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Biblioteca 16

Ultimas notícias/cartas 25

Notas/eventos 18

Heródoto Barbeiro 17

prevençãoA epidemia não para de crescer

internacionalA vida por uma presa

interiorHemato Oncologia Pediátrica

iniciativaAcreditação: sistema de controle dequalidade voltado para a área desaúde

capaEnfermagem em xeque

entrevistaPertencer à cidade e se apaixonarpor suas causasGilberto Dimenstein

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01ciência e tecnologiaAlta velocidade

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02mercado de trabalhoMotivação profissional

ÍNDICE

CORENRecorde de crescimento dasvisitas fiscalizatórias

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Como anda sua saúde?

Sempre, ao iniciarmos um novo ano,comprometemo-nos com diversaspromessas: parar de fumar, nos matri-cular em uma academia (e freqüentar),economizar um pouco de dinheiro, via-jar com a família, cuidar um pouco maisda saúde...Esta última deveria ser a primeira pro-messa de um profissional de enferma-gem, já que nossa atividade requer es-forços físicos e psicológicos diferen-ciados. E como estamos cuidando danossa saúde, ou seja, como pretende-mos cumprir a promessa? Basta nos fa-zer algumas perguntas, tais como: nes-ta semana, quantas vezes eu realmenteparei meus afazeres, sentei e ingeriuma alimentação saudável? Quantasvezes, nesta semana, consegui ter umaboa noite de sono? Quantas horas eupassei, em pé, ao lado de meus paci-entes? Ou ainda, tenha visitado ummédico regularmente?A verdade é que ao prestar a assistên-cia ao próximo muitas vezes esque-cemos de nós mesmos, protelando oscuidados com a nossa saúde. E, é paraabordar desse problemas que a ma-téria de capa desta edição, “Enferma-gem em xeque”, está abordando osprincipais problemas de saúde queafligem os profissionais de enferma-gem e o que podemos fazer para mi-nimizá-los.

Mas não podemos esquecer a ampli-tude do conceito de saúde – estadode total bem-estar físico, mental esocial, não constituindo apenas a au-sência de doença ou enfermidade.Nossa saúde é reflexo, também, dasnossas condições ambientais de tra-balho, de nossas relações e satisfaçãoprofissional. A seção mercado de tra-balho aborda a importância dos pro-cessos motivacionais nas instituições,uma prática em crescimento no nos-so Estado e que vêm trazendo muitosbenefícios para a saúde profissionaldos nossos profissionais.Ainda abordamos, nesta edição darevista, o processo de avaliação de qua-lidade de hospitais: a Acreditação.Apesar de ser um processo voluntário,cada vez mais um número crescentede hospitais estão implantando oprocesso cujo principal objetivo é abusca da qualidade. E todos ganham:os hospitais, pela credibilidade; osprofissionais de saúde, pelas melho-res condições de trabalho e os pa-cientes, pela qualidade da assistênciarecebida.

Espero que vocês tenham uma boaleitura e que nossas dicas de saúdesejam úteis em 2006.

Ruth Mirandapresidente

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Receber diagnóstico positivo para o HIV já é uma experi-ência difícil, e infelizmente, até hoje, os exames disponíveislhe acrescentavam uma carga extra: a ansiedade no períodoentre a coleta de sangue e o resultado.Agora, um novo exame desenvolvido no Canadá prometealiviar a espera angustiante. Fabricado pelos bioLyticalLaboratories, companhia situada na província da ColúmbiaBritânica, o INSTI HIV-1 Rapid Antibody Test responde, emapenas 60 segundos, se o indivíduo é soropositivo ou não.

Membrana protéicaO INSTI HIV-1 é constituído por um kit cujo principal ele-mento é um cartucho plástico com material absorvente euma membrana sintética de filtragem por cima.A membrana é tratada com proteínas recombinadas doHIV-1 (veja quadro “Os dois lados da pandemia”). Quandouma ou duas gotas de sangue, plasma ou soro são aplicadassobre ela, os anticorpos do HIV-1, se presentes, são cap-turados pelas proteínas, revelando-se em uma localizaçãoespecífica da membrana, o ponto de teste (test spot).A membrana também possui um ponto de controle (controlspot) tratado com proteína A, que se liga aos anticorposIgG naturalmente presentes no sangue. Se o control spotnão aparecer durante o teste, este é considerado inválido.Para chegar ao resultado, é preciso utilizar um diluentepara dissolver as células vermelhas do sangue antes daaplicação da amostra sobre a membrana; após a aplicação,usa-se uma substância que reage com os anticorpos,colorindo de azul os pontos em que foram capturados.Há duas possibilidades: se apenas um ponto azul, corres-pondente ao control spot com anticorpos IgG comuns, forvisualizado, o resultado é negativo. Se, porém, dois pontosaparecerem, o paciente é HIV+: a segunda mancha corres-ponde ao test spot, onde os anticorpos do HIV-1 foramcapturados. A inexistência de qualquer mancha, como dis-semos, invalida o teste.Por fim, uma solução é aplicada para reduzir a cor de fundodo conjunto, tornando o(s) ponto(s) mais visível(is). Todosos produtos usados são fornecidos no kit.

Rapidez e precisãoSegundo Richard Galli, diretor de Pesquisa e Desenvolvi-mento da bioLytical, o INSTI HIV-1 revelou uma precisão

de 99,6% em um número superior a 16 mil testes com maisde 3.400 pessoas no Canadá. A prevalência de falsos positi-vos foi semelhante à de outros testes.Como resultado, o Health Canada, correspondente ao nossoMinistério da Saúde, aprovou, em novembro de 2005, a uti-lização do exame em hospitais, clínicas, consultórios, serviçosde emergência e nas localidades onde não há outros testes.A bioLytical deve submeter o kit à avaliação do FDA (Foodand Drug Administration), nos Estados Unidos, no final de2006 e afirma que não tem interesse em desenvolver versõesdomésticas. Processos de aprovação na China, Índia, LesteEuropeu e África Subsaariana têm sido estudados.

AltavelocidadeNovo exame atesta presença do HIV emapenas 1 minuto

Para saber maiswww.biolytical.com

Por João Marinho

Ciência e Tecnologia

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Mercado de trabalho

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Não é fácil. Vez por outra todos os problemas dodia-a-dia nos fazem refletir: o que estamos fazendo denossas vidas? O problema é quando isso se tornatão forte que perdemos as perspectivas transferindoessa insatisfação para nossas atividades, deixando deinvestir em nossa carreira, em nossa vida familiar etc.Este assunto é pouco discutido entre os profissionais,mas já está sendo uma preocupação para os empre-gadores que estão investindo em projetos que visamà motivação profissional. Na saúde, esses investimen-tos ainda são tímidos. Pouco se sabe sobre progra-mas dessa envergadura implantados em hospitais eclínicas, mas isso não quer dizer que não sejam ne-cessários.Segundo Marcelo Chanes, enfermeiro, mestre emEnfermagem e diretor acadêmico da Faculdade SãoCamilo, já existem no Brasil ações específicas de mo-tivação “apesar de serem programas isolados em hos-pitais mais preocupados com a sua dimensão hu-mana ou em processos de certificação de qualidade”.No exterior essas práticas são mais comuns, nos Es-tados Unidos, por exemplo, “existe o Programa MagnetRecognition, que certifica hospitais que implantamprogramas de retenção de talentos, e são tidos comoHospitais Imãs, por atraírem e reterem esses talentosatravés de sólidos programas motivacionais e de de-senvolvimento”, afirma.

Prazer e dinheiroCerca de vinte anos atrás, o sociólogo Philip Slaterpublicou uma dura crítica sobre a moderna obsessãoocidental pela riqueza. Slater diz que “A idéia de quetodos querem dinheiro é propaganda circulada porapegados à riqueza, a fim de sentirem-se melhor emrelação ao seu apego”. De forma interessante issosugere que ganhar dinheiro para ter mais dinheironão enriquece a experiência interior e nem gera qua-lidade de vida.A motivação não consiste apenas em remuneração,mas também de outras ações de desenvolvimentopessoal e profissional, como convivência com o gru-po, local de trabalho adequado, diálogo entre profis-sionais e supervisores, entre outros fatores de gran-de importância.

