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CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO COM NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO ANA PAULA ANDRADE NUNES DEZEMBRO 2009 FORTALEZA CEARÁ BRASIL

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CRESCIMENTO E PRODUCcedilAtildeO DA BANANEIRA EM FUNCcedilAtildeO DA

ADUBACcedilAtildeO COM NITROGEcircNIO FOacuteSFORO E POTAacuteSSIO

ANA PAULA ANDRADE NUNES

DEZEMBRO ndash 2009

FORTALEZA ndash CEARAacute

BRASIL

ii

CRESCIMENTO E PRODUCcedilAtildeO DA BANANEIRA EM FUNCcedilAtildeO DA

ADUBACcedilAtildeO COM NITROGEcircNIO FOacuteSFORO E POTAacuteSSIO

ANA PAULA ANDRADE NUNES

Dissertaccedilatildeo submetida

agrave Coordenaccedilatildeo do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Agronomia Aacuterea de Concentraccedilatildeo em

Solos e Nutriccedilatildeo de Plantas da Universidade

Federal do Cearaacute ndash UFC como parte das

exigecircncias para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

Mestre

DEZEMBRO ndash 2009

FORTALEZA ndash CEARAacute

BRASIL

iii

Esta Dissertaccedilatildeo foi submetida como parte dos requisitos necessaacuterios agrave

obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Agronomia Aacuterea de Concentraccedilatildeo em Solos e Nutriccedilatildeo

de Plantas outorgado pela Universidade Federal do Cearaacute

Ana Paula Andrade Nunes

Dissertaccedilatildeo aprovada em 16 12 2009

Prof Ismail Soares DS

(Orientador)

Prof Solerne Caminha Costa DS

(Membro)

Prof Claudivan Feitosa de Lacerda DS

(Membro)

iv

Dedico este trabalho a minha famiacutelia

em especial a minha matildee Maria Socircnia Andrade Nunes

ao meu pai Joseacute Vianecircz Nunes

minha avoacute Sebastiana de Moiseacutes Nunes

e minhas irmatildes Ana Luacutecia e Ana Karoline

pelo desvelo estiacutemulo e apoio

assim como ao meu querido companheiro

e esmerado colaborador Victor Castelo Krichanatilde

v

AGRADECIMENTOS

A Deus criador da vida pela feacute que nos faz romper barreiras e realizar os

nossos ideais

Agrave Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC em especial ao Departamento de

Ciecircncia do Solo pela oportunidade oferecida para cursar o Mestrado em Solos e

Nutriccedilatildeo de Plantas

Ao professor Ricardo Lange Ness pela carta de recomendaccedilatildeo requisitada no

processo seletivo do curso de Mestrado em Solos e Nutriccedilatildeo de Plantas

Aos professores Solerne Caminha e Claudivan Feitosa pela prontidatildeo em

compor a banca examinadora desta dissertaccedilatildeo

Ao professor Ismail Soares pela orientaccedilatildeo amizade e dedicaccedilatildeo na

concretizaccedilatildeo desta pesquisa

Aos professores do curso de poacutes-graduaccedilatildeo na aacuterea de concentraccedilatildeo em solos

e nutriccedilatildeo de plantas pelo saber transmitido e amizade

Agrave CAPES pela bolsa de estudo concedida

Ao Banco do Nordeste do Brasil ndash BNB pelo financiamento para a realizaccedilatildeo

de pesquisas com bananeira

Agrave empresa FRUTACOR assim como ao seu proprietaacuterio Joatildeo Teixeira pela

aacuterea e suporte concedidos para o desenvolvimento do projeto

Aos meus amigos Andrea Sindeaux e John Herbert pela estima e carinho

Aos funcionaacuterios do Departamento de Solos e FUNCEME Ediacutelson Penha

Evilene Faacutetima Geoacutergia Tavares Antocircnio Joseacute Vilauba Ivonete e Francisco

A todos os meus colegas de mestrado em especial aos amigos Francisco de

Assis Nogueira Gislaine Marques Camila Campos Virginia Pires Rodrigo Giratildeo e

Ana Leocircnia pela amizade e incentivo em todos os momentos

A Joatildeo Paulo Kajazeiras pelo auxiacutelio durante a conduccedilatildeo do experimento em

campo e

A todos aqueles que natildeo foram citados mas que contribuiacuteram de alguma

maneira para a execuccedilatildeo desta pesquisa

vi

SUMAacuteRIO

Paacuteginas

QUADROS vii

FIGURAS viii

RESUMO ix

ABSTRACT x

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 03

21 Classificaccedilatildeo botacircnica e origem da bananeira 03

22 Exigecircncias edafoclimaacuteticas 04

23 Cultivo da bananeira 07

24 Adubaccedilatildeo da bananeira 07

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 11

31 Local do experimento 11

32 Instalaccedilatildeo e conduccedilatildeo da cultura 11

33 Caracteriacutesticas avaliadas 14

331 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas 14

332 Teores de nutrientes nas folhas 15

333 Componentes da produccedilatildeo 15

34 Determinaccedilatildeo de teores oacutetimos de nutrientes pelo meacutetodo da chance matemaacutetica 16

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 17

41 Crescimento da bananeira 17

441 Comprimento do pseudocaule 17

442 Circunferecircncia do pseudocaule 22

443 Nuacutemero de folhas vivas 28

42 Componentes da produccedilatildeo 31

43 Estado nutricional da bananeira 39

44 Adubaccedilatildeo na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo 44

5 CONCLUSOtildeES 45

6 LITERATURA CITADA 46

vii

QUADROS

Paacuteginas

Quadro 1 ndash Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Quadro 2 ndash Doses de NPK utilizadas no experimento 12

Quadro 3 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 17

Quadro 4 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 18

Quadro 5 ndash Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 20

Quadro 6 ndash Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 22

Quadro 7 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 23

Quadro 8 ndash Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 26

Quadro 9 ndash Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 28

Quadro 10 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 29

Quadro 11 ndash Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 31

Quadro 12 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para nuacutemero de Palmas nuacutemero de frutos produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 32

Quadro 13 ndash Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 39

Quadro 14 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 40

Quadro 15 ndash Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 41

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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48

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MOREIRA A FAGERIA N K Reparticcedilatildeo e remobilizaccedilatildeo de nutrientes na bananeira Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 574-581 jun 2009

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MOREIRA A PEREIRA J C R FREITAS A R Nitrogecircnio e potaacutessio na produtividade e qualidade dos frutos da bananeira cultivar lsquoThap Maeorsquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 574-581 jun 2009

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RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

49

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SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

SILVA F C Manual de anaacutelises quiacutemicas de solos plantas e fertilizantes Brasiacutelia Embrapa 1999 370p

SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 2: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

ii

CRESCIMENTO E PRODUCcedilAtildeO DA BANANEIRA EM FUNCcedilAtildeO DA

ADUBACcedilAtildeO COM NITROGEcircNIO FOacuteSFORO E POTAacuteSSIO

ANA PAULA ANDRADE NUNES

Dissertaccedilatildeo submetida

agrave Coordenaccedilatildeo do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

em Agronomia Aacuterea de Concentraccedilatildeo em

Solos e Nutriccedilatildeo de Plantas da Universidade

Federal do Cearaacute ndash UFC como parte das

exigecircncias para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

Mestre

DEZEMBRO ndash 2009

FORTALEZA ndash CEARAacute

BRASIL

iii

Esta Dissertaccedilatildeo foi submetida como parte dos requisitos necessaacuterios agrave

obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Agronomia Aacuterea de Concentraccedilatildeo em Solos e Nutriccedilatildeo

de Plantas outorgado pela Universidade Federal do Cearaacute

Ana Paula Andrade Nunes

Dissertaccedilatildeo aprovada em 16 12 2009

Prof Ismail Soares DS

(Orientador)

Prof Solerne Caminha Costa DS

(Membro)

Prof Claudivan Feitosa de Lacerda DS

(Membro)

iv

Dedico este trabalho a minha famiacutelia

em especial a minha matildee Maria Socircnia Andrade Nunes

ao meu pai Joseacute Vianecircz Nunes

minha avoacute Sebastiana de Moiseacutes Nunes

e minhas irmatildes Ana Luacutecia e Ana Karoline

pelo desvelo estiacutemulo e apoio

assim como ao meu querido companheiro

e esmerado colaborador Victor Castelo Krichanatilde

v

AGRADECIMENTOS

A Deus criador da vida pela feacute que nos faz romper barreiras e realizar os

nossos ideais

Agrave Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC em especial ao Departamento de

Ciecircncia do Solo pela oportunidade oferecida para cursar o Mestrado em Solos e

Nutriccedilatildeo de Plantas

Ao professor Ricardo Lange Ness pela carta de recomendaccedilatildeo requisitada no

processo seletivo do curso de Mestrado em Solos e Nutriccedilatildeo de Plantas

Aos professores Solerne Caminha e Claudivan Feitosa pela prontidatildeo em

compor a banca examinadora desta dissertaccedilatildeo

Ao professor Ismail Soares pela orientaccedilatildeo amizade e dedicaccedilatildeo na

concretizaccedilatildeo desta pesquisa

Aos professores do curso de poacutes-graduaccedilatildeo na aacuterea de concentraccedilatildeo em solos

e nutriccedilatildeo de plantas pelo saber transmitido e amizade

Agrave CAPES pela bolsa de estudo concedida

Ao Banco do Nordeste do Brasil ndash BNB pelo financiamento para a realizaccedilatildeo

de pesquisas com bananeira

Agrave empresa FRUTACOR assim como ao seu proprietaacuterio Joatildeo Teixeira pela

aacuterea e suporte concedidos para o desenvolvimento do projeto

Aos meus amigos Andrea Sindeaux e John Herbert pela estima e carinho

Aos funcionaacuterios do Departamento de Solos e FUNCEME Ediacutelson Penha

Evilene Faacutetima Geoacutergia Tavares Antocircnio Joseacute Vilauba Ivonete e Francisco

A todos os meus colegas de mestrado em especial aos amigos Francisco de

Assis Nogueira Gislaine Marques Camila Campos Virginia Pires Rodrigo Giratildeo e

Ana Leocircnia pela amizade e incentivo em todos os momentos

A Joatildeo Paulo Kajazeiras pelo auxiacutelio durante a conduccedilatildeo do experimento em

campo e

A todos aqueles que natildeo foram citados mas que contribuiacuteram de alguma

maneira para a execuccedilatildeo desta pesquisa

vi

SUMAacuteRIO

Paacuteginas

QUADROS vii

FIGURAS viii

RESUMO ix

ABSTRACT x

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 03

21 Classificaccedilatildeo botacircnica e origem da bananeira 03

22 Exigecircncias edafoclimaacuteticas 04

23 Cultivo da bananeira 07

24 Adubaccedilatildeo da bananeira 07

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 11

31 Local do experimento 11

32 Instalaccedilatildeo e conduccedilatildeo da cultura 11

33 Caracteriacutesticas avaliadas 14

331 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas 14

332 Teores de nutrientes nas folhas 15

333 Componentes da produccedilatildeo 15

34 Determinaccedilatildeo de teores oacutetimos de nutrientes pelo meacutetodo da chance matemaacutetica 16

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 17

41 Crescimento da bananeira 17

441 Comprimento do pseudocaule 17

442 Circunferecircncia do pseudocaule 22

443 Nuacutemero de folhas vivas 28

42 Componentes da produccedilatildeo 31

43 Estado nutricional da bananeira 39

44 Adubaccedilatildeo na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo 44

5 CONCLUSOtildeES 45

6 LITERATURA CITADA 46

vii

QUADROS

Paacuteginas

Quadro 1 ndash Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Quadro 2 ndash Doses de NPK utilizadas no experimento 12

Quadro 3 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 17

Quadro 4 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 18

Quadro 5 ndash Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 20

Quadro 6 ndash Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 22

Quadro 7 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 23

Quadro 8 ndash Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 26

Quadro 9 ndash Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 28

Quadro 10 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 29

Quadro 11 ndash Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 31

Quadro 12 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para nuacutemero de Palmas nuacutemero de frutos produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 32

Quadro 13 ndash Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 39

Quadro 14 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 40

Quadro 15 ndash Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 41

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

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TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

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VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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Page 3: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

iii

Esta Dissertaccedilatildeo foi submetida como parte dos requisitos necessaacuterios agrave

obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Agronomia Aacuterea de Concentraccedilatildeo em Solos e Nutriccedilatildeo

de Plantas outorgado pela Universidade Federal do Cearaacute

Ana Paula Andrade Nunes

Dissertaccedilatildeo aprovada em 16 12 2009

Prof Ismail Soares DS

(Orientador)

Prof Solerne Caminha Costa DS

(Membro)

Prof Claudivan Feitosa de Lacerda DS

(Membro)

iv

Dedico este trabalho a minha famiacutelia

em especial a minha matildee Maria Socircnia Andrade Nunes

ao meu pai Joseacute Vianecircz Nunes

minha avoacute Sebastiana de Moiseacutes Nunes

e minhas irmatildes Ana Luacutecia e Ana Karoline

pelo desvelo estiacutemulo e apoio

assim como ao meu querido companheiro

e esmerado colaborador Victor Castelo Krichanatilde

v

AGRADECIMENTOS

A Deus criador da vida pela feacute que nos faz romper barreiras e realizar os

nossos ideais

Agrave Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC em especial ao Departamento de

Ciecircncia do Solo pela oportunidade oferecida para cursar o Mestrado em Solos e

Nutriccedilatildeo de Plantas

Ao professor Ricardo Lange Ness pela carta de recomendaccedilatildeo requisitada no

processo seletivo do curso de Mestrado em Solos e Nutriccedilatildeo de Plantas

Aos professores Solerne Caminha e Claudivan Feitosa pela prontidatildeo em

compor a banca examinadora desta dissertaccedilatildeo

Ao professor Ismail Soares pela orientaccedilatildeo amizade e dedicaccedilatildeo na

concretizaccedilatildeo desta pesquisa

Aos professores do curso de poacutes-graduaccedilatildeo na aacuterea de concentraccedilatildeo em solos

e nutriccedilatildeo de plantas pelo saber transmitido e amizade

Agrave CAPES pela bolsa de estudo concedida

Ao Banco do Nordeste do Brasil ndash BNB pelo financiamento para a realizaccedilatildeo

de pesquisas com bananeira

Agrave empresa FRUTACOR assim como ao seu proprietaacuterio Joatildeo Teixeira pela

aacuterea e suporte concedidos para o desenvolvimento do projeto

Aos meus amigos Andrea Sindeaux e John Herbert pela estima e carinho

Aos funcionaacuterios do Departamento de Solos e FUNCEME Ediacutelson Penha

Evilene Faacutetima Geoacutergia Tavares Antocircnio Joseacute Vilauba Ivonete e Francisco

