Correção ficha formativa 2

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Critérios de correção e cotação da FICHA FORMATIVA n.°2 (pp. 96-97 do Manual) Grupo I 1.a. Clarifica o conceito de deliberação. (10 pontos) Análise de diferentes cursos de ação, e dos meios para os realizar, que antecede a tomada de decisão. 1.b. Clarifica o conceito de motivo. (10 pontos) Razão (o porquê) que leva o agente a agir. 1.c. Clarifica o conceito de causalidade. (10 pontos) Sequência de causa e efeito, de tal forma que quando está presente um fator (a causa) decorre necessariamente o efeito (a consequência). 1.d. Clarifica o conceito de compatibilismo. (10 pontos) Posição sobre o problema do livre-arbítrio no qual se defende que são compatíveis as proposições “os acontecimentos são causados” e “o homem é dotado de livre-arbítrio”. 2. Relaciona os conceitos de agente, motivo e intenção.(30 pontos) Agente: aquele que age; que realiza o curso de ação visível; aquele a quem se pode atribuir o ato. Motivo: o porquê da ação; uma razão que apenas pode ser atribuída a um agente. Intenção: a finalidade da ação. A intenção é do agente e só ele a pode identificar; o motivo é a razão (porquê) de uma intenção (o para quê). 3. Enuncia o problema do livre-arbítrio. (20 pontos) É o homem livre, isto é, pode o homem iniciar um curso de ação não constrangido por nenhuma causa externa? Grupo II 1. Clarifica de que forma o autor do texto carateriza o conceito de ato voluntário. (10 pontos) Ato voluntário: o que decorre da vontade do agente; aquele que, sem o querer do agente, não teria decorrido; aquele que encontra no agente unicamente a sua causa; “quando afirmo que o meu braço se move voluntariamente, porque eu quero, o que manifesto é que poderia também não o ter mexido”; “sem a minha autorização, essa coisa não teria acontecido”. 2. Explica quais são, para o autor, as características de um ato livre. (20 pontos) Ato livre: possibilidade de dar o sim ou não a atos que dependem da vontade, do querer do agente. Ato cuja intenção é apenas determinada pelo agente e não por nada do que lhe é externo. 3. Com base nos argumentos apresentados pelo autor no texto, explicita porque é que o determinismo radical é uma posição incompatibilista no que respeita ao problema do livre-arbítrio. (20 pontos) Determinismo radical: posição sobre o problema do livre-arbítrio que nega a possibilidade do ato livre.

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Critérios de correção e cotação da FICHA FORMATIVA n.°2 (pp. 96-97 do Manual)

Grupo I1.a. Clarifica o conceito de deliberação. (10 pontos)Análise de diferentes cursos de ação, e dos meios para os realizar, que antecede a tomada de decisão.

1.b. Clarifica o conceito de motivo. (10 pontos)Razão (o porquê) que leva o agente a agir.

1.c. Clarifica o conceito de causalidade. (10 pontos)Sequência de causa e efeito, de tal forma que quando está presente um fator (a causa) decorre necessariamente o efeito (a consequência).

1.d. Clarifica o conceito de compatibilismo. (10 pontos)Posição sobre o problema do livre-arbítrio no qual se defende que são compatíveis as proposições “os acontecimentos são causados” e “o homem é dotado de livre-arbítrio”.

2. Relaciona os conceitos de agente, motivo e intenção.(30 pontos) Agente: aquele que age; que realiza o curso de ação visível; aquele a quem se pode atribuir o ato. Motivo: o porquê da ação; uma razão que apenas pode ser atribuída a um agente. Intenção: a finalidade da ação. A intenção é do agente e só ele a pode identificar; o motivo é a razão (porquê) de uma intenção (o

para quê).

3. Enuncia o problema do livre-arbítrio. (20 pontos)É o homem livre, isto é, pode o homem iniciar um curso de ação não constrangido por nenhuma causa externa?

Grupo II1. Clarifica de que forma o autor do texto carateriza o conceito de ato voluntário. (10 pontos)Ato voluntário: o que decorre da vontade do agente; aquele que, sem o querer do agente, não teria decorrido; aquele que encontra no agente unicamente a sua causa; “quando afirmo que o meu braço se move voluntariamente, porque eu quero, o que manifesto é que poderia também não o ter mexido”; “sem a minha autorização, essa coisa não teria acontecido”.

2. Explica quais são, para o autor, as características de um ato livre. (20 pontos)Ato livre: possibilidade de dar o sim ou não a atos que dependem da vontade, do querer do agente. Ato cuja intenção é apenas determinada pelo agente e não por nada do que lhe é externo.

3. Com base nos argumentos apresentados pelo autor no texto, explicita porque é que o determinismo radical é uma posição incompatibilista no que respeita ao problema do livre-arbítrio. (20 pontos) Determinismo radical: posição sobre o problema do livre-arbítrio que nega a possibilidade do ato livre.Argumento do texto: “A doutrina determinista estabelece que se eu soubesse como estão dispostas todas as peças do mundo agora e conhecesse exaustivamente todas as leis físicas, poderia descrever sem erro tudo no mundo dentro de um minuto ou dentro de cem anos. Como eu também sou parte do universo, devo estar submetido à mesma determinação causal que o resto do universo.” Posição incompatibilista: nega que se possa afirmar em simultâneo que tudo na natureza está

submetido a uma causalidade e que o homem é dotado de livre-arbítrio. O determinismo radical é portanto uma posição incompatibilista.

4. Apresenta os argumentos que mostrem se o autor é a favor ou contra o determinismo radical. (20 pontos)Posição do autor: apesar do argumento do determinismo radical, há atos livres, atos que dependem apenas da intenção e do querer do agente. A posição do autor é sustentada a partir da apresentação da posição de Sartre.

5. Explica como Sartre resolve o problema e quais os argumentos que sustentam a sua posição. (20 pontos)Sarte defende uma posição libertista: o homem é dotado de livre-arbítrio.

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Argumentos: o homem não está determinado à partida; os obstáculos, condicionantes da ação, não são determinantes e só podem ser obstáculos quando um agente visa livremente um determinado curso de ação.

6. Mostra qual é, segundo o autor, a consequência de se considerar o determinismo radical como uma teoria verdadeira sobre o problema do livre-arbítrio. (20 pontos)A responsabilidade moral (a possibilidade de ser assacado pelas consequências boas ou más de uma ação) só pode existir se o homem for dotado de livre-arbítrio (possibilidade de escolher entre duas ou mais alternativas genuínas).