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1 CPV INSPERNOV2016 LINGUAGENS E CÓDIGOS Leia o texto para responder às questões de números 01 a 03. Pizza por drone Não ria, mas a entrega de pizzas nas noites de sexta e sábado é um problema para as grandes cidades. Em nome do conforto das famílias, os motoboys das pizzarias tomam as ruas com a preciosa carga, infernizam o trânsito, comprometem o ambiente com seus canos de descarga e neurotizam os motoristas fazendo bibibi. Sei bem que, diante do prazer que as pizzas proporcionam, seus consumidores fazem vista grossa a isso e ao despropósito de se comprometer um veículo de 200 kg para transportar um pacote de 2 kg. Mas a tecnologia se preocupa. Agora, graças à Amazon e ao Google, são os satélites que trazem uma solução nova: a entrega por drone. Pede-se a pizza pelo celular; ela é acomodada num drone equipado com GPS e, em poucos minutos, chega, fofa e quentinha, à porta do prédio ou casa do cliente. Pode-se recolhê-la já de guardanapo ao pescoço. Não congestiona as ruas, não polui, não faz barulho e deixa um perfume de orégano no ar. Mas há alguns inconvenientes. As autoridades não gostam que os drones voem à noite. A fiação aérea nas cidades não é favorável a objetos que voam baixo. E há ainda o risco de colisão com corujas e morcegos. Mas, pelo menos, 59 anos depois do Sputnik, ficamos sabendo para que se inventou o satélite. Para acabar em pizza. Ruy Castro, Pizza por drone. Folha de S.Paulo, 31/08/2016. Adaptado 01. Considerando suas condições de produção, reconhece-se o texto de Ruy Castro como a) um conto, tematizando uma situação inusitada, tratada subjetivamente. b) uma notícia, tematizando uma inovação tecnológica, tratada com objetividade. c) uma resenha, tematizando as novidades tecnológicas, tratadas com ironia. d) um artigo de opinião, tematizando a tecnologia, tratada com imparcialidade. e) uma crônica, tematizando um fato do cotidiano, tratado com bom humor. Resolução: O gênero textual em questão é uma crônica. Crônicas falam de temas ligados ao cotidiano e são geralmente pautadas pelo bom humor. No caso, até o título do texto é bem-humorado (Pizza por drone). Alternativa E 02. Na organização textual, a frase que inicia o segundo parágrafo – Mas a tecnologia se preocupa. – deve ser entendida como uma informação que a) se opõe às precedentes, marcadas pelo imediatismo do interesse próprio das pessoas. b) se coaduna com as precedentes, apresentando a justificativa para o despropósito. c) se distancia das precedentes, pois deixa de considerar as vantagens da tecnologia. d) se confunde com as precedentes, que também enfatizam a importância da tecnologia. e) se contrapõe às precedentes, as quais negam a necessidade de novas tecnologias. Resolução: A estrutura "Mas a tecnologia se preocupa" é do tipo adversativa, ou seja, apresenta valor de oposição que foi citado antes dela. O autor diz que os consumidores de pizza fazem vista grossa a todos os problemas que seus pedidos desse gênero gastronômico implicam (poluição, trânsito congestionado etc.), mas que a tecnologia, por meio dos drones, pensa neles e procura resolvê-los. Alternativa A 03. Na elaboração de seu discurso, o autor recorre a diferentes registros linguísticos. Entre eles, identifica-se a variedade linguística coloquial em: a) ... ela é acomodada num drone equipado com GPS e, em poucos minutos, chega, fofa e quentinha... b) ... se comprometer um veículo de 200 kg para transportar um pacote de 2 kg. c) ... a entrega de pizzas nas noites de sexta e sábado é um problema para as grandes cidades. d) A fiação aérea nas cidades não é favorável a objetos que voam baixo. e) ... graças à Amazon e ao Google, são os satélites que trazem uma solução nova: a entrega por drone. Resolução: A variedade coloquial no uso da língua aparece na passagem "...ela é acomodada num drone equipado com GPS e, em poucos minutos, chega fofa e quentinha..." Alternativa A CPV SEU PÉ DIREITO NO INSPER INSPER RESOLVIDA 15/ NOVEMBRO/2016 – PROVA A

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1CPV INSPERNOV2016

LINGUAGENS e CÓDIGOS

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 03.

Pizza por drone Não ria, mas a entrega de pizzas nas noites de sexta e sábado é um problema para as grandes cidades. Em nome do conforto das famílias, os motoboys das pizzarias tomam as ruas com a preciosa carga, infernizam o trânsito, comprometem o ambiente com seus canos de descarga e neurotizam os motoristas fazendo bibibi. Sei bem que, diante do prazer que as pizzas proporcionam, seus consumidores fazem vista grossa a isso e ao despropósito de se comprometer um veículo de 200 kg para transportar um pacote de 2 kg. Mas a tecnologia se preocupa. Agora, graças à Amazon e ao Google, são os satélites que trazem uma solução nova: a entrega por drone. Pede-se a pizza pelo celular; ela é acomodada num drone equipado com GPS e, em poucos minutos, chega, fofa e quentinha, à porta do prédio ou casa do cliente. Pode-se recolhê-la já de guardanapo ao pescoço. Não congestiona as ruas, não polui, não faz barulho e deixa um perfume de orégano no ar. Mas há alguns inconvenientes. As autoridades não gostam que os drones voem à noite. A fiação aérea nas cidades não é favorável a objetos que voam baixo. E há ainda o risco de colisão com corujas e morcegos. Mas, pelo menos, 59 anos depois do Sputnik, ficamos sabendo para que se inventou o satélite. Para acabar em pizza.

Ruy Castro, Pizza por drone. Folha de S.Paulo, 31/08/2016. Adaptado

01. Considerando suas condições de produção, reconhece-se o texto de Ruy Castro como

a) um conto, tematizando uma situação inusitada, tratada subjetivamente.

b) uma notícia, tematizando uma inovação tecnológica, tratada com objetividade.

c) uma resenha, tematizando as novidades tecnológicas, tratadas com ironia.

d) um artigo de opinião, tematizando a tecnologia, tratada com imparcialidade.

e) uma crônica, tematizando um fato do cotidiano, tratado com bom humor.

Resolução: O gênero textual em questão é uma crônica. Crônicas falam

de temas ligados ao cotidiano e são geralmente pautadas pelo bom humor. No caso, até o título do texto é bem-humorado (Pizza por drone).

Alternativa E

02. Na organização textual, a frase que inicia o segundo parágrafo – Mas a tecnologia se preocupa. – deve ser entendida como uma informação que

a) se opõe às precedentes, marcadas pelo imediatismo do interesse próprio das pessoas.

b) se coaduna com as precedentes, apresentando a justificativa para o despropósito.

c) se distancia das precedentes, pois deixa de considerar as vantagens da tecnologia.

d) se confunde com as precedentes, que também enfatizam a importância da tecnologia.

e) se contrapõe às precedentes, as quais negam a necessidade de novas tecnologias.

Resolução:

A estrutura "Mas a tecnologia se preocupa" é do tipo adversativa, ou seja, apresenta valor de oposição que foi citado antes dela. O autor diz que os consumidores de pizza fazem vista grossa a todos os problemas que seus pedidos desse gênero gastronômico implicam (poluição, trânsito congestionado etc.), mas que a tecnologia, por meio dos drones, pensa neles e procura resolvê-los.

Alternativa A

03. Na elaboração de seu discurso, o autor recorre a diferentes registros linguísticos. Entre eles, identifica-se a variedade linguística coloquial em:

a) ... ela é acomodada num drone equipado com GPS e, em poucos minutos, chega, fofa e quentinha...

b) ... se comprometer um veículo de 200 kg para transportar um pacote de 2 kg.

c) ... a entrega de pizzas nas noites de sexta e sábado é um problema para as grandes cidades.

d) A fiação aérea nas cidades não é favorável a objetos que voam baixo.

e) ... graças à Amazon e ao Google, são os satélites que trazem uma solução nova: a entrega por drone.

Resolução:

A variedade coloquial no uso da língua aparece na passagem "...ela é acomodada num drone equipado com GPS e, em poucos minutos, chega fofa e quentinha..."

Alternativa A

CPV seu Pé Direito no INSPERINSPER Resolvida – 15/novembro/2016 – Prova a

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades2

CPV INSPERNOV2016

04.

(https://www.saopaulo.sp.gov.br)

A análise das informações textuais permite concluir que o texto está destinado a

a) crianças e adolescentes e tem como objetivos facilitar a localização de desaparecidos e indicar onde o RG pode ser facilmente obtido.

b) pais e responsáveis e tem como objetivos enfatizar a importância do RG infantil para crianças e adolescentes e a forma de obtê-lo.

c) responsáveis legais de crianças e adolescentes e tem como objetivos promover a campanha de vacinação e localizar desaparecidos.

d) crianças e adolescentes desaparecidos e tem como objetivo incentivar a obtenção do RG para que eles sejam logo encontrados e vacinados.

e) pais e filhos e tem como objetivos incentivar a plena participação em campanha de vacinação e orientar a obtenção do RG pelo aplicativo.

Resolução:

A campanha para enfatizar a importância do RG infantil para crianças e adolescentesl usa como protagonista o conhecido personagem "Zé Gotinha", das campanhas de vacinação contra a paralisia infantil e é destinada aos pais dessa população-alvo e/ou aos responsáveis por ela.

Alternativa B

Leia os textos para responder às questões de números 05 e 06.

Texto I

A palavra falada é um fenômeno natural; a palavra escrita é um fenômeno cultural. O homem natural pode viver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode o homem a que chamamos civilizado: por isso, como disse, a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da natureza mas da civilização, da qual a cultura é a essência e o esteio. Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmente diferentes, os dois tipos de palavra obedecem forçosamente a leis ou regras essencialmente diferentes. A palavra falada é um caso, por assim dizer, democrático. Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sob pena de não sermos compreendidos ou sermos inutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal uma palavra, temos que a pronunciar mal: diremos anedota, embora sabíamos que se deve dizer anécdota. Se a maioria usa de uma construção gramatical errada, da mesma construção teremos que usar: diremos “hás-de tu compreender”, embora saibamos que “hás tu de compreender” é a fórmula verdadeira. Se a maioria caiu em usar estrangeirismos ou outras irregularidades verbais, assim temos que fazer: “match de football” diremos, e não “partida de bolapé”. Os termos ou expressões que na linguagem escrita são justos, e até obrigatórios, tornam-se uma estupidez e pedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam-se até em má-criação, pois o preceito fundamental da civilidade é que nos conformemos o mais possível com as maneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quem falamos, ainda que nisso faltemos às boas-maneiras ou à etiqueta, que são a cultura exterior.Fernando Pessoa, A Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1999

Texto II

(...) há duas línguas no Brasil: uma que se escreve (e recebe o nome de “português”); e outra que se fala (e que é tão desprezada que nem tem nome). E é esta última que é a língua materna dos brasileiros; a outra (o “português”) tem de ser aprendida na escola, e a maior parte da população nunca chega a dominá-la adequadamente. Vamos chamar a língua falada no Brasil de vernáculo brasileiro (...). Assim, diremos que no Brasil se escreve em português, uma língua que também funciona como língua de civilização em Portugal e em alguns países da África. Mas a língua que se fala no Brasil é o vernáculo brasileiro, que não se usa nem em Portugal nem na África.

