Crack
-
Upload
fernanda-zarpelao -
Category
Documents
-
view
6 -
download
1
description
Transcript of Crack
TOLEDO-PR2015
ESTHER MARICO SAITO
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL
A QUESTÃO DA HOMOFOBIA E DIVERSIDADE SEXUAL.
TOLEDO-PR2015
A QUESTÃO DA HOMOFOBIA E DIVERSIDADE SEXUAL.
Trabalho Interdisciplinar Individual apresentado ao Curso de Serviço Social à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR VIRTUAL, para as disciplinas do 1º Semestre.
Professores: Mayla Aparecida Valentin Goncalves, Lauana Weschenfelder, Clarice da Luz Kernkamp, Gleiton Luiz de Lima, Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi, Mariana de Oliveira Lopes Vieira,José Adir e Sergio Goes.
ESTHER MARICO SAITO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
2.1 A Exclusão Social no Brasil....................................................................................4
2.2 A Questão da Homofobia no Brasil..........................................................................5
2.3 A Diversidade Sexual..............................................................................................6
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................8
Referências..................................................................................................................9.1
1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem por objetivo analisar criticamente numa perspectiva
multidisciplinar a questão da Homofobia e Diversidade Sexual.
A Exclusão social é um tema da atualidade, utilizado nas mais variadas
áreas do conhecimento, mas com sentido nem sempre muito preciso ou definido.
Uma pessoa é considerada socialmente excluída quando está impedida de participar
plenamente na vida econômica, social e civil.
Podemos entender a homofobia, assim como as outras formas de
preconceito, como uma atitude de colocar a outra pessoa, no caso, o homossexual,
na condição de inferioridade, de anormalidade, baseada no domínio da lógica hetero
normativa, ou seja, da heterossexualidade como padrão, norma. A homofobia é a
expressão do que podemos chamar de hierarquização das sexualidades. Todavia,
deve-se compreender a legitimidade da forma homossexual de expressão da
sexualidade humana.
Quando se leva em conta o grau de complexidade da interação social,
quando se respeita essas diferenças culturais e sociais, seus idiomas e hábitos
distintos, entre outros elementos que conferem identidade às diferentes sociedades,
é mais fácil compreender a diversidade sexual.
Diversidade sexual é repensar novos paradigmas culturais, uma vez que
fomos criados, defendendo valores que recebemos de nossos pais que foram
passados de geração em geração, para estes valores o diferente sempre foi visto
com maus olhos. Há muito tempo homens e mulheres e movimentos sociais, lutam
pelos seus direitos e reconhecimento, ou seja, direitos pela igualdade e liberdade de
justiça, a todos os indivíduos independentemente do sexo.
3
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A Exclusão Social no Brasil
Segundo Pockmann (2004), a nova dinâmica da exclusão social parece
encontrar sua origem nos anos 80, assumindo feições mais definidas na década de
1990. O processo que financiou a economia, especialmente na América Latina, ao
gerar uma pressão suplementar sobre o processo de valorização do capital, implica
uma flexibilidade crescente dos salários e do emprego. Em vez de adiantar crédito, o
sistema financeiro reorienta a poupança para os títulos públicos. Gestam-se,
portanto, novos mecanismos de manutenção e ampliação da riqueza.
A exclusão social tem sido tratada no Brasil a partir de um enfoque
relacionado à restrição de renda. São definidas linhas de pobreza e a partir de então
elaborados programas de transferência de renda, que muitas vezes desconsideram
a realidade mais ampla do mercado de trabalho e da exclusão social. POCKMANN
(2004).
Pode designar desigualdade social, miséria, injustiça, exploração social e
econômica, marginalização social, entre outras significações. De modo amplo,
exclusão social pode ser encarada como um processo sócio Histórico caracterizado
pelo recalcamento de grupos sociais ou pessoas, em todas as instâncias da vida
social, com profundo impacto na pessoa humana, em sua individualidade. Exclusão
é "estar fora", à margem, sem possibilidade de participação, seja na vida social
como um todo, seja em algum de seus aspectos. CONTEÚDOESCOLA (2011).
Na sociedade capitalista, por paradoxo, os excluídos não participam do
sistema, mas sustentam a ordem econômica e social. A rendição, por parte das
elites governantes brasileiras e sua política econômica às teses do neoliberalismo,
como passaporte único para integrar a nova ordem mundial globalizada, intensificou
a concentração de renda de tal sorte que somos vistos, mundialmente, como um
país gerador de riquezas imensas, ao mesmo tempo em que figuramos nos últimos
lugares, nas estatísticas sérias sobre qualidade de vida da população.
