Coudelarias e ganadarias

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Coudelarias e Ganadarias Município de Benavente Câmara Municipal de Benavente Museu Municipal de Benavente - Dr. António Gabriel Ferreira Lourenço julho de 2005

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ORGANIZAÇÃO

COORDENAÇÃO EDITORIAL

INVESTIGAÇÃO

COLABORAÇÃO

FOTOGRAFIA

NOTA DE ABERTURA

DESIGN GRÁFICO

IMPRESSÃO

EDIÇÃO

Município de Benavente - Pelouro da CulturaMuseu Municipal de Benavente

Cristina Gonçalves

Carina Costa

Arquivo Fotográfico do Museu Municipal

Sérgio Perilhão

Sandra Figueiras

Gráfica Central de Almeirim

ISBN .Depósito Legal . 229638/05

Suzel Rebocho

Câmara Municipal de Benavente - Pelouro da CulturaMuseu Municipal de Benavente

Julho de 2005

972-99201-1-7

FICHATÉCNICA

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Agradecemos a colaboração de todas as casasagrícolas, nomeadamente coudelarias eganadarias do município de Benavente, àAssociação Portuguesa de Criadores deToiros de Lide, à Associação Portuguesa deCriadores do Cavalo Lusitano e também aogrande aficionado Sr. Sérgio Perilhão.

AGRADECIMENTOS

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António Paim

Casa Farto

Companhia das Lezírias

Herdeiros de Conde Cabral

Herdeiros de José Henriques da Silva

Herdeiros de Pedro Botelho Neves

João Bernardo Lima Neves Morujão

José Pereira Palha

Lopo de Carvalho

Oliveira Irmãos

Quinta do Figueiral

Raposo Cordeiro

SOAGRO

Sociedade Agrícola e Pecuária de Santo Estêvão

Sociedade Agrícola e Pecuária Souza Dias, Irmãos, Lda

Sociedade das Silveira

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GANADARIAS

SUMÁRIO

Nota de Abertura

COUDELARIAS

Casa Agrícola Avó

Casa Prudêncio

Felicidade Dias

Fernando Pereira Palha

Herdade de Camarate

Herdeiros de Conde Cabral

Irmãos Dias

João Ramalho

Jorge de Carvalho

José Luís Pereira Dias

José Pereira Palha

Lopes da Costa

Lopo de Carvalho

Oliveira Irmãos

Palha

Quinta da Foz

Sociedade Agrícola e Pecuária de Santo Estêvão

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A Obra e oTemaA importância do tema escolhido pelos autores destetrabalho merece da nossa parte um aplauso e umagradecimento. Numa altura em que, tratar estes temas éincompreensível para uns, é pouco interessante para outrose é desconhecido para a maior parte, é de elogiar a atitudedos responsáveis do Museu Municipal sob o patrocínio daCâmara Municipal de Benavente ao promoverem a suadivulgação sem constrangimentos, sem falsos preconceitos,mas antes, desta forma, contribuirem para que seja dado àestampa, com o valor intrínseco da cultura da nossa terra,deuma realidade que representamos, revelando uma obra dosnossos antepassados e um valor histórico incomparável peloconteúdo que encerra. Não se trata de um trabalhocientífico, muito longe disso, nem um repositório históricodas ancestrais realidades da vida agrícola de um Concelhoque, constituído por terras de aluvião, as lezírias,conquistadas ao mar e a outros cursos de água, riachos eribeiras, ramificações milenares, canais que o tempo secou etransformou em vales e corvos, onde o gado se alimentou,procriou e difundiu as suas espécies ainda selvagens.Cavalose toiros vivendo em conjunto, partilhando o espaço e aalimentação constituíram durante séculos a base do quemais tarde veio a constituir-se, pela evolução dos tempos,numa importante vertente sócio-económica alicerçada naorganização agrária representada pelas CasasAgrícolas ondeo homem e os animais constituíram a grande força detrabalho da região.Este documento constitui um retrato actual daquilo queperdurou de forma indelével e que historicamente não deveser esquecido.

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Estamos na zona da lezíria e da charneca. Aqui chegaram,empurrados para fora das zonas de bom pastoencaminhando-se pelos vales até à zona do Sorraia.O Sor e oRaia, confluídos num só,ocupando a dignidade de ser o maisimportante dos afluentes que entra no Tejo pela margemesquerda,que se juntam perto do Couço num único caminhofluvial. É noVale do Sorraia que se instalaram os equinos quetomaram o nome“Sorraia”.A subida das águas doTejo, aindasalgadas, não permitiam, num solo às vezes demasiadoarenoso, coberto de mato e arbustos, que esses animaisatingissem a estatura e a qualidade que os seus congéneresque povoavam a bacia constituída pelas ribeiras e riachos doAltoAlentejo,com particular incidência na casta Alter queevidenciava outro aspecto,outra qualidade e maior estatura.Na nossa zona os cavalos eram mais pequenos, menoselegantes mas muito robustos.A criação das raças bravas quepastavam nestas zonas aproveitavam a primeira verdura dospastos deixando os restos para os Sorraias. A vivênciapartilhada com o gado bovino bravo num ambiente sem vidahumana a não ser, quando já no século XIX os nossos reisincursavam terras a dentro para caçar javalis, veados ougamos,o cavalo do Sorraia,“povoando” também as terras doConcelho de Benavente, resistiu, adaptou-se e transformou-se num autóctone sobrevivendo até aos nossos dias. Oséculo XX traz a inovação,a presença do homem“perfura” oambiente, afasta os animais que vivem em estado selvagem eo grande núcleo Sorraia vai desaparecendo. Os animaisindígenas doVale do Sorraia cuja recuperação encetada em1920 por Ruy d´Andrade deu-nos a garantia de termos ainda

Os equinos...os Sorraias e os Lusitanos!

