Crendo no enviado de deus

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Registro na Fundação Biblioteca Nacional N.o 389.024 Livro 723 Folha 184

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Estudo sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo e sua obra redentora

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Registro na Fundação Biblioteca Nacional

N.o 389.024

Livro 723

Folha 184

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Índice

Comentário.....04

Introdução...............06

Quem foi Jesus?........08

Por que o Salvador?............... 10

Entendo o significado de Morte substitutiva.....13

O sacrifício melhor...............16

Argumento contra a morte substitutiva....18

Jesus, a tríplice função e sua messianidade.............19

Por que Jesus é sacerdote?............19

Por que Jesus é profeta?.......20

Jesus é um Juiz no sentido do Antigo Testamento e rei.....21

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Por que Jesus é o Messias?......22

Designações messiânicas........23

Os milagres de Jesus o Cristo.....24

Tabela dos milagres de Jesus......26

A superioridade de Jesus é evidenciada.....28

Por que Jesus inteiramente Divino?...............35

Os nomes que revelam a natureza Divina de Jesus......39

Por que Jesus inteiramente homem?.....40

Desenho sobre a criação do homem e a encarnação de Jesus......42

Jesus homem verdadeiro.........43

Jesus humano nosso espelho................46

Conclusão......53

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Comentário

Acredito que uma das coisas que mais chamam atenção de todos os homens é o assunto

que se refere ao céu e da possibilidade de chegar a ele.

Quase todos que ouvem falar sobre o céu desejam poder um dia usufruir da alegria de

estar nele e quando falamos em céu, esta palavra na verdade trás em si um significado maior que

um lugar de paz, ou seja, é: estar perto de Deus.

O céu significa ter o privilegio de viver eternamente com Deus.

Será que realmente todos os homens querem ir para este céu?

Muitos dizem que se existe um céu com certeza irão para lá, pois, segundo o seu ponto

de vista são excelentes pessoas. Outros acreditam que o amor de Deus é tão grande que jamais

irá castigar alguém com um possível inferno, pois isto feriria sua suposta bondade. Existem

pessoas que não sabem a vontade de Deus, outros simplesmente a ignoram. Quando indagados

se estão se esforçando para fazer a vontade de Deus respondem: ―Eu sirvo a Deus da minha

maneira!‖

Para os que usam esta última expressão com vigor, gostaria de dizer que em primeiro

lugar o céu não é nenhuma bagunça! A salvação e o perdão também não são realizados de

qualquer maneira.

Para que você possa entender o que quero dizer vou usar uma comparação entre as leis e

regras da nossa sociedade e as leis de Deus. No nosso mundo temos regras e normas que ajudam

o bom andamento de nossa sociedade. Graças a Deus por isso! Você já imaginou um mundo

sem regras? Qual seria o tamanho da bagunça? Um mundo sem leis forneceria ocasião para

acontecimentos desastrosos, ruins e etc., se com leis, normas e regras a sociedade sofre com

pessoas que as desobedecem, sem elas a única palavra que se encaixa com a desorganização que

seria é o caos.

As normas estão no nosso cotidiano, vejamos, por exemplo, que:

Temos direito de usufruir do uso de água potável, luz, gás e telefone, mas temos a

obrigação de pagar por estes serviços, caso contrario o fornecimento deles serão suspensos.

Quando queremos trabalhar em algum escritório, firma e etc., nós devemos nos adaptar

ao regime interno de funcionamento deste local de trabalho. Imagine o que acontecerá com um

funcionário que disser para o patrão que irá trabalhar da maneira que quiser. Logicamente será

despedido na hora!

Imagine que se eu prestando os testes para conseguir a carteira de habilitação para dirigir

automóvel disser que irei dirigir da maneira que quero e não da maneira que esta determinada

pelo órgão governamental competente que no caso de São Paulo é o Detran? Eu não vou

conseguir ter uma carteira de habilitação, pois o principio básico para obtê-la é obedecer às

normas.

Se alguém quiser se formar em um curso e obter um diploma de uma escola que se

enquadra nas normas do MEC terá que estudar, participar das aulas e realizar testes que

comprovarão que está qualificado para exercer a atividade que escolheu. Sabendo desse

principio podemos concluir que se uma pessoa não fizer estas coisas não poderá ter seu diploma.

Se um professor der aula e não souber transmitir seus conhecimentos os alunos

aprenderão o que ele quer ensinar?

Se um cantor não entoar músicas de uma maneira agradável aos ouvidos venderá algum

cd?

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Agora eu pergunto:

―Para poder chegar ao céu o homem pode ir de qualquer maneira?‖

Lógico que não!

Ele tem que fazer o que Deus determinou!

E onde está escrito o que Deus determinou?

Na Bíblia sagrada encontramos tudo a respeito da vontade de Deus, pois, ela é o mapa

que nos leva ao céu.

E o assunto central da Bíblia é a salvação da humanidade que é realizada por aquEle que

Deus enviou: ―Jesus Cristo!‖

Tendo em mente que devemos entender qual é à vontade de Deus para nossa vida e

querendo obedece-la convido a todos a uma excelente leitura.

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Introdução

O que é o Cristianismo? Quem foi Jesus? Quem é verdadeiramente Cristão?

A natureza humana tem em si muitos pontos de interrogação. Isto está dentro de cada um

e de certa maneira é uma coisa muito boa, pois, desperta o perscrutar e assim o conhecer.

A Cristologia (estudo de Cristo) é a algo que há muito tempo tem me despertado o

interesse. Assim nasceu este trabalho baseado no amor pelo Mestre querido e por essa

disciplina.

Procurei com simplicidade fazer uma síntese da Cristologia, sabemos, porém que o

assunto não se esgotou, e nem vai se esgotar e para quem quer se aprofundar nele saiba que o

mercado oferece bons livros.

Não cesse de pesquisar, é nosso conselho em Cristo para você. Ok!?

Jesus sempre foi, é, e será... João coloca esta verdade bem explicita no seu evangelho,

mas não podemos dizer que ele é o único porque o Filho de Deus é o tema central das escrituras.

O divino homem—Deus homem, que encarnou para salvar a humanidade perdida. Seria

impossível conceber que Deus viesse resgatar o homem? Seria contrário acreditar que Deus se

importa com aqueles que não querem saber dele? O seu inigualável amor, graça, misericórdia

responde tudo isso em Jesus Cristo que se despojou assumindo forma de servo, deixando sua

natureza divina inerte no finito, sendo após sua morte e ressurreição restaurado com a glória que

sempre teve na sua eternidade (Jo 17:05).

O cerne do Cristianismo é o seu Salvador Perfeito, Único e Especial! Ainda hoje vemos

muitas afrontas daqueles que podemos classificar de inimigos e opositores de Cristo, que tentam

retirar a divindade ou sua humanidade, transformando-o numa meia aberração histórica

mentirosa. Quereríamos que muitos que hoje seguem a direção oposta à verdade pudessem

mudar a ótica de suas falhas visões, pois as escrituras não são de particular interpretação (1 Pe

1:20), todavia o julgamento pertencerá ao nosso Deus.

Jesus Cristo, Salvador Universal, o verbo divino o Deus-Filho que encarna para cumprir

seu excelso propósito, assim abordamos o sacerdócio de Cristo iniciando no real significado da

palavra salvação e morte substitutiva. Também abordaremos brevemente o fato de Deus no

antigo Pacto ter estabelecido a Aliança Levítica para poder encaminhar os homens de então para

a comunhão atingida pela substituição, doutrina central bíblica, onde o pecado é reparado pela

morte de uma vitima inocente, neste caso, a morte de animais; vemos a grande dificuldade de se

apresentar diante do Deus Santo e os rituais que davam à purificação e a continuidade dos atos

purificatórios ou sacrificiais para remissão do pecado que não podia ser extinto devido à

imperfeição destes mesmos, no tocante ao mudar a consciência, mas com seu valor temporário

de justificação bem definido até a chegada da plenitude dos tempos onde seria apresentado um

sacrifício de amplitude universal e perfeito em todos os aspectos.

Vemos assim a transição da antiga aliança para a nova, onde os antigos rituais levíticos

foram substituídos pelo sacrifício supremo de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual é a

vitima e o réu, o sacrifício e o sacerdote, a oferta e o ofertante, o único Mediador entre Deus e

os homens.

Jesus com a oferta de si mesmo conseguiu o que os sacrifícios cruentos de animais não

conseguiram, remover o pecado da consciência, abrindo ao homem o caminho da comunhão

perdida no jardim do Éden por Adão, o fazendo participante de seu Reino e o adotando na

qualidade de filho.

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O Deus eterno que encarnou, o divino que se tornou homem, sem deixar de ser divino.

Ele não teve principio, não passou existir quando encarnou, Ele sempre foi. Jesus é Deus

verdadeiro e podemos ter certeza disso! (Jo 1.1)

A humanidade do verbo é clara nas escrituras e Jesus se auto denomina como ―o filho do

homem‖ (Mt 16.55; Mc 8.38; Lc 21.27; Jo 3.14) e sua identificação com a humanidade é

apresentada como um exemplo a ser seguido. Homem verdadeiro estampado em seu

nascimento, crescimento, no ter fome, sede, sono, fé, dedicação, esperança, angustia, medo,

agonia e em sua morte. Emanuel—Deus conosco em nossa história, vida e miséria! Que

maravilhoso é ter em Jesus a redenção do homem caído, pois o tanto que a humanidade estava

perdida em Adão, agora em Cristo está salva e em sua vida terrena temos um exemplo que

devemos seguir. Realmente podemos ver a Jesus como a porta de entrada do céu (Jo 10.07) que

nos possibilita entrar pela grata atitude de ser como ele foi, seguindo seus passos.

A vida, morte, ressurreição e ministério celestial de Cristo marca o presente tempo (o

agora) como oportuno para obter a salvação sem barreiras, (sexo, idade, raça, nível social e etc.)

aplicando o requisito essencial para isto: a fé.

Abrindo o véu deste trabalho coloco uma frase que frui de meu coração:

“Não poderia de mim mesmo encontrar um tão perfeito Salvador, todavia a dádiva

de um amor inexplicável a finita mente humana tornou acessível o bem que não anelava.

Oh insondável amor! Prêmio máximo deste tão puro coração à tão pequeno ser. Ver ,

ouvir e sentir... Não são as palavras que podem expressar, mas o coração grato que

transborda no sorrir da alma que reluz na esperança deste teu dom que concedeste.

Agraciado, remido, santificado, transformado, salvo, encontrado... O que posso então

dizer? Digo: Glórias a ti Senhor!”

Paulo Francisco dos Santos

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―E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a

quem enviaste‖.

João 17.03

Quem foi Jesus?

Uma pergunta bem simples e sua resposta parece mais simples ainda. Você concorda

comigo?

Em uma roda de amigos que moram num país cristão como o Brasil a resposta seria ele é

o Salvador do mundo!

Entre aqueles que são céticos, simplesmente um homem muito inteligente.

Para os críticos ferrenhos e opositores da Bíblia um monstruoso enganador.

Para os estadistas um magnífico reformador.

Para religiosos diversos ele é o fundador do Cristianismo, uma das três religiões

monoteístas do mundo.

Entre os filósofos ele seria caracterizado como um grande filósofo.

Para os islâmicos ele seria um grande profeta, porém menor que Maomé.

Para os judeus não cristãos um escriba ou rabino que interpretou a lei numa nova visão.

Para alguns historiadores talvez a resposta seria: ele foi o homem que mais fez bem a

humanidade!

Jesus Cristo pode ser considerado para alguns um enigma! Ele mesmo nunca escreveu de

si um único til e mesmo assim seus ensinos influenciam a humanidade até os nossos dias.

Nunca durante toda história um homem foi tão amado e ao mesmo tempo tão odiado.

Jamais em toda a humanidade houve tamanho interesse para se aprender da vida de um homem

como o é em relação a Jesus Cristo. Bom ou ruim indiscutivelmente Ele é tanto durante a

história como na atualidade um personagem singular e que não só influência vidas no presente,

mas que sem questionamento irá exercer sua influência nas gerações vindouras.

A contagem dos anos de nosso calendário Cristão começa com o seu nascimento,

atualmente estamos no ano de 2005 (com uma pequena diferença de anos + ou – 5).

Historicamente seus ensinos abalaram a estrutura do império Romano.

Hoje em dia os cristãos somam mais de dois bilhões de pessoas neste mundo de seis

bilhões de habitantes. Uma gigantesca população!

Sua influência é tão grande que se uma pessoa estiver caminhando em uma certa avenida

que se localiza em uma grande metrópole como São Paulo e, esta ver um terrível acidente de

carro, ela com certeza irá exclamar o seguinte jargão: ―- Jesus!‖. Como sinal de espanto e um

pedido espontâneo de socorro divino para os infelizes acidentados.

Sua vida tem inspirado filmes, reportagens, livros, revistas, jornais, sites, notas, poemas,

comércio, educação, estados, religiões e etc.

Ele também é o motivo deste livro, e quando me refiro a isto, lembro-me do que o

Apóstolo São João escreveu no capitulo 20 e verso 30, 31 do seu evangelho:

―Jesus, pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que

não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo,

o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome‖.

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A perspectiva deste nosso livro é cristã e tem como objetivo ajudar a apresentar o Senhor

Jesus para os novos convertidos à fé e aos curiosos, ou melhor, aos que querem entender mais

um pouco sobre o cristianismo. Assim abordaremos de uma forma simples procurando evitar

uma linguagem técnica os ensinos que transmitem a essência do evangelho.

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Por que o Salvador?

O elevador celeste.

Certo professor ilustrou a salvação desta maneira:

Existia um lugar especial onde tudo era muito bom.

Neste lugar havia uma boa moradia, comida em abundância, atividades que

proporcionam uma vida feliz sem o infortúnio da ociosidade.

Este lugar era tão especial que não se localiza na terra, mas entre a terra e o céu. Um

lugar perfeito com tudo que era necessário para viver alegremente.

Uma nuvem gigante abrigava um paraíso que era habitado por um casal que sempre era

visitado pelo proprietário do paraíso.

Onde tudo é bom, tudo vai bem. Todavia por um descuido o feliz casal por não obedecer

a uma placa de proibido a passagem acabou caindo num buraco.

Eles caíram num lugar diferente do que estavam acostumados a viver. Tudo era ruim

comparado a sua antiga habitação.

Eles queriam voltar, mas como eles poderiam fazer isso.

O ser humano não tem asas. A força da gravidade puxa o corpo em direção ao solo de

maneira que sem auxilio de algum mecanismo eles não poderiam sair do chão.

Jogar uma corda para cima não dava, pois além de muita força para alcançar a nuvem

seriam necessário vários metros de corda.

O quê fazer? Se o auxilio não viesse do alto seria impossível o retorno.

O proprietário do paraíso celeste ao sentir a falta dos seus amigos os procurou

incessantemente e chegou à conclusão que eles deveriam ter caído em direção a terra e por isso

comprou um elevador. Por um imenso cabo de aço desceu o elevador até a terra e chamou o

casal para subir nele e retornarem para seu antigo lar.

Conclusão:

Como nós não podíamos voltar para Deus, Ele enviou o Senhor Jesus que ilustra o

elevador que nos possibilita retornar para o lar, ou seja, para a comunhão na presença de

Deus.

Jesus Cristo o Salvador!

Não é necessária a presença de um salvador ou uma atitude de salvamento se não existe

uma situação em que alguém está correndo algum tipo de risco de ruína, perda ou morte.

Concluímos com isso que Jesus é o Salvador de alguém que se encontra em uma

situação de perigo.

Mas qual o perigo que o homem (humanidade) está correndo? O que a Bíblia diz?

O perigo está expresso na palavra ―morte‖.

Morte? Mas todos morrem.

Sim. Mas as Escrituras dizem que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) e a morte é

descrita em duas fases:

A primeira como a separação do corpo físico do espiritual (Gn 3.19; Ec 12.7; Hb 9.27).

A segunda é descrita como a segunda morte, onde aqueles que receberem essa sentença

estarão eternamente separados de Deus e estarão em tormento no lago de fogo segundo

Apocalipse 20.11-15:

―Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a

terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos,

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postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi

aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito

nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que

neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno

foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se

alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo‖.

(grifo meu)

Em conformidade com o ensino de Jesus em Jo 5.27-29 (E lhe deu autoridade para

julgar, porque é o filho do homem. Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos

os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a

ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo) e o texto

anterior de Ap 20.11-15 haverá a ressurreição para o julgamento final, onde o homem que é um

ser pleno no estado original que Deus o criou será restabelecido, ou seja, a primeira morte será

anulada e cada um individualmente voltará a possuir corpo, alma e espírito para ser julgado

segundo suas obras.

O que é o lago de fogo?

