Critéiros Para Projetos e Cálculos de Redes de Distribuição Urbana e Rural - NTD08

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NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO CRITÉRIOS DE PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS URBANAS - CLASSES 15 e 36,2 kV - NTD-08

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Norma para projetos de redes de distribuição

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  • NORMA TCNICA DE DISTRIBUIO

    CRITRIOS DE PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIO AREAS URBANAS

    - CLASSES 15 e 36,2 kV -

    NTD-08

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    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    N D I C E

    SEO TTULO PGINA

    1. INTRODUO 05

    2. OBJETIVO 06

    3. CAMPO DE APLICAO 07

    4. TERMINOLOGIA E DEFINIES 08

    5. CONDIES GERAIS DE FORNECIMENTO 10

    5.1. Regulamentao 105.2 Tenso de Atendimento 105.3. Limites de Fornecimento 10

    6. REQUISITOS MNIMOS PARA REQUERIMENTO E ACEITAO DO PROJETO 11

    6.1. Consulta Prvia 11

    7. TIPOS DE OBRA 117.1. Projeto de Rede Nova 117.2 Projeto de Reforma de Rede 117.3 Projeto de Extenso de Rede 11

    8. CRITRIOS PARA ELABORAO DE PROJETOS 128.1. Obteno de Dados Preliminares 128.1.1. Caractersticas do Projeto 128.1.2. Planejamento Bsico 128.1.3. Planos e Projetos Existentes 128.1.4. Mapas e Plantas 128.1.4.1. Plantas Bsicas 128.2. Obteno dos Dados de Carga 148.2.1. Levantamento de Carga 148.2.1.1. Projeto de Reforma de Rede 148.2.1.2. Projeto de Extenso de Rede 158.2.1.3. Projeto de Rede Nova 178.2.2. Determinao de Demanda 178.2.2.1. Projeto de Reforma de Rede 178.2.2.2. Projeto de Extenso de Rede 218.2.2.3. Projeto de Rede Nova 248.3. Locao dos Postes 248.3.1. Marcao 248.3.2. Generalidades 248.3.3. Postes Bsicos 278.3.4. Afastamento da Rede 278.4. Dimensionamento Eltrico 278.4.1. Rede Primria 278.4.1.1. Nmero de Condutores de AT 278.4.1.2. Nveis de Tenso Primria 288.4.1.3. Condutores de AT 288.4.1.4. Perfil de Tenso 288.4.1.5. Configurao Bsica da Rede Primria 288.4.1.6. Traado da Rede 308.4.1.7. Dimensionamento de Condutores de AT 308.4.2. Rede Secundria 328.4.2.1. Transformadores de Distribuio 328.4.2.2. Nveis de Tenso Secundria 328.4.2.3. Configurao da Rede Secundria 338.4.2.4. Dimensionamento de Condutores de BT 348.4.3. Proteo e Seccionamento 38

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    SEO TTULO PGINA 8.4.3.1. Proteo Contra Sobrecorrente 388.4.4. Proteo Contra Sobretenso 408.4.4.1. Localizao do Pra-Raios 418.4.4.2. Critrios para Seleo do Pra-Raios 418.4.5. Aterramento 418.4.6. Seccionamento e Manobra 418.4.6.1. Localizao dos Equipamentos de Seccionamento 428.4.6.2. Critrios para Seleo dos Equipamentos de Seccionamento 428.5. Dimensionamento Mecnico 428.5.1. Parmetros Bsicos 428.5.1.1. Condutores 428.5.1.2. Afastamentos Mnimos 428.5.1.3. Estruturas 438.5.1.4. Postes 438.5.2. Clculo Mecnico 438.5.2.1. Utilizao dos Postes 448.5.2.2. Escolha do Tipo de Estrutura 458.5.2.3. Engastamento 458.5.2.4. Estaiamento 458.6. Iluminao Pblica 488.6.1. Campo de Aplicao 488.6.2. Posteao 488.6.3. Comando 49

    9. RECURSOS ESPECIAIS DO PROJETO 509.1. Correo de Nveis de Tenso 509.1.1. Regulao de Tenso 509.1.1.1. Regulao de Tenso na Subestao 509.1.1.2. Regulao de Rede Primria 509.1.2. Mudana de Tap em Transformador 519.2. Compensao de Reativos 519.2.1. Diminuio das Perdas 529.2.2. Liberao da Capacidade em kVA do Sistema 529.2.3. Elevao do Nvel de Tenso 539.2.4. Regulao de Tenso 539.2.5. Tipos de Ligao de Bancos de Capacitores 539.2.6. Critrios para Localizao de Bancos de Capacitores 539.2.6.1. Bancos de Capacitores com Neutro Aterrado 539.2.6.2 Bancos de Capacitores com Neutro Desaterrado 549.2.7. Comando dos Bancos de Capacitores 55

    10. APRESENTAO DO PROJETO DE RDU 5610.1. Memorial Descritivo 5610.2. Clculo de Queda de Tenso 5610.3. Plantas e Desenhos do Projeto 5610.3.1. Planta da Rede Primria 5710.3.2. Desenho da Rede Primria e Secundria 5710.3.3. Desenho de Detalhes Complementares do Projeto 5710.4. Relao de Materiais 5710.5. Demais Elementos que Devero Fazer Parte do Projeto 5810.6. Identificao dos Tipos de Estruturas 5910.7. Escolha do Tipo de Estrutura 5910.8. Estruturas Utilizadas 5910.9. Simbologia 5910.10. Travessias 59

    11. DESENHOS Desenho - 1 - Otimizao do Dimensionamento de Transformadores 60

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    SEO TTULO PGINA

    Desenho - 2 - Fluxograma - Determinao da Demanda 61 Desenho - 3 - Clculo de Queda de Tenso 62

    12. TABELAS

    Tabela - 1 - Carga Mnima e Fatores de Demanda para Instalaes de Iluminao e Tomadas de Uso Geral 63

    Tabela - 2 - Fatores de Demanda para Aparelhos Resistivos 64 Tabela - 3 - Fatores de Demanda para Aparelhos de Ar Condicionado - Tipo

    Janela 64 Tabela - 4 - Demanda Individual - Motores Monofsicos 65 Tabela - 5 - Demanda Individual - Motores Trifsicos 66 Tabela - 6 - Fatores de Carga e Demanda 67 Tabela - 7 - Nmero de Alimentador 68 Tabela - 8 - Cruzeta - Distncia Equivalente entre Fases 69 Tabela - 9 - Caractersticas de Condutores - CA 70 Tabela - 10 - Coeficientes de Queda de Tenso Primria ( Sistema Monofsico ) 71 Tabela - 11 - Coeficientes de Queda de Tenso Primria ( Sistema Trifsico ) 72 Tabela - 12 - Coeficientes de Queda de Tenso Secundria ( 380/220 V ) 73 Tabela - 13 - Coeficientes de Queda de Tenso Secundria ( 220/440 V ) 74 Tabela - 14 - Cabos Tipo CA 75 Tabela - 15 - Escolha de Elos Fusveis p/ Transformador ( Trifsico ) 76 Tabela - 16 - Escolha de Elos Fusveis p/ Transformador ( Monofsico ) 76 Tabela - 17 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores,

    e da Trao dos Condutores - Baixa Tenso - Poste Concreto Du- plo "T" - 9 m 77

    Tabela - 18 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Baixa Tenso - Poste Concreto Cir- cular - 9 m 77

    Tabela - 19 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Alta Tenso - Poste Concreto Du- plo "T" - 10 m 78

    Tabela - 20 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Alta Tenso - Poste Concreto Du- plo "T" - 11 m 78

    Tabela - 21 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Alta Tenso - Poste Concreto Du- plo "T" - 12 m 79

    Tabela - 22 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Alta Tenso - Poste Concreto Cir- cular - 10 m 79

    Tabela - 23 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Alta Tenso .- Poste Concreto Cir- cular - 11 m 80

    Tabela - 24 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Alta Tenso - Poste Concreto Cir- cular - 12 m 80

    Tabela - 25 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Du- plo "T" - 10 m 81

    Tabela - 26 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Du- plo "T" - 11 m 83

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    EO TTULO PGINA Tabela - 27 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores,

    e da Trao dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Circu- lar 10 m 85

    Tabela - 28 - Esforo Resultante da Presso do Vento sobre Postes e Condutores, e da Trao dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Circu- lar 11 m 87

    Tabela - 29 - Traes de Projeto - Condutores de Alumnio CA 89 Tabela - 30 - Escolha de Estrutura - ngulo de Deflexo 90 Tabela - 31 - Caractersticas dos Postes de Concreto Armado Seo Circular Pa-

    dronizados 91 Tabela - 32 - Caractersticas dos Postes de Concreto Armado Seo Duplo "T"

    Padronizados 92 Tabela - 33 - Tabela de Flechas de Montagem para Redes de Distribuio Areas

    Urbanas, Condutores CA 4 AWG a 336,4 MCM 93 Tabela - 34 - Tabela de Traes de Projeto e Montagem para Redes de Distribui-

    o Areas Urbanas - Condutor CA 4 AWG 94 Tabela - 35 - Tabela de Traes de Projeto e Montagem para Redes de Distribui-

    o Areas Urbanas - Condutor CA 2 AWG 95 Tabela - 36 - Tabela de Traes de Projeto e Montagem para Redes de Distribui-

    o Areas Urbanas - Condutor CA 1/0 AWG 96 Tabela - 37 - Tabela de Traes de Projeto e Montagem para Redes de Distribui-

    o Areas Urbanas - Condutor CA 2/0 AWG 97 Tabela - 38 - Tabela de Traes de Projeto e Montagem para Redes de Distribui-

    o Areas Urbanas - Condutor CA 4/0 AWG 98 Tabela - 39 - Tabela de Traes de Projeto e Montagem para Redes de Distribui-

    o Areas Urbanas - Condutor CA 336,4 MCM 99

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    1. INTRODUO

    As instrues contidas nesta norma foram elaboradas observando as normas da ABNT e as recomendaes do Comit de Distribuio - CODI. As prescries desta norma destinam-se a prestar orientao para os critrios de projetos de redes de distribuio areas urbanas. A aceitao da ligao no implica em qualquer responsabilidade da CELG com relao s condies tcnicas das instalaes consumidoras. Esta norma aplica-se s condies normais de fornecimento, atravs de redes de distribuio areas urbanas ( RDU's ) novas, a reformar e/ou extenses. Os casos omissos e outros de caractersticas excepcionais tambm devero ser previamente submetidos a apreciao da CELG. Esta norma poder ser parcialmente ou totalmente alterada, por razes de ordem tcnica, sem prvia comunicao, motivo pelo qual os interessados devero periodicamente consultar a CELG quanto s eventuais modificaes. Esta norma substitui a ETD-06 Projetos de Redes Areas de Distribuio.

