Córtex Sensoriomotor - DANÇANTES POR NATUREZA | Pós … · cerebral e medula espinhal, e uma...
Transcript of Córtex Sensoriomotor - DANÇANTES POR NATUREZA | Pós … · cerebral e medula espinhal, e uma...
Córtex Sensoriomotor
PROFESSORA FERNANDA MARINHO
• O córtex sensoriomotor é o principal centro deintegração do input sensorial e do output motor.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• É composto das áreas corticais imediatamente anteriores e posteriores ao sulco central.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• As três principais regiões motoras localizadas no lobofrontal são a área motora primária, a área motorasuplementar e a área pré-motora.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• As duas regiões sensoriais localizadas no lobo parietalsão o córtex sensoriomotor primário e o córtex parietalposterior.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Tanto a região anterior quanto a posterior contribuemcom o trato corticoespinhal descendente, que influenciaa atividade dos neurônios motores localizados na medulaespinhal ventral.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• O output das áreas corticais sensoriais vai para a medulaespinhal dorsal e modula o input sensorial periférico.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Cada área do córtex sensoriomotor (córtex motorprimário, córtex sensoriomotor primário, córtex parietalposterior, área motora suplementar e córtex pré-motor)é organizada de maneira que forneça uma representaçãotopográfica dos segmentos contralaterais do corpo.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Cada uma destas áreas é responsável principal por certosaspectos da geração do movimento.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• No caso do exemplo da aula anterior de alcançar o copode água, a imagem mental do corpo e de sua relação como espaço ao redor depende do recebimento de dadossomatossensoriais, proprioceptivos e visuais para ocórtex parietal posterior.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Os indivíduos com lesão nesta área mostram alteração naimagem corporal e em sua relação com o espaço extra-pessoal e em situações extremas também a negligênciados segmentos corporais contralaterais.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
CÓRTEX PARIETAL POSTERIOR
• Córtex parietal posterior: integra e traduz a informaçãosensorial para que os movimentos resultantes sejamdirecionados adequadamente no espaço extra-pessoal.
• É amplamente interligado às áreas associativas do lobofrontal consideradas envolvidas na determinação dasconsequências das estratégias de movimento, comomover o braço para frente, envolver o corpo com osdedos e levá-lo até a boca.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Os dedos começam a envolver adequadamente o corpo,antes de haver qualquer contato com o corpo; portanto,o tamanho e o formato do copo devem ser reconhecidosantes que ele seja tocado.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Tanto as áreas de associação pré-frontais quanto o córtexparietal posterior projetam-se para a área pré-motora,que supostamente está envolvida na orientação dossegmentos corporais antes do início do movimento.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Os dados transmitidos do córtex parietal posterior paraa área pré-motora podem ser importantes na orientaçãosomatossensorial do movimento.
• Tem-se demonstrado que lesões na área pré-motora ouno córtex parietal posterior resultam em geração de umaestratégia inadequada de movimento.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• O planejamento do movimento é considerado umafunção da área motora suplementar.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Estudos por tomografia monitoram as alterações no fluxosanguíneo, uma vez que um aumento no fluxo sanguíneocerebral local é associado à maior atividade neural.
• Nessas condições, quando solicitados a imaginar ummovimento, sem movimentar realmente, o fluxosanguíneo para o córtex motor suplementar dos sujeitosaumentava, não se observando nenhum aumento naárea motora primária.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Quando se pedia que os sujeitos realizassem uma sériede movimentos, de memória, o fluxo sanguíneo para ocórtex motor suplementar aumentava antes domovimento, mas não durante a realização domovimento.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Lesões unilaterais da área motora suplementar resultamem apraxia (perda da capacidade de realizar movimentona ausência de déficits motores ou sensoriais).
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Outro efeito de tais lesões é a incapacidade de produzir asequência correta de ativação muscular para atividadesmotoras complexas, como falar, escrever, abotoar umaroupa, digitar, costurar e tocar piano.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• A projeção do córtex somatossensorial primário para ocórtex motor primário e as áreas de associação fornece oinput sensorial necessário para o planejamento motor,início do movimento e regulação do movimento emandamento.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• O córtex motor primário integra a informação que recebede outras áreas do cérebro, gerando o comandodescendente para a execução do movimento.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Este comando descendente é enviado para o troncocerebral e medula espinhal, e uma cópia sua também éenviada aos gânglios basais e o cerebelo.
• O comando descendente especifica os músculos queserão ativados e a direção, velocidade e forçanecessárias.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• As lesões do córtex somatossensorial primário resultamtipicamente em perda sensorial contralateral.
• Os movimentos são incoordenados por incapacidade deregistrar o feedback sensorial durante e após omovimento.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
• Lesões na área motora primária resultam em déficits deexecução.
• O paciente apresenta o quadro clássico de fraquezamuscular, espasticidade e fracionamento reduzido domovimento com perda funcional correspondente.
PEDRETTI e EARLY, 2005.
A motricidade em necessidades especiais:relação com as abordagens sensoriomotoras
• Os componentes do SNC para o movimento podem seragrupados, em termos de função, em níveis superior,intermediário e inferior.
• O superior consiste no Sistema Límbico e nas áreas deassociação.
• As áreas sensoriomotoras, com os gânglios basais e ocerebelo, formam o nível intermediário.
• O nível inferior consiste nos núcleos do tronco cerebral emedula espinhal.
PEDRETTI; EARLY, 2005.
Nível Superior
Nível Intermediário
Nível Inferior
• Em circunstâncias normais, o repertório da atividademuscular é amplo.
• Depois de lesados os centros superiores há uma perda deinput excitatório descendente.
• Os níveis possíveis de modulação dos neurônios motoresespinhais tornam-se bastante limitados e a respostamuscular pode ficar limitada ou estereotipada.
PEDRETTI; EARLY, 2005.
• Pode-se dizer que as abordagens sensoriomotorastradicionais para o tratamento têm como alvo o nívelsensoriomotor intermediário, o processo de formulaçãode estratégia-planejamento motor assim como oprocesso de execução de nível inferior, com a meta dereintegrar, o máximo possível, uma hierarquia decontrole motor completa.
PEDRETTI; EARLY, 2005.
• Pode-se ver facilmente que o programa dereaprendizagem motora deve ter orientação cognitiva,visando atingir uma meta ou tarefa “ocupacional”.
PEDRETTI; EARLY, 2005.
• É necessário ensinar aos indivíduos estratégias motorasou mecanismos compensatórios para adaptação àsalterações produzidas pela lesão.
• Os mecanismos compensatórios e o formato dosprogramas motores são obtidos pelo recebimento dasimpressões sensoriais.
• As abordagens sensoriomotoras empregam estímulossensoriais para produzir padrões específicos demovimentos.
PEDRETTI; EARLY, 2005.
• No início da fase de tratamento, enfatiza-se o uso deestímulos sensoriais externos.
• Depois de obtida a resposta de movimento, para reforçare fortalecer a resposta, o foco passa para o uso deinformações sensoriais intrínsecas, estimulando assim ocontrole motor voluntário.
PEDRETTI; EARLY, 2005.
PEDRETTI, Lorraine Willians e Early, Marybeth. Terapia Ocupacional – capacidades práticas para disfunções
físicas. São Paulo: Rocca, 2005.