Um lugar de tormento eterno, onde para sua chama arder não é necessário haver o

circulo do fogo (combustível, comburente e calor), pois é inextinguível e de ordem sobrenatural.

A principio vemos que o lago de fogo foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41), porém

todo ser humano que seguir o exemplo de rebelião do antigo anjo de luz e seus seguidores terá o

mesmo destino.

O lago de fogo é um lugar especial:

A palavra eternidade significa sem principio e sem final de dias ou tempo e é uma

referencia única e exclusiva para Deus, porém em nossa explicação sobre o lago de fogo

está no sentido de não ter final de tempo, sem levar em conta o inicio da existência do

individuo que infelizmente irá passar sua triste eternidade neste lugar horrível.

Quem for lançado no lago de fogo irá ser atormentado nos cinco sentidos físicos, e (+)

mais o emocional, e (+) mais o espiritual.

No sentido espiritual o individuo irá sofrer:

Separação eterna de Deus. Ao ser lançado no lago de fogo o ser humano irá passar a

eternidade distante de Deus, o que podemos classificar como sofrimento espiritual. Isto significa

que quem passar a eternidade neste lugar de sofrimento nunca mais irá ouvir a palavra de Deus,

sentir sua presença, nem gozar de comunhão ou ver o Altíssimo e ser feliz, ter paz, descanso e

etc, algo terrível, pois o homem somente pode obter o máximo da vida em todos os aspectos

junto daquEle que o criou.

No sentido emocional. Aquele que for lançado no lago de fogo terá através do juízo

final (Ap. 20.11-15) a ciência que estará sendo atormentado na eternidade por responsabilidade

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pessoal, ou seja, existirá o sentimento de culpa e remorso, pois a todos é entregue a

oportunidade de salvação que cabe a cada um fazer jus em aproveitar.

.

No sentido físico irá o individuo no lago de fogo sofrer:

No tato. A dor será algo incessante, pois o fogo queima e o queimado não morre

e o fogo não se extingue (Mc 10.44,46,48).

Na visão. O fogo do lago de fogo é um fogo escuro. Neste lugar não existe

nenhuma luz. (Mt 8.12; 22.13; 25.30; Jó 38.17)

Na fala / paladar. A dor provocada pelo tormento do fogo fará o infeliz

atormentado gritar e ranger os dentes sem cessar. (Mt 8.12; 22.13; 24.51; 25.30;

Lc 6.25). Também é necessário lembrar que o infeliz nunca mais poderá sentir o

prazer dos alimentos.

Na audição. Além de gemer, chorar, lamentar e ranger os dentes quem estiver no

lago de fogo também irá ouvir milhares de gemidos, choros, lamentos e ranger de

dentes durante toda a eternidade daqueles que também estarão neste triste destino

(os versículos do tópico anterior são as referências para esta afirmação).

No olfato. O enxofre produz uma sensação muito desagradável ao ser inalado por

nossas narinas e quem estiver no sofrimento do lago de fogo irá sentir esse cheiro

terrível para toda eternidade (Ap 14.10; 19.10).

A afirmação lógica para nossa questão inicial conhecendo o que o fator segunda morte

significa é: ―Jesus veio salvar a humanidade deste triste destino!‖

De que maneira ele nos salvou?

―Pela sua morte na cruz, ora, essa. Todo mundo sabe disto! Ele morreu para nos salvar.

Qualquer um chorou ao ver o filme!‖

Essa pode ser sua resposta, mas o simples fato de morrer na cruz pôde fazer de Jesus

nosso salvador? Por que o salvador não foi outra pessoa, visto que tantos morriam desta terrível

morte? Nós sentimos dó do Cristo que é maltratado, espancado e é pendurado na cruz, mas será

que entendemos o sentido dessa demonstração de amor e morte? Por que ele morreu para nós

salvar? Qual é a resposta?

Jesus morreu em nosso lugar!

Isto é chamado de morte substitutiva ou vicária.

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Entendo o significado de Morte substitutiva?

A morte substitutiva significa que alguém morre em lugar de outrem. Quando falamos

que Jesus morreu por nós, queremos dizer que ele morreu a morte que deveria ser nossa. Mas

por quê? O amor é a única explicação para essa atitude! ―Porque Deus amou ao mundo de tal

maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a

vida eterna‖. Jo 3.16

O amor motivou Deus enviar Jesus, que de forma voluntária, por este mesmo amor se

doou para transmitir vida ao homem que estava destinado a sofrer o dano da segunda morte.

Mas por que Jesus tinha de morrer para me substituir?

Porque o ato de pecar exige a morte do pecador (Rm 6.23) e este pecador não pode evitar

isto, pois não existe fiança, o dinheiro não apaga a transgressão e os atos de justiça são

considerados como trapo de imundícia (Is 64.6).

Mas você pode dizer eu não sou tão mau assim. Eu não mato, não faço isso ou aquilo e

comparado a muitos por aí eu sou bom! O que você desconhece é que o padrão de justiça em

que o homem é avaliado não provem de uma comparação de conduta de homem com homem,

mas do homem em relação a Deus, e ao fazer esta comparação todos são declarados imperfeitos.

Mas por que todos são imperfeitos?

Porque nós herdamos do primeiro homem (Adão) a imperfeição. Como herdamos de

nossos pais cor de olhos, cabelos, feição, estatura e etc. também herdamos em nosso ser o

estigma do pecado. Quando Adão transgride segundo o relato de Gênesis capitulo três e perde

sua forma original de santidade se fazendo pecador e a partir de então não havendo mudança

neste seu estado ele o transmite para seus descendentes (Rm 5.19) – a humanidade se torna

então aprisionada pelo pecado.

―Não há Justo (homem sem pecado), nem sequer um‖. (Rm 3.10, Sl 14.1-3).

Quem peca?

A resposta é o homem.

Existe alguém que não peca?

A resposta é: não existe. (1 Rs 8.46; Rm 3.23)

Qual a sentença para quem peca?

A resposta é a morte. (Rm 6.23)

Qual morte?

A resposta é: a física e a espiritual que chamamos de separação eterna de Deus (Rm

6.23; Ap 20.14,15).

Existe uma maneira de escapar da condenação do pecado?

A resposta é: em Jesus isto é possível (Jo 3.16).

Por que isto é possível?

Porque Jesus nos substituiu (1 Co 15.3;1 Jo 2.1,2).

Por que foi necessário que ele nos substituísse?

Para responder essa pergunta vou desenvolver o pensamento que é o cerne deste capitulo

e assim entender como se iniciou a ideia de morte substitutiva e consequentemente chegar à

doutrina da expiação.

Leiamos Gênesis capítulo três. Este capítulo destaca a queda do homem e sua tentativa

de auto justificação estampada na feitura de cintas (vestes) de folhas de figueiras (vers.7) e

depois por suas palavras (12). O homem perde a comunhão com Deus, fica despido do estado

original de santidade, e por pecar recebe o pagamento por sua atitude – morte. Mas Deus

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demonstra para o homem que ele não aprovou seu ato, mas continua o amando, sem, porém

amar o seu pecado. Promete um Salvador (15) e prepara vestes (túnicas) para eles de peles de

animais (21). Não podemos afirmar com certeza que este fato seja uma referencia ao primeiro

sacrifício, mas nos direciona a pensar que a morte dos animais e o vestir do casal remetem à

substituição e justificação – o acontecimento pode ilustrar a justificação pela morte substitutiva

dos animais no lugar do casal e o vestir simbolizando a justificação recebida.

Daí em diante as Escrituras nos direcionam a idéia de substituição pelo sacrifício de um

animal. Um animal é inocente por não ter pecado (embora não tenha consciência) e pode

substituir o pecador sofrendo a pena da morte em seu lugar, ou seja, para o pecador não morrer

o animal morre no seu lugar e este é beneficiado pelo sacrifício. Dá-se o nome de expiação ao

sacrifício substitutivo, pois o sangue é derramado para cobrir a transgressão.

Em Gênesis capítulo 22 vemos na história do oferecimento de Isaque outra referência a

morte substitutiva, pois quando Abraão é isento de sacrificar seu filho pela ordem divina, ele

olha para trás e vê um carneiro preso pelos chifres nos arbustos e pega-o e sacrifica-o no lugar

de Isaque.

Em Êxodo capítulo 12, onde lemos que é instituída a páscoa, observa-se que a última

praga trata-se da morte dos filhos primogênitos dos incrédulos e para que aqueles que eram

crédulos não perdessem seus filhos primogênitos também era necessário imolar um cordeiro ou

cabrito de um ano sem defeito. Este sacrifício foi substitutivo, pois, a morte do cordeiro

substituía a morte do filho primogênito.

Com a construção do tabernáculo e a oficialização do sacerdócio foi estabelecido pelo

próprio Deus que para haver perdão de pecados era necessário que houvesse uma morte

substitutiva. O relato da instituição das leis sacrificiais está em Levítico do capitulo 1 a 7, e em

especial sobre a expiação do capitulo 6.24 à 7.10.

No capitulo 16 é instituída a festa anual da expiação que consistia na morte de um

novilho para expiação do pecado do sacerdote e sua casa, e em seguida na morte de um bode

para expiação do pecado do povo, cujo sangue era levado para dentro do véu no lugar

Santíssimo (Santo dos Santos), onde estava a presença do Deus Altíssimo.

Tudo isto demonstra que o pecado só pode ser expiado com o derramamento de sangue

(Lv 17.11).

E sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22).

O sistema sacrifical do Antigo pacto apresentava certas dificuldades para sanar

completamente o homem dos males do pecado. Vemos que os sacrifícios de animais eram

aceitos por Deus concernente a cobrir o pecado, ou seja, Deus perdoava o pecado cometido, mas

o individuo que pecava continuava com a mesma índole, pois sua natureza não era mudada e

por isso ele facilmente reincidiria na prática do mesmo pecado (Hb 10.1-4).

Outro problema era que estes sacrifícios não perdoam qualquer tipo de pecado. Pecados

como adultério era punido com a morte (Lv 20.10), Bestialismo ( Lv 20.15), homossexualismo

(Lv 20.13), por desobedecer a regra da guarda do sábado (Nm 15.32-36).

Mais outro problema era quando houvesse um deslize e o individuo morresse antes de

chegar ao lugar escolhido para apresentar o sacrifício, pois ele tinha de apresentar-se perante o

sacerdote no altar que ficava em Jerusalém para que este fizesse o sacrifício expiatório para o

perdão ser concedido ao pecador. Você pode perguntar onde está o problema? Se este individuo

morasse longe, por exemplo, e na viajem até o templo ele morresse no meio do caminho, sem

haver oferecido o sacrifício expiatório o que aconteceria como ele? Morreria sem perdão, o que

resulta em receber a segunda morte! Em outras palavras, você que mora no Brasil para receber

perdão segundo os rituais do antigo testamento deveria ir até o Oriente médio, em Jerusalém, no

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templo para oferecer o sacrifício e receber o perdão dos pecados, e se porventura no meio do

caminho você morresse sem chegar ate lá, a sua condenação era certa.

Como já não bastasse esses três probleminhas (que na verdade são bem grandes), ainda

existia um terceiro. Mesmo depois de receber o perdão após o sacrifício, se o cidadão

rescindisse e cometesse outro erro cinco minutos depois, esse erro (pecado) precisava ser

removido por outro sacrifício. Isto significa que todas às vezes que o individuo pecar é

necessário fazer um novo sacrifício para receber o perdão.

Qual difícil era o caminho para a presença de Deus!

Em suma era necessário um sacrifício melhor. Esse sacrifício melhor que fazemos

referencia deveria cobrir qualquer tipo de pecado e remove-lo, transformando a natureza do

pecador, libertando-o do domínio que o pecado exerce sobre sua vida. Sendo melhor deveria

também ser um sacrifício que valesse em qualquer parte do mundo. E por fim, um sacrifício que

pudesse estar disponível ao pecador a qualquer momento para lhe conceder perdão, sem que

tomasse o tempo que em certos casos poderia interferir em sua salvação.

“Daí a necessidade de um sacrifício perfeito.”

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O sacrifício melhor seria:

Aquele que mudasse o coração (natureza) do ser humano.

Aquele que perdoasse qualquer tipo de pecado.

Aquele que concedesse perdão em qualquer lugar do mundo.

Aquele que não tivesse tempo de validade, ou seja, valesse agora, daqui a um

minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, mil anos, milhares de anos e etc.

Mas onde achar este sacrifício? Quem pôde idealizar um sacrifício assim? A resposta

obvia é o Deus todo-poderoso. E é ai que entra em cena o Salvador do mundo: ―JESUS

CRISTO O FILHO DE DEUS‖.

Quando João Batista olha para Jesus e diz em João 1.29: ―Eis aqui o Cordeiro de Deus,

que tira o pecado do mundo‖, ele está pensando na morte substitutiva ou expiatória, que no caso

de Jesus, por sua perfeição não seria apenas dada a uma nação, mas a todo o Universo de

homens tanto daquela época quanto do futuro.

Jesus Cristo o Deus-homem, santo, sem mácula, se qualifica por sua perfeição para ser o

sacrifico expiatório que Deus aceitou com prazer para remover os pecados da humanidade.

Quando o Senhor Jesus é entregue a prisão e sentenciado à morte, cumprisse a profecia

do resgate da humanidade feita em Gn 3.15, pois ao subir a cruz, Ele substitui a humanidade.

Ao morrer nos lemos que o véu do templo que separava o lugar santo do santíssimo é

rasgado de alto a baixo (Mt 27.51; Mc 15.38; Lc 23.45), este fato nos mostra que o caminho que

era dificílimo para chegar perto Deus, agora em Cristo seria facilitado pelo o novo caminho que

a fé em Jesus iria proporcionar. Antes somente o sacerdote da descendência de Aarão podia

transpassar o véu com sangue alheio (de animais) para pedir perdão por si e pelo povo de Israel,

agora em Cristo o caminho foi aberto para que não somente Israel receba o perdão, mas que

todos os homens o recebam este mesmo perdão sem distinção de nacionalidade. Agora toda

humanidade precisa do homem Jesus para ser seu mediador entre Deus (1 Tm 2.05), que é

também o Sacerdote Eterno pela ordem de Melquisedeque e é também a propiciação pelos

pecados (1 Jo 2.2).

Jesus assume o papel mais importante para salvação da humanidade, ele se torna tudo

aquilo que é necessário para restaurar a todos a perfeição e comunhão para com Deus: vitima e

o réu, o sacrifício e o sacerdote, a oferta e o ofertante, o único Mediador entre Deus e os

homens.

Seu sacrifício sendo perfeito é realizado uma única vez (Hb 9. 22-28; 10.12) e serve para

o perdão dos pecados de toda humanidade (1 Jo 2.2), tendo como requisito para o receber a fé

(Rm 5.1,2; Gl 2.16;3.26; Ef 2.8; 1 Pe 1.5). Este sacrifício diferentemente dos sacrifícios de

animais age na natureza do pecador fazendo ela mudar, então o homem deixa de ser dominado

pelo pecado porque é liberto (Jo 8.32), recebe o novo nascimento e passa a ser filho por adoção

(Jo 1.12, Gl 4.5) e assim acontece o milagre do retorno—retorno para os braços de Deus. O

sacrifício perfeito de Jesus tem um valor permanente na vida de quem o recebe pela fé, pois esse

homem perdoado e reintegrado a comunhão de Deus pode até vacilar e errar involuntariamente,

e assim requerer o perdão sempre que necessitar, pois o sacrifício de Jesus foi realizado uma vez

e não possui rotulo de validade, seu valor realmente é eterno. Não importa se estamos no Brasil

Page 17: Crendo no enviado de deus

17

ou no Japão, ou até mesmo na Antártica ou na Lua, esse sacrifício atravessa as fronteiras dos

países e abençoa a todos, qualquer um em sua pátria, cidade, bairro ou casa pode receber o

perdão dos pecados.

O sacrifício de Jesus Cristo é aquele sacrifício melhor que fiz referência a pouco,

pois:

Ele muda o coração (natureza) do ser humano;

Ele perdoa qualquer tipo de pecado1;

Ele perdoa o pecado dos homens em qualquer lugar do mundo;

Ele não tem tempo de validade, ou seja, realmente seu valor é atual e se estende

para daqui a um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, mil anos, milhares

de anos e etc.

“ATENÇÃO”

O sacrifício de Cristo

só se torna nulo na vida daquele que o rejeita.

1 Com exceção apenas da blasfêmia contra o Espírito Santo que caracteriza uma rejeição voluntaria e

consciente da autoridade do Espírito ao operar milagres seguido de ofensa segundo o texto de Mc 3.29; Mt 12.32;

Lc 12.10, isto, significa que para ser considerada blasfêmia a pessoa que a fizer deve conhecer as escrituras e o

porque desta não ter perdão está relacionado ao fato do Espírito Santo ser aquele que convence o mundo do pecado

( Jo 16.8), se porventura Ele se afasta fica necessariamente impossível alguém se arrepender.

