Correção do 1ª exame do vestibular UERJ 2013.1 (Português) Diego Domingues Polo SJM.

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Correção do 1ª exame do vestibular UERJ 2013.1 (Português) Diego Domingues Polo SJM

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Correção do 1ª exame do vestibular UERJ

2013.1 (Português)

Diego DominguesPolo SJM

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Questão de pura interpretação. O autor fala da temida substituição da escrita pela imagem, mas diz que apesar dessa inevitável mudança, há um ponto positivo.Por eliminação, a única alternativa que traz uma ideia positiva é a ‘D’ por dizer “não seremos mais obrigados...”, ou seja, livrar-se de uma obrigação é algo positivo.Poderíamos também ir direto ao texto e reler os trechos contextualizados, para perceber que, um pouco antes do que se apresenta na alternativa ‘D’, lê-se “...consolando-nos uns aos outros com a cortesia de que, ao menos, não seremos mais obrigados...”. Se ele diz que é “uma cortesia”, reforça a ideia de algo positivo atrelado a essa opção.

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Quando a questão fala de uma profecia inicial extremamente negativa que se opõe ao tom do texto, precisamos prestar atenção nessa “oposição de ideias” que a própria questão menciona.Também devemos notar que essa oposição no tom do texto, esse contraste, se dá principalmente por causa de um certo exagero na seleção das palavras, pelo autor: “irreparável desastre, derradeira desgraça...”.Somando essas observações e relembrando que na primeira aula do PVS (e na revisão!) falamos sobre a figura de linguagem ‘ironia’, que é o recurso de dizer algo oposto ao que se pensa, chegamos à alternativa A como opção correta.

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Aqui a questão quer saber qual característica da atualidade é parecida com o ritmo da vida moderna da época do texto.Retornando ao texto, podemos observar, logo no começo do segundo parágrafo: “O público tem pressa. A vida de hoje, vertiginosa e febril, não admite leituras demoradas, nem reflexões profundas”.Em tempos de internet, de leituras fragmentadas, de twitter e seus 140 caracteres, nada mais atual do que dizer que as pessoas atualmente têm pressa, correto?Por isso essa agilidade no consumo de informações apresentada pelo autor como uma característica de sua época (1901) é bastante parecida com o que ocorre hoje em dia. Gabarito: opção A

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Também interpretação! A questão quer saber em qual trecho o autor antecipa o advento do cinema.Lembrando que o grande diferencial do cinema é justamente a junção de imagens em movimento e sons (na época esse som era uma música que acompanhava as apresentações). Entretanto vocês não precisariam saber sobre origem do cinema, nem nada disso, bastava perceber em qual trecho ele faz uma descrição do que seria essa essência do cinema (som e imagem).Na C ele diz “nada impede que seja anexado ao animatógrafo (no rodapé do texto ele explica que é um aparelho que exibe imagens sequenciais) um gramofone de voz tonitruosa (isto é, um aparelho que emite vozes, emite sons). Se ainda assim a interpretação soar um pouco complicada, vale a pena ir pelo critério de eliminação. Em nenhuma das outras opções, nem de longe,há alguma referência ao cinema.Gabarito C

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Para o autor, na representação da realidade, a imagem será vitoriosa sobre a palavra. A questão quer saber em que trecho essa ideia dele, essa pressuposição está enunciada.Voltando ao texto, no sexto parágrafo, o autor diz “As palavras são traidoras, e a fotografia é fiel.” Ele deixa claro que a representação fotográfica é objetiva, fiel, enquanto que as palavras são mais subjetivas, mais tendenciosas, traidoras.Na opção B há justamente essa ideia exposta: fotografia representa o real e palavras provocam distorções.Em todas as outras opções, essas ideias estão misturadas e não condizem com o que foi dito no texto.

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Para saber como a realidade é considerada pelo autor, basta voltar ao texto, na linha 4: “a realidade é, sim, muitíssimo mais inacreditável do que qualquer ficção”; e na linha 9: “(...) o ABSURDO da vida é insuportável (...)” . Logo, a realidade é absurda. Gabarito opção B

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Estamos quase na metade da prova e vocês estão percebendo que praticamente todas as questões trabalham com a interpretação, correto? Nada de subjetividade, nada de “eu acho que quer dizer”, nem de procurar informações nas entrelinhas; está tudo no texto, na linha. Na questão 7 não é diferente, vamos a ela.O autor justifica sua repetição por causa da relação que tem com os leitores. Para ele os leitores são como? Voltando ao texto, na linha 2 ele diz “a maioria das pessoas não sabe ler e é no fundo muito ignorante”. Por esse trecho podemos afirmar que o autor menospreza seus leitores.A opção que reflete esse posicionamento está claramente na D. A relação estabelecida pelo autor é caracterizada pela inferioridade dos leitores.

