CRISE ECONÔMICA A receita neoliberalantena joão de barro outubro/2008 3 SANTIAGO? 138,9 mil? ?...

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ponto de vista joão de barro outubro/2008 2 CRISE ECONÔMICA A receita neoliberal João de Barro - Qual a origem da quebradeira dos bancos norte-americanos? Sérgio Kapron - A um pri- meiro olhar encontramos a cha- mada crise das hipotecas do mercado imobiliário. Mas ago- ra fica mais nítido que ela foi como uma febre ou uma ferida que eclode em um corpo. Não passa de um sintoma, visível aos olhos, mas longe de ser a causa da doença. Pois se a crise hipo- tecária apareceu como um ex- cesso de endividamento dos nor- te-americanos, que sonharam com a casa própria a juros mó- dicos, sua causa revelou o des- controle do governo americano sobre o sistema financeiro. Mais do que isto, revelou as con- seqüências da ideologia e das políticas que implementaram, desde o fim dos anos 70: a desregulamentação dos merca- dos e a permissão de todos os excessos e liberalidades de ação dos capitais financeiros e seus operadores. Em nome da 'liber- dade', se fez um mega mercado de especulação e criação de papéis, literalmente papéis, que movimentaram trilhões de dóla- res, mas não geraram bens re- ais. Uma espécie de criação de riqueza, sem que a humanidade tivesse seu correspondente em bens e serviços que satisfaçam necessidades reais. E, é claro, riquezas financeiras que ficaram bem concentradas, com poucos afortunados. Penso que a ori- gem de mais esta crise está na essência desequilibrada da eco- nomia capitalista. Mais desequi- librada quando não tem um mí- nimo de regulação e de contro- le social. Pior ainda, quando lar- gada ao interesse da especula- ção financeira, do fazer mais dinheiro apenas com dinheiro. João de Barro - A crise financeira dos Estados Unidos afetará outras na- ções, inclusive o Brasil? Kapron - Esta crise não é apenas dos EUA. Lá está seu epicentro, porque lá está o cen- tro das finanças globais e o go- verno mais forte para amparar os capitais mundiais. Não há dú- vidas que a crise se alastrará. A grande incógnita, até o momen- to, é o quanto ela afetará a eco- nomia real, ou seja, as decisões e capacidades de investimento, de produção, de geração de empregos. As empresas do mundo inteiro, inclusive no Bra- sil, ainda não sabem o quanto de seu capital, que elas pensam existir realmente, vai virar pó. E a partir daí outras conseqüên- cias, como governos que terão que socorrer empresas e bancos ao invés de promover políticas de rendas e de desenvolvimento. João de Barro - Que tipo de perigo os trabalhadores podem enfrentar? Kapron- Os trabalhadores dependem do emprego, da pro- dução, da renda gerada através do trabalho. Toda essa confu- são, ao certo, vai reduzir o cha- mado crescimento da economia, no mundo inteiro. A economia brasileira exportará menos, as empresas daqui investirão me- nos e o resultado são menos empregos e menos renda. Al- guns governos encontrarão mais argumentos para aprofundar ajustes fiscais, investir menos em serviços públicos. Isto só piora a vida dos trabalhadores. João de Barro - O neo- liberalismo defende o livre mercado, mas na hora do 'aperto' é socorrido pelo Estado. Kapron - O princípio da li- berdade para a vida, para o ple- no desenvolvimento dos seres humanos, tem sido usado eco- nômica e ideologicamente para sustentar a desigualdade social. Porque a liberdade de um tra- balhador, que só tem o seu tra- balho, é incomparável com a li- berdade dos detentores de grandes fortunas. Sustentar a ideologia do livre mercado, im- plantar políticas e instituições que amparem uma suposta liber- dade, nada mais é do que legiti- mar e aprofundar a desigualda- de. Penso que é o que há de mais antidemocrático. Porque uma simples pessoa não tem o mesmo poder que qualquer controlador das fortunas finan- ceiras. A desigualdade e a antidemocracia a que me refi- ro, ficam explícitas, quando to- dos somos chamados, através do Estado, a socializar os preju- ízos provocados pelos poucos beneficiados pelo jogo das fi- Sérgio Kapron é econo- mista e professor universi- tário. Mestre em Desenvol- vimento Econômico, com atuação em gestão de po- líticas públicas, assessoria e apoio a projetos econô- micos e sociais. Nesta en- trevista ao João de Barro, Kapron fala sobre a crise econômica mundial. nanças. João de Barro - Os ban- cos brasileiros culpam a crise financeira norte-ame- ricana na hora de negoci- ar com seus empregados melhores salários e condi- ções de trabalho. Qual a relação? Kapron - Parece-me que esta é a desculpa da ocasião. Os grandes lucros realizados pelos bancos brasileiros já são uma boa base para a negociação com os trabalhadores. Já existem. O que se trata é da negociação, ou da luta, para dividir uma parte da riqueza gerada pela socieda- de, já concentrada pelos ban- queiros e seus investidores. Não é admissível que os trabalhado- res não possam agora receber aumentos sob o pretexto de pos- síveis resultados futuros negati- vos. Até porque, no Brasil os bancos nunca perdem. João de Barro - A crise atual pode ser comparada a de 1929? Kapron - Ainda não sabe- mos toda a extensão sobre a economia real para sabermos se terá a mesma magnitude. Mas enquanto desregramento finan- ceiro dos mercados e predomí- nio de ideários liberais, o mer- cado capitalista está expondo mazelas comparáveis. Neoliberalismo volver? Selvino Heck Escrevo no dia em que as- sassinaram Che na Bolívia*. Numa análise de conjuntura de 1995 escrevi da modernização conservadora que FHC faria no Brasil. Assim aconteceu. A pro- posta neoliberal conquistara co- rações e mentes no mundo in- teiro, apresentando-se como al- ternativa ao socialismo real que ruíra anos antes, e prometendo o paraíso. 2008, e a ‘modernização con- servadora’ mostra sua inconsis- tência e perversidade. O Esta- do mínimo foi para o espaço, os valores neoliberais estão mor- tos, o livre mercado se escafe- deu e a busca desenfreada do lucro e do enriquecimento dei- xa amargas lembranças. Abro os jornais e leio "Fim de linha: estatização em massa" (Vinícius Torres Freire, FSP, 07.10.08, B4) : "A solução estatizante terminal foi apresen- tada da maneira mais simples e direta num editorial do diário fi- nanceiro britânico Financial Ti- mes, mas está por toda parte: 1) os governos devem obrigar os credores a transformar os cré- ditos que têm a receber dos ban- cos em participação no capital dessas instituições financeiras; 2) governos têm de comprar bancos alquebrados que ainda podem ser salvos". Todos os que criticávamos nos anos 90 o neoliberalismo deveríamos estar batendo pal- mas. Não necessariamente é assim. Primeiro: como em toda crise quem mais sofre são os pobres e os trabalhadores. Em- pregos rareiam, renda e salári- os caem, serviços públicos per- dem qualidade. Segundo: países e povos sul-americanos que re- agiram quase em bloco à insa- nidade do mercado livre e da opulência sem limites, com a eleição de governantes à es- querda, poderão sofrer os refle- xos da crise provocada pelos poderosos do Norte, embora sobre ela não tenham nenhuma responsabilidade e pouca inge- rência nos seus rumos. Mas abre-se espaço para um novo desenho no poder mundial, o que não deixa de ser bom. No- vas forças emergem, como a China, a Índia, o Brasil, a Rússia, o chamado BRIC (**), mais a África do Sul, as Coréias e o con- junto da América Latina. Em tem- pos de crise, o império perde po- der e/ou precisa reparti-lo, seja nas instituições multilaterais como o Conselho de Segurança da ONU, o FMI e suas regras, a OMC, a ampliação do G-7, seja nas rela- ções econômicas e comerciais. Os valores capitalistas neoliberais também estão sen- do questionados, até pelo papa. Segundo Bento 16, a crise mos- tra a futilidade do êxito e do di- nheiro e que muitos fazem suas construções ‘sobre areia’. É, pois, oportunidade de colocar em xeque valores inculcados no conjunto da sociedade, especi- almente na juventude, de que o capitalismo é a única possibili- dade, de que o que vale é di- nheiro no bolso, que a regra bá- sica é competir para vencer, de que governos só atrapalham. É momento de mostrar a necessi- dade urgente da construção de uma nova ordem econômica e social, que os valores da justiça social, da igualdade, da solidari- edade, da partilha, da ética na política ainda têm sentido e que na verdade são eles que podem salvar o mundo e a humanidade. Se o neoliberalismo fracas- sou na vida e na prática, pode- mos construir um tempo novo, reafirmando o papel do Estado, requalificando a democracia e, principalmente, recolocando o homem, a mulher, o respeito à natureza e ao meio ambiente no centro da vida e do futuro. Nota da Redação * Che Guevara foi assassinado em 9 de outubro de 1967. ** BRIC é uma sigla criada para se referir aos quatro maiores países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Selvino Heck é assessor es- pecial da Presidência da Re- pública. Texto publicado originalmente em www.adital.org.br Arquivo Pessoal

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ponto de vista joão de barro outubro/2008 2

CRISE ECONÔMICA

A receita neoliberalJoão de Barro - Qual a

origem da quebradeira dosbancos norte-americanos?

Sérgio Kapron - A um pri-meiro olhar encontramos a cha-mada crise das hipotecas domercado imobiliário. Mas ago-ra fica mais nítido que ela foicomo uma febre ou uma feridaque eclode em um corpo. Nãopassa de um sintoma, visível aosolhos, mas longe de ser a causada doença. Pois se a crise hipo-tecária apareceu como um ex-cesso de endividamento dos nor-te-americanos, que sonharamcom a casa própria a juros mó-dicos, sua causa revelou o des-controle do governo americanosobre o sistema financeiro.Mais do que isto, revelou as con-seqüências da ideologia e daspolíticas que implementaram,desde o fim dos anos 70: adesregulamentação dos merca-dos e a permissão de todos osexcessos e liberalidades de açãodos capitais financeiros e seusoperadores. Em nome da 'liber-dade', se fez um mega mercadode especulação e criação depapéis, literalmente papéis, quemovimentaram trilhões de dóla-res, mas não geraram bens re-ais. Uma espécie de criação deriqueza, sem que a humanidadetivesse seu correspondente embens e serviços que satisfaçamnecessidades reais. E, é claro,

riquezas financeiras que ficarambem concentradas, com poucosafortunados. Penso que a ori-gem de mais esta crise está naessência desequilibrada da eco-nomia capitalista. Mais desequi-librada quando não tem um mí-nimo de regulação e de contro-le social. Pior ainda, quando lar-gada ao interesse da especula-ção financeira, do fazer maisdinheiro apenas com dinheiro.

João de Barro - A crisefinanceira dos EstadosUnidos afetará outras na-ções, inclusive o Brasil?

Kapron - Esta crise não éapenas dos EUA. Lá está seuepicentro, porque lá está o cen-tro das finanças globais e o go-verno mais forte para ampararos capitais mundiais. Não há dú-vidas que a crise se alastrará. Agrande incógnita, até o momen-to, é o quanto ela afetará a eco-nomia real, ou seja, as decisõese capacidades de investimento,de produção, de geração deempregos. As empresas domundo inteiro, inclusive no Bra-sil, ainda não sabem o quanto deseu capital, que elas pensamexistir realmente, vai virar pó.E a partir daí outras conseqüên-cias, como governos que terão quesocorrer empresas e bancos aoinvés de promover políticas derendas e de desenvolvimento.