Page 18: Crendo no enviado de deus

18

Argumento contra a morte substitutiva de Cristo.

Os opositores da morte substitutiva de Jesus Cristo usam o argumento bíblico de Dt 5.17

que nos indica que Deus não aceita sacrifícios humanos e por isto discordam daquilo que é à

base do Cristianismo em relação ao perdão dos pecados da humanidade.

Porque Deus não aceitava sacrifícios humanos?

Simplesmente porque toda a humanidade é imperfeita devido ao pecado de Adão (Rm

3.23; 5.19; Sl 14.1-3; Gl 3.22), e o principio da morte substitutiva era que o inocente animal

(que não possuía pecado) levava os pecados do ofensor o substituindo.

Realmente Deus não poderia receber um sacrifício humano devido sua imperfeição, mas

no caso do Senhor Jesus a lógica da imperfeição humana é quebrada, pois ele não HERDOU O

PECADO ORIGINAL DE ADÃO E TAMBÉM NUNCA COMETEU PECADO

DURANTE SUA VIDA e na sua boca não houve engano (1 Pe 2.21,22; 1 Jo 3.5), o que foi

reconhecido até pelo descrente Pilatos que o chamou de justo (Mt 27.24), o que também o fez o

centurião que observava a sua crucificação (Lc 23.47).

A perfeição (Hb 9.26) de Cristo o qualificou para substituir a humanidade levando sobre

si as iniquidades (Is 53.11), sendo um sacrifício único (Hb 9.26-28; 10.12, 14) proporcionando a

remissão dos pecados (Hb 10.18) e sendo ele mesmo o sacerdote, pela sua ressurreição e

ascensão ao céu pode interceder eternamente junto a Deus pelos pecadores (Hb 7.22-28)

concedendo eterna salvação aos que obedecem à palavra de Deus (Hb 5.9).

Page 19: Crendo no enviado de deus

19

JESUS, A TRÍPLICE FUNÇÃO E SUA MESSIANIDADE.

Por que Jesus é sacerdote?

A melhor síntese do significado sacerdotal e que demonstra este ministério de Jesus

Cristo está no livro de aos Hebreus. E é essencial que aquele que quer aprender sobre quem

eram e o que faziam os sacerdotes leia os livros de Números capitulo 3 sobre a escolha de

Aarão, Êxodo capítulos 35-40 sobre o que era o tabernáculo, o livro de Levítico que é o manual

de uso do tabernáculo e o livro de Hebreus que fala sobre o sacerdócio de Cristo.

Quem criou a função sacerdotal foi o próprio Deus e a oficializou em Aarão (Nm 3, Ex

28. 1-3). Aarão foi constituído por Deus como sumo sacerdote e foi designado aos deveres do

oficio sacerdotal. Sua missão era representar o povo diante de Deus.

Lembramos que ninguém podia ocupar o cargo de sumo sacerdote só porque desejava.

Havia a necessidade de ter o chamado de Deus e a devida Unção para este trabalho, da mesma

forma como Deus escolheu Aarão.

O sacerdote intercedia a favor dos pecadores com sacrifícios cruentos a Deus, que

perdoava o pecado.

Esses sacrifícios inicialmente eram oferecidos no tabernáculo que era um templo móvel

que mais tarde foi substituído pelo templo que foi construído por Salomão (1 Reis 7 e 8), mas os

sacerdotes continuaram sendo os descendentes de Aarão.

A idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus.

O sacerdote interpõe-se entre o homem e Deus, ao contrario do profeta, que se coloca

entre Deus e o homem.

O supremo sacerdote judaico é simplesmente um homem como qualquer outro, porem é

escolhido por Deus para falar por todos os outros homens naquilo que eles tem a tratar com Ele.

Ele apresentava as ofertas deles a Deus e oferecia o sangue dos animais que eram

sacrificados para cobrir os pecados do povo e os seus próprios também. E por ser homem, pode

tratar com bondade os outros homens, embora estes sejam insensatos e ignorantes, pois ele

também está rodeado das mesmas tentações e compreende muito bem o problema deles.

O sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus e, por

conseqüência, a necessidade de certas condições para que o pecador pudesse aproximar-se de

Deus. O homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício e estar perto de Deus pela

intercessão.

No antigo pacto quem fazia está função eram os descendentes de Aarão, que eram da

tribo de Levi e conseqüentemente levitas.

Jesus era descendente de Aarão?

Não. Jesus era descendente de Davi, da tribo de Judá (Hb 7.14).

Mas como ele foi ser sacerdote?

Jesus não exerceu a função sacerdotal no templo em Jerusalém, mas no tabernáculo

superior ao terreno (Hb 9.11,23) que está nos céus.

Na morte de Jesus vemos o sacrifício único (Hb 10.12) que nos substitui e remove

nossos pecados (Hb 9.28) e que este sacrifício é apresentado por Ele mesmo, porque depois de

sua ressurreição e ascensão aos céus Ele se torna sacerdote eterno pela ordem de Melquisedeque

(Hb 6.20; 7.21).

Sendo nosso único mediador (1 Tm 2.5) possui um sacerdócio eterno (Hb 7. 24,25)

diante de nosso Deus, e assim se estabelece à nova aliança que substitui a anterior, pois é

melhor (Hb 7.22). Melhor porque este seu sacrifício aperfeiçoou os que crêem nele (Hb 10.14).

Page 20: Crendo no enviado de deus

20

Por que Jesus é profeta?

―Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas

palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar‖ (Dt 18.18)

Um profeta tinha a função de se colocar entre Deus e o homem, ou seja, era enviado a

falar em seu nome.

―O profeta no Antigo Testamento exorta em nome de Deus‖.

―Repreendia em nome de Deus‖.

―Consolava em nome de Deus‖.

―Separava e ungia reis e profetas em nome de Deus‖.

―Aplicava juízos em nome de Deus‖.

O profeta Moisés possuía uma tríplice função: era profeta (fala em nome de Deus), era

sacerdote (era mediador entre o homem e Deus) e era um juiz (presidia sobre o povo de Deus).

Após Moisés somente Samuel assumiu esta tríplice função os demais eram porta-vozes das

mensagens divinas.

Deus levantou inúmeros profetas a Israel para os direcionar, mas nenhum que se

enquadrasse na profecia de Dt 18.18, e quando a Moisés foi dirigida a voz divina dizendo que

iria levantar um profeta semelhante a ele, estava revelando a autoridade que foi outorgada a

Moisés e que seria também dada a outro profeta. Moisés foi o libertador do povo de Israel da

escravidão Egípcia.

O profeta que Deus predisse que enviária para guiar o povo foi Jesus (At 3.20-26) que

também libertou o povo de Israel, porém não unicamente a Israel, mas também os outros povos.

Não de um domínio imposto por uma nação, mas do domínio que o pecado exercia sobre todos

os homens (Jo 8.32).

Qual foi a mensagem que o profeta Jesus trouxe em nome de Deus?

A mensagem consiste em acreditar em Deus e em Jesus, pois a vida eterna esta ao

alcance de todos pelas boas novas de salvação que é doada gratuitamente a aquele que crê. As

palavras de Jesus exprimem isto:

―E a vida eterna é está: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus

Cristo, a quem enviaste‖ (Jo 17.3).

―E disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse

dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados,

a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas‖ (Lc 24. 46-

48).

Jesus é o profeta (porta-voz) de Deus concernente a revelação da Salvação a todos os

homens.

Page 21: Crendo no enviado de deus

21

Jesus é um Juiz no sentido do Antigo Testamento e rei.

Jesus pode ser considerado como um juiz no sentido do Antigo Testamento, pois,

também preside sobre o povo, porém em amplitude maior, na verdade a palavra que define

melhor a função que o Senhor Jesus tem sobre toda a humanidade é a de ―REI!‖. Os juizes do

antigo testamento presidiam sobre apenas Israel e eram constituídos por Deus e eram

representes deste, pois até então o governo em Israel era Teocrático, ou seja, Deus é quem

presidia sobre o povo na figura dos seus juizes. Depois por uma má escolha eles decidiram ser

presididos por um rei como as demais nações rejeitando a Teocracia pela monarquia e por isso

receberam como rei a Saul e em seguida seu sucessor Davi que é o ancestral de Jesus. Vemos

que na monarquia Israel teve reis tementes a Deus e também reis incrédulos que fizeram o povo

se afastar de Deus e receberem juízo divino sobre seus atos. A monarquia visa em si os

interesses das famílias que estão sobre o domínio do povo e em seguida os interesses deste,

todavia o reinado de Jesus não é monárquico, pois Ele mesmo é Deus (Jo 1.1) concluímos que o

reinado de Jesus é diferente de todos os reinados anteriores, pois é Teocrático e não

monárquico. Jesus não herdou somente o trono de Davi no sentido de ser rei apenas de Israel,

mas o reinado mundial e universal, pois Ele é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (1 Tm 6.15;

Ap 19.16).

Jesus é um Rei que tem domínio muito maior do que qualquer outro homem jamais teve,

pois Ele é rei sobre:

O Universo (Jo 1.3; Cl 1.16).

Os anjos (Mt 13.41; 24.31; Hb 1.4,7; 1 Pe 3.22).

Satanás (Jó 1.12; 2.6; Ap 20.2,10).

Os anjos Caídos (Mc 5.2-10; Lc 8.27-31; Pe 2.4; Ap 20.12,15).

Israel (Mt 27.37; Lc 19.38; Jo 1.49; 12.13; 19.19).

Todas as nações (1 Tm 6.15; Ap 19.16).

E seu reino é o único que não se acabará (Dn 7.14,27).

Jesus é a revelação máxima da vontade divina para o homem englobando a tríplice

função de rei, sacerdote e profeta.

Ele governa.

Ele é mediador entre os homens e Deus. E por isso intercede a favor de todos que nEle

crêem.

Ele fala em nome de Deus aos homens.

Em Jesus cumprisse a vontade divina para com toda a humanidade que tem o privilegio

de servir a Deus para sempre.

Pela revelação da salvação dada por intermédio de Jesus e por tudo que Ele é estamos

seguros.

Page 22: Crendo no enviado de deus

22

Porque Jesus é o Messias?

Jesus é chamado de o Cristo. A palavra grega Christos que tem o mesmo valor da

palavra Messias que vem do Hebraico Mashiach que significa o Ungido, o Escolhido.

O Messias era esperado pelo povo de Israel para estabelecer o reino de Israel sobre os

demais e guia-los em toda à vontade de Deus. Ao passar dos anos essa esperança se tornou cada

vez mais crescente devido às ocupações que Israel sofreu por diversas nações (Ex. Egito,

Assíria, Babilônia, Medo-Persas, Gregos, Romanos) aspirando à vinda do libertador à moda do

rei Davi, ou seja, um grande Rei e Guerreiro.

Até hoje os judeus não cristãos esperam a chegada desse messias e rejeitam que Jesus

tenha sido o Ungido de Deus, pois não estabeleceu uma revolução armada para colocar Israel

em uma posição de proeminência entre as nações, estabelecendo um reino intercontinental e

imperialista. Para os judeus da época (ao falar de judeus o destaque cabe a classe dominante

deste período) não foi só por esse motivo que o rejeitaram, mas por temerem perder suas

posições de honra na nação que foi conferida pelos Romanos (Jo 11.48) e também por causa da

inveja que eles sentiam de Jesus (Mt 27.18; Mc 15.10). Vemos que a ganância e a inveja

endureceram os seus corações de tal maneira que mesmo depois de saberem que Jesus havia

ressuscitado devido ao depoimento dos guardas que estavam no sepulcro, procuraram subornar

a estes e persuadi-los a mentir dizendo que os discípulos haviam roubado o corpo (Mt 28.11-

15).

Qual a evidência que Jesus é o Messias?

O Messias seria descendente de Davi.

―Quando teus dias se cumprirem, e descansares com teus pais, então farei levantar

depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará

uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por

pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com

acoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de

Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre

diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre‖. 1 Samuel 7.12-16 (grifo meu)

―Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este

será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu

pai. Ele reinará para sempre sobre à casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim‖. Lucas

1.31,32 (grifo meu)

O Messias nasceria na cidade de Belém, cidade pertencente à

Tribo de Judá.

―E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti

me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias

da Eternidade‖. Miquéias 5.2

Page 23: Crendo no enviado de deus

23

―Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes...‖ Mateus 2.1

Profecias sobre seu advento: Gn 3.15; Dt18.15; Is 55.5, Dn 2.44; Zc 3.8.

Designações messiânicas de Jesus e suas referencias:

O amém. Ap 3.14

Cabeça do Corpo (igreja). Cl

1.18

Cordeiro Jo 1.19-36; Ap 5.6.

Descendente da mulher. Gn

3.15

O esposo. Jo 3.29

O que batiza com Espírito

Santo. Jo 1.33

O que dá testemunho de si

mesmo. Jo 8.18

O que havia de vir. Mt 11.3

Emanuel. Mt 1.23

Escolhido de Deus. Lc 9.35;

Hb 1.9

Estrela de Jacó, rei de Israel.

Nm 24.17

Governante (guia, rei) de

Israel Mq 5.1-2.

Fiel e verdadeiro. Ap 19.11

Filho. Mt 2.15

Filho de Davi. Mt 9.27

Filho de Deus Lc 1.35

Filho do Deus Altíssimo. Lc

1.35

Filho do Deus bendito Mc

14.61

Filho do homem. Mt 24.27

Filho do pai 2 Jo 3

Imagem visível de Deus. Cl

1.15

Libertador. Is 59.20. Rm

11.26-27.

Mestre e filho de Deus. Jo

1.49

Palavra. Jo 1.1

Palavra de Deus. Ap 19.13

Pastor. Mt 26.31; Jo 10.1-21

Paz. Ef 2.14

Príncipe. Dn 9.25; At 5.31

Príncipe da paz. Is 9.6

Príncipe dos reis da terra

Plenitude de Deus. Cl 2.9

Primeiro e último. Ap 1.17

Primícia. 1 Co 15.20

Primogênito. Cl 1.15; Hb 1.6

Primogênito dos mortos. Ap

1.5

Profeta. Dt 18.18; Jo 1.21;

At 7.37

Rei de Jerusalém. Zc 9.9; Mt

21.5; 25.34

Rei dos Reis. Ap 19.16

Rocha espiritual. 1 Co 10.4

Santo. Lc 1.35

Santo de Deus. Jo 6.69

Esperança e glória. Co 1.27

Sinal. Lc 2.34

Senhor. Lc 1.43; Cl 3.24

Senhor dos Senhores. Ap

19.16

Servo. Is 42; 49; 50.4-11;

52.13-53.12

Sumo sacerdote. Hb 9.11

Sumo sacerdote segundo a

ordem de Melquisedeque. Hb

6.20

Testemunha fiel. Ap 1.5

Varão (homem) aprovado

por Deus. At 2.22

Vida. Cl 3.3-4.

Page 24: Crendo no enviado de deus

24

Os Milagres de Jesus o Cristo

Os milagres que Jesus operou evidenciam claramente que Ele recebeu autoridade divina.

Há alguns que alegam que os milagres efetuados por Jesus são manifestações de sua divindade,

todavia, vemos milagres sendo realizados por personagens anteriores ao advento de Cristo na

história humana, tais como Moises, Josué, Elias, Eliseu sem atribuir a nenhum deles

prerrogativas divinas atestando somente sua escolha e autoridade conferidas por Deus. E não

podemos esquecer que depois da ascensão de Jesus os discípulos continuaram a anunciar o

evangelho operando milagres e prodígios (Mc 16.20; Hb 2.3,4).

Assim, olharemos os milagres que Cristo operou com a perspectiva de revestimento de

autoridade dada por Deus para exercer seu ministério terreno que estava fundamentado na plena

dependência de Deus mediante a ação do divino Espírito Santo.

Quando colocamos em pauta a dependência da ação do Espírito Santo estamos deixando

claro a inércia dos atributos divinos em Jesus Homem. Faz-se necessário saber que Jesus não era

um fantoche, ou seja, não estava fingindo ser homem em todos os aspectos possíveis, mas como

nós participou da carne e do sangue e suas limitações (Hb 2.17; 1 Jo 1.1). [pode-se conferir isso

no capitulo Jesus homem verdadeiro]

É necessário termos em mente que o enviado de Deus precisaria possuir testemunho que

credibiliza-se seu ministério diante do povo. Assim podemos ver Jesus recebendo testemunho

de João Batista (Jo 1.29-34) que é a ―voz do clama no deserto‖ ou o que prepararia o caminho

para manifestação do Messias (Lucas 7.27). Também vemos o Senhor recebendo o testemunho

do Pai e do Espírito Santo no momento do Batismo (Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21-22) e pelas

obras que nenhum outro havia feito até então (Jo 15.24).