Mário A. Perini, Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 1997

3seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

05. Nas considerações que fazem em relação à língua, os dois autores enfatizam o aspecto cultural da língua escrita. No entendimento de ambos, ela é definida como uma

a) expressão espontânea, cujas regras de comunicação são menos rigorosas que as da fala.

b) forma de expressão de menor importância, pois não é considerada língua materna.

c) equivalência da língua falada, pois serve aos mesmos propósitos de comunicação.

d) variedade linguística menos afetada pelos usos cotidianos, o que garante a sua unidade.

e) manifestação linguística pura, por isso seu estudo e aprendizado têm prestígio social.

Resolução:

Os dois autores, nas considerações que fazem sobre a língua, enfatizam que o aspecto cultural desta é menos sujeito a afetações trazidas pelo usos cotidianos do idioma.

Alternativa D

06. 10 DE MAIO Fui na delegacia e falei com o tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria ido na delegacia na primeira intimação. (...) O tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: Se ele sabe disto, porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor Janio Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades.

... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora.

Quem passa fome aprende a pensar no proximo, e nas crianças.Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo: diário de uma favelada, 1993

Relacionando o texto de Carolina Maria de Jesus aos conceitos de língua apresentados nos Textos I e II, conclui-se que os usos da linguagem feitos pela autora recobrem a noção de

a) democracia da linguagem apontada em Pessoa, considerando-se a justeza e precisão da linguagem escrita em oposição à falada. Note-se, ademais, que esses usos correspondem ao conceito de vernáculo brasileiro de Perini, o qual é próprio do Brasil e não de Portugal e África.

b) vernáculo brasileiro apontado por Perini, e definidor da língua comum a brasileiros, portugueses e africanos, principalmente. Note-se, ademais, que esses usos equivalem àquilo que Pessoa chama de fenômeno de linguagem próprio da civilização, ou seja, a língua como cultura.

c) língua materna apontada por Perini, que considera como legítimas todas as formas de expressão da língua falada. Note-se, ademais, que esses usos são considerados estupidez e pedantismo por Pessoa, que não os considera formas adequadas e civilizadas de comunicação.

d) fenômeno natural apontada por Pessoa, embora se trate de texto escrito, considerando-se a aproximação entre fala e escrita flagrada nele. Note-se, ademais, que esses usos se encaixariam na língua desprezada, apontada por Perini, normalmente estigmatizada na sociedade.

e) lei do maior uso apontada por Pessoa, apesar de ser fonte de preconceito na sociedade, uma vez que se distanciam dos usos justos e até obrigatórios ditados pela língua falada. Note-se, ademais, que Perini reforça esse ponto de vista ao sugerir o desprezo à língua materna.

Resolução:

Fernando Pessoa trata, em seu texto, da língua como fenômeno natural e democrático, tanto na fala quanto na escrita, tendo em perspectiva a proximidade entre elas, apesar de algumas diferenças. Já Mário Perini separa radicalmente os usos da língua, classificando uma como a que se escreve e outra como a que se fala, como se as duas nada tivessem em comum.

Alternativa D

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades4

CPV INSPERNOV2016

07. Controlar como as outras pessoas veem você

Na sua página “Sobre mim”, é possível escolher quais informações as outras pessoas veem sobre você nos serviços do Google, como Gmail e Hangouts. Também é possível visualizar como suas informações são exibidas para outras pessoas.

Estes são alguns dos itens que podem ser alterados:

● apelido; ● sexo; ● informações profissionais, por exemplo, local de trabalho; ● informações de contato pessoal, como seu número de

telefone e endereço para correspondência; ● informações de contato comercial, como o e-mail e o

número de telefone do seu trabalho; ● lugares que você visitou; ● informações educacionais.

https://support.google.com

As informações apresentadas no suporte do Google orientam o usuário em relação ao modo de controlar como é visto pelas outras pessoas. Entende-se, portanto, que o usuário do Google

a) tem um campo de ação limitado quando se trata de controlar as suas informações pessoais, havendo, portanto, pouca possibilidade de interagir com as outras pessoas de forma contínua e satisfatória.

b) tem obrigação de oferecer todos os seus dados cadastrados no site a outros usuários do Google, ficando, portanto, vulnerável quando se trata de manter em sigilo as suas informações pessoais.

c) tem a possibilidade de alterar uma série de informações no site do Google, tanto pessoais quanto de outras pessoas, havendo, portanto, um processo interativo pleno entre todos os usuários dos serviços.

d) tem serviços no site que estão além de sua deliberação mais imediata, evidenciando, portanto, um processo de interação entre usuários nem sempre pautado na intencionalidade e no desejo pessoal.

e) tem condições de disponibilizar ou não determinadas informações pessoais para as outras pessoas, tendo ascendência, portanto, sobre as formas de interação nos serviços oferecidos pelo Google.

Resolução:

O texto apresentado nas informações de suporte do Google dão ao usuário a possibilidade de ele mesmo controlar o conteúdo que pretenda disponibilizar a outras pessoas.

Alternativa E

08.

Folha de S.Paulo, 31/08/2016

As falas da personagem, no primeiro e no terceiro quadrinhos, mostram que ela concebe a internet como um espaço em que

a) as diferenças individuais se neutralizam. b) o estabelecimento de amizade é improvável. c) os inimigos perdem seu poder de combate. d) o fortalecimento da amizade é inevitável. e) as pessoas são menos vulneráveis ao engano.

Resolução:

As personagens do quadrinho em questão divergem em suas opiniões relativamente à possibilidade de se fazer amigos por meio da Internet. A conclusão é que não existe essa possibilidade.

Alternativa B

5seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

Leia o texto para responder às questões de números 09 a 11.

De repente, uma variante trágica.

Aproxima-se a seca.

O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o flagelo.

Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Ceará.

[...]

Os sintomas do flagelo despontam-lhe, então, encadeados em série, sucedendo-se inflexíveis, como sinais comemorativos de uma moléstia cíclica, da sezão assombradora da Terra. [...] E ao descer das tardes, dia a dia menores e sem crepúsculos, considera, entristecido, nos ares, em bandos, as primeiras aves emigrantes, transvoando a outras climas...

É o prelúdio da desgraça.

Vê-o acentuar, num crescente, até dezembro.

Precautela-se: revista, apreensivo, as malhadas. Percorre os logradouros longos. Procura entre as chapadas que se esterilizam várzeas mais benignas para onde tange os rebanhos. E espera, resignado, o dia 13 daquele mês. Porque, em tal data, usança avoenga lhe faculta sondar o futuro, interrogando a Providência.É a experiência tradicional de Santa Luzia. No dia 12 ao anoitecer expõe ao relento, em linha, seis pedrinhas de sal, que representam, em ordem sucessiva da esquerda para a direita, os seis meses vindouros, de janeiro a junho. Ao alvorecer de 13 observa-as: se estão intactas, pressagiam a seca; se a primeira apenas se deliu, transmudada em aljôfar límpido, é certa a chuva em janeiro; se a segunda, em fevereiro; se a maioria ou todas, é inevitável o inverno benfazejo.

Esta experiência é belíssima. Em que pese ao estigma supersticioso, tem base positiva, e é aceitável desde que se considere que dela se colhe a maior ou menor dosagem de vapor d’água nos ares, e, dedutivamente, maiores ou menores probabilidades de depressões barométricas, capazes de atrair o afluxo das chuvas.

Euclides da Cunha. Os Sertões, 1979. Adaptado

09. A leitura do texto permite concluir, com correção, que no último parágrafo o autor sustenta

a) um viés sentimentalista, já que trata a seca com subjetividade, expondo sua desolação diante do drama do flagelo, em perspectiva compatível com as teses do Modernismo.

b) uma visão idealizada da realidade, por meio da qual ameniza os problemas vividos pelo sertanejo, em perspectiva compatível com as teses do Regionalismo de 30.

c) um enfoque científico, evidenciando uma postura sociológica no tratamento do flagelo da realidade nacional, em perspectiva compatível com as teses do Pré-Modernismo.

d) uma abordagem popular supersticiosa, já que entende a prática do sertanejo como algo que foge ao senso crítico, em perspectiva compatível com as teses do Simbolismo.

e) uma análise imparcial, expondo uma postura ingênua diante de fenômenos naturais, como a seca, em perspectiva compatível com as teses do Pós-Modernismo.

Resolução:

Euclides da Cunha pondera o peso da superstição, tão arraigada no meio retratado (o sertão nordestino), e faz considerações de natureza cientificista (“maior ou menor dosagem de vapor d’água nos ares”, ”maiores ou menores probabilidades de depressões barométricas, capazes de atrair o afluxo das chuvas”). Essas considerações, que misturam informações científicas com a análise de caráter social, e que se confirmam na estrutura tripartite d’Os sertões (A Terra, O Homem, A Luta) correspondem a um conjunto de preocupações maiores que caracterizam a produção pré-modernista, voltada, essencialmente, para a problematização da realidade social, política e econômica do Brasil.

Alternativa C

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades6

CPV INSPERNOV2016

10. Uma das consequências do flagelo da seca é naturalmente a miséria humana. No texto, ao tratar do tema, o autor descreve o sertanejo como

a) uma força a combater os infortúnios da seca, o que se revela quer na sua atitude religiosa e supersticiosa, quer na forma como investiga o meio em que vive.

b) um curioso, o que se revela na forma como se relaciona com o lugar onde vive e que, por não ter como transformar, acaba por menosprezá-lo totalmente.

c) uma vítima dos infortúnios da seca, o que se revela pela sua situação de descontrole pessoal ante a desgraça prevista, restando-lhe de conforto apenas a fé religiosa.

d) um descrente, o que se revela pela aceitação natural dos infortúnios da seca e pela rejeição a qualquer forma de amenizar sua dor, como a superstição ou a fé religiosa.

e) um combatente nato, o que se revela tanto na sua revolta ao pensar na possibilidade de seca, como na busca de soluções desvinculadas da fé religiosa.

Resolução:

O autor do texto em análise mostra o sertanejo como um homem que combate a seca, luta contra todos os infortúnios; mesmo prevendo a desgraça, quer se prevenir contra ela atrás da religião (Santa Luzia) e da superstição.

Alternativa A

11. No texto, os pronomes exercem relevante função, organizando as referências, necessárias para uma leitura produtiva das informações. Nas passagens “Os sintomas do flagelo despontam-lhe, então, encadeados em série...” e “Vê-o acentuar, num crescente, até dezembro.”, os pronomes em destaque têm como referentes, respectivamente,

a) sertanejo e prelúdio da desgraça. b) narrador e sertanejo. c) sertanejo e narrador. d) seca e prelúdio da desgraça. e) narrador e inverno benfazejo.

Resolução:

O sujeito dos períodos anteriores à frase “Os sintomas do flagelo despontam-lhe ...” é “O sertanejo”. Desse modo, o pronome “lhe” só pode se referir a ele e esse pronome, embora seja pessoal oblíquo, tem, aqui, a função de adjunto adverbial de lugar (despontam nele).

O pronome “o” retoma anaforicamente o referente “prelúdio de desgraça”, com função de objeto direto.