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    2. OBJETIVO

    A presente norma estabelece os critrios bsicos e as exigncias tcnicas mnimas que devem ser obedecidas quando da elaborao de projetos de redes de distribuio areas urbanas de energia eltrica, nas tenses primrias de 13,8 kV e 34,5 kV, para execuo nas reas de concesso da CELG.

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    3. CAMPO DE APLICAO

    Esta norma aplica-se aos critrios de projetos de redes de distribuio areas urbanas novas, reformas, melhorias, extenses, travessias sobre rios navegveis, estradas de ferro, rodagens e cruzamentos com linhas de transmisso. Na aplicao desta norma, devero ser observadas: 01) - NTD-01 - Poste de Concreto Armado para Redes de Distribuio; 02) - NTD-02 - Ferragens para Redes Areas de Distribuio; 03) - NTD-04 - Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Secundria de Distri-

    buio; 04) - NTD-05 - Fornecimento de Energia Eltrica em Tenso Primria de Distri-

    buio; 05) - NTD-06 - Estruturas para Redes de Distribuio Rural; 06) - NTD-07 - Critrios de Projetos de Redes de Distribuio Rural; 07) - NTD-09 - Estruturas para Redes de Distribuio Areas Urbanas; 08) - NTD-10 - Transformadores para Redes Areas de Distribuio - Especificao

    e Padronizao; 09) - NTD-11 - Especificao para Levantamento Topogrfico de Redes de Dis-

    tribuio; 10) - NTD-12 - Padronizao e Especificao de Chaves Fusveis de Distribuio; 11) - NTD-13 - Pra-Raios de Distribuio Sem Centelhadores Especificao e

    Padronizao; 12) - NTD-14 - Pra-Raios de Distribuio Com Centelhadores - Especificao e

    Padronizao; 13) - ABNT - NBR-5434 - Redes de Distribuio Area Urbana de Energia Eltrica -

    Padronizao. Esta norma foi baseada no relatrio do CODI - 3.2.21.02.0 - Critrios para Projetos de Redes Areas de Distribuio Urbanas.

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    4. TERMINOLOGIA E DEFINIES

    - Sistema de Distribuio

    Parte de um sistema de potncia destinado ao transporte de energia eltrica a partir do barramento secundrio de uma subestao (onde termina a transmisso ou subtransmisso) at os pontos de consumo.

    - Rede de Distribuio Area Urbana - RDU

    Parte integrante do sistema de distribuio implantado dentro do permetro urbano de cidade, distritos, vilas e povoados.

    - Rede Primria

    Parte de uma rede de distribuio que alimenta transformadores de distribuio e/ou pontos de entrega sob a mesma tenso primria nominal.

    - Rede Secundria

    Componente da rede de distribuio energizada pelos secundrios de transformadores de distribuio.

    - Ramal de Ligao

    Conjunto de condutores e acessrios que liga uma rede de distribuio a um consumidor ou grupo de consumidores.

    - Alimentador de Distribuio

    Parte de uma rede primria numa determinada rea de uma localidade que alimenta diretamente ou por intermdio de seus ramais, transformadores de distribuio e/ou consumidores.

    - Tronco de Alimentador

    Parte de um alimentador de distribuio que transporta a parcela principal da carga total.

    - Ramal de Alimentador

    Parte de um alimentador de distribuio que deriva diretamente de um tronco de alimentador.

    - Derivao de Distribuio

    Ligao feita em qualquer ponto de um sistema de distribuio, para alimentador, ramal de alimentador, transformador de distribuio ou ponto de entrega.

    - Carga Instalada

    Somatrio das potncias nominais das cargas ligadas ao sistema considerado.

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    - Demanda

    Requisito de potncia da carga durante um perodo especificado de tempo. - Demanda Diversificada

    Demanda resultante da carga tomada em conjunto, de um grupo de consumidores.

    - Demanda Mxima

    Maior de todas as demandas ocorridas durante um perodo especificado de tempo.

    - Fator de Carga

    Relao entre a demanda mdia da potncia e demanda mxima ocorrida em um determinado perodo de tempo.

    Ex.: Perodo de um ano: FC C8.760 D

    =

    onde:

    C = consumo anual em kWh; D = demanda mxima anual em kW;

    8.760 = nmero de horas do ano. - Fator de Demanda

    Relao entre a demanda mxima de uma instalao, verificada em um perodo especificado e a correspondente carga instalada.

    - Fator de Diversidade

    Relao entre a soma das demandas mximas individuais e a demanda simultnea mxima do conjunto.

    - Fator de Potncia

    Relao entre a potncia ativa e a potncia aparente.

    - Fator de Utilizao

    Relao entre a mxima demanda verificada e a capacidade nominal de um sistema.

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    5. CONDIES GERAIS DE FORNECIMENTO 5.1. Regulamentao

    a) A ligao pela CELG das obras executadas por terceiros ficar condicionada ao cumprimento das disposies desta norma e das normas complementares aplicveis, da ABNT e da CELG.

    b) A aprovao do projeto pela CELG para execuo, bem como o atendimento ao

    pedido de ligao e as vistorias efetuadas na rede, no transferem a responsabilidade tcnica CELG quanto ao projeto e a sua execuo.

    5.2. Tenso de Atendimento

    As tenses nominais de atendimento so: - 13,8 kV e 34,5 kV para sistema trifsico; - 13,8 / 3 kV e 34,5 / 3 kV para sistema monofsico. Tenses secundrias para transformador particular: - 440 / 220 V para transformador monofsico; - 380 / 220 V para transformador trifsico; - 220 / 127 V para transformador trifsico. Observao

    No ser permitida a instalao de transformador com tenso secundria 220/127 V na via pblica.

    5.3. Limites de Fornecimento

    O fornecimento dever ser efetuado em tenso primria de distribuio se a demanda contratada ou estimada pela CELG for inferior a 2.500 kW. Os fornecimentos monofsicos ficam limitados a uma potncia de transformao mxima de 37,5 kVA. Potncias superiores a esses limites podero ser atendidas, em tenso primria de distribuio, em carter excepcional, a critrio da CELG desde que seja definida a viabilidade deste atendimento com base em estudo tcnico-econmico. Entretanto a adoo de limites diferentes depender de autorizao especfica do DNAEE.

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    6. REQUISITOS MNIMOS PARA REQUERIMENTO E ACEITAO DO PROJETO

    6.1. Consulta Prvia

    Antes de qualquer providncia o consumidor dever apresentar CELG, por escrito, para anlises e orientaes que se fizerem necessrias, os seguintes dados: - planta de situao e locao (croqu); - previso de carga a ser instalada; - demanda provvel; - nome do pretendente ligao; - endereo para contato; - pedido para liberao de carga; - indicao se a rede CELG ou Cooperativa.

    Observao As plantas de situao e locao devero conter no mnimo os seguintes elementos:

    - Orientao NORTE-SUL, rede da CELG mais prxima indicando a

    quantidade e a bitola dos condutores, indicao de um ou mais pontos de referncia existentes na rede (numerao de chaves e/ou postos de transformao).

    7. TIPOS DE OBRA 7.1. Projeto de Rede Nova

    So aqueles que visam a implantao de rede de distribuio area urbana necessria ao fornecimento de energia eltrica a uma determinada rea (ver item 8.2.1.3 - pg. 17 ).

    7.2. Projeto de Reforma de Rede

    So aqueles que visam promover alteraes em uma rede existente, seja para adequ-la a novas situaes de carga, seja por motivo de segurana, obsoletismo, melhoria nas condies de fornecimento ou adequao das instalaes ao meio ambiente (ver item 8.2.1.1 - pg. 14 ).

    7.3. Projeto de Extenso de Rede

    So aqueles destinados a atender novos consumidores que implicam no prolongamento da rede de distribuio existente (ver item 8.2.1.2 - pg. 15).

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    8. CRITRIOS PARA ELABORAO DE PROJETOS 8.1. Obteno de Dados Preliminares 8.1.1 Caractersticas do Projeto

    Consiste na determinao do tipo de projeto a ser desenvolvido a partir das causas de origem e/ou da finalidade de sua aplicao, da rea a ser abrangida pelo projeto e do estado atual da rede.

    8.1.2. Planejamento Bsico

    Os projetos devem atender um planejamento bsico, que permita um desenvolvimento progressivo, compatvel com a rea em estudo. Em reas a ser implantado totalmente o sistema eltrico (redes novas) dever ser efetuado o planeja-mento bsico atravs da anlise das condies locais, observando-se o grau de urbanizao das ruas, dimenses dos lotes, tendncias regionais e reas com caractersticas semelhantes que possuam dados de cargas e taxas de crescimento conhecidas. Nas reas que j possuem o servio de energia eltrica dever ser feita uma anlise do sistema eltrico disponvel elaborando-se o projeto em consonncia com o planejamento existente.

    8.1.3. Planos e Projetos Existentes

    Devem ser verificados os projetos anteriormente elaborados e ainda no executados, abrangidos pela rea em estudo, que serviro de subsdios ao projeto atual. Conforme o tipo e a magnitude do projeto devero tambm ser levados em considerao os planos diretores governamentais para a rea.

    8.1.4. Mapas e Plantas 8.1.4.1. Plantas Bsicas

    Antes de se iniciar o projeto, a primeira providncia trata-se da obteno do mapa geral da localidade, seja por meio de levantamento topogrfico ou de cpias obtidas na prefeitura correspondente. Aps isto feito deve-se proceder o levantamento da localidade, o qual visa a complementao do mapa geral para a confeco das plantas bsicas. Com a finalidade de facilitar o levantamento e, como ser visto posteriormente, a confeco da prpria planta semi-cadastral, a escala do mapa geral dever, preferencialmente, ser de 1:1.000. Para o levantamento consultar as partes desta norma intituladas Levantamento de Cargas e Determinao de Demandas, itens 8.2.1 e 8.2.2 - pgs. 14 e 17 respectivamente.

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    As plantas bsicas e suas particularidades esto indicadas a seguir: 1) Mapa-Chave da Localidade

    Confeccionado em papel vegetal, de boa qualidade e desenhado a nanquim na escala 1:5.000 ou seus mltiplos, de modo a ser apresentado no formato A1. O traado do mapa-chave tem entre outras finalidades, duas principais: - proporcionar uma viso geral do traado da localidade; - servir de planta para o traado do diagrama primrio da RD. Devem constar os seguintes dados: a) direo do norte magntico; b) nome de avenidas, ruas, praas e os nmeros das quadras; c) localizao de prdios, igrejas, hospitais, ginsios, crregos, indstrias,

    subestaes, rodovias, ferrovias e outros detalhes que se fizerem necessrios.