Mesmo depois de João o batizador ter visto o Espírito Santo descer em forma de pomba

e ouvir a voz de Deus testificar sobre Jesus, uma fagulha de dúvida se apoderou de seu coração

fazendo-o enviar dois discípulos ao Mestre (Mateus 11.01-06 e Lucas 7.18-23) e perguntar se

Jesus era mesmo o enviado de Deus (o Messias), e vemos que Jesus não diz diretamente ―eu sou

o enviado de Deus‖, mas as escrituras dizem que ele operou sinais e maravilhas na frente dos

dois discípulos recomendando que eles testificassem o que viram a João, sabendo que o que

fizera falaria mais alto do que uma simples resposta afirmativa. Da mesma maneira os judeus

em Jo 10. 24, 25, o rodearam e lhe perguntaram: ―Até quando terás a nossa alma suspensa? Se

tu és o Cristo, dize-nos abertamente. E Jesus disse-lhes: “As obras que eu faço, em nome de

meu Pai, essas testificam de mim”. Uma outra resposta seria: “Os milagres que eu opero são

as palavras que vocês precisam ouvir acerca de minha Messianidade”. A operação de

milagres testificava a autenticidade do ministério de Jesus, pois antes dele, haviam acontecido

milagres no ministérios dos profetas já mencionados, mas não como no ministério de Jesus. Jo

15.24: “Se eu entre eles não fizesse tais obras, quais nenhum outro tem feito...”, e isso

deveria ser colocado na balança, ou seja, todos que viam o que Jesus fazia deveriam notar que

estava além de tudo que havia acontecido no passado e no presente, e isto, era a evidência que

Deus o enviara.

Jesus disse para Felipe : ―Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim: crede-me, ao

menos, por causa das mesmas obras‖ (Jo 14.11). Assim vemos que os sinais testificavam da

Messianidade de Jesus e isso foi compreendido por Nicodemos que falou: ―Rabi, bem sabemos

que és Mestre, vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não

for com ele‖ (Jo 3.02). Nicodemos era príncipe e Mestre em Israel e ao fazer esta afirmação

estava fazendo uma analise critica e evidencial do que já havia sido escrito acerca dos antigos

Page 25: Crendo no enviado de deus

25

profetas que foram chamados por Deus. Um exemplo singular disto é quando Deus comissionou

Moisés para libertar Israel da escravidão egípcia e foi lhe dirigida à ordem e ele falou a seguinte

frase: ―Mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, por que dirão: O Senhor não

te apareceu”. Com isto Moisés afirma que o simples testemunho de seus lábios não traria

crédito em seu favor, em outras palavras ele disse: eu preciso mais do que palavras para que

creiam em mim! E Deus confere a ele o sinal da vara que se torna serpente e da mão que se

torna leprosa e um sinal extra que é a água que se torna em sangue (Ex 4.1-9). E a afirmação

divina é que: “E acontecerá que, se eles te não crerem, nem ouvirem a voz do primeiro

sinal, crerão a voz do derradeiro sinal;” (Ex 4.8). Assim vemos que Deus credenciou o

ministério de Moisés também com operação de sinais miraculosos descritos nos livros de Êxodo

e Números começando por estes primeiros sinais que evidenciavam que ele era o enviado de

Deus para libertar o povo de Israel da escravidão.

O enviado de Deus é credenciado a operar maravilhas para que acreditem em suas

palavras, e isto esta presente em todo o ministério do Senhor Jesus. E podemos classificar como

impressionante o fato de que além das maravilhas serem operadas por Jesus, o seu nome

“concedia” e “concede” a aqueles que o pronunciam a mesma virtude (Lc 9.49; 10:19; Mc

16.17,18), distinguindo-o de todos os outros profetas que operaram sinais antes dele, pois, nunca

ensinaram a outros realizarem os mesmos sinais ou outros maiores do que haviam feito em seu

próprio nome! Jesus, porém disse: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em

mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou

para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja

glorificado no Filho” (Jo 14.12,13).

Podemos ver o Apostolo João no capitulo 20.30 reafirmando o que Jesus disse em 15.24.

―Jesus, pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão

escritos neste livro‖; juntamente com o capitulo 21.25 que diz: ―Há, porém, ainda muitas outras

coisas (sinais, maravilhas e etc) que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que

nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém‖. E no versículo

31 do capitulo 20 afirma a que propósito foi escrito o evangelho de João, e por que não dizer de

todos os escritos sagrados: ―Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o

Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome‖.

Assim concluímos que realmente os milagres que Jesus operou testificam que Ele foi

credenciado por Deus para ser o ―Messias esperado‖ e o que as Escrituras previam sobre o

Messias se cumpriram nEle.

Page 26: Crendo no enviado de deus

26

Os vários milagres realizados por Jesus nos evangelhos estão

colocados nesta pequena tabela abaixo:

Estão aqui os quatro evangelhos e a descrição dos milagres

MATEUS MARCOS LUCAS JOÃO DESCRIÇÃO

2:1-11 Água transformada em vinho.

4:46 O filho do nobre é curado.

4:30 Jesus escapa da multidão.

5:06 Pesca maravilhosa.

1:23 4:33 O espírito imundo é expulso.

8:14 1:30 4:38 A sogra de Pedro é curada.

8:16 1:32 4:40 Doentes são curados.

8:02 1:40 5:12 Um leproso é curado.

9:02 2:03 5:18 Um coxo é curado

5:09 Um homem enfermo é curado.

12:09 3:01 6:06 A mão seca é restaurada.

12:15 3:10 Doentes são curados.

7:11 O filho da viúva é

ressuscitado.

8:05 7:01 O servo do centurião é curado.

12:22 O demônio é expulso do cego

mudo.

8:23 4:35 8:22 A tempestade é cessada

8:28 5:01 8:26 Demônios expulsos entram nos

porcos.

9:18-23 5:22-35 8:40-49 A filha de um líder é

ressuscitada.

9:20 5:25 8:43 A mulher com hemorragia é

curada.

9:27 Cegos são curados.

9:32 Demônio é expulso do surdo-

mudo.

14:13 6:30 9:10 6:01 Cinco mil são alimentados.

14:25 6:48 6:19 Jesus anda sobre a água.

14:36 6:56 Doentes são curados em

Genesaré.

15:21 7:24 Filha de um gentio é curada.

7:31 Um surdo-mudo é curado.

15:32 8:01 Quatro mil são alimentados

17:01-08 9:02-08 9:28-36 Transfiguração de Jesus.

17:24 A moeda na boca do peixe.

9:01 A cura do cego de nascença.

11:14 Um surdo mudo

endemoninhado é curado.

Page 27: Crendo no enviado de deus

27

13:11 A mulher enferma é curada.

14:01-04 O homem hidrópico é curado.

11:43 Lázaro é ressuscitado.

17:11 Dez leprosos são purificados.

20:30 10:46 18:35 Dois cegos são curados.

21:18 11:12 A figueira seca.

22:51 Orelha do servo é restaurada.

28 16:01-08 24 20 Jesus ressuscita dos mortos.

28:01-07 Um anjo rola a pedra e anuncia

a ressurreição.

28:05-08 16:05-07 24:04-08 Um anjo aparece no tumulo.

20:11-13 Anjos aparecem a Maria.

16:09 20:14-17 Jesus aparece a Maria

Madalena.

28:09,10 Jesus aparece para mulheres.

16:14-18 24:36-48 20:26-31 Jesus aparece para os onze.

21:01-25 Jesus aparece para sete.

21:06 Pesca milagrosa.

28:16-20 16:15-18 Jesus aparece aos apóstolos

24:51 Jesus é elevado aos céus.

Page 28: Crendo no enviado de deus

28

A superioridade de Jesus é evidenciada.

Jesus é superior ao patriarca Abraão.

―Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão

existisse, EU SOU‖ Jo 8.58

Abraão é o patriarca, ou pai da nação de Israel, pois é o ancestral que recebeu a

promessa divina de formar uma nação que seria como a areia da praia em quantidade. Em

Abraão vemos o inicio de Israel e a grande honra que ele tem por este motivo entre seus

descendentes, porém Jesus é maior que ele. Jesus é maior que Abraão por existir antes dele

como descrevemos no versículo acima e por que sendo Deus fez a promessa e o seu

cumprimento acontecer.

Jesus é superior ao Sábado.

―O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado;

de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado.‖ Mc 2.27,28.

O sábado é um sinal entre Deus e o povo de Israel (Ex 31.16,17), um dia especial para o

povo descansar e adorar.

O sábado foi criado para impor limites ao povo Israelita concernente a ganância e

exploração.

O sábado foi criado não para impor servidão ao povo Israelita, mas para servi-lo. Neste

dia além de descansar todos tinham a oportunidade de dedicar mais tempo a buscar

entendimento sobre a lei e adorar o Senhor.

Para aqueles que não são Israelitas porque não descendem carnalmente de Abraão, mas

foram chamados pelo evangelho para pertencerem a Igreja de Deus, o sinal entre Deus e a Igreja

é o próprio Senhor Jesus.

Porque é o próprio Senhor Jesus e não o Sábado?

Porque quem criou o sábado foi o próprio Senhor Jesus, pois Ele é Deus (Jo 1.1) e Ele

mesmo se declara Senhor do sábado (Mc 2.28) e maior é aquele que cria do a coisa criada (Hb

3.3) e não existe na nova aliança nenhuma especificação ou ordem direta para guarda deste dia.

Não estou querendo dizer com isso que Jesus não guardava o sábado. Jesus era um

israelita e sendo um israelita ele obedecia a lei, porém, após sua morte e ascensão e

consequentemente o estabelecimento da nova dispensação, vemos que o novo testamento não

adotou como mandamento um dia especifico semanal para ser observado como o era no antigo

testamento que influenciava a vida do povo até mesmo com a pena capital (Ex 31.14; Nm

15.32-36). Isto quer dizer que se alguém quer insistir em que o sábado é necessário para

salvação no novo testamento tem que concordar que a quebra de sua observância leva o

individuo a morte segundo os versículos nesse parágrafo citados.

O fato dos discípulos de Jesus não observarem o sábado ou qualquer outro dia de

descanso semanal não os elimina da igreja como ocorria com o israelita no antigo pacto (Ex

31.14).

Page 29: Crendo no enviado de deus

29

O sábado não possui valor salvivifico como algumas poucas denominações cristãs

querem afirmar, pois quem salva o homem é o poder purificador do sangue de Jesus (Rm 5.9; Ef

1.17; Ap 1.5).

A igreja não adora a Deus somente num dia da semana, mas todos os dias.

Como a igreja não recebeu especificamente uma ordem para guardar um dia semanal de

descanso semelhante ao antigo pacto, ela pode em qualquer hora e dia da semana exercer sua

tarefa de evangelizar o mundo.

Gostaria de lembrar que nos dias de descanso de trabalho material (lavouras, comércios,

firmas e etc) os irmãos e irmãs trabalham para Jesus na evangelização, e isto quer dizer que eles:

Podem e até andam mais de novecentos metros2.

Carregam instrumentos, aparelhos de som, vídeo e etc para realizar cultos, palestras,

convenções, eventos e etc.

(O ato de carregar objetos era caracterizado como trabalho e quebra da observância do

dia de descanso no antigo pacto. Ex 20.10).

Usam água, luz, gás, telefonia e outros meios de comunicação.

(Existem pessoas que estão trabalhando para fornecer água, luz, gás, telefone,

comunicação e etc e no antigo pacto era proibido usufruir serviços no dias de descanso até de

pessoas que não pertenciam ao povo de Israel. Ex 20.10, 35.3).

Jesus é superior ao rei Davi.

―Mas Jesus lhes perguntou: Como podem dizer que o Cristo é filho de Davi? Visto como

o próprio Davi afirma no livro de Salmos: Disso o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha

direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Assim, pois, Davi lhe chama

Senhor, e como pode ser ele seu filho?‖ Lc 20.41-44.

O rei Davi é tido por todo povo judeu como o maior rei que Israel já teve e em seu

reinado Israel foi projetado como a nação mais forte de sua época. Davi é a referência máxima

sobre o modelo de rei que o povo israelita deseja ter devido sua bravura e poder de liderança.

Davi foi um homem que serviu a Deus, porém, teve algumas falhas que estão descritas nas

escrituras. Seu envolvimento com uma mulher casada (adultério) e sua estratégia para matar seu

marido (homicídio), mostram seu lado humano (quero exprimir o sentido de homem falho e

pecador) que declara que ele era um pecador comum como todos os outros e que era carente das

misericórdias divinas.

Jesus, porém nunca cometeu adultério ou qualquer relação sexual ilícita (fornicação) ou

homicídio e etc., ele sempre teve uma conduta perfeita aqui na terra e isto, testifica a seu favor,

demonstrando sua superioridade sobre Davi, que ao ter uma revelação divina acerca do advento

de Jesus Cristo escreve o salmo messiânico chamando o de meu Senhor (Sl 110.1).

2 Algo que no antigo pacto era proibido, pois andar mais que novecentos metros que era à

distância que os rabis permitiam aos judeus caminhar no sábado era proibido. Esta distancia limite aparentemente

foi calculada em Ex 16.19, interpretada a luz de Nm 35.5. Jesus é superior ao sábado: informação retirada da bíblia

anotada. Editora Mundo Cristão. página 1359. nota sobre o versículo 12 do capitulo 1 de atos dos apóstolos.

Page 30: Crendo no enviado de deus

30

Jesus é superior ao rei Salomão.

―...E eis aqui está quem é maior do que Salomão‖. Mt 12.42

Salomão teve o privilegio te ter um reinado de paz, seu próprio nome significa pacifico,

embora em sua velhice ele abandonou o Senhor e passou por turbulências. Em sua época ele foi

o homem mais sábio e rico que existiu e é uma referência até nos dias atuais na fantasia

daqueles que gostariam de terem riquezas e glórias. Sua conduta foi boa durante alguns anos,

porém, não perseverou em seguir a Deus e virou um idolatra em sua velhice.

Enquanto homem Jesus não teve riquezas como Salomão, mas nem por isso, deixou de

seguir a Deus, mesmo sendo tentado pelo diabo que lhe oferecia a glória do mundo e suas

riquezas rejeitou-as e respondeu que somente adoraria ao Deus verdadeiro (Mt. 4) e sua

sabedoria é infinitamente maior que a de Salomão, pois, Ele mesmo é a fonte da sabedoria.

Jesus é superior ao profeta Jonas.

―...E eis aqui está quem é maior do que Jonas‖. Mt 12.41

Jonas é dentro do Antigo Testamento o único profeta que foi enviado a trazer uma

mensagem de juízo a outra nação, sendo desobediente e prevendo que Deus não iria destruir a

cidade de Nínive caso ela se arrependesse. Apesar de contrariar sua própria vontade sua

pregação de juízo fez com que pelo menos aquela geração que estava em Nínive sobrevivesse a

destruição divina.

Jesus é superior a Jonas, pois, voluntariamente antes da fundação do mundo já havido

disposto vir salvar os homens. A sua missão não reservou salvação somente para uma cidade,

mas para todas cidades da terra e esta mesma salvação transcende o tempo, pois, vendo salvado

gerações desde de que começou a ser anunciada.

Jesus é superior ao profeta Moisés.

―Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto

maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu‖. Hb 3.3

Moisés é tido como o maior profeta que Israel já teve, pois, por seu intermédio Deus os

libertou da escravidão no Egito e entregou a lei. Moisés marca o inicio da herança escrita do

legado de Deus para com seu povo, porém, falhou ao ferir a rocha em Meribá em vez de apenas

falar a ela para jorrar água para saciar a sede do povo (Nm 20.1-13).

Jesus é superior a Moisés porque nunca demonstrou falta de fé e foi obediente até a

morte e morte de Cruz (Fp 2.8) e acima disto, sua superioridade vem descrita em Hb 3.3, pois, a

própria chamada de Moisés não foi realizada involuntariamente a vontade Jesus, mas Ele

próprio foi quem o escolheu para realizar a redenção de Israel.

Page 31: Crendo no enviado de deus

31

Jesus é superior a João Batista.

―No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus,

que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: Após mim vem um varão que tem

a primazia, porque já existia antes de mim.‖ Jo 1.29,30

João Batista é o último profeta no estilo do Antigo Testamento (Mt 11.11) e é o

escolhido de Deus para manifestar ao mundo o Messias (Jo 1.21) e o seu ministério é baseado

em anunciar o advento daquele que é maior do ele, assim, o próprio testemunho de João testifica

que Jesus é superior a ele (Jo 1.26,27) e suas palavras em Jo 3.30 são notáveis e devem ser

tomadas como exemplo para todos: ―Convém que ele cresça e que eu diminua‖.