Alternativa A

12. Observe a obra do pintor húngaro Victor Vasarely (1908-1997).

http://www.historiadasartes.com

A obra reproduzida faz parte do movimento denominado Op Art – Arte Óptica. Analisando-a, conclui-se que ela

a) aponta para o caos visual, sendo utilizadas para isso formas geométricas que minimizam os efeitos de luz.

b) fundamenta-se na ilusão ótica, sendo primordial o papel ativo do observador para vislumbrar a ideia de movimento.

c) distancia-se da realidade, sendo seu foco os efeitos de contradição decorrentes da combinação de claro e escuro.

d) trabalha com efeitos óticos, sendo explorada a semelhança de estruturas e de cores para dar sensação de imobilidade.

e) explora os efeitos de estaticidade, sendo eles derivados do emprego de formas assimétricas.

Resolução:

A Op Art ou Optical Art é um estilo das artes plásticas que explora as ilusões visuais, óticas. Utiliza-se de imagens que parecem se movimentar, assim o observador participa ativamente. Teve seu auge na década de 1960/1970.

Alternativa B

7seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

13. I – Obra de Caravaggio (1571-1610)

http://www.caravaggio-foundation.org

II – Soneto de Gregório de MatosNasce o Sol, e não dura mais que um dia,Depois da Luz se segue a noite escura,Em tristes sombras morre a formosura,Em contínuas tristezas a alegria.Porém se acaba o Sol, por que nascia?Se formosa a Luz é, por que não dura?Como a beleza assim se transfigura?Como o gosto da pena assim se fia?Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,Na formosura não se dê constância,E na alegria sinta-se tristeza.Começa o mundo enfim pela ignorância,E tem qualquer dos bens por naturezaA firmeza somente na inconstância.

Gregório de Matos, Poemas escolhidos (seleção e organizaçãoJosé Miguel Wisnik). São Paulo: Companhia das Letras, 2010

A leitura comparativa da obra e do poema permite identificar como característica comum a ambos o

a) reconhecimento da efemeridade da vida, o que abranda os dilemas existenciais.

b) apego ao transcendental, como forma de escapar aos sofrimentos do mundo real.

c) jogo dos contrastes, expressando os conflitos dualistas do homem seiscentista.

d) equilíbrio na representação, com a descrição concisa dos desejos humanos.

e) desencanto do homem seiscentista pela vida, com o declínio do Renascimento.

Resolução: O homem seiscentista está na confluência de duas ideologias: a afirmação antropocêntrica da herança renascentista e o pensamento contrarreformista. Daí os questionamentos e o espírito de dúvida sobre qual poder é maior: o terreno ou o divino? O gozo terreno, não raro, é visto como manifestação do pecado, expressando-se numa representação ora antitética ora paradoxal do mundo: claro/escuro, razão/sentimento, espírito/carne, ou então a claridade na escuridão e vice-versa, o prazer no ascetismo, a racionalização dos sentimentos, e assim por diante. Esses embates e contrastes podem ser reconhecidos tanto na tela de Caravagio quanto no soneto Gregório de Matos.

Alternativa C

Leia o texto para responder às questões de números 14 a 16. Não é novidade para quem já acompanhou o desenvolvimento de um bebê: a fala surge com sons aleatórios e aparentemente sem sentido que, aos poucos, se associam a algum propósito. Nos seres humanos, o amadurecimento da capacidade de se comunicar nos primeiros meses de vida depende da interação do bebê com os pais – algo único entre os primatas. Agora, uma equipe da Universidade de Princeton, com a participação do médico e neurocientista brasileiro Daniel Takahashi, demonstrou que os filhotes de sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus), originários do Brasil, também aprimoram sua capacidade de se comunicar ao interagir com os pais (Science, 14 de agosto). No estudo, os pesquisadores analisaram as emissões vocais de 10 filhotes de sagui-de-tufo-branco do primeiro dia de vida até os 2 meses de idade, quando se comunicavam com os adultos. Monitoraram um som específico, chamado de “fi”, parecido com um assobio e usado em várias circunstâncias da comunicação de indivíduos dessa espécie. Os “fi”, nesse caso, eram sons emitidos pelos filhotes em situações nas quais um bebê humano choraria. Os cientistas queriam ver se a capacidade de comunicação dos filhotes evoluía do choro genérico às vocalizações mais específicas, semelhante ao observado em seres humanos. Nos testes, os filhotes eram colocados em áreas longe dos pais. Assim, podiam ouvir uns aos outros, mas não ver. Os pesquisadores verificaram que o tipo de vocalização dos saguis se alterava de forma considerável no período inicial após o parto. Mas o desenvolvimento era mais rápido quando interagiam mais com os pais.

Pesquisa Fapesp, setembro de 2015.

14. Na construção do texto, o autor sinaliza para o leitor que nele há dois tipos de informação: uma já conhecida e outra nova, esta motivada pela pesquisa da equipe da Universidade de Princeton. Com base no texto, identifica-se a informação nova como

a) o amadurecimento da capacidade comunicativa dos bebês humanos em relação à interação com os pais.

b) a capacidade dos saguis-de-tufo-branco de aperfeiçoarem sua comunicação assim como os seres humanos.

c) a rapidez com que saguis-de-tufo-branco passam a se comunicar com os pais após o nascimento.

d) a necessidade da presença dos pais que os saguis-de-tufo--branco têm para desenvolver a vocalização do “fi”.

e) a possibilidade de comparar a comunicação humana com a do animal, devido à semelhança de vocalização.

Resolução: O texto informa sobre o desenvolvimento da fala do ser

humano. A capacidade de se comunicar nos primeiros meses de vida vai amadurecendo, conforme o bebê interage com os pais. Há, no texto, uma nova informação da Universidade de Princeton, que desenvolveu pesquisas com saguis-de-tufo-branco, cujos filhotes têm a mesma capacidade dos seres humanos de aperfeiçoarem sua comunicação.

As pesquisas de Princeton separam os dois tipos de informação (antiga e nova) e justificam um deles (o da informação nova) com a capacidade que os saguis-de-tufo-branco possuem de aperfeiçoarem sua comunicação, assim como o fazem os seres humanos.

Alternativa B

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades8

CPV INSPERNOV2016

15. No trecho – Os “fi”, nesse caso, eram sons emitidos pelos filhotes em situações nas quais um bebê humano choraria. –, a forma verbal em destaque expressa

a) um fato concluído. b) um fato inverossímil. c) uma hipótese. d) uma ordem. e) um fato presente.

Resolução:

O futuro do pretérito do modo indicativo exprime sempre uma dúvida, uma suposição ou uma hipótese. Na frase “... um bebê humano choraria”, indica uma hipótese, uma possibilidade.

Alternativa C

16. Na organização do discurso, a informação “(Science, 14 de agosto)” tem a função específica de

a) dar crédito à matéria veiculada que trata dos resultados da pesquisa da equipe da Universidade de Princeton.

b) isentar a equipe da Universidade de Princeton de eventuais falhas na divulgação dos resultados de sua pesquisa.

c) reconhecer que os dados da pesquisa da equipe da Universidade de Princeton são veiculados sem erros conceituais.

d) sugerir ao leitor que a pesquisa da equipe da Universidade de Princeton pode conter resultados manipulados.

e) promover o interesse por outras fontes de conhecimento para saber mais sobre a pesquisa da equipe da Universidade de Princeton.

Resolução:

A informação entre parênteses, Science, 14 de agosto, tem a função de confirmar os resultados da pesquisa. Os parênteses são pontuações usadas para intercalar no texto um esclarecimento que, embora não pertença à frase, pode confirmar a matéria

Alternativa A

Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questõesde números 17 a 19.

Evocação do RecifeRecifeNão a Veneza americanaNão a Mauritsstad dos armadores das Índias OcidentaisNão o Recife dos MascatesNem mesmo o Recife que aprendi a amar depois– Recife das revoluções libertáriasMas o Recife sem história nem literaturaRecife sem mais nadaRecife da minha infânciaA rua da União onde eu brincava de chicote-queimadoe partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas

Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenêna ponta do narizDepois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras mexericos namoros risadasA gente brincava no meio da rua(...)A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livrosVinha da boca do povo na língua errada do povoLíngua certa do povoPorque ele é que fala gostoso o português do BrasilAo passo que nósO que fazemosÉ macaquearA sintaxe lusíada

Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa, 1993. Adaptado

17. Manuel Bandeira é poeta representativo do Modernismo brasileiro. As características desse movimento literário presentes no poema são:

a) o formalismo que exprime o cotidiano com virtuosismo, em versos com métrica irregular e apelo aos recursos sonoros.

b) o emprego de tom coloquial para exprimir com melancolia o cotidiano, em versos livres, com métrica e estrofes irregulares.

c) a linguagem metafórica para exprimir as emoções do cotidiano, em versos que alternam redondilhas maiores e menores.

d) a predominância da linguagem erudita para exprimir o cotidiano conturbado, em versos livres com métrica rigorosa.

e) a instabilidade dos registros linguísticos que exprimem o cotidiano, marcado pela alegria, em versos rimados com métrica fixa.

Resolução:

A evocação do cotidiano da infância evidencia um tom melancólico na medida em que o eu lírico nega os lugares comuns tradicionalmente associados à cidade do Recife (Veneza americana, cidade de Maurício de Nassau, palco da Guerra dos Mascates). Em contrapartida, ocorre a valorização do Recife marcado pelas recordações de sua meninice, o que é atestado pelo nome das ruas, das brincadeiras infantis, da fala errada do povo.

A métrica livre (diferentes número de sílabas) é ilustrada pela mera visualização dos excertos, como pode-se comprovar pela presença de versos muito curtos (“Recife”) e outros muito longos (“Não a Maurisstad dos armadores das Índias Ocidentais”). Quanto ao número de versos, a irregularidade se dá pela presença de 16 versos na primeira estrofe e apenas 8 na segunda.

Alternativa B

9seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

18. Na organização do poema, além da função poética, sobressai também a

a) apelativa, pois o eu lírico invoca a cidade de Recife, personificando-a, com a intenção de imputar a ela as causas das suas desgraças e das suas tristezas.

b) fática, pois o eu lírico faz um movimento temático redundante, mais preocupado em manter-se em contato com o leitor do que em expressar seus sentimentos.

c) referencial, pois o eu lírico afasta-se do campo da subjetividade e dá vez à descrição da realidade de sua infância, com seus sonhos, ansiedades e frustrações.

d) emotiva, pois o eu lírico se põe a buscar Recife nas reminiscências de sua infância, externando com nostalgia sua relação com a cidade.

e) metalinguística, pois o eu lírico pontua o movimento de criação artística, deixando claro ao leitor que se trata de um relato pessoal e afetivo da sua infância.

Resolução:

A função emotiva destaca o papel do emissor (no poema correspondendo ao eu lírico ou eu poético), o que é ilustrado pela presença de pronomes e verbos de primeira pessoa, como se verifica em: “Recife da minha infância”, “onde eu brincava”, “A vida não me chegava”.

Alternativa D

19. O eu lírico afirma que “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros / Vinha da boca do povo na língua errada do povo / Língua certa do povo / Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”. Nessa perspectiva do eu lírico, um exemplo dessa fala gostosa do português é:

a) Vós bem sabeis que o não dissemos por temer que vossa ira recaísse sobre nós.

b) Atônita, correu pelo saguão à procura de um eventual cavalheiro que ali não havia.

c) Encontrá-la-íamos com certeza nas areias da praia de Ipanema naquela manhã de sol.

d) Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar o pulso ao homem.

e) Me divirto vendo as crianças em dia de chuva, a chuva molha elas e está tudo bem.

