CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA MISSÃO DA...

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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 298 | SETEMBRO DE 2014 CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA MISSÃO DA IGREJA

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 298 | SETEMBRO DE 2014

CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA MISSÃO

DA IGREJA

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JPRevisãoMYRTHES BRANDÃOProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160Tiragem3.950 EXEMPLARES

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

RedaçãoPraça Santa Rita, 02 - Centro CEP. 37860-000, Nova Resende - MGTelefone(35) 3562.1347E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Ninguém lança uma boa semente em qualquer terreno. Hoje, temos à disposição uma excelente tecnologia, capaz de transformar não importa qual solo. Para isso, precisamos fazer uso do que temos ao nosso alcance, em nossas mãos. O sucesso ou não de uma boa colheita depende em grande parte de quem lança a semente na ter-ra. Para evangelizar, anunciar o Reino e a pessoa de Jesus, faz-se necessário o preparo do terreno (solo) do coração humano, atualmente tão repleto de pragas. Faz-se necessário conhecer a semente (Palavra de Deus) e o solo – o coração humano. Às vezes, insistimos em ignorar as duas situações, por isso nossa colheita é pequena e inexpres-

siva. Quem semeia pouco e em qual-quer terreno, vai colher pouco ou qua-se nada.

Atualmente se fala de uma pas-sagem da Pastoral Bíblica, ou seja, a Animação Bíblica de toda Pastoral, o grande sonho, fazer com que a Pala-vra de Deus permeie todas as nossas atividades e atitudes, transformando--a em chave, luz, sentido, significado e eficácia de tudo. A primazia e a centra-lidade da Palavra são fundamentais na vida da Igreja e da missão. A dinamici-dade da evangelização só acontece na medida desta compreensão.

Quando nos comprometemos em or-ganizar escolas de formação, conselhos, fortalecer pastorais e movimentos, criar

diretórios e elaborar diretrizes para esse ou aquele sacramento, abraçar as Santas Missões Populares, estamos conscientes de que só assim a Palavra de Deus ga-nhará seu legado e marcará profunda-mente nossas vidas com a geração de novos processos e a transformação da sociedade, à medida que vislumbramos novo tempo e nova história.

O momento pastoral missionário e histórico é o tempo privilegiado da graça de Deus em nossa Diocese, um marco inconfundível da ação evangeli-zadora, capaz de renovar as estruturas. Quando as Diretrizes de Ação Evange-lizadora nos apresentam as cinco ur-gências da evangelização, a Animação Bíblica de toda Pastoral é uma delas.

Precisamos levar em conta suas três dimensões, a saber: escola de comu-nhão, escola de interpretação e escola de evangelização. Enquanto formula-mos a ação evangelizadora como um todo, o Espírito sopra muito fortemen-te em nossas comunidades, no estudo dos livros: “A Vida é Missão” e “Evange-lho de São Mateus”. A Palavra de Deus é como a chuva e a neve, não voltam para o alto sem antes fecundar e fer-tilizar os corações humanos. Deus seja louvado!

Que sua santa Palavra não passe em vão. Sem ela, ficaremos sem respi-ro. Que a amemos e a busquemos com decisão de Espírito, como orientação para a vida eterna.

A EFICÁCIA DA PALAVRA DE DEUS E DE NOSSA AÇÃO

“Nossa fé requer que ‘todos tenham vida e a tenham em abundância’ (Jo 10,10). Ao contrário disso, constatamos que irmãos nossos têm sido maltratados e muitos, inclusive, perderam e continuam

perdendo a vida à espera de serviços públicos. Enquanto isso, outros se corrompem e enriquecem com recursos que deveriam ser destinados a políticas que atendam às necessidades do povo. Os

meses que antecedem as eleições constituem um momento privilegiado para a reflexão sobre tais situações injustas que se alastram no País. É uma oportunidade para anunciar qual é o plano

de Deus para seus filhos. Somos chamados a empenhar-nos em viver o evangelho do Reino, na esperança de vê-lo antecipado na terra, ainda que sob o signo da Cruz.”

CNBB, Pensando o Brasil: desafios diante das eleições 2014, n. 02

A fé cristã é dotada da extraordinária novidade de Deus que se fez comum à humanidade. Este é o maior evento da história da Salvação. Deus se encarnou... fez-se gente, entrou no meio do povo, sentiu seu cheiro, pisou também seu pó, tocou suas feridas, sentiu suas dores, so-freu seus algozes...

Talvez seja permitido dizer que Deus é explicitamente político, como aquele que cuida do bem comum. O papa Paulo VI chegou a dizer que “a política é a forma mais sublime de viver o amor.” Sabendo que Deus é amor, não seria incoerente dizer que Deus faz política com a huma-nidade. Diante de Moisés, diz-lhe que “viu a opressão de seu povo” e pede que vá libertá-lo. Fala, através dos profetas, aos reis e roga-lhes pela gente sofrida en-

quanto denuncia-lhes as injustiças. Em Je-sus, Deus feito homem, torna-se comum, como o pão sobre a mesa de todos... Sem distinção de pessoas, a vida eucarística de Jesus sobre o altar do mundo promoveu o Reino desejado pelo Pai.

O Concílio Ecumênico Vaticano II de-nunciou: “O divórcio entre fé e vida coti-diana é um os mais graves erros do nosso tempo”(GS 43,1). Os bispos da América Latina e do Caribe, na IV Conferência reali-zada em Santo Domingo, constataram: “A falta de coerência entre a fé que se profes-sa e a vida cotidiana é uma da várias cau-sas que geram pobreza em nossos países, porque os cristãos não souberam encon-trar na fé a força necessária para penetrar os critérios e as decisões dos setores res-ponsáveis pela liderança ideológica e pela

organização da convivência social.”Deste modo, nos últimos anos, a Igreja,

especialmente no Brasil, pede aos cristãos leigos sua inserção na vida política, para que, em nome de Jesus Cristo, ouçam e atendam os clamores da população. Os bispos, reunidos na V Conferência de Apa-recida, disseram: “(...) queremos acompa-nhar os construtores da sociedade, visto que é a vocação fundamental da Igreja neste setor formar as consciências, ser ad-vogada da justiça e da verdade e educar nas virtudes individuais e políticas. Quere-mos chamar o sentido de responsabilida-de dos leigos para que estejam presentes na vida pública, e mais concretamente na formação dos consensos necessários e na oposição contra a injustiça” (Aparecida, n. 508).

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3Setembro/2014

Opinião

O povo de Deus é constituído, em sua maioria, por leigos chamados a tes-temunhar na sociedade o Cristo, verda-deiro Deus e verdadeiro homem. Em uma sociedade que carece de valores morais, éticos e cristãos, mais do que nunca, somos chamados a exercer o papel de protagonistas no anúncio do Evangelho!

O Concílio que ecoaCom o Concilio Vaticano II, as portas

se abriram como se soprasse um vento novo, dando um impulso renovado à Igreja e criando um ambiente de espe-rança. Essa novidade gerou grandes ex-pectativas nos corações, mas também gerou dúvidas no sentindo de saber se essa proposta daria mesmo certo.

Até os dias atuais, as palavras pro-feridas por São João XXIII na abertura do Concilio Vaticano II ressoam em nós: “O Concílio agora iniciado surge para a Igreja como um amanhecer, precursor da luz mais esplêndida. Agora é somen-te uma alvorada. E já ao primeiro anún-cio do nascer do dia, quanta suavidade inunda nosso coração.”

Estas palavras ecoam em todos os corações da Igreja. Sabemos que um tempo novo já começou! Quantas ri-quezas surgiram na Igreja nestes últi-mos anos, quantos carismas aparece-ram; as pastorais, os movimentos, as comunidades de vida e aliança e tantos outros serviços.

Quanta riqueza, que descoberta maravilhosa da Igreja! E toda essa ma-ravilha foi desenvolvida tendo os leigos como protagonistas da Nova Evangeli-zação. São leigos aguerridos, de cora-ção aberto a acolher a Palavra de Deus e aos ensinamentos da Santa Igreja! Es-tas pessoas têm dado verdadeiros tes-temunhos de vida e conversão, sempre acompanhadas de perto pelos olhares atentos de seus pastores que, com zelo de pai, cuidam de suas ovelhas.

Os leigos como nova descobertaÉ claro que no decorrer da desco-

berta desta novidade leiga no serviço da evangelização, houve tropeços, ar-ranhões e dificuldades, mas tudo isso foi apenas o remexer da terra se pre-parando para o plantio que chegava.

Somos bispos, padres, religiosos e leigos de mãos dadas, orientados pela Mãe Igreja e impulsionados pelo poder do Espírito santo! Levamos aos mais longínquos lugares a cultura de Pentecostes, o amor ao próximo, a partilha do pão, a prática dos diversos carismas a serviço da Igreja. “Servindo com gratuidade de coração, sempre deixando transparecer Jesus”, como o evangelista João (3,30) destaca: “Im-porta que Ele cresça e que eu diminua.” É o reconhecimento de quem é o Se-nhor na Igreja!