Jesus é superior a todos os profetas.

―Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais pelos

profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas,

pelo qual também fez o universo.‖ Hb 1.1,2

Todos os profetas foram emissários de Deus para trazer exortação, repreensão,

consolação e tornar clara à vontade de Deus para o seu povo e em seus ministérios exercerem o

que sua chamada propunha anunciando também o advento do profeta maior: ―Jesus o Cristo‖.

Nenhum profeta fez referência a si mesmo, porém, todos apontavam para o advento do Messias,

assim podemos ver pelo testemunho dos profetas testificar a superioridade de Jesus que foi autor

das profecias por ser Deus verdadeiro e por cumpri-las em sua vida terrena.

Jesus é superior aos sacrifícios de animais.

―Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no

Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.‖ Hb 9.12

Como lemos no capitulo entendendo a morte substitutiva o sacrifício do Senhor Jesus é

superior aos dos animais porque concede aos que são purificados mudança de natureza

juntamente com o perdão sem o limite temporal e geográfico3.

3 temporal no sentido de não possuir rótulo de validade e geográfico por valer em todos os lugares que o ser

humano vivo pode estar (ver capitulo sobre morte substitutiva).

Page 32: Crendo no enviado de deus

32

Jesus é superior ao sacerdócio levítico.

―Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado

o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote,

segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?‖ Hb

7.11

Como lemos no capitulo entendendo a morte substitutiva o sacerdócio levítico que

fundamentava sua existência nos atos sacrificiais e esbarrava na imperfeição de tais atos (estou

fazendo a mesma referência do tópico acima e a ideia exposta no capitulo entendendo a morte

substitutiva que mencionada que os sacrifícios demonstravam dificuldades para atingir seu alvo

―purificação completa do pecador‖) foi substituído pelo sacerdócio de Jesus que segue a ordem

de Melquisedeque e que faz tudo o que este não pode fazer, demonstrando assim sua

superioridade.

Jesus é superior aos Anjos.

―Tendo-se tornado tão superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome do que

eles‖ Hb 1.4

Em pé de igualdade com os homens, os anjos são seres criados e devem obedecer ao

criador. Jesus é o Deus todo-poderoso e os anjos estão sujeitos a sua ordem e sua superioridade

é incontestável.

Jesus é superior a qualquer apóstolo.

―Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o

Senhor concedeu a cada um.‖ 1 Co 3.5

Os apóstolos são apenas discípulos comissionados pelo Senhor Jesus para anunciarem

sua mensagem. Não existiriam apóstolos se não houvesse o mestre que lhes chamou e outorgou

o direito de anunciarem sua mensagem, assim, podemos dizer que por mais feitos que qualquer

apóstolo tenha feito, ele só pode realiza-lo porque foi escolhido e comissionado.

Jesus é superior a Maria que foi escolhida por Deus para o

gerar.

―Porquanto há um só Deus e um só Mediador, entre Deus e homens, Cristo Jesus,

homem,‖ 1 Tm 2.5

Maria foi escolhida para ser mãe de Jesus o homem, porém, Jesus Deus verdadeiro na

eternidade não possuiu mãe, pois, diferentemente de Maria sempre existiu. Maria teve pai e mãe

Page 33: Crendo no enviado de deus

33

como todos os homens comuns e herdou de Adão o estigma do pecado, diferentemente de Jesus

que teve Maria como sua mãe, porém, não teve pai humano porque foi gerado pelo Espírito

Santo.

Maria morreu e ainda não ressuscitou, mas está esperando a ressurreição como todos os

justos que morreram sendo salvos em Jesus.

Jesus é superior a Maria porque ela é uma simples mulher e foi uma pecadora que

também precisou ser perdoada pelo sacrifício de Jesus.

Maria não é mencionada fora dos evangelhos em nenhuma epístola ao contrário de Jesus

que é o cerne de todas as cartas do Novo Testamento.

Toda intenção de adoração a Maria é um ato pecaminoso que contraria até mesmo as

próprias palavras que ela usou para demonstrar que todos devem fazer: ―Fazei tudo o que ele

(Jesus) disser‖. E a verdade maior que Jesus expressou sobre a salvação é que Ele é:

―Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o (singular) caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai

senão por mim‖ Jo 14.6

Jesus é superior a todos os homens.

―Antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança

de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente

até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome

que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra

e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para gloria de Deus Pai.‖

Fp 2.7-11.

Sem Jesus os homens não podem chegar a ser salvos e mesmo que os homens façam

boas obras, tenham muito dinheiro, todos estão debaixo do jugo do pecado. ―Todos os homens

pecaram e estão separados de Deus (Rm 3.23)‖ e precisam das misericórdias de Deus e da

salvação que está em Jesus Cristo.

A superioridade de Jesus em relação a todos os homens o possibilitou realizar a obra da

expiação e ser nosso exemplo a ser seguido.

Jesus é superior a todas as religiões que existem.

―Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim.‖ Jo 14.6

Deus conhecendo a fragilidade do homem e que seus esforços para voltar-se a Ele

estavam apenas o levando para mais longe, decidiu por um ato da sua soberana vontade fazer

aquilo que o homem não podia fazer e assim a história da cruz foi formulada e concretizada para

o bem estar de toda humanidade.

Toda religião é uma clara tentativa do homem em voltar-se para Deus com seus próprios

méritos, porém, o Cristianismo (Jesus) é o próprio Deus se movendo em direção do homem

oferecendo a maneira correta para este conseguir obter sua comunhão.

A salvação vem pelo Cristianismo, por isso, Jesus é superior a qualquer religião.

Page 34: Crendo no enviado de deus

34

Jesus o Deus-homem = homem-Divino.

Antes de falarmos sobre o assunto da humanidade e deidade de Jesus Cristo

separadamente é necessário voltar nossos olhos para todos os homens em Adão, pois, a situação

deles nos leva a verdade bíblica que todos são pecadores (Rm 3.23) e que devem morrer

eternamente por seu estado pecaminoso (Rm 6.23). Nenhum homem poderia reverter essa

situação, somente Deus seria capaz de restaurar o elo entre a humanidade e a divindade.

Segundo a profecia de Gn 3.15 um descendente da mulher iria esmagar a serpente e destruir o

domínio do pecado sobre o mundo, mas como algum dos filhos caídos de Adão poderia fazer

isto? Antes de Jesus nenhum homem poderia vencer o domínio do pecado, porém ao lermos o

texto de Gn 3.15 notamos que somente um homem verdadeiro poderia destruir o poder da

serpente e do pecado e também devemos entender que este homem não poderia ser dominado

por estes dois terríveis inimigos, assim podemos concluir que este homem de quem estamos

falando deveria ser alguém especial, diferente dos demais homens no quesito de perfeição, ou

seja, sem pecado algum. Além de perfeito e sem pecado, este precisa ter condições de

aperfeiçoar seus semelhantes—a humanidade, mas como um homem comum poderia realizar tal

feito? Um homem comum ainda que perfeito não teria a capacidade de atribuir perfeição aos

seus semelhantes, ainda que fosse bem intencionado, somente quem pode aperfeiçoar ou

purificar o ser criado é quem o criou! Afirmação simples e lógica. Com isto, chegamos à

conclusão que somente Deus pode intervir na história da humanidade e traze-la de volta para si,

destruindo o poder do pecado e o purificando cada homem.

Por isso:

Jesus precisa ser humano para ser o representante de nossa raça que se entrega

voluntariamente em sacrifício para pagar o resgate que era necessário para anular o pecado,

cumprindo a profecia de Gn 3.15.

Jesus precisa ser Deus verdadeiro para transmitir a perfeição conquistada pelo sacrifício

voluntário de si mesmo na cruz At 20.28.

Durante toda a história da igreja o fato do Senhor Jesus ser ao mesmo tempo homem e

ser Deus gerou várias controvérsias. As duas naturezas em um só ser foi e é algo para todos

misterioso, pois, humanamente falando é impossível de ser explicada. Acredito particularmente

que fora da esfera da fé no ato miraculoso da encarnação do verbo não podemos arranhar uma

resposta satisfatória para explicar o fato de Cristo ser homem e ser Deus, por isso, a exemplo do

credo de Nicéia que ao estabelecer o conceito da fé cristã deixou intocável este milagre e receito

claramente que a fé é a única maneira consistente de o explicarmos e assim reafirmo o mesmo:

―Jesus é o Deus-homem e homem-Divino!‖

Sem descartar o já afirmado nos tópicos a seguir venho expor a divindade e humanidade

de Cristo.

Page 35: Crendo no enviado de deus

35

Porque Jesus inteiramente Divino?

Jesus é inteiramente Deus.

Essa afirmação tem levantado durante toda história do cristianismo polêmicas e várias

controvérsias, pois o cerne da questão é entender como Deus sendo infinito pode ter sido

contido num simples e finito corpo humano.

Uma questão realmente insolúvel para uma mente totalmente racional e incrédula.

A encarnação do verbo está ligada à manifestação de um milagre e milagre não se pode

explicar, por que a partir do momento que alguém conseguir explicar a ocorrência de um

milagre, este com certeza deixará de ser milagre.

Como explicar a criação do Universo? Muitas são as tentativas racionais de explica-la,

todavia caem no beco da dúvida não podendo ser provadas de maneira nenhuma ao chegarem na

simples pergunta ―Como se iniciou tudo?‖, ou ―Como surgiu a primeira molécula?‖, ou ainda

―Do nada pode surgir alguma coisa?‖.

A explicação da fé, embora, seja uma teoria para muitos é a mais coerente, pois afirma

que o principio de tudo surgiu em Deus.

Mas como ele fez isso? Alguém viu?

Ele criou o Universo pelo ato de sua soberana vontade, fazendo tudo surgir pelo seu

poder e de sua essência, duma forma que não sabemos detalhar ou explicar e por isso atribuímos

a esse fato o nome de milagre.

Concluímos com isso que sem o auxilio da fé e daquilo que está revelado na Palavra de

Deus nunca se entenderá a encarnação do Filho de Deus.

A Bíblia diz que Jesus sendo Deus se esvaziou para tomar forma de homem (Fp 2.7). O

que isso significa? Significa que Jesus deixou inertes seus atributos impessoais (onipotência,

onisciência, onipresença) para encarnar, porém não deixou de ser Deus (Hb 13.8). Talvez a

maior pergunta deva ser como alguém que andou aqui na terra, comeu, se cansou, falou, até

mesmo morreu e enquanto entre homens estava não era onipotência, onisciência, onipresença

pode ser Deus? Este acontecimento se assemelha a criação de tudo, será que alguém poderia

afirmar como esta ocorreu com detalhes? Nem com detalhes e nem de uma maneira superficial,

pois a dimensão da criação e sua grandeza estão além da compreensão humana e a magnitude da

encarnação do verbo divino está na dimensão superior de entendimento que o homem não pode

alcançar nos dias atuais e talvez nem no mundo vindouro que Cristo irá implantar este

alcançará.

Diferentemente de todo homem Jesus afirmou que sempre existiu (Jo 8.58) e antes de

morrer, ressuscitar e ser glorificado orou a Deus pedindo que fosse restaurado e voltasse a ter a

mesma glória que possuía antes de sua encarnação e antes que houvesse o mundo (Jo 17.5). Ele

criou todas as coisas (Cl 1.16; Jo 1.3) e sustenta todas as coisas (Cl 1.17).

João nos explica a Divindade e a encarnação de Jesus e colabora de uma forma singular

para elucidar as dúvidas sobre estes importantes pontos do cristianismo:

―No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus‖. São João

01.01.

O evangelho de João coloca-se numa perspectiva cósmica ao iniciar-se semelhantemente

como no capítulo primeiro de Gênesis do A.T. enxerindo a palavra principio, destacando a

posição de Jesus na Eternidade insondável: ―Principio e Fim, Primeiro e Último, letra A e Z,

Alfa e Omega‖.

Page 36: Crendo no enviado de deus

36

Em foco podemos ver a palavra que está em destaque como sujeito desta oração:

“verbo” ou simplesmente “palavra”; mas o que significa exatamente esse verbo ou essa

palavra neste contexto? Uma pergunta que aparentemente é simples. A resposta seria que a

palavra é a junção de vogais e consoantes formando silabas e estas unidas dão vida aos sinais

gráficos ou sonoros?

Na verdade para entendermos isto, precisamos do auxilio da língua grega. A palavra

verbo é a tradução de uma palavra singular: “Logos”. Bom, agora para continuarmos

caminhando rumo ao esclarecimento deste versículo e seu contexto, temos de pedir auxilio a

religião grega. Os gregos acreditavam que o homem por ser feito de matéria era mau, em si, a

matéria era toda má. Os homens podiam se comunicar apenas com os semi-deuses (da união

entre humanos e deuses surgia os semi-deuses. Ex. Hercules) e também com os deuses como

Zeus, Era, Cronos e etc, que não eram totalmente bons ou maus, estes deuses seriam inferiores,

pois se comunicavam com a matéria má. Alem destes estava o Deus que não pode ser tocado ou

alcançado pelo ser humano: ―O LOGOS‖. Inacessível, desconhecido e totalmente alheio a toda

humanidade.

“LOGOS”

Barreira intransponível aos homens

Deuses

Semi-deuses

Humanidade

João inicia seu evangelho falando do Deus inacessível que todos os gregos já ouviram

falar antes, e não somente os gregos, mas de certa maneira todo império romano, pois, Roma era

o comando militar e político de então, todavia, a cultura grega exercia há muito tempo o

domínio intelectual e cultural, que não podia ser desfeito pelo poder bélico de nenhuma nação.

Até o dia de hoje a cultura, filosofia e até a religião grega exerce sua influência sobre o mundo.

O ditado popular: ―Você está falando grego!?‖- não está longe de ser uma realidade, pois

palavras como ginecologia, Cosmos, Cronologia, geográfica e outras mais, são de origem grega.

Perplexos, felizes, excitados, indiferentes, interessados, incrédulos... Podem ser

expressões bem próximas daqueles que tinham influência grega sob suas vidas ao começarem a

ler este evangelho. João inicia falando do Deus que estava distanciado do ser humano por sua

pureza, mas que resolve tomar a forma insignificante de homem, vindo com isso, socorrer a

matéria má, fazendo assim parte da história dela!

Inconcebível? Inacreditável? Estupendo! João quebra sem piedade todo o misticismo da

religião grega. Deus não somente pode se comunicar com o homem, como agora Ele tem

encarnado para estar conosco: junto da nossa realidade, da nossa fraqueza, das nossas

dificuldades, da nossa natureza, podendo ser chamado então de Emanuel: ―Deus Conosco‖.

João fala do principio e a seguir coloca o seguinte: ―O verbo estava com Deus...‖- Uma

pessoa distinta de Deus em sua personalidade, mas pertencente à unidade composta da trindade

que possui a mesma essência divina, sendo a segunda pessoa da Trindade (1 João 05.07).

Page 37: Crendo no enviado de deus

37

E acrescenta: ―O verbo era Deus...‖ – O Logos—Jesus é o inicio de tudo e já existia

antes de encarnar e assumir sua forma de humilhação sendo homem verdadeiro e Deus

verdadeiro... ―O Verbo era... antes de sua encarnação, diferentemente de todo o homem comum

ele já existia sendo Deus‖.

Ele é Deus e criou todas as coisas: ―Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada

do que foi feito se fez‖. Jo 1.03

E ainda digo mais: ―Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens‖. Ele não somente

criou todas as coisas, mas ainda as sustenta pelo seu infinito poder! Jo 1:04

Este mesmo Logos que você dizem ter ouvido falar, que estudam sobre ele, mas não

podem chegar perto dele. Esse mesmo encarnou: ―E o verbo (Logos) se fez carne, e habitou

entre nós...‖ e se isso não bastasse eu e outros conversamos com ele, apalpamo-lo, caminhamos

ao seu lado, aprendemos de sua própria boca, e fiquem sabendo que esse negócio de a matéria

ser má, não é verdade, pois ele continua sendo santo, irrepreensível, verdadeiro... Saibam que

nós o vimos: ―e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de

verdade‖. Jo 1.14.

