Correntes Textualistas e Ético-políticas

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3 Faremos a seguir uma breve análise das principais características das correntes textualistas e ético-políticas da análise literária, e em seguida, apresentaremos semelhanças e diferenças entre as elas. Na corrente textualista, iniciamos com a “crítica biográfica”, criada então pelo crítico francês Sainte-Beuve (1804-1868), e como seu nome já nós sugere a “crítica biográfica”, é um processo de descrição que procurava elementos da obra, através da vida do autor, fazendo uma abordagem da sua biografia. Outra corrente é a “crítica determinista”, da qual seu mentor foi o sociólogo Augusto Comte, que também seria precursor da sociologia da literatura. O mesmo estava sobre a influência do positivismo que é uma doutrina filosófica, sociológica e política. E surgiu como desenvolvimento sociológico do iluminismo, das crises sociais e morais do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). E o mesmo tentava relacionar os métodos das ciências naturais à literatura. Consistindo na procura de causas e leis da criação literária, havendo três fatores determinantes: a raça, o meio e o momento. Na direção oposta aos critérios científicos e a sua objetividade, o leitor ganha espaço, apresentando sua criticidade sob a sua subjetividade, ressaltando suas impressões mais fortes, diretamente ligadas as produções. na crítica formalista, busca-se distinguir, no próprio texto, características que o tornam literário. A obra no ponto de vista dos mesmos é uma forma, isto é, um sistema em que todos os elementos se integram , não sendo possível separar forma e conteúdo, contrariando o mecanicismo da linguagem atual. Na estilística, busca usar a arte como intuição de expressão. “Seria a linguagem um ato espiritual e criador, expressão da fantasia individual. ” Essa corrente apresenta três nomes que se destacam, sendo eles: Leo Spitzer, Damaso Alonso e Carlos Bousoño. E finalizando das correntes textualistas, apresentamos a “nova crítica” que aproxima o crítico do texto poético, o transpassando de várias conceituações que extrapolam os limites do texto. Na corrente ético-política, iniciamos com a “crítica existencialista” na qual a construção do futuro, do seu destino é atribuída pelo próprio homem. Já na “crítica marxista”, temos toda a sua base centrada no pensamento marxista (O que é do que e trata e seu maior representante.). Na “crítica sociológica”, que se detém nas questões sociais, e ético-políticos. Por fim, temos a “estética da recepção” que tem por centro da sua pesquisa o “leitor” compreendendo os seus diversos sentidos. Ao compararmos as duas correntes, percebemos que uma segue por conceitos mais específicos, e outra, baseia-se as concepções de ação social, ética e política. Encontra-se algumas palavras e ideias que geram uma similaridade entre a crítica determinista e a crítica sociológica, onde uma fala de fatores determinantes da obra como raça, meio e momento, e a outra, fala de questões sociais, respectivamente.

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Faremos a seguir uma breve análise das principais características das

correntes textualistas e ético-políticas da análise literária, e em seguida,

apresentaremos semelhanças e diferenças entre as elas. Na corrente textualista,

iniciamos com a “crítica biográfica”, criada então pelo crítico francês Sainte-Beuve

(1804-1868), e como seu nome já nós sugere a “crítica biográfica”, é um processo

de descrição que procurava elementos da obra, através da vida do autor, fazendo

uma abordagem da sua biografia.

Outra corrente é a “crítica determinista”, da qual seu mentor foi o sociólogo

Augusto Comte, que também seria precursor da sociologia da literatura. O mesmo

estava sobre a influência do positivismo que “é uma doutrina filosófica, sociológica

e política. E surgiu como desenvolvimento sociológico do iluminismo, das crises

sociais e morais do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial -

processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799)”. E

o mesmo tentava relacionar os métodos das ciências naturais à literatura.

Consistindo na procura de causas e leis da criação literária, havendo três fatores

determinantes: a raça, o meio e o momento. Na direção oposta aos critérios

científicos e a sua objetividade, o leitor ganha espaço, apresentando sua criticidade

sob a sua subjetividade, ressaltando suas impressões mais fortes, diretamente

ligadas as produções.

Já na “crítica formalista”, busca-se distinguir, no próprio texto,

características que o tornam literário. A obra no ponto de vista dos mesmos é uma

forma, isto é, um sistema em que todos os elementos se integram , não sendo

possível separar forma e conteúdo, contrariando o mecanicismo da linguagem atual.

Na “estilística”, busca usar a arte como intuição de expressão. “Seria a

linguagem um ato espiritual e criador, expressão da fantasia individual.” Essa

corrente apresenta três nomes que se destacam, sendo eles: Leo Spitzer, Damaso

Alonso e Carlos Bousoño. E finalizando das correntes textualistas, apresentamos a

“nova crítica” que aproxima o crítico do texto poético, o transpassando de várias

conceituações que extrapolam os limites do texto.

Na corrente ético-política, iniciamos com a “crítica existencialista” na qual a

construção do futuro, do seu destino é atribuída pelo próprio homem. Já na “crítica

marxista”, temos toda a sua base centrada no pensamento marxista (O que é do

que e trata e seu maior representante.). Na “crítica sociológica”, que se detém nas

questões sociais, e ético-políticos. Por fim, temos a “estética da recepção” que tem

por centro da sua pesquisa o “leitor” compreendendo os seus diversos sentidos.

Ao compararmos as duas correntes, percebemos que uma segue por

conceitos mais específicos, e outra, baseia-se as concepções de ação social, ética e

política. Encontra-se algumas palavras e ideias que geram uma similaridade entre a

crítica determinista e a crítica sociológica, onde uma fala de fatores determinantes

da obra como raça, meio e momento, e a outra, fala de questões sociais,

respectivamente.

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Se considerarmos a adoção e aplicação desses conceitos e ideias nas aulas

de literatura, seria um momento fascinante e esclarecedor. Exporia as ideias e

pensamentos de estudiosos e pesquisadores que se deterão a analisar a literatura

associado a vários outras ideias sociais, e compreendemos como uma oportunidade

de revisitar o passado e fazer links com o nosso presente, especialmente para os

jovens alunos que são carentes de cultura e informações que os redirecionem para

vislumbrar outros horizontes.