O PROTAGONISMO LEIGO

Os leigos são chamados a serem co-operadores e corresponsáveis na mis-são de anunciar o Evangelho. Neste sentido, o Catecismo da Igreja Católica (n. 905) diz que “Os leigos exercem sua missão profética também na evangeli-zação, isto é, o anúncio de Cristo feito pelo testemunho da vida e da palavra.”

Laicato, terreno do mundoRecordo- me de uma empresa onde

trabalhei por alguns anos. Todos os dias, na hora do almoço, aconteciam calorosas discussões sobre diversos assuntos e entre os mais comenta-dos estava sempre a Igreja e o que o padre havia dito em sua homilia de domingo. Era ali mesmo, na roda de trabalhadores, cada um com sua mar-mita na mão, sentados no chão e com vozes elevadas, que aqueles leigos falavam o que pensavam sobre os di-versos assuntos.

A falta de catequese era notória. Refletia-se a pobreza de formação, já que cada um falava o que entendia sobre o Evangelho. Alguns daqueles trabalhadores retiravam da Palavra de Deus as verdades nela expressas, outros acrescentavam o que nunca se tinha visto na Bíblia. Eu chamava aquilo de uma verdadeira confusão. Entretanto, aquele momento era um campo extraordinário de Evangeliza-ção! Era o presbitério do leigo, era a hora de seu testemunho de vida, do seu profetismo. Era o lugar em que a Missa tinha seu desdobramento, onde todos falavam e todos eram ouvidos. As concordâncias e discor-dâncias ganhavam formas e vozes. No final, o que prevalecia era a fé de cada um. Então, todos voltavam para os seus serviços, enquanto aguardavam o tema do dia seguinte.

Ambientes assim se encontram em todos os lugares, seja na família, no trabalho, no ônibus, na praça, na fila

do banco, nas escolas etc. Em todos estes espaços se encontra o crente e o descrente, a luz e as trevas. O que vai acontecer depois de cada encontro vai depender do quanto cada um deu de si mesmo, o quanto foi verdadeiro em seu testemunho.

Diante disso, reafirmo que as pala-vras convencem, mas o testemunho arrasta. Desconheço o autor desta fra-se muito verdadeira. O que me cha-mava a atenção naquelas discussões era o desejo deles em verem o Evan-gelho Vivo, expresso nas atitudes de cada um de nós. Não basta dizer ‘sou honesto’, é preciso agir como um ho-mem honesto. Nos olhares desconfia-dos se escondia o desejo de ver Deus, expresso em nossos atos.

É neste território que vamos en-trar com as Santas Missões Populares! Teremos pela frente um terreno pe-dregoso, cheio de espinhos, mas tam-bém de terra fértil!

Sobre a evangelização, no Evangelii Nuntiandi, o Papa Paulo VI enfatizou o papel do Espírito Santo: “É importante salientar que o Espírito Santo é o agen-te principal da evangelização: é Ele quem impulsiona cada individuo para proclamar o evangelho, e é Ele que, nas profundezas da consciência, faz com que a palavra de salvação seja aceita e entendida.”

Sem o auxilio do Espírito Santo, nos-sa pregação é vazia, sem vida, não é convincente. Leigos bem formados po-dem ser um braço forte na construção de uma nova sociedade!

Santas Missões Populares para mais missionários...

As Santas Missões Populares pa-recem remontar nos dias de hoje o Evangelho de Lucas 10, 1: “Depois dis-so, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou -os, dois a dois, adiante de si, por todas as

cidades e lugares para onde ele tinha de ir.”

O Pai escolhe, o Filho chama e o Espírito Santo conduz. Assim, de casa em casa, novamente a poeira se le-vanta sob os pés dos mensageiros da Boa Nova. E o que vamos encontrar? Como será a recepção nas casas? São indagações e receios que temos, po-rém um coração missionário não fica parado vendo a vida passar, ele vai!

O livro dos Atos dos Apóstolos (9,10 -11) narra a história de um discí-pulo chamado Ananias: “Havia em Da-masco um discípulo chamado Ananias. O Senhor, numa visão, lhe disse: Ana-nias! Eis- me aqui, Senhor, respondeu ele. O Senhor lhe ordenou: Levanta- te e vai à rua Direita, pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso, cha-mado Saulo; ele está orando.”

Ananias era um leigo que recebeu do Senhor a missão de ir até a casa onde estava Saulo de Tarso. Mesmo com medo, ele foi e deste encontro surgiu o grande apóstolo Paulo. Se-jamos como Ananias, nestas Santas Missões Populares! Precisamos ter a coragem de ir às casas, às periferias e a tantos outros lugares, onde as pes-soas necessitam de uma palavra, um abraço ou apenas um ouvido que os escute, permitindo cair dos olhos as escamas da indiferença, da descrença e de tantos outros males que afligem a vida humana.

Na Igreja, há lugar para todos! “A grande variedade de carismas e ati-vidades apostólicas que representais enriquece, de forma maravilhosa, a vida da Igreja e para além dela”, disse Papa Francisco aos leigos em sua re-cente visita à Coreia do Sul. Coloque-mos nossos dons a serviço da Igreja! Ela nos chama e nos acolhe!

Por Claudio Cardoso, coordenador da Renovação Carismática Católica na Diocese

de Guaxupé

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Entre os dias 19 e 27 de julho des-te ano, os seminaristas do Seminá-rio Diocesano São José de Guaxupé realizaram uma semana missionária na cidade de Passos. O pedido fei-to pelo bispo dom José Lanza Neto para que as férias fossem usadas também para a missão, foi acolhido com ardor pelos seminaristas e, divi-dindo-se entre duas paróquias da ci-dade, Nossa Senhora da Penha e São Benedito, responderam ao chamado missionário que lhes era feito.

Durante toda a semana, os semi-naristas ficaram hospedados nas ca-sas do povo de Deus e realizaram vi-

Mensagens de paz, esperança, re-conciliação e incentivo à propagação da fé marcaram a viagem do Papa Fran-cisco à Coreia do Sul, realizada de 13 a 18 de agosto deste ano. O Santo Padre teve contato com diversas realidades sul-coreanas, especialmente com os jo-vens, com quem se encontrou em duas ocasiões.

Primeiras atividadesSanto Padre chegou à Coreia do Sul

na quinta-feira, 14 e seu primeiro com-promisso foi com as autoridades core-anas. Nesse primeiro discurso, um dos focos foi a paz. “A busca da paz constitui um desafio também para cada um de nós (…). Trata-se do desafio perene de derrubar os muros da dissidência e do ódio, promovendo uma cultura de re-conciliação e solidariedade”.

Ainda neste dia, ele se encontrou com os bispos da Coreia, mencionando os frutos da Igreja no país. No dia seguin-te, 15, Francisco celebrou a Santa Missa na Solenidade da Assunção, convidando todos a olharem para Maria como a mãe da esperança. Após a Missa, rezou o An-gelus cuja intenção foram as vítimas do naufrágio na Coreia, em abril deste ano.

Francisco e a JuventudeNo almoço do dia 15, o Papa reuniu-

-se com os jovens no Seminário Maior de Daejeon. No final da tarde, ele se en-controu com a juventude da Ásia e indi-cou-lhe alguns modos de testemunhar o Evangelho. Um momento de destaque

Notícias

Seminaristas participam de semana missionária

Papa visita Coreia do Sul

Grupo de missionários na Paróquia Nossa Senhora da Penha

Grupo de missionários na Paróquia São Benedito

Papa visita centro de apoio aos portadores de deficiências

Fotos: Arquivo – Seminário

Foto: www.aparecidanet.com.br

sitas aos enfermos, idosos e pessoas que passam por dificuldades. Visita-ram também escolas, hospitais e rea-lizaram muitos encontros, como por exemplo, “missãozinha com as crian-ças”, encontros com jovens e casais.

Impulsionados pelo lema “O Evan-gelho que bate a nossa porta: Ide e Anunciai o Evangelho com Alegria”, os seminaristas enviados à Paróquia de Nossa Senhora da Penha caminha-ram pelos bairros, acompanhados pelos leigos missionários da comu-nidade. Realizaram muitos trabalhos entre o povo simples para lançar a Semente do Evangelho. Após a ex-

periência, o seminarista João Paulo de Souza co-mentou a importância do evento: “A missão nos im-pulsiona a ir ao encontro do outro, despertando o desejo de renovar, aderir e reproduzir os passos de Cristo, voltando o olhar àqueles que necessitam.”

Na paróquia de São Benedito, os seminaris-

tas dividiram o trabalho missionário com religio-sas do Instituto das Fi-lhas de São José do ser-vo de Deus, Padre Luís Caburlotto, e com leigas missionárias do esta-do de São Paulo. Sob a inspiração da Palavra: “E todos ficaram reple-tos do Espírito Santo, continuando a anunciar com intrepidez a Pala-vra de Deus” (At 4,31), foram enviados para levar o Evangelho às casas, escolas e hos-pitais. “Participar da semana missio-nária foi presenciar o fermento da nossa fé transbordando para além das paredes da Igreja e chegando até aqueles que esperavam esta pre-sença” afirma o seminarista Filipe Cancian Zanetti.