    2) Planta Semi-Cadastral

    Confeccionada em papel vegetal de boa qualidade e desenhada a nanquim em formato A1, na escala 1:1.000. Esta uma planta mais detalhada que o mapa-chave. Alm dos acidentes principais enumerados para o mapa-chave, esta planta deve conter: a) a frente de todas as casas; b) as ruas planejadas e no abertas, devero ser indicadas em linhas tracejadas, esse

    critrio, entretanto, no se aplica a loteamentos, que s devero constar da planta quando estiverem fisicamente demarcados no local, com ruas abertas e no greide definitivo;

    c) situao fsica da rua, com definio de calamento existente, meios-fios e outras benfeitorias;

    d) acidentes topogrficos e obstculos que podero influenciar na escolha do melhor traado;

    e) detalhes da rede de distribuio existente, tais como posteao (tipo, altura, resistncia e posio de montagem), transformadores (n0 de fases e potncia), iluminao pblica (tipo e potncia de lmpadas), ramais de ligao, inclusive com indicao de fases, etc;

    f) indicao das linhas de transmisso e redes particulares com as respectivas tenses nominais;

    g) redes telefnicas e outras porventura existentes; h) regio rural adjacente cidade quando no justificar planta na escala 1:1.000,

    poder ser desenhada na escala 1:5.000 ou seus mltiplos, tambm no formato A1.

    Na planta semi-cadastral onde se faz realmente o projeto da RD primria, secundria e iluminao pblica. Em grandes projetos para permitir uma viso conjunta para efeito de planeja-mento, projeto e construo, devero ser obtidas, tambm, plantas na escala 1:5.000, para lanamento da rede e localizao de transformadores.

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    As plantas na escala 1:5.000 devero tambm estar perfeitamente atualizadas e conter os seguintes dados: - arruamento, porm sem as fachadas dos edifcios, a no ser aquelas

    correspondentes a consumidores especiais;

    - diagrama unifilar da rede primria, incluindo condutores, dispositivos de pro teo, etc., com respectivos ajustes.

    No caso de novas reas ( loteamentos ou localidades) devem ser obtidos mapas precisos (escala 1:1.000 ) convenientemente amarrados entre si e com o arrua-mento existente. Obs.

    - Para confeco do mapa-chave deve-se ter uma disposio tal que permita o menor nmero de folhas de plantas semi-cadastrais.

    - Dever ser apresentado em cada folha da planta semi-cadastral, prximo ao

    carimbo e dentro da faixa de observaes, um desenho de quadros semelhante ao da situao geral das plantas no mapa-geral, no qual cada quadro ter o seu nmero indicativo da planta e um, e somente um hachurado para indicar a situao da mesma em relao s demais usadas no projeto.

    8.2. Obteno dos Dados de Carga 8.2.1. Levantamento de Carga

    Consiste na coleta no campo, dos dados de carga dos consumidores abrangidos pela rea em estudo ou atravs de informaes de banco de dados. Os procedimentos para esta etapa sero feitos diferentemente, conforme seja o tipo de projeto e ordenados conforme apresentado a seguir:

    8.2.1.1. Projeto de Reforma de Rede

    I) Consumidores Ligados em AT

    Localizar em planta todos os consumidores ligados em AT exemplo: hospitais, indstrias, escolas, etc. Devero ser anotados os seguintes dados: a) natureza da atividade; b) horrio de funcionamento, indicando perodo de carga mxima e sazonalidade,

    caso haja; c) carga total, caso no haja medio de demanda, e capacidade instalada; d) verificar, na rea do projeto, as possibilidades de novas ligaes em AT e

    acrscimo de carga.

    II) Consumidores Ligados em BT

    Localizar os consumidores residenciais, anotando-se em planta o tipo de liga- o (monofsica, bifsica ou trifsica).

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    Localizar em planta todos os consumidores no residenciais, indicando-se a carga total instalada e seu horrio de funcionamento ( Ex.: oficinas, panificadoras, etc.). Os consumidores no residenciais de pequena carga (Ex.: pequenos bares, lojas, etc.) devero ser tratados como residenciais.

    III) Consumidores Especiais

    Para consumidores especiais, anotar horrio de funcionamento e a carga total instalada, observando-se a existncia de aparelhos que possam ocasionar oscilao de tenso na rede (raio X, mquina de solda, forno a arco, etc.). Indicar os dados em formulrio prprio.

    IV) Iluminao Pblica Indicar na planta o tipo de iluminao existente (VM, incandescente, etc.), anotando a potncia das lmpadas instaladas.

    Nota

    - No caso de prdios de uso coletivo, verificar e anotar o nmero de unidades e o tipo de ligao das mesmas (monofsica, bifsica ou trifsica) e levantar a carga das instalaes de servio.

    8.2.1.2. Projeto de Extenso de Rede

    I) Assinalar em Planta os Consumidores a Serem Ligados na Rede, Anotando-se os Seguintes Dados:

    a) descrio da carga e capacidade a ser instalada; b) o ramo de atividade; c) o horrio de funcionamento; d) a sazonalidade prevista.

    II) Consumidores Ligados em BT

    Assinalar em planta os consumidores a serem ligados em BT indicando o tipo de ligao (monofsica, bifsica ou trifsica) em funo de sua carga instalada. Para os no residenciais, observar o disposto no item 8.2.1.1-III acima.

    III) Consumidores Especiais

    Para os consumidores cujas cargas ocasionem flutuao de tenso na rede necessitando, portanto, de anlise especfica para o dimensionamento eltrico da rede devero ser levantados os seguintes dados em funo do tipo de aparelho: a) Aparelhos de Raio X

    - Tipo. - Capacidade nominal em kW.

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    - Nmero de fases. - Corrente (mA) e tenses mximas de pico (kV) do tubo e tempo de

    exposio. - Fator de potncia. - Frequncia aproximada de operao.

    b) Mquinas de Solda

    - Tipo. - Capacidade nominal em kW. - Nmero de fases. - Fator de potncia.

    c) Fornos Eltricos a Arco

    - Tipo de ligao. - Capacidade nominal em kW. - Corrente mxima de curto-circuito e tenso de funcionamento. - Reatores para limitao de corrente mxima de curto-circuito. - Caractersticas de operao (ciclo completo de fuso em minutos, nmero de

    fornadas por dia, materiais a serem fundidos, etc).

    d) Fornos Eltricos de Induo com Compensao por Capacitores

    - Capacidade nominal em kW. - Detalhar o banco de capacitores de compensao e o reator. - Caractersticas de operao (ciclo completo de fuso em minutos, nmero de

    fornadas por dia, forma de acionamento da compensao reativa, etc).

    e) Motores Grandes Sncronos e Assncronos

    - Tipo. - Capacidade em cv. - Finalidade. - Corrente de partida. - Dispositivo para partida. - Caractersticas de operao. - Fator de potncia. - Rendimento.

    f) Retificadores e Equipamentos de Eletrlise

    - Tipos e finalidade de utilizao. - Capacidade nominal e mxima de curta durao em kW. - Correntes harmnicas e filtros empregados. - Caractersticas de operao.

    IV) Iluminao Pblica

    Assinalar em planta o tipo e a potncia das lmpadas a serem utilizadas no projeto, que dependero do tipo das vias a serem iluminadas.

  • DD-DVED / NTD-08 - 17 -

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    8.2.1.3. Projeto de Rede Nova

    Em projeto de redes para atendimento a novas localidades ou novos loteamentos devero ser pesquisados o grau de urbanizao, reas dos lotes, tipo provvel de ocupao e perspectivas de crescimento para posterior comparao com redes j implantadas que possuam dados de carga conhecidos.

    8.2.2. Determinao de Demanda

    O procedimento para determinao dos valores de demanda esto descritos em funo de vrias situaes possveis de projetos, sendo analisados os casos em que existem ou no condies de se efetuar medies, conforme mostra o fluxograma Desenho 2 - pg. 61 .

    8.2.2.1. Projeto de Reforma de Rede

    I) Processo por Medio

    a) Rede Primria Pelo processo por medio, indicado abaixo, dever ser obtido o perfil da carga do alimentador diretamente das medies simultneas de seu tronco e ramais, observando-se sempre coincidncia com as demandas das ligaes existentes em AT. Confrontando-se esses resultados das medies com as respectivas cargas instaladas podero ser obtidos fatores de demanda tpicos que podem ser utilizados como recurso na determinao de demandas, por estimativa.

    - Tronco de Alimentadores

    A determinao da demanda mxima de alimentadores, basicamente, feita atravs de relatrios de acompanhamento da subestao de distribuio. Na impossibilidade de obter a demanda mxima de relatrios de acompanhamento, dever ser feita medio na sada do alimentador em estudo, na subestao.

    - Ramais de Alimentadores

    Para determinao da demanda mxima dos ramais de alimentadores, devero ser instalados ampermetros indicadores de corrente mxima no incio do ramal.

    - Consumidores Ligados em AT

    Dever ser feita verificao da demanda do consumidor atravs da leitura da indicao do medidor de kW/kWh ou REP. Deve ser considerado, ainda, previso de aumento de carga, se houver.

  • DD-DVED / NTD-08 - 18 -

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    - Edificaes de Uso Coletivo

    No caso de prdio de uso coletivo devero ser instalados ampermetros indicadores de corrente mxima ou registrador no ramal de entrada do mesmo, durante 24 horas, no mnimo. Nota - Para os transformadores e ramais, as medies devem ser efetuadas

    com a rede operando em sua configurao normal, em dia de carga tpica, por um perodo mnimo de 24 horas.

    b) Rede Secundria

    A determinao das demandas para efeito de dimensionamento da rede secundria, ser baseada em medies de uma amostragem de transforma- dores (em geral 30 a 50% ) da rea em estudo, que em funo do nmero de consumidores, determinaro o kVA mdio, salvo em reas de caractersticas muito heterogneas. - Transformadores

    Devero ser efetuadas simultaneamente as seguintes medies na sada do transformador, indicando os resultados em formulrio prprio:

    * medio grfica de tenso (uma fase x neutro); * medio grfica de corrente; * medio do valor de mxima corrente.

    O valor mximo de demanda de cada transformador ser calculado, multiplicando-se a mdia dos valores mximos de corrente de cada fase pelo valor da tenso na hora de demanda mxima. Em reas sujeitas a grandes variaes de demanda, devido sazonalidade, como por exemplo as reas de veraneios, as medies de transformadores devero ser efetuadas no perodo suposto de mxima demanda. Na impossibilidade de se efetuar medies nesse perodo, dever ser adotado um fator de majorao que depender de informaes disponveis na regio a respeito do comportamento da demanda na rea do projeto. Caso seja necessrio, aos valores das demandas encontradas, devero ser aplicados fatores de correo devido melhoria de tenso.

    Obs. - Para circuitos de carga homognea podero ser feitas medies com

    aparelhos instantneos indicadores de mxima corrente em horrio provvel de demanda mxima.