João de Barro - Que tipode perigo os trabalhadorespodem enfrentar?

Kapron- Os trabalhadoresdependem do emprego, da pro-dução, da renda gerada atravésdo trabalho. Toda essa confu-são, ao certo, vai reduzir o cha-mado crescimento da economia,no mundo inteiro. A economiabrasileira exportará menos, asempresas daqui investirão me-nos e o resultado são menosempregos e menos renda. Al-

guns governos encontrarão maisargumentos para aprofundarajustes fiscais, investir menosem serviços públicos. Isto sópiora a vida dos trabalhadores.

João de Barro - O neo-liberalismo defende o livremercado, mas na hora do'aperto' é socorrido peloEstado.

Kapron - O princípio da li-berdade para a vida, para o ple-no desenvolvimento dos sereshumanos, tem sido usado eco-nômica e ideologicamente parasustentar a desigualdade social.Porque a liberdade de um tra-balhador, que só tem o seu tra-balho, é incomparável com a li-berdade dos detentores degrandes fortunas. Sustentar aideologia do livre mercado, im-plantar políticas e instituiçõesque amparem uma suposta liber-dade, nada mais é do que legiti-mar e aprofundar a desigualda-de. Penso que é o que há demais antidemocrático. Porqueuma simples pessoa não tem omesmo poder que qualquercontrolador das fortunas finan-ceiras. A desigualdade e aantidemocracia a que me refi-ro, ficam explícitas, quando to-dos somos chamados, atravésdo Estado, a socializar os preju-ízos provocados pelos poucosbeneficiados pelo jogo das fi-

Sérgio Kapron é econo-mista e professor universi-tário. Mestre em Desenvol-vimento Econômico, comatuação em gestão de po-líticas públicas, assessoriae apoio a projetos econô-micos e sociais. Nesta en-trevista ao João de Barro,Kapron fala sobre a criseeconômica mundial.

nanças.

João de Barro - Os ban-cos brasileiros culpam acrise financeira norte-ame-ricana na hora de negoci-ar com seus empregadosmelhores salários e condi-ções de trabalho. Qual arelação?

Kapron - Parece-me queesta é a desculpa da ocasião. Osgrandes lucros realizados pelosbancos brasileiros já são umaboa base para a negociação comos trabalhadores. Já existem. Oque se trata é da negociação, ouda luta, para dividir uma parteda riqueza gerada pela socieda-de, já concentrada pelos ban-queiros e seus investidores. Nãoé admissível que os trabalhado-res não possam agora receberaumentos sob o pretexto de pos-síveis resultados futuros negati-vos. Até porque, no Brasil osbancos nunca perdem.

João de Barro - A criseatual pode ser comparadaa de 1929?

Kapron - Ainda não sabe-mos toda a extensão sobre aeconomia real para sabermos seterá a mesma magnitude. Masenquanto desregramento finan-ceiro dos mercados e predomí-nio de ideários liberais, o mer-cado capitalista está expondomazelas comparáveis.

Neoliberalismo volver?Selvino Heck

Escrevo no dia em que as-sassinaram Che na Bolívia*.Numa análise de conjuntura de1995 escrevi da modernizaçãoconservadora que FHC faria noBrasil. Assim aconteceu. A pro-posta neoliberal conquistara co-rações e mentes no mundo in-teiro, apresentando-se como al-ternativa ao socialismo real queruíra anos antes, e prometendoo paraíso.

2008, e a ‘modernização con-servadora’ mostra sua inconsis-tência e perversidade. O Esta-do mínimo foi para o espaço, osvalores neoliberais estão mor-tos, o livre mercado se escafe-deu e a busca desenfreada dolucro e do enriquecimento dei-xa amargas lembranças.

Abro os jornais e leio "Fimde linha: estatização em massa"

(Vinícius Torres Freire, FSP,07.10.08, B4): "A soluçãoestatizante terminal foi apresen-tada da maneira mais simples edireta num editorial do diário fi-nanceiro britânico Financial Ti-mes, mas está por toda parte: 1)os governos devem obrigar oscredores a transformar os cré-ditos que têm a receber dos ban-cos em participação no capitaldessas instituições financeiras;2) governos têm de comprarbancos alquebrados que aindapodem ser salvos".

Todos os que criticávamosnos anos 90 o neoliberalismodeveríamos estar batendo pal-mas. Não necessariamente éassim. Primeiro: como em todacrise quem mais sofre são ospobres e os trabalhadores. Em-pregos rareiam, renda e salári-os caem, serviços públicos per-

dem qualidade. Segundo: paísese povos sul-americanos que re-agiram quase em bloco à insa-nidade do mercado livre e daopulência sem limites, com aeleição de governantes à es-querda, poderão sofrer os refle-xos da crise provocada pelospoderosos do Norte, emborasobre ela não tenham nenhumaresponsabilidade e pouca inge-rência nos seus rumos.

Mas abre-se espaço para umnovo desenho no poder mundial,o que não deixa de ser bom. No-vas forças emergem, como aChina, a Índia, o Brasil, a Rússia,o chamado BRIC (**), mais aÁfrica do Sul, as Coréias e o con-junto da América Latina. Em tem-pos de crise, o império perde po-der e/ou precisa reparti-lo, seja nasinstituições multilaterais como oConselho de Segurança da ONU,

o FMI e suas regras, a OMC, aampliação do G-7, seja nas rela-ções econômicas e comerciais.

Os valores capitalistasneoliberais também estão sen-do questionados, até pelo papa.Segundo Bento 16, a crise mos-tra a futilidade do êxito e do di-nheiro e que muitos fazem suasconstruções ‘sobre areia’. É,pois, oportunidade de colocar emxeque valores inculcados noconjunto da sociedade, especi-almente na juventude, de que ocapitalismo é a única possibili-dade, de que o que vale é di-nheiro no bolso, que a regra bá-sica é competir para vencer, deque governos só atrapalham. Émomento de mostrar a necessi-dade urgente da construção deuma nova ordem econômica esocial, que os valores da justiçasocial, da igualdade, da solidari-

edade, da partilha, da ética napolítica ainda têm sentido e quena verdade são eles que podemsalvar o mundo e a humanidade.

Se o neoliberalismo fracas-sou na vida e na prática, pode-mos construir um tempo novo,reafirmando o papel do Estado,requalificando a democracia e,principalmente, recolocando ohomem, a mulher, o respeito ànatureza e ao meio ambiente nocentro da vida e do futuro.

Nota da Redação* Che Guevara foi assassinado em

9 de outubro de 1967.** BRIC é uma sigla criada para

se referir aos quatro maiores paísesemergentes: Brasil, Rússia, Índia eChina.

Selvino Heck é assessor es-pecial da Presidência da Re-pública.

Texto publicado originalmenteem www.adital.org.br

Arquivo Pessoal

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joão de barro outubro/2008 3antena

?SANTIAGO

? ?138,9 mil

PÁGINAS

www.apcefrs.org.brPágina da Associação do Pesso-

al da Caixa Econômica Federal. In-formações e uma série de serviços à dis-posição dos associados.

www.feebrs.org.brPágina da Federaçãodos Bancários do RS.

www.contrafcut.org.brPágina da Confederação Nacional dos

Trabalhadores do Ramo Financeiro.

www.fenae.org.brPágina da Federação Nacionaldos Empregados da Caixa.

Página do Sindicato dos Bancáriosde Porto Alegre.

www.sindbancarios.org.br

www.funcef.com.brPágina da Fundação dosEconomiários Federais.

Valorizaçãodo cinema

www.moradiaecidadania.org.brPágina da ONG Moradia e Cidadania dosEmpregados da Caixa.

8 de novembro2° BOTEQUIM DO ESPORTE E

FESTA DO CHOPE22 horas

Ginásio de Esportes da APCEF (Av. Cel. Marcos, 627)Convites na secretária da APCEF

Telefone 51 3268 1611

Simpósio Nacional

Constituição cidadãA Constituição de 1988 completou 20

anos de sua promulgação no dia 5 de outu-bro. Conhecida como a Constituição Ci-dadã, fez aniversário justamente no dia emque os brasileiros exerciam um dos sím-bolos da democracia: a eleição de seusrepresentantes para o Executivo elegislativo municipal.

Inscrições para o FSMAs inscrições para o Fórum Social

Mundial 2009 já podem ser realizadas noendereço www.fsm2009amazonia.org.br

O FSM será realizado em Belém,Pará, de 27 de janeiro a 1° de fevereirodo próximo ano.

O problema de caixa dos bancos épior do que o dos bancários?

Economia O mundo em alerta..........................................2Reunião Ações do Seguro Jurídico e crise mundial..............5Edital Assembléia para autorização de ação ............................5Lei Fim do Fator Previdenciário está próximo ..........................5Meio ambiente Projeto fere orla do lago Guaíba ....................8Democratização Acesso à internet corre risco ......................8Festa Jantar-baile em homenagem aos gaúchos ......................9Esporte Vem aí os Jogos de Integração Regional ....................10Verão As Colônias da APCEF à espera dos associados .......................10Lançamento Livro conta a história dos bancários no RS ...........11

Em uma época em que os cinemasde calçada desapareceram nas gran-des cidades, dando lugar aos deshopping, um contraponto surge coma inauguração do Cine Bancários, asala construída pelo Sindicato dosBancários de Porto Alegre e Região.A sala inaugurou no dia 14 de outu-bro com a exibição do filme Onde An-dará Dulce Veiga?, do diretor Gui-lherme de Almeida Prado. Umaadaptação do livro homônimo deCaio Fernando Abreu, que conta ahistória da desaparição misteriosa dacantora Dulce Veiga (Maitê Proença)e a sua procura pelo jornalista Caio(Eriberto Leão).

O Cine Bancários vem suprir uma

Os LixinhosGabriel Dagostin, filho da associada

Maria Cristina Dagostin, de SãoLeopoldo, foi o vencedor do concursoQuadrinhos Fenae deste ano. Gabrielparticipou com a obra Os Lixinhos. Oconcurso é destinado a filhos/as de em-pregados da Caixa, de 11 a 18 anos.

Esse foi o número de casos de aci-dentes de trabalho que as empresas dei-xaram de comunicar em 2007.

Os números estão no anúario da Pre-vidência Social divulgado no início destemês. Segundo os dados divulgados pelasempresas, ocorreram no ano 514,1 milacidentes. Já exames feitos, pelos peritos, emcontribuintes, no entanto, elevaram o númeropara 653 mil, uma diferença de 21,2%.

Números distintos

Garantia legal

Os ex-PMPP podem aderir ao NovoPlano da Funcef até o dia 28 de novem-bro. É necessário enviar o termo de ade-são à Funcef. A representação do RS ficana Rua dos Andradas, 943/12º andar, Por-to Alegre, 51 3227 3724.

Uma das conquistas da Constituiçãomais importantes para os trabalhadores éo artigo 9º que garante o direito de greveaos trabalhadores. "É assegurado o direitode greve, competindo aos trabalhadoresdecidir sobre a oportunidade de exercê-loe sobre os interesses que devam por meiodele defender."