A experiência missionária propor-cionou um alegre retorno ao semi-nário, após as férias. A visita a apro-ximadamente mais de 600 famílias, 10 escolas, 2 hospitais, o encontro

com um número incontável de pes-soas em encontros e celebrações e a partilha dos frutos do trabalho mos-traram o quanto a missão aproxima os irmãos, alegra a comunidade e revigora a vocação. O bispo, duran-te a missa por ocasião do início das atividades do seminário no segundo semestre, enfatizou em sua homilia a importância desta missão no tempo de férias: “descansar, sem deixar a vi-nha do Senhor.”

Por Douglas Ribeiro Lima

durante o encontro foi a oração silencio-sa pela unidade entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.

O Papa também falou aos jovens em outra ocasião. No final da tarde de do-mingo, foi realizado um dos momentos mais esperados da visita: a Missa de en-cerramento da 6ª Jornada da Juventude Asiática, um dos principais motivos da viagem. Francisco incentivou os jovens a não terem medo de levar a sabedo-ria da fé: “Queridos jovens da Ásia, faço votos de que, unidos a Cristo e à Igreja, possais seguir por esta estrada que cer-tamente vos encherá de alegria.”

Mártires, religiosos e leigosO terceiro dia da viagem foi repleto

de atividades. Logo pela manhã de sá-bado, 16, o Papa celebrou a Missa de beatificação de Paul Yun Ji-Chung e 123 companheiros mártires. “Os mártires levam-nos a perguntar se há algo pelo qual estamos dispostos a morrer. Além disso, o exemplo dos mártires ensina--nos a importância da caridade na vida de fé”, disse na homilia.

Em seguida, ele visitou um centro de apoio aos portadores de deficiência e teve um encontro com as comunidades religiosas e com os líderes do apostola-do leigo. Aos religiosos, Francisco deixou o convite para testemunharem a alegria de sentirem-se amados por Deus; aos leigos, pediu uma formação cada vez mais completa e atuação em harmonia com os pastores.

Bispos da Ásia e Missa pela pazNo domingo, 17, o dia de Francisco

começou com um encontro com os bis-pos da Ásia, a quem ele falou sobre a im-portância do diálogo para a missão da Igreja e alertou sobre as tentações que ameaçam a identidade cristã.

Entre um compromisso e outro, o Papa surpreendeu ao batizar um adulto coreano, algo que não estava incluído no programa oficial da viagem. O batiza-do foi Lee Ho Jin, pai de um dos jovens mortos no naufrágio da balsa Sewol em abril deste ano.

Após a Missa de encerramento da 6ª Jornada da Juventude Asiática, Francis-co seguiu para Seul, onde se encontrou

na segunda-feira, 14, com líderes reli-giosos da Coreia, aos quais destacou a importância de se reconhecerem como irmãos e caminharem juntos.

Na Missa pela paz e reconciliação na Coreia, outro momento chave da visita, Francisco motivou a fé dos coreanos ao pedir que eles confiem na força da cruz de Cristo, que “revela o poder que Deus tem de superar toda a divisão, curar toda a ferida e restaurar os vínculos originais de amor fraterno.”

Depois da cerimônia de despedida na Base Aérea de Seul, Papa Francisco embarcou de volta para Roma.

Por Jéssica Marçal, da Redação Canção Nova

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5Setembro/2014

Aconteceu em Jacuí, de 25 a 27 de julho. Contou com mais de cem par-ticipantes. Teve como tema: “Comu-nidades adultas para uma sociedade cidadã” e como lema, a afirmação de Paulo: “Não me envergonho do Evangelho” (Rm 1,16). Os participan-tes foram regiamente acolhidos na sexta-feira à tarde-noite e ficaram hospedados em diversas famílias da cidade.

VerA manhã do sábado foi dedicada

ao conhecer e analisar a realidade da região sob os quatro aspectos: econômico, social, político e ideo-lógico. Encarnando a proposta do

CEBs realizam Trigésimo Primeiro Encontro Diocesano

Documento 100 da CNBB, os parti-cipantes organizaram-se em cinco Comunidades: Jerusalém, Antioquia, Tessalônica, Filipos e Corinto, cada qual dividida em quatro grupos de seis pessoas.

Após uma breve apresentação dos quatro lados da realidade, as co-munidades se reuniram primeiro nos Grupos, depois por Comunidades, para, pelos quatro lados, comentar os fatos mais significativos da reali-dade e analisar suas causas e conse-quências.

No plenário, ou Assembleia das Comunidades, que se seguiu, apa-receu a riqueza das observações e descobertas dentro de cada item. As

O novo arcebispo de Pouso Ale-gre (MG), dom José Luiz Majella Del-gado, C.Ss.R, tomou posse de sua missão na arquidiocese, no dia 02 de agosto. A Catedral Metropolitana estava repleta de fiéis e padres que vieram das mais de 60 paróquias que compõem a arquidiocese e também convidados de outras dioceses.

Seguindo o ritual da celebração de posse, dom José Luiz foi acolhido à porta da Catedral onde recebeu o crucifixo e o beijou, em sinal de res-peito e reverência. Aspergiu os fiéis e dirigiu-se até a capela do Santíssimo para uma oração pessoal. Em segui-da, teve início a procissão de entra-da, a abertura e a saudação inicial, realizada pelo Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’Anniello. Foi feita a apresentação ao cabido das letras e leitura do documento de posse. A entrega do báculo realizou-se por dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Fi-lho, primeiro Arcebispo Emérito da arquidiocese, juntamente com dom Giovanni D’Anniello. Efetuada a sede e a presidência da celebração, o clero

Dom José Luiz Majella toma posse em Pouso Alegre

Foto: www.guaxupe.org.br

Foto: Clayton Bueno

mais comuns foram a prevalência do econômico que penetra até na Igreja e é a maior causa de todos os outros males.

O individualismo avassalador que acaba destruindo as famílias foi tam-bém apontado por mais de uma Co-munidade.

No lado político, a falta de partici-pação e o medo de participar, quan-do na própria Igreja está presente certo “coronelismo”. “O leigo é como o cabelo, quando cresce muito, a gente corta.”

Bem na raiz dos problemas, está a falta de Fé, do verdadeiro compro-misso com Jesus Cristo, “ninguém chega ao Pai senão por mim”, foi ci-tado.

JulgarA parte da tarde começou com o

julgar. As Comunidades primitivas nos ensinaram como acabar com a mendicância (Jerusalém), como vencer a discriminação (Antioquia), como desfazer o sistema social de patronos e clientes, de elites e ralé, do Império de então (Tessalônica), como tirar o pecado da vaidade hu-mana e da ganância (Filipos) e onde se condenam os poucos ricos, instru-ídos e importantes que tentam co-mandar a maioria pobre, sem nome e sem estudos, da Comunidade (Co-rinto).

AgirVeio, logo em seguida, o agir. Sá-

bado à tarde e domingo de manhã, reunidos por Setor, os participantes tomaram decisões importantes nas quatro áreas.

A primeira de todas foi dar toda a força aos Grupos de Reflexão como esperança de mudança consisten-te de mentalidade dentro e fora da Igreja. É a melhor maneira de tornar mais evangélico o conjunto de ideias (lado ideológico) que comanda a sociedade e influi na própria Igreja. Nesse sentido, vale também a parti-cipação o mais efetiva possível nas Santas Missões Populares. A conver-são pastoral pode mudar o mundo.

Pelo lado econômico, veio a pro-posta de se criar uma Pastoral Ecoló-gica, que já existe em alguns lugares. Outra proposta foi a de se promove-rem ações de economia solidária ou de participar delas, quando e onde sejam realizadas.

Pelo lado político, uma ação con-creta: Organizar coleta de assinatu-ras para o projeto de iniciativa po-pular proposto pela CNBB e outras entidades sobre a reforma política. Foi disponibilizado no site da dioce-se o formulário para a coleta de assi-naturas e também a cartilha explica-tiva do conteúdo do projeto e seus objetivos.

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

Colcha de retalhos simboliza os encontros realizados e, neste último, com o tema “Comuni-dades adultas para uma sociedade cidadã”

Com Dom José Lanza. Dom Majella é o 4º arcebispo e 7º bispo de Pouso Alegre

diocesano fez sua promessa de obe-diência ao novo arcebispo.

Na homilia, Dom Majella destacou que deseja que seu ministério seja marcado pelo testemunho daquele que “serve por amor” e manifestou proximidade com seu novo rebanho ao dizer: “Trago para vocês a minha pequenez. É isso que eu tenho.”

Estiveram presentes na celebra-ção, o Cardeal Arcebispo de Apa-recida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis, o Car-deal Arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, o Bispo Dioce-sano de Guaxupé, dom José Lanza Neto e diversos bispos e padres de outras dioceses, além de muitos re-ligiosos.

Ao final, dom José Luiz Majella foi saudado pelo presidente do Regio-nal Leste II da CNBB, dom José Alber-to Moura, por um padre da arquidio-cese, o prefeito da cidade e um leigo diocesano.

