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Crescimento Econômico: Uma análise via modelos Econométricos Espaciais UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Campus Governador Valadares Faculdade de Ciências Econômicas Vinícius de Azevedo Couto Firme Doutor em Economia pelo PPGE/UFJF Professor Adjunto do Departamento de Economia da UFJF-GV http://lattes.cnpq.br/4820999132708974 Crescimento Econômico: Uma análise via modelos Econométricos Espaciais Seminários de Economia, 2017 – UFJF/GV

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  • Crescimento Econômico: Uma análise via modelos Econométricos Espaciais

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORACampus Governador Valadares

    Faculdade de Ciências Econômicas

    Vinícius de Azevedo Couto FirmeDoutor em Economia pelo PPGE/UFJF

    Professor Adjunto do Departamento de Economia da UFJF-GV

    http://lattes.cnpq.br/4820999132708974

    Crescimento Econômico: Uma análise via modelos Econométricos EspaciaisSeminários de Economia, 2017 – UFJF/GV

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORACampus Governador Valadares

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    ▪ Os resultados apresentados aqui são oriundos dos trabalhos de pesquisa abaixo:

    1) FIRME, V. A. C.; SIMAO FILHO, J. Análise do crescimento econômico dos municípios de minasgerais via modelo MRW (1992) com capital humano, condições de saúde e fatores espaciais,1991-2000. Economia Aplicada (Impresso), v. 18, p. 679-716, 2014.

    Link:http://dx.doi.org/10.1590/1413-8050/ea640

    2) FIRME, V. A. C.; FREGUGLIA, R. S. Análise do Crescimento dos Municípios Brasileiros UtilizandoDados em Painel e Controles Espaciais sobre o Modelo de Mankiw, Romer e Weil (1992) para oPeríodo de 1980 a 2010. FORUM BNB/ANPEC NORDESTE, 2013,

    Link:http://edi.bnb.gov.br/content/aplicacao/eventos/forumbnb2013/docs/2013_ss3_mesa2_analise_crescimento_municipios_brasileiros_utilizando_dados_painel.pdf

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    Referências

    http://dx.doi.org/10.1590/1413-8050/ea640http://edi.bnb.gov.br/content/aplicacao/eventos/forumbnb2013/docs/2013_ss3_mesa2_analise_crescimento_municipios_brasileiros_utilizando_dados_painel.pdf

  • ▪ Séries Históricas de Crescimento Econômico

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    Brasil PIB per capita - US$ de 2013 (mil)

    EUAPIB per capita – USS de 2000

    Fonte: Mankiw, Macroeconomics. 7ª Ed. (2005), Pág. 5. Fonte: IPEADATA.

    Introdução

  • ➢Em 1956, Solow elaborou um modelo capaz de explicar parte do crescimento econômico.

    ➢Posteriormente, MRW (1992) desenvolveram uma “versão ampliada” deste modelo,onde consideravam a importância do capital humano como insumo gerador de renda.

    ➢Noronha et al (2010), baseados em MRW (1992), incluiu e testou a hipótese de que ascondições de saúde poderiam influenciar o crescimento verificado nos estados brasileiros.

    ➢Embora estes modelos tenham avançado na discussão sobre o crescimento econômico,eles não consideraram a possibilidade de haver algum tipo de efeito espacial nesteprocesso (ERTUR E KOCH, 2007). Tal efeito, se não tratado, pode induzir a estimativasinconsistentes e/ou ineficientes (ANSELIN, 1988; ANSELIN E BERA, 1998).

    ➢ Logo, este artigo analisou os condicionantes do crescimento da renda per capita dosmunicípios de Minas Gerais, entre 1991-2000, utilizando o modelo MRW (1992) comcontrole para condições de saúde e robusto contra efeitos espaciais.

    O caso dos Municípios de Minas Gerais

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  • ➢ Na literatura brasileira encontram-se diversos trabalhos que buscaram analisara variação da renda e o crescimento econômico.

    ➢Estados (sem efeitos espaciais): Ferreira e Ellery Jr. (1996), Azzoni (1997), Pôrto Jr. e Ribeiro(2000), Azzoni et al (2001), Cravo e Soukiasis (2011) e Trompieri Neto et al (2008), Nakabashi e Salvato

    (2007), Cangussu et al. (2010).