    - Consumidores

    Adotar a rotina a seguir:

    * subtrair da demanda mxima do transformador a demanda (coincidente

  • DD-DVED / NTD-08 - 19 -

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    com a ponta de carga do transformador) dos consumidores no residenciais e iluminao pblica;

    * dividir o resultado da subtrao acima pelo nmero de consumidores

    residenciais, obtendo-se assim a demanda individual diversificada (kVA/consumidor) dos consumidores residenciais. Quando o transformador de distribuio alimentar reas de caractersticas heterogneas (Ex: favelas e prdios de apartamentos), devero ser efetuadas medies distintas que caracterizem as respectivas cargas. Para a determinao da demanda total do circuito a ser projetado deve ser observada a tendncia de ocupao dos lotes vagos;

    * devero ser tratados parte consumidores no residenciais que apresentem

    demandas significativas (Ex.: oficinas, serrarias, supermercados, etc.). A demanda mxima desses consumidores dever ser determinada atravs de medio, procurando-se determinar a simultaneidade de funcionamento dos equipamentos. Indicar no formulrio prprio os resultados encontrados na medio desses consumidores reportando-os ao transformador correspondente:

    * os demais consumidores no residenciais (Ex.: pequenos bares e lojas,

    etc.), devero ser tratados como consumidores residenciais;

    * as cargas devidas iluminao pblica ligadas no circuito j esto computadas automaticamente;

    * para reas predominantemente comerciais, as demandas devero ser

    determinadas preferencialmente, a partir de medies de ramais de ligao.

    II) Processo Estimativo a) Rede Primria

    - Tronco de Alimentadores

    No caso de reforma de rede, o processo estimativo no se aplica ao tronco de alimentadores.

    A determinao da demanda sempre feita atravs de relatrios de acompanhamento ou medio.

    - Ramais de Alimentador

    A estimativa da demanda mxima de ramais de rede primria poder ser feita atravs da demanda mxima do alimentador, obtida na subestao em confronto com a capacidade das cargas dos transformadores instalados ao longo do mesmo. Dever ser analisada sempre a simultaneidade de funcionamento das cargas dos consumidores ligados em AT.

  • DD-DVED / NTD-08 - 20 -

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    - Consumidores de AT

    A demanda de consumidores ligados em AT dever ser estimada aplicando carga levantada um fator de demanda tpico, dependendo da natureza da atividade ( Tabela 6 - pg. 67 ). Na inexistncia de dados suficientes podero ser levantadas curvas tpicas de demanda por tipo de atividade em funo da carga instalada, devendo as mesmas tambm serem aprovadas pela CELG.

    b) Rede Secundria

    - Consumidores Residenciais

    Para estimativa de demanda dos consumidores residenciais, devero ser adotados valores individuais de demanda diversificada em kVA, correlacionando o nmero e a classe de consumidores no circuito, separando-as por tipos de consumidores, quanto possibilidade de utilizao de apare-lhos eltricos.

    - Consumidores no Residenciais

    10 Processo

    A estimativa dos valores de demanda para consumidores no residenciais em funo da carga total instalada, ramo de atividade e simultaneidade de utilizao dessas cargas, ser calculada atravs da frmula:

    D = CL x FDFP

    onde:

    D = demanda mxima em kVA; CL = carga ligada em kW; FD = fator de demanda mximo; FP = fator de potncia.

    20 Processo

    A estimativa da demanda atravs do consumo extrado de dados de faturamento.

    D = C730 x FC x FP

    onde:

    D = demanda mxima (kVA ); C = maior consumo mensal nos ltimos 12 meses em kWh;

  • DD-DVED / NTD-08 - 21 -

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    FC = fator de carga (obtido atravs de consumidores similares); FP = fator de potncia.

    30 Processo

    A demanda ser estimada atravs da corrente nominal da proteo do consumidor.

    D = x V x I x 10 x FD-33

    Estes processos determinam a demanda mxima. Seu horrio de ocorrncia bem como o valor coincidente com a demanda mxima do transformador devero ser obtidos na pesquisa do levantamento de carga. Processo computacional ( Banco de Dados).

    8.2.2.2. Projeto de Extenso de Rede

    I) Rede Secundria

    a) Consumidores

    - Consumidores residenciais em edifcios de uso coletivo e condomnios horizontais.

    A estimativa de demanda neste caso ser em funo da carga a ser instalada, aplicando-se os valores de diversificao ou tambm baseada em consumidores j ligados, com as mesmas caractersticas. A demanda dever ser determinada pela expresso:

    D = a + ( b1 + b2 + b3 + b4 + b5 + b6 + b7 ) + c + d + e onde: D = demanda total em kVA; a = demanda de iluminao e tomadas, calculada conf. Tabela 1 - pg. 63; b1 = demanda de chuveiros eltricos, calculada conf. Tabela 2 - pg. 64; b2 = demanda de torneiras eltricas, calculada conf. Tabela 2 - pg. 64; b3 = demanda de mquinas de lavar loua, calculada conforme Tabela 2 - pg.

    64; b4 = demanda de aquecedores de acumulao, calculada conforme Tabela 2

    pg. 64; b5 = demanda de aparelhos de aquecimento central de gua (individual)

    calculada conforme Tabela 2 - pg. 64; b6 = demanda de foges eltricos, calculada conforme Tabela 2 - pg. 64;

  • DD-DVED / NTD-08 - 22 -

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    b7 = demanda de mquinas de secar roupa, calculada conforme Tabela 2

    pgina. 64; c = demanda de aparelhos de ar condicionado tipo janela, calculada conforme

    Tabela 3 - pg. 64; d = demanda de fora (motores, bombas e mquinas de solda tipo motor

    gerador) calculada conforme Tabelas 4 e 5 - pgs. 65 e 66; e = demanda individual das mquinas de solda a transformador conforme

    indicado a seguir:

    - 100% da potncia do maior aparelho mais; - 70% da potncia do 20 maior aparelho, mais; - 40% da potncia do 30 maior aparelho, mais; - 30% da potncia dos demais aparelhos.

    Poder tambm ser usado o 10, 20 e 30 processo da alnea b do item II (Processo estimativo, rede secundria, pg. 20) anteriormente descrito, obtidos de consumidores de mesma regio e mesmas caractersticas.

    b) Iluminao Pblica - A demanda a ser estimada para as instalaes de iluminao pblica ser

    definida em funo do nmero de luminrias e da potncia das lmpadas em kVA, considerando as perdas do reator, quando for o caso. Preferencialmente utilizar lmpadas de maior eficincia luminosa com reatores de baixa perdas e alto fator de potncia.

    II) Rede Primria

    a) Consumidores de AT

    - Nos casos das ligaes em alta tenso, considerar a demanda contratada entre o consumidor e a CELG. A demanda poder tambm ser obtida em funo da carga a ser instalada, aplicando-se fatores de demanda conhecidos para consumidores similares (Tabela 6 - pg. 67).

    b) Tronco e Ramais de Alimentadores - A estimativa da demanda ser feita em funo da demanda dos

    transformadores de distribuio, observando-se a homogeneidade das reas atendidas e levando-se em considerao a influncia das demandas individuais dos consumidores de AT.

    - Processo simplificado para determinao das demandas diversificadas.

    Na impossibilidade de se determinar a demanda diversificada atravs dos critrios estabelecidos acima, dever ser adotado o seguinte procedimento.

  • DD-DVED / NTD-08 - 23 -

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    * Determinar a demanda diversificada de cada consumidor residencial

    levando-se em conta as diversas classes, conforme a seguir:

    Classe A"

    Consumidores com poucas possibilidades de utilizao de aparelhos eletrodomsticos; Classe B" Consumidores com mdia possibilidade de utilizao de aparelhos eletrodomsticos; Classe C" Consumidores com possibilidade de utilizao de aparelhos eletrodomsticos com carga significativa (classe mdia/alta).

    * Para a determinao da potncia do transformador de distribuio devero

    ser adotados os seguintes valores de demanda diversificada para o consumidor residencial de acordo com a classe, acrescendo ainda a demanda da iluminao pblica, levando-se tambm em conta as demandas dos outros tipos de consumidores (comerciais, industriais, etc.) calculados conforme descrito anteriormente.

    C L A S S E D E M A N D A D I V E R S I F I C A D A

    k V A / C O N S U M I D O R

    A 0,7

    B 1,0

    C 1,5 a 4,0

    * Casos especiais de loteamento de chcaras, indstrias, condomnios

    horizontais, etc, os valores de demanda sero definidos pela CELG, para cada caso, com base nas informaes dos proprietrios.

    * Quando no for definido o tipo da iluminao pblica dever ser previsto

    0,16 kVA / luminria.

    Obs. 1) O processo simplificado no poder ser utilizado para o clculo de

    demanda em edifcios residenciais de uso coletivo e condomnios horizontais.

    2) Lotes vagos devero ser considerados como consumidores em

    potencial e computados como carga, conforme Tabela acima.

  • DD-DVED / NTD-08 - 24 -

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    8.2.2.3. Projeto de Rede Nova

    Os processos estimativos para determinao da demanda, na elaborao de projetos de redes novas, sero semelhantes ao disposto no item 8.2.2.2 - pg. 21.

    8.3. Locao dos Postes 8.3.1. Marcao

    A marcao da posio fsica dos postes deve seguir os seguintes critrios: - os postes devero ser sempre locados por intermdio de piquetes de madeira; - havendo passeio ou meio fio o alinhamento ser dado pelo prprio meio fio; - no havendo passeio ou meio fio h a necessidade de uma definio do alinha-

    mento deste, por parte da Prefeitura; - quando da implantao do poste o centro da cava o piquete.

    8.3.2. Generalidades

    Para que no surjam problemas de construo, a posio dos postes sempre que possvel dever ser de acordo com as observaes que precedero a locao dos mesmos, levantadas em campo e assinaladas em planta, observando-se os critrios a seguir: - no locar postes em frente a entradas de garagens, guias rebaixadas em postos de

    gasolina, evitando-se tambm locao dos mesmos em frente anncios luminosos, marquises e sacadas;

    - evitar implantao de redes no lado da rua com arborizao, jardins ou praas

    pblicas; - evitar interferncias com alinhamento de galerias pluviais, esgotos e redes areas ou

    subterrneas de outras concessionrias; - projetar vos de 30 a 40 m; - nos casos onde existir somente rede primria, podero ser utilizados inicialmente

    vos de 60 a 80 m, prevendo-se futuras intercalaes de postes; - procurar locar a posteao sempre que possvel na divisa ou no meio dos lotes; - a fim de transpor marquises, sacadas e anncios luminosos, recomendado o uso de

    afastadores para redes secundrias; - ao projetar o espaamento entre postes deve-se levar em considerao o comprimento mximo permissvel do ramal de ligao que de 30 m;

  • DD-DVED / NTD-08 - 25 -

    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    - verificar a possibilidade de arrancamento em funo do perfil da via; - verificar junto aos orgos municipais, planos futuros de urbanizao incluindo a

    possibilidade de plantio de rvores; - evitar desmate de rvores e demais formas de vegetaes classificadas por lei como

    de preservao permanente; - evitar paralelismo com redes telegrficas e telefnicas com fio nu; - em ruas com at 20 m de largura, incluindo-se passeio, os postes podero ser

    projetados sempre de um mesmo lado (unilateral) observando-se a sequncia da rede existente.