Com informações do A12.com

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Notícias

Mais de 300 coordenadores de Grupos de Oração participam de Encontro Diocesano

Diocese de Guaxupé marca presença em Encontro Nacional de Comunicação

Diocese de Guaxupé tem nova paróquia

Desde as primeiras horas da manhã, os participantes do Encontro Diocesa-no para Coordenadores de Grupos de Oração e de paróquias da Renovação Carismática Católica da Diocese de Guaxupé foram acolhidos na Associa-ção Rainha da Paz, em Petúnia, distrito de Nova Resende. O evento aconteceu no domingo, 3 de agosto com a presen-ça de mais de 300 inscritos e membros do Conselho Diocesano do Movimento, além de 50 servos que trabalharam nas equipes de alimentação, acolhida, lim-peza, livraria e estrutura. A formação despertou o ânimo para a caminhada dos participantes, dando início a um novo tempo para os Grupos de Oração da diocese.

A primeira atividade do dia foi a San-ta Missa, presidida por padre José Ro-naldo Neto, na paróquia São Benedito. Após o café da manhã, o coordenador diocesano da RCC Guaxupé, Claudio

“Se a nossa pastoral não é missioná-ria, não é pastoral. Nossa pastoral digital deve se transformar num apostolado.” Com esta afirmação, o consultor do Pon-tifício Conselho para as Comunicações e diretor da revista Civiltà Cattolica, padre Antônio Spadaro, faz a conclusão do 4º Encontro Nacional da Pascom e 2º Semi-nário Nacional de Jovens Comunicado-res, no domingo, 27 de julho e apontou o caminho para uma comunicação eficaz com o outro: o ardor missionário e o tes-temunho de Jesus Cristo. O evento teve início no dia 24, no Centro de Eventos do Santuário Nacional de Aparecida e con-tou com a presença de David Brunório e Julianne Batista, representantes da Pas-com da Diocese de Guaxupé.

Após quatro dias intensos de pales-tras e reflexões, padre Spadaro levou os participantes a refletirem como deve ser o apostolado hoje, no campo digital, tendo em vista que “não se trata de uma rede de fios, mas de pessoas”, na qual se comunica vida, experiências, inclusive ex-periências de fé. “Se a nossa vida é pobre de vida, nossa comunicação será”, ressal-tou.

Para que este apostolado aconteça, de acordo com o consultor, o ambiente digital precisa ser encarado como um lu-gar de encontro de homens e mulheres, cujas aspirações e desafios não são virtu-ais, mas reais e com necessidade de uma reposta concreta.

Além de padre Spadaro, o evento contou com a presença de diversos pa-lestrantes que trouxeram partilhas sobre evangelização e espiritualidade na web; mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações; mudanças socioculturais provocadas pelas novas tecnologias; missão dentro da cultural di-gital etc, além da apresentação do Dire-tório de Comunicação da Igreja no Brasil, lançado pela CNBB durante o encontro.

Além dos conteúdos, os comunicado-res participaram de seminários, nos quais podiam conhecer experiências concretas das Pastorais de Comu-nicação (Pascom), arte, assessoria de imprensa, rádio, internet e conver-gência midiática.

Os representantes das Pascom apresenta-ram os desafios encon-trados, além de suges-tões e avanços dentro da atuação nas dioceses e regionais da CNBB. Por fim, na solenidade de encerramento, bispos, padres, religiosos e to-dos os comunicadores confiaram à Virgem Ma-ria a sua missão como anunciadores do Reino de Deus.

Na noite de 31 de julho, o bispo dio-cesano, dom José Lanza Neto, esteve em Poços de Caldas, para a solenidade de criação da nova paróquia da Diocese de Guaxupé, a Paróquia Santo Expedito.

Cardoso, conduziu um momento de oração que levou todos a terem a cer-teza de que é Deus quem governa suas vidas e a de suas famílias.

O encontro contou com duas prega-ções, ambas ministradas por Claudio. A primeira delas, ainda no período da manhã, teve como tema Batismo no Es-pírito – Coração da Identidade da Reno-vação Carismática Católica.” A segunda, abordou a Autoridade Espiritual.

Já no final da tarde, os participan-tes do encontro ganharam uma gran-de surpresa. Um momento especial de Adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzido pelo coordenador diocesa-no do Ministério de Oração por Cura e Libertação, Tiago Ribeiro. No encerra-mento do evento, todos foram convida-dos a levar aos demais servos dos gru-pos todo o aprendizado daquele dia.

Por Julianne Batista

Mensagem do PapaA mensagem enviada pelo papa Fran-

cisco aos participantes do IV Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e do 2º Seminário Nacional de Jovens Co-municadores trouxe palavras de espe-rança em relação à comunicação digital. “É necessário que no mundo digital, o anúncio do Evangelho seja seguido pela oferta de um encontro pessoal com Cris-to, um encontro real e transformador”, diz o texto.

Inspirado pela experiência no Rio de Janeiro, o papa citou a homilia de um ano atrás e pede para “não permanecer-mos fechados na paróquia, nas nossas comunidades, na nossa instituição paro-quial ou na nossa instituição diocesana, quando tantas pessoas estão na espera do Evangelho! Sair enviados. Não é sim-plesmente abrir a porta para que ve-nham, para colher, mas é sair pela porta para buscar e encontrar!”.

O convite a sair para evangelizar foi também dirigido ao mundo digital. “Ne-nhum caminho pode, nem deve, ser obstruído, a quem, em nome de Cristo Ressuscitado, se empenha em tornar-se sempre mais solidário com o homem (…) De fato, uma pastoral no mundo di-gital é chamada a levar em consideração também aqueles que não creem, caíram no desespero e cultivam no coração o desejo do absoluto e da verdade não efê-mero, dado que as novas mídias permi-tem entrar em contato com seguidores de todas as religiões, com não-crentes e pessoas de todas as culturas.”

O papa conclui dizendo que os canais digitais são campo fundamental na nova “saída” missionária. Neste sentido, exorta os agentes da pastoral da comunicação “a unir-se, com confiança e com criativi-dade consciente e responsável, à rede de relações que a era digital tornou possível.”

Por Julianne Batista,com informações de Jovens Conectados

Foto: RCC – Diocese de Guaxupé

Foto: www.guaxupe.org.br

Encontro aconteceu em Petúnia

Padre Dênis é empossado na 85ª paróquia da Diocese Julianne, padre Antônio Spadaro e David

A comunidade do bairro Jardim Cou-ntry Club foi desmembrada totalmente da Paróquia São Sebastião. Padre Dênis Nunes Araújo assumiu como pároco.

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7Setembro/2014

CampestreNo dia 09 de agosto, a Paróquia Nos-

sa Senhora do Carmo de Campestre realizou a Assembleia Missionária em preparação às Santas Missões Popula-res que ocorrerão na Diocese.

Cerca de 140 pessoas se reuniram na capela de São Camilo para trabalhar os temas propostos: Porque Missão?; Deus é Missão; Finalidade da Missão.

Foram momentos intensos de um verdadeiro despertar missionário. Um reavivamento da essência missionária de cada cristão batizado. Todos se sen-

Retrato Missionário

Paróquias realizam Assembleias Missionárias

tiram envolvidos pela temática, partin-do do encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, desejando tornarem--se verdadeiros e autênticos Discípulos--Missionários do Pai (DAp 11).

Foi possível enxergar nos olhos daqueles que participaram um novo brilho, uma esperança nova. Segun-do Maria Helena Sartini, “Acredito que as Santas Missões Populares serão um avivamento de nossa Diocese. Será um tempo propício de sentirmo-nos Igreja, uma Igreja sonhada por Deus.”

Nossa Senhora Aparecida de AlfenasNo domingo, 3 de agosto, a Paróquia

Nossa Senhora Aparecida de Alfenas, promoveu a Assembleia Missionária Paroquial para os representantes dos setores e comunidades,com vistas ao desenvolvimento das demais etapas de formação e estruturação para as Santas Missões Populares (SMP).

Iniciada com a Celebração Eucarís-tica, o encontro teve como objetivo di-fundir a missionariedade em todos os setores da comunidade, a valorização espiritual do missionário e ainda eleger os vinte delegados que serão enviados a Guaxupé, nos dias 29 a 31 de agosto, no retiro diocesano.

Utilizando-se dos conteúdos dispo-nibilizados nos livros “A Vida é Missão” e “Santas Missões Populares”, ambos de autoria do padre Luís Mosconi, as conferências foram preparadas pelos próprios paroquianos envolvidos no processo missionário, assim como os momentos de oração e a liturgia da missa.

Preparado por voluntários da comu-nidade, o almoço tornou-se um mo-mento de partilha de vida, das experi-ências pastorais de cada participante, favorecendo o entrosamento do grupo que estará à frente das SMP na paróquia.

Sagrado Coração de Jesus de PoçosA Paróquia Sagrado Coração de Je-

sus de Poços de Caldas realizou, nos dias 01 e 02 de agosto, a Assembleia Paroquial em preparação para as San-tas Missões Populares. Centenas de pessoas estiveram presentes, num cli-

ma de muita alegria e entusiasmo. Foi oportunidade de aprofundar e conhe-cer melhor a missão e o chamado de Deus para cada um e também o grande projeto das Santas Missões Populares em toda a Diocese de Guaxupé.