    ➢Estados (com efeitos espaciais): Magalhães et al (2005), Barreto e Almeida (2009) e SilveiraNeto e Azzoni (2011).

    ➢Municípios/Micro (sem efeitos espaciais): Ribeiro e Porto Jr. (2003), Oliveira et all (2007),Fochezatto e Stulp (2008), Menezes e Azzoni (2006), Ferreira e Cruz (2010), Coelho e Figueiredo (2007).

    ➢Municípios (apenas com AC espacial): Monastério e Ávila (2004), Barreto et all (2010),Silva e Resende (2009), Perobelli et al (2007) e Maranduba Jr. e Almeida (2009).

    ➢Objetivo: controlar os efeitos espaciais a fim de analisar os condicionantes docrescimento dos municípios de MG.

    2. Trabalhos Empíricos utilizando modelos de Crescimento

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  • ➢ O modelo MRW(1992), é uma extensão da abordagem de Solow onde incluí-se a variável capital humano (H) na análise. Formalmente:

    (1)

    ➢Onde : yt é renda per capita real; y0 a renda per capita real inicial; sk a fração darenda investida em capital físico e; sh a fração da renda investida em capitalhumano. ; (n+g+δ) é o somatório do crescimento populacional “n”, avançotecnológico “g”, depreciação do capital “”; A0 a tecnologia inicial.

    ➢Operacionalmente, e equação (1) pode ser expressa como:

    (2)

    3. Metodologia dos modelos de Crescimento

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  • ➢ O modelo estimado utilizou dados do tipo cross-section para os municípios deMinas Gerais, no período 1991 a 2000. As variáveis utilizadas foram:1) crescimento da renda per capita ,2) renda per capita inicial ,3) estoque de capital físico da economia ,4) o somatório das taxas de crescimento populacional, ganho tecnológico e

    depreciação ,5) estoque de capital humano,

    ➢As variáveis Yt, Yt-1 e n foram obtidas no Atlas do Desenvolvimento Humano noBrasil, versão 1.0.0, 2003. Conforme proposto por MRW(1992), considerou-se ocrescimento de (g+) = 0.05 a.a.

    4. Especificação das Variáveis e Fonte de Dados

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  • ➢ Não existe um consenso sobre quais seriam as melhores proxies para K e Hcom desagregação municipal.

    ➢No caso de capital físico (K), as principais proxies utilizadas são:

    1. Consumo de energia elétrica: Cangussu et al. (2010), Noronha et al (2010), Barreto eAlmeida (2009) e Keppe e Nakabashi (2009);

    2. Estoque de capital residencial urbano: Soares (2009), Pereira et al (2011) e Barros Neto eNakabashi (2011);

    3. Despesa média de investimento do setor público e variação do capitalresidencial total: Salgueiro et al (2011);

    4. Gastos Públicos e Privados em Capital: Kroth e Dias (2013);

    5. Estoque de capital líquido do IPEADATA: Coelho e Figueiredo (2007);

    6. Fundo de Participação dos Municípios (FPM): Silva et al (2008).

    4. Especificação das Variáveis e Fonte de Dados

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  • ➢ Quanto ao Capital Humano (H), há os defensores da abordagem quantitativa:

    1. Matrícula Escolar; anos de escolaridade: Solow (1956), Lucas (1988), Barro (1991), MRW(1992), Cangussu et al. (2010), Coelho e Figueiredo (2007) e Silva e Resende (2009).

    ➢ E aqueles que defendem a inclusão de algum critério de qualidade:

    2. Anos médios de escolaridade ponderados pelo IDEB, ENEM ou IDH: Soares (2009),Penna (2009), Nakabashi e Figueiredo (2008) e Barreto e Almeida (2009).

    ➢Há, ainda, os que defendem que o nível de saúde de uma região seria umimportante componente do capital humano e sua inclusão poderia tornar a educaçãonão significativa (KNOWLES E OWEN, 1995) enquanto sua exclusão poderia supervalorizá-la (HIRVONEN, 2010).

    3. Expectativa de vida e mortalidade infantil: Knowles e Owen (1995); Bloom et al (2001);Bhargava et al (2001), Barro (1996), Noronha et al (2010).