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NOTA DE ABERTURA

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(1) Como lhe chama Miguel Stilwell d´Andrade (inViver no Campo- pg 49)

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hoje esse exemplar que curiosamente, dizem algunsespecialistas, este equino é considerado o antepassado docavalo lusitano. O Sorraia tem qualidades que se revelam naboa boca, finura e sensibilidade à espora,o que o torna numaboa montada de trabalho para serviços de longa duração,tenta e condução de toiros de lide pelo facto dedemonstrarem grande vigor, ligeireza, coragem, grandemobilidade no parar e arrancar rápido, resistentes notrabalho,suportando bem o calor e o frio,a chuva e...tambéma fome. Quando estão concentrados no trabalho corremcomo o vento! E contam os antigos que na lide do gado bravoum Sorraia nunca se deixa“agarrar” por um toiro.Essencialmente agrícola o Concelho de Benavente, situadona bacia doTejo ligado à charneca e à lezíria representou emtermos de economia agrária, um pólo de ocupação notrabalho rural, onde os animais desempenhavam um lugarimportante, executavam o trabalho, alimentavam-se dasrestevas e dos poisios e procriavam. Nesta perspectiva osanimais eram um elemento sem o qual as casas agrícolas nãoconseguiam sobreviver. As éguadas chegavam a serconstituídas por cerca de noventa ou mais animais, entreéguas afilhadas e alfeires, dependendo da actividade de cadalavrador, para além das manadas de poldros que constituíamtambém eles uma vertente económica pois eram vendidospara o principal cliente: o estado português. A evoluçãotecnológica na última metade do século XX alterou asopções e levou ao desaparecimento das grandes éguadasconstituídas por animais que nalguns casos haviam sofridodiversos cruzamentos tendo em vista a necessidade deaumentar a força e o tamanho,com o objectivo de adaptaçãoao trabalho de tiro do charrueco (2),da grade,da carroça ouda galera (3).Felizmente, nos nossos dias, as coudelarias existentes noConcelho de Benavente são da melhor selecção fruto dasabedoria e da experiência acumulada dos seus criadores,que são verdadeiros representantes de um dos maisimportantes núcleos de criação do cavalo português e de quetodos os munícipes se devem orgulhar.Os cavalos enaltecidos e cantados, serviram de montada a

senhores da guerra, desde sultões turcos, e emiresmuçulmanos, de xeques africanos a reis e... até, nos seusSorraias, a campinos altivos - imperadores - que foram doRibatejo de outros tempos.As máquinas que o vieram substituir na lavoura não odestronaram.Antes pelo contrário o cavalo Lusitano, antesSorraia, o mais antigo de todos os cavalos de gineta,companheiro inseparável do homem português conserva-senas nossas várzeas e charnecas até aos nossos dias.

Para Cossio, as poucas exigências da nossa festa de toirosaceitavam, como suficiente para a lide, o chamado, talvezinadequadamente, toiro português. Este toiro que resultarado cruzamento entre o bravo espanhol,mais antigo,pastandonas terras de Castela, Andaluzia e Estremadura espanhola,passando para Portugal através dos vales dos grandes riosibéricos, e o morucho do Norte de Portugal, de origemCéltica, oriundo da Galiza, veio mais tarde a dar um animalmuito arisco, bronco e de acometidas incertas de manso eque tinha afinal a utilização na faina agrícola depois decastrado.Para nos situarmos melhor vale a pena lembrar que emPortugal a corrida de toiros só veio a ter lugar no início doséculo XIX pois que, no Século XVIII se realizam festas comtoiros bravos que se limitavam a picarias,com alanceamentodos toiros pelos fidalgos que punham à prova a sua destreza eo seu valor na lide dos toiros bravos ou, melhor dizendo,bravios. Até mesmo essas actividades lúdicas eram malaceites, por exemplo por D.José I, influenciado pelo Marquêsde Pombal, e também D. Maria I e seu filho, D.JoãoVI, sendocerto que o toureio a cavalo nessa forma mais incipienteresistia a todas essas acções contrárias. O bovino daquelaépoca apresentava-se corpulento e poderoso, alto demembros e de agulhas, com a sua cornamenta bastantedesenvolvida e engravitada, de barbela larga e de grandemansidão, reflectida na sua investida cobarde e receosa. Ascolorações aleonada e castanha,abundando os“bocalvos” e

OToiro de lide

12(2) Charrua com rabo adapatada à força de um ou dois equinos (cavalos ou éguas); charrua mais pequena(3) Carro de quatro rodas com uma lança, engatando 2 cavalos ou éguas (um de cada lado da lança), ou duas lanças engatendo 3 cavalos ou éguas

(Um ao meio das duas lanças e os outros dois, um à esquerda outro à direita), para transporte de géneros e utensílios agrícolas ou ainda pessoal

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olho de perdiz, com perfil côncavo de cabeças e órbitassalientes.Em Portugal, como em Espanha, no Século XVIII, o toirobravo era propriedade das Ordens Religiosas, de que foinotável a dos Dominicanos, do Convento de Jericó emBenavente e que tão relevante foi na constituição do núcleobravo do Ribatejo.No início do século XIX começaram a surgir nomes de gentemais abastada que possuíam toiros, tradicionalmentedenominados “toiros da terra” ou “gado da terra” com adupla finalidade de serem lidados e utilizados no trabalho docampo e, se fossem aptos para a lide, estavam destinados arepetir-se em um número de espectáculos consecutivos detal modo que alguns eram corridos mais de dez vezes. Porcuriosidade refira-se os toiros Caraça e Caracol de Infante daCâmara que foram cabeça de cartaz em muitas praças, masse, pelo contrário, acusavam um grau de mansidão elevadoencaminhavam-nos para a pastagem onde eram castrados eutilizados, depois da amansia, nos campos, integrando astípicas tralhoadas.É com gado morucho das Reais Manadas, propriedade daCasa Real Portuguesa desde os tempos de El Rei D. João IV,pastoreando nas terras do Infantado, que englobavam, entremuitas outras,as do Senhorio de Pancas,de Samora Correia aAlcochete, que nasce a vontade de criar toiros comcondições de lide.É o Rei Toureiro, D. Miguel I, (que com D. Carlos I foram osReis Ganaderos portugueses) que concretiza essa realidade.D.Miguel, Princípe,Duque e depois Rei de Portugal, era filhode D.Carlota Joaquina,princesa espanhola, irmã de FernandoVII de Espanha. Este Rei possuía a quase totalidade de umadas melhores castas do país vizinho, a qual havia compradoaos herdeiros de D. Vicente José Vasquez, de Utrera, naProvíncia de Sevilha. Ao saber desta aquisição a mãe de D.Miguel I pede a seu irmão que lhe venda uma ponta de vacasde sangue “vazquenho” e alguns sementais. O irmão de D.Carlota Joaquina acede não vender mas oferecer ao sobrinhocinquenta vacas e dois dos melhores sementais que sãoacomodadas na zona de Benavente e Salvaterra, apartadosdas Reais Manadas, no ano de 1830. D. Miguel sem o saberestava a dar o primeiro passo para a transformação e