AlpinópolisFoi realizada no dia 15 de Julho, no

Teatro São Paulo, a Assembleia Paro-quial para as Santas Missões Populares. Participaram representantes de todos os movimentos, pastorais, grupos e mi-nistérios da Paróquia São Sebastião de Alpinópolis.

O encontro foi dirigido por irmã Edna (Rogate) e contou também com a participação do pároco Ailton Goulart que acolheu a todos os presentes. Fez--se uma reflexão sobre o mundo atual e como mudanças são possíveis.

A todos os presentes, foi apresenta-

do o subsídio elaborado pela Diocese de Guaxupé, baseado em textos do pa-dre Luis Mosconi, sobre “O Que é Mis-são? O que é ser Missionário?”.

Os coordenadores dos setores paro-quiais apresentaram o assunto e cada um deles abordou um tema sobre as Santas Missões Populares. Depois fo-ram apresentados os 20 paroquianos escolhidos para participarem do Retiro para as Santas Missões Populares. Além destes, 10 paroquianos pertencentes à comunidade de Três Barras também fo-ram chamados ao retiro.

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Reportagem

“O cristão, permanecendo Igreja, cons-trói cidadania no mundo, ou seja, assu-me sua missão sem limites e fronteiras,

através de sua presença nas macro e mi-croestruturas que compõem o conjunto da sociedade.” É desta forma exortativa

que o recente estudo “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade” da Con-ferência Nacional dos Bispos do Brasil

convoca os leigos a exercerem sua mis-são de evangelizar toda a sociedade por seu testemunho e anúncio.

Lançado na 52ª Assembleia dos Bis-pos, em 2014, o documento propõe uma reflexão sobre as implicações do laicato na ação evangelizadora nos di-versos níveis de interação social como a política, a economia e a educação. O texto retoma a inserção do cristão na sociedade e a relevância do testemu-nho de fé, “é sempre oportuno lembrar que os cristãos são também cidadãos e, como tais, junto com as pessoas de boa vontade, devem assumir ativamente esta cidadania em toda a sua amplitu-de” (cf. DGAE 2011-2015).

Entretanto, é de suma importância considerar os desafios encontrados no mundo globalizado e que produzem uma série de configurações individu-alistas, como a violência geradora da

suspeita do outro, a cultura consumis-ta irrefletida e a satisfação hedonista do indivíduo. Assim, considera o coor-denador diocesano de pastoral, padre Henrique Neveston, “estamos vivendo em uma cultura muito acomodada, na qual a ideologia do ‘bem estar’ leva as pessoas a pensarem em si mesmas e no conforto, perdendo assim toda a dispo-sição para o comunitário e até mesmo para o trabalho voluntário.”

A organização dos leigos em torno de iniciativas não é recente. Desde o início do século XX, era perceptível a presença de associações, irmandades ou confrarias que se pautavam pela assistência social. Um desses grupos é a Ação Católica, oficializada em 1935, que difundia entre seus membros uma

nova consciência geradora de um com-promisso transformador da realidade brasileira, impregnando-a dos valores evangélicos. A partir do horizonte con-ciliar, emergem no Brasil propostas di-versas de atividades no campo social, provocando o enraizamento dos valo-res cristãos e com vistas a reconfigurar os âmbitos sociais.

Neste contexto, mais especificamen-te na década de 1960, as Comunidades Eclesiais de Base tornam-se um espaço privilegiado de comunhão entre os fiéis leigos e clérigos, imbuídos da catego-ria teológica Povo de Deus. Motivadas por esta espiritualidade encarnada es-truturam-se as Pastorais Sociais que, com sua atuação profética, modificam as situações de exclusão e injustiça e incorporam o mandato cristão na vida dos marginalizados, indo além do ne-cessário assistencialismo.

Para Luciano da Silva, de Poços de Caldas, atuante na catequese e forma-ção teológica, a dignidade humana deve ser um projeto desenvolvido por toda a comunidade cristã. “A fé não pode ser pensada sem essa dimensão pública e cada cristão tem de encontrar o modo como se concretiza a respon-sabilidade social e política que decorre da sua vivência (...) como ser cristão na Igreja e no mundo.”

Diante de sua missão formativa, o catequista difunde elementos que co-laboram na construção integral de cada fiel, como a liberdade interior, equilíbrio e serenidade para o trabalho pastoral na comunidade e que repercutam na vida de todos. “Os compromissos pro-fissionais, cívicos e sociopolíticos en-volvem a necessidade premente para que cada cristão descubra, nas mais diversas situações em que é chamado a viver, as suas possibilidades reais e a sua correspondente tarefa no que diz respeito à responsabilidade pública inerente à fé”, pondera Luciano.

Na Diocese de Guaxupé, algumas iniciativas propiciam o engajamento dos leigos na transformação social das comunidades, através do cultivo da ca-ridade fraterna. Entre elas destacam-se por sua ampla presença, a Sociedade São Vicente de Paulo, a qual acolhe pessoas carentes em diversos níveis; a Pastoral da Criança, que oferece assis-tência desde o ventre materno aos pri-meiros anos de vida e, ainda, a Pastoral da Sobriedade, que dedica sua atenção às vítimas da dependência química.

Não é o bastante diante de uma si-tuação desigual, conservada por uma indiferença e permissividade dos cris-tãos. “Nós somos muitas vezes omissos, passivos e, ainda, falta perceber que somos responsáveis por essa socieda-de, por essa política que está aí. Nossa participação e interesse pelas ações so-ciais e políticas devem nos levar a um comprometimento que nos leve a não separar nossa vida cristã da nossa vida social”, desabafa Vera Aparecida da Sil-veira, de Passos, envolvida com a for-mação cristã, pastoral da comunicação e grupos de reflexão.

A esperança não desfalece. Padre Henrique faz uma análise do envolvi-mento laical na missão evangelizadora da Igreja, “nossos leigos são conscien-tes de suas responsabilidades e veem na comunidade seu porto seguro e vivem realmente em função das ati-vidades de suas comunidades. O cris-tão constrói e transforma a sociedade, quando faz com amor e celebra, na fé, suas ações.” “Que nossa Igreja seja sinal de esperança, de paz e que as pessoas encontrem um sentido verdadeiro para suas vidas, que a comunhão , a partilha aconteça , começando nos pequenos gestos, começando em casa e, daí, sair das paredes e conseguir atingir nossa sociedade”, aspira Vera.

Por Sérgio Bernardes

Além de difundir o espírito cristão, leigos devem ser testemunhas de Cristo na comunidade humana

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9Setembro/2014

“Toda Bíblia é comunica-ção de um Deus Amor, de um Deus Irmão. É feliz quem crê na revelação, quem tem Deus no coração.”

Em outro momento, já fa-lamos sobre a Revelação de Deus na Bíblia. Uma vez que estamos no “Mês da Bíblia”, va-mos propor uma reflexão so-bre como nós, catequistas, le-mos a Palavra de Deus que foi revelada a todos “para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfei-to, preparado para toda boa obra” (2 Tm 3, 16b-17). Para começar, pensemos na Bíblia como textos. Muitas vezes, a enxergamos como um único livro e isso, em um primeiro momento, pode limitar a aná-lise desses escritos (mas, ao fi-nal, veremos como eles compõem uma unidade). Com essa nova visão, com-preenderemos a Bíblia como Palavra de Deus, mas em linguagem humana.

O Povo de Israel e a Revelação de DeusO povo de Israel vivia profunda-

mente sua fé e procurava interpretar os sinais de Deus em seu caminho. Esses sinais eram manifestados nos acon-tecimentos que lhe mostravam a pre-sença e a vontade do Deus libertador por meio de suas leis que orientavam a caminhada, na terra em que habitava, como cumprimento da Palavra de Javé a seus antepassados. Essa forma de en-carar a vida permitiu que, do meio des-se povo, surgisse a Bíblia que o guiou e a nós, traz uma luz sobre os aconte-cimentos atuais e nos ajuda a interpre-tá-los, segundo o ensinamento cristão.

Com certeza, todos nós já ouvimos falar que a Bíblia é uma biblioteca, na qual podemos encontrar todo tipo de literatura. Não podemos perder de vis-ta o ponto central de todos esses tex-tos, ou seja, compreender que Deus caminha com seu povo através da his-tória. Ou seja, o importante na leitura da Bíblia é descobrir a mensagem que o autor quis transmitir e como ela pode ajudar-nos hoje, a encontrar Deus nos acontecimentos de nossa vida.

Posturas diante da BíbliaTendo mais clara essa ideia de for-

mação da Bíblia, a pergunta que fare-mos agora não é “O que foi que acon-teceu?”, mas sim, “O que o texto quer dizer com isso?” Talvez fiquemos muito presos ao sentido mais imediato dos textos sagrados e não avançamos para águas mais profundas. Não queremos com isso dizer que o catequista tem de ser um mestre biblista, um especialista, mas é muito importante que ele se fa-

Catequese

O catequista e a leitura bíblica

miliarize cada vez mais com as Sagradas Escrituras e com sua correta interpreta-ção, que nos é transmitida pela Igreja. Afinal, é em nome dela que realizamos nosso trabalho ministerial catequético, não é mesmo?