E a graça que é a manifestação do amor divino, que coloca a disposição do homem uma

ponte para este chegar ao Deus inacessível foi estabelecida por este Logos: ―A graça e a verdade

vieram por JESUS CRISTO‖. Jo 1.17

Jesus o Logos Divino tira o pecado do mundo. Nele a barreira que torna o alcance a

Deus impossível é removida: ―Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo‖.Jo 1.29

Quero que entendam que o Logos—Jesus tem autoridade para realizar muitos sinais

entre os homens: Ele transforma água em vinho (Jo 2); curou o filho de o filho de um chefe de

nossa nação (Jo 4.43-54); também curou um homem que à trinta e oito anos estava paralítico (Jo

5.1-15); multiplicou Paes para cinco mil homens sem contar as mulheres e crianças (Jo 6.1-15);

andou sobre as águas do mar como se fosse terra seca (Jo 6.16-21); Ele fez enxergar um cego de

nascença (Jo 9.1-41); ressuscitou um homem chamado Lazaro que estava morto há quatro dias

(Jo 11.1-45)

João tinha muito a dizer em seu evangelho e colocou de uma maneira maravilhosa

expressando qual era à vontade de Deus para todos. Podemos ver Jesus falando sobre o homem

nascer de novo no capitulo três, dizendo que a natureza pecaminosa do homem pode ser mudada

pela ação do Espírito e da palavra de Deus, agora a regeneração era acessível a todos por

intermédio dEle. O Logos—Jesus transforma a natureza má e pecaminosa do homem, fazendo

que ele possa ser um novo homem que vive segundo a vontade de Deus.

No capitulo quatro seu foco é ensinar que para adorar a Deus não bastava um lugar

geográfico feito por mãos humanas, mas uma disposição que surgisse do fundo do ser no verso

que diz: ―Crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em

verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem;‖ Jo 4.21,23

No capitulo cinco ele se coloca em igualdade com o Pai dizendo: tudo o que o Pai faz o

filho também faz, o Pai ama o Filho, o Filho exercerá juízo sobre os homens, todos devem

honrar o Filho como honram o Pai.

No capitulo seis todos podem se alimentar do pão da vida que Jesus é, pão comum sacia

a fome por pouco tempo, mas o pão que desce do céu permite que aquele que o come viva por

Jesus eternamente.

No capitulo sete ele diz a todos que é a água para saciar a todos os que tem sede. Se

alguém quer conhecer a Deus e sua verdade tem que beber essa água.

Page 38: Crendo no enviado de deus

38

No capitulo oito ele salva uma mulher que foi pega em adultério e foi trazida perante o

mestre sem a presença do adultero, numa tentativa de incriminar Jesus. Porém apresentado a

vida de cada um como um espelho todos os acusadores vão embora e a mulher recebe uma nova

chance. Em seguida Jesus inicia um novo discurso e diz que é a luz do mundo e reafirma sua

divindade dizendo: que antes que Abraão existisse ―Eu Sou‖.

No capitulo nove ele esclarece que alguns acontecimentos na vida do homem não

provem do pecado de seus pais ou dele mesmo, mas Deus permite para que a sua Glória seja

manifesta entre os homens. Os judeus não crêem na cura e acusam a Jesus e selam os seus

destinos por permanecerem em seus pecados não enxergando os sinais que Jesus fazia.

No capitulo dez vemos Jesus demonstrar que ele é o acesso a Deus, o sumo Pastor das

ovelhas e aquele que doa a vida por elas.

No capitulo onze o Pastor vai até onde sua ovelha jazia morta e a levanta viva

novamente e declara que ele tem poder para dar vida, sendo ele mesmo a ressurreição e vida

eterna para todos os que crêem.

No capitulo doze ele tem seus pés ungidos por Maria e é preparado antecipadamente

para seu sepultamento. Depois disto segue para Jerusalém e entra triunfalmente na cidade sendo

recebido com grande festa pelo povo.

Nos capítulos 13 a 17 Jesus lava os pés dos discípulos e prediz sua traição, começa a

descrever as ultimas instruções antes de sua morte aos discípulos acerca de si e do consolador

que haveria de vir. Jesus claramente apresenta sua posição como mediador sacerdote e

sacrifício. Ora por seus discípulos e pede sua restauração, ou seja, à volta ao seu primeiro estado

quando estava na eternidade, declarando mais uma vez sua deidade.

Nos capítulos 18 a 19 vemos sua traição, prisão e crucificação conforme tudo o que Ele e

as profecias haviam predito. Ele voluntariamente se entrega para salvar a humanidade, mesmo

sem ter cometido erro algum.

Nos últimos dois capítulos: 20 e 21. Vemos a vitória sobre a morte, a aparição a Maria

Madalena e aos demais discípulos e o objetivo do livro ser escrito: ―Jesus, pois operou também

em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes,

porem, foram escritos para que creias que Jesus é o cristo, o Filho de Deus, e para que crendo,

tenhais vida em seu nome‖. Jo 20.30,31.

Jesus é glorificado e torna a assumir sua posição eterna vestindo-se da glória que ele

havia se despido para salvar a humanidade (Fp 2.7).

Assim o livro de João se encerra colocando o Logos divino numa perspectiva acessível

aos que querem conhecer a verdade e poder ter vida eterna e comunhão com Deus que não está

mais distante de nossa realidade, mas que viveu entre nós, morreu e ressuscitou e agora é o

nosso caminho de volta a perfeição de uma nova vida.

Page 39: Crendo no enviado de deus

39

Os nomes que revelam a natureza divina de Jesus que são

idênticos a (Javé, Jeová, Iehová) = (Deus):

NOMES USADOS PARA DEUS PARA JESUS ALFA E OMEGA

PRIMEIRO E ULTIMO

Is 41.4; Is 48.12; Ap 1.8 Ap 1.17,18; Ap 2.8; Ap 22.12-16

CRIADOR Gn 1.1; Jó 33.4; Sl 95.5,6; Sl

102.25,26; Is 40.28

Jo 1.2,3,10; Cl 1.15-18; Hb 1.1-3,10

DEUS Gn 1.1; Dt 6.4; Sl 45.6,7; Dn

2.47

Is 7.14; 9.6; Jo 1.1,14; Jo 20.28; Tt

2.13; Hb 1.8; 2 Pd 1.1; 1 Jo 5.20

DOADOR DA VIDA Gn 2.7; Dt 32.39; 1 Sm 2.6; Sl

36.9

Jo 5.21; Jo 10.28; Jo 11.25

ETERNO Sl 102.26,27; Hc 3.6 Is 9.6; Mq 5.2; Jo 8.58

IMUTÁVEL Is 46.9,16; Ml 3.6; Tg 1.17 Hb 13.8

IAVÉ, JAVÉ, JEOVÁ - YHWH

(EU SOU)

Ex 3.14; Dt 32.39; Is 43.10

Jo 8.24; Jo 3.48; Jo 18.4-6

JUIZ Gn 18.25; Sl 50.4,6; Sl 98.13; Rm

14.10

Jo 5.22; 2 Co 5.10; 2 Tm 4.1

JUSTIÇA NOSSA Is 45.24 Jr 23.6; Rm 3.21-22

LUZ 2 Sm 22.29; Sl 27.1; Is 42.6 Jo 1.4,9; Jo 3.19; Jo 8.12; Jo 9.5

MARIDO Is 54.5; Os 2.10 Mt 25.1; Mc 2.18,19 (Noivo); 2 Co

11.2; Ef 5.25-32; Ap 21.2,9

O SENHOR QUE CURA Êx 15.26 At 9.34

ONIPOTENTE Is 40.10-31; Is 45.5-13,18 Jd 24; Mt 28.19

ONIPRESENTE Sl 139.7-12; Pv 15.3 Mt 28.20; Ef 3.17; 4.10

ONISCIENTE 1 Rs 8.39; Sl 139.1-2; Jr

17.9,10,16

At 1.24; Ap 2.23

PASTOR Gn 49.24; Sl 23.1; Sl 80.1 Jo 10.11,16; Hb 13.20; 1 Pe 2.25;

1 Pe 5.4

PERDOADOR DE PECADOS Êx 34.6-7; 2 Cr 6.21,30; Ne 9.17;

Sl 103.3; Dn 9.9; Jn 4.1; Ef 4.32

Mc 2.1-12; Lc 7.48; At 26.18; Cl

2.13; 3.13

PRÉ-EXISTENTE Gn 1.1; Is 48.28; Is 45.22. Jo 1.15,30; 3.13,30,32; 6.62; 16.28;

17.5

RECEBE ADORAÇAO 1 Cr 16.29; Mt 4.10; Jo 4.24; Ap

5.14; 7.11; 11.16

Mt 14.33; 28.9; Jo 9.38; Fp 2.10,11;

Hb 1.6

REDENTOR Jó 19.25; Sl 130.7,8; Is 48.17;

54.5; 63.9; Jr 14.8; 50.34

At 20.28; Ef 1.7; Hb 9.12

REI 1 Sm 12.12; Sl 10.15; 95.3; Is

43.15; Jr 10.10

Mt 21.5; 27.37; 1 Tm 6.15; Ap

17.14; Ap 19.16

ROCHA Dt 32.3,4; 1 Sm 2.2; 2 Sm 22.32;

Sl 89.26, Is 44.8

Rm 9.33; 1 Co 10.3,4; 1 Pe 2.4-8

SALVADOR Is 43.3; Is 43.11; Is 63.8; Lc 1.47;

1 Tm 4.10

Mt 12.8; Lc 2.11; Jo 1.29; Jo 4.42;

Tt 2.13; Hb 5.9

SENHOR

Dt 6.13; Is 45.23

Mt 12.8; At 7.59,60; At 10.36; Rom

10.12; 1 Co 2.8; 1 Co 12.3; Fp

2.10,11;

SENHOR DOS SENHORES Dt 10.17 Ap 19.16

SUSTENTADOR DE TODAS AS

COISAS

At 17.28 Cl 1.17; Hb 1.3

Page 40: Crendo no enviado de deus

40

Por que Jesus inteiramente homem?

Jesus foi inteiramente homem.

O divino encarnou, Jesus se tornou humano, porém sem deixar de ser Deus.

Deus e homem verdadeiro ao mesmo tempo!?