selecção do toiro bravo em Portugal. D. Miguel I, emconsequência da sua vida atribulada,não teve sequer tempopara dirigir e orientar a sua ganaderia entre os anos de 1830e 1834. O seu irmão D. Pedro IV nada fez, antes pelocontrário, acabou por distribuir, para pagar favores, peloMarquês de Belas e Comendador Damaso Xavier dos Santosque alienou algumas vacas a favor do Marquês de Ponte deLima e a Francisco de Paula Leite, à Casa Cadaval e ao Dr.Rafael José da Cunha que por sua vez vendeu de imediatoalgumas vacas ao Barão da Junqueira. Por sua vez Manuel daSilveira Brito, Marquês de Ponte de Lima, alienouindiscriminadamente animais cruzados entre a casta“vazquenha” e o “gado da terra” a diversos criadores entreos quais o Senhor Conde de Sobral, Barão de Salvaterra e aEstêvão de Oliveira, tendo este último adquirido à Casa Reala Herdade de Pancas, do Património do Infantado, aoMarquês deVagos, a Máximo da Silva Falcão e a JoãoVelosoHorta.Porém,a casta“vazquenha” foi“purificar”, se é que sepode aplicar o termo, algumas vacadas moruchas mas nãolevou imediatamente à selecção do gado bravo. É em 1871,por acção directa de José Pereira Palha Blanco,mercê da suaconsciência ganadera, conhecimentos e determinação, quese inicia a selecção das rezes bravas em Portugal, e, emconsequência da relação existente com D.António Miura eD. Fernando Concha y Sierra, por influência da sua mãe,senhora de nacionalidade espanhola, captou os conceitos deselecção científica,através de escrupulosas tentas e aplicaçãodos conhecimentos genéticos apreendidos junto daquelesganaderos espanhóis. É ao toiro criado nas charnecas esalgados de Pancas que após as guerras liberais, achamoslícito chamar “o toiro português”. No século XX e com asúnicas excepções das ganaderias de Vaz Monteiro e deNorberto Pedroso, hoje de José Luís Dias, tendo esta últimao seu solar, na Aroeira, no Concelho de Benavente, quasetodas as ganaderias portuguesas são de casta espanhola. Étambém no Concelho de Benavente que se situam as duasmais antigas ganaderias do nosso país, a de Pancas (naHerdade de Camarate) e de Pallha Blanco (na Herdade daAdema). Com o mesmo entusiasmo que, estou certo, ostécnicos do Museu Municipal realizaram este trabalho, aquilhes deixo eu o meu aplauso.

Sérgio Perilhão

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ANTÓNIO PAIM

Rua da Misericórdia, Nº492130 Benavente

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A coudelaria foi fundada por Eugénio Paim entre 1850 e1860 e, no início do século XX, era constituída por maisde sessenta éguas. António Paim neto do fundador,assume desde 1939 a direcção da coudelaria garantindouma rigorosa selecção do efectivo pelo que temactualmente doze éguas de ventre, provenientes daéguada que já possuía no início do século.Para padrear aséguas são utilizados os garanhões: Perdigão (Palha),Vameano e Ajax (Coudelaria Nacional), Maravilha, Nilo eCravo II (Veiga) eTúlio II (Marquesa deTancos).México, cavalo com ferro da casa, foi distinguido durantelongos anos nas praças de toiros de todo o mundo aoserviço da familia RibeiroTelles, era o garanhão até à suamorte em 2003, tendo sido substituido por um outro deferroVarela Crujo.

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CASA FARTO

Avenida Egas Moniz, 352135-232 Samora Correia

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Esta coudelaria foi fundada por Custódio Farto em 1999com a aquisição de duas éguas de linhaVeiga.Utilizaram-se no inicio garanhões de linhagem Coimbra,presentemente estão beneficiadas com garanhões delinhaAndrade.Na selecção deu-se maior importância à funcionalidade,andamentos,carácter,e a tipicidade do cavalo lusitano.

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COMPANHIA DAS LEZÍRIAS

Companhia das Lezirias, S.ªMonte de Braço de PrataEstrada Nacional 118 - km 29Porto Alto , 2135 Samora Correia

A COUDELARIA DA COMPANHIA DAS LEZÍRIAS,temo seu início no século XIX.Apesar dos primeiros registosgenealógicos existentes, datarem de 1896 e de seremconhecidas referências à presença, nessa data, de 331cabeças de gado equino,a sua origem data certamente de1836, data de fundação da então Companhia das LezíriasdoTejo e Sado.Em 1905, demonstrando já alguma preocupação deselecção, a Companhia das Lezírias do Tejo e Sado,participou com exemplares das raças Hackney, Luso-Árabe, Bético-Lusitana e Peninsular, numa celebreexposição realizada, pela Associação Central deAgricultura Portuguesa, naTapada da Ajuda, onde obtevevários prémios. Contudo, só a partir de 1929 surgem osprimeiros indícios de uma clara orientação zootécnica,com a adopção de critérios de selecção mais rigorosos,devido à inscrição das éguas na Comissão de Remonta doExército.A partir de 1976, começou a verificar uma particularincidência na criação de animais de Raça Lusitana, tendoadquirido éguas Ervideira, Duarte de Oliveira e daSociedade Agrícola Couto de Fornilhos, que, juntamentecom as já existentes, oriundas da Fonte Boa, forampadreadas pelos garanhões da Coudelaria Nacional:MARQUÊS, MAQUEIRO, MAQUIM, PROJÉCTIL, JAPAZ,MILHO REI, LIMONERO,TENOR, CIPIÃO, BASTÃO eONJITO.