Vejamos que posturas devemos ter quanto às Sagradas Escrituras. Primei-ramente, levemos em consideração o tempo, a cultura, a língua e o contex-to dos escritos. Se pensarmos em nós mesmos, no porquê fazemos e o que fazemos, por que sentimos o que sen-timos, por que falamos o que falamos, veremos que tudo isso depende de determinado contexto. São assim tam-bém os textos da Bíblia. Depois, deve-mos olhar a Escritura como um todo. Se dissemos que precisamos de uma aná-lise particularizada de cada texto, pre-cisamos entender que, uma vez com-preendido esse mecanismo de análise textual particular, podemos – agora de forma consciente – perceber que não há nada desvinculado na Bíblia. Toda ela tem o mesmo valor enquanto men-sagem de Deus aos homens. Assim, por exemplo, o Segundo Testamento não vale mais que o Primeiro, por mais que descreva o ápice da Revelação de Deus em Jesus Cristo.

Níveis de leituraHá vários níveis de leitura da Bíblia

e é importante que o catequista os co-nheça para auxiliar seus catequizandos e seu grupo de catequistas a encontra-rem um verdadeiro sentido nos textos e em suas vidas.

Literal: O primeiro nível seria aquele simples, que se ocupa do óbvio. É uma leitura que, muitas vezes, tende ao fun-damentalismo, ou seja, que faz a leitura “ao pé da letra”, sem se preocupar com a interpretação do sentido do texto. É

preciso tomar consciência disso para evitar que tenhamos esse procedimen-to em nossa Catequese. Ao invés de contribuir para o crescimento espiritu-al dos catequizandos, pode levar-lhes ideias erradas sobre Deus, sobre a vi-vência da fé e sobre suas próprias vidas. Espiritual: Refere-se não só ao que se liga à alma, mas ao invisível, o que está oculto, mas existe. Ou seja, há no texto coisas óbvias, mas há outras que vamos descobrindo com o tempo, “como o pai de família que tira de seu baú coisas novas e velhas” (Mt 13, 52b). Esse nível poder ser:

a) Alegórico - Não é a leitura ób-via, como no primeiro nível, mas é quando já vemos uma coisa e compreendemos outra. O mais importante não são os fatos em si, mas o seu significado. Quando, por exemplo, Jesus diz: “Farei dessas pedras filhos de Adão”, ele estava se referindo às pessoas de coração duro, como o são as pedras.b) Moral - É a leitura que leva a praticar o que compreendemos. Assim como o filho pródigo com-preendeu sua situação e, a partir daí, levantou-se e voltou para o Pai, eu também devo iluminar minha vida com a leitura das Sagradas Es-crituras e, a partir delas, agir.c) Anagógico – Leva-nos à com-paração entre pessoas da Bíblia, suas figuras, falas, comportamen-tos. Assim, podemos encontrar muitos paralelos entre as figuras de Moisés e de Jesus.

Gêneros LiteráriosTambém pode nos ajudar na com-

preensão desses níveis de leitura o co-nhecimento dos diversos gêneros lite-rários que compõem os textos bíblicos.

Cada gênero é uma forma de dizer algo, com suas caracte-rísticas próprias. Dentre vários, podemos destacar alguns, presentes na Bíblia:a) Alegoria: método de escritura e também de leitu-ra, de fácil identificação. Por exemplo, lembremos os textos iniciados com “é comparável a...”, que cumprem a mesma função literária do “era uma vez...”b) Mito: é utilizado para falar de realidades que fogem da realidade presente. É liga-do ao que entendemos por mistério; é uma verdade que não podemos explicar empi-ricamente, de forma científica, mas sem a qual não compre-endemos nossa própria exis-tência.c) Poesia: é o uso da lin-guagem figurada, quando

uma palavra quer significar outra. Vemos muito disso nos números que aparecem na Bíblia, cada qual carregado de um sentido que os supera. Assim o 7 não é apenas a representação de uma determina-da quantidade, mas significa o que é perfeito.d) Sonho / visão: veículo de trans-missão de mensagem. Muitos so-nham na Bíblia, como José no Egito (1º Testamento) ou José, esposo de Maria (2º Testamento). Para cada sonho ou visão, há uma interpreta-ção dada pelo autor do texto.e) Narrativas de milagres: estas sempre se estruturam em contar um fato – espanta – proclamar – aderir. Sua finalidade é tornar público, revelar algo. Quando as pessoas sabem do milagre, se es-pantam e vão proclamar a gran-deza daquele que o fez e vão a ele aderir.

Essas são pistas para uma melhor compreensão da Bíblia e, consequen-temente, aprimorar nossa ação na Catequese e, antes disso, nosso ser cristão. Fica aqui a sugestão de que procuremos despertar a vontade de co-nhecer mais a Bíblia com nossos cate-quizandos, nossos catequistas e nossa comunidade. Compreender mais, para melhor ajudar aqueles que encontram certo grau de dificuldade para conhe-cer o verdadeiro sentido por trás das palavras das Sagradas Escrituras. Que o Espírito Santo nos ilumine nesta em-preitada para que, mais do que com a inteligência, possamos entender a Pa-lavra de Deus com o coração. “Só ama mais e melhor quem conhece mais e melhor o amor.”

Por José Oseas Mota,professor e catequista em Guaxupé

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10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Da vida cotidianaEstava no ônibus dos jogadores

que ia a uma cidade vizinha disputar mais uma partida do torneio regional. Ao passar por aquela cidade, viu sen-tada no banco da praça uma menina que também olhou para ele. Os olha-res se cruzaram, aquele clic, aquele... Ele não conseguiu mais tirá-la do pen-samento, mas como descobrir quem era? Ela, por seu turno, sabia que o ônibus levava jogadores e começou a se interessar por futebol.

Quando o time daquela cidade veio à sua, lá estava ela firme no cam-po. Viu - como haveria de esquecer aquele rosto? - que ele era o goleiro do time. Mas não se aproximou, não conseguiu, não era hora ainda...

Ele não a esquecia, mas julgava-se esquecido. Em casa, às vezes, tocava o telefone, ele atendia, mas ninguém falava, ouvia apenas música românti-ca e suspiros. Desligava. Alguns clien-tes a mais da cidade vizinha procura-ram seus serviços. Nem notou.

Um dia, seu time de futebol é con-vidado para uma festa na cidade vizi-nha. Estranho! Mas quem sabe, ago-ra... Durante a festa, os dois se dão de frente, quase se chocam. Um “Oi!” sem graça, “Desculpa!” mais sem graça ain-da. Depois, os dois, quase ao mesmo tempo, “Como é teu nome? Você é que...?”.

Namoro, noivado, casamento. Aí vieram as explicações: O repentino in-teresse pelo futebol, como descobriu o número do telefone, os telefone-mas incapazes de falar qualquer coi-sa, como lhe mandou novos clientes, o esforço para fazer com que o con-vidassem para a festa e tudo o mais. Tudo estava explicado e tudo ganha-va sentido, muito sentido!

Alguém já viveu ou sabe de experi-ência semelhante. Pode contar?

Na Bíblia Deus se abre com a gente Tudo começou com um gru-

po de sem-terras que vivia escravi-zado no Egito. Eles fugiram da escra-vidão e, por quarenta anos, ficaram acampados numa região de deserto, tentando ocupar as terras férteis de Canaã. No princípio dessa caminha-da, contam que o líder deles, Moisés, subiu à montanha para orar e voltou com uma proposta de Deus: ele que-ria fazer uma aliança com esse pesso-al. Ele quer que eles deixem de ser um bando medroso e desorientado, para se tornar um povo organizado, a co-munidade do Senhor. Eles não tinham percebido, mas seu Deus Javé, o Deus dos fracos, tinha se mostrado mais forte do que os deuses do poderoso Egito e eles, que não passavam de escravos sem nome, agora são uma gente querida e escolhida entre todas

Bíblia

BÍBLIA, DEUS SE ABRE COM A GENTE

as nações do mundo, gente santa, rei-nado de sacerdotes.

Na proposta da Aliança (Ex 19,4-6) já aparece, como ponto de partida, algo como: “Faz tempo que eu estava de olho em vocês!” O olhar, os telefo-nemas, os clientes, o convite para a festa... “Vistes o que fiz aos egípcios, como vos carreguei como que em asas de águia e vos trouxe até mim!”

A águia faz seu ninho nos penhas-cos das mais altas montanhas. Quan-do os filhotes já adquiriram penas e precisam aprender a voar, ela os em-purra lá do alto para que debatam até conseguir voar. Para que eles não se espatifem no chão, a águia fecha as asas e mergulha no espaço, passando à frente dos filhotes que vêm se deba-tendo assustados. Em seguida, abre as imensas asas sobre eles, os recolhe e leva-os de volta para o ninho. Vocês pularam no escuro ao fugir da escra-vidão do Egito, mas não foram vocês, fui eu que os tirei de lá e eu é que os estou carregando como a águia leva os filhotes sobre as asas. Tão grande amor só poderia usar uma compara-ção bonita e romântica!