Qualquer uma das atividades humanaspressupõe um motivo, com o trabalhonão é diferente, precisamos dele comomeio de vida, mas também, parasatisfação pessoal

Falta de perspectiva profissional, excesso de carga de trabalho, ambienteinadequado e alto índice de estresse. Diante de tantos fatores negativos,como manter a motivação?

Motivação profissional

Antes de qualquer projeto demotivação é importante que a altacúpula responda a pergunta: O queas pessoas significam para nós? Sea resposta demonstrar que estas

são vistas como elementoimportante e imprescindível para osucesso da organização, então, oprograma poderá ser elaborado.

Marcelo Chanes

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Dr. Tim Kasser e Dr. Richard Ryan realizaram algunsestudos em 13 países diferentes, comparandopessoas altamente motivadas a fazer dinheiro comaquelas que não o são. Um dos pontos apontadospela pesquisa revelou-se um dilema para os empre-gados, porque a maioria deles acredita que o princi-pal “contrato” que eles estão fazendo com seus em-pregadores é o de que o empregador dá dinheiro e oempregado dá seu trabalho, ou seja, ele esquece-seque também faz parte do grupo e que também preci-sa motivar a equipe através do desenvolvimento desuas tarefas.Constantemente ouvimos nossos colegas fazendoreclamações (e, aqui, podemos estar incluídos) sobreárduas atividades, sobre chefias, sobre horários detrabalho ou, ainda, sobre má remuneração. A per-gunta é: o que fazemos a respeito? O que contribuí-mos para a mudança desse quadro?

Motivação“Um programa de motivação deve ser iniciado coma coleta da pesquisa de clima organizacional”, atra-vés de um instrumento de pesquisa junto aos cola-boradores. Cabe a cada hospital as questões quesejam mais importantes”, afirma Chanes. O segundopasso é achar os principais motivos da insatisfaçãoe pontuá-los. Com esses dados na mão um especia-

lista consegue elaborar um programa específico paraa instituição, chamado de Programa de MelhoriaContínua - PDCA.As instituições que aderiram ao esse tipo de açãosão unânimes em afirmar que as pessoas reagem aosestímulos a curto e médio prazo. Segundo Chanes“as pessoas reagem ao estímulo do ambiente orga-nizacional assim como reagiríamos a qualquer tipode estímulo. Há respostas mais rápidas e outras emlongo prazo. O que deve estar claro ao gestor é que amotivação é contínua e reflete o clima organizacio-nal, ou seja, não adianta implantar um programa demotivação e não inserir as lideranças nesse con-texto”.O resultado de programas motivacionais pode sermedido através de diversos indicadores, o maiscomum é a pesquisa entre os colaboradores, masexistem outras maneiras de se mensurar os re-sultados, como os indicadores de produtividade e,também o grau de satisfação do cliente ou usuáriodo serviço prestado.

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Leitura consultadaSlater, P. Wealth Addiction. Dutton, New Hyork, 1980.Kasser, T. e Ryan, R. M. “A Dark Side Of The American Dream:Correlates Of Financial Success As A Central Life Aspiration”pp. 410-422 em Journal of Personality and Social Psychology,Vol. 65, nº 2, 1993

Mercado de trabalho

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ara o jornalista Gilberto Dimenstein o principal motivo daviolência é justamente a falta de visibilidade social “O que gera aviolência é a sensação de não ter conhecimento, de não pertencerP

à sociedade”.A tese é corroborada por casos documentados em 16 anosde investigação jornalística pelo mundo.Dimenstein também é presidente da Cidade Escola Aprendiz, criadaem 1997 com o foco na educação comunitária, a inclusão social e atransformações no meio em que vivemos. É integrante da ComissãoExecutiva do Pacto da Criança, coordenado pelo Fundo das NaçõesUnidas para a Infância.Sua principal arma para combater as mazelas sociais é a educação eseu papel essencial para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade.

Jornalista da Folha de SãoPaulo, da revista Veja e darádio CBN. Formou-se naFaculdade Cásper Líbero.É integrante da ComissãoExecutiva do Pacto daCriança, coordenado peloFundo das Nações Unidaspara a Infância. Escreveuos livros: Meninas daNoite, A Guerra dosMeninos, O Cidadão dePapel, A Democracia emPedaços, O Aprendiz doFuturo e está lançando Osmistérios das bolas deGude.

Gilberto Dimenstein

Pertencer à cidade ese apaixonar porsuas causasUma paixão que pode modificar o futuro

Como agentesde saúde, assimcomo os médios,os profissionaisde enfermagemsão e devem serelementos detransmissão deeducação para asaúde. Sãopessoas queconhecem, emprofundidade,os efeitos daexclusão

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Entrevista

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REVISTA COREN-SP – O pro-jeto Aprendiz tem como focoprincipal a educação. Massabemos que trata, também, deinclusão social. Como a educa-ção pode – ou está – desempe-nhando esse papel?Gilberto Dimenstein - Na ver-dade, não há inclusão sem edu-cação. A educação está para umindivíduo como as asas para umpássaro. A própria razão da ex-clusão é o pouco acesso à edu-cação, que, por sua vez, se refletenas demais exclusões, que vão doemprego à saúde. Os projetos quemelhor conseguem inserir o in-divíduo estão centrados naproposta de assegurar aos indi-víduos autonomia, ou seja, a ca-pacidade de fazer do conheci-mento fonte de riqueza.

REVISTA COREN-SP – De-pois de oito anos de implanta-ção, quais são os resultadosobtidos através dessas ações?Dimenstein - O que podemosver, depois de oito anos, é queainda existe muito para fazer edepende da confluência de trêsdimensões de aprendizado:família, escola e comunidade. Éum trabalho longo, exige muitasarticulações, muitas dessas cri-anças e jovens têm de recupe-rar tempo perdido, não foramestimulados na família nem naescola. O que vemos, porém, éque depois de certo tempo deestímulo e de chance de expres-são, o jovem e a criança come-

çam a acreditar mais e, aos pou-cos, vão descobrindo o prazer doaprender. Um dos nossos indi-cadores é o alto número deles quequerem e entrar na faculdade.

REVISTA COREN-SP – O li-vro, Educação um tesouro adescobrir: Relatório para aUNESCO da comissão Inter-nacional sobre educação parao século XXI, organizado porJacques Delors tem como prin-cípio os 4 pilares da educação:aprender a conhecer, aprendera fazer, aprender a viver juntose aprender a ser. Na sua opiniãonossos educadores têm umavisão profunda do que essesconceitos significam? Dimenstein - Esses quatro pi-lares são a essência da educaçãointegral, na qual nos percebe-mos como aluno, cidadão, tra-balhadores, amigo, filho. Ou seja,engloba todas as dimensões dosseres humanos que necessitamaprender, fazer, se conhecer e serelacionar. Infelizmente, a escolase propõe a lidar (e muitas vezeslida mal) apenas com a dimensãodo saber e do fazer. O progressopessoal e coletivo depende dadisseminação do protagonismo.É por isso que a Cidade EscolaAprendiz trabalha como espaçoeducativo as dimensões,inseparáveis, da escola, da famíliae da comunidade.

REVISTA COREN-SP – Seu li-vro fala sobre pertencimento e

visibilidade, qual o significadodesses conceitos na sociedade? Dimenstein - Fui descobrindoem minhas entrevistas, nesses16 anos de investigação pelo Bra-sil e pelo mundo, que a relaçãoda violência não é conseqüênciadireta da pobreza, mas da invisi-bilidade. Isso ocorre quando a cri-ança e o jovem não se sentempertencendo a nada, não sesentem acolhidos. Como não seidentificam com nada, nãotraçam um projeto de futuro evêem na marginalidade suaforma de apegar-se a algo. Passama destruir e se destruirem. Semesses conceitos, as políticas de re-dução da marginalidade não têmconsistência.

REVISTA COREN-SP - A en-fermagem é uma profissão quelida com os cuidados ao ser hu-mano, conceitos que são abor-dados no ensino da profissão.Formaríamos cidadãos maisconscientes se esses conceitoshumanistas fossem abordadosdesde a infância?Dimenstein - Quando falamosem educação, vamos muito alémda escola. Falamos de autonomiae responsabilidade. Isso significaeducação para a saúde. Significarespeito. Como agentes de saúde,assim como os médios, os pro-fissionais de enfermagem são edevem ser elementos de trans-missão de educação para a saúde.São pessoas que conhecem, em pro-fundidade, os efeitos da exclusão.