100 % Deus

`````` 100 % Homem

É como dizer que um grama de ouro

se misturou em 100 gramas de

de prata, mas isso não quer dizer

que o ouro deixou de ser ouro!

Por este motivo vemos que Jesus ao encarnar tomou forma humana, mas conservou sua

deidade.

O infinito foi contido no finito? De uma forma miraculosa Jesus se esvaziou (Fp 2.7) e

tomou forma humana.

O nascimento virginal de Cristo (Mt.1:18; Lc 1:27,35,38) nos mostra a intervenção

divina na sua geração, pois não é realizado de uma forma comum, mas o Espírito Santo gera-o

no ventre da piedosa Maria que é noiva de José descendente do rei Davi, pertencente à tribo de

Judá. Jesus não é concebido como todo homem, mas de uma forma sobrenatural, pois o homem

passa existir no momento da fecundação, porém, Jesus sempre existiu, Ele é desde da eternidade

(João 1:01).

Mas como entender que Jesus nasceu sem pecado se sua mãe apesar de ser piedosa era

descendente de Adão e Eva e por isso herdou o pecado hereditário, sendo uma pecadora como

qualquer outra mulher?

Devemos entender que na concepção de um ser humano envolve informações genéticas

concedidas pelo pai e pela mãe, ou seja, cada um contribui com na formação do novo individuo.

Neste momento tenho de recorrer à biologia para explicar esse fato:

Algumas noções sobre reprodução sexuada:4 Na produção sexuada, ou

gâmica, a união de dois seres de sexos diferentes, da mesma espécie, se dará através de suas

células reprodutoras (gametas), que darão origem a seres semelhantes a seus pais. Porém, temos

o seguinte fato: os gametas masculinos e femininos não tem o mesmo numero de cromossomas

que o corpo humano: tem apenas um de cada cromossoma homologo. Pela meiose, os gametas

são constituídos da metade dos cromossomas do individuo. Assim, por exemplo, na espécie

humana, há 46 cromossomos nas células do corpo, porém os gametas são portadores de apenas

23 cromossomos, ou seja, apenas um cromossoma de cada para homólogo. O óvulo tem 23

cromossomos da mãe, enquanto o espermatozóide tem 23 cromossomas do pai.

Dos 46 cromossomos, 44 são autossomos, isto é, cromossomos sem implicação com o

sexo. Os outros dois são chamados de cromossomos sexuais, uma vez que determinam o sexo

do individuo. Na mulher, os dois cromossomos sexuais são ―iguais‖ e chamados de X. no

4 Fonte de pesquisa: Sibrac- Sistema Brasileiro de Consultas; Editor: MACHADO, Irineu Candido; Nova

Central Editora Ltda; pág. 1241 – Biologia Atual. Vol. 01; PAULINO, Wilson Roberto; Editora Ática, 2002, pág.

180.

Page 41: Crendo no enviado de deus

41

homem há um cromossomo X e outro denominado Y. assim, considerando A: autossomo,

temos:

No homem: 44 A + XY;

Na mulher: 44 A + XX.

Conclui-se que o homem tem dois tipos básicos de espermatozóides: alguns com

genoma = 22A + X e outros com genoma = 22A + Y. Já a mulher tem apenas óvulos com

genoma = 22A + X.

No momento da concepção o homem determina o sexo do novo individuo, pois um dos

dois tipos de seus espermatozóides se unirá com o óvulo da mulher formando um novo homem

44A + XY ou uma nova mulher 44A + XX.

Quando ocorre a união dessas duas células, e, portanto a mulher fica grávida, cada

cromossoma do óvulo vai encontrar seu homólogo nos cromossomas do espermatozóide. Assim

formam-se novamente os pares, sendo que o zigoto (célula-ovo) tem novamente 46

cromossomas, arranjados em 23 pares.

É claro que o genótipo do novo ser será o resultado da fusão dos gens da mãe e do pai:

fica fácil então compreender que as características herdadas pelo filho foram transmitidas

através dos gametas (células reprodutoras) paterno e materno.

Depois destas informações biológicas sobre a formação do ser humano podemos

entender que o primeiro homem Adão passou a todos os seus descendentes suas características,

inclusive o pecado original que passou a fazer parte de sua natureza.

No caso de Jesus, isto não ocorreu, pois Ele nasceu sem receber o gens do pecado porque

não teve pai humano como todos os outros, que pudesse transmitir as características adâmicas

sobre sua vida.

Se o homem determina o sexo do novo ser doando o cromossomo X ou Y, concluímos

que o Y que Jesus recebeu foi doado pela ação do Espírito Santo (Mt.1:18), quebrando a

seqüência adâmica. Com as informações genéticas da piedosa Maria mais as que foram doadas

pelo Espírito, Jesus é concebido, tendo uma natureza totalmente humana, porém sem pecado, e

pode conservar sua natureza divina incontaminada.

Quando Deus criou Adão ele estabeleceu as informações genéticas 44A + XY e na

formação de Eva ele utilizou os 22 A + X de Adão e criou 22 A + X para Eva.

Em Jesus ele não utilizou o gens masculinos, mas utilizou os gens de Maria 22 A + X e

criou o 22 A + Y para fazer o zigoto, que recebeu as informações para concepção do Salvador.

A mulher (Eva) cedeu primeiro a tentação e pecou, depois o homem (Adão). Para

redimir a mulher por sua fraqueza no Éden Deus prometera enviar um redentor de sua semente

(Gn 3.15) e Jesus é o cumprimento desta profecia, pois se pela mulher o pecado teve

oportunidade de entrar na vida de toda humanidade, pela mulher (na pessoa de Maria) também a

redenção veio na concepção miraculosa do verbo divino.

Page 42: Crendo no enviado de deus

42

Abaixo temos um desenho que ajuda no entendimento da ideia que está colocada nas linhas anteriores:

+

DEUS

HOMEM

XY

MULHER

XX

HUMANIDADE

TODOS PECADORES

MARIA

(PECADORA)

XX

JESUS HOMEM PERFEITO

(SEM PECADO)

XY

Page 43: Crendo no enviado de deus

43

Jesus homem verdadeiro.

Sabemos que Jesus foi concebido de uma forma sobrenatural, mas os acontecimentos

após essa concepção ocorreram semelhantemente ao de todos os outros homens, Maria teve uma

gravidez de nove meses e dores de parto, e Jesus nasceu através do canal normal de nascimento,

como qualquer outra criança em sua época. Lucas, citando a lei mosaica, falou de Jesus como

―primogênito‖ (Lc 2.23), a mesma expressão usada para todos os judeus machos primogênitos.

O relato bíblico nos faz a menção do nascimento de Jesus e demonstra que não

aconteceu nenhuma coisa anormal: Assim, José também foi da cidade de Nazaré da Galiléia

para a Judéia, para Belém, cidade de Davi, porque pertencia à casa e à linhagem de Davi. Ele foi

a fim de alistar-se, com Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um filho.

Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito.

Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na

hospedaria (Lc 2.4-7), algo realmente normal (para época é claro) e que demonstra que até aqui

o seu nascimento ocorreu como qualquer um.

O Apóstolo Paulo nos diz que o nascimento de Jesus ocorreu como o de um homem normal:

―Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido

debaixo da lei‖. Isto demonstra que Ele provém da mulher, como todos nós (1 Co 11.12).

Depois do nascimento Jesus se desenvolveu como uma criança normal. Foi amamentado,

chorava quando sentia fome, desenvolveu os sentidos levando o tempo que é comum a todas as

crianças, para começar andar deve ter tropeçado e caído e assim por diante. Como outros

meninos judeus, foi circuncidado ao oitavo dia e dedicado ao Senhor no templo aos quarenta

dias (Lc 2.22-24). Teve uma infância humana, apesar de não termos muitas referências sobre a

infância de Jesus, sabemos o suficiente para concluir que ele cresceu como as outras crianças,

aprendeu e se desenvolveu normalmente. Aparentemente era uma criança precoce (Lc 2.41-49),

impressionando os lideres religiosos com seu conhecimento de assuntos espirituais aos doze

anos de idade (Lc 2.42-47). A partir daí, Lucas relata: ―Jesus ia crescendo em sabedoria,

estatura e graça, diante de Deus, e dos homens‖(Lc 2.52). Como homem, tinha conhecimento

finito, ou seja, ele usou as vias que todos tem que usar para aprender. Foi ensinado pelos pais,

pela escola da época. Ia a sinagoga com seu pai, ouvia a leitura e também lia a Torá, apreendeu

com rabinos os ensinos da lei, até a profissão de seu pai aprendeu com explicações e na prática

(segundo o costume da época dos filhos seguirem as profissões dos pais com Mt 13.55; Mc 6.3).

Teve um lar como todos homens (Jo 1.38,39) pelo menos até iniciar o seu ministério ele era

morador da cidade de Nazaré onde crescera.

Um homem comum tem instintos natos que ajudam preservar sua vida como fome, sede, sono,

repousar e etc. Jesus teve fome e Lucas registrou que no deserto ―onde, durante quarenta dias foi

tentado pelo Diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve fome‖ (Lc 4.2).

Este fato declara que o corpo de Jesus necessitava de comida para sustenta-lo.

Jesus também teve sede como qualquer homem. João diz: ―Jesus, cansado da viagem,

sentou-se à beira do poço. Isto se deu por volta do meio-dia. Nisso veio uma mulher samaritana

tirar água. Disse-lhe Jesus:―Dê-me um pouco de água‖ (Jo 4.6,7). Jesus necessitava de água para

o sustento de seu corpo e se não bebesse o suficiente, precisaria de mais, ou então ficaria com

sede.

Page 44: Crendo no enviado de deus

44

Jesus sentiu seu corpo exausto e precisou de descanso. Jesus também ficava cansado

fisicamente. E quando ficava cansado, descansava. João disse que Jesus estava ―cansado da

viagem‖ (Jo 4.6). Outras vezes se afastou da multidão: ―Havia muita gente indo e vindo, ao

ponto de eles não terem tempo para comer‖. Jesus lhes disse : ―Venham comigo para um lugar

deserto e descansem um pouco‖ (Mc 6.31). Jesus também dormia: ―Ele, porém, estava na popa

dormindo sobre a almofada; e despertaram-no, e lhe perguntaram: Mestre, não se te dá que

pereçamos?‖ (Mc 4.38)

Jesus teve emoções humanas. Jesus se alegrou-se ―Naquela mesma hora exultou

(alegrou-se) Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,

porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos; sim, ó Pai,

porque assim foi do teu agrado.‖ (Lc 10.21). ―Jesus chorou‖ (Jo 11:35), quando ele estava ao

lado do sepulcro de seu amigo. Mas, um momento antes, o texto diz ―Ao ver chorando Maria e

os judeus que a acompanhavam, Jesus agitou-se no espírito e pertubou-se (v.33). Jesus chorou

por Jerusalém dizendo: ―Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe

soa enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus

pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram‖ (Lc 13.34). ―Se entristeceu e se

angustiou‖: E levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a

angustiar-se. (Mt 26:37). ―Também pavor‖: E levou consigo a Pedro, a Tiago e a João, e

começou a ter pavor e a angustiar-se; (Mc 14.33). O autor de Hebreus descreve as emoções de

Jesus vividamente: ―Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em

alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua

reverente submissão‖ (5.7). Jesus também ficou irado quando viu o templo sendo profanado:

―Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os

bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas‖ (Jo 2.15).

Jesus possuía a linguagem e cultura Judaica de sua época (se tivesse nascido em outro país ou

em época diferente falaria a linguagem e teria a cultura deste lugar e da mesma época). Jesus era

judeu. Era o descendente de Abraão e de Davi (Mt 1.1). Tinha uma mãe judia (Mt 1.20-25; Gl

4.4). Tinha cultura e religião judaicas (Jo 4.5-9,21,22). A mulher de Samaria o reconheceu

imediatamente como judeu pela aparência e pelo modo de falar (Jo 4.9). Quando ia para

Jerusalém e quis pousar numa aldeia de samaritanos não foi recebido por estes por

reconhecerem que era judeu e ia para Jerusalém (Lc 9.52,53).

Jesus como homem verdadeiro dependia em tudo da ajuda de Deus, por isto Ele orava

constantemente (Mt 14.23; Mc 6.46; Lc 6.12, 9.28; Jo 6.15), pedia poder a Deus para fazer os

sinais (Lc 5.16,17; Jo 11.41-43) e direção para fazer a obra como no exemplo da escolha dos

apóstolos (Lc 6.12-16).

Um homem é tentado durante sua vida a fazer coisas ruins e Jesus sofreu tentações, porém não

cedeu a nenhuma delas. O autor de Hebreus nos informa: ―Pois não temos um sumo sacerdote

que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por

todo tipo de tentação, porém, sem pecado‖(4.15). A tentação foi uma realidade em sua vida (Mt

3). Como ser humano, Cristo sentiu toda sua força (Mt 26.38-42), mas venceu. Ele teve

oportunidade como qualquer um de pecar, mas escolheu ser obediente.

Todo homem nasce, cresce e morre. Vimos que Jesus nasceu e cresceu e que sendo humano era

feito de carne e osso, sangrava quando cortava. ―Um dos soldados perfurou o lado de Jesus com

uma lança, e logo saiu sangue e água‖ (Jo 19.34). A crucificação infligiu dor e morte agonizante

e sentiu cada segundo que ela lhe infligiu até o momento de sua morte. O livro de Hebreus

compartilha as implicações desse sangue e água: ―Portanto, visto que os filhos são pessoas de

Page 45: Crendo no enviado de deus

45

carne e sangue, ele também participou das dessa condição humana, para que, por sua morte,

derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo‖ (2.14). A Bíblia declara varias

vezes que Jesus morreu, veja Paulo: ―Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu

tempo pelos ímpios.‖ (Rm 5.6) e também: Mt 16.21; Rm 5.8; 1 Co 15.3. ―Ele foi morto no

corpo‖ (1 Pe 3.18). Na sua morte Jesus derramou seu ―sangue‖ para perdoar nosso pecado. ―E

da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis

da terra. Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados‖, (Ap 1.5) e ―E

cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque

foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e

nação‖; (Ap 5.9). Paulo em Colossenses 1.20 nos diz fomos reconciliados pelo sangue: ―E que,

havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo

todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.‖

Page 46: Crendo no enviado de deus

46

Jesus humano nosso espelho.

O Cristo que é Eterno nos leva a adoração.

O Cristo esperado através dos séculos nos trás esperança.

O Cristo que nasceu nos trás alegria.

O Cristo que prega as boas novas nos transmite paz.

O Cristo que realiza milagres nos transmite fé.

O Cristo que é morto na cruz nos emociona.

O Cristo que ressuscitou nos dá vida.

E o Cristo humano?

O Cristo humano é nosso modelo para também sermos humanos!

Quando Deus criou Adão e Eva lhes dotou de perfeição.

Eles eram perfeitos fisicamente, moralmente e espiritualmente.

Ao pecarem eles perderam o estado pleno de perfeição e passaram a demonstrar que suas

vidas estavam distantes de seu estado original, pois, tiveram medo (Gn 3.10), não assumiram a

culpa de seu erro (Gn 3.12,13), a dor de parto de Eva foi multiplicada (Gn 3.15), o

envelhecimento, doenças e a morte viriam sobre suas vidas (Gn 3.19). Daí em diante vemos os

descendentes deste infeliz casal cada vez mais se distanciando da perfeição original. Caim

matou Abel (Gn 4.8), a terra se encheu de violência (Gn 6.11) e de lá pra cá as coisas não

mudaram, a distância parece gradativamente ter aumentado. Vemos na sociedade atual as

marcas da deformidade evoluindo cada vez mais: mentiras, roubo, seqüestro, abuso sexual,

fome, violência, guerras, enfermidades, doenças de alma, má administração pública, ganância

pelo dinheiro, desespero, atos de crueldade e etc. acontecimentos que nós podemos caracterizar

numa frase bem comum no nosso cotidiano: ―Faltam corações mais humanos! O mundo seria

melhor se todos fossem mais humanos!‖ Não sei quem elaborou está frase, mas na minha

opinião ela transmite que Deus não criou o homem para fazer coisas tão ruins como ele tem

feito, mas que o seu propósito é muito maior, o seu desejo para todos nunca foi essa seqüência

desastrosa de infortúnios que assolam as vidas.

O homem como a coroa da criação divina (Sl 8.4-6) ao ser criado demonstra a soberania

de Deus e que o reino dos céus estava presente na terra.

O Deus que ama deu condições para o homem amar, o Deus que tem misericórdia deu

condições para o homem ter misericórdia, o Deus que é bom deu condições para o homem ser

bom, o Deus que é justo, santo, benigno concedeu ao homem ser um espelho que pudesse

refletir sua imagem. Adão antes de sua queda era o modelo de uma sociedade que seria perfeita,

sim, a sociedade que figura no mundo utópico de corações que sonham com uma perfeição que

infelizmente não incluem Deus já estava preparada, mas foi destruído por um único ato (Rom

5.18) que reflete em todo universo atual, por este motivo Jesus Cristo o homem verdadeiro veio

restaurar a humanidade imperfeita, levando-a perfeição que foi idealizada na criação (Cl 1.28).

Desta verdade tiramos a frase: “O Cristo humano é nosso modelo para também sermos

humanos”. Humanos no sentido de espelhar o divino em nosso modo de ser e viver.

Jesus não impressionou o mundo de sua época, o de hoje e há de impressionar o que se

levantará apenas pelo que ensinou, mas por ser e viver em conformidade a mensagem que

Page 47: Crendo no enviado de deus

47

pregava. Desde o inicio de seu ministério o Senhor Jesus inspirou seu discípulos o desejo de

serem como ele foi – algo que é na atualidade uma meta para todos os verdadeiros cristãos.

Na pessoa de Cristo todo homem pode encontrar um referencial para seguir e assim

obter comunhão com Deus em uma ligação vertical e horizontalmente com seu semelhante e

isto ilustra o significado da cruz: “restauração completa”.

O parágrafo que está colocado na introdução cabe perfeitamente também neste

momento: ―Que maravilhoso é ter em Jesus a redenção do homem caído, pois o tanto que a

humanidade estava perdida em Adão, agora em Cristo está salva e em sua vida terrena temos

um alvo que devemos seguir. Realmente podemos ver a Jesus como a porta de entrada do céu

(Jo 10.07) que nos possibilita entrar pela grata atitude de ser como ele foi, seguindo seus

passos‖.

O quê significa ser como ele foi? Significa ensinar o evangelho? Significa amar?

Significar fazer o bem? Significa isto que acabei de perguntar e mais ainda.

Jesus referencial de amor

Jesus é a demonstração do amor divino por ser Deus verdadeiro e ainda por transmitir a

humanidade à possibilidade de imita-lo por também ser homem verdadeiro. Ele amou no céu, na

terra continuou amando, na morte não deixou de amar e na ressurreição provou que este amor

não pôde ser apagado, ensinando a todos que é possível amar, mesmo não sendo amado e assim

mudar a trajetória daqueles que encontrarão neste amor o referencial para ter comunhão com

Deus e com seu próximo sendo humanizados. Ser cristão é poder amar como Cristo amou a

cada um de nós e a todos os homens. Impossível!? Ele era Jesus! Isto é algo comum de se ouvir,

mas espere um pouco, antes de despejar uma nova multidão de interjeições e exclamações não

se esqueça que Jesus também foi humano como você e eu. Ele realmente é nosso exemplo! Se

amar como Ele nos amou fosse impossível acredito que nunca teria nos dito: “Isto vos mando,

que vos ameis uns aos outros” Jo 15.17 (grifo meu). Um dos mais maravilhosos exemplos

bíblicos do amor que se espelha em Jesus é o de Estevão. Muitos ao lerem a história de Estevão

em Atos dos Apóstolos impressionam-se com sua conduta exemplar que lhe distinguiu dentre

muitos outros discípulos e lhe qualificou para ser escolhido um dos sete diáconos, ou pelo poder

de Deus que emanava de sua vida para fazer milagres, ou então com a sabedoria que fazia calar

todos que se dispunham a discutir sobre a verdade do evangelho, ou ainda com a privilegiada

visão que superou qualquer telescópio terrestre, pois daqui da terra ele pode contemplar o céu e

Jesus a destra de Deus. Realmente foram realizações formidáveis na vida de Estevão, mas o que

em minha opinião se destaca e supera todas estas, foi o amor que abundava de sua vida e se

assemelhava ao do Senhor Jesus, pois na hora de sua morte quando os seus algozes o

apedrejavam ele conseguiu perdoa-los dizendo: ―Senhor, não condenes esta gente por este

pecado!‖. Atos 7.60

Quem ama se doa e Jesus ensinou isto em Jo 15.13 onde Ele disse: Ninguém tem maior

amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Quando lemos a

palavra dar a vida olhamos primeiramente para o exemplo de Jesus que morreu pelos seus