    Quando no houver posteao, escolher-se- o lado mais favorvel para a implantao da rede, considerando o que tenha maior nmero de edificaes, o que acarretar em menor execuo de travessias de ramais de ligao. Ver figura a seguir:

    POSTEAO UNILATERAL vo bsico L L = MXIMO 20 m - Ruas com larguras compreendidas entre 20 a 30 m, podero ter posteao bilateral

    alternada e esta ser projetada com os postes contrapostos, aproximadamente, na metade do lance da posteao contrria. Ver figura a seguir:

    POSTEAO BILATERAL ALTERNADA vo bsico L L = MNIMO 20 m e MXIMO 30 m

  • DD-DVED / NTD-08 - 26 -

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    - Ruas com largura superior a 25 m ou 30 m, podero ter posteao bilateral frontal.

    Ver figura a seguir: POSTEAO BILATERAL FRONTAL vo bsico L

    L = 25 ou 30 m

    - a adoo de um dos critrios anteriormente citados depender alm da largura da rua, se com ou sem canteiro central, do tipo de iluminao pblica adotada, dos nveis de iluminamento e da possibilidade de extenso dos ramais de ligao;

    - pode-se, entretanto, projetar a posteao dupla em ruas de largura inferior a 20m, em

    casos especiais, tais como necessidade de instalao de 2 alimentadores, melhor iluminao pblica;

    - evitar o uso de postes em esquinas de ruas estreitas e sujeitas a trnsito intenso e em

    esquinas que no permitam manter o alinhamento dos postes. Para isso podero ser previstas conexes no vo (FLY-TAP). Nesse caso as distncias A e B da figura abaixo devero ser preferencialmente iguais e nunca superiores a 15 metros. CONEXO NO VO (FLY-TAP) B A

    - Os cruzamentos e derivaes em esquinas, para redes congestionadas, ou para

    atender ao uso mtuo de postes com outras concessionrias, podero ser feitos com a implantao de dois ou trs postes e de modo conveniente para que sejam

  • DD-DVED / NTD-08 - 27 -

    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    mantidos os afastamentos mnimos dos condutores e que no haja cruzamento em terrenos particulares. Ver figura abaixo.

    8.3.3. Postes Bsicos

    Os postes bsicos so de 9, 10, 11, 12 e 13 metros. - Postes de 9 metros: somente podero ser projetados em ruas sem probabilidade de

    instalao de rede primria. - Postes de 10 metros: devero ser projetados sempre que existam ou haja

    probabilidade de existirem redes secundria e primria. - Postes de 11 metros: devero ser projetados sempre que existam ou haja

    probabilidade de existirem rede e derivaes primrias, transformadores, chaves, etc.

    - Postes de 12 e 13 metros: somente projetados em casos especiais.

    8.3.4. Afastamento da Rede

    A fim de transpor marquises, sacadas, anncios luminosos, linhas telegrficas e telefnicas, etc, deve-se projetar afastadores na rede secundria ou postes de altura mais elevada. Essa particularidade dever ser explicitamente indicada no projeto.

    8.4. Dimensionamento Eltrico 8.4.1 Rede Primria 8.4.1.1. Nmero de Condutores de AT

    A rede primria ser trifsica a 4 fios ou monofsica a 2 fios, sendo o neutro multiaterrado.

  • DD-DVED / NTD-08 - 28 -

    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    8.4.1.2. Nveis de Tenso Primria

    As tenses nominais padronizadas so 13,8 e 34,5 kV, podendo ser fixada a tenso de fornecimento primrio no ponto de entrega de energia a determinado consumidor, entre + 5% e - 5%, com relao tenso nominal do sistema. Os limites de variao da tenso primria de fornecimento no ponto de entrega de energia, durante os ciclos de carga dirios ou durante as variaes anuais de carga, so os seguintes: + 5% e - 7,5%.

    8.4.1.3. Condutores de AT Tipo e Bitola Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede primria so cabos de alumnio CA, nas seguintes bitolas: 2 AWG, 1/0 AWG, 2/0 AWG, 4/0 AWG e 336,4 MCM. As caractersticas eltricas e mecnicas bsicas destes condutores esto indicadas nas Tabelas 9 e 14 - pgs. 70 e 75.

    8.4.1.4. Perfil de Tenso

    Para o estabelecimento dos critrios para dimensionamento da rede primria, deve-se determinar e adotar um perfil de tenso mais adequado s condies da rede e subestaes de distribuio. Os fatores que influem na determinao desse perfil so os seguintes: - distncia entre subestaes ou comprimento dos alimentadores; - regime de variao da tenso na barra da subestao; - queda de tenso admissvel na rede secundria, no transformador de distribuio e

    na derivao do consumidor, at o ponto de entrega.

    8.4.1.5. Configurao Bsica da Rede Primria

    A configurao da rede primria ser definida em funo do grau de confiabilidade a ser adotado em um projeto de rede de distribuio urbana, compatibilizando-o com a importncia da carga ou da localidade a ser atendida. Podero ser utilizadas as seguintes configuraes para o sistema areo primrio a) Radial Simples

    Os sistemas radiais simples devero ser utilizados em reas de baixa densidade de carga, nas quais os circuitos tomam direes distintas face s prprias

  • DD-DVED / NTD-08 - 29 -

    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    caractersticas de distribuio da carga, tornando antieconmico o estabelecimento de pontos de interligao. R

    CONFIGURAO RADIAL SIMPLES

    b) Radial com Recurso

    - Os sistemas radiais com recursos devero ser utilizados em reas que deman-dem maiores densidades de carga ou requeiram maior grau de confiabilidade devido s suas particularidades ( hospitais, centro de computao, etc.).

    R NA NA R

    CONFIGURAO RADIAL C/ RECURSO Este sistema caracteriza-se pelos seguintes aspectos: - existncia interligaes normalmente abertas, entre alimentadores adjacentes, da

    mesma ou de subestaes diferentes; - ser projetado de forma que exista certa reserva de capacidade em cada circuito,

    para absoro de carga de outro circuito na eventualidade de defeito; - limita o nmero de consumidores interrompidos por defeitos e diminui o tempo

    de interrupo em relao ao sistema radial simples.

  • DD-DVED / NTD-08 - 30 -

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    8.4.1.6. Traado da Rede

    a) Tronco de Alimentadores

    O traado deve obedecer as seguintes diretrizes bsicas: - procurar sempre utilizar arruamentos j definidos, se possvel com guias

    colocadas e evitar ngulos e curvas desnecessrias; - acompanhar a distribuio das cargas (com suas previses); - procurar equilibrar as demandas entre os alimentadores; - procurar atribuir a cada alimentador reas de dimenses semelhantes e evitar

    trechos paralelos na mesma rua ou circuitos duplos; - os ramais derivados do tronco do alimentador devem ser projetados de modo que

    sejam o menos carregado e extenso possvel; - devem ser evitados, sempre que possvel, em ruas de trfego intenso; - deve ser previsto interligao entre alimentadores diferentes, para contingncias

    operativas do sistema; - em caso de interligao entre alimentadores deve ser observada a sequncia de

    fases dos mesmos, a qual deve ser sempre indicada no projeto; - os ramais monofsicos devem ser planejados de modo a conseguir-se o melhor

    equilbrio possvel entre as trs fases, indicando-se no projeto a fase que se deve derivar;

    - o reconhecimento do faseamento, nas sadas dos alimentadores existentes, deve ser feito observando-se as placas indicativas instaladas nos prticos da subestao, sendo:

    Placa Azul Fase A Placa Branca Fase B Placa Vermelha Fase C

    b) Ramais de Alimentadores

    No traado deve-se observar os seguintes critrios: - os ramais devem ser, sempre que possvel, dirigidos em sentido paralelo uns aos

    outros, orientados de maneira a favorecer a expanso prevista para os bairros por eles servidos;

    - deve ser levada em considerao a posio da fonte de energia no sentido de se seguir o caminho mais curto;

    - devem ser planejados, evitando-se voltas desnecessrias.

    8.4.1.7. Dimensionamento de Condutores de AT

    a) Critrios Gerais As caractersticas dos condutores a serem utilizados nos projetos de redes esto apresentadas nas Tabelas 9 e 14 - pgs. 70 e 75. No dimensionamento da rede primria, nos casos de reforma ou construo de redes novas, deve ser projetada de acordo com sua configurao para atendimento carga prevista para o quinto ano subsequente.

  • DD-DVED / NTD-08 - 31 -

    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    b) Nmero de Alimentadores

    O nmero de alimentadores para atendimento a uma localidade deve ser em funo de sua demanda, rea, distribuio de carga e localizao da subestao. A ttulo de orientao a Tabela 7 - pg. 68 fornece o nmero de alimentadores para atendimento a localidades com demanda at 15 MVA, e o respectivo condutor tronco. O dimensionamento deve ser feito observando-se a queda de tenso mxima permitida, perdas e capacidade de conduo. Entende-se como queda de tenso mxima na rede primria a queda compreendida entre o barramento da subestao e o ponto mais desfavorvel onde se situa o ltimo transformador de distribuio ou o ltimo consumidor primrio. O processo de clculo eltrico e o coeficiente de queda de tenso em % por MVA / km, esto indicados ilustrativamente nas Tabelas 10 e 11 - pgs. 71 e 72, devendo para tanto ser utilizado o modelo do Desenho 3 - pg. 62. Com base no traado da rede primria e bitola do condutor calcula-se a queda de tenso considerando a carga estimada no fim do horizonte de projeto. Se este valor estiver dentro do limite do perfil de tenso adotado, o traado aceitvel. Em reas de densidade de carga mdia e baixa, o dimensionamento estabelecido por queda de tenso redunda em nvel de perdas consideradas aceitveis para o sistema. Quanto s reas de alta densidade, caracterizadas por alimentadores de pequena extenso, o fator limitante para o dimensionamento dos condutores ser o nvel de perdas. O nvel de perdas esperado para o sistema pode ser avaliado periodicamente como subsdio para o planejamento atravs de clculos em alimentadores tpicos. O clculo da queda de tenso e de perdas de potncia usualmente feito pelo Mtodo de Impedncia.

    c) Carregamento

    O carregamento de alimentadores ser funo da configurao do sistema (radial ou radial com recurso), que implicar ou no numa disponibilidade de reserva para absoro de carga por ocasio das manobras e situaes de emergncia. Para os alimentadores interligveis o carregamento mximo deve situar-se entre 50 e 60% da capacidade trmica dos condutores.

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    8.4.2. Rede Secundria

    A rede secundria pode ser alimentada por transformadores trifsicos ou monofsicos obedecendo os critrios bsicos estabelecidos abaixo: - no primeiro caso, o secundrio ser a 4 fios com neutro multiaterrado e comum ao

    primrio. Nos fins de circuitos podem ser utilizados, dependendo da carga instalada, vos com duas fases e neutro e com uma fase e neutro;

    - no segundo caso, o secundrio ser a 3 fios com neutro multiaterrado e comum ao

    primrio.