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Prevenção

A OMS e o Unaids (programa da ONU para o combate àAids) esperavam cumprir, no ano de 2005, o ambicioso plano“três por cinco” que estipulava o fornecimento de remédiosa 3 milhões dos 6 milhões de moradores de países em de-senvolvimento que necessitam de tratamento. Em junho,apenas um milhão de infectados em nações pobres estavamrecebendo os medicamentos.O diretor do departamento de HIV/Aids da OrganizaçãoMundial da Saúde - OMS, Jim Yong Kim, pediu desculpaspor não ter alcançado a meta de distribuição de anti-retro-virais até dezembro. “Eu preciso dizer que estou extrema-mente desapontado comigo mesmo e com meus colegas,porque não agimos com a rapidez suficiente, não salvamosvidas o suficiente”, disse em entrevista à TV britânica BBC.

A Epidemia que não para de CRESCERSegundo dados da Organização dasNações Unidas - ONU, o vírus do HIV/Aidsteve seu maior índice de crescimento noano de 2005, A organização sobre Unaidsrevelou que o programa de distribuição demedicamentos não atingiu sua meta eque o número de pessoas infectadaschegou a 40,3 milhões, o maior número járegistrado até agora

O vírus que já matou mais de 25 milhões de pessoas não para de crescer

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Prevenção

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Apesar de não terem sido atingidas as metas, o programanão foi considerado falho, pois conseguiu aumentar o nú-mero de pessoas que recebem o tratamento, afirma o di-retor. Antes da criação desse projeto, os lideres mundiaisaceitavam a idéia que essa geração estava perdida, ou seja,nada mais poderia ser feito. A cura para doença não foiencontrada, porém os anti-retrovirais bloqueiam a capaci-dade do vírus de se multiplicar e podem retardar o início dadoença, ao tornar o ataque ao sistema imunológico mais lento.

Evolução da doençaEm linhas gerais, a epidemia avança no Brasil, com exceçãodas regiões Sul e Sudeste, esta última apresenta uma quedasignificativa de 15,6% na taxa de incidência da Aids entre1998 e 2004. No Centro Oeste e no Nordeste a epidemiaaumentou 48,8% e 38,1% respectivamente, mas é a regiãoNorte a que mais preocupa: de 1998 a 2004 o crescimentono registro de casos foi de 94,7%. Entre os dez estados nosquais a doença mais avançou, nesse período, cinco tiveramcrescimento superior a 100%: Maranhão, Pará, Acre, Piauí eRoraima, que registrou o maior aumento (247%).O relatório anual sobre a situação da epidemia de Aids nomundo, mostrou que o número de pessoas que necessitamde tratamento só aumenta. A quantidade de portadores deHIV chegou a 40,3 milhões de pessoas, o dobro do total decontaminados há uma década. Em 2005, cinco milhões depessoas contraíram o vírus — foi o maior índice de crescimentoanual desde 1981, quando o vírus foi identificado e isolado.A África Subsaariana permanece como a região mais atin-gida, com 25 milhões de HIV+. Em Moçambique e na Sua-zilândia, há indicações de piora no índice de contaminações.

No Quênia, Uganda e Zimbábue, no entanto, o número denovas infecções parece estar caindo. No Leste Europeu, onúmero de infectados pelo HIV aumentou em um quartodesde 2003.Já na América Latina, cerca de 1,8 milhão de pessoas convi-vem com a doença. Desde 2003, foram registrados 200 milnovos casos na região, com 66 mil mortes. Cerca de umterço dos infectados sul-americanos vivem no Brasil.

Prevenção e TratamentoNo Brasil, 100% das pessoas que preenchem os critériosestabelecidos pelo Ministério da Saúde têm acesso ao tra-tamento com os medicamentos. A melhora da qualidadede vida dos HIV+ se deu a partir da introdução do acessogratuito à terapia anti-retroviral, já que cerca de 140 milpessoas necessitam do tratamento oferecido pela rede pú-blica de saúde.Desde novembro de 1996, foi promulgada lei que dispõesobre a obrigatoriedade do acesso universal e gratuito aosmedicamentos anti-retrovirais pelo sistema público desaúde. Todos os anti-retrovirais disponibilizados peloMinistério da Saúde e as orientações para o seu uso sãodefinidas pela Coordenação Nacional de DST e Aids.O Ministério da Saúde executou em 2005 vários programaspara o tratamento e prevenção da Aids. Do orçamento de807.057 milhões aprovados para 2005, foram executadosR$ 804.390 milhões, o equivalente a 99,67% do total.O Brasil distribui 15 tipos de medicamentos anti-retroviraisna rede pública de saúde, sendo que oito desses são produ-zidos nacionalmente, fator que reduz sensivelmente os gas-tos com a importação de ARV.

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Capa

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Oconceito de prevenção tem progressivamente centrado aenfermagem, a medicina e disciplinas correlatas napromoção da saúde e do bem-estar da população.

Até aí, nada que já não saibamos. O que acontece, porém,quando invertemos a relação, e o profissional de saúde – nocaso, a enfermagem – fica “do lado de lá?” Como ele lida comsua própria saúde?Não é fácil responder. Afinal, esses profissionais, como todas aspessoas, estão sujeitos a revezes e a valores e experiências distintos.Há, porém, um outro dado: sob a óptica da saúde do trabalho,é sabido que as profissões influenciam a saúde de seusexecutores. A prática da enfermagem, portanto, torna seusprofissionais mais propensos a certos agravos, enquanto a culturaprofissional estimula modos típicos de enfrentá-los. É o quediscutiremos a seguir.

Quais os problemasde saúde que afligem

o profissional deenfermagem e como

ele os enfrenta?Por João Marinho

Enfermagem em xeque

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Peso nas costasClínicas, spas, empresas, times de futebol. O campo detrabalho para o profissional de enfermagem é cada vezmaior, mas ainda são os hospitais os maiores empregadorespara a categoria.Dados do Bureau of Labor Statistics, nos Estados Unidos,indicam que, naquele país, três em cada cinco profissionaisde enfermagem trabalham em hospitais – e, no Brasil, as esta-tísticas não parecem muito diferentes.Para a Dra. Ivone Martini de Oliveira, diretora da Asso-ciação Nacional de Enfermagem do Trabalho - ANENT, éprecisamente aí que começam os problemas quanto à saúdedo profissional: “No ambiente hospitalar, encontramos to-dos os riscos ocupacionais” (veja quadro “Profissão de ris-co”). Segundo ela, são nos riscos ergonômicos, biológicos epsicossociais que o profissional de enfermagem encontraseus principais inimigos.Riscos ergonômicos, na enfermagem, se traduzem pela siglaDORT (distúrbios ósteomusculares relacionados aotrabalho).“Dores lombares estão em primeiro lugar nesse distúrbio,decorrentes do manuseio com paciente, cama e maca,cadeira baixa demais, etc.”, diz o Dr. Vitor Hugo Marques,enfermeiro especialista em fisiologia do movimento epresidente da Sociedade Brasileira de Enfermagem no Espor-te - SOBEEsp.Segundo reportagem publicada no site NurseWeek, citandooutros dados do Bureau of Labor Statistics, de cada deztrabalhos com elevado risco de lesões nas costas, seis estãona assistência à saúde.

24 horasOutros dois inimigos se escondem no tempo destinado aoexercício da profissão: os turnos alternados e as duplasjornadas. Um estudo realizado em 2003 pelas hoje enfermei-ras Dras. Gleiciany Miranda, Liliane Maria Alves Maia eMônica Pereira Lima detectou que, entre 82 enfermeiros darede hospitalar de Rio Branco (Acre), na qual havia 160 pro-fissionais, 87,5% possuíam dupla ou tripla jornada de trabalho.Para a Dra. Ivone Martini, a dupla jornada ocorre porque oprofissional de enfermagem ainda não é valorizado: os saláriossão baixos e não costuma haver incentivos e nem benefíciosalém dos consagrados em lei, como o adicional noturno.A medida que altera o ritmo biológico, propicia um sonode baixa qualidade e põe o profissional em descompassosocial. O turno noturno, é também uma fonte potencial dedesgaste e problemas de saúde, conforme atesta a psicólogaEliane Corrêa Chaves em sua tese de doutorado sobre oassunto. Havendo turnos alternados, a situação piora.