A todos os meus colegas de mestrado em especial aos amigos Francisco de

Assis Nogueira Gislaine Marques Camila Campos Virginia Pires Rodrigo Giratildeo e

Ana Leocircnia pela amizade e incentivo em todos os momentos

A Joatildeo Paulo Kajazeiras pelo auxiacutelio durante a conduccedilatildeo do experimento em

campo e

A todos aqueles que natildeo foram citados mas que contribuiacuteram de alguma

maneira para a execuccedilatildeo desta pesquisa

vi

SUMAacuteRIO

Paacuteginas

QUADROS vii

FIGURAS viii

RESUMO ix

ABSTRACT x

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 03

21 Classificaccedilatildeo botacircnica e origem da bananeira 03

22 Exigecircncias edafoclimaacuteticas 04

23 Cultivo da bananeira 07

24 Adubaccedilatildeo da bananeira 07

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 11

31 Local do experimento 11

32 Instalaccedilatildeo e conduccedilatildeo da cultura 11

33 Caracteriacutesticas avaliadas 14

331 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas 14

332 Teores de nutrientes nas folhas 15

333 Componentes da produccedilatildeo 15

34 Determinaccedilatildeo de teores oacutetimos de nutrientes pelo meacutetodo da chance matemaacutetica 16

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 17

41 Crescimento da bananeira 17

441 Comprimento do pseudocaule 17

442 Circunferecircncia do pseudocaule 22

443 Nuacutemero de folhas vivas 28

42 Componentes da produccedilatildeo 31

43 Estado nutricional da bananeira 39

44 Adubaccedilatildeo na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo 44

5 CONCLUSOtildeES 45

6 LITERATURA CITADA 46

vii

QUADROS

Paacuteginas

Quadro 1 ndash Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Quadro 2 ndash Doses de NPK utilizadas no experimento 12

Quadro 3 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 17

Quadro 4 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 18

Quadro 5 ndash Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 20

Quadro 6 ndash Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 22

Quadro 7 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 23

Quadro 8 ndash Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 26

Quadro 9 ndash Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 28

Quadro 10 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 29

Quadro 11 ndash Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 31

Quadro 12 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para nuacutemero de Palmas nuacutemero de frutos produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 32

Quadro 13 ndash Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 39

Quadro 14 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 40

Quadro 15 ndash Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 41

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 4: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

iv

Dedico este trabalho a minha famiacutelia

em especial a minha matildee Maria Socircnia Andrade Nunes

ao meu pai Joseacute Vianecircz Nunes

minha avoacute Sebastiana de Moiseacutes Nunes

e minhas irmatildes Ana Luacutecia e Ana Karoline

pelo desvelo estiacutemulo e apoio

assim como ao meu querido companheiro

e esmerado colaborador Victor Castelo Krichanatilde

v

AGRADECIMENTOS

A Deus criador da vida pela feacute que nos faz romper barreiras e realizar os

nossos ideais

Agrave Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC em especial ao Departamento de

Ciecircncia do Solo pela oportunidade oferecida para cursar o Mestrado em Solos e

Nutriccedilatildeo de Plantas

Ao professor Ricardo Lange Ness pela carta de recomendaccedilatildeo requisitada no

processo seletivo do curso de Mestrado em Solos e Nutriccedilatildeo de Plantas

Aos professores Solerne Caminha e Claudivan Feitosa pela prontidatildeo em

compor a banca examinadora desta dissertaccedilatildeo

Ao professor Ismail Soares pela orientaccedilatildeo amizade e dedicaccedilatildeo na

concretizaccedilatildeo desta pesquisa

Aos professores do curso de poacutes-graduaccedilatildeo na aacuterea de concentraccedilatildeo em solos

e nutriccedilatildeo de plantas pelo saber transmitido e amizade

Agrave CAPES pela bolsa de estudo concedida

Ao Banco do Nordeste do Brasil ndash BNB pelo financiamento para a realizaccedilatildeo

de pesquisas com bananeira

Agrave empresa FRUTACOR assim como ao seu proprietaacuterio Joatildeo Teixeira pela

aacuterea e suporte concedidos para o desenvolvimento do projeto

Aos meus amigos Andrea Sindeaux e John Herbert pela estima e carinho

Aos funcionaacuterios do Departamento de Solos e FUNCEME Ediacutelson Penha

Evilene Faacutetima Geoacutergia Tavares Antocircnio Joseacute Vilauba Ivonete e Francisco

A todos os meus colegas de mestrado em especial aos amigos Francisco de

Assis Nogueira Gislaine Marques Camila Campos Virginia Pires Rodrigo Giratildeo e

Ana Leocircnia pela amizade e incentivo em todos os momentos

A Joatildeo Paulo Kajazeiras pelo auxiacutelio durante a conduccedilatildeo do experimento em

campo e

A todos aqueles que natildeo foram citados mas que contribuiacuteram de alguma

maneira para a execuccedilatildeo desta pesquisa

vi

SUMAacuteRIO

Paacuteginas

QUADROS vii

FIGURAS viii

RESUMO ix

ABSTRACT x

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 03

21 Classificaccedilatildeo botacircnica e origem da bananeira 03

22 Exigecircncias edafoclimaacuteticas 04

23 Cultivo da bananeira 07

24 Adubaccedilatildeo da bananeira 07

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 11

31 Local do experimento 11

32 Instalaccedilatildeo e conduccedilatildeo da cultura 11

33 Caracteriacutesticas avaliadas 14

331 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas 14

332 Teores de nutrientes nas folhas 15

333 Componentes da produccedilatildeo 15

34 Determinaccedilatildeo de teores oacutetimos de nutrientes pelo meacutetodo da chance matemaacutetica 16

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 17

41 Crescimento da bananeira 17

441 Comprimento do pseudocaule 17

442 Circunferecircncia do pseudocaule 22

443 Nuacutemero de folhas vivas 28

42 Componentes da produccedilatildeo 31

43 Estado nutricional da bananeira 39

44 Adubaccedilatildeo na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo 44

5 CONCLUSOtildeES 45

6 LITERATURA CITADA 46

vii

QUADROS

Paacuteginas

Quadro 1 ndash Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Quadro 2 ndash Doses de NPK utilizadas no experimento 12

Quadro 3 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 17

Quadro 4 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 18

Quadro 5 ndash Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 20

Quadro 6 ndash Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 22

Quadro 7 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 23

Quadro 8 ndash Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 26

Quadro 9 ndash Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 28

Quadro 10 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 29

Quadro 11 ndash Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 31

Quadro 12 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para nuacutemero de Palmas nuacutemero de frutos produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 32

Quadro 13 ndash Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 39

Quadro 14 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 40

Quadro 15 ndash Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 41

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

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SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 5: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

v

AGRADECIMENTOS

A Deus criador da vida pela feacute que nos faz romper barreiras e realizar os

nossos ideais

Agrave Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC em especial ao Departamento de

Ciecircncia do Solo pela oportunidade oferecida para cursar o Mestrado em Solos e

Nutriccedilatildeo de Plantas

Ao professor Ricardo Lange Ness pela carta de recomendaccedilatildeo requisitada no

processo seletivo do curso de Mestrado em Solos e Nutriccedilatildeo de Plantas

Aos professores Solerne Caminha e Claudivan Feitosa pela prontidatildeo em

compor a banca examinadora desta dissertaccedilatildeo

Ao professor Ismail Soares pela orientaccedilatildeo amizade e dedicaccedilatildeo na

concretizaccedilatildeo desta pesquisa

Aos professores do curso de poacutes-graduaccedilatildeo na aacuterea de concentraccedilatildeo em solos

e nutriccedilatildeo de plantas pelo saber transmitido e amizade

Agrave CAPES pela bolsa de estudo concedida

Ao Banco do Nordeste do Brasil ndash BNB pelo financiamento para a realizaccedilatildeo

de pesquisas com bananeira

Agrave empresa FRUTACOR assim como ao seu proprietaacuterio Joatildeo Teixeira pela

aacuterea e suporte concedidos para o desenvolvimento do projeto

Aos meus amigos Andrea Sindeaux e John Herbert pela estima e carinho

Aos funcionaacuterios do Departamento de Solos e FUNCEME Ediacutelson Penha

Evilene Faacutetima Geoacutergia Tavares Antocircnio Joseacute Vilauba Ivonete e Francisco

A todos os meus colegas de mestrado em especial aos amigos Francisco de

Assis Nogueira Gislaine Marques Camila Campos Virginia Pires Rodrigo Giratildeo e

Ana Leocircnia pela amizade e incentivo em todos os momentos

A Joatildeo Paulo Kajazeiras pelo auxiacutelio durante a conduccedilatildeo do experimento em

campo e

A todos aqueles que natildeo foram citados mas que contribuiacuteram de alguma

maneira para a execuccedilatildeo desta pesquisa

vi

SUMAacuteRIO

Paacuteginas

QUADROS vii

FIGURAS viii

RESUMO ix

ABSTRACT x

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 03

21 Classificaccedilatildeo botacircnica e origem da bananeira 03

22 Exigecircncias edafoclimaacuteticas 04

23 Cultivo da bananeira 07

24 Adubaccedilatildeo da bananeira 07

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 11

31 Local do experimento 11

32 Instalaccedilatildeo e conduccedilatildeo da cultura 11

33 Caracteriacutesticas avaliadas 14

331 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas 14

332 Teores de nutrientes nas folhas 15

333 Componentes da produccedilatildeo 15

34 Determinaccedilatildeo de teores oacutetimos de nutrientes pelo meacutetodo da chance matemaacutetica 16

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 17

41 Crescimento da bananeira 17

441 Comprimento do pseudocaule 17

442 Circunferecircncia do pseudocaule 22

443 Nuacutemero de folhas vivas 28

42 Componentes da produccedilatildeo 31

43 Estado nutricional da bananeira 39

44 Adubaccedilatildeo na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo 44

5 CONCLUSOtildeES 45

6 LITERATURA CITADA 46

vii

QUADROS

Paacuteginas

Quadro 1 ndash Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Quadro 2 ndash Doses de NPK utilizadas no experimento 12

Quadro 3 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 17

Quadro 4 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 18

Quadro 5 ndash Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 20

Quadro 6 ndash Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 22

Quadro 7 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 23

Quadro 8 ndash Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 26

Quadro 9 ndash Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 28

Quadro 10 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 29

Quadro 11 ndash Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 31

Quadro 12 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para nuacutemero de Palmas nuacutemero de frutos produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 32

Quadro 13 ndash Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 39

Quadro 14 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 40

Quadro 15 ndash Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 41

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 6: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

vi

SUMAacuteRIO

Paacuteginas

QUADROS vii

FIGURAS viii

RESUMO ix

ABSTRACT x

1 INTRODUCcedilAtildeO 01

2 REVISAtildeO DE LITERATURA 03

21 Classificaccedilatildeo botacircnica e origem da bananeira 03

22 Exigecircncias edafoclimaacuteticas 04

23 Cultivo da bananeira 07

24 Adubaccedilatildeo da bananeira 07

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 11

31 Local do experimento 11

32 Instalaccedilatildeo e conduccedilatildeo da cultura 11

33 Caracteriacutesticas avaliadas 14

331 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas 14

332 Teores de nutrientes nas folhas 15

333 Componentes da produccedilatildeo 15

34 Determinaccedilatildeo de teores oacutetimos de nutrientes pelo meacutetodo da chance matemaacutetica 16

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 17

41 Crescimento da bananeira 17

441 Comprimento do pseudocaule 17

442 Circunferecircncia do pseudocaule 22

443 Nuacutemero de folhas vivas 28

42 Componentes da produccedilatildeo 31

43 Estado nutricional da bananeira 39

44 Adubaccedilatildeo na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo 44

5 CONCLUSOtildeES 45

6 LITERATURA CITADA 46

vii

QUADROS

Paacuteginas

Quadro 1 ndash Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Quadro 2 ndash Doses de NPK utilizadas no experimento 12

Quadro 3 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 17

Quadro 4 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 18

Quadro 5 ndash Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 20

Quadro 6 ndash Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 22

Quadro 7 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 23

Quadro 8 ndash Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 26

Quadro 9 ndash Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 28

Quadro 10 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 29

Quadro 11 ndash Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 31

Quadro 12 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para nuacutemero de Palmas nuacutemero de frutos produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 32

Quadro 13 ndash Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 39

Quadro 14 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 40

Quadro 15 ndash Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 41

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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vii

QUADROS

Paacuteginas

Quadro 1 ndash Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Quadro 2 ndash Doses de NPK utilizadas no experimento 12

Quadro 3 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 17

Quadro 4 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 18

Quadro 5 ndash Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 20

Quadro 6 ndash Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 22

Quadro 7 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 23

Quadro 8 ndash Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 26

Quadro 9 ndash Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 28

Quadro 10 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio 29

Quadro 11 ndash Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 31

Quadro 12 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para nuacutemero de Palmas nuacutemero de frutos produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 32

Quadro 13 ndash Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O 39

Quadro 14 ndash Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 40

Quadro 15 ndash Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK 41

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 8: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

viii

FIGURAS

Paacuteginas

Figura 1 ndash Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE 11

Figura 2 ndash Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio 19

Figura 3 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 4 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 24

Figura 5 ndash Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio 25

Figura 6 ndash Nuacutemero de folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo com a aplicaccedilatildeo de combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio 30

Figura 7 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente 35

Figura 8 ndash Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 35

Figura 9 ndash Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

Figura 10 ndash Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente 37

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 9: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

ix

RESUMO

Com o objetivo de estudar o efeito das diferentes doses de NPK no crescimento

e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo realizou-se este experimento na aacuterea da

empresa FRUTACOR no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio de

Quixereacute Estado do Cearaacute As mudas foram transplantadas em setembro de 2008 no

espaccedilamento de 35 m entre fileiras duplas 19 m entre fileiras simples e 16 m entre

plantas na linha As parcelas foram constituiacutedas de 8 plantas considerando como

parcela uacutetil as 4 plantas centrais Cinco doses de nitrogecircnio (70 490 700 910 e 1329

kg N ha-1) cinco de foacutesforo (17 122 174 227 e 332 kg P2O5 ha-1) e cinco de potaacutessio

(44 310 443 576 e 842 kg K2O ha-1) foram combinadas conforme a matriz

experimental Pan Puebla II e distribuiacutedas em um delineamento em blocos casualizados

com cinco repeticcedilotildees A fonte de nitrogecircnio utilizada foi ureacuteia de foacutesforo foi o fosfato

monoamocircnico e de potaacutessio foi o cloreto de potaacutessio As doses de NPK foram divididas

em sete aplicaccedilotildees sendo a primeira realizada em outubro de 2008 e repetida

mensalmente Foram realizadas coletas de dados biomeacutetricos (comprimento e

circunferecircncia do pseudocaule e nuacutemero de folhas) no periacuteodo de 120 ateacute 210 dias apoacutes

o transplantio (DAT) Coletaram-se folhas das plantas para a anaacutelise dos teores de NPK