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Por volta de 1983, aproveitando a excelente basegenética que possuía, optou pela introdução de outraslinhagens, procurando melhorar as formas e afuncionalidade, tendo desde então passado pela CL, parabeneficiar o efectivo,garanhões como o:PIONEIRO (JoséMaltez), MARAVILHA (Manuel Veiga), FANDANGO(Assunção Coimbra), LAFÕES (C.L.), IMPOSSÍVEL (JoãoNúncio), LIDADOR (Arsénio Cordeiro), QUARTILHO(Ferraz da Costa), PANDEGO (Manuel Abecassis),INVULGAR (Assunção Coimbra) e SOLAR DOSPINHAIS (Luis Ermiro de Moraes).A política de selecção adoptada,que tem como princípiosorientadores a funcionalidade em conjugação com amorfologia e andamentos, tem dado origem à obtençãode produtos de elevado nível e reconhecida qualidade,confirmados, entre outros, pelo LAFÕES e NUFARCampeões de Campeões na FNC, na Golegã, em 1996 e1997, PERFEITA Égua de Ouro na Expoégua 2005, peloLOFE,Campeão de Itália de Dressage, em 2002, com EvaRosenthal, nas categorias de S. George e Intermediária I,ou pelo IMPORTANTE,no toureio,com Rui Salvador.A Coudelaria da Companhia das Lezírias, dedica-seactualmente, em exclusivo, à criação do Cavalo PuroSangue Lusitano, cujos produtos macho recria e aos trêsanos desbasta e comercializa, no mercado interno eexterno.A éguada, com um efectivo de 30 fêmeas de ventre,pastapróximo de Samora Correia - Benavente,na Charneca deBraço de Prata eVale do Roubão.

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HERDEIROSDE CONDE CABRAL

Herdade de PancasApartado 492135 Samora Correia

Esta coudelaria é proveniente da antiga coudelaria"Gama", ferro adquirido por Joaquim Guedes de Queiroz(Conde Cabral),em 1938,ao último proprietário do ferro"Gama" Faustino da Gama.Por morte de Joaquim Guedes de Queiroz (CondeCabral) em 1957, passou a coudelaria a ser representadapor seu filho Jacinto Guedes de Queiroz (Conde deCabral),seu actual proprietário.A coudelaria de Conde de Cabral foi constituída coméguas de ventre "Gama", beneficiadas posteriormentecom garanhões "C.N." (Lusitano; Árabe-Alter; Luso-Árabe e Anglo-Árabe), Conde de Cabral (Luso-Árabe eAnglo-Luso-Árabe), "P.S.L." e ultimamente beneficiadascom os garanhões: "Nordeste": ferro Portucale de raçalusitano, "Lidador": Ferro Carlos Empis de raça Lusitano(Linha Veiga), "Ferôlho": Ferro Sociedade das Silveiras deraça Lusitano e "Julik": Ferro Conde de Cabral de raçaAnglo-Luso-Árabe.Em 1993 adquiriram-se éguas lusitanas de diversasorigens das quais destacamos as linhas "veiga" e "RibeiroTeles".O efectivo desta coudelaria tem variado entre as 15 e 28éguas de ventre sempre criada na Herdade de Pancas.Esta coudelaria tem tido diversas distinções, entre asquais destacamos o cavalo "Quipar" de raça Luso-Árabemontado pelo então tenente Álvaro Szabo queconcorreu nos Jogos Olímpicos de Londres na prova deobstáculos. Sua mãe, "Haia Conde Cabral" (Luso-Árabe)foi seleccionada para concorrer na "Feira del Campo" emMadrid em 1959. Entre outras também a égua "Salva" foiseleccionada para a "Feira del Campo" em Madrid nosanos 1959 e 1962 tendo ganho o prémio de melhor éguaHispano-Árabe.Diversas outras distinções foram obtidas em exposições.Vários cavalos desta coudelaria se destacam no toureio acavalo, nomeadamente com os toureiros José SamuelLúpi, José Cortes, João Moura, Victor Ribeiro, entreoutros.

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HERDEIROS DEJOSÉ HENRIQUES DA SILVA

Fundada no ano de 1989, com éguas de David RibeiroTelles, Sociedade das Silveiras e Coudelaria Quina,reprodutores de ferro José Henriques Casquinha,RomãoTavares e Manuel Veiga.Ao longo dos anos foram conquistando diversos prémios,nomeadamente alguns campeões, no FestivalInternacional do Puro Sangue Lusitano, em Lisboa,outrosno Poldro Mamão em Vila Franca de Xira e também naFeira Nacional do Cavalo na Golegã.No ano de 2003 foi vencedor da Taça de Portugal deDersage em preliminares e elementos com dois cavalos dequatro e cinco anos e uma participação no Campeonatodo Mundo de Cavalos Novos emVerden (Alemanha) comum cavalo de cinco anos classificado em 8º lugar na final B.O ferro é do ano de 1894, sendo proveniente do trisavôdo actual proprietário.

Av. O Século, 1222135 - 231 Samora Correia

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Fundada no ano de 1986, resultou de partilhas que osIrmãos Botelho Neves que tinham herdado dos tiosgémeos Palha. Esta casa agrícola possui um quarto daHerdade da Adema. A coudelaria é representada porPedro Botelho Neves. O efectivo inicial era compostopor éguas de ferro Palha,cruzadas com cavalos de origemCoimbra e Quina.Iniciam a apresentação em exposições no ano de 1998,recebendo no mesmo ano um 1º lugar com a éguaQuadra.No ano de 2000, com o cavalo Rabino classifica-se com um 4º lugar em Lisboa e um 2º lugar na Golegã.Em2001,a égua Salsa recebe um 4º lugar em Lisboa.

Herdade da Adema2135 Samora Correia

HERDEIROS DEPEDRO BOTELHO NEVES

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JOÃO BERNARDOLIMA NEVES MORUJÃO

Av. O Século, 1472135-231 Samora Correia

Coudelaria composta por três éguas de ventre de origemOliveira Irmãos.Têm sido padreadores cavalos de toureio,nomeadamenteo "Universo" de ferro David Ribeiro Telles, entre outros.Alguns dos produtos resultantes têm ficado naexploração.