    8.4.2.1. Transformadores de Distribuio

    As potncias nominais em kVA, padronizadas para transformadores de distribuio (13,8 e 34,5 kV ) para instalao em postes so as seguintes: - transformadores monofsicos: 10; 15; 25 e 37,5; - transformadores trifsicos: 30; 45; 75, 112,5 e 150. Os transformadores de 112,5 e 150 kVA somente devero ser utilizados em casos especiais, para grandes densidades de carga, mediante aprovao da CELG. Os transformadores devero ser dimensionados de tal forma a minimizar os custos anuais de investimento inicial, substituio e perdas, dentro do horizonte do projeto. Na falta de maiores informaes sobre o crescimento de carga da rea, os transformadores sero dimensionados para atender a evoluo da carga prevista at o ano 5, conforme Desenho 1 - pg. 60. O carregamento mximo dos transformadores deve ser fixado em funo da impedncia interna, perfil de tenso adotado levando-se tambm em conta os limites de aquecimento sem prejuzo da sua vida til. As instalaes de transformadores devem atender os seguintes requisitos bsicos: - localizar tanto quanto possvel no centro da carga; - localizar prximo s cargas concentradas principalmente as que ocasionam flutuao

    de tenso; - localizar-se de forma que as futuras relocaes sejam minimizadas.

    8.4.2.2. Nveis de Tenso Secundria

    A tenso nominal da rede secundria alimentada por transformadores trifsicos, ser de 380/220 V e de 440/220 V quando alimentada por transformadores monofsicos (povoados).

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    A mxima queda de tenso permissvel na rede secundria ser de 5% em condies normais de operao. Este valor mximo fixado para verificao da possibilidade de ligao de novos consumidores a 4 fios na rede existente, sem necessidade de modificao da mesma. Para o clculo de queda de tenso deve ser usado o formulrio prprio, conforme Desenho 3 - pg. 62. No clculo de anis fechados no necessrio que as quedas no ponto escolhido para abertura sejam iguais, bastando que ambas sejam inferiores aos valores mximos permitidos. O clculo de queda de tenso deve ser feito adotando os coeficientes constantes das Tabelas 12 e 13 - pgs. 73 e 74.

    8.4.2.3. Configurao da Rede Secundria

    Sempre que possvel sero adotados circuitos tpicos de acordo com a figura a seguir. Essas configuraes permitem o atendimento em 380/220 V de toda gama de densidade de carga caractersticas da rede de distribuio area, ou seja, abrangendo desde reas cuja carga constituda exclusivamente de iluminao pblica at reas compostas de cargas altamente concentradas. q q q /2 q q /2 q q /2 q /2 q q /2 q q q /2

    q = 100 METROS - FRENTE DA QUADRA (COM FACHADA DO LADO DA RUA)

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    A adoo de um determinado circuito tpico ser funo da densidade de carga inicial, taxa de crescimento e da configurao do arruamento. Em cada projeto individualmente considerado, torna-se, na maioria dos casos, difcil a aplicao dos circuitos tpicos caracterizados. Entretanto, estas configuraes devem ser gradativamente atendidas medida que a integrao destes projetos individuais o permitam, e isto poder ser alcanado atravs de um planejamento orientado para as pequenas extenses. Todos os circuitos de BT devero ser fechados em anel.

    8.4.2.4. Dimensionamento de Condutores de BT

    - Tipo e Bitola

    Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede secundria de distribuio so cabos de alumnio CA, nas bitolas 2 AWG, 1/0 AWG e 2/0 AWG, cujas caractersticas bsicas so indicadas na Tabela 14 - pg. 75. A ligao do secundrio do transformador ao barramento dever ser feita com cabo isolado em XLPE, seo 50 mm2 , para potncias at 112,5 kVA. a) Critrios Gerais

    A rede secundria dever ser dimensionada de tal forma a minimizar os custos anuais de investimento inicial, ampliaes, modificaes e perdas dentro do horizonte do projeto. Na falta de maiores informaes sobre o crescimento de carga da rea, a rede secundria dever ser dimensionada para atendimento evoluo da carga prevista at o 10 0 ano subsequente, prevendo-se possvel subdiviso do circuito no 5 0 ano. No dimensionamento eltrico deve-se considerar que o atendimento ao crescimento da carga ser feito procurando-se esgotar a capacidade da rede, observando-se os limites de capacidade trmica dos condutores e mxima queda de tenso fixada pelo perfil adotado. O processo de clculo eltrico utilizado para fins de projeto de redes secundrias o dos coeficientes de queda de tenso em % por kVA x 100 m sendo a carga sempre considerada equilibrada ou igualmente distribuda pelos circuitos monofsicos existentes. Apesar de se procurar equilibrar as cargas entre as fases, os resultados desse dimensionamento devem ser periodicamente aferidos atravs de medies posteriores dos circuitos, a fim de determinar possveis fatores de correo a serem adotados em projetos futuros.

    b) Previso da Taxa de Crescimento

    Especial ateno deve ser dispensada na determinao da taxa de crescimento pois este ndice, para as cargas na rede secundria, nem sempre coincide com o crescimento mdio global da zona tpica na qual est inserida. Isto porque o

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    ndice de crescimento da zona tpica leva em considerao alm da evoluo da carga nas reas j atendidas, a ligao das cargas das reas ainda no atendidas, aliando a isto as cargas alimentadas nas tenses primrias. Fundamentalmente devero ser distinguidos 03 casos: - reas com edificaes compatveis com a localizao e totalmente constru- das:

    neste caso a taxa de crescimento a ser adotada deve corresponder ao crescimento mdio de consumo por consumidor, sendo invariavelmente um valor pequeno;

    - reas com edificaes compatveis com sua localizao e no totalmente

    construdas:

    neste caso, alm do ndice de crescimento devido aos consumidores j existentes, devem ser previstos os novos consumidores, baseado no ritmo de construo observado na rea em estudo;

    - reas com edificaes no compatveis com suas localizaes:

    neste caso normalmente corresponde a uma taxa de crescimento mais elevada, tendo-se em vista a tendncia de ocupao da rea, por edificaes de outro tipo. Como exemplo, pode-se citar o caso de residncias monofamiliares em reas com tendncias para construo de prdios de aparta-mentos. Neste caso, a demanda futura deve ser estimada com base na carga de ocupao futura, levando-se em conta o ritmo de construo observado no local.

    c) Tipos de Projetos

    A rotina a ser seguida no dimensionamento da rede secundria dever ser feita conforme as caractersticas e finalidades do projeto, quais sejam:

    - Projeto de Reforma de Rede

    * Preparar os esquemas de redes secundrias tpicas de acordo com a

    configurao dos quarteires existentes na rea do projeto.

    * Os esquemas devero atender o perfil da tenso adotado para a rea com valores extrapolados para o 10 0 ano, podendo-se prever a subdiviso do circuito no 5 0 ano.

    * Lanar as redes tpicas, observando as configuraes tpicas tcnico e

    economicamente recomendadas em funo da densidade de carga inicial do circuito com a respectiva taxa de crescimento.

    * Conferir os resultados obtidos levando-se em conta os consumidores trifsicos

    de carga elevada e os de cargas especiais.

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    - Projeto de Extenso de Rede

    * Multiplicar o valor da demanda diversificada mdia por consumidor, definida

    no item 8.2.2.2 - pg. 21 pelo nmero total de consumidores a serem atendidos pelo circuito, inclusive lotes vagos, obtendo-se o total da carga (kVA) residencial.

    * Adicionar carga residencial as demandas dos consumidores no

    residenciais. * Se a demanda mxima prevista ocorrer no perodo noturno, dever ser

    acrescentada a carga de iluminao pblica. * Preparar o esquema da rede secundria tpica de acordo com a configurao

    dos quarteires existentes na rea do projeto. * Calcular a queda de tenso do circuito, cujo valor para o 50 ano dever

    atender ao perfil da tenso, uma vez que seja previsto a subdiviso do circuito para este ano, ou quando o caso assim o requerer.

    - Projeto de Rede Nova

    O dimensionamento da implantao de redes secundrias em projetos de redes novas ser semelhante ao disposto na subalnea Projeto de Reforma de Rede deste item - pg. 35.

    - Dimensionamento e Localizao dos Transformadores

    Devero ser utilizados transformadores trifsicos ou monofsicos conforme o critrio estipulado no item 8.4.2.1 - pg. 32, observando-se as potncias e tenses padronizadas, bem como as demais caractersticas, de acordo com a NTD-10. Os transformadores devem ser dimensionados levando-se tambm em considerao o Desenho 1 - pg. 60.

    - Os transformadores devem ser instalados o mais prximo possvel do centro de carga do respectivo circuito secundrio e tambm prximo s cargas concentradas, principalmente aquelas causadoras de flicker na rede (raio X, mquinas de solda, motor de grande capacidade, forno a arco, etc.).

    - Podem existir situaes que o transformador deve ser exclusivo para atendimento

    de uma carga flutuante, assim sendo, deve ser dada ateno especial s seguintes cargas:

    * motor monofsico com potncia superior a 5 cv alimentado em tenso fase-

    neutro; * motor de induo trifsico com rotor em curto-circuito com potncia superior a

    30 cv;

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    * mquina de solda a transformador com potncia superior a 15 kVA, ligao

    V-v invertida; * mquina de solda a transformador, 3 fases com potncia superior a 30 kVA.

    - Os transformadores no devem ser instalados nos postes localizados em es- quinas e em pontos sob grande esforo mecnico.

    - O transformador dever ser instalado em poste de concreto circular obedecendo

    aos esforos mecnicos que a estrutura estar sujeita. - Equilbrio de Carga

    Em qualquer ponto de um circuito secundrio o desequilbrio permissvel de 20%, admitindo-se em operao de emergncia uma tolerncia de 10%, totalizando-se no mximo, 30%.

    Para efeito desta norma o desequilbrio pode ser calculado pela expresso abaixo:

    d% 32

    x ( 2.Ia - Ib - Ic ) 3 ( Ic - Ib )Ia Ib Ic

    x 1002 2

    =+

    + +

    onde:

    Ia, Ib e Ic so os mdulos das correntes nas fases, em ampres. - Critrios de Projetos

    * Nos projetos de modificao, melhoramento e reforma, quando o desequilbrio verificado for maior que o valor mximo estipulado, deve-se prever o correspondente equilbrio, discriminando-se as fases de cada ramal de ligao.

    * Para os projetos de redes novas e extenses de redes esta providncia

    dispensada. O faseamento dos novos consumidores deve ser indicado aos eletricistas de ligao pelo pessoal responsvel pelo acompanhamento do referido sistema.

    - Correo dos Nveis de Tenso

    Nos casos de projetos de melhoramento e reforma de rede, constatados nveis de tenso inadequados na rede secundria, a primeira providncia a ser tomada verificar as condies de equilbrio da rede. Se o equilbrio de carga no resolver o problema, devem ser analisadas tcnico-economicamente as outras medidas, procurando a soluo mais vivel.