Aos 305 DAT colheram-se os cachos que foram despencados pesados e avaliados

quanto ao nuacutemero de palmas e nuacutemero de frutos A combinaccedilatildeo das doses que

proporcionou melhores resultados de crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 O incremento nas doses de nitrogecircnio

influenciou negativamente o comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas A

adubaccedilatildeo fosfatada proporcionou resposta positiva para nuacutemero de folhas peso do

cacho e produtividade e natildeo houve resposta da bananeira agrave adubaccedilatildeo potaacutessica nas

caracteriacutesticas avaliadas Os teores foliares de N P e K natildeo foram significativamente

influenciados pelas doses de N P2O5 e K2O

Palavras-Chave Banana Pacovan Apodi Adubaccedilatildeo

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

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SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 10: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

x

ABSTRACT

This research aimed to study the effect of different NPK rates related to growth

and production of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo carrying out an experiment on the

experimental field of enterprise FRUTACOR in the district of Cercado do Meio

located in the municipality of Quixereacute Cearaacute State (Northeast Brazil) The experiment

was conducted in September 2008 using seedlings of banana tree lsquoPacovan Apodirsquo

developed from tissue culture and placed in a 35 m planting space in double rows 19

m in single rows and 16 m between simple plant lines Experimental plots consisted of

8 plants considering 4 centralized plants as useful Five doses of nitrogen (70 490 700

910 and 1329 kg N ha-1) five of phosphorus (17 122 174 227 and 332 kg P2O5 ha-1)

and five of potassium (44 310 443 576 and 842 kg K2O ha-1) were arranged according

to experimental matrix Pan Puebla II and distributed using the experimental design of

randomized blocks with five replications The nitrogen source used was urea phosphorus

was the mono-ammonium phosphate and potassium was potassium chloride NPK doses were

divided in seven applications being the first one conducted in October 2008 and the other

monthly Biometric data (pseudostem length pseudostem diameter and number of leaves) was

collected from 120 to 210 days after transplanting (DAT) Leaves were collected from each plot

for analysis of NPK nutrient content At 305 DAT grapes were harvested tumbled down

weighed evaluated and related to the number of palms and also the number of fruits The

combination of doses which promoted the best growth results and production of banana

tree lsquoPacovan Apodirsquo was composed by 490 227 and 576 kg ha-1 cycle-1 Increase in N

rates affected pseudostem length and number of palms Phosphate fertlization reached

positive results facing the number of leaves weight of bunch and productivity and

banana tree lsquoPacovan Apodirsquo presented no answer to potassium fertilization considering

characteristics evaluated on the experiment There was no significant effect of N P2O5

and K2O rates on foliar nutrient concentration

Index terms Banana Pacovan Apodi Fertilization

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 11: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

1 INTRODUCcedilAtildeO

A banana eacute uma das frutas mais consumidas no mundo sendo produzida pela

maioria dos paiacuteses tropicais e eacute fonte de alimento e renda para milhotildees de pessoas

Aleacutem de ser a segunda fruta em produccedilatildeo perdendo apenas para a laranja a banana eacute a

mais consumida no Brasil e na forma in natura o equivalente a 30 quilos por habitante

ao ano (Anuaacuterio 2008) Eacute cultivada por grandes meacutedios e pequenos produtores sendo

60 da produccedilatildeo proveniente da agricultura familiar (EMBRAPA 2006)

O maior produtor mundial de banana eacute a Iacutendia com aproximadamente 11

milhotildees de toneladas seguida pelo Brasil e China ambos com 7 milhotildees e o Equador

com 6 milhotildees (FAO 2008)

O Brasil eacute o segundo maior produtor mundial com ampla disseminaccedilatildeo em

todo o territoacuterio nacional (Borges 2006) A produccedilatildeo no Brasil foi de 709 milhotildees de

toneladas em 2006 de 697 milhotildees em 2007 e de 696 milhotildees em 2008 (IBGE 2008)

Apenas sete estados respondem por 70 da produccedilatildeo Bahia Satildeo Paulo Santa

Catarina Minas Gerais Paraacute Cearaacute e Pernambuco (Instituto Brasileiro de Frutas ndash

IBRAF 2008)

A aacuterea cultivada com banana no ano de 2007 foi de 498 mil hectares (IBGE

2007) O Brasil obteve uma produtividade meacutedia de 14088 kg ha-1 superior aos anos

anteriores em 2006 foi de 14056 e em 2005 foi de 13648 kg ha-1 No ano de 2006 o

Cearaacute produziu 408026 toneladas com aacuterea cultivada de 42718 hectares e um

rendimento meacutedio de 9551 kg ha-1 (FAO 2007)

No Nordeste o Cearaacute encontra-se em segundo lugar com 408206 toneladas de

cachos produzidos ficando atraacutes apenas da Bahia Em 2006 a Bahia passou a ser o

principal produtor nacional de bananas ao responder por 170 da produccedilatildeo do Paiacutes

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 12: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

2

No ano de 2008 do total de banana comercializado no Cearaacute 842 da

cultivar lsquoPacovan Apodirsquo e 972 da cultivar lsquoPratarsquo foram produzidos no proacuteprio

Estado sendo um indicativo de que eacute um importante produtor desta fruta

(DITEPCEASA-CE 2008)

A bananicultura eacute uma importante atividade agriacutecola no Brasil um dos

maiores produtores mundiais de banana e neste sentido estudos mais detalhados sobre

a utilizaccedilatildeo dos adubos minerais satildeo importantes perante o problema do seu uso

indiscriminado

O agropoacutelo do Baixo Jaguaribe vem se destacando pela melhoria do niacutevel

tecnoloacutegico dos cultivos podendo exercer influecircncia beneacutefica para as demais aacutereas de

produccedilatildeo de banana no Cearaacute Diante da importacircncia da bananicultura para o Estado

assim como para o contexto nacional o presente trabalho teve por objetivo estudar o

efeito da adubaccedilatildeo com nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em diferentes doses sobre o

crescimento e estado nutricional da bananeira de modo a delinear as doses maacuteximas

econocircmicas de modo a tornar o uso de adubos mais racional e sustentaacutevel

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

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desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

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A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

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luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

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24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

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a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

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emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

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A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 13: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

2 REVISAtildeO DE LITERATURA

21 CLASSIFICACcedilAtildeO BOTAcircNICA E ORIGEM DA BANANEIRA

Conforme a sistemaacutetica botacircnica de classificaccedilatildeo hieraacuterquica as bananeiras

produtoras de frutos comestiacuteveis satildeo plantas da classe das Monocotiledocircneas ordem

Scitaminales famiacutelia Musaceae onde se encontram as subfamiacutelias Heliconioideae

Strelitzioideae e Musoideae Esta uacuteltima inclui aleacutem do gecircnero Ensete o gecircnero Musa

Na evoluccedilatildeo das bananeiras comestiacuteveis participaram principalmente as espeacutecies

diploacuteides selvagens M alcuminata Colla e M balbisiana Colla de modo que cada

cultivar deve conter combinaccedilotildees variadas de genomas completos dessas espeacutecies

parentais Esses genomas satildeo denominados pelas letras A (M alcuminata) e B (M

balbisiana) de cujas combinaccedilotildees resultam os grupos AA BB AB AAA AAB ABB

AAAA AAAB AABB ABBB

Eacute uma planta herbaacutecea e perene caracterizada pela exuberacircncia de suas formas

e dimensotildees das folhas Possui caule subterracircneo denominado de rizoma que constitui

um oacutergatildeo de reserva onde estatildeo localizadas raiacutezes adventiacutecias e fibrosas O pseudocaule

resultante da uniatildeo das bainhas foliares termina com uma copa de folhas longas e largas

com uma nervura central desenvolvida Do centro da copa emerge a inflorescecircncia com

braacutecteas ovaladas de coloraccedilatildeo roxo-avermelhada em cujas axilas nascem as flores

Cada grupo de flores reunidas forma uma penca com um nuacutemero variaacutevel de frutos

originados por partenocarpia O cacho da bananeira eacute formado por peduacutenculo (engaccedilo)

raacutequis palmas (matildeo) frutos (dedos) e o botatildeo floral (coraccedilatildeo) Durante o

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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Page 14: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

4

desenvolvimento haacute formaccedilatildeo de rebentos que surgem na base da planta possibilitando

a constante renovaccedilatildeo dos bananais

A maioria das cultivares de banana originou-se do Continente Asiaacutetico embora

existam cultivares de origem na Aacutefrica Oriental e nas ilhas do Paciacutefico No Brasil a

bananeira eacute cultivada de norte a sul em regiotildees tropicais e subtropicais (Borges et al

2006) As cultivares mais difundidas no Brasil satildeo Prata Pacovan Prata Anatilde Mysore

Terra e DrsquoAngola do subgrupo AAB e Nanica Nanicatildeo e Grande Naine do subgrupo

AAA utilizadas principalmente na exportaccedilatildeo

A cultivar Pacovan Apodi pertence ao grupo gecircnomico AAAB resultante de

hibridaccedilatildeo da variedade Prata Anatilde Com boa capacidade produtiva pseudocaule muito

vigoroso de cor verde-claro brilhante e poucas manchas escuras proacuteximo agrave roseta

foliar Porte meacutedio a alto cacho maior e menos cocircnico que o da lsquoPrata Anatildersquo raacutequis com

braacutecteas caducas coraccedilatildeo grande e frutos maiores que os da lsquoPrata Anatildersquo com sabor

(azedo-doce) semelhante ao desta cultivar com quinas e aacutepices com ponta aparada Eacute

suscetiacutevel agrave Sigatoka-negra medianamente suscetiacutevel agrave Sigatoka-amarela e resistente ao

mal-do-Panamaacute Apresenta alta produtividade

22 EXIGEcircNCIAS EDAFOCLIMAacuteTICAS

Os fatores que influenciam no crescimento e produccedilatildeo das bananeiras

classificam-se em fatores internos e externos Os fatores internos estatildeo relacionados

com as caracteriacutesticas geneacuteticas da variedade utilizada enquanto que os externos

referem-se agraves condiccedilotildees edaacuteficas (solo) ambientais (clima) agentes bioacuteticos e agrave accedilatildeo do

homem interferindo nos fatores edaacuteficos e climaacuteticos (Alves 2004)

Em todo territoacuterio brasileiro encontram-se condiccedilotildees de solo favoraacuteveis ao

cultivo da bananeira contudo nem sempre satildeo utilizadas aquelas mais adequadas o que

se reflete em baixa produtividade e maacute qualidade dos frutos A bananeira eacute uma planta

de crescimento raacutepido que requer para seu desenvolvimento de produccedilatildeo quantidades

adequadas de nutrientes disponiacuteveis no solo e embora parte da necessidade nutricional

possa ser suprida pelo proacuteprio solo e resiacuteduos das colheitas na maioria das vezes eacute

necessaacuterio aplicar calcaacuterio e fertilizante quiacutemico e orgacircnico para a obtenccedilatildeo de

produccedilatildeo economicamente rentaacutevel (Borges 2004)

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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50

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 15: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

5

A bananeira demanda grandes quantidades de nutrientes para seu

desenvolvimento e obtenccedilatildeo de altos rendimentos sendo o potaacutessio (K) e o nitrogecircnio

(N) os nutrientes mais absorvidos Em ordem decrescente a bananeira absorve os

seguintes macronutrientes K gt N gt Ca gt Mg gt S gt P e os micronutrientes Cl gt Mn gt

Fe gt Zn gt B gt Cu Um bananal retira por tonelada de frutos 31 a 82 kg de K 12 a

24 kg de N 013 a 038 kg de Ca 020 a 037 kg de Mg e 011 a 030 kg de P A

exportaccedilatildeo de micronutrientes pelo cacho representa 28 para o B 49 para o Cu e

42 para o Zn em relaccedilatildeo ao total absorvido (IBRAF 2004)

Em aacutereas irrigadas eacute fundamental o conhecimento das inter-relaccedilotildees entre

aacutegua solo planta e clima para o manejo adequado da irrigaccedilatildeo e da fertirrigaccedilatildeo

objetivando o melhor desenvolvimento do sistema radicular que eacute resultado do potencial

geneacutetico da planta aleacutem de fatores ambientais (Borges 2008) dentre esses fatores

podem ser citados a temperatura a precipitaccedilatildeo a luminosidade o vento a umidade

relativa e a altitude

Eacute um fator muito importante no cultivo da bananeira pois influi diretamente

nos processos respiratoacuterios e fotossinteacuteticos da planta estando relacionada com a

altitude a luminosidade e os ventos A faixa de temperatura oacutetima para o

desenvolvimento das bananeiras comerciais eacute de 26-28ordm C com miacutenimas natildeo inferiores

a 15ordm C e maacuteximas natildeo superiores a 35ordm C (Borges 2003) Baixas temperaturas

provocam a compactaccedilatildeo da roseta foliar dificultando o lanccedilamento da inflorescecircncia e

provocando o seu ldquoengasgamentordquo o qual deforma o cacho inviabilizando sua

comercializaccedilatildeo e temperaturas elevadas inibem desenvolvimento principalmente

devido agrave desidrataccedilatildeo dos tecidos sobretudo das folhas (Borges amp Sousa 2004)

O consumo de aacutegua pela planta eacute elevado e constante em funccedilatildeo da morfologia

da hidrataccedilatildeo dos seus tecidos (Alves 1997) Para obtenccedilatildeo de colheitas

economicamente rentaacuteveis considera-se suficiente uma precipitaccedilatildeo bem distribuiacuteda

de 100 mm mecircs-1 para solos com boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua a 180 mm mecircs-1

para aqueles com menor capacidade Assim a precipitaccedilatildeo efetiva anual seria de 1200

a 1800 mm ano-1 (Borges 2003)

A bananeira requer alta luminosidade no entanto o fotoperiacuteodo parece natildeo

influenciar o seu crescimento e frutificaccedilatildeo embora o efeito da luminosidade sobre o

ciclo vegetativo da bananeira seja evidente No nordeste brasileiro a intensidade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 16: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

6

luminosa estaacute entorno de 2300 a 2800 horas ano-1 acelerando o desenvolvimento e

reduzindo o ciclo da bananeira (Alves 1997)

O vento eacute um fator climaacutetico importante podendo causar desde pequenos

danos ateacute a destruiccedilatildeo do bananal Ventos inferiores a 30 kmh normalmente natildeo

prejudicam a planta ou seja natildeo satildeo limitantes para o cultivo de banana (Borges 2003)

A bananeira como planta tiacutepica das regiotildees tropicais uacutemidas apresenta melhor

desenvolvimento em locais com meacutedias anuais de umidade relativa superiores a 80