amigos na cruz, mas eu gostaria de ir além desse acontecimento que podemos classificar como o

clímax do amor demonstrado pelo sacrifício de si próprio, podemos concluir que dar a vida

também é usar uma parte do nosso precioso tempo para prestar auxilio ao nosso próximo. Em

que podemos auxiliar nosso próximo? Emprestando o ouvido para poder ouvir suas queixas,

lamentos, alegrias e etc.; repartindo o conhecimento que possuímos do evangelho; evitar

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denegrir a imagem de qualquer um; tendo uma boa palavra para edificação daqueles que estão

ao nosso alcance; visitar doentes e consolar enlutados; abrir o coração e a mão para ajudar o

prosseguimento do evangelho; ajudar aos necessitados espiritualmente e materialmente; alegrar-

se com os que se alegram e chorar com os que choram (Rm 12.15).

Jesus referencial para obedecer

Jesus nos ensina obediência com sua maneira singular de viver, desde de sua meninice

demonstrou sujeição a Deus obedecendo a seus pais (Lc 2.51) esperando o tempo em que

começaria o seu ministério redentor entre os homens. Para poder herdar o reino de Deus todos

os homens devem voluntariamente propor em seus corações obedecer a vontade divina e assim

imitar a Jesus que com suas atitudes e palavras demonstrava sua obediência que pode ser

conferida nas seguintes referencias bíblicas: ―E aquele que me enviou está comigo; o Pai não

me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.‖ Jo 8.29 – ARC. e ―Embora fosse

o Filho de Deus, ele aprendeu, por meio dos seus sofrimentos, a ser obediente.‖ Hb 5.8 –

NTLH. O exemplo que Jesus nos deixou mostra que quem tem um objetivo e quer alcança-lo

deve seguir adiante, Adão falhou em obedecer e por isso toda humanidade em todos os tempos

sofreu a consequência, isto é, algo que todos nós devemos meditar: ―as consequências da

desobediência são devastadoras‖. Imagine se Jesus não fosse obediente, o que seria de cada um

de nós? Mas, graças a Deus que Ele venceu.

Jesus obedeceu:

1. A justiça divina se batizando.

2. A vontade divina resistindo ao diabo, mesmo em uma situação difícil, depois de

jejuar quarenta dias e noites.

3. A vontade divina anunciando a salvação para o povo.

4. O plano que Ele mesmo estabeleceu morrendo a favor de homens maus e

pecadores.

Jesus referencial para compartilhar

Jesus sempre foi dono de tudo e podemos classifica-lo como rico, apesar desta palavra

não poder transmitir o que realmente Ele é (riquíssimo, multimilionário e etc também não

chegam à ideia real da imensidão de seu poder), mas nosso divino ricaço se fez pobre, porque

nós éramos pobres e não querendo que permanecêssemos nesta situação pôde através desta

atitude altruísta fazer que nós fossemos enriquecidos (2 Co 8.9). Quem verdadeiramente se

espelha em Cristo e segue seu exemplo herda a grata atitude de ser um compartilhador altruísta.

Talvez a pergunta crucial que surgirá depois desta afirmação será—―compartilhar o quê?‖ A

preocupação aparece por causa dos bens temporais, claro que eles estão incluídos nos propósitos

deste seguidor que pode sim, compartilha-los com aqueles que necessitam, mas o que mais ele

deseja fazer é compartilhar as boas novas de salvação e assim como Cristo o tornou rico, seu

desejo é que seu semelhante também o seja. O homem humanizado por Cristo é um

compartilhador! Esse é o real motivo que leva os discípulos nestes dois mil anos de história

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atravessarem fronteiras para anunciar o evangelho, serem perseguidos, caluniados, torturados,

mortos e não desistirem da missão de compartilhar as boas novas com todos os homens.

Os apóstolos Pedro e João eram homens cheios do Espírito Santo e deste sentimento

compartilhador e podemos vê-los transmitindo isto em atos 3. 1-8 que diz: Pedro e João subiam

ao templo para a oração da hora nona. Era levado um homem, coxo de nascença, o qual punham

diariamente à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Vendo

ele a Pedro e João que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola. Pedro,

fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava atentamente, esperando

receber, alguma cousa. Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que

tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o

levantou; imediatamente os seus pés e artelhos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a

andar e entrou no templo, saltando e louvando a Deus.

Jesus referencial de uma conduta exemplar

Jesus demonstrou para sociedade (discípulos, simpatizantes, inimigos, governo e etc)

que sua conduta era exemplar. Desde do berço Ele aprendeu a obedecer, pois sua família

anualmente participava das festas que foram ordenados por Deus para o povo de Israel (Lc

2.41). Vemos esse modo de vida exemplar quando ao fazer o sermão do monte Jesus disse: Seja,

porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno. O quê Ele quis

dizer? Jesus quis dizer que nossa conduta e forma de falar devem transmitir tanta seriedade e

verdade que não deve ser necessário fazer nenhum tipo de juramento, mas apenas afirmar ou

negar. Será que hoje em dia alguma pessoa que se diz cristão fala sim, mas quer dizer não ou

vice versa? Jesus com sua vida nos mostrou o modelo de vida que temos de ter, pois em Jo 8.46

(versão NTLH) ele afirmou: “Qual de vocês pode provar que eu tenho algum pecado?”

(grifo meu). Você já parou para meditar nesta frase de Jesus? Um homem com pouco mais de

trinta anos de idade (trinta anos não são trinta dias ou meses!) afirmando que sua conduta é tão

exemplar que ninguém poderia acusa-lo de erro algum cometido por atitudes ou pelo falar. A

inculpabilidade de Jesus era algo tão visível que o próprio governador Pilatos testificou: Não

vejo neste homem crime algum (Lc 23.4); Eis que vo-lo apresento, para que saibais que eu não

acho crime algum (Jo 19.4);Estou inocente do sangue deste Justo (Mt 27,24). Pedro certo dia

foi questionado se o seu mestre tinha uma atitude coerente com aquilo que Ele pregava, pois

cobradores de impostos fizeram a seguinte pergunta: O vosso mestre não paga as didracmas?

(Mt.17.24) Pedro confiava tanto na integridade de Jesus que prontamente respondeu: Sim. (Mt

17.25) E Jesus não o decepcionou, pois enviou Pedro a uma outra pesca maravilhosa, só que

desta vez não de uma multidão de peixes, mas de apenas um que possuía em seu interior um

estáter que serviu para pagar o imposto por si e também por Pedro (Mt 17.27).Quando Jesus foi

questionado se a nação de Israel deveria pagar impostos ou não a Roma Ele disse: Daí, pois, a

César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Em outras palavras Ele disse que não

podemos ser omissos nos deveres para com o governo, mesmo que existam as desculpas

rotineiras como: os impostos são muitos altos e não existe erro em não paga-los, com o jeitinho

brasileiro podemos esquecer os impostos e etc; ou no caso de Deus uns dizem: esse negócio de

dizimo ou ofertas são coisas do Antigo Testamento, Deus não precisa de dinheiro e etc. Os

deveres de cidadão são aprovados por Deus no que tange ao bom funcionamento da sociedade e

desde que estes não interfiram nas verdades bíblicas eles podem ser realizados. Existem certos

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sistemas religiosos que interpretam as escrituras numa perspectiva contraria querendo proibir os

seus membros de votar, pois afirmam que o cristão não tem parte com o governo terrestre;

dizem que um homem não pode se alistar ou participar das forças armadas de seu país e mais

uma porção de coisas que o nosso pequeno espaço nos priva da possibilidade de apresenta-las,

mas gostaria de refletir que o fato de sermos cristãos não nos retira os direitos de cidadão, pois

mesmo sendo cristão quem nasce no Brasil continua sendo brasileiro, com direito a vida, com

direito a liberdade, com direito a propriedade privada, com direito ao estudo, com direito a

formar uma família, com uma serie de direitos garantidos pela constituição e juntamente com

esses direitos existem os deveres tais como: pagar impostos, respeitar e honrar a pátria e ao seu

próximo, votar (participar da vida política do país) e outros. Imagine se pelo fato de ser tornar

cristão Cornélio o centurião (At 10) tivesse se demitido, ou se pelo fato de Paulo também ser um

cristão ele renunciasse ao seu direito de cidadão romano quando estava preste a ser açoitado (At

22.25) o que lhe aconteceria? Cada cristão deve se portar de tal maneira que não venha dar

ocasião aos opositores do evangelho blasfemarem da verdade.

Jesus referencial para que tenhamos propósitos em nossa vida

Quando Jesus deixou o céu para vir ao mundo veio com um propósito, não veio fazer

turismo ou algo parecido, Ele veio salvar o que se havia perdido (Mt 18.11) e concretizou o seu

objetivo (Hb 7.25-27). A missão de Jesus era restaurar o homem caído e para que isso viesse

acontecer Deus escolheu os melhores pais que seu Filho poderia ter—José e Maria um casal

piedoso que juntamente com a escola da época (sinagoga) ensinaram ao menino Jesus a crescer

temendo a Deus. Quando adulto e conhecendo que fora enviado para salvar a humanidade Jesus

estabeleceu metas: escolheu doze discípulos (Mt 10.1-4) que viviam ao seu lado formando uma

escola que proporcionou a continuidade de sua mensagem após sua morte—ressurreição;

nomeou mais setenta e os enviou a anunciar o evangelho (Lc 10); também havia mulheres

ajudando a Jesus em sua missão (Mc 15.40,41); aqueles que ingressaram na escola de Jesus

fazendo parte de seus discípulos somavam mais de quinhentos pessoas (1 Co 15.6). Jesus curava

enfermidades, expulsava demônios, ressuscitava mortos e anunciava as boas novas (Mt 11.4,5) e

outorgou aos seus discípulos a mesma autoridade (Lc 9.1; 10.19; Mc 16.17,18) para que a

mensagem de salvação se expandisse pelo mundo. O resultado disto você já sabe, depois de dois

mil anos de história o cristianismo se espalhou por quase todo globo terrestre e durante este

período venceu inúmeras perseguições e continua vivo no século XXI e sem dúvida alguma em

breve irá alcançar a último ser humano que ainda não ouviu a mensagem do evangelho.

Jesus é o nosso modelo no que diz respeito a uma vida com objetivos e cada um de nós têm o

dever de ser inteligente e imitar a Ele. Muitos hoje em dia não têm nenhuma meta, nenhum

plano concernente a sua vida transitória aqui na terra; outros se acham desgraçados e dizem que

estão neste mundo somente para sofrer; outros reclamam de tudo e de todos sem desempenhar o

papel que lhe cabe na sociedade em que vive. Sem sombra de dúvida para o bom andamento de

nossa vida terrena temos que analisar o que necessitamos e queremos alcançar e ir a luta. Como

exemplo quero tomar a constituição de uma família, se este for nosso objetivo o que faremos?

Em primeiro lugar procura-se escolher uma pessoa que se identifique com nossas expectativas.

E de que maneira isto acontece? Conhecendo essa pessoa (temperamento, objetivos e etc) e a

seguir sentando e fazendo as contas para saber se existe condições de casar-se, se é viável pagar

aluguel, se o salário de um ou de ambos pode sustentar as despesas com alimentação, carro,

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escola dos filhos e etc. As metas devem existir em nossas vidas, seja para a compra de uma

casa, para a escolha de um curso universitário, para a programação de nossas férias (onde

devemos passa-la?), para um investimento na bolsa de valores, para a abertura de uma firma e

assim por diante. Uma pessoa que tem objetivos específicos a alcançar tem mais disposição para

se esforçar para que eles se realizem. ―Pense nisso!‖ Até este momento estendi esse parágrafo

na perspectiva de metas no ponto de vista transitório porque cada um de nós deve pensar nelas

(não se esqueça que ainda estamos na terra), mas não quero de maneira nenhuma excluir a

necessidade de também planejarmos o nosso futuro pós tumulo. E falando sobre este futuro,

você já sabe qual é sua meta em relação à vida eterna? Se você disse—Eu vou morar

eternamente com Deus—quero lhe parabenizar e fazer uma nova pergunta: como você irá

realizar este prodígio? Quem conhece pelo menos um pouquinho sobre o que significa ser salvo

irá dizer que recebeu Jesus como salvador e que o sangue dEle lhe purificou os pecados e irá

procurar ser obediente aos ensinamentos do evangelho até o arrebatamento ou sua morte. Se sua

resposta coincidiu com a colocação anterior saiba que você está sabendo planejar muito bem a

sua eternidade e aproveitando sua disposição em relação a esse tema quero focalizar neste

momento as palavras—―ser obediente‖—que nesta explanação acarretam também o significado

de fidelidade, renúncia, honra, amor, fé, coragem, esperança. A meta especifica de possuir a

vida eterna permite ao verdadeiro cristão se esforçar para: ser fiel ao chamado de Deus em sua

vida; renunciar a tudo que possa impedi-lo de conquistar o céu; honrar ao Senhor com sua vida

e bens; amar a Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como a si mesmo; enxergar pela fé

as promessas divinas abraçando-as como os heróis da fé que estão descritos em Hebreus 11; ter

coragem de perder sua vida para encontra-la; manter viva a esperança que na jornada terrestre

nos possibilita a não desanimar em meio às dificuldades e provações.

Jesus referencial para aprendermos a conviver com as pessoas

Porque o povo descendente de Abraão recebeu a revelação da lei fica claro que foram

privilegiados herdando o titulo de povo de Deus. Ao escolher Israel será que Deus desprezou os

outros povos? Claro que não. Deus escolheu uma nação entre muitas para que ela pudesse servir

de luz para iluminar as trevas da distância e desconhecimento da verdade, ou seja, Israel era um

modelo para os outros povos seguirem. Infelizmente muitos israelitas achavam-se melhores que

os outros povos e até mesmo que seus próprios compatriotas. A idéia de uma super raça ou povo

puro se formou de sentimentos individualistas como este, causando discriminação, orgulho e a

reprovação do Deus todo-poderoso. Todos os homens são iguais: têm a mesma fonte primaria—

Deus que criou Adão e Eva os primeiros humanos (Gn 1.27; At 9.26); todos os homens são

feitos do pó (Gn 2.7); todos os homens morrem (1 Co 15.21; Hb 9.27); todos os homens

nascem, crescem e envelhecem; todos os homens são imperfeitos precisando da misericórdia

divina (Rm 3.23).

O desconhecimento da vontade divina ou a rebeldia ao seu cumprimento forma uma

barreira (impedimento) para se chegar a Deus.

Israel é privilegiado como povo de Deus quando se coloca em obediência diante dos

mandamentos e quando desobedece fica igual aos que não fazem parte do povo de Deus (os não

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judeus). Podemos concluir que se aqueles que não obedecem aos mandamentos passarem a

obedecer sendo israelitas ou não as bênçãos divinas chegam em suas vidas. Jesus quis ensinar

isto quando entrou na casa de Mateus/Levi (Mt 9.9-13; Lc 5.27-32) e participou do banquete

comendo com os publicanos (judeus cobradores de impostos que trabalhavam para o governo

romano e eram odiados e desprezados por seus patrícios que os chamavam de traidores) e

ensinando as verdades do reino de Deus para estes homens que precisavam de Deus tanto

quanto aqueles que se achavam donos do céu. Naquela época quem estava trilhando caminhos

errados era desprezado pela sociedade e esta não tentava reabilitar ao transviado, antes o

ajudava a afundar mais e mais no abismo do seu erro. Jesus veio mudar este conceito, pois Ele

mesmo deixou o céu para vir buscar o homem pecador e neste trecho bíblico juntamente com

outros ensina que da mesma maneira que Deus se importa com o perdido seus seguidores devem

também se importar e influencia-los a mudar de vida. Jesus foi uma influência tão positiva na

vida de Mateus que este passou a ser um apóstolo, vemos Zaqueu tendo a mesma experiência

(Lc 19.1-10), Maria Madalena que era possessa por sete demônios (Mc 16.9) e muitos outros

exemplos. Em João 7.5 nos declara que nem mesmo os irmãos de sangue de Jesus acreditavam

em sua pregação, todavia, após sua ressurreição a influência sobre sua família foi tão positiva

que sua mãe, e seus irmãos estavam perseverando em oração em At 1.14 e Tiago seu meio

irmão passou a ser um dos lideres da igreja em Jerusalém (Gl 2.9; At 12.17,15.13, 21.18).

Um cristão que se espelha em Jesus também influenciará pessoas que fazem parte de seu

convívio social. Infelizmente entre muitos cristãos tem germinado o mesmo sentimento de

superioridade que mencionamos no inicio desde tópico, fazendo com que o evangelho seja

escandalizado aos olhos dos incrédulos e retirando a eficácia da salvação tanto dos que se dizem

superiores quanto dos inferiorizados. É importante ver o próximo com a ótica divina, pois não

existe superioridade nenhuma entre o crente e o descrente, pois a mesma misericórdia que é

concedida ao homem que agora é cristão é concedida ao não cristão que pela graça divina

também poder se converter e ser salvo. Em nenhuma parte das escrituras se menciona que

devemos nos isolar das pessoas e formar um clube fechado aos que estão distanciados de Deus,

o que a Bíblia condena é agir como eles agem, mas a igreja é comparada como o sal da terra (Mt

5.13), e o sal faz conservar a alimentos da deterioração e o papel da igreja tem sido este,

impedir que o mundo venha se destruir totalmente. Imagine o mundo sem a igreja! Seria um

lugar de puras trevas se por ventura ainda existisse. Para viver longe daqueles que estão na

prática do pecado seria necessário sair do mundo segundo o apóstolo Paulo (1 Co 5.10), mas

essa ainda não é à vontade de Deus, Ele quer que nós testemunhemos sobre o que Jesus fez

pelos homens com sua morte na cruz e depois que as boas novas forem transmitidas a toda

humanidade virá o fim e o Senhor arrebatará sua Igreja, tirando-a desse mundo que jaz no

maligno. Enquanto isto não acontece sejamos pessoas que procuram ter quando possível paz

com todos (Rm 12.18), tenhamos também uma boa palavra a todo tempo para aqueles que

precisam conhecer a razão de nossa fé (1 Pe 3.15), sejamos um exemplo em nossa casa,

vizinhança, trabalho e igreja. Baseemos nossa vida em atitudes de amor, bondade, respeito,

compreensão, colaboração, dignidade, honra, lealdade, misericórdia, compaixão, alegria,

verdade e equilíbrio.

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Conclusão

O Senhor Jesus é a revelação divina ao homem. Como afirmamos no inicio o tema

abordado sobre a Cristologia não esgotou, cabe agora você querido leitor se embrenhar no

caminho do conhecimento e buscar mais e mais informações que farão em sua vida uma bem

sem igual.

O intuito deste trabalho é lançar luz as trevas do desconhecimento dos simples sobre a

pessoa do Senhor Jesus Cristo e despertar a atitude voluntária de cada um em tomar a decisão

mais acertada que qualquer homem que nasceu debaixo do jugo do pecado deve tomar:

―Receber ao Senhor Jesus como seu único salvador pessoal‖.

A oração é o momento em que nós conversamos com Deus e expomos a Ele nossos

anseios, frustrações e pedidos de misericórdia e perdão. Se você tem compreendido que é um

pecador que precisa de salvação e deseja tomar a decisão que acabamos de descrever faça o

seguinte:

Em oração diga a Deus que está arrependido dos seus pecados.

Fale que acredita naquilo que o Senhor Jesus fez por você na cruz e que deseja seguir o

que a bíblia ensina sobre ser seu discípulo.

Você agora é membro da família de Deus.

Nunca esqueça que a bíblia é a sua regra de fé. Por isso, nunca deixe de examinar as

escrituras.

Hoje em dia, temos muitos livros bons para enriquecer nosso conhecimento acerca das

doutrinas bíblicas. Se possível entre num seminário e procure apreender mais.

Ao compreender porque Jesus foi enviado você recebeu o maior presente que o homem

pode receber em sua vida, a oportunidade de viver eternamente ao lado do Criador.