A partir de agora, a história desse povo ou bando de ex-escravos que se tornou comunidade, passa a ter sen-tido. Agora Deus está presente em tudo. O que os mais velhos contavam, deve ser contado de outro jeito. É preciso mostrar a presença do nosso Deus Javé em tudo. Agora não é mais um telefonema misterioso, um cliente novo ou um convite inexplicável.

Agora tudo tem explicação. Era Javé que estava com nossos ante-passados e estará com nossos filhos. Ele é o que é, o que era e o que vem. Saímos da escravidão, mas não fomos feitos para a escravidão. Nossa histó-ria tem um pai que nos criou e nos dá a mão e tem garantia de futuro, uma terra onde correm leite e mel.

Nos contratos de hoje, após no-mear os contratantes, o documento passa imediatamente às cláusulas contratadas. Nos antigos pactos ou contratos, não. E assim é aqui. Antes de qualquer cláusula, vem um pró-logo histórico para relembrar o que aconteceu e motivou o atual contrato, pacto ou aliança. Como na história de um grande amor, primeiro acontecem coisas e gestos quase imperceptíveis que, depois de revelados, crescem de importância ou tamanho.

É preciso revelar esses gestos. Será preciso contar e recontar inúmeras vezes. Não faz mal se há algum exa-gero cada vez que se conta e reconta. Isso acontece porque o amor é gran-de demais! Foi assim que Javé entrou nas tradições e na história desse povo que nos escreveu a Bíblia.

Como é que o bando vai se tornar comunidade, povo santo, gente es-colhida, reinado de sacerdotes? Para isso, vêm os mandamentos ou estipu-lações particulares da aliança ou con-trato. Os mandamentos não visam a reger a vida particular dos indivíduos. Seu objetivo é organizar o povo em comunidade fraterna. Quarenta anos

acampado no deserto, será uma boa oportunidade para aprender a auste-ridade, que economiza para o bem de todos e o respeito de uns aos outros. A história do maná é emblemática (um símbolo), ninguém podia reco-lher mais do que o necessário para o dia de hoje, era proibido estocar e, muito mais ainda, negociar comida. E para quem recolhia pouco, não fal-tava; para quem recolhia muito, não sobrava.

E as histórias do povo contadas, cantadas e recontadas, assim como as leis que Deus lhes dera para que se organizassem como comunidade, um dia passaram a ser escritas, pois como qualquer contrato sério, as an-tigas alianças também precisavam ser escritas. Daí, nasceu a Bíblia.

Primeiro veio a comunidade, de-pois a Bíblia. Melhor, primeiro um povo escravo e sem terra, fugindo da opressão, depois a Aliança, o encon-tro ou namoro com Deus no deserto, depois as lembranças do passado e as esperanças do futuro e um Deus pa-querador, sempre presente em tudo, ontem, hoje, amanhã. Em seguida, as mesmas histórias escritas, “olhando o passado pra animar o presente em rumo ao futuro.”

Não faz mal contar a mesma his-tória mais de uma vez. A cada vez, o presente que se precisa animar é dife-rente, como diferente é o futuro que se espera. Assim, a maneira de olhar o passado pode e deve mudar sempre. O que se quer contar é a mesma coisa: nosso Deus, o Deus dos pobres, dos fracos é mais forte do que os deuses dos poderosos. E ele faz uma aliança com a gente, ele está do nosso lado, ele nos acompanha há muito tempo e, principalmente, ele ainda nos fala hoje através das histórias do passado. Na Bíblia, todos os dias de novo, ele se abre com a gente.

Assim, o papo de Deus com a gen-te, na Bíblia, é menos uma vidraça que deixa olhar para o passado e mui-to mais um espelho para hoje; é mui-to menos um milagre, uma maravilha passada a ser admirada, e muito mais um sinal, uma seta a apontar para o futuro. Como em qualquer história de amor, o que importa é admirar o amor que transforma um fato rotineiro ou de mera coincidência num grande milagre, uma grande maravilha, pois maravilha maior do que o amor não há. E o amor não morreu.

Por padre José Luiz Gonzaga do Prado, biblista e escritor, professor na Faculdade

Católica de Pouso Alegre. Mora em Nova Resende

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11Setembro/2014

Atualidade

A IGREJA E AS ELEIÇÕES 2014

Em 27 de março de 2014, em homilia feita para cerca de 500 parlamentares italianos, no Vaticano, o Papa Francisco, referindo-se aos textos da Sagrada Es-critura lidos naquela celebração, men-cionou a classe dirigente da época — os doutores da lei, os fariseus — que estavam à frente do povo.

Assim, realça o Papa, “de pecado-res que eram, acabaram se tornando corruptos. É muito difícil que um cor-rupto consiga voltar atrás. O pecador sim, porque o Senhor é misericordioso e nos espera a todos. Mas o corrupto vive obstinado com as suas coisas, e eles eram corruptos. Era por isso que se justificavam, porque Jesus, com a sua simplicidade, incomodava.”

A Igreja e a PolíticaO Papa Francisco escreveu recen-

temente: “Ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocuparmos com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciarmos sobre os acontecimentos que interessam aos ci-dadãos. Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – com-porta sempre um desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a ter-ra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela.”

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sempre se manifestou sobre questões políticas. Basta acom-panhar a vida política do Brasil com im-parcialidade para se contatar a grande contribuição da Igreja para o aperfeiço-amento da vida democrática no Brasil e a lisura das suas instituições.

Cartilhas e DebatesNo Brasil, a Igreja Católica adotou a

prática de elaboração de textos e car-tilhas, a fim de conscientizar os eleito-res sobre a responsabilidade do voto. O objetivo é ajudar o povo a formar uma consciência cidadã e dialogar sobre o processo político em nossos municí-pios, estados e país.

No dia a dia das comunidades cris-tãs, realizam-se debates, palestras, fóruns com a participação de especia-listas e lideranças sobre temas e reali-dades da vida sociopolítica, econômi-ca, jurídica e cultural.

Lei 9.840/1999: Contra a Corrupção Eleitoral

A criação da Lei 9.840, de 1999, con-tra a corrupção eleitoral, teve a coorde-nação nacional da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), da CNBB. Essa lei tem se mostrado eficaz na moralização

eleitoral. Ela determinou o acréscimo do artigo 41-A na Lei 9.504/1997, para possibilitar a cassação do registro ou do diploma e aplicação de multa de aproximadamente R$100.000,00 aos candidatos que praticarem a corrupção eleitoral na modalidade de compra de votos.

Lei da “Ficha Limpa”Ela se originou de um projeto de

lei de iniciativa popular, idealizado por integrantes do MCCE, destacando-se a CNBB, a CBJP, a Cáritas e a OAB Na-cional. Reuniu cerca de 1,3 milhões de assinaturas, com o objetivo de impedir a candidatura de pessoas sem idonei-dade. A participação ativa das comu-nidades católicas na campanha pelas assinaturas foi fundamental.

Nas eleições de 2012, a primeira sob o efeito da Lei da “Ficha Limpa”, houve mais de 1.500 casos de cassação de candidaturas no país.

Uma bancada católicaA Igreja sempre defenderá os direi-

tos, sobretudo dos pobres, e a vida, em todas as situações. Não cairá, no entan-to, na tentação de articular a formação de uma bancada parlamentar católica que tenha feições confessionais. Dei-xando-se guiar sempre pela conduta ética, a Igreja se esforçará para que os fiéis tenham plena consciência de seus deveres para com a sociedade e não se limitará a defender seus interesses ins-titucionais.

Recomendações para os eleitores O poder político provém do povo:

seu voto contribui para definir a vida política do nosso País. O exercício do poder é um serviço ao povo: verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões populares.

Governar é promover o bem co-mum: veja se os candidatos e seus par-tidos estão comprometidos com a justi-ça e a solidariedade social, a segurança pública, a superação da violência, a jus-tiça no campo, a dignidade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até a morte natural. Esses são valores irrenunciáveis para o convívio social.

O bom governante governa para todos: observe se os candidatos repre-sentam o interesse apenas de seu gru-po ou se pretendem promover políticas que beneficiem a todos.

O homem público deve ter idonei-dade moral: dê seu voto apenas a can-didatos com “ficha limpa”.

Voto não é mercadoria: fique aten-to à prática da corrupção eleitoral, ao

abuso do poder econômico, à compra de votos.

Voto consciente não é troca de fa-vores, mas uma escolha livre: procu-re conhecer os candidatos, sua histó-ria pessoal, suas ideias e as propostas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados. A religião perten-ce à identidade de um povo: vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.

A família é a base da sociedade: ajude a promover, com seu voto, a pro-teção da família contra todas as amea-ças à sua missão e identidade natural. A sociedade que descuida da família destrói as próprias bases.

Votar é importante, mas ainda não é tudo: acompanhe, depois das elei-ções, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e par-lamentares.

Então, quem escolher? Votar em quem...