Uma fauna peculiarJá no campo dos riscos biológicos, é fato que “os profissio-nais com exercício em hospitais terão um espectro aumen-tado de doenças, pela natureza dos agentes que circulamnesses locais”, diz o infectologista Dr. Luiz Jacintho da Silva.Vale lembrar, entretanto, que os riscos biológicos costumamse articular com os mecânicos. É onde entra a importânciados acidentes com materiais perfurocortantes.Hepatites B e C, HIV/Aids, varicela, tuberculose, retrovírusHTLV-I e II e doenças causadas por vírus respiratórios,como o Influenza, são as maiores ameaças. “Na epidemia

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de SARS, por exemplo, a maior parte dos indivíduos que seinfectaram, para além da população geral, era formada porprofissionais de saúde”, declara a também infectologistaDra. Nancy Bellei.É a tuberculose, porém, que merece lugar de destaque.Segundo a OMS, cerca de 2 bilhões de pessoas estão infec-tadas pelo bacilo de Koch – e boa parte desse total certa-mente é formada pela enfermagem. “Há décadas, sabe-seque a tuberculose incide mais em profissionais de saúde,particularmente técnicos, auxíliares e médicos, do que napopulação geral. O risco continua elevado, acrescido pororganismos multirresistentes”, explica o Dr. Luiz Jacintho.

Angústia e sofrimentoSubmetidos a tudo isso, não é de admirar que os profissio-nais de enfermagem desenvolvam uma forte angústia rela-cionada ao medo da contaminação.Para a psicanalista Leny Magalhães Mrech, a reação é agra-vada no contexto de nossa cultura e sua obsessão por pre-venir e controlar: “Quando a Psicanálise destaca que há umexcesso no sentido dos cuidados da cultura atual, ela se referea que há um mercado de saúde, uma venda indiscriminada deremédios, sem falar na difusão maciça das informações clínicaspara o grande público. Em decorrência, há um efeito colateral:estamos continuamente angustiados com a possibilidade determos uma doença, de morrermos no próximo minuto”.Para Mrech, o profissional de enfermagem é especialmenteatingido: “O corpo adoece e morre em algum momento.Os profissionais de saúde em linha geral – e o pessoal de

enfermagem de uma maneira mais específica – sabem mui-to bem disso. Então, a angústia entre eles é bem maior, oque acaba gerando uma grande tensão psíquica”.Essas considerações encontram respaldo em estudos em-píricos. Em sua dissertação de mestrado, a psicóloga IsabelCristina Ferreira Borsoi constatou que, entre 237profissionais de enfermagem de um hospital de RibeirãoPreto, 30% apresentavam perfil psicológico com tendênciaà hipocondria.Não pára por aí. O cuidar na enfermagem também trazuma alta carga emocional, que, se não administrada corre-tamente, resulta em outros problemas.Na já citada dissertação de Isabel Borsoi, 20,7% dos profis-sionais apresentaram tendência à depressão, fenômeno quea psicóloga relaciona à possibilidade da perda e à necessi-dade de “elaborar rompimentos afetivos em relação ao pa-ciente”. “A enfermagem lida com a doença e a morte. É pre-ciso se trabalhar psiquicamente para lidar com esses con-teúdos”, acrescenta Leny Mrech.A incidência de depressão pode ser influenciada pela es-pecialidade. Isabel Borsoi, em seu estudo, constatou que afreqüência de perfis depressivos era maior nos setores queconcentravam pacientes com estados patológicos clínicos. Já aDra. Maria Aparecida Mastroantonio, enfermeira especialistaem dependência química, destaca que o problema ocorre“principalmente nos profissionais que atuam nas UTIs”.Por fim, Borsoi também conclui que o fator idade e, comele, a experiência profissional, reduz a incidência de de-pressão. Por outro lado, o conflito entre o investimento

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emocional no paciente, que passa para segundo plano, osvalores da profissão, a postura técnica que se exige do pro-fissional e o fato de o trabalho estar inserido numa lógicacapitalista que lhe dá status de mercadoria podem levar oprofissional a uma reação com tendência à histeria, que“pode ser tomada como dramatização de sintomas” e seexpressa em termos de “reações musculares e expressõescorporais difusas”.

Fora do arÉ claro que todos esses fatores não agem isoladamente,mas de forma integrada. Assim, a pressão no ambiente detrabalho e os maus hábitos de alimentação devido aos horá-rios podem, por exemplo, levar à obesidade e à hipertensão.Além disso, o profissional de enfermagem pode recorrer aoutros expedientes para lidar com tantos desafios – e aescolha nem sempre será a mais adequada.O tabagismo, por exemplo, é uma das vias. Segundo a OMS,há uma prevalência de 30% de fumantes entre os profissio-nais de saúde, incluíndo a enfermagem.Outras drogas também são utilizadas, o que, segundo Mas-troantonio, ocorre pela “necessidade de se manter em doisempregos, assim como, muitas vezes, são levados por algumproblema de saúde e, para evitar a presença da dor, acabamutilizando drogas para não faltarem ao trabalho”.A posição de profissional da saúde facilita o acesso aalgumas drogas. “Entre as drogas mais utilizadas, temos aDolantina, Dormonid, Diazepan e Fentanil. Como elas exis-tem dentro de hospitais, e muitas vezes não são feitos con-

troles eficazes, isso permite que o profissional tenha facili-dade em utilizá-las”. Ainda segundo a enfermeira, no rankingdas drogas mais utilizadas pelos profissionais de saúde/enfermagem, está, em segundo lugar, o álcool “e, a seguir, amaconha – e não podemos esquecer as anfetaminas”.

Ação e reaçãoComo o profissional de enfermagem reage dentro dessequadro? A resposta não é das melhores. “De forma geral,não cuidam muito de sua saúde, mesmo quando há pro-gramas para acompanhamento desse assunto”, diz o Dr.Vitor Hugo Marques.Para Leny Mrech, isso tem relação com o modo de serhumano: “Atuamos de uma forma inconsciente em relaçãoao nosso corpo. Nós o deixamos de lado até que ele apre-sente algum sinal de doença”.Mesmo assim, nossos entrevistados foram praticamenteunânimes ao afirmar que a negligência em cuidar de siacaba sendo maior em profissionais de saúde, dentre osquais estão os trabalhadores de enfermagem. “Existe umaresistência em admitir um adoecimento”, diz a Dra. IvoneMartini. “Uma coisa que observo na prática é a ‘consulta decorredor’. Há mais resistência a uma intervenção tradicional”,conta a Dra. Nancy Bellei. Para a Dra. Lucélia Cunha Maga-lhães, cardiologista que participou de um estudo sobrehipertensão entre enfermeiros, “poucos profissionais desaúde introjetaram a prevenção de doenças em seus hábitos”.Não por acaso, práticas como atividades físicas regularestêm uma baixa adesão. “Uma pesquisa que está sendo rea-

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lizada pela SOBEEsp apresenta como dados preliminaresque os profissionais de enfermagem não praticam atividadefísica com o mínimo que os caracterizaria como fisicamenteativos”, avalia o Dr. Marques.

Cuidando de siPortanto, faz-se necessária uma mudança de comporta-mento, que deve começar pelos próprios hospitais.Inspirada na NR-32, a Dra. Ivone Martini informa que, pri-mordialmente, “a remoção ou minimização dos riscosdepende de ações dos empregadores”.Por outro lado, é importante destacar que a própria NR-32diz que a responsabilidade por seu cumprimento “é solidáriaentre contratantes e contratados”. No que se refere à saúdedos trabalhadores, as medidas de promoção da saúde eprevenção de doenças e agravos relacionados ao trabalhodevem ser, medidas aplicáveis aos processos e ambientesde trabalho; e medidas aplicáveis ao trabalhador individu-almente, aqui principalmente deve estar a capacitação parao trabalho seguro. A abrangência da norma é limitada, masé possível extrapolar seu significado para apontar um dadoinegável: é o profissional de enfermagemquem, antes de tudo, tem de zelar por suasaúde.Não é tarefa fácil, mas, para a Dra. Gi-sele Machado Peixoto Mano, enfermei-

ra do Programa Saúde da Família, o ponto de partida estáno uso dos conhecimentos da profissão “não só [em relação]ao próximo, mas a si próprio”.Além de uma mudança de postura, isso significa imple-mentar abordagens adaptadas à realidade dos colegas e,principalmente, dar-se o direito de ser humano. “Se o pro-fissional escolher o campo com o qual tem mais afinidadee realizar momentos de lazer no seu tempo livre, há prazerno que se faz”, diz a Dra. Mano. •A psicanalista Leny Mrechvai além: “Cada profissional da enfermagem precisa, emalgum momento,se considerar co-mo sujeito. Acre-dito que seja im-portante resgatara dignidade desseprofissional comouma pessoa comtodas as suas ne-cessidades edesejos”.