Esta condiccedilatildeo acelera a emissatildeo das folhas prolonga sua longevidade favorece a

emissatildeo

A bananeira eacute cultivada em altitudes que variam de 0 a 1000 m acima do niacutevel

do mar A altitude influencia os fatores climaacuteticos (temperatura chuva umidade

relativa luminosidade entre outros) que consequumlentemente afetaratildeo o crescimento e a

produccedilatildeo da bananeira (Borges 2003) Com variaccedilatildeo de altitude o ciclo da bananeira eacute

alterado Comparaccedilotildees entre bananais conduzidos sob as mesmas condiccedilotildees de cultivo

solos chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produccedilatildeo

para cada 100 m de acreacutescimo na altitude (Borges amp Sousa 2004)

23 CULTIVO DA BANANEIRA

A aacuterea plantada no Brasil em 2004 era de 491042 hectares sendo os Estados

da Bahia (96240 ha) Satildeo Paulo (56224 ha) Cearaacute (43694 ha) Paraacute (43372 ha)

Pernambuco (42530 ha) e Minas (36372 ha) aqueles com as maiores aacutereas plantadas

(IBGE 2008)

A utilizaccedilatildeo de solos de baixa fertilidade e a natildeo manutenccedilatildeo de niacuteveis

adequados de nutrientes durante o ciclo da planta satildeo fatores responsaacuteveis pela baixa

produtividade da bananeira Apesar de ser cultivada em diversos tipos de solos a

bananeira desenvolve-se melhor em solos ricos em mateacuteria orgacircnica bem drenados

argilosos ou francos que possuam boa capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Borges et al

2000)

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 17: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

7

24 ADUBACcedilAtildeO DA BANANEIRA

A adubaccedilatildeo eacute um dos principais fatores atuantes na produccedilatildeo da maioria das

culturas influenciando a produtividade a qualidade dos frutos e a resistecircncia a doenccedilas

(Alves 1997) A necessidade de adubaccedilatildeo da cultura da banana eacute funccedilatildeo da exportaccedilatildeo

de nutrientes pelos cachos entre outros fatores (Teixeira et al 2008)

O nitrogecircnio tem funccedilatildeo estrutural na planta pois faz parte de moleacuteculas de

aminoaacutecidos e proteiacutenas aleacutem de ser constituinte de bases nitrogenadas e aacutecidos

nucleacuteicos Ainda participa de processos como absorccedilatildeo iocircnica fotossiacutentese respiraccedilatildeo

multiplicaccedilatildeo e diferenciaccedilatildeo celular (Malavolta et al 1997) Eacute um nutriente muito

importante para o crescimento vegetativo da planta podendo ser fornecido nas seguintes

fontes ureacuteia (45 N) sulfato de amocircnio (20 N) nitrato de caacutelcio (14 N) e nitrato

de amocircnio (34 N)

O foacutesforo faz parte da estrutura quiacutemica de compostos essenciais como

fosfolipiacutedeos coenzimas e aacutecidos nucleacuteicos sendo responsaacutevel pelos processos de

armazenamento e transferecircncia de energia (Malavolta et al 1997) Favorece o

desenvolvimento do sistema radicular sendo praticamente imoacutevel no solo e portanto eacute

recomendado que seja aplicado na cova de plantio (Cavalcante et al 2005 Malavolta

2006) A bananeira necessita de pequenas quantidades de foacutesforo as quais se natildeo

aplicadas prejudicam o desenvolvimento do sistema radicular da planta e

consequentemente afetam a produccedilatildeo Em culturas perenes eacute recomendado aplicar

doses altas de P2O5 na cova ou no sulco de plantio sob as formas de superfosfato

simples (18 P2O5) superfosfato triplo (45 P2O5) fosfato diamocircnico (DAP) (45

P2O5) e fosfato monoamocircnico (MAP) (48 P2O5)

O potaacutessio estaacute presente predominantemente na forma iocircnica na planta natildeo

tendo funccedilatildeo estrutural atuando como ativador enzimaacutetico na fotossiacutentese na

respiraccedilatildeo e na siacutentese de proteiacutenas de carboidratos e da adenosina trifosfato (Malavolta

et al 1997) Tambeacutem atua na regulaccedilatildeo osmoacutetica na manutenccedilatildeo da aacutegua na planta por

meio do controle da abertura e fechamento dos estocircmatos e na resistecircncia da planta agrave

incidecircncia de pragas e doenccedilas por efeito na permeabilidade das membranas plasmaacuteticas

(Cantarella 2007)

Eacute considerado o nutriente mais importante para a produccedilatildeo de frutos de

qualidade superior Possivelmente uma das razotildees para a alta exigecircncia de potaacutessio seja

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

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VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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Page 18: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

8

a necessidade de concentraccedilotildees elevadas deste elemento no citoplasma para uma boa

atividade enzimaacutetica (Malavolta 2006) Pode-se aplicaacute-lo sob as formas de cloreto de

potaacutessio (60 K2O) sulfato de potaacutessio (50 K2O) e nitrato de potaacutessio (48 K2O)

(Borges 2003)

A absorccedilatildeo de potaacutessio eacute dependente das concentraccedilotildees de Ca e Mg e natildeo da

quantidade absoluta presente no solo (Malavolta 2006) Silva amp Carvalho (2005)

verificaram correlaccedilotildees negativas entre o teor de K foliar e os teores foliares de Ca Mg

e Mn em avaliaccedilatildeo nutricional da bananeira lsquoPrata Anatildersquo

O efeito do potaacutessio sobre o nuacutemero de palmas por cacho e de banana por

cacho foi menos acentuado que o verificado em relaccedilatildeo agraves outras caracteriacutesticas de

produccedilatildeo (Brasil et al 2000) De acordo com os autores citados a adiccedilatildeo deste

nutriente promoveu aumento linear no peso de cacho peso de penca por cacho nuacutemero

de palmas por cacho e nuacutemero de bananas por cacho O potaacutessio natildeo proporcionou

efeito significativo sobre a massa do cacho o nuacutemero de palmas por cacho a massa

meacutedia da penca o nuacutemero de frutos por cacho e o diacircmetro do fruto (Maia et al 2003)

Em experimento com bananeira lsquoPrata Anatildersquo e doses de nitrogecircnio e potaacutessio

Silva et al (2003) natildeo encontraram interaccedilatildeo significativa entre N e K nos trecircs ciclos de

produccedilatildeo estudados As doses de potaacutessio aumentaram concomitantemente agraves de

nitrogecircnio que por sua vez tem efeito positivo no crescimento das plantas (Teixeira et

al 2007b)

Estudando os efeitos da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo Weber et al (2006) obtiveram uma produtividade meacutedia de 3321 4375 e

3976 t de cachos ha-1 nos trecircs ciclos de cultivo bem superior agrave meacutedia nacional no ano

de 2007 (1409 t ha-1)

Ao comparar os efeitos dos tratamentos com diferentes doses de nitrogecircnio e

potaacutessio aplicados via fertirrigaccedilatildeo no conteuacutedo de potaacutessio do perfil no solo Teixeira

et al (2007a) constataram que a influecircncia da irrigaccedilatildeo no aumento das perdas de

potaacutessio no perfil do solo eacute significativa tanto sem adubaccedilatildeo como com aplicaccedilatildeo de K

O conhecimento das interaccedilotildees entre os principais nutrientes eacute importante no

manejo da adubaccedilatildeo da bananeira O desbalanccedilo entre N e K pode causar problemas na

poacutes-colheita levando agrave queda de frutos amadurecidos no cacho notadamente em

bananeiras do subgrupo Cavendish (Borges 2004) Segundo o autor citado o baixo

suprimento de K favorece o acuacutemulo de N amoniacal e o excesso de N atrasa a

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 19: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

9

emergecircncia do cacho formando palmas espaccediladas facilmente danificaacuteveis no

transporte e afetando a qualidade dos frutos

Os efeitos da cultura sobre alguns atributos do solo indicam a necessidade de

monitoramento perioacutedico da fertilidade visando agrave manutenccedilatildeo de condiccedilotildees

satisfatoacuterias para a produccedilatildeo especialmente quanto agrave acidez e aos teores de potaacutessio

(Teixeira et al 2001) O aumento nas doses dos fertilizantes nitrogenados e potaacutessicos

tanto aplicados via fertirrigaccedilatildeo como na forma convencional implicou em incrementos

na acidez do solo principalmente ateacute 20 cm de profundidade e para cada 100 kg de N

aplicados anualmente via fertirrigaccedilatildeo houve reduccedilatildeo de aproximadamente 008 unidade

de pH no primeiro ciclo de cultivo e de 015 unidade no segundo ciclo na camada de 0 a

20 cm (Teixeira et al 2007a)

A adubaccedilatildeo tem por objetivo suprir os nutrientes exigidos pela planta durante

seu ciclo de cultivo permitindo o desenvolvimento de suas atividades fisioloacutegicas e a

obtenccedilatildeo de alta produccedilatildeo Os teores foliares satildeo indicativos do seu estado nutricional

sendo utilizados como paracircmetro para diagnosticar possiacuteveis deficiecircncias e excessos

Fontes et al (2003) em avaliaccedilatildeo do estado nutricional e desenvolvimento da bananeira

lsquoPrata-anatildersquo constataram que o incremento da adubaccedilatildeo nitrogenada natildeo influenciou o

teor foliar e Moreira et al (2009) estudando os efeitos do nitrogecircnio e potaacutessio na

produtividade e qualidade da bananeira lsquoThap Maeorsquo verificaram que as doses de K2O

natildeo influenciaram o teor foliar de potaacutessio

A adubaccedilatildeo orgacircnica eacute importante para manter o solo produtivo pois exerce

efeitos beneacuteficos sobre suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas As fontes

orgacircnicas a serem aplicadas nas covas de plantio variam de acordo com o material

utilizado (Borges 2004) O manejo adequado dos restos culturais pode interferir

positivamente na adubaccedilatildeo da bananeira em ciclos produtivos subsequentes Moreira amp

Fageria (2009) estimaram o acuacutemulo de nutrientes em partes da bananeira (folhas

engaccedilo braacutecteas pseudocaule e restos florais) obtendo 1438 1483 e 1027 kg ha -1de

N P e K respectivamente Dois terccedilos da parte aeacuterea da bananeira retornam ao solo na

forma de pseudocaule e folhas admitindo-se haver recuperaccedilatildeo significativa da

quantidade de nutrientes absorvidos (Alves 1997)

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 20: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

3 MATERIAIS E MEacuteTODOS

31 LOCAL DO EXPERIMENTO

O experimento foi conduzido no periacuteodo de setembro de 2008 a junho de 2009

na Fazenda Frutacor localizada no distrito de Cercado do Meio situado no municiacutepio

de Quixereacute Estado do Cearaacute com as coordenadas geograacuteficas 05deg07rsquo38rdquo de latitude ao

sul e 37deg56rsquo378rdquo de longitude a oeste de Greenwich e altitude de 121 m em relaccedilatildeo ao

niacutevel do mar

O clima de acordo com a classificaccedilatildeo de Koumleppen eacute do tipo BSwrsquohrsquo ou seja

clima semi-aacuterido quente com chuvas de veratildeo-outono sendo o trimestre marccedilo-maio o

periacuteodo mais chuvoso e o periacuteodo de julho a dezembro o mais seco A temperatura

meacutedia anual eacute de 285degC com miacutenima de 22degC e maacutexima de 35degC A precipitaccedilatildeo

meacutedia anual eacute 772 mm e a distribuiccedilatildeo de chuvas muito irregular (Costa 2009) A

precipitaccedilatildeo meacutedia registrada durante o periacuteodo do experimento foi de 11075 mm

mensurados com pluviocircmetro localizado na fazenda onde foi instalado o experimento

(Figura 1)

32 INSTALACcedilAtildeO E CONDUCcedilAtildeO DA CULTURA

O experimento foi instalado em 15 de setembro de 2008 utilizando mudas de

bananeira lsquoPacovan Apodirsquo produzidas a partir de cultura de tecidos aclimatizadas em

viveiro por 45 dias O espaccedilamento utilizado foi de 35 m entre fileiras duplas 19 m

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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PRADO R M ROZANE D E CAMAROTTI G S CORREIA M A R NATALE W BARBOSA J C BEUTLER A N Nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na nutriccedilatildeo de mudas de laranjeira lsquoValecircnciarsquo enxertadas sobre citrumeleiro lsquoSwinglersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 812-817 set 2008

RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

49

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SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

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SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

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SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 21: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

11

entre fileiras simples e 16 m entre plantas na linha O solo da aacuterea experimental eacute

classificado como Cambissolo com atributos fiacutesicos e quiacutemicos descritos no quadro 1

Figura 1 Distribuiccedilatildeo das precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas no periacuteodo de setembro de 2008 a julho de 2009 em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Quadro 1 Atributos fiacutesicos e quiacutemicos do solo da aacuterea experimental na fazenda Frutacor em Cercado do Meio distrito de QuixereacutendashCE

Caracteriacutesticas

Profundidade 0-20cm

pH (H2O)

74

MO (mg kg-1) 1324 P (mg kg-1) 120 Na+ (cmolc kg-1) 021 K+ (cmolc kg-1) 127 Ca2+

(cmolc kg-1) 88 Mg2+ (cmolc kg-1) 13 Al3+ (cmolc kg-1) 00 S (cmolc kg-1) 116 C (g kg-1) 768 N (g kg-1) 079 V () 100 CE (dS m-1) 035 Grau de floculaccedilatildeo () 20 Areia (g kg-1) 420 Silte (g kg-1) 350 Argila (g kg-1) 410 Classe textural Franca

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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MOREIRA A PEREIRA J C R FREITAS A R Nitrogecircnio e potaacutessio na produtividade e qualidade dos frutos da bananeira cultivar lsquoThap Maeorsquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 574-581 jun 2009

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ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

49

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SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

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SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 22: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

12

Os tratamentos consistiram em dezesseis combinaccedilotildees das doses de N P2O5 e

K2O de acordo com (Quadro 2) Foram utilizadas cinco doses de N (70 490 700 910 e

1329 kg ha-1 ciclo-1) na forma de ureacuteia cinco doses de foacutesforo (17 122 175 227 e 332

kg de P2O5 ha-1 ciclo-1) na forma de fosfato monoamocircnico (MAP) e cinco doses de

potaacutessio (44 310 443 576 e 842 kg de K2O ha-1 ciclo-1) na forma de cloreto de

potaacutessio combinadas conforme a matriz experimental Pan Puebla II Estas combinaccedilotildees

foram distribuiacutedas em sete aplicaccedilotildees com intervalos de um mecircs Os tratamentos foram

distribuiacutedos em delineamento com blocos casualizados Cada parcela experimental foi

constituiacuteda de oito plantas na linha dupla sendo as quatro plantas centrais a parcela uacutetil