Resolução:

Na alternativa “E” a oralidade (“a fala gostosa”) manifesta-se em “a chuva molha elas”. O correto, pela norma culta, seria “a chuva molha-as”, empregando-se o pronome oblíquo e não pessoal após o verbo.

Alternativa E

20. Depois de passar por uma rua esburacada, a reação mais óbvia do motorista é xingar em voz alta (e lamentar pelo abalo ao carro). Agora, com uma campanha publicitária na Cidade do Panamá, quem reclama de verdade é o buraco de rua. Funciona assim: sensores de movimento instalados nas crateras percebem quando uma roda passa por cima dali. Depois, o aparelho gera queixas em forma de tuítes, endereçadas ao governo panamenho. A ideia é pressionar a prefeitura e o Estado a melhorar as condições de suas ruas e avenidas. “Hoje vários carros e ônibus passaram por cima de mim, aqui no centro da cidade. Eu preciso de ajuda já!”, “Parece que um Tiranossauro Rex ou o Godzilla passaram pela Vila Mercedes”, já reclamou automaticamente @Elhuecotwitero.

http://super.abril.com.br

O texto mostra como os panamenhos estão empregando as tecnologias da comunicação e informação no seu dia a dia. Conforme exposto, essa inserção está relacionada a um

a) meio de evitar que os motoristas da cidade fiquem menos estressados e seus carros sejam menos abalados graças à tecnologia.

b) ato político e cidadão da prefeitura e do Estado, que têm a intenção de comunicar-se com a população por meio da tecnologia.

c) movimento de cidadania, buscando estreitar os limites de comunicação entre os administradores públicos e a população.

d) deslocamento do foco de reclamação, o próprio buraco de rua, o que deixa de lado os interesses da população local.

e) espaço de oposição ferrenha aos administradores públicos a fim de que gastem mais e melhor na manutenção das ruas da cidade.

Resolução:

A população da Cidade do Panamá está desesperada com as péssimas condições dos espaços públicos, visto que ruas e avenidas possuem muitos buracos. Por meio da tecnologia, os habitantes acharam um recurso inusitado: fazer o próprio buraco reclamar aos governantes. Desse modo, a população consegue se comunicar mais facilmente com os Administradores públicos.

Alternativa C

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades10

CPV INSPERNOV2016

21.

http://www.hemominas.mg.gov.br

O texto faz um chamado à consciência das pessoas, pois

a) o doador tem todo o tempo do mundo, mas o receptor dispõe de pouco tempo para sua vida ser salva por uma transfusão.

b) acontece de muitas pessoas quererem salvar vidas doando sangue, mas os receptores não se interessam em recebê-lo prontamente.

c) cabe a cada pessoa, dentro de suas convicções, decidir qual é o tempo adequado para doar sangue para uma transfusão.

d) deveria ser obrigatória a doação de sangue, já que a sua falta faz com que muitos doentes nos hospitais percam suas vidas.

e) há situações de saúde em que é indiferente o tempo para salvar a vida de uma pessoa, por isso a doação deve ocorrer sem pressa.

Resolução:

A questão apresenta texto com linguagem verbal e não verbal. A figura com um relógio e o texto incentivando a doação de sangue contrapõem o tempo disponível entre o doador e o receptor, deixando evidente que, para este, o tempo urge.

Alternativa A

22. Dívida antiga e vencida

Constitui um símbolo flagrante de atraso que o Brasil ostente uma das piores taxas de analfabetismo da América Latina: 8,3% de sua população com mais de 15 anos é incapaz de ler e escrever – um contingente de 13 milhões de pessoas.

O país nunca chegou a definir e implementar uma verdadeira política pública para a questão, com objetivos de longo prazo e constante avaliação dos resultados e das estratégias adotadas.

Dado o número vergonhoso de analfabetos no Brasil, o país não pode prescindir de programas para enfrentar a questão de uma vez por todas. Os maus resultados do Programa Brasil Alfabetizado (PBA), porém, obrigam o governo – sobretudo num contexto de grave crise econômica – a avaliar o que vem sendo feito e implementar melhorias palpáveis.

Apontam-se como a principais fragilidades do programa a alta evasão e o baixo encaminhamento de egressos para seguir estudando na EJA (Educação de Jovens e Adultos, antigo supletivo). Menos da metade conclui o curso de alfabetização; destes, nem 50% persistem nos estudos, e com a falta de continuidade o estudante tende a recair no analfabetismo.

Tudo isso afasta o país de cumprir metas internacionais que adotou. E, pior, condena parcela expressiva da população à ignorância e à alienação.

Folha de S.Paulo, 03/09/2016. Adaptado

No texto, o autor traça um panorama do analfabetismo no Brasil. Nessa análise, fica evidente que o fator principal desse preocupante problema nacional é

a) o desinteresse generalizado dos alunos por estudo e conhecimento.

b) a falta de políticas públicas efetivas para contorná-lo com eficiência.

c) a opção por políticas de longo prazo, pouco atreladas à realidade.

d) a diminuição de investimentos na área, devido à crise econômica.

e) a incapacidade de leitura e de escrita da maioria dos alunos adultos.

Resolução:

O texto em análise trata do vergonhoso problema da alfabetização no Brasil, evidenciando que o país ostenta “uma das piores taxas de analfabetismo na América Latina.”. O segundo e o terceiro parágrafos do texto deixam bem claro que a principal causa desse problema é a falta de políticas públicas eficientes por parte do governo.

Alternativa B

11seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

23. I

II

III

Folha de S. Paulo, 26/08/2016

Nas histórias em quadrinhos, o significado se constrói por meio da articulação entre a linguagem verbal e a imagem. O destaque dado a uma palavra ou frase pode reportar a vários sentidos. Nessas tiras, identificam-se, correta e respectivamente, conforme as expressões em destaque, os efeitos de sentido:

a) comando, intimidade e decepção forçada. b) intransigência, susto e comentário indiferente. c) intimidação, zombaria e negação irada. d) espanto, perplexidade e descaso irônico. e) má educação, informalidade e desinteresse disfarçado.

Resolução:

Esta é mais uma questão que explora a linguagem verbal e a não verbal. Neste caso, a imagem e as expressões destacadas enfatizam, respectivamente, o ato de intimidar (fazer que alguém sinta receio), aquilo que é feito com intenção de provocar riso (zombaria) e a negação.

Alternativa C

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades12

CPV INSPERNOV2016

Leia trechos do cordel de Zé da Luz para responder às questõesde números 24 e 25.

Brasi Caboco

O qui é Brasí Caboco?É um Brasi diferentedo Brasí das capitá.É um Brasi brasilêro,sem mistura de instrangero,um Brasi nacioná!É o Brasi qui não vesteliforme de gazimira,camisa de peito duro,com butuadura de ouro...Brasi caboco só veste,camisa grossa de lista,carça de brim da “polista”gibão e chapéu de coro!Brasi caboco num comeassentado nos banquete,misturado cum os homede casaca e anelão...Brasi caboco só comeo bode seco, o feijão,e as veiz uma panelada,um pirão de carne verde,nos dias da inleiçãoquando vai servi de iscadaprus home de posição.

Zé da Luz, Brasi Caboco. http://www.ablc.com.br/cordeis.html

24. O cordel é uma manifestação artística responsável por preservar a memória cultural de um povo. Nesse sentido, Brasi Caboco busca

a) rechaçar as comunidades formadas nas grandes cidades, as quais deixam de se vestir com propriedade e onde, não raro, a alimentação é pouco variada e atrativa.

b) satirizar a relação entre o homem da cidade e o do campo, enfatizando que, mesmo em condições totalmente diferentes, todos constituem uma só nação.

c) lamentar a condição em que vivem as pessoas distantes dos grandes centros urbanos, as quais se vestem de forma muito despojada e mal se alimentam.

d) promover a integração entre as comunidades rurais e as urbanas, entendendo-se que nestas está presente o estrangeiro que, com os nativos, formam a nação brasileira.

e) afirmar a identidade de comunidades afastadas dos grandes centros urbanos, as quais são formadas por pessoas simples, reconhecendo que a classe dominante tenta manipulá-las.

Resolução:

Ao elencar elementos da indumentária e da culinária caboclas, o texto afirma a identidade das comunidades interioranas. Já a manipulação das pessoas simples pela elite dominante pode ser comprovada nos versos “Brasi caboco num come / assentado nos banquete”.

Alternativa E

25. O cordel é um gênero textual que se relaciona a uma situação de comunicação em que

a) a linguagem figurada prevalece em relação à denotativa, como na passagem “um Brasi nacioná!”.

b) a variedade linguística é marcada pelos registros regionais, tais como Caboco, capitá, liforme.

c) a xenofobia marca a busca por uma língua livre de estrangeirismos, como em “sem mistura de instrangero”.

d) a falta de concordância atrapalha a comunicação, conforme exemplifica o verso “misturado cum os home”.

e) a língua é corrompida com maus usos, por exemplo, “com butuadura de ouro” e “prus home de posição”.

Resolução:

O regionalismo , do ponto de vista linguístico, corresponde às variantes que contrariam, na prosódia (pronúncia) e na escrita dos vocábulos, os padrões da chamada norma culta da língua. No caso, “caboco” por “caboclo”, “capitá” por “capital” e “liforme” por “uniforme”.

Alternativa B

13seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

REDAÇÃO

TEMA 1

Texto I

“Somos Todos Paralímpicos” é o tema de uma campanha de divulgação dos Jogos Paralímpicos 2016, que gerou polêmica. As imagens dos atores Cléo Pires e Paulo Vilhena foram editadas para representar atletas com algum tipo de deficiência física, porém a montagem não foi bem vista. Entre as principais queixas, está a reivindicação de que a publicidade deveria ter sido estrelada por atletas em vez de atores.

O intuito foi gerar maior visibilidade para o evento e incentivar a compra de ingressos para os Jogos Paralímpicos. Segundo o próprio veículo que divulgou a campanha, essa foi uma forma de apoiar a causa nobre. Mas a divulgação trouxe à tona a questão da representatividade de grupos e da apropriação de discursos por outros que, mesmo apoiando, encontram-se em lugar diferente e, portanto, possuem uma percepção diferente da realidade. Essa discussão é recorrente em campanhas de inclusão e os anunciantes devem ser cuidadosos.

Cinthya Oliveira. Polêmica da campanha “Somos Todos Paralímpicos”. http://pontosdecontato.com.br. 24/08/2016. Adaptado

Texto II

A principal questão apontada por críticos à campanha “Somos todos Paralímpicos” foi a da representatividade. O argumento dado é o de que os próprios atletas paralímpicos podem ser protagonistas de campanhas que chamam atenção para suas histórias. A escolha de atores não deficientes mantém essas pessoas na invisibilidade. “Por isso, num momento em que se discute tanto representatividade, é preciso entender que os holofotes devem estar virados a eles. E não a alguém que os encena. As intenções podem ser boas, mas não são eficazes”, defendeu o jornalista Pedro Henrique França nas redes sociais. “Enquanto a vida for uma capa de revista ou um editorial de moda que exalta padrões pré-estabelecidos, essas pessoas todas continuarão não existindo. E a pior coisa que tem é inexistir dentro de sua própria existência. Uma coisa é ter a empatia de se colocar no lugar do outro. Outra é a hipocrisia de estar no lugar do outro. Nós não somos todos paralímpicos. Mas podemos, um dia, ser todos normais”, acrescenta.