Alguns exemplos de excluídos pela sociedade:- Minorias étnicas
(indígenas, negros); - minorias religiosas; - minorias culturais. Excluídos de gênero:
mulheres e crianças. Excluídos em termos de opção sexual: homossexuais e
4
bissexuais. Excluídos por idade: crianças e idosos. Excluídos por aparência física:
obesos, deficientes físicos, pessoas calvas, pessoas mulatas ou pardas, portadores
de deformidades físicas, pessoas mutiladas. Excluídos do universo do trabalho:
desempregados e subempregados, pessoas pobres e geral. Excluídos do universo
sociocultural: pessoas pobres em geral, habitantes de periferia dos grandes centros
urbanos. CONTEÚDOESCOLA(2011).
2.2 A Questão da Homofobia no Brasil
Segundo o Glossário de Psicologia e Psiquiatra: Homofobia significa
medo do homossexualismo. O medo do homossexualismo empurra as pessoas em
direção ao sexo oposto com objetivos de reprodução e de garantir ao sujeito sua
identidade heterossexual. A homofobia é típica de pessoas que, consciente ou
inconscientemente, ainda têm muitas dúvidas e angústias sobre sua identidade
sexual. Como mecanismo de defesa de sua insegurança, estas pessoas costumam
ridicularizar e agredir os homossexuais. Casos muitos graves de homofobia levam o
sujeito a fazer investidas como o assassinato de homossexuais. SILVA (2009).
De acordo com Guinosa (2012), no Brasil não há nenhuma novidade no
fato de indivíduos formarem grupos tendo como fator de integração um interesse em
comum pela homossexualidade. A grande novidade, foi o surgimento de uma nova
atitude que, deixando de lado certo sentimento de culpa, até então bastante comum
mesmo entre homossexuais mais notórios, passou a reivindicar um espaço de
respeitabilidade pública para a homossexualidade.
A Constituição de 1988, atualmente vigente, é a mais veemente e mais
abrangente na condenação nas discriminações entre pessoas, cita Silva. Segundo
ele, ela confere a igualdade perante a lei, sem distinções de qualquer natureza, de
sorte que as hipóteses são simplesmente exemplificativas, quanto o são na própria
Constituição.
Todos os oprimidos têm um dia de luta: 8 de março, Dia da Mulher; 19 de
abril, Dia do Índio; 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Os Homossexuais
também têm seu dia– 28 de Junho. Em 28 de junho l969, em Nova York, quando os
homossexuais, cansados de apanhar da polícia, reagiram e ganharam a batalha.
Nos anos seguintes, os LGBT do mundo inteiro adotaram 28 de junho como o “Dia
5
do Orgulho Gay”, também chamado de Dia da Consciência Homossexual. MOTT
(2012).
Os gays, lésbicas, travestis e transexuais representam mais de 10% da
população mundial. No Brasil, são mais de 20 milhões. Só nos últimos 30 anos mais
de 3.500 homossexuais foram barbaramente executados, vítimas da homofobia. A
cada novo dia um LGBT é assassinado no Brasil. MOTT (2012).
Para Mott (2012), as causas da homofobia já foram detectadas pelos
cientistas sociais: de um lado, a mentalidade machista. Do outro lado, explica-se a
homofobia pela reconhecida insegurança dos machões – face ao estilo de vida
revolucionário dos gays – que vêm nos homossexuais perigosa ameaça a sua
hegemonia, posto abdicarem do privilégio de dominar as fêmeas em função de
viverem uma relação igualitária com outros machos.
Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a legalidade
da união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. A decisão retomou
discussões acerca dos direitos da homossexualidade, além de colocar a questão da
homofobia em pauta. CONTEÚDOESCOLA(2011).
Segundo Menezes et al (2013), o Serviço Social é uma profissão que
trabalha diretamente com as expressões da questão social, inserido em diversos
contextos institucionais, com o objetivo de viabilizar e garantir o direito a todos os
seus usuários. Esta profissão é regulamentada pelo Código de Ética Profissional dos
Assistentes Sociais, aprovado em 15 de março de 1993, com as alterações
introduzidas através das resoluções de n° 290/94 e 293/94, e pela lei de
regulamentação profissional dos assistentes sociais de 1993 de n° 8.662, de 7 de
junho de 1993.
O Serviço Social pode atuar no combate a diversos tipos de preconceitos
e discriminações, incluindo as manifestações de violência contra os grupos de
Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros/LGBT, ou seja, tal área pode contribuir
com o combate à homofobia. (MENEZES et al 2013).
2.3 A Diversidade Sexual
A existência de sexualidades heterodoxas não é uma marca do mundo
contemporâneo. Desde tempos ancestrais pessoas do mesmo sexo se atraem; na
6
antiga Grécia, por exemplo, era habitual o relacionamento entre homens, pois era
um hábito cultural jovens passarem uma fração de sua existência ao lado de um
filósofo mais velho, que lhes transmitiria suas experiências não só na esfera
filosófica, mas também a arte dos combates e do amor. Nesta época, portanto, não
havia preconceito com relação a esta modalidade de interação sexual, pois esta
espécie de união era comum, e até mesmo estimulada pelas convenções desta
civilização. SANTANA (2015).