Quadro 2 Doses de NPK utilizadas no experimento

Tratamento N P2O5 K2O

- - - - - - - kg ha-1ciclo-1 - - - - - - -

1 490 122 310

2 490 122 576

3 490 227 310

4 490 227 576

5 910 122 310

6 910 122 576

7 910 227 310

8 910 227 576

9 700 175 443

10 70 122 310

11 1329 227 576

12 490 17 310

13 910 332 576

14 490 122 44

15 910 227 842

16 70 17 44

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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PEREIRA N Utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a cultura da bananeira Fortaleza UFC 2009 (Dissertaccedilatildeo de mestrado natildeo publicada)

PRADO R M ROZANE D E CAMAROTTI G S CORREIA M A R NATALE W BARBOSA J C BEUTLER A N Nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na nutriccedilatildeo de mudas de laranjeira lsquoValecircnciarsquo enxertadas sobre citrumeleiro lsquoSwinglersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 812-817 set 2008

RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

49

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SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

SILVA F C Manual de anaacutelises quiacutemicas de solos plantas e fertilizantes Brasiacutelia Embrapa 1999 370p

SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

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SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

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SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 23: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

13

A primeira aplicaccedilatildeo dos tratamentos foi realizada aos 30 dias apoacutes o

transplantio e repetida mensalmente conforme descrito anteriormente As precipitaccedilotildees

pluviomeacutetricas ocorridas durante o periacuteodo de maio a junho de 2009 impossibilitaram a

aplicaccedilatildeo dos tratamentos neste periacuteodo

A irrigaccedilatildeo foi realizada por sistema de gotejamento utilizando emissores de

vazatildeo de 4 L h-1 e espaccedilamento de 08 m com frequecircncia diaacuteria de quatro horas Nos

meses em que o volume de aacutegua precipitado foi suficiente para suprir a demanda hiacutedrica

da cultura a irrigaccedilatildeo foi utilizada como complemento

Foram realizadas capinas quiacutemicas (herbicidas Paraquat e Diuron) e manuais

para o controle de ervas daninha principalmente no estaacutedio inicial Os perfilhos foram

retirados a partir dos 150 dias permanecendo somente uma planta por cova ateacute 210 dias

apoacutes o transplantio periacuteodo em que selecionou-se uma planta-filha e o restante foi

eliminado A desfolha ocorreu a partir dos 150 dias para a retirada de folhas velhas e

secas

A eliminaccedilatildeo do coraccedilatildeo ocorreu a partir dos 210 dias apoacutes o transplantio

sendo a colheita dos cachos prevista para 80 dias apoacutes o corte do coraccedilatildeo poreacutem as

precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas alagaram a aacuterea experimental impossibilitando a coleta dos

frutos a qual somente foi possiacutevel aos 110 dias apoacutes a marcaccedilatildeo

33 CARACTERIacuteSTICAS AVALIADAS

333 Circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de folhas vivas

A partir dos 120 dias apoacutes o transplantio das mudas realizou-se a cada 30 dias

as mediccedilotildees da circunferecircncia e comprimento do pseudocaule A circunferecircncia foi

medida a 15 cm do solo com fita meacutetrica e o comprimento do pseudocaule foi

mensurado a partir do niacutevel do solo ateacute a inserccedilatildeo da primeira folha com o auxilio de

uma trena O nuacutemero de folhas vivas foi obtido com a contagem de folhas natildeo

senescentes e fixas ao pseudocaule

Com os valores de circunferecircncia comprimento do pseudocaule e nuacutemero de

folhas vivas foram calculadas as taxas de crescimento absoluto as quais fornecem

informaccedilotildees sobre a velocidade meacutedia de crescimento ao longo do periacuteodo observado

(Benincasa 2003)

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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PRADO R M ROZANE D E CAMAROTTI G S CORREIA M A R NATALE W BARBOSA J C BEUTLER A N Nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na nutriccedilatildeo de mudas de laranjeira lsquoValecircnciarsquo enxertadas sobre citrumeleiro lsquoSwinglersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 812-817 set 2008

RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

49

Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 2 p 290-294 ago 2004

SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

SILVA F C Manual de anaacutelises quiacutemicas de solos plantas e fertilizantes Brasiacutelia Embrapa 1999 370p

SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 24: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

14

A taxa de crescimento absoluto foi estimada pela relaccedilatildeo

em que TCA = taxa de crescimento absoluto para o intervalo de tempo entre as

medidas um e dois (cm dia-1) C1 = medida na eacutepoca um (t1 em dias) cm C2 = medida

na eacutepoca dois (t2 em dias) cm

332 Teores de nutrientes nas folhas

Foi coletada a terceira folha totalmente aberta a partir do aacutepice com a

inflorescecircncia no estaacutedio em que todas as palmas femininas estavam descobertas (sem

braacutecteas) e apresentando natildeo mais do que trecircs palmas de flores masculinas Em cada

folha foi coletada a porccedilatildeo de aproximadamente 12 cm de largura na parte interna e

mediana do limbo de ambos os lados eliminando-se a nervura central conforme

metodologia descrita por Borges (1995) As amostras de folhas foram secas em estufa

com circulaccedilatildeo forccedilada de ar a 65deg C durante 72 horas e posteriormente trituradas em

moinho do tipo Willey Foram determinados os teores de N P e K conforme

metodologia descrita por Silva (1999) O nitrogecircnio total foi extraiacutedo por digestatildeo com

aacutecido sulfuacuterico e catalisadores e determinado por destilaccedilatildeo microkjeldahl A anaacutelise de

P e K foi realizada a partir de um extrato de digestatildeo nitropercloacuterica sendo o foacutesforo

determinado colorimetricamente pelo meacutetodo do molibdato de amocircnio e o potaacutessio por

fotometria de chama

334 Componentes de produccedilatildeo

Em cada unidade experimental foram coletados quatro cachos da parcela uacutetil e

apoacutes a separaccedilatildeo das palmas do engaccedilo realizou-se a contagem das palmas e os frutos

A seguir realizou-se a pesagem dos frutos por cacho A produtividade foi calculada

tomando-se por base o peso meacutedio dos frutos por cacho e o nuacutemero de plantas por

hectare expressa em t ha-1

TCA =

C2 ndash C1

t2 ndash t1

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 25: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

15

As intensas precipitaccedilotildees ocorridas durante os meses de conduccedilatildeo do

experimento inundaram a aacuterea experimental adiando a colheita (prevista para o iniacutecio

do mecircs de junho) para o dia 10 de julho de 2009

34 DETERMINACcedilAtildeO DE TEORES OacuteTIMOS DE NUTRIENTES PELO

MEacuteTODO DA CHANCE MATEMAacuteTICA

Foram determinados os teores oacutetimos pelo meacutetodo da chance matemaacutetica

como descrito por Wadt (1996) apud Urano et al (2007) utilizando a equaccedilatildeo abaixo

ChMi = (ChM(AiA) x ChM(AiCi))05

em que ChM(AiA) = P(AiA) x PRODi P(AiA) = frequecircncia da parcela de alta

produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas PRODi =

produtividade meacutedia das parcelas de alta produtividade na classe i (t ha-1) ChM(AiCi)

= P(AiCi) x PRODi e P(AiCi) = frequecircncia da parcela de alta produtividade na classe

i em relaccedilatildeo ao total geral das parcelas na classe i Para cada nutriente a faixa oacutetima

consistiu das classes que apresentaram maiores valores de chance matemaacutetica sendo o

seu limite inferior considerado o niacutevel criacutetico e a sua mediana o teor oacutetimo do fator de

produccedilatildeo Considerou-se como referecircncia para classificar a produtividade das parcelas

em alta e baixa a produtividade de 445 t ha-1 sendo esta a meacutedia geral do experimento

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

As anaacutelises de variacircncia de regressatildeo e teste de meacutedias das caracteriacutesticas

avaliadas foram realizadas utilizando o programa sistema para anaacutelises estatiacutesticas e

geneacuteticas (SAEG 91) desenvolvido pela Universidade Federal de Viccedilosa

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 26: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 CRESCIMENTO DA BANANEIRA

411 Comprimento do pseudocaule

O comprimento do pseudocaule apresentou diferenccedila significativa pelo teste de

Tukey ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

(Quadro 3) e no entanto natildeo foi significativo pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

(Quadro 4) Os maiores valores desta caracteriacutestica foram obtidos com a combinaccedilatildeo

das doses de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O respectivamente

O comprimento do pseudocaule apresentou maior resposta para a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O utilizando-se 70 da quantidade de N aplicada pela

empresa FRUTACOR O tratamento que apresentou a menor resposta teve uma reduccedilatildeo

de 15 nesta caracteriacutestica em comparaccedilatildeo ao de maior resposta (Quadro 3)

O comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo apresentou uma

resposta linear decrescente ao aumento nas doses N aos 150 e 210 dias apoacutes o

transplantio enquanto que as doses de P e K natildeo apresentaram diferenccedila significativa

para esta caracteriacutestica (Quadro 4 Figura 2) Resultados semelhantes foram observados

por Borges et al (2002) em experimento com adubaccedilatildeo nitrogenada para a bananeira

lsquoTerrarsquo e Sousa et al (2000) em estudos sobre a nutriccedilatildeo de mudas da bananeira

lsquoMysorersquo enquanto que Silva et al (2008) estudando o efeito da aplicaccedilatildeo de potaacutessio

em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo observaram que o incremento de K promoveu

aumento para esta caracteriacutestica

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 27: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

17

As taxas de crescimento do comprimento do pseudocaule natildeo foram

significativamente influenciadas pelas combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O Entre 120 a 150

dias apoacutes o transplantio observaram-se as maiores taxas de crescimento absoluto em

comprimento (Quadro 5) embora Pereira (2009 dados natildeo publicados) em estudos

sobre a utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo tenha observado que a taxa de crescimento absoluto do comprimento do

pseudocaule atingiu o valor maacuteximo aos 104 dias decrescendo ateacute o lanccedilamento do

cacho

Quadro 3 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - 490 122 310 188 234 275 297 490 122 576 192 237 279 292 490 227 310 196 238 279 292 490 227 576 200 245 279 296 910 122 310 184 227 267 293 910 122 576 174 218 263 288 910 227 310 184 229 274 291 910 227 576 180 225 264 291 700 175 443 192 239 273 293 70 122 310 195 239 280 295

1329 227 576 171 218 263 290 490 17 310 194 235 282 296 910 332 576 187 233 278 294 490 122 44 185 230 267 292 910 227 842 179 226 266 292 70 17 44 190 233 274 295

Meacutedias 187 231 273 293 CV () 82 625 628 408 DMS 016 015 017 005

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

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SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 28: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

18

Quadro 4 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para a altura na bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 1884 2322 2744 2960

N 000008155ns 000007269ns -000011097ns 000005372ns

P -000063094ns -000054213ns -000001180ns -000053739ns

K 000037620ns 000036048ns 000068729ns 000006587ns

N2 000000006ns 0000000001 000000010ns 0000000005

P2 000000122ns -000000095ns 000000458ns -000000113ns

K2 -000000021ns -000000024ns 000000012ns -000000023ns

NP -000000046ns 000000024ns 000000068ns 000000011deg

NK -000000075ns -000000080ns -000000075ns -000000030ns

PK 000000185ns 000000246ns -000000148ns 000000204ns

Rsup2 091 088 090 074 deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 29: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

19

Figura 2 Comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 150 e 210 dias apoacutes o transplantio

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

49

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SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

SILVA F C Manual de anaacutelises quiacutemicas de solos plantas e fertilizantes Brasiacutelia Embrapa 1999 370p

SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

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SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 30: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

20

Quadro 5 Taxa de crescimento absoluto do comprimento do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Dias apoacutes o transplantio

120 - 150 150 - 180 180 - 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - cm dia-1 - - - - - - - -

490

122

310

152

139

077

490 122 576 149 141 051

490 227 310 140 137 050

490 227 576 151 125 060

910 122 310 142 133 090

910 122 576 145 152 084

910 227 310 148 151 064

910 227 576 149 131 091

700 175 443 157 123 071

70

122

310

146

137

056

1329 227 576 155 151 090

490 17 310 138 157 056

910 332 576 153 151 057

490 122 44 151 130 084

910 227 842 156 133 094

70 17 44 144 136 068

Meacutedia 148 139 071

CV () 2591 3032 8560

DMS ns ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 31: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

21

412 Circunferecircncia do pseudocaule

A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

respectivamente proporcionou as maiores circunferecircncias e foi em meacutedia 105

superior em relaccedilatildeo agrave combinaccedilatildeo de 910 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 que apresentou as

menores circunferecircncias (Quadro 6) A meacutedia encontrada neste experimento foi superior

agrave obtida por Lecircdo et al (2008) em ensaio com genoacutetipos de bananeira dos subgrupos

lsquoPratarsquo e lsquoCavendishrsquo Eacute importante que a bananeira apresente altos valores de

circunferecircncia do pseudocaule para que a mesma resista agrave accedilatildeo dos ventos pois podem

trazer prejuiacutezos (Damato Jr et al 2009) principalmente no periacuteodo de frutificaccedilatildeo no

qual a planta deve sustentar o cacho

Analisando-se o efeito de cada nutriente as doses de N foram significativas

para a circunferecircncia do pseudocaule aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio e as doses

de P foram significativas no periacuteodo de 120 dias (Quadro 7) O modelo linear melhor

representou a resposta da circunferecircncia com relaccedilatildeo agraves doses de nitrogecircnio e foacutesforo

(Figuras 3 e 4) O aumento nas doses de N promoveu decreacutescimo no valor da

circunferecircncia diferindo dos resultados obtidos por Borges et al (2002) os quais

observaram aumento da circunferecircncia com o acreacutescimo da adubaccedilatildeo nitrogenada para a

bananeira lsquoTerrarsquo

Nas combinaccedilotildees em que as doses de N e P foram fixadas em 490 e 227 kg ha-1

ciclo-1 com o aumento nas doses de potaacutessio verificou-se incrementos na circunferecircncia

do pseudocaule em todos os periacuteodos observados (Figura 5) indicando efeito do

potaacutessio sobre esta caracteriacutestica

Houve interaccedilatildeo inversa entre N e P no periacuteodo de 150 e 180 dias para a

circunferecircncia do pseudocaule Variando-se as doses de P dentro das doses de N

observou-se que a circunferecircncia do pseudocaule aumentou mas o acreacutescimo nas doses

de N dentro das doses de P diminuiu esta caracteriacutestica

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 32: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

22

Quadro 6 Circunferecircncia do pseudocaule em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - 490 122 310 6440 7565 8585 9470 490 122 576 6765 7680 8465 9530 490 227 310 6790 7805 8545 9615 490 227 576 6845 7930 8660 9825 910 122 310 6165 7400 8395 9230 910 122 576 5655 7040 8125 9125 910 227 310 6345 7485 8390 9375 910 227 576 6305 7400 8345 9380 700 175 443 6510 7640 8600 9575 70 122 310 6685 7770 8655 9700