Beatriz Montesanti. A questão da representatividade na campanha publicitária ‘Somos Todos Paralímpicos’. https://www.nexojornal.com.br. 25/08/2016.

Texto III

Representados na campanha publicitária de uma revista de moda pelos atores Cléo Pires e Paulo Vilhena, os atletas paralímpicos Bruna Alexandre (tênis de mesa) e Renato Leite (vôlei sentado) saíram em defesa dos artistas, que acabaram sendo alvos indiretos de críticas. Na ação, Vilhena e Cléo estão em fotomontagens em que ele aparece com uma perna mecânica – de Renato – enquanto ela está com um dos braços amputados – de Bruna. Para Renato, a campanha alcançou seu objetivo e trouxe visibilidade aos Jogos, ajudando a atingir um público que não tem muito conhecimento sobre os esportes paralímpicos. “A campanha foi sensacional, uma grande ideia para propagar cada vez mais o movimento paralímpico. Fez com que outras pessoas pudessem conhecer o nosso espírito e com que nós pudéssemos nos mostrar na competição em si, em termos de resultado”, declarou. A tenista de mesa Bruna Alexandre acredita que a participação dos atores ajudou também no aumento da venda de ingressos que estava baixa. “Foi um incentivo para nós. Graças a eles, foram um milhão de ingressos vendidos ainda antes do início dos Jogos”, disse.

Bruno Braz. Paraolímpicos defendem Cléo Pires e Vilhena após campanha polêmica.http://olimpiadas.uol.com.br. 01/09/2016. Adaptado

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Deve-se privilegiar a visibilidade em detrimento da representatividade em campanhas publicitárias?

O CPV ACERTA O TEMA DE REDAÇÃO DO INSPER

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades14

CPV INSPERNOV2016

COMENTÁRIO DO CPV SOBRE A PROVA DE REDAÇÃO

O CPV acerta o tema de redação do INSPER

Foram trabalhados, em algumas aulas do CPV, os vários tipos de violência existentes. Além disso, foram mencionadas em aula a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, destacando-as como progressos na democracia vigente. Ademais, em aula, foram abordados os vários tipos de intolerância e de desigualdades sociais,

assuntos que perpassam pelo tema da redação do Insper. Outra abordagem desse tema em aula do CPV foi um exemplo de parágrafo de desenvolvimento de aluno aprovado no Insper, cujo assunto foi justamente a importância

da Lei Maria da Penha e de sua incapacidade de mudar a histórica cultura patriarcal do país. Assim, os alunos do CPV tiveram subsídios mais do que suficientes para desenvolver uma excelente redação no Insper.

Os temas de redação do Insper 2017-1 foram elaborados pela Vunesp, uma Fundação cujo trabalho é sempre de excelência. As coletâneas selecionadas para apoiar as propostas foram muito bem escolhidas, dando suporte para o aluno redigir a redação, mesmo que não tivesse tido contato com o tema anteriormente. No entanto, notamos dois problemas:

* Primeiro — a escolha do tema sobre a violência contra a mulher, assunto já amplamente trabalhado nos últimos semestres por provas como o Enem e a FGV;

* Segundo — a falta de aviso-prévio do Insper sobre a mudança de elaboração da prova. Redigir duas redações a caneta em duas horas não propicia ao aluno a possibilidade de realizar uma boa redação. Com esse tempo escasso, os alunos nem tiveram tempo suficiente para fazer um rascunho. Muitos alunos precisaram fazer a redação direto a caneta no espaço oficial, fato que, muito provavelmente, os levou a rasurar muito a prova. Como a redação é feita na parte da tarde, sem nenhuma outra prova em conjunto, consideramos que seria mais prudente dedicar, pelo menos, mais uma hora para a redação ou deixar as duas horas para que o aluno fizesse somente uma das duas redações. Redigir uma boa dissertação exige tempo para pensar, organizar as ideias e, só no fim, redigi-la. Com pouco tempo, o aluno acaba se dedicando apenas a escrever o texto.

COMENTÁRIO DO CPV SOBRE O TEMA 1

O tema 1 foi: Deve-se privilegiar a visibilidade em detrimento da representatividade em campanhas publicitárias?

A coletânea referente a esse tema apresentou três textos com visões diferentes sobre a visibilidade e a representatividade dos atletas paraolímpicos. A polêmica tratada nos textos gira em torno de uma campanha de divulgação dos jogos paralímpicos que utilizou dois atores famosos para representar atletas paralímpicos. Com base nisso, os alunos poderiam tanto defender que usar atores sem nenhum tipo de necessidade especial para esse tipo de campanha prejudica a representatividade das pessoas portadoras de alguma deficiência física quanto poderiam defender que o intuito de utilizar celebridades na campanha é o de dar visibilidade à causa.

Nesse sentido, uma redação que apoie a campanha que foi feita poderia ter se baseado no poder da mídia em chamar a atenção do público sobre alguma causa quando escolhe como porta-voz dessa causa uma pessoa famosa, pois é uma forma de obter a atenção da maior parte da população. Dessa forma, tentar dar visibilidade à causa por meio da representatividade, ou seja, utilizando-se indivíduos que realmente são portadores de necessidades especiais, poderia ser um método não tão eficiente de incentivo à compra de ingressos para as paralímpiadas. Nesse contexto, o aluno poderia explorar o poder de algumas propagandas que passam a vender mais produtos quanto selecionam um famoso para apresentar a propaganda. A mesma lógica seria aplicada no caso da campanha “Somos Todos Paralímpicos”, já que o objetivo era incentivar a compra de ingressos para essa olimpíada.

Por outro lado, uma redação que criticasse a campanha trabalharia mais com a argumentação voltada à representatividade dos atletas paraolímpicos. Essa representatividade deveria ser feita por quem, de fato, vive a experiência de ser portador de deficiência, uma vez que são campanhas como essa que deveriam passar ao público uma imagem verdadeira, e não fantasiosa, do problema. Desse modo, a causa poderia ter uma visibilidade baseada na representatividade. Embora essa visibilidade pudesse ser menor do que a da campanha que usou artistas como personagens paralímpicos, não haveria o problema ético de apropriação de discurso, o que, na atualidade, para muitos, enfraquece a causa defendida. Ademais, o aluno poderia defender que a visibilidade, de fato, nesse caso, é muito maior para os atores, que terão mais espaço na mídia por estarem veiculados a essa causa, do que propriamente para os atletas em questão.

15seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

TEMA 2

Texto I

A violência contra a mulher não é um fato novo. Pelo contrário, é tão antigo quanto a humanidade. O que é novo, e muito recente, é a preocupação com a superação dessa violência como condição necessária para a construção de nossa humanidade. E um fato mais novo ainda é a criminalização da violência contra as mulheres, não só pela letra das normas ou leis mas também, e fundamentalmente, pela consolidação de estruturas específicas, mediante as quais o aparelho policial e jurídico pode ser mobilizado para proteger as vítimas e punir os agressores. No Brasil, em agosto de 2006, era sancionada a Lei no 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, visando incrementar e destacar o rigor das punições para esse tipo de crime.

Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. http://www.mapadaviolencia.org.br. Adaptado

Texto II

Disponível em: http://www.midiamax.com.br. 09/07/2016. Adaptado

Texto III

A Lei Maria da Penha diminuiu em 10% o número de homicídios contra mulheres, de acordo com dados do Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea), divulgados no ano passado. Sua significância ultrapassou fronteiras, e a ONU (Organização das Nações Unidas) a reconheceu como uma das três melhores legislações do mundo neste sentido.

Adélia Moreira Pessoa, presidente da Comissão de Gênero e Violência Doméstica do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Defesa da Família), reitera a efetividade da Lei, pois ela “trouxe maior visibilidade à violência de gênero e, após sua vigência, a mulher adquiriu mais coragem para denunciar e romper com a situação”. Entretanto, afirma, as leis, isoladamente, não modificarão tal realidade. “Para determinar a mudança de padrões culturais, fazem-se necessárias ações educativas em todos os níveis de ensino e através de todos os meios de divulgação, especialmente a mídia”, defende.

A observação de Moreira Pessoa vai ao encontro das constatações do Mapa da Violência de 2015. O estudo aponta que, entre 2003 e 2013, o número de homicídios cometidos contra vítimas do sexo feminino passou de 3 937 para 4 762, aumento de 21% nadécada. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil apresentou taxa de 4,8 homicídios por 100 mil mulheresem 2013, o que coloca o país na 5a posição internacional, entre 83 nações avaliadas.

“A superação da violência contra as mulheres está longe de ser alcançada. Sem dúvida, um longo caminho já foi traçado, mas sedesenha no horizonte um vasto trajeto a percorrer, com múltiplos desafios”, comenta Adélia. Para ela, a falta de apoio efetivo àsmulheres em situações de violência (no âmbito público e privado), a incompreensão e resistência dos agentes sociais responsáveispelos atendimentos e encaminhamentos e a inexistência de um programa de atendimento ao autor da agressão são pontos a serem discutidos e aperfeiçoados.

Lei Maria da Penha: uma década de lutas e conquistas. Disponível em: http://www.ibdfam.org.br. 03/08/2016. Adaptado

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Os dez anos da Lei Maria da Penha e a superação da violência contra a mulher

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades16

CPV INSPERNOV2016

COMENTÁRIO DO CPV SOBRE O TEMA 2

O tema 2 foi Os dez anos da Lei Maria da Penha e a superação da violência contra a mulher.

A coletânea referente a esse tema apresentou três textos com informações diferentes sobre o assunto. Essas informações serviriam de base para o aluno elaborar sua dissertação. A partir das informações da coletânea, os alunos poderiam abordar o assunto sob as seguintes perspectivas:

* Tipos de violência cometidos contra a mulher — embora quando se fala em violência pensa-se normalmente na violência física, poder-se-ia abordar também outros tipos de violência cometidos contra a mulher: psicológica, moral, patrimonial, cárcere privado, tráfico de pessoas. A exemplo disso, poderiam ser citados os casos de muitas mulheres que passaram por estupro e acreditam que foram responsáveis pelo crime por estarem sozinhas em um determinado local ou por estarem usando roupas consideradas inapropriadas por uma sociedade machista. Quando a sociedade reforça esse pensamento, ela violenta psicologicmaente a mulher que foi vítima de um crime. Especificamente em São Paulo, houve alguns depoimentos de alunas da Universidade de São Paulo (USP) sobre não estarem mais vestindo roupas curtas, mesmo em dias extremamente quentes, pois estavam com medo de sofrerem estupro na Universidade, já que houve vários casos neste ano. Além disso, é importante lembrar que muitas mulheres não se reconhecem como vítimas desse tipo de violência e tomam para si o discurso do seu algoz, passando, assim, por outro tipo de violência: a simbólica.

* Cultura patriarcal no Brasil — a violência contra a mulher foi naturalizada desde a formação do Brasil. Ao mesmo tempo em que o ser do sexo feminino era relegado ao espaço privado, para realizar as tarefas domésticas e assumir a responsabilidade pela educação dos filhos, o indivíduo do sexo masculino firmava-se, cada vez mais, no espaço público, tendo seu poder sobre a família ampliado, por ser ele o responsável pela manutenção econômica familiar. Nesse sentido, por séculos a mulher fez parte desse imaginário, que a colocava em um papel pouco significante na vida pública. Não ter os mesmos direitos que o homem é uma forma de violência naturalizada pela cultura patriarcal.