Desde há muitos anos a humanidade tem buscado razões ou causas,
para definir e desvendar o desejo e a atração entre pessoas do mesmo sexo, ou
ainda, precisar ou catalogar as múltiplas e diferentes facetas da sexualidade
humana. Em diversas culturas e países, o amor ou afeição entre pessoas do mesmo
sexo, assumiu formas sociais diversas e, por vezes, bastante distintas de como a
percebemos na atualidade. (ADOLESCENCIA.ORG).
Para pensar a Diversidade Sexual é preciso reconhecer que, apesar da
semelhança biológica, a vida social de cada um(a) é diferente uma das outras, assim
como as famílias, a turma da escola, os(as) amigos(as), vinhos(as), crenças
religiosas, ou ainda todas as questões sócias e culturais de um país inteiro.
Reconhecer a complexidade das relações entre as pessoas, suas diversidades e
costumes, línguas, culturas, etnias e a própria diversidade de vivências é o primeiro
passo para entender a diversidade sexual.(ADOLESCENCIA.ORG).
Portanto, podemos entender a Diversidade Sexual não somente como as
práticas sexuais, mas como todos os elementos que compõem a sexualidade
humana, de forma ampla, ou seja, nossas vivências, sexuais ou não; nossas
práticas habituais que aprendemos e incorporamos ao longo da vida, nossos
desejos e afetos, nossos comportamentos e maneiras como vemos a nós mesmos e
nos mostramos para os outros.(ADOLESCENCIA.ORG).
7
8
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Exclusão Social e a Questão da Homofobia e Diversidade Sexual,
andam lado a lado, pois, a Exclusão é um tema da atualidade e não cabe apenas a
questão do medo do homossexualismo ou preconceito homossexual, a Exclusão
Social existe e cabe a qualquer gênero, raça, cor, religião, hábitos, etc.; contrário ao
que é estipulado culturalmente pela sociedade. No decorrer dos anos essa cultura
passada de geração para geração foi se transformando, as pessoas passaram a
lutar pelos seus direitos e igualdades.
Apesar das conquistas no campo dos direitos, a homossexualidade
ainda enfrenta preconceitos. O reconhecimento legal da união homo afetiva não foi
capaz de acabar com a homofobia. A homofobia constitui uma ameaça aos valores
democráticos de compreensão e respeito pelo outro, pois promove a desigualdade
entre os indivíduos em função de seus desejos, encoraja a rigidez dos gêneros e
favorece a hostilidade ao outro.
Pensar na diversidade sexual como algo que faz parte da nossa
humanidade é combater toda e qualquer prática da homofobia no meio social. É
preciso combater qualquer tipo de Exclusão Social dos Homossexuais, combater a
violência, a intolerância, criar leis protetivas, eles devem usufruir de seus direitos de
cidadãos.
9
REFERÊNCIAS
CONTEÚDOESCOLA. Exclusão Social. Que bicho é esse? Disponível em: <http://www.conteudoescola.com.br/artigos/28/95-exclusao-social-que-bicho-e-esse-i .> Acesso em: 12/10/2015.
GUINOSA, É. K. Notas sobre a Evolução recente dos Direitos Homo Afetivos no Brasil. Publicado em 2012. Disponível em: <http://www.direitohomoafetivo.com.br/ >. Acesso em: 17/10/2015.
MENEZES, M.S.; ELAINE, J.S. A Atuação do Serviço Social nos casos Oficiais de Homofobia Na Ssp/Se entre os Anos De 2010 E 2013. Disponível em: <http://www.uneb.br/enlacandosexualidades/files/2015/07/comunica%C3%A7%C3%A3ooralmoisesmenezes.pdf>. Acesso em: 14/10/2015.
MOTT, L. 28 de Junho: Dia do Orgulho Gay e da Consciência Homossexual. Publicado em 2012. Disponível em: <http://www.direitohomoafetivo.com.br/ >. Acesso em: 16/10/15.
POCKMANN, M. A Exclusão Social no Mundo. Disponível em: <http://www.social.org.br/relatorio2004/relatorio016.htm>. Acesso em: 14/10/2015.
SANTANA, A. L. Diversidade Sexual. Disponível em: <http://www.infoescola.com/sociedade/diversidade-sexual/>. Acesso em: 14/10/2015.
SILVA, F. R. Homofobia, o que é? De onde Vem? O que ocasiona? Disponível em: <https://homofobiabasta.wordpress.com/homofobia-o-que-e-de-onde-vem-o-que-ocasiona/ > . Acesso em: 11/10/2015.
10