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COREN-SP apresenta crescimentodas visitas fiscalizatóriasImplantação do Sistema Integrado de Fiscalização agiliza processo eaumenta produtividade

O Conselho Regional de Enfermagem de São Pauloregistrou, no ano de 2005, um crescimento de 254% nasvisitas fiscalizatórias realizadas no estado.Em 2004, foram realizadas 1574 visitas no Estado, cujas açõesestiveram concentradas na região de Campinas, responsávelpor 345 municípios. Em 2005 esse número subiu para 5570.A capital também apresenta um dos maiores índices, em2004 foram 374 ações contra 1497 em 2005.Um dos fatores desse crescimento foi a implantação doSistema Integrado de Fiscalização, com registros feitos on-line, o que reduziu o tempo entre as visitas iniciais e orelatório final.Em cada uma das visitas fiscalizatórias, o principal itemavaliado é se a prestação da assistência de enfermagemestá sendo realizada exclusivamente por profissionaishabilitados. Assim a fiscalização do COREN-SP garante queleigos não ocupem as vagas que são, por direito, dosprofissionais de enfermagem com inscrição no Conselho.Uma atuação que permite a prestação de assistência seguraao paciente e que preserva as vagas no mercado de trabalhoapenas para quem possui formação técnica e científica.

Veja abaixo, alguns números do COREN-SP:

Outro dado relevante é a redução da proporcionalidadeentre os quadro de profissionais do Conselho.Em dezembrode 2005, o número de profissionais do Quadro I aumentouem 24%, os do Quadro II, 18,85%, enquanto o número deprofissionais do Quadro III teve uma redução de 1,5% nonúmero total de profissionais inscritos.

Uma forma de manter o controle de qualidade nos serviços prestados pelasinstituições e manter a integridade da profissão

A principal causa desse fato é a Lei 276/2003 que Regula aConcessão de Inscrição Provisória ao Auxiliar deEnfermagem - muitos profissionais estão fazendocomplementação de carga horária, e mudando de quadroprofissional.

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biblioteca de enfermagem

A relação entre as atividades de tra-balho e o processo saúde-adoecimen-to é a temática que fundamenta o livro,“A Enfermagem e a saúde dos traba-lhadores”. Escrito pelas enfermeiras,Guadalupe Scarparo Haag, Janete daSilva Schuck e Marta Julia M. Lopes. Éo espaço de exercício profissional quefoi privilegiado e, em especial, as açõesde enfermagem. Trata-se de uma edi-ção revisada e ampliada da obra pu-blicada em 1997. Foram agregados tex-tos de duas outras autoras que enri-quecem a temática e aprofundam,principalmente, aspectos relativos àmetodologia da assistência de enfer-magem na saúde do trabalhador e as-pectos da saúde dos profissionais desaúde.A saúde do trabalhador está in-serida no âmbito da saúde pública e,através de métodos e procedimentospróprios, busca a preservação, a pro-moção e a proteção da saúde das po-pulações de trabalhadores, implemen-tando medidas de alcance coletivo. Im-plica em ação multidisciplinar e inter-disciplinar na qual se insere a enfer-magem.A enfermagem atuando na saúde dostrabalhadores tem uma história recen-te. Inicialmente foi entendida como

prestação de serviços de pronto-aten-dimento, o que não valorizou o exercí-cio profissional nesse meio. Hoje visua-lizamos esse espaço como um vastocampo para o desempenho de ações deenfermagem, quer no desempenho defunções administrativas, educacionais,de integração e de pesquisa.Esta percepção é motivadora para asautoras, no sentido de dividir com o pú-blico leitor suas experiências nessecampo de atuação. São as vivências e as

intervenções de enfermagem que seconcretizam no dia-a-dia que acredita-mos, dão legitimidade e sustentação àsreais contribuições à saúde dos traba-lhadores.A idéia de reunir estes textos é advindadas necessidades sentidas na prática, nomomento de estruturar e viabilizar ser-viços e intervenções de enfermagem.Dessa forma, sem pretensões acadê-micas, este livro se propõe a materializarum canal de comunicação, de informa-ção, de troca, de vulgarização de idéias

e vivências práticas, no sentido de con-tribuir, buscando a valorização e a afir-mação da enfermagem nesse contexto.Nessa perspectiva, o primeiro capítulodeste livro trata do processo trabalho-saúde-adoecimento, situando o surgi-mento das preocupações nesse campoe a conseqüente sistematização do co-nhecimento.O segundo capítulo enfoca o planeja-mento e a ação nos serviços de atençãoà saúde dos trabalhadores no sentidode informar e fornecer subsídios paraos profissionais que se vêem desafia-dos a organizar esses serviços. Enfati-zamos os aspectos metodológicos daação de enfermagem no sentido desubsidiar a sistematização do cuidadoe, conseqüentemente, auxiliar no for-talecimento das competências profis-sionais da enfermagem nesse campode atuação.O terceiro capítulo refere-se especifi-camente aos aspectos técnicos relativosaos exames de saúde e as provas fun-cionais na área do trabalho.O quarto capítulo lança a discussão so-bre a saúde dos profissionais de saúdetentando situar a saúde dos enfermei-ros no seu espaço de exercício profissi-onal. Um estudo sobre o estresse noexercício profissional hospitalar dasenfermeiras complementa a discussãolançada anteriormente.Concluímos assim esta edição, rea-firmando nossa intenção de contribuirpara o avanço da produção do conhe-cimento na área de enfermagem e, emespecial, no campo da relação saúde-trabalho.

Este livro reúne textos deinteresse da área de saúde dostrabalhadores, as autoraspropõem-se a dividir com osleitores informações eexperiências práticas,demonstrando os medos,perigos e alegrias da profissão

A Enfermagem e a saúde dostrabalhadores

Onde encontrar:

Informações de vendas:AB EDITORA(62)3219-8600

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A Cura de SchopenhauerIvin D. YalonInformações: Editora Ediourotel: (21) 3882-8416

A misteriosa chama da rainhaLoanaUmberto EcoInformações: Editora Recordtel: (21) 2516- 2581

1984George OrwellInformações: Editora IBEPtel: (11) 6099- 7799

Filmes

A lenda do tesouroperdido - (EUA, 2004)Aventura, 131 min.

A sogra - (EUA, 2005)Comédia, 141 min.

O jardineiro fiel – (EUA,2005)Drama, 129 min.

Benjamim - (Brasil 2004)Romance, 108 min.