    4. Especificação das Variáveis e Fonte de Dados

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  • 4. Especificação das Variáveis e Fonte de Dados

    Tabela 2. Estimação dos Modelos de Crescimento para os Municípios de MGVariáveis

    (1ª é a dependente)

    Modelos

    a) K=ID5 e H=ID31 b) K=ID18 e H=ID31 c) K=ID5 e H=ID32 d) K=ID18 e H=ID35

    Coef. Prob. Coef. Prob. Coef. Prob. Coef. Prob.

    CONSTANTE 1.574 0.000 1.481 0.000 1.581 0.000 1.464 0.000

    Ln(Yt-1) -0.137 0.000 -0.109 0.000 -0.142 0.000 -0.111 0.000

    Ln(n+g+) 0.002 0.873 -0.034 0.016 -0.002 0.868 -0.035 0.014

    Ln(Kt) 0.190 0.000 0.080 0.000 0.200 0.000 0.079 0.000

    Ln(H1t) 0.100 0.000 0.183 0.000 0.075 0.000 0.180 0.000

    Ln(H2t) - - - - 0.043 0.000 0.036 0.000

    AIC -3551.81 -3469.1 -3566.45 -3468.62

    SC -3528.06 -3445.35 -3537.96 -3440.13

    R2 Ajustado 0.460 0.405 0.470 0.406

    Graus de Liberdade 848 848 847 847

    Fonte: Elaboração própria com base no software SpaceStat.

    Nota: ID5 = Estoque de Capital Residencial per capita;

    ID18 = Crescimento Médio do Cap. Residencial per capita;

    ID31 = [Anos de Estudo > 25 anos (média)] * [1+IFDM_Educação] * [1+IFDM_Saúde];

    ID32 = [Anos de Estudo > 25 anos (média)] e [1+IDH_Longevidade];

    ID35 = [Anos de Estudo > 25 anos (média)] * [1+IFDM_Educação] e [1+IFDM_Saúde].

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  • ➢ Nesta seção utilizou-se as técnicas de AEDE para testar a existência deautocorrelação e heterogeneidade espacial na variação da renda per capita nosmunicípios mineiros, , no período de 1991 a 2000.

    5. Análise Exploratória Espacial da Variável Dependente

    Gráfico1. I de Moran para , considerando Diversas Matrizes Espaciais

    Fonte: Elaboração própria com base no Software SpaceStat.

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    INH

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  • 5. Análise Exploratória Espacial da Variável Dependente

    Figura 1. Mapa de Cluster para Crescimento de renda per capita, para os municípios de MG (1991–2000).

    Fonte: Elaboração dos autores com base no Software GEODA.Nota: NS = não significante a um nível de significância de 5%.

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  • ➢ Os modelos estimados neste trabalho podem ser especificados da seguinteforma:

    (3)

    Onde: ; ~ (0, )

    Lembrando que 0 é a constante e os demais são coeficientes que acompanhamas variáveis explicativas dos modelos. Sendo que i=1,..5, referem-se ao modeloMRW e i=6,..10 representam estas variáveis defasadas espacialmente. é ocoeficiente que acompanha variável dependente defasada espacialmente. u éum termo de erro que segue um processo espacial autoregressivo. Por fim W1 eW2 são as matrizes de pesos espaciais utilizadas.

    6. Modelos e Análise de Resultados

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  • ➢O problema da Endogeneidade relacionado ao termo :

    “Se a variação na renda de um município X afetar a renda de seus vizinhos, éprovável que a variação na renda dos vizinhos afete o município X.”

    ➢ Nestes casos, os modelos devem ser estimados via MQ2E. As variáveisexplicativas e suas defasagens espaciais, que, a princípio, possuem altacorrelação com a variável dependente e não possuem correlação com o termode erro poderiam ser usadas como instrumento (KELEJIAN e PRUCHA, 1998).

    ➢ No caso onde as variáveis explicativas defasadas espacialmente já fazem partedo modelo, utiliza-se a segunda defasagem destas.

    6. Modelos e Análise de Resultados

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  • Tabela 3. Estimação dos Modelos de Crescimento para os Municípios de MGVariáveis Variável dependente: W_ln(Yt/Yt-1) Notas:

    1. p-valor: *

  • ➢O passo seguinte consiste em incorporar a heterogeneidade espacial(instabilidade estrutural), manifestado nos parâmetros (). Para isso, utilizou-seuma variável categórica para identificar regimes espaciais.