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JOSÉ PEREIRA PALHA

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Monte de Santo Isidro2135 Samora Correia

Iniciada por JoséVan-Zeller é herdada por seu filho JoséAssis Pereira Palha, que foi o grande impulsionador dacoudelaria.Actualmente,o proprietário é o seu filho JoséPereira Palha.Possui um efectivo composto por doze éguas de RaçaLusitana. Realizam exportação de cavalos para osmercados de França,Espanha e Alemanha.

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Foi fundada em 1978, com a aquisição de cinco éguas daCoudelaria Raposo Cordeiro, que vinham beneficiadaspelo garanhão Palpite (Veiga),originando os produtos queconstituíram a base inicial desta Coudelaria.A partir de 1992, foram utilizados os garanhões Hercules(filho do famoso Novilheiro) e outros de ferro M.Veiga,entre os quais o Generoso e o Guadiana.Esta Coudelaria encontra-se desde a sua fundação numabonita propriedade situada na margem esquerda do RioTejo, denominada Mouchão dos Malagueiros (Benavente),que foi adquirida pelo pai do actual proprietário, ManuelLopo Caroça de Carvalho,no ano de 1947.O efectivo actual é composto por cerca de trinta e cincofêmeas,que partilham as mesmas pastagens de uma vacadabrava pertencente à ganadaria com o mesmo nome.

LOPO DE CARVALHO

Quinta da Alorna2080 Almeirim

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Herdade da Baracha2135 Samora Correia

OLIVEIRA IRMÃOSEsta coudelaria foi fundada em 1895 por João PedroOliveira aquando da formação desta casa agrícola,utilizando à época o ferro deste.Era constituída por éguaspeninsulares que eram utilizadas nos trabalhos agrícolasde então. este efectivo chegou a contar com mais de umacentena de cabeças. Em 1925 por morte do titular destacasa agrícola passa esta éguada para o nome da viuva deOliveira e Filhos, mantendo o ferro anterior e a mesmalinha de éguas peninsulares.A partir de 1939 utilizando já o ferro (Oliveira, Irmãos),esta éguada começou a ser beneficiada com garanhões deorigem: (Coudelaria Nacional, Francisco Ribeiro,AntónioAlcobia, Miguel Quina, Herdeiros de Artur Ervideira,ManuelVeiga,Arsénio Cordeiro, Sociedade das Silveiras eVasco Freire).

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Quinta do Figueiral - Sesmaria, 44Mata do Duque - Santo Estêvão

2130 Benavente

QUINTA DO FIGUEIRALA Quinta do Figueiral, em Santo Estêvão é umaorganização equestre que integra diversos equitadores.Os cavalos são normalmente Lusitanos ou cruzados deLusitanos, sendo fundamental a sua prévia selecçãocriteriosa, nomeadamente a qualidade e ascendênciatoureira. Critérios estes que associados a uma equitaçãorigorosa garantem a sua carreira nas arenas.Para além do Importante (cruzado), um dos melhorescavalos de toureio da actualidade,

, já saíram da Quinta do Figueiral outrosprodutos, que actuam nas praças nacionais e espanholas e

montado por RuiSalvador

que espelham a qualidade do trabalho efectuado.

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Leziria dos Cavalos2130 Benavente

RAPOSO CORDEIROO Arq.Arsénio Raposo Cordeiro inicia a coudelaria coméguas de ferro Andrade e Coudelaria Nacional, usandosempre reprodutores próprios, de ferro Veiga, de ferroAndrade e da própria coudelaria.Durante sete anos consecutivos, esta coudelaria foiCampeã Nacional de Criadores.O grande campeão Novilheiro produziu trinta éguas quepermanecem na éguada e que foram beneficiadas peloLidador, filho do Novilheiro. O resultado obtido foi umanova linha de reprodutores consanguíneos de grandequalidade,os quais foram várias vezes campeões nacionais,e é o resultado do inbreeding que há vinte anos se vemfazendo,no sentido da recuperação das características decarácter,funcionalidade e tipo ancestrais da raça lusitana.

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Apartado, 172135-232 Samora Correia

SOAGROA criação do Cavalo Puro Sangue Lusitano foi iniciada em1992, com éguas de origem Andrade, Alcobia e Quina,utilizando como garanhões os cavalos Pagode (Quina),Rabi (Maltez), Trinco (linha Andrade Veiga), Herodes(Coimbra), Hino (Sociedade das Silveiras), Rato(SOAGRO) e Corso (linha-Andrade).Actualmente, o efectivo é composto por desasseis éguasde ventre e três garanhões, dois deles ferro SOAGRO(Rato e Rubi).Como criadores do cavalo Puro Sangue Lusitano, oprincipal objectivo é fazer uma selecção baseada nascaracterísticas originais, dando-lhe finura, beleza, força emoral para que seja possível desenvolver qualquermodalidade desportiva ou de lazer, com a docilidade eobediência que caracteriza esta raça.Na funcionalidade, destacam-se,no Campeonato Nacional de Equitação deTrabalho 2003,classe dubantes e o Rato, que se iniciou em 2004 naequitação à portuguesa tendo já um 2º e um 3º lugar.Parte dos produtos SOAGRO são exportados paraEspanha,Brasil,Alemanha,França,Bélgica eAçores.

o Rijo com um 2º lugar

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Quinta de São GabrielSanto Estêvão2130 Benavente

SOCIEDADEAGRÍCOLAE PECUÁRIA DESANTO ESTÊVÃO

A coudelaria foi fundada por José Luís de Moura,em 1938,com uma éguada de Raça Lusitana. Se, inicialmente, eramutilizadas nos trabalhos agrícolas mais tarde, foi-seapurando através da introdução de um cavalo dacoudelaria Gama. Posteriormente, foram adquiridos doiscavalos de ferroVeiga (Mar e Pagode).Actualmente o efectivo já possui ferro próprio, sendo ocruzamento realizado com cavalos da casa, não seafastando da tradicional linhaVeiga.