PMPP

No ano de seu 30º aniversário, oSimpósio Nacional dos Economiários Apo-sentados e Pensionistas da Caixa será re-alizado em Aracaju, Sergipe, de 9 a 14 denovembro. Na programação serão discu-tidas questões sobre a Caixa e a Funcef.O Simpósio é organizado pela FederaçãoNacional das Associações de Aposenta-dos e Pensionistas da Caixa (Fenacef). Aprimeira edição, em 1979, aconteceu emPorto Alegre.

De 21 a 27 de outubro acontece em Por-to Alegre a 3ª Mostra de Cinema e DireitosHumanos na América Latina. Os filmes se-rão apresentados no Cine Santander Cultu-ral. A programação pode ser conferida noendereço www.cinedireitoshumanos.org.br.

Direitos humanos

lacuna nos cinemas de Porto Alegre.Projetado com modernos equipamen-tos de som e imagem, a sala privile-giará filmes latino-americanos, entreeles, os brasileiros. Também estão pre-vistos ciclos temáticos. No dia 15, oCineBancários inicia o ciclo Cinemae Trabalho. O Cine terá preços espe-ciais de ingresso e os bancários sin-dicalizados terão desconto diferenci-ado. A sala foi executada com recur-sos da Lei Rouanet e patrocínio daPetrobrás e Banrisul.

O novo espaço de cinema da ca-pital funcionará de terça a domingo,com sessões em três horários. O en-dereço é a Casa dos Bancários (R.Gen. Câmara, 424).

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joão de barro outubro/2008 4editorial

Esta edição do João de Barro fechou naredação no dia 14 de outubro de 2008.

Mobilizados e unidos

ASSESSORIAJURÍDICA

A APCEF oferece aos seus associados asses-soria jurídica em diferentes áreas, através de doisescritórios de advocacia. Além disso, os associa-dos podem marcar horário nos plantões sema-nais. Para atendimento, é necessário agendar ho-rário nos telefones indicados abaixo.

AGENDA APCEF

Escritório de Direito Social (Seguro Jurídico)Defesa Previdenciária, Administrativae Tributária.51 3215 [email protected]ão: quintas-feiras, das 14h às 17h40minAv. Borges de Medeiros, 612, conjunto 21,Porto Alegre

Advocacia Fagundes, Meyer, SchneiderAções Trabalhistas,Tíquetes e Cesta-Alimentaçãoaposentados e ativos51 3595 477551 3268-1611 (para agendar horário)Plantão: Quintas-feiras, na APCEFdas 16h às 18h, [email protected]

AMÉRICA CAFÉ NO INTERIORO grande sucesso do grupo de teatro da APCEF, Caixa de Pandora, estápronto para percorrer os palcos do interior do estado. Leve o musical para

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GESTÃO 2006-2009Presidenta: Célia Margit ZinglerVice-presidente: Marcelo Marimon Gonçalves

DIRETORIA EXECUTIVATITULARESAposentados, Saúde e Previdência: Amanda AngélicaGonzales CardosoComunicação: Marcos Leite de Matos TodtCultura: Almeri Espíndola de SouzaEsportes: Sérgio Aveline SqueffPatrimônio: Paulo Ricardo BelottoRelações de Trabalho: Tiago Vasconcellos PedrosoSocial e Lazer: Andrea Lima SpinelliSUPLENTES: Francisco de Assis Kuhn Magalhães,Felisberto Machado de Souza, Gilmar Cabral Aguirre,Jailson Bueno Prodes, Vera Lúcia Reck de Araújo, PauloCésar Ketzer, Ruben Danilo de Albuquerque Pickrodt,Sandro Dias Fernandes.CONSELHO FISCALTITULARES: Presidente: Claudio Morais Soares. Secre-tário Geral: Guaracy Padilha Gonçalves. Geraldo OtoniXavier Brochado.SUPLENTES: Celso Danieli, Marisa Zancan Godoy,Sandra Maria FariaCONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Ricardo Luiz Müller; Secretário Geral: PauloDaisson Gregório Casa Nova.Regional Porto Alegre TITULARES: Carlos Alberto Träsel,Cláudio Stern da Cunha Filho, Devanir Camargo da Silva,Maria Regina Pereira Figueiró, Maristela da Rocha, PauloDaisson Gregório Casa Nova. SUPLENTES: Jorge Peixotode Mattos, Juarez Machado de Oliveira, Marcela Nunes deAguiar, Renato de Castro Becker, Volmar Fernando Alves DalSanto. Alto Uruguai: Ricardo Luiz Müller, Vanda Maria BianzinGrzeidak. Centro: Marcelo Husek Carrion, Athos RonaldoMiralha da Cunha. Fronteira Oeste: Jefferson Araujo da Silva,Flávio Dornelles Paré. Fronteira Sul: Vilmar Vallenoto da Sil-va, Vagner Kobe Braga. Litoral Norte: Nei Glades de Francis-co, Carmem Rejane Ramos. Litoral Sul: Jonas Aguiar, Mar-co Antônio Botelho Gomes. Missões: Moacir Scheuer Deves,Marcos Maicá. Passo Fundo: Paulo César Kunzler, RégisMoreno Nogueira Santos. Serra: Marcos Mazzutti de Castro,Marcos Alexandre Streck. Sul: Cristina de Souza Gularte, LuizAntonio Reck de Araújo. Vale do Paranhana: João AlbertoHolsbach, Dirceu D’Ávila Sampaio. Vale do Rio Pardo: Gil-berto Castoldi, Adroaldo Schmidt Carlos. Vale do Taquari:Rafael Reckziegel, Luiz Antônio Sieben. Vale dos Sinos: NestorFrancisco Imhoff.COORDENADORES DAS REGIONAISAltivo Goularte Rodrigues (Centro); Ricardo Luiz Sulzbach(Vale do Taquari); Carmem Rejane Ramos (Litoral Norte);Cláudio Batista Rodrigues Osório (Fronteira Oeste), JoãoBruno Schmitz (Vale do Paranhana); Paulo Cesar Reis Pe-reira (Missões); Evandro de Moura Hahn (Passo Fundo); LuizRoberto Portantiolo (Sul); Jonas Aguiar (Litoral Sul); CleoFernandes Rodrigues (Fronteira Sul); Nilson Roque Urban(Vale do Rio dos Sinos); Deise Fátima Pauletti (Alto Uru-guai); João Aristeu Moraes de Oliveira (Vale do Rio Pardo);Vladimir Tadeu Bettiol (Serra).

joão de barroJornal da Associação do Pessoal da CaixaEconômica Federal do Rio Grande do SulCONSELHO EDITORIAL: Almeri Souza, Amanda Cardo-so, Andrea Spinelli, Célia Zingler, Marcelo Marimon, Mar-cos Todt, Tiago Vasconcellos.PRODUÇÃO (Projeto Gráfico, reportagem, edição, foto-grafia, diagramação e composição):

Rua José do Patrocínio, 721/201, Porto Alegre, RS, CEP90050-003. Fone 51 3221 2829 Fax 51 3211 0773.E-mail: [email protected]ção e reportagem: Carla Rossa (RJP 7866), JosianePicada (RPJ 6486) e Jair Giacomini (RJP 7844).Ilustrações: Elias Monteiro Charge: Santiago

Fotolito e Impressão: Gazeta do SulTiragem: 9000 exemplares Periodicidade: mensalDistribuição gratuita para associados da APCEF

Os artigos assinados publicados no João de Barro não refle-tem necessariamente o pensamento da diretoria da APCEF.

Avenida Coronel Marcos, 851,Bairro IpanemaPorto Alegre - RS -CEP: 91.760-000Fone: 51 3268.1611Fax: 51 3268.2700E-mail: [email protected]

CAMPANHA SALARIAL - Outra vez ahistória se repete: bancários reivindicando seusdireitos e banqueiros fazendo-se de surdos. A solu-ção para os bancários serem ouvidos é a greve,um direito conquistado na Constituição de 1988.Os empregados da Caixa, mais uma vez, mostram aforça da mobilização. A greve, que iniciou com osempregados da Caixa, se espalhou por todos os ban-cos, e atinge a maioria das agências no país. Os ban-queiros utilizam todos os artifícios para impedir ostrabalhadores de exercerem um direito garantido, masa mobilização da categoria é forte e unificada e devepermanecer até a vitória. As reivindicações incluemaumento real de salário, mais contratações, fim dasmetas abusivas e do assédio moral.

FESTIVAL DE MÚSICA - O dia 11 deoutubro foi especial. A APCEF voltou a realizarseu Festival de Música. Compositores e intérpre-tes transformaram em poesia simples palavras epropiciaram momentos de pura beleza ao públicopresente no Galpão Crioulo da Associação. A IXedição trouxe uma inovação: a disponibilidade doCD na noite do Festival, com as doze músicas clas-

Terças-feiras, 20 horas,no Galpão Crioulo da APCEFEncontro do Núcleo de Cultura Gaúcha

Novembro01 - Jogos de Integração - Etapa da RegionalPorto Alegre01 - Jogos de Integração - Etapa da RegionalCentro08 - 2º Botequim do Esporte e Festa doChope08 - Assembléia Geral Extraordinária eReunião do Conselho Deliberativo da APCEF12 - Reunião mensal de aposentadas, apo-sentados e pensionistas15 - Jogos de Integração - Etapa da RegionalPorto Alegre22 e 23 - Jogos de Integração - final esta-dual em Tramandaí

Dezembro13 - Festa de Final de Ano

sificadas e mais duas músicas-bônus do espetácu-lo América Café, do Grupo de Teatro da APCEFCaixa de Pandora. E isso ocorreu graças aoenvolvimento de todos os músicos, para que seviabilizasse a gravação em tempo hábil. O CD estáà venda na APCEF pelo valor de R$ 10.

JOGOS DE INTEGRAÇÃO - Mantendosua tradição de incentivadora do esporte, aAPCEF apresenta mais uma edição dos Jogos deIntegração Regional. A participação dos atletas as-sociados garante o êxito do evento, como vem ocor-rendo em todas as edições passadas. A grande finalreunirá associados e familiares em Tramandaí nosdias 22 e 23 de novembro. Participe!

CULTURA - As inscrições para adesões àterceira edição do Movimento Cultural do Pesso-al da Caixa estão abertas até o dia 12 de dezem-bro. O MCPC realiza, entre outras atividades, oprojeto Eu Faço Cultura. Para fazer parte doMovimento, basta acessar o endereço http://www.programapar.com.br/conteudo_par.aspx?ID=77 eseguir os passos indicados.

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joão de barro outubro/2008 5em pauta

SEGURO JURÍDICO

Situação financeira e açõesReunião teve a presença de diretor da Funcef e dezenas de associados e associadas da APCEF.

A reunião de aposenta-das, aposentados epensionistas da AP-

CEF no dia 8 de outubro teve apresença do diretor de Investi-mentos da Funcef, Demós-thenes Marques. O diretor tra-tou sobre a crise econômicamundial e suas conseqüênciaspara o Brasil e para os fundosde pensão, em especial aFuncef. Segundo ele, o país en-contra-se numa fase estável daeconomia e as repercussões dacrise não deverão ser tão fortesquanto em outros países.

Quanto à Funcef, Marquessalientou que o fundo tambémpossui uma situação confortávele com recursos suficientes paraarcar com as despesas de pa-gamentos de benefícios. Res-pondendo a questionamentos deaposentados, o diretor afirmouque, com o cenário econômico

presente, a Fundação não con-seguirá alcançar a meta atuarialprevista, o que, no momento,ocasiona uma tendência de re-ajuste dos benefícios do REB,Saldado e Novo Plano apenaspelo Índice Nacional de Preçosao Consumidor (INPC). "Não

existe risco de déficit, o que tam-bém permite dizer que não ha-verá chamada para aumento dacontribuição", completou.