    ➢Logo, foram selecionados 12 grupos, referentes às mesoregiões de MG,visando “suavizar” a heterogeneidade espacial. A ideia é verificar se existemrespostas distintas dependendo do subconjunto de dados.

    ➢Os modelos de transbordamento espacial com mudança estrutural nosparâmetros, definida pelos regimes espaciais, são apresentado na Tabela 4.

    6. Modelos e Análise de Resultados

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  • Tabela 4. Testes de Estabilidade Estrutural do Modelo 3 com Regimes Espaciais Modelo Populacional Modelo sem Outliers

    MQO MQO Robusto MQO MQO RobustoChow 3.19*** - 4.47*** -Chow_White - 589.18*** - 809.44***

    Variáveis Teste de Estabilidade dos IndividuaisCONSTANTE 2.59*** 29.48*** 2.23** 21.82**

    Ln(Yt-1) 2.65*** 30.92*** 2.79*** 29.48***

    Ln(n+g+) 1.98** 18.87* 2.37*** 24.76**

    Ln(Kt) 2.83*** 37.58*** 4.17*** 46.94***

    Ln(H1t) 1.21 13.89 1.85 18.80*

    Ln(H2t) 0.89 10.25 1.30 14.33W_Ln(Yt-1) 1.12 19.48

    * 0.95 15.52W_Ln(n+g+) 1.58* 21.65** 1.62* 19.46*

    W_Ln(Kt) 0.90 14.72 1.30 18.36*

    W_Ln(H1t) 0.93 11.41 0.92 11.04W_Ln(H2t) 1.35 18.41

    * 2.54*** 30.73***

    Koenker-Bassett 35.31*** - -Breusch-Pagan - - 23.74** -Jarque-Bera 105.60*** 1.50

    R2 Ajustado 0.618 0.699AIC -3731.6 -3928.84SC -3104.7 -3305.46

    I de Moran (resíduo) 0.189*** 0.013Fonte: Elaboração dos autores com base no Software SpaceStat.Nota: p-valor: *

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  • Tabela 5. Impactos das variáveis do modelo de Transbordamento Espacial e Regimes espaciais por Mesoregião.

    Fonte: Elaboração própria dos autores com base nos resultados.

    Legenda: é a média dos coeficientes obtidos nas mesoregiões; é a média de coeficientes significativos das mesoregiões; Sig.-Valor Significativo a 10% ; P-

    percentil.

    Mesoregiões: 1. Noroeste de Minas; 2. Norte de Minas; 3. Jequitinhonha; 4. Vale do Mucuri; 5. Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba; 6. Central Mineira; 7. Região

    Metropolitana de Belo Horizonte; 8 .Vale do Rio Doce; 9. Oeste de Minas; 10. Sul/Sudoeste de Minas; 11. Campo das Vertentes; 12. Zona da Mata.

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  • ➢ A eliminação dos efeitos espaciais nos resíduos só foi possível após o controlesimultâneo da: 1) auto-ccrrelação espacial (modelo de transbordamento), 2)heterogeneidade espacial (regimes espaciais); 3) erros discrepantes (dummies).

    ➢Os resultados indicam que o capital físico, Ln(Kt), Humano Ln(H1t), e as condições desaúde, Ln(H2t) afetam o crescimento da seguinte forma: Ln(Kt) > Ln(H1t) > Ln(H2t).

    ➢A velocidade de convergência tende a diminuir após a inclusão das defasagens espaciais.Além disso, ela não se mostrou homogênea entre as mesoregiões de MG.

    ➢Mesoregiões intensivas em K parecem apresentar baixo retorno de K e alto retorno H1.

    Considerações Finais sobre Minas Gerais

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  • ➢ Este trabalho analisou o crescimento econômico dos municípios brasileiros, entre 1980 e2010, com base no modelo MRW (1992) usando um painel espacial.

    ➢Na tentativa de captar os efeitos espaciais, foram incluídas variáveis de autocorreção (10a 13) e heterogeneidade espacial (5 a 9) ao modelo MRW (1992):

    ➢Onde: D são dummies de região; Dist_mun é a distância de cada município em relação àsua capital estadual (efeito Spillover); W é uma matriz de pesos espaciais.