* Progressos e desafios — apesar de, na atualidade, a mulher brasileira ser reconhecida pela Constituição de 1988 com os mesmos direitos que o homem, ter vários direitos garantidos pela Carta de Direitos Humanos (como receber o mesmo salário pela realização da mesma atividade realizada por homens), ter leis específicas de proteção (Lei Maria da Penha, Lei do Feminícidio), o que se percebe é que ainda há muitas pessoas (homens e mulheres) que não aceitam os direitos femininos conquistados. Nesse sentido, considerando que o homem é superior à mulher em força física, muitos a utilizam como forma de controlar suas companheiras de modo a mantê-las em posição de inferioridade. Ainda há casos de mulheres que dependem do marido ou do pai para sobreviver, o que as faz aceitar a violência doméstica. Ademais, há muitos casos de mulheres que trabalham e recebem 30% a menos que homens, mesmo desempenhando a mesma função.

* Lei Maria da Penha — as leis são um grande progresso, mas o que se percebe, na prática, é que não são capazes de, sozinhas, mudarem uma cultura secular de violência contra a mulher. A lei Maria da Penha, por exemplo, reduziu somente em 10% os casos de homicídios. Sendo assim, nesse ano foi criada a Lei do Feminicício, que torna o feminicídio por razões de gênero um crime hediondo no país, visto que as mulheres ainda são submetidas à dominação brutal dos homens.

17seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

MATEMÁTICA

26. Leia o texto. Afinal o que é bitcoin?

Bitcoin é uma forma de dinheiro, assim como o real, o dólar ou o euro, com a diferença de ser puramente digital e não ser emitido por nenhum governo. O seu valor é determinado livremente pelos indivíduos no mercado.

http://www.infomoney.com.br/. Adaptado

Os gráficos a seguir apresentam, respectivamente, a cotação do valor de 1 bitcoin em dólar e a cotação do valor de 1 dólar em reais, no período de janeiro de 2013 a setembro de 2016.

Considere que o valor de compra e venda de bitcoins é o mesmo para analisar o investimento feito por três pessoas que compraram e venderam bitcoins nas datas indicadas na tabela a seguir.

Investidor Comprou bitcoins em

Vendeubitcoins em

A Setembro de 2013 Maio de 2014B Janeiro de 2014 Janeiro de 2016C Janeiro de 2016 Setembro de 2016

Ao analisar os dados da tabela e dos gráficos, é correto afirmar que quem lucrou, em reais, na compra e venda de bitcoins

a) foi apenas o investidor A. b) foi apenas o investidor B. c) foram apenas os investidores A e B. d) foram apenas os investidores A e C. e) foram apenas os investidores B e C.

Resolução:

Segundo os gráficos, temos:

Investidor A: Comprou a US$ 150 x R$ 2,25 = R$ 337,50 Vendeu a US$ 500 x R$ 2,20 = R$ 1100,00 e portanto teve lucro.

Investidor B: Comprou a US$ 850 x R$ 2,40 = R$ 2040,00 Vendeu a US$ 400 x R$ 4,00 = R$ 1600,00 e portanto teve prejuízo.

Investidor C: Comprou a US$ 400 x R$ 4,00 = R$ 1600,00 Vendeu a US$ 600 x R$ 3,20 = R$ 1920,00 e portanto teve lucro.

Alternativa D

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades18

CPV INSPERNOV2016

Leia o texto a seguir para responder às questões de números 27 e 28.

Quanto custa uma medalha de ouro – e por que as da Olimpíada Rio 2016 são diferentes?

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2016 encomendaram2.488 medalhas para recompensar seus atletas, das quais 812 são de ouro.

Mas quanto vale uma medalha de ouro da Rio 2016?

Elas pesam 500 gramas e seu valor, calculado com base na sua composição, é de US$ 600, de acordo com estimativas do Conselho Mundial de Ouro.

As últimas medalhas douradas feitas inteiramente de ouro foram entregues nos Jogos Olímpicos de 1912.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37016908. Adaptado

27. As medalhas de ouro dos Jogos Olímpicos de 2016 foram feitas por uma liga de outros metais, além do ouro. Considerando que, no cálculo apresentado na reportagem, o valor do grama do ouro era de R$ 140,00, o valor do grama da liga de outros metais era de R$ 2,10 e a cotação do dólar era de R$ 3,20, o percentual de ouro presente na medalha está entre

a) 5,0% e 5,5%. b) 2,0% e 2,5%. c) 0,0% e 0,5%. d) 6,0% e 6,5%. e) 1,0% e 1,5%.

Resolução:

Sendo x o peso do ouro e y o peso dos outros metais que compõem o peso da medalha, temos:

x + y = 500 x + y = 500 Þ 140x + 2,10y = 600 . 3,20 140x + 2,10y = 1920

Þ x @ 6,31 e y @ 493,69

Portanto, o percentual de ouro presente na medalha é

6,31500 . 100% = 1,262%

Alternativa E

28. medalha de ouro olímpica de 1912 foi uma das menores da história dos jogos. Considere, a fim de simplificar os cálculos, que as medalhas eram lisas e tinham o formato de um cilindro reto com 33 mm de diâmetro e 12 mm de espessura. Dado que a densidade do ouro é de 19,3 g/mL, a razão entre o “peso” das medalhas olímpicas de 1912 e de 2016 é, aproximadamente,

a) 12

b) 14

c) 45

d) 25

e) 34

Resolução:

Calculando o volume da medalha de 1912, temos:

V = π(302 )2

. 12 @ 3,14 . 1089

4 . 12 = 10.258,38 mm3

Assim, V = 10,25838 mL e sua massa será:

d = mV Þ 19,3 =

m10,25838 Þ m @ 200 g

Portanto, a razão entre os pesos é 200500 =

25

Alternativa D

19seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

29. A fresadora é uma máquina destinada à usinagem de materiais, e o profissional responsável por manuseá-la precisa prepará-la corretamente a fim de realizar a fresagem desejada adequadamente. Observe a seguinte imagem, de uma peça que pode ser feita em uma fresadora, a partir de uma barra em forma de paralelepípedo.

O profissional responsável pela fresagem deve ser capaz de determinar os pontos indicados por A, B e C, presentes na figura anterior, no espaço tridimensional para a realização correta do trabalho.

A barra de metal é posta sobre uma mesa móvel, para que a fresadora, trabalhando no sentido vertical, faça a fresagem necessária. Desse modo, o trabalho realizado pela fresadora pode ser analisado tridimensionalmente. Considere que a barra em forma de paralelepípedo, quando colocada sobre a mesa da fresadora, esteja na seguinte posição em relação a três eixos ortogonais coordenados:

Dessa forma, as coordenadas para A, B e C estão, correta e respectivamente, indicadas em

a) (–10, 0, 50); (10, 0, 15) e (10, 150, 15). b) (–10, 0, 50); (–10, 0, 15) e (–10, 150, 15). c) (10, 0, 50); (–10, 0, 15) e (10, 100, 15). d) (10, 0, 50); (10, 0, 15) e (10, 150, 15). e) (10, 0, 50); (–10, 0, 15) e (–10, 100, 15).

Resolução:

Depois da fresagem, temos:

As coordenadas para A, B e C são:

A(xA; yA; zA), B(xB; yB; zB) e C(xC; yC; zC)

A(–10; 0; 50), B(10; 0; 15) e C(0; 150; 15)

Alternativa A

x

z

A

BC

y15010

–10

50

15

0

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades20

CPV INSPERNOV2016

30. Henrique começou a praticar tiro esportivo e treina em um alvo circular com 40 centímetros de diâmetro máximo, com 10 círculos concêntricos, ou seja, de mesmo centro, cujos raios podem ser identificados na ilustração que segue.

Considerando que Henrique ainda é um amador no esporte, a probabilidade de ele acertar o alvo é de 80%. Já a probabilidade de acertar uma determinada faixa do alvo é igual a razão entre a área dessa faixa e a área total do alvo. Sendo assim, a probabilidade de ele acertar uma das faixas brancas do alvo é igual a

a) 40%. b) 36%. c) 44%. d) 48%. e) 52%.

Resolução:

A área em branco pode ser calculada por:

ABRANCO = π (182 – 162) + π (142 – 122) + π (102 – 82) + + π (62 – 42) + π (22)

ABRANCO = 180 π cm2

ATOTAL = π (20)2 = 400 π

A probabilidade P de Henrique acertar uma faixa branca é:

P = 0,8 . ( 180π200π ) = 0,36 = 36%

Alternativa B

Obs.: podemos observar que cada coroa branca é sempre interna a uma coroa preta. Assim, a área branca será menor que a área preta.

Então: P < 0,8 . 0,5 P < 0,40 ou P < 40%

Alternativa B

31. Uma empresa que fabrica tanques cilíndricos para armazenamento de líquidos está desenvolvendo um novo formato de tanque para atender o pedido de um determinado cliente. Os novos tanques, chamados de semielípticos, possuem duas calotas acopladas em suas extremidades, conforme ilustrado a seguir.

Dado que h = H + 2a e que o volume Vc de uma calota é dado

por Vc = π . a . (3r2 + a2)6

, em que r é a metade do diâmetro

interno do tanque, o volume do tanque semielíptico é superior ao volume do tanque cilíndrico em, aproximadamente,

a) 16,6%. b) 8,3%. c) 4,1%. d) 7,5%. e) 2,6%.

Resolução:

A diferença de volume entre o tanque semielíptico e o tanque cilíndrico é exatamente o volume de duas calotas. Assim:

Vcalotas

Vcilíndrico =

2 . π (1) (3 (2)2 + 12)6

π (2)2 (13) =

13π3

52π =

112

Vcalotas

Vcilíndrico = 0,083 = 8,3%

Alternativa B

21seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

32. Um engenheiro desenvolveu uma ampulheta com diferentes alturas em seus compartimentos, conforme apresentado no esquema seguinte.

Considere que o espaço interno dos dois compartimentos da ampulheta, onde a areia é armazenada e cujas as medidas foram apresentadas no esquema, possui formato de um cone reto.

Se o cone menor for completamente cheio de areia, em um determinado tempo após virar a ampulheta, toda a areia será transferida para o cone maior. Nesse cone, ao assentar, a areia não ocupará todo o espaço interno, formando um tronco de cone, conforme ilustrado a seguir.

A razão entre a altura h do tronco de cone de areia e a altura H2 do cone maior é igual a

a) 34

3 b) 78

3 c) 12

d) 18

e) 78

Resolução:

Volume do cone maior: VM

VM = 13 . π (5)2 . (16) = 400π

3 cm3

Volume do cone menor: Vm

Vm = 13 . π (5)2 . (14) = 350π

3 cm3

Diferença entre os volumes: VM – Vm = 50π3 cm3

Depois de a areia ocupar parte do cone maior, o espaço não ocupado de areia (VÆ) será semelhante ao do cone maior. Sendo k, a razão de semelhança entre eles, temos:

k3 = VÆVM

=

50π3

400π3

= 18 Þ k =

12 Alternativa C

33. A via de acesso a uma empresa será pavimentada por lajotas hexagonais regulares. O projeto prevê que serão necessárias fileiras com lajotas para cobrir seus 5,1 metros de largura, conforme mostra o esquema a seguir.

