiais.

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Ex Libris

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Ex Libris e Carimbos

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EXEMPLARES COM ANOTAÇÕES MANUSCRITAS DE

IMPORTÂNCIA - INCLUINDO DEDICATÓRIAS

• Anotações manuscritas relevantes que esclareçam ou comentem a obra, feitas pelo próprio autor ou colecionador. Ex. Rui Barbosa.

• Dedicatórias dos autores das obras, de reis, governantes ou autógrafos de celebridades.

• Informações relevantes que esclareçam ou comentem a obra.

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Dedicatória e Autógrafo

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OBRAS ESGOTADAS

• São consideradas raras as edições consagradas e não

reimpressas de algumas obras. As obras esgotadas

costumam estar presentes nas coleções de instituições

ou particulares, alcançando um grande valor entre os

bibliófilos.

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Obras esgotadas

AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua

portuguesa. 8.ed. Rio de Janeiro: Delta, 1987.

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Incunábulos Regionais ou Locais

• É de se notar, todavia, que a fixação da data de 1850 para obras raras, como é feita por algumas bibliotecas, exclui todos os impressos publicados na Província do Amazonas, que só ganhou uma imprensa a partir de 1852, em Manaus, ou na Província do Paraná, que inicia a edição de obras apenas em 1854, após sua separação de São Paulo. Nestes casos, de qualquer forma, existe a possibilidade de se tratar estas obras como “incunábulos regionais ou locais”.

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Critérios a se considerar • Obras científicas e históricas que datam do período inicial de

ascensão de cada ciência;

• Edições censuradas;

• Obras desaparecidas, face à contingência do tempo;

• Edições populares, especialmente romances e folhetos literários

(cordel, panfletos);

• Edições de artífices renomados (tipógrafos, impressores,

editores, desenhistas, pintores, gravadores, etc.);

• Edições de clássicos, assim considerados nas histórias das

literaturas específicas;

• Teses defendidas até o final do século XIX;

• Periódicos estrangeiros dos séculos XV ao XIX;

• Primeiros periódicos brasileiros técnico-científicos;

• os assuntos tratados à luz da época em que foram pensados e

escritos;

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• obras científicas que datam do período inicial de ascensão daquela

ciência;

• Apreendidas, suspensas ou recolhidas;

• Repudiadas pelo autor;

• Edições príncips (reproduçõs tipográficas de manuscritos, ex. A Ilíada

e a A Odisséia, de Homero , 1488);

• Primeiras edições;

• Edições preliminares;

• Texto definitivo;

• Obras de autores e editores locais ou regionais;

• edições limitadas e esgotadas, especiais e fac-similares;

personalizadas e numeradas, críticas, definitivas e diplomáticas;

• Livros publicados em formatos pouco usuais;

• obras impressas em circunstâncias pouco convenientes a esta arte,

tais como guerra;

• Edições de luxo;

• Edições com tiragem aproximada de 300 exemplares;

• Obras autografadas por autores renomados;

• Obras de personalidade de projeção política, científica, literária e

religiosa; etc.

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Seleção do Acervo Raro Basear-se no tripé:

• RARO - conceitos consagrados e agregados, de acordo com as características da instituição e do acervo.

• ÚNICO – a unicidade é um conceito relativo, conceito que e algum momento poderá ser alterado, devido ao caos documentário de diversas instituições, ou falta de recursos humanos e materiais para identificação, tratamento técnico e disponibilização de dados sobre o acervo. Se faz necessário consultas constantes a outros acervos ou catálogos de livreiros.

• PRECIOSO – é de muita importância para uma determinada instituição, mas não necessariamente tem o mesmo valor para outra.

Entretanto, podemos acrescentar e estes itens outra característica:

• CURIOSO – referindo-se àquelas obras em que o assunto foi tratado de maneira “sui generis” ou de apresentação tipográfica incomum.

Algumas ações como o inventário, a análise e descrição bibliológica, contribuem para um olhar mais atento e minucioso deste tipo de acervo.

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Marca de fogo

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Encadernações que são

verdadeiras “jóias”

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Livros originais em miniaturas

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Qualificação de Obras Raras

Considerações finais

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Critérios de raridade para outros

formatos

• O conceito de obra rara está mais ligado ao

livro, mas pode incluir também os periódicos,

mapas, folhas volantes, cartões-postais e outros

materiais impressos. Fotografias, manuscritos,

gravuras e desenhos são obras únicas e

originais, e portanto não recebem esta

denominação de obra rara; devem receber, no

entanto, o mesmo cuidado dispensado às obras

raras em relação à preservação e conservação.

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Rosângela Rocha Von Helde

Bibliotecária

Chefe do Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras - Planor

Tel. 55 21 22202588 – 55 21 30953891

www.bn.br/planor

[email protected]