SEGURO JURÍDICOOutro assunto tratado na reu-

nião foram as ações do Seguro

Jurídico Previdenciário daAPCEF. O acompanhamentodetalhado das ações coletivaspode ser feito pela página ele-trônica www.apcefrs.org.br/segurojuridico.

Benefício ÚnicoAntecipadoA ação tem como objetivo a

impedir a retroação do descon-to mensal nos proventos, decor-rente do saque do BUA. O cri-tério aplicado pela Funcefretroage o desconto nos benefí-

cios mensais a agosto de 2001ou à data da aposentadoria oupensão, se posterior. O pedidofeito à Justiça requer o descon-to respectivo a partir do saquedo BUA. A ação foi protocoladano Tribunal de Justiça sob o nú-mero 10802701420.

CESTAALIMENTAÇÃOA ação tem como objetivo

transformar a cesta alimentaçãoem complementação paga pelaFuncef aos aposentados, aposen-tadas e pensionistas. A ação foiprotocolada na Justiça com onúmero 10802650329.

Os dois processos aguardama citação da Funcef. O anda-mento na Justiça pode ser acom-panhado pela página da APCEF(www.apcefrs.org.br) ou doTribunal de Justiça(www.tj.rs.gov.br).

EDITAL DE CONVOCAÇÃODE ASSEMBLÉIA GERAL

EXTRAORDINÁRIA DA APCEF/RS

A Diretoria Executiva da APCEF/RS - Associação do Pes-soal da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul, napessoa de sua Presidenta, no exercício de suas atribui-ções estatutárias e legais em vigor, CONVOCA a todosos associados e associadas para a sessão de AssembléiaGeral Extraordinária a realizar-se na sede desta entidade,sita na Av. Coronel Marcos, nº 851, Bairro Ipanema, PortoAlegre, RS, às 08h30min, do dia 08 de novembro de 2008,em primeira convocação, e às 09h, do mesmo dia, em se-gunda e última convocação, observando o quórumestatutário para deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

ORDEM DO DIA:

1- Autorizar o ingresso de procedimentos administrati-vos e medidas judiciais pela APCEF/RS, em representa-ção aos seus associados e associadas, contra a União, oMinistro da Previdência e Assistência Social e Secretáriode Previdência Complementar, em conjunto ou separada-mente, visando tornar sem efeito a Resolução nº 26/2008do Conselho Gestor da Previdência Complementar - CGPC.

2- Assuntos gerais.

Porto Alegre, 13 de outubro de 2008.

Célia Margit ZinglerDiretora Presidenta

Secretária de Previdência Complementar autorizoudevolução de contribuições às patrocinadoras.

FUNDOS DE PENSÃO

Prejuízos aos usuários

No dia 29 de setembro,o Conselho de Gestãoda Previdência Com-

plementar aprovou resoluçãoque permite a devolução de con-tribuições às patrocinadoras. AAssociação Nacional dos Par-ticipantes de Fundos de Pensão(Anapar) pediu vistas a propos-ta para debater o assunto de for-ma mais aberta e ampla com osparticipantes de entidades deprevidência e suas entidades re-presentativas, o que foi negadopela Secretaria de PrevidênciaComplementar (SPC). AAnapar divulgou carta abertaaos participantes de fundos depensão onde explica que o queestá em jogo é a "utilização, porparte das patrocinadoras, do su-perávit de planos de algumasdas 370 entidades de previdên-cia complementar, que hoje jáatinge a cifra de R$ 60 bilhões,apesar da atual crise do seg-mento de renda variável. Essasentidades reverteram uma situ-ação deficitária crônica, umavez que em 2002 o sistemaapresentava um déficit de R$

20,6 bilhões".Para a Anapar, a medida é

ilegal, "tendo em vista que o es-tabelecido no artigo 20 da LC109/01 já prevê que o superávitdos planos será destinado àconstituição de reserva de con-tingência de até 25% dos com-promissos do plano e que o ex-cedente deverá compor umareserva especial para revisão deplano".

A íntegra da carta está napágina da Associação(www.anapar.com.br), assimcomo, um abaixo-assinado des-tinado aos Ministério da Previ-dência Social, do Planejamento,da Fazenda e à Secretaria da

O abaixo-assinado tam-bém pode ser acessado napágina da APCEF(www.apcefrs. org.br).

Telefones e e-mails parao envio de mensagens de pro-testo e do abaixo-assinado.

Ministério daPrevidência Social(61) 3317-5707 [email protected],

Ministério doPlanejamento(61) [email protected]

Ministério da Fazenda(61) [email protected],Secretaria da Previ-

dência Complementar(61) [email protected]

Público presente na reunião.

Demósthenes Marques.

Previdência Complementar.A APCEF irá propor, em

Assembléia Geral Extraordiná-ria, no dia 8 de novembro, o in-gresso de medidas judiciais paratornar sem efeito a resolução.

PROTESTO

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joão de barro outubro/2008 6em pauta

CAMPANHA SALARIAL

Paralisação geralDiante da falta de negociação da Fenaban, bancários protestam.

JUSTIÇA

Livre manifestação

Enquanto os bancos batemrecordes de lucratividade, osbanqueiros se negam a aceitaras reivindicações dos bancári-os. Sem outra alternativa, a ca-tegoria usa as armas que têmdisponíveis. A greve nacionaldos bancários foi a única saídaencontrada diante da intran-sigência e má vontade dos re-presentantes da Fenaban nasmesas de negociação. Os bancá-rios decretaram greve por tempoindeterminado no dia 8 deste mês,depois de inúmeras tentativas in-frutíferas de negociação.

As reivindicações da cate-goria são de aumento de13,23%, sendo aumento real de5%, (a Fenaban propõe apenas

A 5ª Vara de Justiça do Tra-balho de Porto Alegre

concedeu liminar no dia 9 destemês à Federação dos Bancári-os do Rio Grande do Sul, quegarante a livre manifestação dosbancários e impede os bancosde usarem interditos proibitóriospara impedir o acesso dos diri-gentes sindicais às unidades paraconvocarem os bancários a ade-rirem à greve nacional. A juizaValdete Souto Severo afirma naliminar que as "instituições finan-ceiras do estado do Rio Grandedo Sul se abstenham de adotarprocedimentos que impeçam olivre exercício do direito de gre-ve, permitindo o ingresso pací-fico dos dirigentes sindicais noslocais de trabalho, a realizaçãode manifestações pacíficas emfrente aos estabelecimentosbancários, principalmente emdias de realização de greve, bemcomo permitindo que os dirigen-tes sindicais efetuem, pacifica-mente, através de conversas in-dividuais ou coletivas, pessoal-mente ou mediante utilização de

PRISÃONo dia 9 deste mês, duran-

te manifestação da greve dosbancários em uma agência doBanco Real, em Porto Alegre,uma diretora do Sindicato dosBancários de Porto Alegre foipresa pela Brigada Militar. A di-rigente sindical foi algemada elevada pela BM até o Centrode Operações, no Largo GlênioPeres. Depois de ouvida, foi li-berada.

Um ato que mostra a ma-neira como os banqueiros tra-tam os direitos trabalhistas deseus empregados. Ao mesmotempo em que uma liminar da5ª Vara de Justiça do Trabalho,obtida pela Federação dos Ban-cários do RS, garante a livremanifestação da categoria emgreve, o Real utiliza de um ve-

lho artíficio para barrar a expres-são dos trabalhadores.

A truculência da BrigadaMilitar também revela a formacomo são orientados os poli-ciais no estado. As manifes-tações de movimentos sociaise sindicais têm sido reprimidase tratadas como crime, na mai-oria dos casos.

AMEAÇASOutro exemplo de arbitrari-

edade aconteceu em São Pau-lo. A mãe de um bancário re-cebeu uma ligação da agênciado filho afirmando que se elenão voltasse ao trabalho esta-ria despedido. E, segundo o Sin-dicato dos Bancários, esse fatonão é único. "Os gestores es-tão orientando os funcionáriosa chegar às 5 horas da manhã."

instrumentos de som (dentrodos limites em decibéis estabe-lecidos pela correspondente leimunicipal), a tentativa de con-vencimento dos trabalhadorespara que façam adesão à para-lisação". A penalização aos ban-cos pelo não cumprimento daliminar é uma multa de R$10.000 por dia e por agênciabancária "que descumpra a or-

dem judicial".Os banqueiros têm se valido

do uso de interditos proibitóriospara impedir que os trabalhado-res façam a greve. Para isso,apelam aos mandados judiciaise à polícia para obrigarem osbancários a retornarem ao tra-balho. Os interditos servem tam-bém para que sejam aplicadasmultas às entidades sindicais.

Marisane Pereira/FeebRS

Liminar impede os bancos de usarem interditos proibitórios durante a greve.

Passeata dos bancários pelas ruas de Porto Alegre no dia 10 de outubro.

0,35% acima da inflação), valo-rização dos pisos salariais, Par-ticipação nos Lucros e Resulta-dos (PLR) de três salários, mais

R$ 3500 para todos, fim dasmetas abusivas e do assédiomoral, mais segurança nasagências e mais contratações

de bancários, entre outras.

PROPOSTAAté o fechamento desta edi-

ção, a proposta feita pela Fenabanao Comando Nacional dos Ban-cários era de reajuste salarial de7,5% sobre os salários e sobre to-das as verbas salariais, incluindo aPLR. Essa proposta foi submetidaàs assembléias de todo país e rejei-tada em todas. Até o momento, nãohavia sido agendada uma nova ro-dada de negociação.

ASSEMBLÉIASNo dia 14, com sete dias de

greve geral, mais de 5 mil agên-cias estavam fechadas no país,segundo dados da Contraf/CUT.Nas assembléias dos 148 sindi-catos representados pelo Coman-do Nacional, realizadas no dia an-terior, os bancários decidirammanter a paralisação até a Fena-ban apresentar uma propostasatisfatória para a categoria.

INFORMAÇÕESAcompanhe o desenrolar das

negociações da campanha pelapágina eletrônica da Associação(www.apcefrs.org.br).

Mauro Schaeffer/SindBancários

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joão de barro outubro/2008 7em pauta

Empregados paralisaram unidades pressionando a empresa a negociar.

CAMPANHA SALARIAL

Greve forte na CaixaO s empregados da

Caixa também opta-ram por pressionar a

direção da empresa através dagreve. No dia 30 de setembro,bancários de todo o país defi-niram uma paralisação para rei-vindicar seus direitos. Nas ro-dadas de negociação entre re-presentantes da Caixa e a Co-missão Executiva dos Emprega-dos os avanços não estão no rit-mo desejado pelos empregados.

A maioria das bases do RioGrande do Sul optou pela grevepor tempo indeterminado a par-tir do dia 1º de outubro, assimcomo Brasília, Maranhão e Riode Janeiro. As demais bases se-guiram a orientação do Coman-do Nacional e decretaram grevea partir do dia 8 deste mês.

PLANO DECARGOSE SALÁRIOSA comissão paritária criada

para discutir Avaliação de De-sempenho, que era para seruma solução, acabou no dia 25de setembro sem nenhum

acordo. A empresa encerrou asnegociações insistindo em man-ter as metas individuais comoum dos critérios de avaliação.Outro impasse foi a decisão daCaixa de investir na "gestãopor competências". A decisão

da comissão foi enviar o temapara negociação durante acampanha salarial.