Desconsiderando o espaço entre as lajotas, obtém-se que as lajotas encomendadas deverão ter arestas cuja medida, em centímetros, está entre

a) 25,0 e 27,5. b) 30,0 e 32,5. c) 20,0 e 22,5. d) 27,5 e 30,0. e) 22,5 e 25,0.

Resolução:

Em cada lajota, temos:

No triângulo equilátero, temos:

h = l 32

512 = l 3

2 Þ l = 51

3 @

511,73 @ 29,48

Alternativa D

h

51 cm

512

cml l

l

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades22

CPV INSPERNOV2016

34. Um determinado smartphone, com 10% de bateria restante, foi conectado a uma tomada de energia e necessitará de 3 horas ininterruptas de recarga para que sua bateria atinja 100% de carga, desde que se utilizem apenas suas funções essenciais. No entanto, logo que o smartphone foi conectado à tomada, seu usuário continuou utilizando-o por 1 hora para ouvir músicas. Na hora seguinte, o usuário parou de ouvi-las e decidiu jogar em seu smartphone. Após esse período, optou por deixá-lo terminar a recarga, utilizando apenas suas funções essenciais.

Dado que o fato de ouvir músicas e jogar durante o carregamento faz com que o percentual de recarga por hora

seja igual a, respectivamente, 910

e 45

daquele obtido quando

se utilizam apenas as funções essenciais do smartphone, o gráfico que representa corretamente o percentual de bateria do smartphone em relação ao tempo dessa recarga é

a) b)

c) d)

e)

Resolução:

Utilizando apenas as funções essenciais, o smartphone demoraria 3 horas para carregar 90%, ou seja, 30% por hora.

Como na primeira hora o usuário ouviu música, a porcentagem recarregada foi

910 de 30% = 27%,

totalizando 10% + 27% = 37% de carga.

Como na segunda hora o usuário decidiu jogar, a porcentagem recarregada foi

45 de 30% = 24%,

totalizando 37% + 24% = 61% de carga.

Logo, o restante da carga 100% – 61% = 39% será feita em

39%30% = 1,3 horas = 78 min.

O gráfico que melhor representa a recarga é o da B.

Alternativa B

23seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

35. Além das escalas de temperatura usuais (Celsius, Kelvin e Fahrenheit), há outras escalas reconhecidas, como Rankine (ºRa), Réaumur (ºRé) e Delisle (ºD). Essa última, inventada por Joseph-Nicolas Delisle, pode ser comparada a escala de graus Celsius, conforme apresentado a seguir.

Dessa forma, é correto afirmar que a única temperatura que apresenta o mesmo valor numérico, tanto em graus Celsius quanto em graus Delisle, é

a) 30º. b) 33º. c) 42º. d) 55º. e) 60º.

Resolução:

ºD ºC –15 110 x x 225 –50

Assim, –15 – x

–15 – 225 = 110 – x

110 + 50

Þ 160(–15 – x) = –240 (110 – x) Þ –2400 – 160x = –26400 + 240x Þ 400x = 24000 Þ x = 60

A única temperatura que apresenta o mesmo valor numérico, tanto em graus Celsius quanto em graus Delisle, é 60º.

Alternativa E

36. Representantes de diversos cursos de uma universidade decidiram contratar uma empresa para organizar uma festa de formatura conjunta desses cursos. Para conseguir um melhor preço, os 400 alunos interessados aprovaram um pré-contrato, no qual cada aluno pagaria R$1.200,00 na assinatura do contrato definitivo. Contudo, se na assinatura do contrato definitivo houver desistências, o valor previamente acordado a ser pago por cada aluno sofrerá um acréscimo de R$ 50,00 para cada aluno desistente. Ou seja, se houver 1 aluno desistente, os demais terão que pagar R$ 1.250,00, se houver 2 alunos desistentes, os demais terão que pagar R$ 1.300,00, e assim sucessivamente.

A receita da empresa é calculada através do produto entre o número de alunos que assinarem o contrato e o valor pago por cada um deles. Dado que o lucro da empresa corresponderá a 120

da receita, a função que descreve o lucro L(x) da empresa

em função do número x de alunos desistentes é

a) L(x) = –2,5x2 + 940x + 24 000 b) L(x) = –5x2 + 1 150x + 24 000 c) L(x) = –10x2 + 375x + 48 000 d) L(x) = –20x + 48 000 e) L(x) = –350x + 24 000

Resolução:

Sendo x a quantidade de alunos desistentes, temos:

R(x) = (1200 + 50x) . (400 – x)

R(x) = –50x2 + 18800x + 480000

Como o lucro é 120 da receita, temos:

L(x) = 120 (–50x2 + 18800x + 480000)

L(x) = –2,5x2 + 940x + 24000Alternativa A

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades24

CPV INSPERNOV2016

Leia o texto a seguir para responder às questões de números 37 e 38.

Sandro cuida de 6 cachorros, sendo que a metade pesa entre 10 kg e 20 kg, e os demais entre 20 kg e 40 kg. Ele administra mensalmente em cada um de seus cachorros uma pipeta de um medicamento para tratamento e controle de infestação de pulgas e carrapatos. Esse medicamento é vendido nas seguintes dosagens e pelos seguintes valores:

Pipeta com Peso do cão Valor da pipeta1,4 mL 10 a 20 Kg R$ 60,002,8 mL 20 a 40 Kg R$ 70,00

Devido ao alto custo mensal da aplicação desse medicamento,Sandro foi em busca de uma solução para tentar economizare encontrou um novo produto, com o mesmo princípio ativo,vendido em frascos de 1 litro por R$ 350,00. No entanto,ao comparar as fórmulas das pipetas e do frasco, notou quea concentração do princípio ativo era diferente nas embalagens,conforme detalhado a seguir:

Embalagem Concentração do princípio ativoPipeta 10 g a cada 100 mL do produtoFrasco 1 g a cada 100 mL do produto

37. Se Sandro optar por administrar o medicamento vendido

no frasco de 1 litro em todos os seus cachorros, aplicando uma dose que contenha a mesma quantidade, em gramas, do princípio ativo das pipetas que utilizaria, ele irá gastar, aproximadamente,

a) 16

do volume do frasco.

b) 14

do volume do frasco.

c) 18

do volume do frasco.

d) 13

do volume do frasco.

e) 12

do volume do frasco.

Resolução:

Para cuidar dos 6 cachorros, Sandro precisa de

1,4 . 3 + 2,8 . 3 = 12,6 mL

Como a embalagem da pipeta diz “10 g a cada 100 mL”,

Sandro precisa de:

10 g 100 mL Þ x = 1,26 g x 12,6 mL

Logo, utilizando o frasco, Sandro precisaria de

1 g 100 mL Þ y = 126 mL 1,26 g y

Sandro irá gastar 1261000 @

18 do volume do frasco.

Alternativa C

38. Sandro decidiu comparar o valor de 1 g do princípio ativo no frasco de 1 litro e na pipeta de 2,8 mL e, para tanto, considerou que os valores pagos na pipeta e no frasco referem-se apenas ao custo do volume de medicamento contido na respectiva embalagem. Desse modo, ele notou que o valor do grama do princípio ativo no frasco em relação ao valor do grama do princípio ativo na pipeta era mais barato em

a) 95%. b) 65%. c) 72%. d) 86%. e) 78%.

Resolução:

No frasco de 1 litro, há 10 g do princípio ativo.

Assim, o preço por grama é 35010 = 35 reais.

Na pipeta de 2,8 mL, temos:

10 g 100 mL Þ x = 0,28 g x 2,8 mL

O preço por grama é 70

0,28 = 250 reais.

Portanto, 35250 = 0,14, ou seja, 86% mais barato.

Alternativa D

25seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

Leia o texto a seguir para responder às questões de números 39 e 40.

O potencial biótico de uma população corresponde à sua capacidade potencial para aumentar seu número de indivíduos em condições ideais. Na natureza, entretanto, verifica-se que o tamanho das populações em comunidades estáveis não aumenta indefinidamente, sendo que, à medida que a população cresce, aumenta a resistência ambiental, reduzindo o potencial biótico. Isso ocorre até que se estabeleça um equilíbrio, como apresentado no esquema a seguir.

http://sti.br.inter.net/rafaas/mesologia/ecologia_de_populacao.htm

Considere uma população que se estabeleceu em uma área, inicialmente com 10 indivíduos, cujo crescimento foi analisadoao longo dos últimos 50 anos. Sejam P(t) o número de indivíduos dessa população, segundo o potencial biótico, após t anos do início da análise, e N(t) o número real de indivíduos da população após t anos da análise, descritos pelas seguintes funções:

P(t) = 10 . e0,05 . t e N(t) = 10 . 41 + 3 . e–0,05 . t

39. O tempo necessário para que o número real de indivíduos seja o dobro do seu tamanho inicial excede o tempo estimado pelo potencial biótico para esse mesmo feito em

Adote: ln 2 = 0,7 e ln 3 = 1,1 a) 6 anos. b) 12 anos. c) 10 anos. d) 8 anos. e) 4 anos.

Resolução:

Tempo necessário para o número real de individuos seja o dobro do valor incial.

N(t) = 2 . 10 Þ 10 . = 2 . 10

Þ 1 + 3e–0,05 t = 2 Þ e–0,05 t = 13

Þ –0,05 t = en ( 13 ) Þ –0,05 t = en 1 – en 3

Þ –0,05 t = 0 – 1,1 Þ t = 22 anos

Tempo necessário para o potencial biótico fique o dobro do valor incial.

P(t) = 2 . 10 Þ 10e0,05 t = 2 . 10 Þ e0,05 t = 2

Þ 0,05t = en 2 Þ 0,05 t = 0,7 Þ t = 14 anos

Portanto, o tempo excede em 22 – 14 = 8 anos

Alternativa D

40. Utilizando e5 = 144, pode-se afirmar que, atualmente, ou seja, 50 anos após o início da observação desse grupo, o número de indivíduos dessa população segundo a curva de crescimento real é igual a

a) 24. b) 36. c) 32. d) 28. e) 72.

Resolução:

Após 50 anos temos

N(50) = 10 4

1 + 3e–0,05 . 50 =

401 + 3e–2,5

=

= 40

1 + 3 (e5)–1/2 =

401 + 3 (144)–1/2

= 40

1 + 3 (122)–1/2

= 40

1 + 3 . 1

12

= 40

1 + 14

= 1605 = 32

Portanto, o número de indivíduos será 32.Alternativa C

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades26

CPV INSPERNOV2016

41. Uma indústria farmacêutica que produz remédios de alto custo desenvolveu um programa de descontos para seus clientes. Ao fazer o cadastro no programa, o cliente indica de qual medicamento fará uso e, em seguida, recebe sua tabela de descontos.

Um determinado cliente se cadastrou logo no início do tratamento para obter desconto já na 1a caixa. A tabela de descontos do seu medicamento é a seguinte:

www.bayerparavoce.com.br. (Adaptado)

O preço do remédio, sem descontos, é R$ 300,00, e esse cliente, a priori, fará um tratamento durante 1 ano, utilizando uma caixa por mês. Considerando que o remédio não sofrerá alterações no seu preço ao longo do tratamento, o maior número de caixas do medicamento que o cliente cadastrado no programa poderia comprar com o valor economizado na compra das caixas nesse primeiro ano, caso fosse necessário prolongar o tratamento, é

a) 8. b) 6. c) 5. d) 4. e) 7.