1329 227 576 5900 7145 8280 9295 490 17 310 6685 7750 8680 9670 910 332 576 6465 7620 8490 9505 490 122 44 6335 7480 8340 9395 910 227 842 6290 7305 8385 9260 70 17 44 6515 7615 8460 9460

Meacutedias 6418 7539 8463 9463 CV () 1076 596 372 404 DMS 748 486 341 414

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

As taxas de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule

apresentaram diferenccedila significativa no periacuteodo de 150-180 dias entre as combinaccedilotildees

de doses de N P e K (Quadro 8)

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

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Page 33: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

23

Quadro 7 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Dias apoacutes o transplantio Coeficiente 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - cm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 6520590 7603390 8513520ns 9495670ns

N -000519 001812deg 001698ns -002281ns P -040594 ns -030067ns -026448ns -018153ns K 021549 ns 014466ns 011380ns 014527ns N2

-000003 000028ns 000011ns 000045ns P2

-000056 000355ns -000290ns 000308ns K2

000059deg -000072ns -000170ns -000123ns NP 000664ns 000034 000028deg -000068ns NK -000548ns -000376ns -000214ns -000228ns PK 000562ns 000858ns 001019ns 000624ns Rsup2 081 088 081 079

deg e ns significativos a 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 34: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

24

Figura 3 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

Figura 4 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 35: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

25

Figura 5 Circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de potaacutessio combinadas com 490 e 227 kg ha-1 ciclo-1 de N e P2O5 respectivamente aos 120 dias apoacutes o transplantio

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 36: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

26

Quadro 8 Taxa de crescimento absoluto da circunferecircncia do pseudocaule da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 Dias apoacutes o transplantio

120 - 150

150 - 180

180 - 210

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - - mm dia-1 - - - - - - -

490 122 310 375 340 295

490 122 576 342 262 355

490 227 310 338 250 357

490 227 576 362 253 388

910 122 310 412 332 278

910 122 576 462 362 333

910 227 310 380 305 328

910 227 576 415 315 352

700 175 443 377 320 325

70 122 310 362 295 348

1329 227 576 415 310 338

490 17 310 355 290 330

910 332 576 385 287 338

490 122 44 382 360 352

910 227 842 365 295 292

70 17 44 370 378 333

Meacutedia 381 310 334

CV () 4893 3414 3052

DMS

ns

114

ns

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 37: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

27

413 Nuacutemero de folhas vivas

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O que proporcionou o maior nuacutemero de folhas

vivas no periacuteodo de 120 e 150 dias natildeo diferiu significativamente da combinaccedilatildeo das

doses de 490 227 e 576 kg ha-1ciclo-1 respectivamente a qual promoveu o maior

comprimento e circunferecircncia do pseudocaule (Quadro 9)

Em geral os maiores nuacutemeros de folhas vivas ocorreram no periacuteodo de 150

dias apoacutes o transplantio havendo decreacutescimo ateacute a floraccedilatildeo (Quadro 9) e resultados

semelhantes foram obtidos por Pereira (2009 dados natildeo publicados) o qual observou

os maiores nuacutemeros de folhas vivas aproximadamente aos 140 dias diminuindo ateacute o

periacuteodo de 210 dias que corresponde ao iniacutecio da floraccedilatildeo em bananeira lsquoPacovan

Apodirsquo

Os resultados obtidos por Borges et al (2002) em estudos sobre adubaccedilatildeo

nitrogenada para bananeira lsquoTerrarsquo evidenciaram que o nuacutemero de folhas vivas natildeo foi

significativamente influenciado pelas doses de nitrogecircnio concordando com os

resultados do presente trabalho

O incremento nas doses de foacutesforo promoveu resposta linear crescente para o

nuacutemero de folhas vivas nos periacuteodos de 120 e 150 dias apoacutes o transplantio (Figura 6) O

potaacutessio somente apresentou efeito significativo no periacuteodo de 150 e 210 dias ao niacutevel

de 10 de significacircncia (Quadro 10)

Em experimentos com crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes da

bananeira lsquoGrande Nainersquo Arauacutejo (2008) natildeo observou variaccedilatildeo significativa no

nuacutemero de folhas vivas no primeiro ciclo de produccedilatildeo

28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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28

Quadro 9 Nuacutemero de folhas vivas em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

N P2O5

K20 120 150 180 210 - - - - - kg ha-1

ciclo-1

- - - - - 490 122 310 1385 1440 1405 1345 490 122 576 1380 1460 1430 1395 490 227 310 1420 1470 1440 1360 490 227 576 1410 1505 1465 1325 910 122 310 1390 1455 1455 1320 910 122 576 1345 1410 1430 1345 910 227 310 1350 1445 1425 1365 910 227 576 1375 1430 1480 1375 700 175 443 1410 1570 1535 1335 70 122 310 1355 1455 1430 1380

1329 227 576 1350 1415 1445 1390 490 17 310 1390 1495 1400 1375 910 332 576 1380 1505 1440 1355 490 122 44 1390 1490 1415 1415 910 227 842 1370 1495 1465 1390 70 17 44 1350 1475 1455 1325

Meacutedias 1378 1470 1445 1362 CV () 855 129 893 829 DMS 057 092 062 054

DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 39: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

29

Quadro 10 Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla do nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK aos 120 150 180 e 210 dias apoacutes o transplantio

Coeficiente Dias apoacutes o transplantio

120 dias 150 dias 180 dias 210 dias

Constante 13426 14826 14363 13564

N 000178943ns 000196363ns 000060428ns -000135191ns

P 000136175deg -000500777ns 000229802ns 000229387ns

K -000063111ns -000119323ns -000076962ns 000037268deg

N2 -000000060ns -000000114ns -000000165ns 000000061ns

P2 -000000286deg -000000685deg -000004563ns 000001424ns

K2 -000000204ns -000000071deg -000000623ns 000000682ns

NP -000000758ns 000000015 000000310ns 000000784ns

NK 000000014 -000000218ns 000000257ns -000000183ns

PK 000001311ns 000001995ns 000002819ns -000002884ns

Rsup2 067 044 052 055

deg e ns significativos a 1 5 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 40: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

30

Figura 6 Nuacutemero de folhas vivas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente aos 120 e 150 dias apoacutes o transplantio

42 COMPONENTES DA PRODUCcedilAtildeO

O nuacutemero de frutos por cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade

em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) Entretanto pela anaacutelise de regressatildeo

muacuteltipla natildeo foi encontrada diferenccedila significativa das doses de NPK neste componente

de produccedilatildeo (Quadro 12)

O maior nuacutemero de frutos por cacho foi 13467 (Quadro 11) sendo superior ao

encontrado por Rocha (2006) em lsquoPacovanrsquo (7632) Rodrigues et al (2006) em lsquoPrata

Anatildersquo (119) e Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo (788) A combinaccedilatildeo que promoveu o

maior nuacutemero de frutos por cacho foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e

K2O estando acima da combinaccedilatildeo encontrada por Rocha (2006) o qual encontrou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1 em experimento

com bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quartizarecircnico

O nuacutemero de frutos natildeo foi influenciado pelas doses de nitrogecircnio (Quadro 12)

diferindo dos resultados encontrados por Rocha (2006) que observou significacircncia do

nuacutemero de frutos para este nutriente no primeiro segundo e terceiro ciclos e Santos et

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 41: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

31

al (2009) obtiveram aumento linear com o incremento nas doses de nitrogecircnio em

bananeira lsquoPrata Anatildersquo

Quadro 11 Nuacutemero de palmas e de frutos por cacho peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5 K2O Ndeg frutos Ndeg Palmas

Peso do Cacho

Produtividade

- - - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - kg - - t ha-1

490 122 310 12990 860 2597 4327

490 122 576 12307 842 2550 4249

490 227 310 13168 868 2606 4341

490 227 576 13467 898 2984 4971

910 122 310 12422 852 2680 4464

910 122 576 13135 888 2928 4878

910 227 310 12570 835 2691 4483

910 227 576 12665 860 2503 4169

700 175 443 13175 890 2540 4231

70 122 310 13155 875 2711 4516

1329 227 576 13263 885 2517 4194

490 17 310 13335 890 2782 4635

910 332 576 12930 890 2565 4273

490 122 44 13400 890 2833 4720

910 227 842 11900 815 2412 4018

70 17 44 13005 875 2839 4730

Meacutedias 12930 870 2671 4450

CV () 878 831 1278 1278

DMS 1229 078 369 616 DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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Page 42: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

32

Quadro 12 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para o nuacutemero de frutos nuacutemero de palmas produccedilatildeo e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente Ndeg de Frutos Ndeg de Palmas Peso do cacho Produtividade

- - - kg - - - - - - - t ha -1- - - - Constante 131726 883462 27696 46141

N -00045362ns 00000145deg 0004154ns 00069209ns P 00404370ns 000000001 -0004197deg -00069925deg K -00115919ns -00000006ns -0007811ns -00130126ns N2

00000107ns 00000000ns 0000009ns 00000142ns P2

00002310ns 00000005ns 0000134ns 00002236ns K2

-00000486ns -00000032ns 0000007ns 00000116ns NP -00001960ns -00000117ns -0000082ns -01367690ns NK 00000504ns 00000025ns -0000006ns -00000104ns PK 00000530ns 00000077ns 0000022ns 00000364ns Rsup2 052 049 050 050

deg e ns significativos a 1 e 10 de probabilidade pelo teste F e natildeo significativo respectivamente

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 43: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

33

As doses de foacutesforo natildeo influenciaram significativamente o nuacutemero de frutos

(Quadro 12) concordando com os resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais verificaram ausecircncia de efeito do foacutesforo para esta caracteriacutestica

As doses de potaacutessio natildeo promoveram diferenccedila significativa para o nuacutemero de

frutos (Quadro 12) e resultados semelhantes foram encontrados por Rocha (2006) e

Maia et al (2003) que observaram significacircncia do nuacutemero de frutos para este nutriente

no primeiro ciclo

O maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 898 (Quadro 11) sendo superior

ao encontrado por Rocha (2006) que obteve 630 em bananeira lsquoPacovanrsquo e ao obtido

por Ledo et al (2008) que encontraram 640 em lsquoPrata Anatildersquo A combinaccedilatildeo que

proporcionou o maior nuacutemero de palmas por cacho foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1

de N P2O5 e K2O valores acima dos encontrados por Rocha (2006) que observou os

maiores resultados com a combinaccedilatildeo de 200 100 350 kg ha-1 ano-1

O nuacutemero de palmas por cacho foi significativo em funccedilatildeo das doses de

nitrogecircnio e foacutesforo (Quadro 12) concordando com os resultados obtidos por Rocha

(2006) o qual encontrou efeito significativo para nitrogecircnio e foacutesforo no primeiro e

segundo ciclos O potaacutessio natildeo apresentou efeito significativo neste componente de

produccedilatildeo divergindo dos resultados encontrados por Santos et al (2009) os quais

observaram efeito significativo e linear do potaacutessio no nuacutemero de palmas

O incremento nas doses de nitrogecircnio promoveu efeito linear negativo para o

nuacutemero de palmas por cacho (Figura 7) discordando dos resultados encontrados por

Brasil et al (2000) os quais encontraram aumentos lineares para esta caracteriacutestica com

o incremento nas doses de N em estudo sobre o desenvolvimento e produccedilatildeo de frutos

da bananeira lsquoPioneirarsquo (hiacutebrido da Prata Anatilde) Rocha (2006) observou que o

incremento nas doses de nitrogecircnio influenciou negativamente o nuacutemero de palmas por

cacho resposta semelhante agrave ocorrida neste trabalho O resultado estimado pela equaccedilatildeo

de regressatildeo demonstra que as doses de N proporcionaram decreacutescimos em meacutedia de

44 relacionando-se a maior e a menor dose de N

As doses de foacutesforo promoveram aumento linear no nuacutemero de palmas por

cacho (Figura 8) com estimativa de incrementos em meacutedia de 145 entretanto Rocha

(2006) observou efeito linear negativo das doses de foacutesforo para esta caracteriacutestica no

primeiro ciclo e positivo no segundo e terceiro ciclos produtivos da lsquoPacovanrsquo Maia et

al (2003) estudando o efeito das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na lsquoPrata Anatildersquo

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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Page 44: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

34

natildeo encontraram efeito significativo das doses de foacutesforo para o nuacutemero de palmas por

cacho

O peso do cacho foi significativo ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) entretanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

somente as doses de foacutesforo apresentaram efeitos significativos sobre esta caracteriacutestica

(Quadro 12) Possivelmente o atraso na colheita dos cachos em funccedilatildeo do alagamento

da aacuterea experimental devido agraves precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas ocorridas no periacuteodo de

abril a junho contribuiacuteram para minimizar os efeitos das doses de nitrogecircnio fazendo

com que natildeo ocorressem diferenccedilas significativas deste nutriente A falta de efeito das

doses de potaacutessio pode ser atribuiacuteda ao alto teor deste nutriente no solo (Quadro 1)

visto que natildeo haacute resposta agrave adubaccedilatildeo quando os teores de potaacutessio no solo apresentam-

se acima de 06 cmolc dm-3 (Borges 2003)

O peso do cacho de 2984 kg obtido com utilizaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O

de 490 122 576 kg ha-1 (Quadro 11) foi superior ao observado por Rocha (2006) em

lsquoPacovanrsquo e por Ledo et al (2008) em lsquoPrata Anatildersquo que encontraram cachos com 1168 e

1433 kg respectivamente As doses que proporcionaram o maior peso do cacho neste

experimento foram inferiores agraves utilizadas por Rocha (2006) de 600 300 e 1050 kg ha-1

ano-1 no primeiro ciclo produtivo da bananeira

Somente as doses de foacutesforo afetaram significativamente o peso do cacho

(Quadro 12) de modo similar ao efeito observado por Rocha (2006) no terceiro ciclo

produtivo da lsquoPacovanrsquo e diferindo dos resultados encontrados por Maia et al (2003) os

quais natildeo encontraram efeitos das doses de foacutesforo sobre este componente de produccedilatildeo

O resultado estimado pela equaccedilatildeo de regressatildeo demonstra que as doses de foacutesforo

proporcionaram acreacutescimos em meacutedia de 176 no peso do cacho em relaccedilatildeo agrave menor e

agrave maior dose de foacutesforo (Figura 9)

A ausecircncia de efeitos das doses de nitrogecircnio e potaacutessio no peso do cacho neste

estudo foi tambeacutem observado por Maia et al (2003) Silva et al (2003) e Santos et al

(2009) ao estudarem os efeitos das doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio em bananeira

lsquoPrata Anatildersquo

A produtividade foi significativa ao niacutevel de 5 de probabilidade em funccedilatildeo

das combinaccedilotildees de NPK (Quadro 11) No entanto pela anaacutelise de regressatildeo muacuteltipla

apenas as doses de foacutesforo foram significativas para este componente de produccedilatildeo