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    O caso dos Municípios Brasileiros

  • ➢Inicialmente, o modelo MRW (1992) foi estimado sem controles espaciais com dadoscross-section. Posteriormente, inclui-se os controles espaciais. Feito isso, partiu-se paraestimação em painel seguindo o mesmo critério.

    ➢Em se tratando de painel, geralmente estima-se um modelo POLS verificando a existênciade efeitos não observados, ci, via teste de Breusch-Pagan (1980), onde testa-se: .

    ➢Caso a H0 prevaleça, opta-se pelo POLS. Caso contrário, estima-se os modelos RE e FEusando o teste de Hausman (1978) para definir qual deve ser considerado.

    ➢Este procedimento testa se H0: E [ci xit] = 0. Se H0 for verdadeiro ambos são consistentes,porém o RE é mais eficiente. Se H0 não for verdadeira somente o modelo FE seráconsistente.

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    Método de Estimação do Modelo

  • a) Y - renda per capita das famílias valor total dos rendimentos recebidos, no mêsanterior a data de referência (IPEADATA/IBGE, 2012).

    b) K - capital físico despesa pública municipal em bens de capital (IPEADATA/STN, 2012).

    c) H – capital humano percentual de pessoas alfabetizadas (1 - % analfabetos) (IBGE,2012)

    d) (n+g+) - soma das taxas de crescimento populacional (n), progresso tecnológico (g) edepreciação (δ) g+δ = 0,05 anuais (Freitas e Almeida, 2011). n foi obtida no IPEADATA(2012).

    e) W - matriz de peso espacial Segundo Baumont (2004), a matriz espacial K = 5(vizinhos mais próximos) era a que melhor captava a autocorrelação espacial.

    f) Dummies de Região para as regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro Oeste.

    g) Dist_Mun. distância do município i à sua respectiva capital estadual (IPEA, 2012).

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    Crescimento Econômico: Uma análise via modelos Econométricos EspaciaisSeminários de Economia, 2017 – UFJF/GV

    Base de Dados

  • Quadro 1. Descrição e Sinais Esperados das Variáveis Tipo de Variável SIGLA Descrição Sinal Esperado Hipóteses para o Sinal Esperado

    Dependente Variação da Renda per capta n/c n/c

    Explicativas

    (Modelo MRW,

    1992)

    Ln(Yt-1) Renda per capta Inicial - Convergência da Renda

    Ln(K) Capital Físico + Insumo para crescimento da renda

    Ln(H) Capital Humano + Insumo para crescimento da renda

    Ln (n+g+)Taxas de cresc. Pop.(n) + tecnol.(g) + deprec.(θ) -

    Controle para

    Heterogeneidade

    Espacial

    Sul Municípios da Região Sul ? Dependem de questões inerentes a

    cada Região (ex: Gestão)Sudeste Municípios da Região Sudeste ?

    Nordeste Municípios da Região Nordeste ?

    Centro Oeste Municípios da Região Centro-Oeste ?

    Ln(dist_est) Distância do Município até sua Capital Estadual - Spillover gerado pelos centros

    (capitais)

    Controle para

    Auto-Correlação

    Espacial

    W_Ln(Yt/Yt-1) Variação da Renda com Defasagem Espacial + I de Moran positivo

    W_Ln(K) Capital Físico com Defasagem Espacial + efeito transbordamento

    W_Ln(H) Capital Humano com Defasagem Espacial + efeito transbordamento

    W_Ln(n+g+θ) Taxas de cresc. Pop.(n) + tecnol.(g) + deprec.(θ)

    com Defasagem Espacial

    -

    Fonte: Elaboração própria do autor com base na literatura consultada.

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    Base de Dados

  • OBS: n = 3453Legenda: * p

  • Tipo de Controle - Heterogeneidade Espacial

    Estimação em 2 Estágios Utilizando Instrumentos para W_Ln(Yt/Yt-1)

    Auto-Correlação Espacial

    Heterogeneidade e Auto-

    Correlação Espacial

    Variável POLS RE FE FD POLS RE POLS RE FE FD POLS RE

    Ln(Yt-1) -0.6817*** -0.6817*** -0.9561*** -1.1787*** -0.6722*** -0.6722*** -0.2462*** -0.2462*** -0.5058*** -0.7063*** -0.2680*** -0.2680***

    Ln(K) 0.0357*** 0.0357*** 0.0137** 0.0051 0.0349*** 0.0349*** 0.0104*** 0.0104*** 0.0204*** 0.0183*** 0.0135*** 0.0135***