Casa Guilherme de AlmeidaLocal: Rua Macapá, 187 – Sumaré - SPData: acervo permanente literário e bio-gráfico do poeta Guilherme de Almeida.Informações: (011) 3673-1883

Trajeto do tempoInstalação lúdica que mostra possibi-lidades de inclusão do movimento noshábitos diários, para promoção da me-lhoria da qualidade de vida. Em for-mato de labirinto, o participante seráincentivado a refletir sobre o uso dotempo. Praça Externa. GrátisAté 28/02. Terça a domingo - SESCVila Mariana

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Heródoto Barbeiro

Nós todos usamos em maior ou menor escala o ditado popular do faça o que eudigo, mas não faça o que eu faço. Nós jornalistas somos useiros e vezeiros emcondenar a falta de ética, o denuncismo, a divulgação de notícias sem acurácia,

Faça o queeu digo

transformar suspeitos em réus, condenados e culpados de crimes que muitas vezesnão se comprovam os danos que nós jornalistas provocamos, geralmente são de ordemmoral. E quando os responsáveis pela saúde aplicam o mesmo método dos jornalistas?Sou amigo de um médico homeopata que fuma. Já perguntei a ele como pode trataros seus pacientes de uma forma natural se ele mesmo é o primeiro a violar uma dascláusulas da boa saúde. Não tem resposta, obviamente, mas eu sempre volto ao assuntoe lhe pergunto como é que pode pedir para o seu paciente parar de fumar. E ele pede.É verdade que não fuma na frente dos pacientes, mas todo mundo sabe que não selivra do cheiro do cigarro de uma hora para a outra. O que é mais curioso é que omédico fala dos males do fumo, indica tratamento e uma ou outra vez chega a dizera ele que pare de fumar ou vai morrer. No entanto ele fuma. O que fazer? Deixar de sermédico, deixar de fumar ou uma e outra coisa pode ser conciliada?Uma enfermeira que gosto muito acompanha alguns casos de tratamento deobesidade com uma competência sem par ela conhece tudo, é capaz de identificar osalimentos calóricos, os que aumentam as banhas e até vez por outra lança mão daestética para convencer o paciente que ele precisa comer menos. Não deve ser fácil.As pessoas inventam as desculpas mais esfarrapadas, desde a que o regime começa nasegundona, até que não come nada, mas ainda assim continua engordando. Aenfermeira é durona e o tratamento médico eficaz. No entanto... minha amigaenfermeira, esta acima do peso. Muito acima do peso. Ela mesma não é capaz decontrolar a gula e eu imagino a dificuldade de acompanhar o regime de uma pessoacom um corpaço daqueles. Já pensou mandar o paciente comer um pratinho desalada e ir dormir?Imagine os argumentos necessários se ele discretamente perguntar: “É isso que vocêcome para manter essa forma toda? “Nem imagino a saia justa, talvez mais justa doque as celulites normalmente a pressionam.”Não vou parar por aqui. Resta a história do enfermeiro que acompanha os idosos doprédio que eu moro. Eles andam no longo corredor, na paralela do jardim, econstantemente diz aos velhinhos que é necessário fazer exercícios regularmente.Ajuda o coração, combate o diabetes, previne a ateroesclerose e uma porção de outrasdoenças que vocês conhecem de cór e salteado. No entanto ele mesmo só pratica ohalterocopismo, ou seja esvazia com uma rapidez digna do Super Homem as latinhasde cerveja quando chega em casa.Que caminhada, bicicleta, corrida que nada. Ele já faz tanto exercício a semana inteiracaminhando ou empurrando os velhinhos, para que mais?Eu sei que isso não acontece apenas nas nossas profissões, há os operários, professores,marceneiros, advogados, pedreiros e mais uma coleção de pessoas que praticam ofaça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Porém ninguém mais está tão próximodessa contradição do que o profissional da área de saúde, uma vez que é ele que estáao lado da maioria das pessoas que não atendem as recomendações de uma vida maisregrada. Com a agravante que são eles que amparam as pessoas que sofrem com essasdoenças e conhecem como ninguém o que é o sofrimento provocado por elas. Aindaassim, não são capazes de reagir ao fumo, comida, sedentarismo, estresse, etc. É fatoque nós jornalista erramos todos os dias porque esquecemos a recomendação éticade Cláudio Abramo que alerta aos jornalistas que é preciso praticar diariamente ainteligência e cotidianamente o caráter. Mesmo assim pisamos na bola, masgeralmente não estamos ao lado dos que são atingidos pelas nossas reportagens. Osenfermeiros estão lado a lado com as conseqüências da falta de cuidados com a saúde.Certamente o tema provoca uma bela polêmica entre suas profissões tão apaixonantese até serviria para um bom debate, só não vale dedo nos olhos ou lembrar o que nósfizemos com os dois casais que eram os proprietários da Escola Base. Disso, nós aindanão nos penitenciamos.

Seleção Cultural

Heródoto Barbeiro

Livros

Exposições

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Notas e Eventos

Ministério da Saúde lança campanha de doação de ossos

Uma iniciativa do Banco de Ossos doInstituto Nacional de Tráumato-Or-topedia - Into, a Campanha de Doaçãode Ossos tem o objetivo de informar apopulação sobre a importância dadoação, bem como sobre as etapasenvolvidas nesse processo. O Bancoatualmente tem cerca de 740 pacientesna fila de espera aguardando trans-plantes de tecidos músculo-esquelé-ticos - utilizados em diversas pato-logias que apresentam perdas ósseascomo tumores, trocas de prótesesarticulares, entre outras.

Fonte: saúde business

Brasil é 119º em ranking de risco degripe aviária

Um estudo da con-sultoria britânicaMaplesoft indica queo Brasil ocupa a 119ªposição num rankingde 161 países sobre orisco de enfrentaruma epidemia de gri-pe aviária em huma-nos, caso o vírus H5N1sofra uma mutação epossa ser transmiti-do de pessoa parapessoa.Fonte: BBC Brasil

26th International Symposium onIntensive Care and EmergencyMedicineData: 21 a 24 de marçoLocal: Brussels Exhibition &Convention Center - Brussels -BelgiumInformações:www.intensive.org

III Encontro de EnfermagemOnco-Hematológica PediátricaData: 29 de maio a 2 de junhoLocal: Centro Boldrini CampinasInformações: (19) 3787-5080

Nursing -4º Congresso Brasileirodata: 27 e 28 de abrilTema: Enfermagem de todas ascores em busca da qualidade devidaLocal: Universidade AnhembiMorumbi (Campus Brás) - SPInformações no site:www.nursing.com.br / ou pelofone (11) 4195-8591

12º Encontro Nacional deEnfermagem do TrabalhoData 23 à 25 de agostoLocal: Auditório UnibanRua Maria Cândida, 1813 – VilaGuilherme - São PauloInformações: (11) 5042-3428 [email protected] a programação de cursos.

COREN-SP perde a Conselheira Anézia Fernandes

Faleceu no dia 29 de dezembro de 2005 a Conselheira do COREN-SP Anézia Fernandes, aos 65 anos de idade, vítima de crisehipertensiva e edema pulmonar.Formada pelo curso de auxiliar de enfermagem do Colégio TécnicoSanta Maria Goretti, era profissional inscrita no COREN-SP desde1985.Exerceu a profissão no Hospital Municipal do Jabaquara e noHospital Regional Sul. Em 1996 fez parte do Conselho eleito paraa gestão 1996-1999 do COREN-SP, tendo sido reeleita para outrasgestões, inclusive para o período 2005-2008.Anézia Fernandes deixou mãe, filhos, netos e bisneto.Fonte: Assessoria COREN-SP

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Banco de tecidos

O Ministério a da Saúde alterou as normas paraos bancos de tecidos e de órgãos. Nessa novanorma, dos institutos brasileiros cadastradosficaram apenas três, e entre eles o Banco de Tecidosdo Hospital das Clínicas de São Paulo.Segundo José Augusto Santos, a nova lei é“extremamente rígida e exige que os centros detransplantes sejam mais assépticos do que as salascirúrgicas”.Os institutos que não atenderam as novasexigências foram fechados pelo Ministério daSaúde.Segundo o enfermeiro é importante ressaltar aindaque, o maior índice de perda de órgãos se deve pelanão notificação ou notificação tardia do doador.

Fonte: banco de tecidos do Hospital das Clínicas São Paulo

Butantan recebe cepa para produção devacina contra gripe aviária

Com a cepa do vírus H5N1, causador da gripeaviária, o Instituto Butantan espera fabricarpelo menos 20 mil doses do produto já em2006. A cepa foi recebida da OrganizaçãoMundial de Saúde - OMS, que a adquiriu doinstituto inglês National Institute forBiological Standards and Technology. A partirdela serão realizados ensaios em animais epessoas para se chegar à versão final da vacina.O plano para conter uma possível pandemiaestá sendo ampliado também para oshospitais sentinela contra o vírus e um grupode especialistas está à frente dos cuidadoscontra a doença. Já foi realizada uma grandecapacitação de profissionais de saúde doEstado.