(Quadro 12)

35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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35

Figura 7 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de nitrogecircnio combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de P2O5 e K2O respectivamente

Figura 8 Nuacutemero de palmas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

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SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

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SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Page 46: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

36

A produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo de 4971 t ha-1 foi superior agrave

obtida por Rocha (2006) de 1616 t ha -1 em Neossolo Quartizarecircnico com

espaccedilamento de 40 x 20 x 24 m A combinaccedilatildeo das doses que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 122 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N P2O5 e K2O (Quadro 11) a

qual foi inferior agrave utilizada por Rocha (2006) que encontrou a maior produtividade com

a combinaccedilatildeo das doses de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 respectivamente

A produtividade meacutedia obtida neste experimento (Quadro 11) foi superior agraves

obtidas por Weber et al (2006) de 3321 4375 e 3976 t ha-1 no primeiro segundo e

terceiro ciclos da bananeira lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi-CE respectivamente com

espaccedilamento de 40 x 20 m Borges et al (2006) encontraram produtividade de 341 t

ha-1 em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo e Santos et al

(2009) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo obtiveram produtividade maacutexima de 18 t ha-1 no

segundo ciclo

As doses de foacutesforo promoveram efeito significativo na produtividade da

bananeira enquanto que as de nitrogecircnio e potaacutessio natildeo a influenciaram

significativamente (Quadro 12) O incremento nas doses de foacutesforo proporcionou

aumento de 175 na produtividade da bananeira relacionando-se a maior e a menor

dose de foacutesforo (Figura 10) Rocha (2006) natildeo encontrou efeito significativo das doses

de foacutesforo na produtividade no primeiro e segundo somente no terceiro ciclo

Rocha (2006) observou que o nitrogecircnio e potaacutessio natildeo foram significativos

para a produtividade no primeiro ciclo mas apresentaram efeito significativo no

segundo e terceiro ciclos da bananeira Macecircdo et al (2007) natildeo encontraram diferenccedila

significativa das doses de nitrogecircnio na produtividade da bananeira lsquoNanicarsquo e Moreira

et al (2009) estudando o efeito do nitrogecircnio e potaacutessio sobre a produtividade da

bananeira lsquoThap Maeorsquo observaram que no segundo ciclo o aumento nas doses de

nitrogecircnio diminuiu a produtividade estando de acordo com os resultados obtidos neste

experimento

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 47: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

37

Figura 9 Peso do cacho da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

Figura 10 Produtividade estimada da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das doses de foacutesforo combinadas com 490 e 576 kg ha-1 ciclo-1 de N e K2O respectivamente

38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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38

43 ESTADO NUTRICIONAL DA BANANEIRA

Os teores foliares de nitrogecircnio foram significativos enquanto os de foacutesforo e

potaacutessio natildeo foram significativamente influenciados pelas combinaccedilotildees das doses de

NPK (Quadro 13) e natildeo apresentaram efeitos significativos pelo teste de anaacutelises de

equaccedilotildees de regressatildeo muacuteltiplas em funccedilatildeo das doses de N P e K (Quadro 14)

Resultados semelhantes foram obtidos por Fontes et al (2008) os quais natildeo observaram

incremento nos teores foliares desses nutrientes em bananeira lsquoPrata Anatildersquo em funccedilatildeo da

adubaccedilatildeo nitrogenada e Costa (2009) observou que os teores foliares de potaacutessio natildeo

apresentaram diferenccedila significativa com relaccedilatildeo agraves doses de potaacutessio em bananeira

lsquoPacovanrsquo

Os teores de nitrogecircnio encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de

modo geral estatildeo acima da faixa considerada adequada agrave rsquoPacovanrsquo de 22 a 24 g kg-1

citada por Borges (2004) e o teor meacutedio de nitrogecircnio de 2611 g kg-1 foi semelhante

ao encontrado por Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo e superior em 8 ao teor

encontrado por Moreira amp Fageria (2009) em bananeira lsquoThap Maeorsquo

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

nitrogecircnio na folha de 2727 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de

490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade

da bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de nitrogecircnio na folha de 2320 g kg-1 com a

combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este

inferior ao encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de nitrogecircnio com as maiores probabilidades de atingir alta

produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 2342 e 2738 g kg-1 determinada

pela chance matemaacutetica (Quadro 15) com 6818 das plantas apresentando

produtividade acima de 445 t ha-1 Este intervalo eacute superior a faixa considerada

adequada por Borges (2004)

Os teores de foacutesforo encontrados na folha da bananeira (Quadro 13) de modo

geral estatildeo dentro da faixa considerada adequada a rsquoPacovanrsquo de 16 a 19 g kg-1 citado

por Borges (2004) e o teor meacutedio de foacutesforo de 196 g kg-1 foi superior ao observado

por Fontes et al (2003) e Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 49: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

39

Quadro 13 Teores de nutrientes nas folhas da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo das combinaccedilotildees de N P2O5 e K2O

N P2O5

K20 N P K

- - - - kg ha-1 ciclo-1 - - - - - - - - - - - g kg-1 - - - - - - - 490 122 310 2492 247 4738

490 122 576 2626 230 4553

490 227 310 2537 240 4203

490 227 576 2727 187 4121

910 122 310 2957 185 4182

910 122 576 2610 180 4450

910 227 310 2604 192 4388

910 227 576 2624 178 4285

700 175 443 2780 181 4306

70 122 310 2472 196 4635

1329 227 576 2730 172 4517

490 17 310 2489 186 4326

910 332 576 2612 198 4224

490 122 44 2674 199 4388

910 227 842 2646 190 4121

70 17 44 2189 176 4234

Meacutedias 2611 196 4354

CV () 1027 1972 767

DMS

560 ns ns DMS ndash Diferenccedila Miacutenima Significativa ao niacutevel de 5 pelo teste de Tukey

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

foacutesforo na folha de 187 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de foacutesforo na folha de 214 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 a qual eacute inferior agrave observada

no presente trabalho

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 50: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

40

Quadro 14 - Coeficientes de regressatildeo muacuteltipla para os teores de NPK na folha da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Coeficiente N P K

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g kg-1- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Constante 21091 1717 43273

N 0013124ns -0000301ns -0012514ns P 0007411ns 0003701ns 0018475ns K -0001814ns 0000943ns 0019925ns N2

0000006ns -0000001ns -0000002ns P2

-0000048ns 0000002ns -0000085ns K2

0000003ns 0000001ns -0000005ns NP -0000045ns 0000003ns 0000075ns NK -0000025ns -0000301ns 0000004ns PK 0000091ns 0003701ns -0000110ns Rsup2 089 048 060

ns natildeo significativo pelo teste F

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 51: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

41

Quadro 15 Valores de chance matemaacutetica estabelecidos para diferentes classes de frequecircncias de distribuiccedilatildeo dos teores de N P e K nas amostras da terceira folha em bananeira lsquoPacovan Apodirsquo em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo com NPK

Classe(i)

Li Ls Ni Ai P(AiA) P(AiNi) Prodi chMi

- - - g kg-1 - - - - - - t ha -1 - - - -

Nitrogecircnio 1 1946 2144 3 2 0045 0667 485 477 2 2144 2342 4 3 0068 0750 461 588 3 2342 2540 21 12 0273 0571 436 970 4 2540 2738 37 18 0409 0486 442 1112 5 2738 2936 8 4 0091 0500 453 545 6 2936 3134 3 1 0023 0333 436 214 7 3134 3332 1 1 0023 1000 508 432 8 3332 3530 1 1 0023 1000 463 393 9 3530 3728 2 2 0045 1000 482 580

Foacutesforo 1 126 158 22 10 0233 0455 445 816 2 158 190 14 8 0186 0571 447 823 3 190 222 28 16 0372 0571 447 1162 4 222 254 10 6 0140 0600 454 740 5 254 286 3 3 0070 1000 471 702 6 286 318 - - - - - - 7 318 350 1 - - - 349 - 8 350 382 1 - - - 363 - 9 382 414 1 - - - 383 -

Potaacutessio 1 3668 3914 11 4 0093 0364 446 463 2 3914 4170 10 7 0163 0700 461 878 3 4170 4421 31 19 0442 0613 451 1324 4 4421 4672 15 4 0093 0267 419 372 5 4672 4923 8 6 0140 0750 441 806 6 4923 5174 1 1 0023 1000 473 407 7 5174 5425 2 1 0023 0500 491 299 8 5425 5676 0 0 - - - - 9 5676 5927 2 1 0023 0500 417 253

Em que Li = Limite inferior da classe i Ls = Limite superior da classe i Ni = Nuacutemero de parcelas na classe i Ai = Nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i A = Total de parcelas de alta produtividade P(AiA) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade P(AiNi) = Probabilidade do nuacutemero de parcelas de alta produtividade na classe i em relaccedilatildeo ao total das parcelas de alta produtividade na classe i Prodi = Produtividade da

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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Page 52: CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA BANANEIRA EM FUNÇÃO DA … · ii crescimento e produÇÃo da bananeira em funÇÃo da adubaÇÃo com nitrogÊnio, fÓsforo e potÁssio ana paula andrade

42

classe i e ChMi = Chance matemaacutetica na classe i de ocorrecircncia de parcela de alta produtividade

O intervalo de teores de foacutesforo no qual estatildeo as maiores probabilidades de

atingir alta produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo estaacute entre 126 e 254 g kg-1

determinado pela chance matemaacutetica com 9302 das plantas alcanccedilando

produtividade acima de 445 t ha-1 esta faixa eacute mais abrangente do que a citada por

Borges (2004) como adequada agrave bananeira lsquoPacovanrsquo (17 a 19 g kg-1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 11) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 e a combinaccedilatildeo das

doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A combinaccedilatildeo de N P2O5 e K2O de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 promoveu os

maiores resultados nos componentes de produccedilatildeo sendo inferior em 2245 3216 e

8229 agrave combinaccedilatildeo de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 que proporcionou a maior

produtividade observada por Rocha (2006) no primeiro ciclo da bananeira lsquoPacovanrsquo

Os teores de potaacutessio na folha (Quadro 13) estatildeo acima da faixa adequada

citada por Borges (2004) para a rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) e tambeacutem acima dos teores

encontrados por Moreira et al (2007) em bananeira lsquoThap Maeorsquo (2308 g kg-1) e por

Silva et al (2007) em bananeira lsquoPrata Anatildersquo (3090 g kg-1) Os altos teores de potaacutessio

encontrados nas folhas da bananeira refletem o alto teor de potaacutessio no solo da aacuterea

experimental (Quadro 1)

Os maiores resultados de comprimento circunferecircncia do pseudocaule e de

componentes de produccedilatildeo da bananeira (Quadros 3 6 e 13) foram obtidos com teor de

potaacutessio na folha de 4121 g kg-1 com a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O de 490

227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 13) Rocha (2006) obteve a maior produtividade da

bananeira lsquoPacovanrsquo com teor de potaacutessio na folha de 2933 g kg-1 com a combinaccedilatildeo

das doses de N P2O5 e K2O de 600 300 e 1050 kg ha-1 ciclo-1 teor este inferior ao

encontrado no presente trabalho

A faixa de teores de potaacutessio na qual estatildeo as maiores probabilidades de alta

produtividade da bananeira estaacute entre 3914 a 4421 g kg-1 sendo superior agrave encontrada

43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

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SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

51

WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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43

por Borges (2004) para a bananeira rsquoPacovanrsquo (25 a 28 g kg-1) Os teores de potaacutessio

encontrados por este meacutetodo foram semelhantes ao obtido por Vasconcelos (2002) em

avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira lsquoPacovanrsquo pelo meacutetodo do fertigrama

44 ADUBACcedilAtildeO NA BANANEIRA lsquoPACOVAN APODIrsquo

Apenas o incremento nas doses de foacutesforo apresentou efeito significativo sobre

o peso do cacho (Figura 9) e a produtividade (Figura 10) da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

natildeo atingindo a produtividade maacutexima em funccedilatildeo das doses deste nutriente no primeiro

ciclo Entretanto a combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que proporcionou a maior

produtividade foi de 490 227 e 576 kg ha-1 ciclo-1 (Quadro 11) na qual o nitrogecircnio e o

foacutesforo estatildeo acima das faixas recomendadas por Borges et al (2003) de 160 a 400 kg

de N ha-1 e de 40 a 120 kg de P2O5 ha-1 enquanto que a dose de potaacutessio encontra-se

dentro da faixa de 100 a 750 kg ha-1 K2O

A produtividade maacutexima da bananeira lsquoPacovanrsquo em Neossolo Quatizarecircnico

observada por Rocha (2006) no segundo ciclo foi obtida com a combinaccedilatildeo das doses

de N P2O5 e K2O de 415 200 e 1050 kg ha-1 sendo as doses de nitrogecircnio e foacutesforo

inferiores agraves observadas no presente experimento em 1531 e 1189

respectivamente e a dose de potaacutessio foi superior em 8229 na combinaccedilatildeo que

proporcionou a maior produtividade

Estudando a influecircncia da adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira

lsquoPacovanrsquo na Chapada do Apodi Weber et al (2006) obtiveram a maacutexima

produtividade em funccedilatildeo da adubaccedilatildeo nitrogenada no segundo ciclo e recomendaram a

aplicaccedilatildeo de 1983 kg de N ha-1 ano-1 sendo inferior agrave dose de nitrogecircnio que

proporcionou os melhores resultados neste experimento em 5953 Os autores

supracitados natildeo observaram resposta de potaacutessio e recomendaram a dose de 55 kg de

K2O ha-1 no primeiro ciclo de cultivo

5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

6 LITERATURA CITADA

AGROBRASIL ndeg 106 2005 Editora Gazeta Disponiacutevel em lthttpwwwrevistaagrobrasilcombrsiteedicao2005phpgt Acessado em 30 de agosto de 2008

ALVES E J A cultura da banana Aspectos teacutecnicos socioeconocircmicos e agroindustriais Embrapa SPI Brasiacutelia DF 1999 595p

ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwanuarioscombrportcapitulophpidEdicao=40gt Acessado em 30 de agosto de 2008

ARAUacuteJO J P C de Crescimento e marcha de absorccedilatildeo de nutrientes de bananeira (musa aaa) lsquoGrande nainersquo no primeiro ciclo de produccedilatildeo Piracicaba ESALQUSP 2008 80p (Tese de Doutorado)

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BORGES A L Interaccedilatildeo entre Nutrientes em Bananeira Embrapa 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcnpmfembrapabrpublicacoesbanana_55pdfgt Acessado em 30 de julho de 2008

BORGES A L Recomendaccedilatildeo de adubaccedilatildeo para a bananeira Embrapa 2004 (Comunicado Teacutecnico 106)