No dia 6 deste mês houvemesa de negociação para tra-tar da definição dos critérios deavaliação de desempenho para

a promoção por merecimentodo novo Plano de Cargos e Sa-lários. Na reunião, a Caixa a-ceitou a proposta dos empre-gados a respeito dos critériossubjetivos da avaliação. Pelaproposição, a avaliação será

feita com base em quatro crité-rios, dois fixos e dois definidosem cada unidade. Os itens fixossão o atendimento aos clientes etrabalho em equipe. Os outrosdois serão escolhidos entre sete:relacionamento interpessoal, dis-posição para mudanças, foco nointeresse público, negociação, vi-são sistêmica, solução de proble-mas e conhecimento do trabalho.

Quanto aos critérios obje-tivos de avaliação não houveacordo. O tema volta a pautana próxima reunião.

AposentadosA Caixa concorda em pagar

a 13ª cesta-alimentação para to-dos os aposentados que rece-bem o benefício por determina-ção judicial. Também foi autori-zado o pagamento do vale-refei-ção para pensionistas, cujos titula-res aposentaram-se até 1995, o queestava sendo obtido também judi-cialmente. A empresa se compro-meteu, ainda, a reabrir o prazopara os aposentados até 1995que não fizeram o acordo dotíquete-refeição em 2005.

Carla Rossa

FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

Aprovação está próximaProjeto de Lei está em tramitação na Câmara dos Deputados.

O Projeto de Lei 3299/08, do Senado Fede-ral, que acaba com o

fator previdenciário está trami-tando na Comissão de Segu-ridade Social e Família (CSSF),da Câmara dos Deputados. OProjeto de autoria do senadorPaulo Paim prevê a extinção dofator previdenciário "para que osalário de benefício volte a sercalculado de acordo com a mé-dia aritmética simples até o má-ximo dos últimos 36 salários decontribuição, apurados em perí-odo não superior a 48 meses".A Comissão de Seguridade So-cial e Família aprovou no dia 7de outubro o parecer do relator,deputado Germano Bonow. Oprojeto já havia sido aprovadono Senado.

O fator previdenciário é um

índice usado para calcular asaposentadorias que leva em con-ta a idade do trabalhador, o tem-po de contribuição e a expecta-tiva de sobrevida no momentode aposentadoria. Na maioriados casos, o fator reduz os be-nefícios em relação ao saláriode contribuição do trabalhador.Através da Lei 9876/99, o go-verno Fernando Henrique criouo fator previdenciário com oobjetivo de o trabalhador con-tribuir por mais tempo para aPrevidência Social, sob a alega-ção de que isso serviria parareduzir o déficit nas contasprevidenciárias.

O projeto será analisado pe-las comissões de Finanças eTributação; e de Constituição eJustiça e de Cidadania, daCâmera dos Deputados, antes

de ser votado pelo Plenário daCâmara. Para o senador PauloPaim, a população precisa pres-sionar os seus representantes noCongresso para que aprovem ofim do fator previdenciário.

Uma forma de contribuirpara a aprovação do fim do fa-tor previdenciário é enviandomensagens aos deputados fede-rais. Ao lado, os e-mails dos de-putados gaúchos e, abaixo, umaproposta de texto para o e-mail.

DEPUTADOS DO RS

Senhor Deputado (a) Re-comendo (amos) o voto fa-vorável ao Projeto de Lei3299/08, originado no Sena-do Federal, que extingue ofator previdenciário. Esta-rei (mos) acompanhando avotação e espero (amos)conferir seu voto no SIM.

ADÃO [email protected] AFONSO HAMM [email protected] ALBUQUERQUE [email protected] [email protected]ÁUDIO [email protected]ÍSIO [email protected] [email protected] BACCI [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]É OTÁVIO [email protected] [email protected] CARLOS [email protected] CARLOS [email protected] D'Á[email protected]

MARCO [email protected] DO ROSÁ[email protected] RIBEIRO [email protected] PROENÇ[email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] DE [email protected] RUY [email protected] [email protected]ÉRGIO [email protected]ÍSIO [email protected] DA [email protected] [email protected]

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hoje joão de barro outubro/2008 8

Muito além do combate à pirataria

Risco de crime ambiental

O Projeto de Lei 89/2003, dosenador Eduardo Azeredo(PSDB/MG), propõe a criaçãode mecanismos legais para com-bater crimes digitais. Segundoentidades defensoras de umainternet livre, o PL possui inúme-ros artigos discutíveis e que abrema possibilidade de diferentes in-terpretações. Se aprovada a lei,os provedores terão que guardarpor três anos os dados de acessodos usuários para possíveis con-sultas da Justiça. A lei tambémtornará ilegal a utilização das re-des P2P, e caracterizará como cri-me a cópia de música para MP3Player. Marcelo Branco, coorde-nador da Associação Softwareli-vre.org, fala ao João de Barrosobre as incoerências da lei.

João de Barro - Qual asua opinião sobre o Proje-to de Lei 89/2003?

Marcelo Branco - Do pon-to de vista das entidades que re-presentam os internautas no Bra-sil e de entidades de apoio aosdireitos civis, que trabalham como software livre, essa lei significaum grande retrocesso. Ao mes-

mo tempo em que anuncia o com-bate aos crimes cometidos pelainternet, traz uma série de proble-mas no que diz respeito à quebrade direitos civis e às liberdadesda rede, construídas desde a tra-jetória inicial da internet. Na ver-dade, ela instaura um código pe-nal para a internet brasileira, semque tenhamos um código civil dedireito para ela. Ao mesmo tem-po em que oferece mecanismosde investigação e repressão aosórgãos de repressão ao crime,também institui a vigilância nainternet brasileira. Seria o mes-mo que autorizar as delegacias depolícia a abrir todas as correspon-

dências de todos os brasileiros,preventivamente, com o objetivode combater o crime. Ela tambématribui a todos os provedores opapel de fazer essa vigilância.Transfere o papel de polícia a orga-nismos privados (telecentros, pon-tos de inclusão digital). Os grandese pequenos provedores de internet,todos vão ter que guardar gravado,por três anos, toda a movimenta-ção de seus internautas.

João de Barro - Qual a fi-nalidade da lei?

Branco - Ela tem como fon-te de inspiração a Convenção deBudapeste (Convenção aprova-da sete meses depois do 11 desetembro nos Estados Unidos, porpressão de Bush e de Tony Blair).A Convenção foi denunciada in-ternacionalmente pelos organis-mos de defesa dos direitos civis ehumanos, como uma convençãoque viola os direitos humanos. Poressa razão, o governo brasileirose posicionou contra a Conven-ção, portanto não tem obrigaçãode cumprir o que foi estabelecidoem Budapeste.

João de Barro - Qual é omelhor caminho?

Branco - Em primeiro lugar,temos que ter mecanismos de in-vestigação e ferramentas de re-pressão ao crime através dainternet. Nós somos contra oscrimes, mas também somos con-tra que se estabeleça, como a leimais ampla para a internet brasi-leira um código penal mal redigi-do, como esse que foi aprovadono Senado. Pedofília, vírus,clonagem de senhas, com ou seminternet, são crimes que existemna vida real, bem como crimeseconômicos, roubo de senhas decartão de crédito. A internet nãoé responsável por isso, ela é ape-nas mais um mecanismo para pro-piciar esses delitos. Nós devería-mos ter um código civil contendoos direitos, que garantisse em pri-meiro lugar o estado de direito nainternet brasileira. Então, o PL 89/2003, com o intuito de combateros crimes na internet, viola direi-tos sagrados, direitos civis, direi-tos humanos e de liberdade deexpressão dos usuários.

João de Barro - O queestá por trás da lei?

Branco - Como a convençãode Budapeste, ela tem uma inspi-ração nos órgãos de repressão,

mas também traz um grande apoioda indústria cultural, principal-mente a indústria de Holywood.Essa indústria perde com ainternet em função das novas for-mas de distribuição feitas atravésdela. A indústria fonográfica tam-bém é uma apoiadora da lei doscibercrimes no Brasil, com o in-tuito de combater a chamada pi-rataria através da internet e, tam-bém, a Federação Brasileira dosBancos (Febraban). Com essalei, os bancos estão tentando es-capar da responsabilidade decor-rente de falhas dos seus sistemasde segurança, quando, por açãocriminosa de algum internauta, éacessada a conta bancária de al-gum cliente. Hoje quando issoacontece, a responsabilidade é dosbancos e o consumidor tem o seuvalor restituído. A Febraban, aprincipal articuladora eincentivadora desta lei, está trans-ferindo essa responsabilidadepara os provedores de internet oupara os usuários finais. Então, éóbvio que há grandes interesseseconômicos por trás dela.

Porto Alegre corre o risco devirar um caldeirão, se perder aorla do Guaíba para a especula-ção imobiliária. A brisa, a natu-reza e as áreas de lazer com vis-ta para o lago serão sufocadaspor espigões residenciais e co-merciais. Obras de grande retor-no financeiro para um grupo deempreendedores que busca aaprovação de uma série de pro-jetos lesivos ao ambiente natural.

Uma das ameaças em tor-nar menos bela e alegre a cida-de é a iminente aprovação doprojeto Pontal do Estaleiro (an-tigo Estaleiro Só), que prevê aconstrução de seis edifícios de14 andares na beira do Guaíba,equivalentes a seis prédios simi-lares ao do Hospital de Clínicas.

"Corremos o risco de viraruma nova Camboriú e os gran-des parques da orla do Guaíbase tornarem pracinhas diantedos arranha-céus", avisa PauloGuarnieri, vice-presidente daAssociação de Moradores doCentro e secretário do FórumMunicipal de Entidades. "Infe-lizmente esse projeto corre o ris-co de ser aprovado, porque pas-saram as eleições e os verea-

dores se desobrigaram de pres-tar contas à população, porque jáestão eleitos", denuncia Filipe Oli-veira, presidente da Associaçãode Moradores da Chácara dasPedras. "Eles já tinham 17 vere-adores comprometidos com o pro-jeto. Se olharem no TRE, verãoque grande parte dos eleitos tive-ram suas campanhas financiadaspor grandes construtoras, ou porempresas de ônibus", completa.

PODER PÚBLICOO projeto Pontal do Estalei-

ro, além da contenção dos ven-tos, dos prejuízos ao sombre-amento, oferece riscos deimpermeabilização do solo, pro-blemas com o sistema de esgo-to sanitário e de saturação viá-ria. "Compete ao poder públicodisciplinar o poder econômico.Se não fosse para discipliná-losnão precisaria existir a Câmarade Vereadores, o Conselho doPlano Diretor e o Estatuto daCidade", reforça Oliveira.

LEGISLAÇÃODe acordo com a Lei Com-

plementar 470, o Pontal do Es-taleiro é um empreendimentoautorizado pelo poder público

para uso privado, mas em ativi-dades de interesse cultural, tu-rístico e paisagístico. Portanto,é classificada como Área Espe-cial de Interesse Cultural, o queproíbe a sua utilização para ha-bitação, comércio atacadista eindústria. Para a construção deprédios, a volumetria permitidaé de até quatro pisos.