    Ln(H) 1.7987*** 1.7987*** 2.6086*** 2.7317*** 1.8529*** 1.8529*** 0.4884*** 0.4884*** 0.4951*** 0.4119*** 0.5046*** 0.5046***

    Ln (n+g+θ) -0.0686*** -0.0686*** -0.0800*** -0.0516** -0.0674*** -0.0674*** -0.0279 -0.0279* -0.0101 -0.026 -0.0207 -0.0207

    Sul 0.0995*** 0.0995*** 0.0888*** 0.0888***

    Sudeste 0.1073*** 0.1073*** 0.0830*** 0.0830***

    Nordeste 0.1566*** 0.1566*** 0.0076 0.0076

    Centro Oeste 0.1597*** 0.1597*** 0.0963*** 0.0963***

    Ln(dist_est) 0.0085* 0.0085* 0.0072** 0.0072**

    W_Ln(Yt/Yt-1) 0.8609*** 0.8609*** 0.7550*** 0.5928*** 0.8760*** 0.8760***

    W_Ln(K) 0.0156*** 0.0156*** 0.0938*** 0.0879*** 0.0230*** 0.0230***

    W_Ln(H) 0.0847* 0.0847** 0.2941*** 0.8075*** -0.0493 -0.0493

    W_Ln (n+g+θ) 0.0857*** 0.0857*** 0.1202*** 0.1644*** 0.1221*** 0.1221***

    cons -4.8898*** -4.8898*** -6.8144*** - -5.3254*** -5.3254*** -1.6624*** -1.6624*** -2.5665*** - -1.2934*** -1.2934***

    N 10359 10359 10359 6906 10359 10359 10359 10359 10359 6906 10359 10359

    r2 0.49 0.80 0.50 0.77 0.78

    r2_overall 0.49 0.49 0.50 0.78 0.73 0.78

    r2_between 0.22 0.23 0.23 0.50 0.33 0.50

    r2_within 0.67 0.67 0.67 0.80 0.82 0.80

    aic 3581.61 -1590.10 4550.72 3485.65

    bic 3617.84 -1553.87 4578.08 3558.10

    Legenda: * p

  • ➢As estimações via POLS e RE, com controle espacial, revelaram que:

    a) H e K explicam parte da variação da renda (Y). Além disso, Y parece estar convergindo.

    b) As regiões Norte e Nordeste apresentam características que impulsionam pouco ocrescimento. Já o Centro-Oeste se destaca neste quesito.

    c) as capitais geram externalidades negativas para os municípios mais próximos,contrariando Myrdal (1960).

    d) a inclusão das defasagens espaciais reduziu o coeficiente de convergência.

    ➢A eliminação dos efeitos não observados via modelos de FD e FE gerou:

    e) Um aumento significativo do coeficiente associado à convergência da renda.

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    Considerações Finais

  • Questões para discussão

    1) Viés de Seleção: Até o CENSO/IBGE referente ao ano de 2010, o número de municípios brasileiros erade 5592. No entanto, só existem informações completas, considerando os 3 períodos analisados aqui,para 3453 municípios (61,75% do total). O impacto, em temos geográficos, dos missings gerados naseleção pode ser visualizado na Figura 2.

    2) Variável K: Inclui apenas capital público.

    3) Variável H: Inclui apenas alfabetizados.

    4) Resíduos: verificar/eliminar ACS nos resíduos.

    Figura 2. Municípios Brasileiros antes e após a Seleção Amostral dos DadosMunicípios Brasileiros antes da Seleção

    (Total: 5592)

    Municípios Brasileiros após a Seleção

    (Total 3453)

    Fonte: Elaboração própria com base nos Softwares ArcView e GEODA.

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  • 1. MACROECONOMIA E MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO

    2. ECONOMIA REGIONAL E INSUMO-PRODUTO

    3. COMÉRCIO INTERNACIONAL E POLÍTICAS COMERCIAIS

    4. ECONOMIA DA SAÚDE

    5. MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À ECONOMIA

    4.1. Insumo-Produto4.2. Estatística Multivariada4.3. Econometria (Séries de Tempo, cross-section e painel)4.4. Econometria Espacial

    Áreas de Atuação em Pesquisa

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