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    8.4.3. Proteo e Seccionamento

    Para complementar os requisitos necessrios para se atingir a confiabilidade desejada, diversos equipamentos devero ser convenientemente alocados e especificados conforme critrios descritos a seguir:

    8.4.3.1. Proteo Contra Sobrecorrente

    A aplicao de equipamentos de proteo e sua coordenao um dos fatores decisivos para a operao do sistema de distribuio dentro dos limites estabelecidos. I) Localizao dos Equipamentos

    A aplicao de equipamentos de proteo contra sobrecorrente dever ser condicionada a uma anlise tcnico-econmica de alternativas dos esquemas de proteo de cada circuito. Em princpio esses equipamentos devem ser instalados nos seguintes pontos: a) Em Troncos de Alimentadores

    - Prximo sada de cada circuito da subestao. No caso de dois circuitos protegidos por um mesmo disjuntor, pode-se utilizar religador ou seccionalizador, levando-se em conta a coordenao dos mesmos com o disjuntor.

    - Aps cargas cujas caractersticas especiais exijam uma continuidade de

    servio acentuada, usar religador ou seccionalizador. - Onde o valor da corrente de curto-circuito mnimo no suficiente para

    sensibilizar dispositivos de proteo de retaguarda, deve-se utilizar religador ou chave fusvel.

    b) Em Ramais de Alimentadores

    - No incio de ramais que suprem reas sujeitas a falhas, cuja probabilidade elevada de interrupes tenha sido constatada atravs de dados estatsticos, deve-se utilizar religador ou seccionalizador. Nos demais casos no abrangidos pelo item acima, usar chave fusvel.

    c) Em Transformadores

    - Todos os transformadores devero ser protegidos atravs de chaves fusveis, com elos fusveis de amperagem adequada potncia do transformador.

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    d) Em Ramais de Consumidores em AT

    - Devero ser protegidos atravs de chaves fusveis de capacidade adequada. II) Critrios para Seleo de Equipamentos de Proteo

    Os equipamentos a serem instalados nas RDU's, devem ter a tenso nominal e o nvel bsico de isolamento compatveis com a classe de tenso do sistema e tambm atender as demais condies necessrias em funo do seu ponto de instalao. a) Chaves e Elos Fusveis

    - Para Proteo de Redes Primrias:

    * a capacidade de interrupo, associada ao valor de X/R do circuito, no ponto de instalao, deve ser, no mnimo, igual mxima corrente de defeito nesse ponto;

    * para possibilitar o desligamento de ramais sem necessidade de prejudicar o

    fornecimento a outros consumidores devero ser utilizadas chaves fusveis equipadas com dispositivo para permitir abertura em carga, mediante a utilizao de ferramenta apropriada.

    - Para Proteo de Transformadores de Distribuio:

    Idealmente, um elo fusvel de proteo de transformador de distribuio deve cumprir os seguintes requisitos: * o elo fusvel deve operar para curto-circuito no transformador ou rede

    secundria, fazendo com que estes defeitos no tenham repercusso na rede primria;

    * o elo fusvel deve suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o

    transformador capaz de suportar sem prejuzo de sua vida til; * os elos fusveis para a proteo dos transformadores devero ser de

    capacidade adequada, conforme Tabelas 15 e 16 - pg. 76.

    b) Religadores

    - A corrente nominal da bobina srie deve ser igual ou maior mxima corrente de carga no ponto, incluindo manobras usuais, e com previso de crescimento de carga, para um perodo de no mnimo 3 anos, observando os requisitos de coordenao da proteo.

    - A capacidade de interrupo do religador, associado ao valor de X/R do

    circuito deve ser no mnimo igual a mxima corrente simtrica de defeito no ponto considerado.

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    - O religador deve ser sensvel s menores correntes de curto-circuito no trecho

    por ele protegido, incluindo, sempre que possvel, os trechos a serem acrescidos, quando da realizao de manobras consideradas usuais.

    - A corrente de disparo da bobina srie deve ser menor que a mnima cor-rente

    de curto-circuito dupla fase, no caso do mesmo possuir disparo para terra, ou menor que a mnima corrente de curto-circuito no trecho protegido, quando o mesmo no o possuir.

    - A corrente de disparo para terra deve ser menor que a mnima corrente de

    curto-circuito fase-terra e maior que a mxima corrente de desequilbrio provvel.

    - Caso esse critrio de incluso de trechos sob manobras acarrete a escolha de

    bobinas cujas sensibilidades sejam reduzidas, a ponto de prejudicar a coordenao (a montante e jusante) excluir a condio de manobra no dimensionamento dessas bobinas.

    c) Seccionalizadores

    A instalao de seccionalizadores requer que as seguintes condies sejam satisfeitas: - os mesmos s podem ser usados em srie, tendo um dispositivo de religa-

    mento automtico na retaguarda; - o dispositivo de sua retaguarda deve ser capaz de sentir as correntes mni-mas

    de defeito na zona de proteo do seccionalizador; - as correntes mnimas de defeitos na zona de proteo devem ser superiores s

    correntes mnimas de atuao dos seccionalizadores; - o seccionalizador equipado com dispositivo de disparo de terra exige um

    religador tambm com dispositivo de disparo de terra (ou rel de neutro), assim como seccionalizador trifsico exige religador trifsico, com abertura simultnea de todas as fases;

    - o tempo de memria do seccionalizador deve ser, no mnimo, igual soma dos

    tempos de operaes mais o tempo de religamento do equipamento de retaguarda;

    - os seccionalizadores no interrompem correntes de defeitos e no precisam ter

    capacidade de interrupo; - as demais caractersticas so semelhantes s dos religadores.

    8.4.4. Proteo Contra Sobretenso

    A proteo contra sobretenso, ser feita por pra-raios adequadamente dimensionados e localizados de modo a se obter o mximo aproveitamento do equipa-mento protetor.

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    8.4.4.1. Localizao do Pra-Raios

    Devero ser projetados pra-raios nos seguintes pontos: a) em transformadores de distribuio; b) em estruturas que contenham religadores, seccionalizadores, reguladores de

    tenso, capacitores e chave a leo, utilizar dos dois lados; c) em estruturas de entradas de consumidores primrios; d) em pontos de transio de rede area para subterrnea e vice-versa; e) nos fins de rede primria.

    8.4.4.2. Critrios para Seleo do Pra-Raios

    a) Os pra-raios a serem utilizados devero ser do tipo distribuio, equipados com desligador automtico.

    b) A tenso nominal do pra-raios dever ser em funo da tenso nominal do sistema e do tipo de aterramento.

    c) A corrente nominal de descarga do pra-raios dever ser no mnimo de 5 kA. d) O nvel de proteo para impulsos dos pra-raios dever coordenar com os nveis

    bsicos de isolamentos para impulsos dos equipamentos por eles protegidos.

    8.4.5. Aterramento

    a) Devero ser aterrados todos os pra-raios e carcaas de transformadores, religadores, seccionalizadores, reguladores, capacitores e chaves a leo.

    b) Havendo condutor neutro a ligao terra dever ser comum aos pra-raios, ao neutro e carcaa dos equipamentos a serem protegidos.

    c) Em rede de distribuio area o condutor neutro dever ser aterrado em inter-valos de aproximadamente 300 em 300 metros e no ser interrompido.

    d) No dever haver ponto de circuito secundrio afastado mais de 200 metros de um terra.

    e) Alm desses aterramentos, quando necessrio para se obter uma maior proteo, aconselhvel projetar alguns poos de aterramento em lugares convenientes. A quantidade de poos necessria depender de uma anlise tcnico-econmica em funo da resistividade de solo.

    f) Todo fim de rede ter seu neutro aterrado. g) Em redes que possuem neutro contnuo aconselhvel, como medida de segurana,

    o aterramento do estai atravs do neutro, quando for o caso.

    8.4.6. Seccionamento e Manobra

    So os seguintes os tipos de equipamentos de seccionamento a serem utilizados nas redes areas de distribuio: a) chave faca unipolar com dispositivo para abertura em carga; b) chave tripolar para abertura com ou sem carga; c) chave a leo.

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    8.4.6.1. Localizao dos Equipamentos de Seccionamento

    Chaves faca unipolares com dispositivo para abertura em carga e tripolar para abertura em carga devero ser utilizadas em pontos de manobras, visando a eliminao da necessidade de desligamento nas subestaes para abertura das mesmas e a minimizao do tempo necessrio realizao de uma determinada manobra e do nmero de consumidores atingidos por ela.

    Devero ser instaladas em pontos de fcil acesso para maior facilidade de operao. Como casos gerais de locais onde devem ser instaladas essas chaves, temos: - pontos de interligao de alimentadores; - pontos da rede onde so previstas manobras para transferncias de cargas,

    localizao de defeitos ou desligamentos de trechos para servios de manuteno e construo, observando-se a no existncia de outra chave com dispositivo para abertura em carga prximo ao ponto considerado pelo lado da alimentao;

    - aps os pontos de entrada de consumidores importantes, a fim de preservar a qualidade de servio por ocasio de manobras;

    - pontos prximos ao incio de concentraes de cargas.

    8.4.6.2. Critrios para Seleo dos Equipamentos de Seccionamento

    Os equipamentos a serem instalados nas redes devem atender s seguintes condies, em funo do seu ponto de instalao: a) a tenso nominal da chave deve ser adequada classe de tenso do sistema; b) o NBI da chave deve ser compatvel com o NBI do sistema; c) a corrente nominal deve ser igual ou maior que a mxima corrente de carga,

    incluindo manobras usuais; d) a capacidade de interrupo deve ser compatvel com a corrente mxima de curto-

    circuito no ponto de instalao.

    8.5. Dimensionamento Mecnico 8.5.1. Parmetros Bsicos 8.5.1.1. Condutores

    As traes de projeto dos condutores a serem adotadas no clculo esto indicadas na Tabela 29 - pg. 89.

    8.5.1.2. Afastamentos Mnimos

    Devem ser considerados os seguintes afastamentos: a) Afastamento Entre os Condutores e o Solo

    - Em projetos de redes a posteao e estruturas devero ser dimensionadas para

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    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    atenderem os valores especificados na NTD-09;

    b ) Afastamento entre Condutores

    - Para afastamento entre condutores de circuitos diferentes devero ser observados os valores tabelados na NTD-09.

    - Afastamentos verticais mnimos entre condutores de mesmo circuito devero obedecer a NTD-09;

    c) Afastamentos Mnimos entre Condutores e Edifcios

    - Devero ser observados os valores especificados na NTD-09.

    8.5.1.3. Estruturas

    Sero consideradas as estruturas padronizadas pela NTD-09 a) Redes Primrias

    - Para redes trifsicas ou bifsicas: - utilizar cruzetas de madeira de 2,4 m e estruturas tipos, meio beco (M), normal (N) e beco (B).

    b) Redes Secundrias

    - Disposio vertical com isoladores tipo roldana em armaes secundrias, e estruturas tipos S1, S2, S3 e S4.