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Essa questão é parecida com a anterior.No trecho em destaque, ele diz que a maior parte das pessoas prefere o truísmo (no rodapé está o significado), isto é, a banalidade, o lugar-comum, o caminho mais fácil.Toda essa ideia de que o leitor se familiariza melhor com textos mais simples, mais conhecidos, sem grandes surpresas, está contida na opção C, pois para o autor, o leitor iniciante prefere sempre a repetição, aquilo que já conhece, que já sabe.Gabarito C

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Aqui não há também muito o que comentar. Primeiro bastava saber que ambiguidade é a duplicidade de sentidos de uma palavra, que pode gerar uma interpretação equivocada; e em segundo, era só perceber que o “sistema” do qual o povo fala não é o mesmo do qual o homem de terno fala. O povo se refere ao sistema político-econômico e o homem de terno a algum sistema tecnológico, que ficou fora do ar. Gabarito C

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Dois pontos importantes:1º quando a questão pergunta “essa atitude caracteriza-se por”...está falando da atitude de quem? Dos manifestantes ou do homem de terno?Voltando na pergunta percebemos sem dificuldade “....contrasta com a ATITUDE DO HOMEM DE TERNO E GRAVATA”. Portanto, a questão vai focar no personagem de terno.2ª Observem mais uma vez o que pergunta pede: “no que diz respeito ao USO DA LINGUAGEM...” , não está falando da postura dos personagens, nem da roupa, nem das intenções...está falando da linguagem!Devemos então reparar na fala do homem de terno e ver como ela está caracterizada. Falsa? Agressiva? Subjetiva? Nada disso. Quando ele diz “agora não vai dar”, percebemos um tom mais coloquial, mais informal, logo, o gabarito é a opção B: a atitude caracteriza-se por uma linguagem com pouca formalidade.

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Questão sobre conectivos! Esse foi um dos últimos assuntos que vimos nas aulas antes da prova. A questão quer apenas saber qur relação de sentido o primeiro verso (Difícil de mandar recado para ela) estabelece com os dois outros (Não havia e-mail / o pai era uma onça).Vocês poderiam ter notado de primeira que há uma relação de causa e consequência, pois o primeiro verso é explicado pelos dois últimos. Bastava perguntar o porquê do primeiro verso, para chegar nos dois próximos como uma explicação para ele. Reparem:Por que ela difícil de mandar recado para ela? Porque não havia e-mail e porque o pai era uma onça.Apenas isso. Logo, o gabarito é opção BOutra opção para resolver essa questão é ir testando os conectivos e percebendo qual deles estabelece um sentido lógico.Ex. “difícil de mandar recado, porém não havia e-mail? / difícil de mandar recado, embora não havia e-mail? Difícil de mandar recado, portanto não havia e-mail?” Nenhuma delas faz sentido, só resta mesmo a opção B

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Outra pergunta sobre figura de linguagem, essa é bem tranquila. Falamos bastante também sobre a diferença entre metáfora e comparação, lembram?A metáfora é uma comparação bem mais direta, sem conectivo.Ex. Você é o sol da minha vida / Maria era um doce / Ele é um monstro...

No trecho “O pai era uma onça” existe exatamente isso, a comparação direta, sem conectivo (nem preposição nem conjunção) entre o pai e uma onça.Gabarito C

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Na semana da prova enviei para vocês, no grupo do facebook, assim como sobre a verossimilhança, informações gerais sobre a metalinguagem. Só procurarem lá que vão achar.Relembrando: metalinguagem é quando se usa a linguagem para falar sobre a própria linguagem. Ex. poemas que falam sobre o fazer poético / um quadro com um homem pintando um quadro / o dicionário é totalmente metalinguístico, pois são palavras explicando outras palavras, etc.Na opção A temos um trecho da estória que fala das estórias contadas, por isso é o gabarito .

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Aqui não precisava nem retornar ao texto, bastava ler as quatro opções e ver em qual delas o autor explora a sonoridade das palavras. Lembrando mais uma vez, quando ele fala de sonoridade é JUSTAMENTE SOBRE O SOM que ele quer saber, não é uma interpretação subjetiva do barulho que determinada ação poderia fazer nem nada parecido com isso.Na questão A temos essa exploração da sonoridade no final do trecho com as palavras “imprevistos improvisos” que são sonoramente parecidas (figura de linguagem: paronomásia).Gabarito questão A

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Outra questão sobre figura de linguagem! Aqui é perguntado sobre a personificação (também conhecida como prosopopeia) que é aquela figura de linguagem na qual se atribuem características humanas para seres inanimados ou não humanos, quando se PERSONIFICA um ser.Na B vemos que à morte é atribuída a ação de apanhar os que estavam deitados. A morte é personificada e exerce uma ação, portanto, gabarito: opção B

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E por último, outra questão de interpretação!Normalmente o significado corrente do ato de sonhar é atrelado a algo positivo, mas a questão diz que o autor altera esse significado.Quando ele diz que o pai “sofria”, qual o poder que ele está atribuindo aos sonhos?Sofrer não está vinculado com se distrair nem se informar, muito menos podemos dizer que sofrer e se acalmar são termos relacionáveis.Resta a opção D. Quando o autor diz que o pai “sofria de sonhos” é como se ele dissesse que os sonhos perturbavam o pai.Gabarito questão D

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Só recapitulando este é o gabarito!

Deu para perceber que para tirar uma boa nota nessa prova o candidato deveria ficar atento à interpretação, aos valores semânticos estabelecidos por elementos do texto, além, é claro, de lembrar das figuras de linguagem e do valor semântico dos conectivos.

Meus parabéns para todos que foram bem!Para os que não foram, sem desespero! Esse é só o primeiro exame, haverá mais um com o mesmo peso em setembro. Refaçam as questões, reforcem o estudo naqueles pontos que vocês acham que ainda têm dificuldade, e qualquer dúvida, só mandar uma mensagem lá no facebook, ou levar sábado para o PVS.

Um grande abraço e até! ;)

Diego DominguesTutor de PortuguêsPVS SJM