- apresenta uma sincera adesão aos valores cristãos, efetiva com-petência política e reconhecida ca-pacidade de liderança; - defende a vida, desde a concep-ção até o seu fim natural e a digni-dade do ser humano;- defende a família, segundo o pla-no de Deus; - possui histórico de comprometimento com as causas dos mais necessitados;- garante a liberdade de educação e a salvaguarda do ensino religioso confessional e plural; - é coerente em relação ao seu discurso e atitu-des (escolha pessoas que possuem vínculos com a Igreja, demonstra-dos antes da campanha eleitoral);- manifesta um comportamento público que inspira confiança e

credibilidade. Não votar em quem:

- é reconhecidamente desonesto;- promete fazer aquilo que não é de sua competência;- o dito popular “ele rouba, mas faz” não pode prevalecer na mente e no coração dos cristãos compro-metidos com o bem;- só aparece no tempo da campa-nha. Neste campo, é preciso tomar cuidado com os candidatos que se utilizam da potencialidade dos ca-tólicos para se promover;- não vote naquele que se mostra como político profissional: está no poder há muito tempo e nada faz de concreto para o povo; - muda frequentemente de partido, sem-pre conforme suas conveniências;- político “engomadinho” que fala bonito, se apresenta bem, mas não tem conteúdo em suas propostas; - não mude sua opinião em razão de pesquisas eleitorais.

Cuidado com a propaganda eleitoral na igreja

O artigo 37, da Lei 9 504, de 1997 (Lei das Eleições) proíbe a propaganda eleitoral em bens públicos de uso co-mum, como ruas, praças, muros, postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus.

Sucede que a mesma norma (§4º) entende que os templos de qualquer culto também são considerados bens públicos de uso comum, proíbe a distri-buição de propaganda e a menção do nome de candidatos nas missas, cultos e qualquer evento religioso.Leia na íntegra em: http://cnbbs2.org.br/

Texto parcial da Cartilha de Orientação Política da CNBB Sul 2

Somos corresponsáveis pelo futuro de nosso país

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12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Setembro

Comemorações de Setembro

1 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros em Areado3 Diocese: Reunião dos Juízes Auditores da Câmara Eclesiástica em Guaxupé4 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbiteros.8-11 Retiro dos Presbíteros em São Pedro - SP12 Setor Poços: Reunião dos Presbíteros na paróquia São José em Botelhos12-14 Assembleia Regional dos GED’s (Cursilho) Leste II em Governador Valadares13 Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em Guaxupé Reunião do Setor Juventude em Guaxupé Reunião Diocesana da Pastoral da Criança em Poços Reunião do Setor Famílias em Guaxupé14 Diocese: Encontro Diocesano dos MECEs Congresso do Infanto-Juvenil da Mãe Rainha no Santuário de Poços15 Festa de Nossa Senhora das Dores, Padroeira da Diocese

Natalício01 Pe.Donizete de Brito05 Pe.José Ronaldo Rocha 06 Mons. Hilário Pardini

12 Pe. Juliar Nava, MI15 Pe.Carlos MirandaOrdenação11 Pe.Claiton Ramos

13 Pe. Glauco Siqueira dos Santos15 Pe.Benedito Donizetti Vieira19 Dom José Lanza Neto (episcopal)28 Pe. Pedro Alcides de Souza

17 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros em Itaú de Minas18 Diocese: Reunião do Conselho de Presbítero em Guaxupé19-21 Diocese: Congresso Diocesano da RCC Visita Pastoral na Paróquia São Sebastião em Alfenas21 Diocese: Assembleia Diocesana do GED de Guaxupé em Guaxupé25 Diocese: Encontro Diocesano de Secretárias(os) em Guaxupé Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros em São Tomás de Aquino26-28 Visita Pastoral na Paróquia N. Sra. Do Carmo em Paraguaçu27 Setores Guaxupé, Passos e Paraíso: Reunião de Coord. Paroquiais de Catequese Setor Areado: Reunião do Conselho Diocesano do ECC28 Diocese: 5º Encontro Diocesano dos Grupos de Reflexão em Guaxupé Setores Poços, Alfenas e Areado: Reunião de Coord. Paroquiais de Catequese Reunião dos agentes do SAV

Era o ano de 1999, quando a Paróquia Sagrado Coração de Jesus foi criada em Poços de Caldas. Logo que chegou, o pa-dre italiano, Graciano Cirina já sentia no coração o desejo de desenvolver algum projeto social que realmente colaborasse para melhorar a vida das pessoas da co-munidade dos bairros em torno da pa-róquia. O sonho se tornou real em 2007, quando surgiu a Associação de Promo-ção Humana e Ação Social (APHAS).

O objetivo da APHAS é a prestação direta de apoio às crianças, aos adoles-centes, aos jovens e, por consequência, à família como um todo. Mais de 20 volun-tários e alguns funcionários trabalham de maneira a reintegrá-las na comunidade, criando condições para uma vida mais digna. Atualmente, em parceria com ins-tituições públicas e empresas privadas, existem vários projetos sociais que, se-gundo o padre que também é o diretor da entidade, atendem diretamente cerca de 250 crianças.

A APHAS está instalada em sede pró-pria, localizada no São José, o bairro mais carente dentre os que compõem a paró-quia Sagrado Coração de Jesus. Grande parte de sua população ainda se encon-tra à margem da sociedade local. Já existe no bairro uma rede socioeducativa, que abriga e atende crianças e adolescentes, mas não é suficiente para afastá-los da disseminação do uso e tráfico de drogas. Diante dessa realidade, a APHAS tem a finalidade fundamental de prestação di-reta de apoio e resgate.

De acordo com padre Graciano, em-bora os projetos tenham nascido no seio de uma comunidade católica, os traba-lhos desenvolvem-se de forma ecumêni-ca. Não há nenhum tipo de distinção de

RETRATO SOCIAL

Em Poços de Caldas, associação atende mais de 250 crianças e suas famílias

religião, sexo, idade, cor ou origem étnica.Escola de Música

Através da convivência social do aprendizado musical, dos ensaios, das apresentações e do acompanhamento profissional, a proposta é revelar e culti-var valores relevantes à formação da per-sonalidade e valorização da autoestima, além da lapidação do espírito musical, artístico e estético dos participantes. Mais de 30 crianças e adolescentes, de 08 a 16 anos frequentam as aulas.Futebol

A Escola de Futebol atende 120 pesso-as e funciona com o apoio de voluntários da APHAS. O projeto envolve crianças e adolescentes de 8 a 18 anos, em situação de vulnerabilidade social. Além de ativi-dades de treinamento, as crianças partici-pam de campeonatos regionais por faixa etária. Se essa rua fosse minha

Um grupo de líderes conduz um tra-

balho socioeducativo com mais de 80 crianças e adolescentes, que toda sema-na se reúnem para se conscientizarem sobre educação ambiental e outros as-suntos, com profissionais voluntários. As crianças já contaram com parcerias da Po-lícia Militar para plantar árvores no bairro São José, fizeram grafitagem, visitaram a Câmara Municipal e as Thermas Antônio Carlos, tiveram encontros com médicos, psicólogos e outros profissionais. O pro-jeto conta com dentistas voluntários que trabalham com a saúde bucal das crian-ças. Em parceria com a Caixa Econômica Federal, reformou algumas casas que es-tavam em condições precárias.Estação Digital

Em novembro de 2011, a APHAS fir-mou um convênio com a Fundação do Banco do Brasil, com o objetivo de im-plantar e desenvolver o projeto de Esta-ção Digital. A ideia é promover o acesso às tecnologias da informação e comuni-

cação. São também administrados cursos básicos de informática. A Estação Digital está disponível a toda a comunidade.Menino Quero

A Casa Família atende 10 jovens que fizeram da rua seu espaço, portanto sem moradia e que, por desejarem mudanças em sua perspectiva de vida, querem par-ticipar de livre e espontânea vontade da Casa de Acolhida. Esta conta com uma ampla e competente equipe profissional que acompanha os atendidos 24 horas e em todas as atividades escolares, de lazer e esportivas. A equipe é gerenciada por uma diretora e inclui assistente social, psicóloga e monitores diários e noturnos. O projeto é realizado em parceria com a Prefeitura de Poços de Caldas, através da Secretaria de Promoção Social.De Mãos Dadas

Um grupo de mulheres se reúne to-das as semanas para produzir artesana-tos como bordados, costuras, pinturas e para se socializar. O produto artesanal é vendido em bazares beneficentes e feiras que acontecem na cidade. A renda é re-vertida para os projetos da APHAS e para custear o material necessário.Escola de Informática

Outro convênio firmado pela entida-de é com o Instituto Stefanini, para pro-mover a formação profissional básica de jovens e adultos, tendo em vista a quali-ficação para o trabalho. Essa ação dimi-nui a exclusão social e digital através da divulgação de informações e disponibili-zação de acesso a recursos tecnológicos. Cerca de 60 alunos são atendidos.Cestas Básicas

Na busca de atender às demandas da comunidade do bairro São José e ad-jacências, a APHAS firmou convênio com a Prefeitura de Poços de Caldas. Mensal-mente, são entregues 50 cestas básicas. É um projeto de caráter emergencial que pretende o resgate e desenvolvimento da capacidade de produzir e se autossus-tentar das famílias.

Se você deseja conhecer mais, con-tribuir financeiramente ou se tornar um voluntário deste projeto social, envie um e-mail para [email protected] ou entre em contato pelo telefone (35) 3721-3540.

Por Julianne Batista