Resolução:

Durante os doze primeiros meses, o cliente consegue economizar:

30% + 31% + 32% + 33% + 34% + 35% + 36% + 37% + 38% + 39% + 40% + 40% = 425%

Caso queira mais caixas nos meses seguintes, temos:

13a caixa : gasto de 60%

total 400%

14a caixa : gasto de 60% 15a caixa : gasto de 60% 16a caixa : gasto de 60% 17a caixa : gasto de 60% 18a caixa : gasto de 50% 19a caixa : gasto de 50%

Portanto com os 425% que ele economiza, o cliente consegue comprar mais 7 caixas gastando 400%.

Alternativa E

42. Um novo medicamento está em fase final da pesquisa para monitoramento do surgimento de possíveis reações adversas. Os resultados preliminares, obtidos a partir de um grupo de pessoas selecionadas para testar o medicamento, constataram que as duas reações adversas mais comuns no grupo foram dores de cabeça e náuseas, sendo que 40% das pessoas do grupo apresentaram o primeiro sintoma, enquanto que 50% das pessoas do grupo apresentaram o segundo.

Os resultados não apontaram o percentual de pessoas do grupo que apresentaram os dois sintomas simultaneamente. Contudo é correto afirmar que esse percentual poderá ser, no mínimo e no máximo respectivamente, igual a

a) 10% e 40%. b) 40% e 90%. c) 10% e 50%. d) 0% e 40%. e) 40% e 50%.

Resolução:

MÍNIMO

1

40%

2

50%

Não há intersecção entre eles, ou seja, 0%.

MÁXIMO

1

40%2

50%

Assim, todos que tiveram o primeiro sintoma também têm o segundo sintoma, ou seja, 40%.

Alternativa D

27seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

43. Ao aplicar um dado valor inicial C, em reais, a juros compostos, em um investimento que rende anualmente uma taxa de juros K, dada em porcentagem, é possível determinar a quantia resultante M dessa aplicação, após t anos, por meio da seguinte função exponencial:

M = C . (1 + K)t

Considere dois investimentos, cujas taxas anuais de juros em porcentagem sejam A e B com A < B, que se manterão as mesmas nos próximos anos, a fim de simplificar os cálculos. Dessa forma, o tempo t necessário para que a quantia resultante do investimento de um valor inicial aplicado a uma taxa anual de juros B seja o dobro da quantia resultante do investimento do mesmo valor inicial aplicado a uma taxa anual de juros A pode ser obtido pela razão

a) 1

log2 (B – A)

b) 1

log2 (1 + B) – log2 (1 + A)

c) 2

log2 B( )A

d) 2

log2 (B – A)

e) log2 (1 + B)log2 (1 + A)

Resolução:

Pelo enunciado temos

C(1 + B)t = 2 . C (1 + A)t

Þ (1 + B)t

(1 + A)t = 2 Þ ( 1 + B1 + A )t

= 2

Þ log2 ( 1 + B1 + A )t

= log22

Þ t . [log2 (1 + B) – log2 (1 + A)] = 1

Þ t = 1

log2 (1 + B) – log2 (1 + A)Alternativa B

44. Uma empresa de componentes eletrônicos recebeu um pedido para fabricar 3 diferentes produtos cujos valores de custo e de venda estão descritos na tabela a seguir.

O pedido feito terá um valor de custo total para a empresa de R$ 38.000,00 e será vendido por R$ 74.000,00. Dado que o lucro corresponde à diferença entre o valor de venda e o valor de custo e que metade dos componentes vendidos era do tipo A, então é correto afirmar que o lucro alcançado com as peças do tipo C, em relação ao lucro total obtido com esse pedido, corresponde a um percentual entre

a) 15% e 20%. b) 20% e 25%. c) 10% e 15%. d) 25% e 30%. e) 30% e 35%.

Resolução:

Temos:

150A + 200B + 350C = 38000 Þ

A = 100

300A + 400B + 600C = 74000 B = 80

A = B + C C = 20

Assim,

Lucro = 20(600 – 350) = 5000 (tipo C)

Lucro = 74000 – 38000 = 36000 (total)

Portanto, a porcentagem será 500036000 @ 0,138 = 13,89

Alternativa C

Tipo de componente

Valor de custo para mil peças

Valor de venda para mil peças

A R$ 150,00 R$ 300,00B R$ 200,00 R$ 400,00C R$ 350,00 R$ 600,00

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades28

CPV INSPERNOV2016

45. Uma rede de postos de combustível lançou uma promoção para taxistas. Enquanto o preço do litro do etanol para consumidores comuns é de R$ 2,20, os taxistas pagam apenas R$ 2,05, sendo que, desses valores, R$ 1,80 é destinado a tarifas diversas, e o restante configura a arrecadação do posto.

Antes do lançamento da promoção, a arrecadação diária da rede de postos totalizava, em média, R$ 8.000,00 com a venda de 20.000 litros de etanol. Após a primeira semana da promoção, a arrecadação diária e a quantidade de etanol vendida diariamente aumentaram, em relação aos dados anteriores à promoção, 40% e 100%, respectivamente.

Os números obtidos com as vendas dessa primeira semana de promoção se devem ao fato de o volume de etanol vendido para taxista ter sido, em relação ao volume vendido para consumidores comuns,

a) 4 vezes maior. b) 7 vezes maior. c) 5 vezes maior. d) 10 vezes maior. e) 3 vezes maior.

Resolução:

Lucro (comuns) = 2,20 – 1,80 = 0,40 Lucro (táxi) = 2,05 – 1,80 = 0,25

Sendo x e y os volumes vendidos para consumidores comuns e taxistas, respectivamente, temos:

0,40 x + 0,25 y = 8000 (1 + 0,40) x + y = 20.000 (1 + 1,00)

0,40 x + 0,25 y = 11.200 x = 8000 x + y = 40.000 y = 32.000

Portanto, o volume para os taxistas é 32.0008000 = 4 vezes

maior que o volume para consumidores comuns.

Alternativa A

Þ Þ

46. Muitas empresas utilizam senhas para que apenas o funcionário autorizado tenha acesso ao sistema informatizado. Em uma determinada empresa, o sistema atual exige que a senha tenha as seguintes características:

4 letras seguidas de 2 algarismos, sendo que o sistema reconhece● 26 letras minúsculas e;● 10 algarismos.Além disso, o sistema permite repetição, tanto de letras quanto de algarismos.

Essa empresa estuda implementar um novo sistema que exigirá um novo formato de senha:

4 letras seguidas de 1 caractere especial e 2 algarismos, sendo que o sistema reconhece● 26 letras maiúsculas e minúsculas;● 10 caracteres especiais e;● 10 algarismos.Além disso, o sistema permite repetição, tanto de letras quanto de algarismos.

Ao analisar o número de senhas possíveis para o novo sistema, pode-se afirmar que, em relação ao número de senhas do sistema atual, tem-se um número

a) 20 vezes maior. b) 80 vezes maior. c) 520 vezes maior. d) 160 vezes maior. e) 10 vezes maior.

Resolução:

Sistema atual:

26 . 26 . 26 . 26 . 10 . 10 = 264 . 102 senhas

Novo sistema:

52 . 52 . 52 . 52 . 10 . 10 . 10 = 524 . 103 senhas

Assim,

524 . 103

264 . 102 = (2 . 26)4 . 103

264 . 102 = 24 . 264 . 103

264 . 102 = 160

Portanto, o novo sistema tem 160 vezes mais senhas do que o sistema atual.

Alternativa D

29seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

47. Um criador de pássaros está acompanhando a procriação de um de seus casais. Considerando que a probabilidade de nascer um filhote do sexo masculino é a mesma de nascer um do sexo feminino, para que a probabilidade de se ter pelo menos um filhote macho na próxima ninhada seja maior do que 99%, é necessário que essa fêmea bote, no mínimo, uma quantidade de ovos fertilizados igual a

a) 2. b) 10. c) 5. d) 7. e) 100.

Resolução:

Sendo n o número de ovos fertilizados que essa fêmea deve botar, a probabilidade de pelo menos um filhote ser macho é:

P = 1 – P (todas fêmeas)

Assim, 1 – 12

n > 99%

Þ 12

n < 0,01

Þ n > 6

Portanto, o mínimo de ovos deve ser 7.Alternativa D

Leia o texto para responder às questões de números 48 e 49.

Um programa de televisão leva, semanalmente, pessoas que se inscreveram para realizar um conjunto de 10 provas previamente conhecidas em troca de premiações em dinheiro. Assim que um candidato é selecionado, ele gira uma roleta enumerada de 1 a 10 a fim de determinar a prova que ele deverá realizar, sendo que, uma vez selecionada, a prova não poderá ser realizada uma segunda vez, em nenhum momento do programa. Desse modo, por exemplo, assim que a prova de número 9 for selecionada, ao girar a roleta para determinar a outra prova a ser realizada, se a roleta voltar a selecionar a prova 9, automaticamente será determinada a realização da prova seguinte, ou seja a prova de número 10.

Todos os números possuem a mesma probabilidade de serem sorteados na roleta.

48. O primeiro candidato sorteado precisa concluir, pelo menos, três provas para conseguir a premiação que almeja. Inclusive, para ele, seria ideal realizar as provas de número 4, 5 e 6, exatamente nessa ordem.

A probabilidade de isso ocorrer é

a) 310

b) 1

1000

c) 15100

d) 3

1000

e) 6

1000

Resolução:

Probabilidade de ser a questão 4: P = 110

Probabilidade de ser a questão 5: P = 110 +

110 =

210

ß ser a 4 que já foi

Probabilidade de ser a questão 6: P = 210 +

110 =

310

ß ser a 4 ou 5 que já foram

Portanto, a probabilidade de ocorrer essa ordem é:

110 .

210 .

310 =

61000 Alternativa E

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades30

CPV INSPERNOV2016

49. Um segundo candidato foi chamado para participar do programa, porém quatro das dez provas já haviam sido selecionadas anteriormente, conforme ilustrado a seguir.

O apresentador pediu para esse candidato indicar, das provas disponíveis, qual é a mais fácil. Ele respondeu que era a prova de número 3.

Qual a probabilidade de essa prova ser a sorteada para esse segundo candidato?

a) 25%. b) 10%. c) 16%. d) 30%. e) 20%.

Resolução:

Essa questão 3 será selecionada para esse segundo candidato caso saia ela mesma no sorteio ou caso saia a questão 2 que já foi selecionada pelo primeiro candidato, assim a probabilidade é P =

210 = 20%

Alternativa E

50. No início do ano, os administradores de uma empresa determinaram como meta que, ao longo dos 12 meses do ano, a média aritmética dos faturamentos mensais deveria ser de R$ 420.000,00. O gráfico seguinte mostra o faturamento dessa empresa nos meses de janeiro a outubro desse ano.

Dado que a média do faturamento de janeiro a outubro foi de R$ 390.000,00, para atingir a meta estipulada no início do ano, é necessário que o faturamento dos meses de novembro e dezembro atinjam, em média,

a) R$ 570.000,00. b) R$ 480.000,00. c) R$ 450.000,00. d) R$ 510.000,00. e) R$ 540.000,00.

Resolução:

420.000 = 390.000 . 10 + Novembro + Dezembro

12

Þ Novembro + Dezembro = 1 . 140.000 reais

Portanto, a média desses dois meses é:

1 . 140.000

2 = 570.000 reaisAlternativa A