46

BORGES A L COELHO E F COSTA E L da SILVA J T A da Fertirrigaccedilatildeo da bananeira Embrapa 2006 (Circular Teacutecnica 84)

BORGES A L SILVA S de O e CALDAS R C LEDO C A da S Teores foliares de nutrientes em genoacutetipos de bananeira Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 2 p 314-318 ago 2006

BORGES A L SILVA T O da CALDAS R C ALMEIDA I E de Adubaccedilatildeo nitrogenada para bananeira terra (musa SP AAB subgrupo lsquoTerrarsquo) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 1 p 289-193 abr 2002

BORGES A L SOUZA L da S O cultivo da bananeira Embrapa Cruz das Almas BA 2004 279p

BORGES A L SOUZA L da S PEIXOTO C A B JUacuteNIOR L C dos S Distribuiccedilatildeo do sistema radicular da bananeira lsquoPrata-anatildersquo em duas frequecircncias de fertirrigaccedilatildeo com ureacuteia Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 1 p 259-262 mar 2008

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CRISOSTOMO L A MONTENEGRO A A T NETO J de S LIMA R N de Influecircncia da adubaccedilatildeo NPK sobre a produccedilatildeo e qualidade dos frutos de bananeira cv lsquoPacovanrsquo Revista Ciecircncia Agronocircmica FortalezandashCE v 39 n 1 p 45-52 Jan-Mar 2008

Central de Abastecimento (CEASA-CE) Divisatildeo Teacutecnica e de Planejamento-DITEP Disponiacutevel em lthttpwwwceasa-cecombrgt Acessado em 03 de outubro de 2009

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE) Levantamento Sistemaacutetico da Produccedilatildeo Agriacutecola (LSPA ndash julho2006) Disponiacutevel em lthttpwwwsidraibgegovbrgt Acessado em 02 de julho de 2008

IBRAF ndash Instituto Brasileiro de Frutas Frutas e derivados Ano 3 ediccedilatildeo ndeg 09 (marccedilo de 2008) Disponiacutevel em lthttpwwwtodafrutacombrtodafrutagt Acessado em 02 de settembro de 2008

FAO ndash Banco de dados Disponiacutevel em lthttpwwwfaoorggt Acessado em 09 de outubro de 2009

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JUNIOR E R D BOcircAS R L V LEONEL S CABRERA J C SAUacuteCO V G Cultivo de bananas em diferentes aacutereas na ilha de Tenerife Revista Brasileira Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n2 p 596-601 jun 2009

LEacuteDO A da S JUNIOR J F da S LEacuteDO C A da S SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipos de bananeira na regiatildeo do baixo Satildeo Francisco Sergipe Revista Brasileira Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n12 p 156-159 set 2008

MACEcircDO L de S SANTOS E S dos SANTOS E C dos Produccedilatildeo da bananeira fertirrigada no semi-aacuterido em funccedilatildeo de nitrogecircnio e volume de aacutegua Tecnologia amp Ciecircncia Agropecuaacuteria Joatildeo Pessoa v1 n2 p 9-18 dez 2007

MAIA V M SALOMAtildeO L C C CANTARUTTI R B VENEGAS V H A COUTO F A DrsquoA Efeitos de doses de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio sobre os componentes da produccedilatildeo e a qualidade de bananas lsquoPrata-anatildersquo no distrito agroindustrial de Jaiacuteba Revista Brasileira Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 2 p 319-322 Ago 2003

MALAVOLTA E VITTI G C OLIVEIRA S A Avaliaccedilatildeo do estado nutricional das plantas princiacutepios e aplicaccedilotildees Piracicaba Associaccedilatildeo Brasileira para a Pesquisa da Potassa e do Fosfato 1997 318p

MALAVOLTA E Manual de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 2006 638p

MAPA ndash Secretaria de Poliacutetica Agriacutecola Banco de dados Disponiacutevel em lthttpwwwmapaorgbrgt Acessado em 02 de agosto de 2008

48

MELO F de B CARDOSO M J JUacuteNIOR A S de A RIBEIRO V Q Crescimento e produccedilatildeo de frutos de bananeira cultivar lsquoGrand Nainersquo relacionados agrave adubaccedilatildeo quiacutemica Revista Ciecircncia Agronocircmica v 37 n 2 p 246-249 2006

MOREIRA A FAGERIA N K Reparticcedilatildeo e remobilizaccedilatildeo de nutrientes na bananeira Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 574-581 jun 2009

MOREIRA A HEINRICHS R PEREIRA J C R Densidade de plantio na produtividade e nos teores de nutrientes nas folhas e frutos da bananeira cv lsquoThap Maeorsquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 626-631 dez 2007

MOREIRA A PEREIRA J C R FREITAS A R Nitrogecircnio e potaacutessio na produtividade e qualidade dos frutos da bananeira cultivar lsquoThap Maeorsquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 574-581 jun 2009

MORTON J F Banana In Fruits of warm climates Miami FL p 29-46 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwhortpurdueedunewcropmortonbananahtmlgt Acessado em 02 de julho de 2008

PAM ndash Produccedilatildeo Agriacutecola Municipal Culturas temporaacuterias e permanentes Rio de Janeiro v 33 p1-133 2006 ISSN 0101-3963

PEREIRA N Utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a cultura da bananeira Fortaleza UFC 2009 (Dissertaccedilatildeo de mestrado natildeo publicada)

PRADO R M ROZANE D E CAMAROTTI G S CORREIA M A R NATALE W BARBOSA J C BEUTLER A N Nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na nutriccedilatildeo de mudas de laranjeira lsquoValecircnciarsquo enxertadas sobre citrumeleiro lsquoSwinglersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 812-817 set 2008

RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

49

Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 2 p 290-294 ago 2004

SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

SILVA F C Manual de anaacutelises quiacutemicas de solos plantas e fertilizantes Brasiacutelia Embrapa 1999 370p

SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

50

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

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URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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5 CONCLUSOtildeES

Com base nos resultados obtidos no experimento pode-se concluir que

1 A combinaccedilatildeo das doses de N P2O5 e K2O que se destacou com os melhores

resultados em crescimento e produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi de 490 227

e 576 kg ha-1 no primeiro ciclo

2 O comprimento do pseudocaule e o nuacutemero de palmas por cacho apresentaram

resposta negativa agrave adubaccedilatildeo nitrogenada

3 O nuacutemero de folhas peso do cacho e produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo

apresentaram resposta positiva agrave adubaccedilatildeo fosfatada

4 Natildeo houve resposta da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo agrave adubaccedilatildeo potaacutessica no primeiro

ciclo

5 Os teores de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio nas folhas natildeo foram afetados pelas doses

de N P2O5 e K2O e

6 A maior produtividade da bananeira lsquoPacovan Apodirsquo foi obtida com teores na folha

de nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio de 2727 187 e 4121 g kg-1 respectivamente

6 LITERATURA CITADA

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ALVES E J A cultura da banana Aspectos teacutecnicos socioeconocircmicos e agroindustriais Embrapa SPI Brasiacutelia DF 1999 595p

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BENINCASA M M P Anaacutelise de crescimento de plantas Funep Jaboticabal SP 2003 41p

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

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TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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MELO F de B CARDOSO M J JUacuteNIOR A S de A RIBEIRO V Q Crescimento e produccedilatildeo de frutos de bananeira cultivar lsquoGrand Nainersquo relacionados agrave adubaccedilatildeo quiacutemica Revista Ciecircncia Agronocircmica v 37 n 2 p 246-249 2006

MOREIRA A FAGERIA N K Reparticcedilatildeo e remobilizaccedilatildeo de nutrientes na bananeira Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 574-581 jun 2009

MOREIRA A HEINRICHS R PEREIRA J C R Densidade de plantio na produtividade e nos teores de nutrientes nas folhas e frutos da bananeira cv lsquoThap Maeorsquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 626-631 dez 2007

MOREIRA A PEREIRA J C R FREITAS A R Nitrogecircnio e potaacutessio na produtividade e qualidade dos frutos da bananeira cultivar lsquoThap Maeorsquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 574-581 jun 2009

MORTON J F Banana In Fruits of warm climates Miami FL p 29-46 1987 Disponiacutevel em lthttpwwwhortpurdueedunewcropmortonbananahtmlgt Acessado em 02 de julho de 2008

PAM ndash Produccedilatildeo Agriacutecola Municipal Culturas temporaacuterias e permanentes Rio de Janeiro v 33 p1-133 2006 ISSN 0101-3963

PEREIRA N Utilizaccedilatildeo de leguminosas como fonte de nitrogecircnio para a cultura da bananeira Fortaleza UFC 2009 (Dissertaccedilatildeo de mestrado natildeo publicada)

PRADO R M ROZANE D E CAMAROTTI G S CORREIA M A R NATALE W BARBOSA J C BEUTLER A N Nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio na nutriccedilatildeo de mudas de laranjeira lsquoValecircnciarsquo enxertadas sobre citrumeleiro lsquoSwinglersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 812-817 set 2008

RODRIGUES M G V SOUTO R F SILVA S de O e Avaliaccedilatildeo de genoacutetipo de bananeira sob irrigaccedilatildeo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 3 p 444-448 dez 2006

ROCHA C R T Produccedilatildeo da bananeira lsquoPacovanrsquo em funccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo com NPK Fortaleza UFC 2006 46p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

SALOMAtildeO L C C PUSCHMANN R SIQUEIRA D L de NOLASCO C de A Acuacutemulo e distribuiccedilatildeo de nutrientes em banana lsquoMysorersquo em desenvolvimento

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Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 2 p 290-294 ago 2004

SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

SILVA F C Manual de anaacutelises quiacutemicas de solos plantas e fertilizantes Brasiacutelia Embrapa 1999 370p

SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 2 p 290-294 ago 2004

SANTOS V P dos FERNANDES P D MELO A S de SOBRAL L F BRITO M E B BONFIM L V Fertirrigaccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata-anatildersquo com N e K em um argissolo vermelho-amarelo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 31 n 2 p 567-573 jun 2009

SANTOS J de A dos SILVA C R de R e CARVALHO J G de NASCIMENTO T B do Efeito do calcaacuterio dolomiacutetico e nitrato de potaacutessio no desenvolvimento inicial de mudas da bananeira lsquoPrata-anatildersquo (aab) provenientes de cultura in vitro Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 26 n 1 p 150-154 abr 2004

SILVA E A da BOLIANI A C CORREcircA L de S Avaliaccedilatildeo de cultivares de bananeira (Musa sp) na regiatildeo de SelviacuteriandashMS Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 101-103 abr 2006

SILVA F C Manual de anaacutelises quiacutemicas de solos plantas e fertilizantes Brasiacutelia Embrapa 1999 370p

SILVA J T A da BORGES A L CARVALHO J G JOSEacute ERMELINO ALVES DAMASCENO J E A Adubaccedilatildeo com potaacutessio e nitrogecircnio em trecircs ciclos de produccedilatildeo da bananeira cv lsquoPrata Anatildersquo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 25 n 1 p 152-155 abr 2003

SILVA J T A da CARVALHO J G Avaliaccedilatildeo nutricional de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) sob irrigaccedilatildeo no semi-aacuterido do norte de Minas Gerais pelo meacutetodo DRIS Ciecircncia agroteacutecnica Lavras v 29 n 4 p 731-739 julago 2005

SILVA J T A da PACHECO D D COSTA E L da Atributos quiacutemicos e fiacutesicos de solos cultivados com bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) em trecircs niacuteveis de produtividade no norte de Minas Gerais Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 102-106 abr 2007

SILVA J T A da SILVA I P da COSTA E L da Aplicaccedilatildeo de potaacutessio magneacutesio e calcaacuterio em mudas de bananeira lsquoPrata Anatildersquo (aab) Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 3 p 782-786 set 2008

SOUSA H U DE SILVA C R DE R e CARVALHO J G de MENEGUCCI J L P Nutriccedilatildeo de mudas de bananeira em funccedilatildeo de substratos e doses de superfosfato simples Ciecircncia Agroteacutecnica Lavras v24 (ediccedilatildeo especial) p64-73 dez 2000

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SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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SOUSA V F DE VELOSO M E DA C VASCONCELOS L F L RIBEIRO V Q SOUZAV A B DE JUNIOR B S drsquoA Nitrogecircnio e potaacutessio via aacutegua de irrigaccedilatildeo nas caracteriacutesticas de produccedilatildeo da bananeira lsquoGrand Nainersquo Pesquisa agropecuaacuteria brasileira Brasiacutelia v39 n9 p865-869 set 2004

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional mdash atributos quiacutemicos do solo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007a

TEIXEIRA L A J T NATALE W NETOJ E B MARTINS A L M Nitrogecircnio e potaacutessio via fertirrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo convencional ndash estado nutricional das bananeiras e produccedilatildeo de frutos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 1 p 143-152 abr 2007b

TEIXEIRA L A J T SANTOS W R dos BATAGLIA O C Diagnose nutricional para nitrogecircnio e potaacutessio em bananeira por meio do sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo (DRIS) e niacuteveis criacuteticos Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 24 n 2 p 530-535 ago 2002

TEIXEIRA L A J T NATALE W RUGGIERO C Alteraccedilotildees em alguns atributos quiacutemicos do solo decorrentes da irrigaccedilatildeo e adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira apoacutes dois ciclos de cultivo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 23 n 3 p 684-689 dez 2001

TEIXEIRA L A J T RAIJ B V NETO J E B Estimativa das necessidades nutricionais de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo cultivadas no estado de Satildeo Paulo Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 30 n 2 p 540-545 jun 2008

TEIXEIRA L A J T ZAMBROSI F C B NETO J E B Avaliaccedilatildeo do estado nutricional de bananeiras do subgrupo lsquoCavendishrsquo no estado de Satildeo Paulo normas dris e niacuteveis criacuteticos de nutrientes Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 29 n 3 p 616-620 dez 2007c

URANO E O M KURIHARA C H MAEDA S VITORINO A C T GONCcedilALVES M C MARCHETTI M E Determinaccedilatildeo de teores de nutrientes em soja pelos meacutetodos chance matemaacutetica sistema integrado de diagnose e recomendaccedilatildeo e diagnose da composiccedilatildeo nutricional Revista Brasileira de Ciecircncias do solo v 31 p 63-72 2007

VASCONCELOS E P de Avaliaccedilatildeo do estado nutricional da bananeira cv lsquoPacovanrsquo na regiatildeo da Chapada do ApodindashCE Fortaleza UFC 2002 79p (Dissertaccedilatildeo de mestrado)

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WEBER O B MONTENEGRO A A T SILVA I M N E SOARES I CRISOSTOMO L A Adubaccedilatildeo nitrogenada e potaacutessica em bananeira lsquoPacovanrsquo (musa aab subgrupo prata) na Chapada do Apodi estado do Cearaacute Revista Brasileira de Fruticultura JaboticabalndashSP v 28 n 1 p 154-157 abr 2006

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