    8.5.1.4. Postes

    Os postes a serem utilizados em redes de distribuio sero de concreto do tipo seo circular ou duplo T, com as seguintes caractersticas: a) Comprimento

    - Os comprimentos padronizados dos postes so de 9, 10, 11, 12 e 13 metros; b) Resistncia Nominal

    - A NTD-01 indica as resistncias nominais e caractersticas padronizadas para postes de concreto.

    - Na instalao de transformadores devero ser utilizados postes com as seguintes

    resistncias nominais mnimas: at 112,5 kVA poste de 300 daN, 150 kVA poste de 600 daN.

    8.5.2. Clculo Mecnico

    Consiste na determinao dos esforos resultantes que sero aplicados nos postes e na identificao dos meios necessrios para absorver estes esforos.

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    O esforo resultante obtido atravs da composio dos esforos dos condutores que atuam no poste em todas as direes, transferidos a 20 cm do topo deste e pode ser calculado tanto pelo mtodo geomtrico como pelo mtodo analtico, observando-se ainda o uso mtuo de postes por permissionrias. Os esforos podem ser obtidos atravs das Tabelas 17 a 28 - pgs. 77 a 88. Os casos especiais devero ser calculados, anexando-se a memria de clculo ao projeto. As traes de projeto a serem adotadas nos clculos so as estabelecidas na Tabela 29 - pg. 89. Para efeito de clculos adotar a presso do vento agindo sobre as superfcies conforme abaixo: - superfcies cilndricas Pv = 0,00471 x V2 (daN/m2); - superfcies planas Pv = 0,00754 x V2 (daN/m2).

    - Onde "V" a velocidade do vento em km / h. - Adotar "V" igual a 60 km/h a 15 C.

    8.5.2.1 Utilizao dos Postes

    a) Quanto ao Comprimento

    - O critrio para adoo dos comprimentos dos postes ser em funo das estruturas, afastamentos e flechas dos condutores conforme determinado na NTD-09. Em resumo, os postes padronizados podero ser aplicados nas seguintes condies:

    U T I L I Z A O ( Estruturas )

    COMPRIMENTO DOS POSTES

    ( A ) Rede secundria + IP + comunicao 9 m

    ( B ) Rede primria + ( A ) 10 m ou 11 m

    ( C ) Equipamento + ( A ) 11 m - para casos especiais, como arranjos que envolvem derivao da rede primria,

    uso mtuo de postes, circuitos duplos primrios, travessias, cruzamentos areos, podero ser utilizados postes considerados especiais (12 m, 13 m, etc.).

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    CENTRAIS ELTRICAS DE GOIS S/A

    b) Quanto Resistncia Mecnica

    - Ser em funo do esforo resultante a ser absorvido pelo poste e das resistncias mecnicas padronizadas pela norma NTD-01.

    8.5.2.2. Escolha do Tipo de Estrutura

    A escolha das estruturas ser em funo da bitola dos condutores, do vo, dos ngulos de deflexo horizontal e do espaamento eltrico.

    8.5.2.3. Engastamento

    A profundidade de instalao ser, para qualquer tipo de poste:

    e L m = +10

    0 60,

    onde:

    L = comprimento do poste em metros; e = engastamento: mnimo 1,5 metros.

    Em funo da aplicao dos processos de clculos para determinao do engastamento para poste de distribuio, so definidos trs tipos bsicos de engasta-mento: simples, com reforo e base concretada.

    TIPO DE POSTE RESISTNCIA NOMINAL (daN)

    ENGASTAMENTO

    Circular/DT 150 Simples

    Circular/DT 200 Simples

    Circular/DT 300 Escora de Sub-Solo

    Circular/DT 600 Base Concretada Para tipos especiais de solos devero ser adotados arranjos ideais e fundaes adequadas, como por exemplo, o tipo de base concretada, de acordo com a necessidade.

    8.5.2.4. Estaiamento

    Sero utilizados estaiamentos para se obter a estabilidade de postes ou estruturas sem equilbrio, ocasionado por solo excessivamente fraco ou por elevado esforo mecnico externo, o qual acarreta um momento fletor solicitante tambm elevado.

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    Os estaiamentos podero ser feitos de poste a poste, cruzeta a poste, ou mediante utilizao de contra-poste para finais de rede, ou ainda atravs de reduo das tra-es nos ltimos postes ( conforme Figura A a seguir ).

    D

    A = Poste Final B = Poste Escora C C = Estai D = Rede

    A B D A C B

    VO NORMAL

    FIM DE REDE - ( FIGURA - A )

    A = Poste Final D B = Poste Intermedirio C = Poste Anterior - Encabeamento D = Estai

    C B A C D B A VO NORMAL VOS REDUZIDOS

    TENSO REDUZIDA - (FIGURA - B)

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    a) Estai de Cruzeta a Poste

    - Para a pior condio (rede trifsica com cruzeta tipo beco) a tabela abaixo mostra esforos atuantes nos estais em funo da bitola dos condutores.

    C O N D U T O R DE A L U M N I O ( C A )

    B I T O L A E S F O R O S ( daN )

    2 270

    1/0 420

    2/0 540

    4/0 840

    336,4 1.350 Considerando-se a tabela anterior e levando em conta as resistncias nominais dos cabos de ao de 6,4 mm e 9,5 mm, usualmente empregados em redes areas urbanas, deve ser observado o seguinte critrio para estai de cruzeta a poste:

    * cabo de ao de 6,4 mm - condutor at 2/0 AWG; * cabo de ao de 9,5 mm - condutor 4/0 AWG a 336,4 MCM.

    b) Estai de Poste a Poste

    - O estai de poste a poste dever absorver todo o esforo excedente, atuando sobre o poste, devido aos esforos resultantes dos circuitos primrio, secundrio e outras redes em uso mtuo de postes. O esforo absorvido pelo cabo de ao do estai poder ser transferido para um ou mais postes, recomendando-se transfer-lo para, no mximo, dois postes. Apesar da grande variedade de combinaes de esforos, resultantes das redes primria e secundria, os esforos resultantes devero ser limitados em 700 e 1.560 daN correspondendo respectivamente aos cabos de 6,4 mm e 9,5 mm;

    c) Estai de Contra-Poste

    - Normalmente empregado em fim de linha para absorver os esforos excedentes atuando sobre o poste.

    Nas condies estabelecidas abaixo:

    * resistncia nominal do contra-poste de 600 daN; * contra-poste de 5 m de comprimento; * taxa de compressibilidade do solo de 2.000 daN / m3; * ngulo de inclinao do contra-poste com a vertical de 30; * engastamento variando de 1,5 m a 2,0 m;

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    d) Reduo das Traes

    Consiste em diminuir o vo entre postes, mantendo a flecha dos condutores igual do vo considerado bsico. Em funo dessas condies a tenso mecnica reduzida equivale a:

    ( )daN T x VV = b

    2

    b

    R

    RT

    onde:

    TR = trao reduzida, em daN; VR = vo reduzido, em metros; Vb = vo bsico, em metros; Tb = trao bsica ou normal relativa ao vo bsico em daN (1).

    - No poste anterior ao intermedirio, ou seja, poste C da Figura "B" pg. 46, as

    estruturas de fixao dos condutores devem ser de encabeamento, tanto para rede primria como para a secundria.

    Nota (1) - Esta trao deve ser calculada em funo da trao de projeto dos

    condutores primrios e secundrios existentes na estrutura, aplicada a 0,20 m do topo do poste. Este poste deve ser dimensionado em funo das diferenas das tenses mecnicas do vo bsico e do vo reduzido que as estruturas de encabeamento transmitem ao poste. Se essa trao for muito elevada em relao ao poste que se deseja empregar, o excesso de trao poder ser transferida ao poste seguinte atravs de tirante areo (estai). O poste seguinte (poste "B") tende a neutralizar somente o esforo do tirante (estai). O esforo de trao reduzida ser absorvida pelo poste final nas traes reduzidas (poste "A").

    8.6. Iluminao Pblica 8.6.1. Campo de Aplicao

    Compreende a iluminao das vias urbanas que so aquelas caracterizadas pela existncia de construes ao longo da via ou a presena de trfego motorizado e de pedestres em maior ou menor escala. No inclui a iluminao de praas, parques, passeios, monumentos, edifcios, reas de lazer, cidades histricas, etc.

    8.6.2. Posteao

    Sero utilizados em geral, os postes da rede de distribuio existente conforme determinado no item 8.3 - pg. 24.

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    8.6.3 Comando

    Por rel-fotoeltrico, podendo ser: - individual; - em grupo. Sistemas especiais de comando dependero de estudos especficos.

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    9. RECURSOS ESPECIAIS DO PROJETO 9.1. Correo de Nveis de Tenso

    Quando os nveis de tenso se mantiverem fora dos limites pr-determinados pelo perfil de tenso adotado, as diversas alternativas apresentadas a seguir devem ser analisadas tcnica e economicamente, em funo da situao especfica de cada projeto, como recursos adicionais para soluo do problema.

    9.1.1. Regulao de Tenso

    A regulao de tenso um dos recursos pelo qual podemos manter o nvel de tenso dentro dos limites pr-determinados e cuja possibilidade de aplicao aos diversos componentes do sistema, depender da anlise especfica do sistema disponvel.

    9.1.1.1. Regulao de Tenso na Subestao

    A possibilidade de se obter regulao de tenso na subestao, depender exclusivamente do tipo de subestao adotada para cada sistema. Com esse critrio, podemos ter subestaes dotadas com banco de reguladores ou subestaes com banco de capacitores, ou ainda, subestaes dotadas de transformadores com LTC.

    9.1.1.2. Regulao de Rede Primria

    De posse de um perfil de tenso onde esto indicadas as diversas parcelas de queda de tenso, correspondentes a cada componente do sistema, para se obter uma maior faixa de variao da tenso na rede primria sem prejudicar os limites pr-determinados, usam-se reguladores de tenso instalados ao longo da rede primria. a) Tipos de Ligao

    Os critrios para ligao dos reguladores so os seguintes: - se o sistema for a quatro fios sero usados 3 reguladores monofsicos de tenso

    nominal igual tenso fase neutro do sistema, ligados em estrela. Em ramais monofsicos tambm podero ser instalados reguladores deste tipo;

    - no sistema a trs fios usam-se reguladores monofsicos de tenso nominal igual

    tenso entre fases do sistema. Podero ser empregados dois reguladores ligados em delta aberto ou trs ligados em delta, sendo que este ltimo caso, pela composio de vetores, a regulao para reguladores monofsicos de 10% possibilitar regular na faixa de 15%. Na instalao de trs reguladores em estrela necessria uma resistncia de terra muito baixa para evitar deslocamentos de neutro que interferiro no funcionamento dos comandos do regulador e proporcionar melhores condies de segurana.

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