Há cerca de 20 anos, o po-der público contraiu alta dívidaem passivo trabalhista e colocoua área pública do Estaleiro Só aleilão. Mas o grupo de empre-endedores que adquiriu o terre-

no alega que o uso permitido nãotraria o retorno necessário ao in-vestimento. Devido a isso, foisolicitada a alteração da LeiComplementar 470, para via-bilizar a construção de prédiosresidenciais. "Esse projeto foiencaminhado à Câmara pelo ar-quiteto Jorge Debiagi. É mem-bro do Conselho Diretor, mas jáse mostrou contra o Conselho eo próprio Plano Diretor. Foi omesmo que anos atrás tentouimplantar um projeto na orla doGuaíba cheio de postos de ga-solina", declara Oliveira.

PRAIASOliveira garante ainda que o

mesmo problema ocorre na orlamarítima gaúcha. Mesmo coma movimentação dos moradoresde Capão, Xangri-lá e Traman-daí, as construtoras conseguemaprovar seus projetos para de-turpar os índices construtivos egabaritos de altura. "BastaTramandaí olhar para Capão edizer: eu sou você amanhã",compara. São projetos como es-ses que criam as chamadas ilhasde calor, ou seja, barreiras de pré-dios na orla que atacam a brisamarítima. No caso do Guaíba, éconhecida como brisa lacustre."Isso só é bom para quem morana beira da praia ou do lago, no17º andar. Além da vista maravi-lhosa, terá a brisa soprando emsua casa", diz Oliveira.

As associações de moradoresvão recorrer em outras instânci-as, caso o projeto seja aprovadona Câmara de Vereadores.

Para participar do abaixo-assinado contra esse empreen-dimento imobiliário na orla doGuaíba acesse www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/1571 e contribua para a preser-vação do meio ambiente.

Projeto Pontal do Estaleiro.

Marcelo Branco.

Manifesto em defesa da liberda-de e do progresso do conhecimentona internet http://new.petitiononline.com/veto2008/petition.html

Arquivo AMC

Fernando Cavalcanti

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Agora me dou conta que, elase eu, deixamos para começaramanhã o curso de inglês, deteclado, de dança, de literatura,a ginástica, a viagem e muitasoutras coisas que gostaríamosde fazer. Vamos protelando, e oamanhã nunca chega. Nos ocu-pamos com as obrigações quenós mesmos nos impomos.Corremos, desenfreadamente,para o futuro, porque hoje nãotemos tempo para nada. Equando chegamos no futuro, elese transforma em hoje, e nova-mente não temos tempo. Cor-remos tanto para chegar aon-de? Não percebemos que o hojeé o que conta. Hoje é o dia cer-to para fazermos tudo o que te-mos vontade. Sonhar e realizar.Não parar nunca de sonhar, poisos sonhos são a projeção denossas vontades mais íntimas,é o que nos mantém vivos,além de respirar.

Deixar que, por uma necessi-dade momentânea, uma situa-ção provisória torne-se definiti-va a nossa vida, é se acomo-dar. O arrependimento certa-mente virá. A acomodaçãoquando se instala na nossamente, com o tempo, se trans-forma em covardia, e quandonos damos conta, estamos su-focados por ela. Perdemos a for-ça. Aquela vontade, em formade sonho, desaparece e a nos-sa voz se cala. A solidão se ins-tala em nosso coração, e dei-xamos de acreditar em nósmesmos, no próximo e na vida.Depois que o tempo passa, ficamais difícil reagir.

Hoje é o dia certo para dar ogrito de liberdade. Cantar, dan-çar, viver. Construir o próprio ca-minho. Trabalhar, trabalhar mui-to a nosso favor.

Temos que estar prontos, paraquando o futuro chegar e se tor-nar o hoje. Ter sempre novosprojetos, mesmo tendo muitasrealizações. Não se acomodar,não calar às injustiças, não abrirmão dos nossos direitos, nãoabdicar dos nossos sonhos, nãodesistir de nós mesmos.

Sair da empresa, para a qualnos dedicamos por tantos anos,e encarar a aposentadoria éuma mudança muito grande. Éimprescindível estar preparado.

A aposentadoria é uma novaetapa da vida, um novo projeto. Éo começo de uma estrada, e nãoo fim. Mas é preciso não termosnos perdido no meio do caminho.

Como cheguei até aqui? Tra-balhando.

E o que faço hoje? Estou ten-tando me encontrar.

em pauta joão de barro outubro/2008 9

JANTAR-BAILE

Dança até o amanhecer

G aúchas e gaúchosgastaram a sola dosapato no jantar-

baile campeiro realizado pelaAPCEF no dia 27 de setem-bro. No jantar foi servido aboa comida campeira - car-reteiro, feijão mexido, carnede panela e saladas - prepa-rada pelo Núcleo de CulturaGaúcha. Depois, prendas epeões foram para a pista dedança e só arredaram o pé namadrugada do domingo. Oconjunto Beira de Estrada se-lecionou um repertório espe-cialíssimo. Cenário do evento,o Galpão Crioulo foi decora-do com motivos farroupilha,unindo, no palco, os lençosbranco e vermelho.

Para o coordenador doNúcleo de Cultura Gaúcha daAPCEF, Paulo Ketzer, o jan-tar-baile ficou dentro das ex-pectativas em que foi realiza-do. "Dentro das condições,houve uma boa participaçãodo público", completa Ketzer.

SEMANA FARROUPILHA

Homenagem do CoralGrupo da APCEF se apresentou em dois eventos nas comemorações farroupilhas.

O Coral da APCEFdeu sua contribui-ção para abrilhan-

tar ainda mais as comemo-rações da Semana Far-roupilha. No dia 18, o can-to do Coral ecoou em doislocais. Pela tarde, estevepresente no Galpão Criouloorganizado pela agência Pra-ça da Alfândega. Lá, sob aregência do maestro LuizCarlos Andrade, apresentoudiversas canções tradicionaisgaúchas, encantando empre-gados e clientes da agência.

À noite, o show foi no Pi-quete dos Bancários, no Par-que Harmonia. A apresenta-ção emocionou, outra vez, opúblico presente no Piquete,que não se importou com ofrio ou a fumaça. O espaçoficou lotado para acompa-nhar o repertório especial-mente preparado pelo grupo.

Fotos Filipe Caldeira

Piquete SindBancários.

Agência Praça da Alfândega.

FALA, ASSOCIADA(0)

O texto abaixo é de Valéria Bassols, empregada da Caixa, aposentadadesde janeiro deste ano, é associada da APCEF. Valéria é aluna daOficina de Criação de Romance Histórico.

Missãocumprida.E agora?

Hoje, o dia é de sol, mas comalgumas nuvens. O ar está frio.Estamos na primavera, masparece dia de inverno. A tem-peratura oscila entre 7 e 18º C.Que tempo maluco! É precisoser camaleão para se adaptarao ambiente... ou às situações.

Não sei por onde começar,mas é preciso. Arrumo a casaprimeiro, ou lavo a roupa paraaproveitar o sol? Quem diria, euem casa, me preocupando comos afazeres domésticos. Quan-to mais tempo, mais indecisão.

Sempre sonhei em me apo-sentar, e fazer tudo o que nãohavia feito por falta de tempo.E agora, ando de um lado parao outro, sem saber o que fazer.Gonzaguinha captou o sentimen-to de muitas pessoas quandoescreveu "...Um homem se hu-milha se castram seu sonho,Seu sonho é sua vida E a vida étrabalho, E sem o seu trabalhoUm homem não tem honra, Esem a sua honra Se morre, semata ...". É, não dá pra ser felizsem um sonho, sem um proje-to, sem uma vida. Estar vivonão é apenas respirar.

Agora eu entendo porque tan-tas pessoas têm medo da apo-sentadoria. São pessoas que fi-zeram do trabalho a sua vida;do emprego a sua casa; doscolegas a sua família. Mesmosentindo-se realizadas, dentrodo seu convívio familiar, sendosolteiras ou casadas, com es-tabilidade financeira, com saú-de, tornam-se pessoas emoci-onalmente doentes quando setrata da aposentadoria.

Durante uma vida inteira não sededicaram a outra atividade, quenão fosse a do trabalho na em-presa, além das responsabilida-des com a família. Não sobravatempo para sonhar e quando so-nhavam, não conseguiam reali-zar. Na empresa, além de muitotrabalho, era preciso fazer cursosde atualização, pois sempre sur-gia uma nova metodologia a serimplantada, uma nova ferra-menta a ser utilizada, uma novalinguagem a ser adotada. EraMatemática Financeira, Direitosdo Consumidor Bancário, Téc-nicas de Venda, Encantando oCliente, Responsabilidade Soci-al Empresarial, GerenciamentoEstratégico, Gerenciamento porCompetências, Software Livre,Cool:Gen, Project, Java e por aívai. Metas a alcançar, clientespara visitar, reuniões e mais reu-niões. Em casa, filhos para cri-ar. Para descansar, nada melhordo que férias, vinte dias é cla-ro, trinta, nem pensar.

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enfoque joão de barro outubro/2008 10

ESPORTE

Momentos de confraternizaçãoJogos de Integração Regional 2008 já estão com inscrições abertas.

Esporte é sinônimo de união,de companheirismo, de ami-

zade. É com esse espírito que aAPCEF organiza mais uma edi-ção dos Jogos de Integração, queserão disputados em duas etapas.A primeira fase será regional, or-ganizada pelas Regionais daAPCEF e disputada até o dia 15de novembro. Já a etapa estadu-al será realizada nos dias 22 e 23de novembro, em Tramandaí.

REGIONALPORTO ALEGREOs Jogos na Regional Porto Ale-

gre iniciam no dia 1º de novembro,com a disputa por vaga para a finalno futebol soçaite, sinuca, xadrez edama. Já no dia 15 de novembro,será a vez do vôlei misto, futsal mas-culino, tênis e tênis de mesa.

As inscrições e o regulamen-to dos Jogos estão na página ele-trônica www.apcefrs.org.br.

REGIONAL CENTROOs Jogos na Regional Centro

serão realizados no dia 1º de no-vembro, nas modalidades de fu-tebol soçaite, vôlei misto ou de

praia, tênis de mesa, sinuca ebocha. As inscrições podem serfeitas com o diretor da Regional,Vilson Nicoloso, pelo [email protected].

ATLETASA APCEF busca sempre in-

centivar a participação de seus as-sociados em todos os eventos es-portivos, seja em jogos regionais ounacionais, como os Jogos da Fenae.Atleta do tênis de campo LauraKern disputou os Jogos da Fenaedeste ano em dupla com LianeKogler. As duas conquistarammedalha de ouro. Para ela, os

eventos esportivos são "umaoportunidade de encontrar os co-legas, os Jogos estavam muitobem organizados e nós jogamosmuito bem, apesar do pouco tempojuntas." Liane compartilha a opi-nião: "os Jogos de Integração e osJogos da Fenae são momentos má-gicos", diz. "O incentivo ao esportena APCEF é de fundamental im-portância para que possamos co-nhecer as pessoas que trabalhamna mesma instituição, mas em ou-tras cidades e estados", completa.

José Newton Trindade parti-cipou dos Jogos da Fenae no tê-nis de campo em dupla com Elias

COLÕNIAS APCEF

Preparação para a temporadaO verão se aproxima e a

APCEF tem a melhor solu-ção para escapar do calor e apro-veitar os ares da serra e do mar. AsColônias de Tramandaí, Cassino,Itapirubá e São Francisco de Paulaestão à espera dos associados paramais uma temporada de veraneio.As inscrições já podem ser feitasna página eletrônica da Associação(www.apcefrs. org.br). O prazo deinscrição é do dia 1º ao 10 do mêsem curso para o mês posterior.