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Av. Defensor Chaves, 69, 2º Dtº1000-114 Lisboa

SOCIEDADEAGRÍCOLA E PECUÁRIA

SOUZA DIAS, IRMÃOS, LDA.

A SociedadeAgrícola e Pecuária Souza Dias,Irmãos,Lda éconstituída pelos herdeiros do Dr.Francisco Souza Dias ecomo Casa Agrícola, cria cavalos lusitanos há trêsgerações. A éguada tem oito éguas de ventre, e foirefrescada em 1991 com três éguas filhas do“CRIPTOGÂMICO”,de sangueAndrade.Desde 1992 foram utilizados os garanhões “FUMO”(Andrade) e “MÉXICO” (Paim). Em 2001 foi utilizado o“IMPORTANTE” (Veiga) e em 2002/2003 o“UNIVERSO” (Ribeiro Telles). Em 2004/2005 foramutilizados três netos do “FIRME” como garanhões: o“MÁGICO”,o“ORADOR” e o“HORSE”.É com satisfação que, particularmente nos últimos seisanos,a Sociedade Souza Dias Irmãos,vê os seus produtosserem seleccionados como reprodutores,a participaremem provas de atrelagem e equitação de trabalho e aserem exportados para o estrangeiro.

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Belo Jardim2135-005 Samora Correia

SOCIEDADE DAS SILVEIRASA coudelaria da Sociedade das Silveiras foi fundada em1981 com éguas originárias de sangue Veiga e Coimbra,filhas ou irmãs de cavalos que tourearam. Utilizaram-seno início garanhões de linhagem Veiga, Meneses,Casquinha, Romão Tavares, Andrade-Veiga, epresentemente Coimbra, Veiga e Silveiras todos defamílias toureiras. Na selecção deu-se sempreimportância primordial aos andamentos, carácter, àconstituição morfológica, beleza e tipicidade dos animais.A funcionalidade, baseada nas características originais docavalo lusitano é o objectivo principal desta coudelaria.

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Município de Benavente

COUDELARIASe GANADARIAS

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GANADARIASGANA

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Município de Benavente

COUDELARIASe GANADARIAS

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CASA AGRÍCOLA AVÓ

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Fundada no ano de 1983 por José de MouraRodrigues daAvó,actual proprietário, integra vacasde Manuel César Rodrigues e António MariaHenriques da Silva. Posteriormente, foramadquiridos sementais de Simão Malta e CondeCabral.

Divisa:Vermelha,Amarela e BrancaExploração Solar do Efectivo: Lezíria do Parcel

Sinal de Orelhas: Esq. - BrincoDir. - Mossa

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Bairro Lopes e Lima2135 Samora Correia

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CASA PRUDÊNCIO

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Quinta de São Roque2080-098 Almerim

Em 1923, a família de Prudêncio Silva Santosadquiriu uma antiga vacada à casa AgrícolaRibatejana, Lda. Esta vacada resultava de castaportuguesa de D. Caetano Bragança, Duque deLafões que, por sua vez, procedia de António LuísLopes.O cruzamento deste efectivo, em 1943, com umsemental deAndrade Irmão que procedia de Solere Alves do Rio, permitiu o seu refrescamento,tendo sido novamente refrescado em 1970 com aintrodução de um semental de Norberto Pedroso.A ganadaria viu o seu efectivo aumentado em1975,com um lote de vacas e um semental de JoséManuel Andrade, oriundos de Andrade Irmão.Finalmente, ocorre em 1983 um novorefrescamento da ganadaria através de umsemental de ferro Passanha.

PS

Divisa:Verde e BrancaExploração Solar do Efectivo: Herdade de Palhavã, Samora Correia

Sinal de Orelhas: Esq. - ForcaDireita. - Rasgada

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Page 39: Coudelarias e ganadarias

FELICIDADE DIAS

Rua Machado dos Santos, nº 20, 2º Dto2120 Salvaterra de Magos

Os Irmãos Andrade, de Almeirim, no ano de 1929iniciam a ganadaria com vacas de Ferro Soler esementais de Alves do Rio, Pinto Barreiros eDomingo Ortega. No ano de 1953 aumentam oefectivo utilizando vacas e sementais de ferroUrquijo.Após partilhas no ano de 1958, é esta ganadariadividida em dois lotes,metade fica com o herdeiroAndrade Salgueiro (linha Urquijo) e a outra metadefica com José ManuelAndrade (linha Soler, Alves doRio e Barreiros). Posteriormente o efectivo deAndrade Salgueiro é vendido, no ano de 1984 edividido em três lotes, sendo um deles destinado aFelicidade Dias, que funda a sua própria ganadaria.No ano de 2002, juntou um semental de ferroOliveira Irmãos.

Divisa:Vermelha e AmarelaExploração Solar do Efectivo: Herdade da Aroeira - Stº. Estêvão

Sinal de Orelhas: Esq. - RasgadaDir. - Rasgada

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FERNANDO PEREIRA PALHA

Quinta das Areias2600Vila Franca de Xira

Ganadaria fundada em 1973,na Quinta da Foz,comreses de Vale Sorraia, procedentes de NorbertoPedroso e BrancoTeixeira e algumas vacas da antigalinha“Vazqueña” de Palha Blanco.Mais tarde, foram introduzidos sementais de Palha,CabralAscensão,Cunha e Carmo e Saltillo.

Divisa:Vermelha, Oiro e PrataExploração Solar do Efectivo:Vil Figueira, Samora Correia

Sinal de Orelhas: Esq. - FendidaDir. - Fendida

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HERDADE DE CAMARATE

Av. Brasil, nº 694, 1º4150-154 Porto

No ano de 1837, parte da ganadaria de casta"Vasqueña" do Rei D. Miguel é adquirida porDâmaso Xavier dos Santos, concedendo-a maistarde com ferro e divisa ao comendador EstêvãoAntónio Oliveira, vendendo algumas vacas queirão fazer parte do efectivo inicial da ganadariaPalha Blanco.Posteriormente a ganadaria Condado de Pancas,sucede para nome de seu filho EstêvãoAugusto deOliveira,depois para seus filhos.Em 1950, por partilhas, a ganadaria passa paraD. Leonor de Oliveira Santos e seu marido LuísDelgado Santos, decidindo eliminar parte doefectivo, substituindo por vacas e sementais deFrancisco dos Santos (Alfaiate), José Pedrosa eDr.Silva de Coruche.No ano de 1969, a ganadaria passa a apresentar-seem nome de Luís Delgado Santos e em 1971 porHerdade de Camarate mantendo ferro e divisa,introduzindo sementais de Rio Frio e de DavidRibeiroTelles.