Fonte: saúde business

Hospital São Paulo realiza cirurgiainédita na América Latina parareconstruir órgão genital infantil

A nova técnica, desenvolvida na Itália,beneficia crianças que, devido a problemascongênitos, nasceram sem o canal da uretrae sem o pênis.O paciente operado no Hospital São Paulo,um garoto de dois anos e meio, é o primeirocaso da América Latina, e o terceiro domundo, que teve a função urinária e o órgãogenital reconstruído ainda na infância.Fonte: assessoria de imprensa COREN-SP

Cursos de especialização emenfermagem

- Enfermagem do Trabalho para Auxiliar eTécnico de Enfermagem

- Enfermagem nos Esportes e Promoção em Saúde

- Enfermagem em UTI Adulto

- Enfermagem na Saúde da Criança/UTI -Pediátrica/Neonatal

Consulte mais cursos.INTESP - Tel: (11) 3253-7665www.intesp.com.br

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COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2006 • nº 6120 COREN-SP • janeiro/fevereiro de 2006 • nº 61

Iniciativa

A Acreditação é um sistema de certificaçãode qualidade, no qual a instituição passa peloprocesso de forma voluntária e reservada,para avaliar os padrões de qualidade na es-trutura, nos processos e nos resultados, como objetivo de estimular a melhoria contínuada assistência.Os processos de Acreditação hospitalar vêmaumentando no Brasil. Isso ocorre por duasrazões: primeiro o manual da OrganizaçãoNacional de Acreditação - ONA, que servecomo base para obtenção do título detalhamuito bem os processos administrativos eseus atributos mínimos – liderança, admi-

Acreditação: sistema decontrole de qualidade voltadopara área da saúde

Na busca contínua da melhoria daqualidade do cuidado prestado aospacientes, o aperfeiçoamento de processosvisando à prática segura tem sido questãode crescente relevância, para a qual aAcreditação tem contribuído comoimportante ferramenta

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Iniciativa

nistração, garantia de qualidade, organização da as-sistência, atenção ao paciente / cliente e diagnósticos– para o bom funcionamento de um estabelecimentoassistencial de saúde e, dessa forma, torna-se um ins-trumento inestimável para o administrador hospi-talar; o segundo é o impacto positivo que a Acredi-tação causa no corpo funcional e nos clientes dasinstituições de saúde. Os critérios para Acreditaçãocobrem uma vastíssima gama de itens, que envolveminfra-estrutura do ambiente assistencial, direitos dopaciente, tratamento do paciente, prontuários, ma-nutenção de equipamentos, treinamento dos re-cursos humanos, gerenciamento de catástrofes, con-trole de infecção hospitalar etc.Ao longo desses anos, vários benefícios foram ob-servados através da Acreditação e, dentre eles, pode-mos destacar as diretrizes para melhoria da assis-tência ao paciente, o compromisso com a segurançaambiental e o suporte educacional ao paciente du-rante todo o processo assistencial.O papel da enfermagem é fundamental nesse pro-cesso, pois o profissional tem o contato direto comos pacientes e pode garantir uma assistência de en-fermagem mais segura e humanizada. Cada orga-nização define seus padrões, os principais itens quecabem à enfermagem são: higiene, conforto físico,atividades físicas, sono e repouso, segurança física,nutrição, controle de infecções e administração demedicamentos. Esse processo beneficia os líderes eadministradores da instituição, os profissionais dasaúde, os sistemas compradores, as organizações desaúde, o governo e a população.

CompromissoNo ano de 2002, o Ministério da Saúde reconheceu oSistema Brasileiro de Acreditação como a única fer-ramenta de avaliação da qualidade dos hospitais nopaís, portanto, estabelecendo o compromisso de queo processo de Acreditação ocorra sob a ótica dasestratégias de saúde do país. Ainda em 2002, a Associa-ção Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA tam-bém passou a fazer parte desse processo. Essas par-cerias têm permitido o planejamento em conjuntodas ações de forma coerente dentro da dimensão decada órgão e possibilitou novos debates sobre oassunto.A escolha de uma metodologia única, para os pri-meiros momentos de implementação da acreditaçãono país, é uma forma de se procurar a agregação detodos ao processo, para se construir juntos, um con-senso, ao nível nacional, que consiga ter padrões pos-síveis de serem aplicados, aproveitando a experiênciadesenvolvida pelos quatro estados: São Paulo, Riode Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul sem distinçãoindividual a um ou outro, possibilitando ainda, o

maior comprometimento de todos ao processo.A Organização Nacional de Acreditação - ONA, combase em requisitos internacionais, credenciou oitoempresas brasileiras para operar as avaliações paraAcreditação. Essas instituições seguem requisitosinternacionais, cuja observância tem a finalidade deassegurar a confiabilidade do sistema. Entre as em-presas estão o Instituto Qualisa de Gestão, o INMETROe ANVISA.O Instituto Qualisa de Gestão acreditou o primeirohospital do Estado de São Paulo e conta, hoje, comtrês hospitais acreditados. É a instituição que maisformou avaliadores e facilitadores nesse processo.No Brasil, já são 45 hospitais acreditados, mas a ONA,não acredita somente hospitais, ela avalia tambémclínicas e laboratórios.Esse sistema de controle de qualidade vem propor-cionando maior confiabilidade para os pacientes emelhores condições de trabalho para as empresas efuncionários.

Hospitais Acreditados:Hospital Oftalmológico de Sorocaba - SorocabaHospital Cruzeiro do Sul - São PauloHospital Santa Helena - Santo AndréSanatorinhos Ação Comunitária de Saúde - Hospital EstadualItapevi - ItapeviIntermédica Sistema de Saúde Hospital Modelo - SorocabaHospital Estadual Bauru - BauruHospital Carlos Chagas S.A - São PauloHospital Medical - LimeiraHospital Itapecirica da Serra - Itapecirica da SerraHospital Roberto de Abreu Sodré – AACD – São PauloHospital São Lucas S.A - Ribeirão PretoHospital Nipo Brasileiro - São Paulo

Acreditados Pleno:Hospital e Maternidade São Camilo - São PauloHospital Geral Pirajussara - Taboão da SerraHospital Estadual de Diadema - DiademaHospital e Maternidade Assunção - São Bernardo do CampoHospital Santa Catarina - São PauloHospital e Maternidade Nossa Sra de Lourdes S.A - São PauloInst. de Especialidades Pediátricas de São Paulo S.A - São PauloHospital do Rim e Hipertensão - São PauloHospital Estadual de Sumaré - SumaréHospital e Maternidade Santa Joana - São PauloHospital Santa Paula - São PauloPro Matre Paulista Maternidade - São PauloUnimed Limeira Cooperativa de Trabalho Médico – LimeiraHospital 9 de Julho S.A - São PauloHospital Bandeirantes - São PauloHospital Geral de Pedreira - São PauloAcreditação com excelência:Hospital Alemão Oswaldo Cruz – São Paulo

Acreditação com excelência:Hospital Alemão Oswaldo Cruz – São Paulo

Fonte de dados: Organização Nacional de Acreditação -ONAwww.ona.org.br

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Internacional

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Diz o ditado popular que, nos menores frascos estão os pio-res venenos – e, quando falamos de veneno, as serpenteslogo vêm à mente.Para muitas, o ditado tem sentido. Há cobras extremamentevenenosas, como a taipã australiana, cuja dose de veneno contidana mordida de um filhote pode matar 100 homens adultos.Por outro lado, é sabido que, dos venenos, muitas vezessurgem remédios, e uma pesquisa realizada na Espanhatem repetido essa história.

Sobre cobras e proteínasA Vipera lebetina obtusa é uma víbora que vive entre aEuropa e a Ásia. Seu veneno, se em certa quantidade e nãocombatido a tempo, pode levar a complicações severas, comocomprometimento dos rins e da capacidade de coagulaçãosanguínea e necrose de tecidos.Há mais de dez anos, pesquisadores do Laboratório deProteômica Estrutural do Instituto de Biomedicina deValência - Espanha, liderados pelo cientista Juan JoséCalvete, estudam as características funcionais de proteínasprovenientes dos venenos de víboras.Em colaboração com o médico Cezary Marcinkiewicz, daUniversidade de Temple, na Filadélfia - Estados Unidos, o

grupo descobriu uma proteína denominada obtustatinano veneno da Vipera lebetina obtusa – e essa substânciapode ser uma das esperanças na luta contra o câncer.