A APCEF está realizandomelhorias nas Colônias deTramandaí e Cassino para melhorreceber seus associados. EmTramandaí, estão sendo substituídasgeladeiras antigas e realizada a pin-tura de alguns espaços, tambémestão sendo trocadas calhas e im-permeabilizadas as lajes. Já emCassino, estão sendo feitos reparosna pintura e instalação elétrica.

Ritter e garantiram outra meda-lha de ouro. Ele afirma que oseventos esportivos são uma óti-ma oportunidade para confrater-nizar com colegas. "Deveria ha-ver mais competições durante oano, mais torneios internos aquino sul", salienta. Elias acredita queos jogos são uma "ótima oportu-nidade de sair da rotina e tam-bém para conhecer novos cole-

gas que praticam o esporte".Luciane Ballico sempre participadas competições em que a nataçãoaparece nas modalidades. "É impor-tante para valorizar o esporte e tam-bém a integração entre os colegas.Faço questão de comparecer, achoque é um incentivo para outras pes-soas", diz ela. Luciane conquistouduas medalhas de prata nos Jogosda Fenae deste ano.

ITAPIRUBÁPara quem prefere acampar, a

opção é o balneário de Itapirubá, napraia de Imbituba, em SantaCatarina. A Colônia possui lugarpara 40 barracas, quatro cozinhascoletivas, banheiros e vestiários co-letivos e duas churrasqueiras cober-tas coletivas. O endereço é RuaWaldy José Silveira Junior, 138.

SÃO FRANCISCODE PAULAPara quem gosta do ar serrano

e quer fugir do calor no verão, nadamelhor do que aproveitar a Colôniade Férias de São Francisco dePaula. São 12 cabanas para atéquatro pessoas e uma cabana paraaté 8 pessoas, cozinhas equipadase lareira, sala de jogos e TV, comchurrasqueira e cozinha ,playground. Todas as cabanas pos-suem cobertores e travesseiros, masé preciso levar lençóis e toalhas. AColônia fica na RS 020.

TRAMANDAÍNa Colônia de Tramandaí, os

associados têm disponível 30 apar-tamentos para seis pessoas, cozinhaequipada, sala de jogos e vídeo, chur-rasqueiras externas e playground.

A Colônia fica na rua Ubatubáde Farias, 627.

CASSINOA Colônia de Férias de Cassino

possui seis apartamentos com ca-pacidade para até seis pessoas cada,cozinha equipada, salão de festascom churrasqueira coberta, chur-rasqueira externa e área de cam-ping. Com estacionamento. Ende-reço: Rua Gravataí, 296.

Jantar de confraternização dos Jogos Regionais 2007.

Cassino

São Francisco de Paula Tramandaí

Itapirubá

APCEF SAÚDECíntia dos Santos CostaNutricionistaRua Henrique Dias, 107Porto Alegre,(51) 3311 5110/ 8132 0852Lilian Simone VazNutricionistaRua Ipiranga, 95/506 - Canoas(51) 3051 4926/ 9321 9059Mara Rubia GiehlNutricionistaRua Marques do Pombal, 1821/303 - Porto Alegre(51) 3361 4012/8452 4242Cristini Ramos RicciPsicólogaRua Ipiranga, 95/506, Canoas eRua Barão do Amazonas, 1185/202 - Porto Alegre(51) 3051 4926/9226 4926Maria CristinaPresser VacaroTerapeutaRua Carlos Huber, 580Porto Alegre(51) 3328 5796/8115 1107Gabriela Hunz SilveiraPsicólogaRua Domingos de Almeida, 135/804 - Novo HamburgoRua Independência, 181/901São Leopoldo(51) 3037 6447/9277 0733

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Julia Schmeider ProtasPsicólogaRua Cel. Bordini, 675/202Porto Alegre, (51) 8451 9151Vivian Ramos PaglianiNutricionistaRua Buenos Aires, 195/201Porto Alegre(51) 3352 3651/9123 3015Laboratório Mont'SerratRua Mostardeiro, 333/109Porto Alegre, (51) 3222 3000

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FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

Um bom dia para os bancários

enfoque joão de barro outubro/2008 11

Livro da Oficina de Criação Literária será lançado no dia 10 de novembro.

João de Barro - O que éexatamente uma Oficinade Criação Literária?

Alcy Cheuiche - É o localonde se exerce um ofício, ouseja, o ofício de escrever. Elafoi imaginada e elaborada hámais de 50 anos. Começou nosEstados Unidos e na França. Ea minha definição para que aspessoas entendam perfeitamen-te é a seguinte: em uma oficinade literatura se aprende a escre-ver, escrevendo, como se apren-de a nadar, dentro d´água. Nãoadianta fazer cursos teóricos, co-nhecer profundamente a literaturaescrita e definir-se escritor e nãopraticar o ato da escrita. Então, des-de o primeiro momento se trabalhaa capacidade de escrever do aluno.

João de Barro - Qual a di-ferença entre um livro dehistória e um romance his-tórico?

Cheuiche - A diferença éque na história o que interessaé contar os fatos documentais,já no romance, se parte da vi-são histórica, consulta de livrosde historiadores, depoimentos,se vai aos jornais de época, masao redigir, temos que recriar avida: personagem, ambiente eação. Colocamos as situaçõestodas de ordem histórica, elasnão podem trair a realidade, masexistem personagens de ficçãoque andam junto com os perso-nagens reais e auxiliam comisso, como se fossem um fiocondutor, para que o leitor nãoo abandone, e o leia do começoao fim. O importante é o leitor.

João de Barro - Como foidesenvolver esse trabalho?

Cheuiche - O trabalho foifeito por 17 pessoas e eu comocoordenador. Primeiro, trabalha-mos três meses de técnica deoficina, para que os alunos esti-vessem preparados para escre-ver. Técnicas que procuram fa-zer com que o futuro escritor selibere do cotidiano e abra o seuinconsciente. Eu não posso dartalento a ninguém. A pessoanasce com ou sem talento. Masesse talento, na maioria das ve-zes, fica esmagado, contido pelotrabalho das pessoas, seu coti-diano, seus compromissos. En-tão, é preciso que se abra essemundo interior das pessoas.

João de Barro - Desco-briste talentos na Oficina?

Cheuiche - Sem dúvida ne-nhuma. Eu fiquei muito surpreen-dido até com o nível das pessoas,não só o talento, como também adedicação. Aí já vem a formaçãode bancário, que é uma forma-ção exigente, com pessoas acos-tumadas a seguir horários e pro-gramas de trabalho. Isso foi real-mente estupendo, tanto dos maismaduros como dos mais jovens.Criamos um ambiente extrema-mente positivo, porque na oficinao trabalho é coletivo, e no caso, aobra é dos 17 autores. É como seeu fosse o maestro, eu não toconenhum instrumento, mas mostrocomo eles devem tocar e criaressa harmonia de conjunto.

João de Barro - Como foireconstituir a história dos 75anos do SindBancários?

Cheuiche - Eu usei paraeles a minha própria experiên-cia de pesquisa. Em primeirolugar quando se faz um roman-ce, não vai se contar somente ahistória do Sindicato. O Sindica-

No dia 10 de novembro serálançado na Feira do Livro dePorto Alegre o romance histó-rico Banco Não Dá Bom Dia -SindBancários: 75 Anos de Luta.O livro é resultado do trabalhocoletivo de 17 alunos da Ofici-na de Criação Literária, minis-trada pelo escritor e professorAlcy Cheuiche. Promovida peloSindBancários, com apoio daAPCEF e patrocínio da Caixa,a oficina literária começou emabril deste ano.

Após sete meses de encontrossemanais na Casa dos Bancá-rios, em Porto Alegre, muitaspesquisas e entrevistas para aelaboração dos textos, a obraserá concluída no final de ou-tubro. A seguir, Cheuiche, au-tor de 20 livros publicados e 18oficinas literárias, conta comofoi a experiência em coordenarum romance histórico escritopor 34 mãos.

to não existe sozinho. O Sindi-cato é de 1933. Agora por queé que se criou nessa época, noBrasil, este sindicato? Porquehouve a Revolução de 30, lide-rada por Getúlio Vargas e Os-valdo Aranha, que trouxe, prin-cipalmente, as leis sociais, a or-ganização do trabalho e do tra-balhador. Quando Getúlio Var-gas assinou a lei fomentando acriação dos sindicatos, esse mo-vimento começou. Nós come-çamos o romance por esses fa-tos concretos da época, paramostrar o que era o problemade trabalhar em bancos, antesde existir os sindicatos. Por issoa história começa na véspera doDia de Reis de 1931, dois anosantes do início do Sindicato, por-que foi nesse dia que fechou oBanco Pelotense, o terceiro ban-co mais importante do país, umbanco particular, com 69 agên-cias e que simplesmente que-brou. Os funcionários foram

Nós temos tomado depoimentosde muitas pessoas, de váriospresidentes do Sindicato. Fala-mos também com Olívio Dutra,que é o único presidente quechegou a prefeito de Porto Ale-gre e a governador do Estado.

João de Barro - Comofoi administrar 34 mãos es-crevendo um romance?

Cheuiche - É um trabalhoartesanal. O livro terá 15 capí-tulos e um epílogo e terá em tor-no de 240 páginas. Hoje, a gen-te trabalha muito com síntese.Atualmente, as pessoas estãomuito influenciadas pelas ima-gens. Antigamente o lazer bási-co era a leitura, hoje não é mais.O livro continua tendo a suaimportância, só que hoje não seescreve livros longos demais.Acredito que este livro está numtamanho adequado. Nós escre-vemos para o leitor em geral, enão somente para o leitor ban-

toda a parte de preparação dosalunos em três meses e já parti-mos para a elaboração do livro.Então, foi um desafio bem mai-or do que nas outras oficinas. Eessa turma, além do seu talento eda sua competência se uniu des-de o primeiro momento. A Casados Bancários foi fundamentalpara acolher a todos. Uma vezpor mês fazemos uma festa. Foimuito bom, aprendemos a nosconhecer melhor e a nos quererbem. Eu nunca me liguei tanto auma turma, como me liguei a essa.

João de Barro - Comoestão os preparativos parao lançamento?

Cheuiche - O livro será lan-çado no dia 10 de novembro naFeira do Livro. A Feira concedeuum espaço para debate noMemorial do RS. O livro será en-tregue com antecedência ao ex-pre-sidente do SindBancários OlívioDutra e a Valter Galvani, jornalistae ex-patrono da Feira. Eu vou me-diar um debate em que eles vão dara sua opinião e depois o público podedebater com os 17 autores, das 17às 18h. Nesse mesmo dia, a partirdas 18h haverá a sessão de autó-grafos. Já no dia 27 de novembro,ocorre a formatura da turma, comcertificado e festa.

João de Barro - De ondesurgiu o título?

Cheuiche - É um títuloinstigante. Banco Não Dá BomDia é a frase de um dos perso-nagens, que ao quebrar (fechar)o banco, fica atordoado, e falaa um outro personagem:

- E agora, como ficam aspessoas que eu trouxe aqui parao banco, que eu convenci a abri-rem conta? - questiona.

- Mas tu não és responsá-vel! - diz o outro.

- Sou sim! Banco não dá bomdia. Eu é que dou bom dia aosclientes.