Divisa:Verde e BrancaExploração Solar do Efectivo: Herdade de Camarate - Samora Correia

Sinal de Orelhas: Esq. - Folha de FigueiraDir. - Brincada

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Herdade de PancasApartado 49

2135 Samora Correia

HERDEIROSDE CONDE CABRAL

Joaquim Guedes de Queiroz (Conde Cabral) em1950,adquire um lote de vacas ao Dr.António Silva,provenientes de Pinto Barreiros. No ano de 1954lida a 1ª corrida com o seguinte cartel: João Núncio,Manuel Conde, António dos Santos e FranciscoMendes.Em 1955 adquiriu um lote de vacas a D. IgnácioVasquez de Pablo e adquire um semental aD.António Urquijo. Neste mesmo ano dá-se a suaentrada na“Union de Criadores deToros de Lidia”.A partir de 1959 a ganadaria passa a anunciar-secom o nome de Herdeiros de Conde Cabral.São adquiridos dois sementais a David RibeiroTelles de origem Pinto Barreiros e mais tarde aOliveira Irmãos,no ano de 1972.Conquistam a sua antiguidade em Madrid com umanovilhada,em 1985.D. Carlos Nuñez, em 1992, forneceu umreprodutor de origem Parladé Rincon de nome“Urcolito”Nos anos de 1994 e 1995, foi adquirido a DSantiago Domecq, um lote de vacas e doissementais de nome Puntero e Primoroso, cujoencaste é mantido à parte da restante ganadaria.

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Divisa:Azul e AmarelaExploração Solar do Efectivo: Herdade de Pancas, Samora Correia

Sinal de Orelhas: Esq. - RasgadaDir. - Rasgada

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Fundada em 1910 pelo Dr. Norberto MascarenhasPedroso, com um efectivo de vacas portuguesas,procedentes de Manuel Duarte Oliveira,Condessada Junqueira e Emílio Infante da Câmara, de quemeram também os sementais.Todo este efectivo é adquirido em 1976 por JoséLuís Pereira Dias, cedendo-o a seus filhos ealterando o ferro e divisa.

Divisa:Verde,Amarela e BrancaExploração Solar do Efectivo: Herdade da Aroeira, Stº. Estêvão

Sinal de Orelhas: Esq. - RasgadaDir. - Rasgada

IRMÃOS DIAS

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Rua Machado dos Santos, nº 20, 2º Dto2120 Salvaterra de Magos

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Quinta das Gatinheiras2120-075 Salvaterra de Magos

JOÃO RAMALHO

Sediada entre os concelhos de Benavente eSalvaterra de Magos.Fundada pelo Sr.João Ramalho(actual proprietário), no ano de 1963.Esta ganadaria possui o segundo ferro mais antigo(ano de 1858),proveniente de seu avô, João SabinodeAlmeida Fernandes.A exploração do Solar do efectivo encontra-se nasGatinheiras e Montalvo, no que diz respeito aoconcelho de Benavente, existindo outraspropriedades no concelho de Salvaterra de Magos.Iniciada com toiros de José Marques Pedrosa noano de 1960, actualmente todo o efectivo já seencontra registado com o actual ferro.

Divisa: Lilás e BrancaExploração Solar do Efectivo: Quinta das Gatinheiras, Benavente

Sinal de Orelhas: Esq. - Folha de FigueiraDir. - Folha de Figueira

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Rua Cândido Reis, nº 732630-217 Arruda dosVinhos

JORGE DE CARVALHOFundada em 1969 com vacas de Camarate e umsemental de Lopes Branco.Posteriormente, foram introduzidos sementais deRio Frio,Brito Paes,Oliveira Irmãos e José Luís deVasconcellos d'Andrade.

Divisa:Amarela,Vermelha e BrancaExploração Solar do Efectivo: Herdade da Aroeira, Stº. Estêvão

Sinal de Orelhas: Esq. - RamalDir. - Ramal

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JOSÉ LUÍS PEREIRA DIASJosé Dias adquire no ano de 1976, vacas de diversasorigens, tais como: José Manuel Andrade, RuyGonçalves e CabralAscenção, com as quais inicia asua ganadaria, fazendo cruzamento com sementaisde Manuel César Rodrigues.Mais tarde compra o efectivo de D.Luís de Palmela,na altura propriedade da Companhia das Lezírias(Soler e Barreiros), que constitui a grande base doefectivo actual.

Divisa:Azul e NegraExploração Solar do Efectivo:

Sinal de Orelhas: Esq. - RasgadaDir. - Rasgada

Herdade da Aroeira, Stº. Estêvão

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Rua Machado dos Santos, nº 20, 2º Dto2120 Salvaterra de Magos

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JOSÉ PEREIRA PALHAApós longo interregno, em 1993, a ganadaria éreconstituida através da compra de um lote devacas e de um semental a José Luís Pereda,procedentes de Nuñez, tendo entretantosolicitado a prestação de provas de acesso àAssociação Portuguesa de Criação de Toiros deLide.

Divisa:Azul e BrancaExploração Solar do Efectivo: Monte de Stº. Isidro, Samora CorreiaSinal de Orelhas: Esq. - Rachada

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Monte de Santo Isidro2135 Samora Correia

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LOPES DA COSTA

Herdade de Monte Cunha2130 Benavente

Ganadaria fundada em 1993 pela compra de cemvacas e dois sementais de António Barbeiro queconstituíam o efectivo do Bodeal da Rainha, deorigens diversas (Gama, Camarate, Rio Frio, etc.).A vacada tem vindo a ser beneficiada comsementais congénitos, provenientes do próprioefectivo e nos últimos dois anos, para alémdaqueles, com um semental “jabonero” de origemPalha,Quinta da Foz.