A turma recebendo a primeira bancária (ao centro) do Banrisul.

Josiane Picada

para rua, os depositantes so-frendo e as agências fechadasde um dia para o outro. Então, apartir desse momento, nós narra-mos a história e colocamos per-sonagens reais e fictícios para oleitor entender o sofrimento des-sa gente. Graças a Revolução de30 e ao respeito ao trabalhadorse conseguiu recuperar esses fun-cionários para o Banco do Esta-do do Rio Grande do Sul. Logodepois começa a luta para insta-lar o sindicato. E assim por dian-te. Ao contar a história doSindbancários, nós estamos con-tando a história de Porto Alegre,do Rio Grande do Sul e do Brasil.

João de Barro - Comofoi criar os personagens?

Cheuiche - Nós temos umapersonagem que está viva, queé Sylvia Montim Teixeira, com88 anos hoje. Ela é muito im-portante nesse romance e espe-ramos contar com ela no dia 10de novembro, no lançamento.

cário. Escrevemos para aque-les que valorizam a leitura, por-que se alguém quer só saber acronologia do Sindicato, existea documentação para consulta.Agora o livro, recria a vida daspessoas que estavam lá e sofre-ram. A gente sabe que sob o as-pecto patronal, se não houver umaorganização, uma resistência dotrabalhador não se conseguenada, e a legislação foi obtida coma Revolução de 30 e até hoje seluta para aperfeiçoá-la.

João de Barro - Qual foia grande lição que tivestecom esta experiência?

Cheuiche - Eu tinha umapreocupação quanto ao númerode pessoas, costumo limitar emdez alunos, e foram 17. Masembora exija esforço, eu achoque é perfeitamente viável fa-zer com esse número, é possí-vel se repetir a experiência.Outro aspecto, que foi inéditonesta oficina, é que nós fizemos

Banco Não Dá Bom DiaSindBancários: 75 Anos

de LutaLançamento: 10 de novembroFeira do Livro de Porto Alegre17 horas - Painel sobre o livrona Sala dos Jacarandás, noMemorial do Rio Grande do Sul,com a presença dos 17 autores,do ex-presidente do SindBan-cários e aposentado do BanrisulOlívio Dutra, do jornalista,escritor e ex-patrono da Feira doLivro Valter Galvani e do profes-sor Alcy Cheuiche.18 horas - Sessão de autógra-fos com os escritores.

Alcy Cheuiche.

Carla Rossa

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enfoque joão de barro outubro/2008 12

ciano magenta amarelo preto

Para celebrar a vidaESTÂNCIA VITORIOSA

Festival escolheu a canção que vai representar a APCEF no Música Fenae.

A tradição dos Festivaisde música está de vol-ta na APCEF. Na noi-

te de 11 de outubro, o GalpãoCrioulo da Colônia B se encheude versos e melodia. O IX Fes-tival de Música APCEF reuniucompositores e cantores asso-ciados que mostraram seu talen-to ao público nas dez cançõesapresentadas.

O Festival iniciou com aapresentação do músico na-tivista Jader Leal, que apresen-tou canções próprias, consagra-das em festivais, e também com-posições latino-americanas.Antes das apresentações dasconcorrentes, a presidenta daAPCEF deu as boas-vindas aosartistas e público e afirmou quea Associação atingia seu objeti-vo com a retomada dos festivais"interrompidos por uma conjun-tura política desfavorável". Odiretor de Comunicação e Im-prensa da Fenae, Daniel Gaio,esteve presente e se manifes-tou também, parabenizando aAPCEF e os músicos: "estare-mos esperando os selecionadosem Maceió".

Depois foi a vez dos concor-rentes ao prêmio subirem aopalco. Das doze músicasselecionadas, dez se apresenta-ram. A cada nova canção, a pla-téia se manifestava com aplau-sos e vibrações. Passaram pelopalco: Estância do Sossego, NoEmbalo do Samba, O Poeta e aFlor, Licor, Penas e Linhas, PorIsso Me Ame, Você Feliz, Sobre-viventes, Um Grito Na Rua e Tris-te Sina de um Roqueiro Perdidoem POA na Noite de Carnaval.

A ESPERANo intervalo, alguns músicos

brindaram o público no palco li-vre enquanto o resultado esta-va sendo decidido pelos juradosJader Leal, Graziela Schaefer eIran da Costa Pas. Depois daexpectativa, enfim foram conhe-cidas as músicas vencedoras.Estância do Sossego foi esco-lhida como a melhor música e amais popular do Festival. A com-posição de Elzo Juarez de Sou-za, da agência Sapiranga, e in-terpretada por Nilo Sérgio Flo-res Motta, da agência São João,representará a APCEF gaúchano Festival de Música da Fenae,de 4 a 6 de dezembro, emMaceió, Alagoas.

Para finalizar a noite, a dire-

Athos Miralha, melhor letra, com apresidenta da APCEF, Célia Zingler

Marcelo de Marchi, melhor arranjo, como diretor da APCEF, Sandro Fernandes.

Nilo Motta representou FrancoSalvadoretti, melhor instrumentista,com o diretor, Francisco Magalhães.

tora Cultural da APCEF, Almeride Souza, agradeceu a presen-ça de todos. "Estamos muitofelizes por todos terem atendi-do ao chamamento e tornado anoite maravilhosa", disse.

As doze músicas classifica-das estão no CD do Festival, àvenda na APCEF, juntamentecom duas músicas do espetáculoAmérica Café, do Grupo de Tea-tro da APCEF Caixa de Pandora.

DEPOIMENTOS"Foi muito importante pela

retomada que a APCEF estádando à área cultural, especial-mente aos festivais de música.Para mim, foi muito especialpelo envolvimento afetivo quetenho. Espero que seja o primei-ro de muitos outros." JorgeHugo

"O meu objetivo foi totalmen-te atingido, divulgar o trabalho,juntamente com os colegas dabanda. Também o clima de con-fraternização do evento, o con-tato com as pessoas que hátempos não via. Deveríamosfazer mais eventos de valoriza-ção do trabalho cultural dosempregados da Caixa." Marce-lo de Marchi

"Foi uma emoção indes-critível. Pelo alto nível das mú-sicas e a qualidade dos músi-cos, ganhar foi muito emocio-nante. Agora, é ajustar aindamais o arranjo e ir para o Músi-ca Fenae, concorrer e vencer. Aminha paixão é a música e essaletra vem do sonho de viver sos-segado, de ter um lugar tranqüi-lo." Elzo Juarez de Souza

"Foi importante pelo resgatedo Festival, a noite estava ma-ravilhosa, o som muito bom,mas faltou um pouco de critériopara a escolha dos jurados. Naminha opinião, não poderia ha-ver dois ligados ao nativismo e,também, deveriam ser diferen-tes os que fizeram a pré-sele-ção, dos que julgaram a final."Luis Fernando Kalife

"O Festival foi muito impor-tante para o reconhecimentodos talentos dos bancários. Paramostrar que empregado da Cai-xa não é só autenticar papéis evender fundo de capitalização,mas que têm outras atividades,outros talentos. Seria interes-sante se a APCEF pudessemanter uma mostra anual detalentos bancários." AthosRonaldo Miralha da Cunha

É Primavera nas imediaçõesdo paralelo trinta

O sol vai alto e o jequitibá fazsombra na varanda

A cachoeira que ao alto des-penca a paisagem brinda

É nesse passo aqui nessa es-tância que a vida anda

Subindo o morro azul já o tu-rista do platô avista

Lá na planície o rio serpente-ando entre o arvoredo

Tem a cultura isso é muitomais do que uma bela vista

Sem exagero se pode chamarEstância do Sossego

Aqui o tempo anda à re-Aqui o tempo anda à re-Aqui o tempo anda à re-Aqui o tempo anda à re-Aqui o tempo anda à re-velia do oficial horáriovelia do oficial horáriovelia do oficial horáriovelia do oficial horáriovelia do oficial horário

E as pessoas têm porE as pessoas têm porE as pessoas têm porE as pessoas têm porE as pessoas têm porccccconsultor a própria naturezaonsultor a própria naturezaonsultor a própria naturezaonsultor a própria naturezaonsultor a própria natureza

Lá fora o mundo grita cor-Lá fora o mundo grita cor-Lá fora o mundo grita cor-Lá fora o mundo grita cor-Lá fora o mundo grita cor-re já tá cinza o cenáriore já tá cinza o cenáriore já tá cinza o cenáriore já tá cinza o cenáriore já tá cinza o cenário

Como refúgio para osComo refúgio para osComo refúgio para osComo refúgio para osComo refúgio para osmeus filhos é essa estânciameus filhos é essa estânciameus filhos é essa estânciameus filhos é essa estânciameus filhos é essa estânciauma fortalezauma fortalezauma fortalezauma fortalezauma fortaleza

E a cultura que germina aquipra todo lado cresce

Virou até notícia no jornal deum romance urbano

Pra preservar essa tranqüilida-de que aqui floresce

Tem que apostar nagrandiosidade do fator humano

Já ao cair da tarde enquanto osol da cena se retira

Pessoas simples com suas fa-mílias vão para a calçada

Contar história celebrar a vidarelembrar o dia

Não é um sonho isso é poe-sia em noite enluarada

Intérprete: Nilo Sérgio Flores Motta(Ag. São João)Compositor da letra: Elzo Juarez deSouza (Ag. Sapiranga)Autor da música: Elzo Juarez deSouza (Ag. Sapiranga)

ESTÂNCIADO SOSSEGO

Elzo Juarez de Souza, música mais po-pular, com a diretora Cultural, Almeri deSouza.

Nilo Motta (ao centro) e Elzo Juarez (dir.) recebem o troféu demúsica vencedora do vice-presidente da APCEF, Marcelo Marimon.

Público lotou o Galpão Crioulo para prestigiar artistas.

Melhor letra:Melhor letra:Melhor letra:Melhor letra:Melhor letra: Um grito narua (Athos Ronaldo Miralha daCosta)

Melhor arranjo:Melhor arranjo:Melhor arranjo:Melhor arranjo:Melhor arranjo: Tristesina de um roqueiro perdido emPOA na noite de carnaval (Mar-celo de Marchi)

Melhor instrumen-Melhor instrumen-Melhor instrumen-Melhor instrumen-Melhor instrumen-tista:tista:tista:tista:tista: Franco Salvadoreti porEstância do Sossego

Melhor intérprete:Melhor intérprete:Melhor intérprete:Melhor intérprete:Melhor intérprete: Jor-ge Hugo Souza Gomes por Licor

Melhor melodia:Melhor melodia:Melhor melodia:Melhor melodia:Melhor melodia: Tristesina de um roqueiro perdido emPOA na noite de carnaval (Mar-celo de Marchi)

Canção mais popular:Canção mais popular:Canção mais popular:Canção mais popular:Canção mais popular:Estância do Sossego

VVVVVencedora:encedora:encedora:encedora:encedora: Estância doSossego (Elzo Juarez de Souza)

Marcelo de Marchi, melhor melodia, como diretor, Paulo César Ketzer.

"Foi importante pelo resgateda participação dos empregadosartistas, embora, eu não concor-de com o fato de que dois dosjurados têm formação nativista,para escolher uma música quevai representar o RS num festi-val de MPB, o júri deveria sermais eclético, independente dis-so, foi válido, foi uma oportuni-dade de ver mais artistas do in-terior." Angelino Rogério