Divisa:Azul e BrancaExploração Solar do Efectivo: Herdade de Monte Cunha, Benavente

Sinal de Orelhas: Esq. - S/ SinalDir. - S/ Sinal

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LOPO DE CARVALHO

Quinta da Alorna2080 Almerim

Fundada em 1987,através da cedência porAntónioBenito Moura do ferro que havia pertencido aoConde da Ribeira Grande. Eliminado o efectivoanterior e modificado o ferro, são adquiridas vacasde João Ramalho e um semental de Ruy Gonçalvese depois vacas de José Manuel Andrade e JoséPedrosa com um semental de Rio Frio. A partir de1996, todo o efectivo é substituído por vacas deFernandes de Castro com sementais deVasconcellos de Andrade, portanto encasteTamaron - Conde La Corte.

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Divisa: Ouro e VerdeExploração Solar do Efectivo: Herdade dos Malagueiros, Benavente

Sinal de Orelhas: Esq. - ForcaDir. - Forca

Page 50: Coudelarias e ganadarias

OLIVEIRA IRMÃOS

Herdade da Baracha2135 Samora Correia

Fundada por João Pedro de Oliveira, no ano de1895, através de vacas de Tomáz Piteira eCompanhia das Lezírias, com um semental deInfante da Câmara, efectivo que substituí, anosmais tarde, por reses Soler de Cláudio Moura.Entretanto,compra o efectivo de Joaquim OliveiraFernandes, procedente de Pinto Barreiros, ao qualjunta um semental deAlves do Rio,e vende tudo ode Soler a José Pedrosa eVicente de Almeida. Pormorte do titular passa a ganadaria a anunciar-se emnome de viúva de Oliveira e Filhos, paraposteriormente em 1944, se formar a SociedadeOliveira Irmãos que adopta o ferro,que ainda hojemantém. O direito a membro da "Union deCriadores deToros de Lidia" é adquirido em 1963por compra do ferro de António Oliveira Durão.Desde então, sem introdução de reses de outraproveniência, tem esta ganadaria seleccionado umexemplar morfologica e funcionalmente bemdefinido, que tem sido uma base ideal de muitosoutros efectivos, podendo assim considerar-secomo um encaste tipificado.

Divisa:Verde e BrancaExploração Solar do Efectivo: Herdade da Baracha, Samora Correia

Sinal de Orelhas: Esq. - MoscaDir. - Folha de Figueira

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Page 51: Coudelarias e ganadarias

PALHA

Monte da AdemaPorto Alto2135 Samora Correia

Por volta 1848,D.António José Pereira Palha, fundaa ganadaria adquirindo vacas procedentes deDâmaso Xavier dos Santos e outras autóctonescruzadas com sementais vazqueños de D. Miguel adiversos ganaderos portugueses. Posteriormenteem 1871, D. José Pereira Palha Blanco herda aganadaria e faz cruzar a vacada com sementais deConcha y Sierra e Miura.D. Francisco e D. Carlos PalhaVan-Zeller, netos dePalha Blanco, ficam com a ganadaria, em 1942, edecidem-se pela alteração do efectivo anterior,introduzindo vacas de Pinto Barreiros e sementaisde Domingo Ortega e Belmonte. Em 1968, morreD. Carlos Palha Van-Zeller e mais tarde, em 1980,morre D. Francisco PalhaVan-Zeller. Como ambosnão deixaram descendência , passam aproprietários da ganadaria aos filhos e netos da suairmã mais velha (os irmãos Pedro, Francisco, eFrederico Palha Botelho Neves e os sobrinhos D.Madalena e João Folque de Mendoça). Estespromovem a renovação da ganadaria, introduzindosementais de Ribeiro Telles, mais tarde compramtambem vacas e sementais de ferro OliveiraIrmãos,e ainda sementais deTorrealta.No ano de 1995, a ganadaria passa definitivamentepara a posse de D. João Folque de Mendoça, quecompra as partes da irmã e dos tios tornando-seno único ganadero titular do ferro Palha.

Divisa:Azul e BrancaExploração Solar do Efectivo: Herdade da Adema, Samora Correia

Sinal de Orelhas: Esq. - FendidaDir. - Fendida

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QUINTA DA FOZ

Apartado 302601-906 Castanheira do Ribatejo

Após a cedência da ganadaria a um dos seus sócios,o Sr. Fernando de CastroVan-Zeller Pereira Palha,no ano de 2002, a Casa Agrícola Quinta da Foz,consciente da sua importância na actividade agro-pecuária e das suas tradições, manteve jogos decabrestos para a lide diária do efectivo pecuáriodas raças autóctones. Estes cabrestos têm sidopresença marcante em todos os eventosocorridos no Ribatejo, tendo conquistado váriosprémios, sempre conduzidos pelo Sr. PedroArtilheiro.

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Page 53: Coudelarias e ganadarias

Quinta de São GabrielSanto Estêvão2130 Benavente

Fundada no início de 1948, com uma vacada deorigem Soler juntando, posteriomente, umsemental também de origem espanhola, adquiridoao ganadero José Pedrosa.Como consequência dascheias de 1979, a ganadaria perde parte do seuefectivo, pelo que tenta a sua recuperaçãointroduzindo um semental de David RibeiroTelles.Entre 1989 e 2002,o encaste na vacada passa a serdo semental "Juncal", sendo actualmente,assegurado pelos seus descendentes.

SOCIEDADEAGRÍCOLAE PECUÁRIA DESANTO ESTÊVÃO

Divisa:Vermelha,Azul e CinzaExploração Solar do Efectivo: Infantado e

Lezíria deVila Franca de XiraSinal de Orelhas: Esq. - Rinco

Dir. - Forca

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Page 54: Coudelarias e ganadarias

Município de Benavente

COUDELARIASe GANADARIAS

Page 55: Coudelarias e ganadarias

CÂMARA MUNICIPAL DE BENAVENTE . MUSEU MUNICIPAL DE BENAVENTE . CÂMARA MUNICIPAL DE BENAVENTE

Município de Benavente

Coudelarias e Ganadarias

M u s e u M Bu n I c I p a l d e e n a v e n t e