Um problema de adesãoPara entender o porquê, é preciso resgatar alguns conheci-mentos de bioquímica. Entre as substâncias encontradasna membrana plasmática das células, há algumas denomi-nadas integrinas.São proteínas com papel essencial na relação das Célulascom a Matriz Extracelular - ECM, como se denomina qual-quer material constituinte de um tecido que não seja partede uma célula. É o caso, por exemplo, do colágeno, da lami-nina e do plasma sanguíneo.As células de um tecido permanecem unidas e migramjuntas porque aderem a moléculas do ECM, fenômenoque somente é possível graças às integrinas, que atuamcomo receptores capazes de reconhecer aquelas moléculas.Por causa disso, as integrinas, entre outras importantesfunções, modulam a formação dos tecidos e tornam ascélulas capazes de se mover e responder a estímulos. Sãopersonagens essenciais no funcionamento do organismo -mas, em relação ao câncer, também responsáveis pela

A vida por uma presaPor João Marinho

Veneno de cobra pode gerar terapia contra o câncer

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Internacional

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metástase e pelo fenômeno da angiogênese (crescimentode novos vasos sanguíneos) em um tumor.Aqui, voltamos às serpentes. Em seus venenos, há umaoutra categoria de proteínas, as desintegrinas, da qual aobtustatina faz parte. São substâncias similares às proteínasdo ECM e, por isso, capazes de “enganar” as integrinas, queacabam por se unir a elas, em vez da matriz extracelular.Como se pode deduzir, essa característica, a princípio ma-léfica, torna as desintegrinas agentes potenciais no combateao câncer.A obtustatina, por exemplo, tem a capacidade de inibir“seletiva e poderosamente a integrina”, implicada naneovascularização de determinados tumores sólidos. Obloqueio desse receptor pode representar uma estratégiaeficaz para cortar as vias de provisão de nutrientes às célulascancerosas”, explicou Calvete à Europa Press.Experiências realizadas em ratos com carcinoma pulmonarde Lewis demonstraram que a administração de obtusta-tina reduziu o tamanho do tumor em 50%.

AlternativasA descoberta da substância estimulou outros cientistas doInstituto a buscar moléculas semelhantes à obtustatina emoutros venenos – e acharam, mais precisamente na bactériaEscherichia coli, que sintetiza uma substância análogadenominada jerdostatina.Para os pesquisadores, a bactéria assimilou o DNA quecodifica a jerdostatina, uma proteína isolada por Run-QiangChen, do Instituto Kunming na China, a partir da glândulade veneno da serpente Trimeresurus Jerdonii.Calvete diz que, selecionando as colônias produtoras dejerdostatina, cria-se uma “fábrica” de proteínas, superandoas dificuldades atinentes à purificação dessas substânciasnos venenos. Os resultados foram publicados re-centemente no The Journal of Biological Chemistry,abrindo, enfim, um campo promissor para o surgimentode terapias contra o câncer baseadas em desintegrinas sin-téticas.

Com a proposta de estudar proteínas, enzimas e bio-logia, genética, imunologia e endocrinologiamoleculares e regeneração do sistema nervoso, o IBVfoi criado em 1995 como integrante da seção valen-ciana do CSIC.O CSIC é um organismo vinculado ao Ministério daEducação e da Ciência da Espanha que desenvolveatividades nos mais diferentes campos do saber, como objetivo de fomentar o desenvolvimento científicoe tecnológico.Criado em 1939, o CSIC, possui, segundo dados atu-alizados até 2002, 113 institutos filiados e uma estru-tura gigantesca que inclui mais de 350 edifícios e maisde 6 mil pesquisadores.

Para saber mais:SANZ, L. et al. “cDNA cloning and functional expression of

jerdostatin: a novel RTS-disintegrin from Trimeresurusjerdonii and a specific antagonist of the ?1?1 integrin”. TheJournal of Biological Chemistry, v. 280, n. 49, dez. 2005.Disponível na Internet: <www.jbc.org/cgi/content/abstract/280/49/40714>.

MARCINKIEWICZ, C. et al. “Obtustatin: a potent selectiveinhibitor of ?1?1integrin in vitro and angiogenesis in vivo”.Cancer Research, n. 63, mai. 2003. Disponível na Internet:<http://cancerres.aacrjournals.org/cgi/content/full/63/9/2020>.

Instituto de Biomedicina de Valencia - IBVConsejo Superior de Investigaciones Científicas - CSIC

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Interior

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A região de Campinas conta com um programa diferen-ciado, voltado para o tratamento de crianças e adolescentescom doenças sanguíneas e câncer.Uma equipe formada por hematologistas, oncologistas pe-diátricos e profissionais de enfermagem, com dedicaçãointegral, permite estreito vínculo com os pacientes, seusproblemas sociais e familiares, propiciando reflexões maisabrangentes sobre o cuidado integral. Isso porque o objetivoda instituição não consiste em tratar apenas o paciente,mas sim todos seus familiares, oferecendo-lhes um aten-dimento físico e mental.Um dos problemas percebidos eram as difíceis e longasesperas do retorno às suas casas após sessões de quimio-terapia, para tanto o Boldrini implantou, em parceria coma Associação de Apoio da Criança com Câncer de Ameri-cana, a Estação Boldrini, localizada em uma área de 432 m2.Nesse local as crianças e seus familiares têm à disposiçãoreforço escolar, alimentação gratuita, lazer e área dedescanso. Este modelo de Humanização das Esperas Hos-pitalares tem sido motivo de grande interesse de outroshospitais na região.Estas conquistas, para a Oncologia Pediátrica no Brasil sig-nificam muito, porém para estar no mesmo patamar dosgrandes grupos internacionais, é fundamental investir emPesquisas. Em novembro de 2002 foi fundado o Institutode Pesquisa Boldrini - IPEB que tem como missão modificara realidade produzindo e divulgando o conhecimento sobrea prevenção das doenças onco-hematológicas nas áreasclínica, ambiental, educação e tecnológica.

PesquisaAssim, as ações médicas na oncologia pediátrica caminhamdesde os aspectos genéticos e suas interações com o meioambiente, passam pelas modernas tecnologias de diag-nóstico e tratamento, pelos aspectos de reabilitação e in-serção social dos ex-pacientes, até as pesquisas básicas eatividades de ensino. Não basta conhecer, é necessário in-vestir na formação dos jovens médicos e cientistas, coro-ando com êxito propostas inovadoras e criativas a nívelinternacional.

O Centro Boldrini fundou o primeiro Centro Abrangentede Atenção ao Falcêmico, na cidade de Campinas, propici-ando a integralidade das ações médico-psicossociais a estesenfermos. Com a preocupação do diagnóstico no recém-nascido, o Boldrini conseguiu a aprovação das Leis Munici-pal nº 9479 de 20/11/1997 e Estadual nº 10.337 15/05/1999,definindo as políticas e a obrigatoriedade do diagnósticoneonatal da Doença Falciforme. Hoje este teste é feito emvários Estados do Brasil.Não só a parte terapêutica que contribui para o sucesso docentro. O programa oferece apoio pedagógico e cursos pro-fissionalizantes, já que os indivíduos falcêmicos – por mo-tivos da doença – têm dificuldades de freqüentar às aulasdevido sua fragilidade. A seu favor, o programa já contacom a elevação do número de pessoas falcêmicas que con-seguiram completar o ensino médio.

Nota ou quadroO traço falcêmico é uma alteração herdada dos pais queafeta, diretamente, as células do sangue. Essa alteração nãoé uma doença. Mas, se duas pessoas com traço falcêmico seunem, seus filhos podem nascer com doença falciforme.Tanto o traço quanto a doença podem ser detectados atra-vés do Teste do Pezinho.As pessoas com o “traço” da doença geralmente não têmsintomas, porém, após um esforço exagerado, comotreinamento físico ou subida a lugares muito altos, podemtambém apresentar as crises de dor. Além disso, essaspessoas casando-se se entre si têm 25% de chance de terum filho com anemia falciforme.

O Centro Infantil Boldrini atende crianças e adolescentes com cânceroferecendo programas de incentivo a vida

Números

5 mil pacientes em tratamento120 atendimentos diários70% de chances de cura80% pacientes atendidos pelo SUS36 mil consultas anuais19 mil sessões de quimioterapia por ano

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ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Expediente do COREN-SP

PresidenteRuth MirandaVice PresidenteSérgio LuzPrimeira-secretáriaMaria Antonia de Andrade DiasSegunda-secretáriaVanderli de Oliveira DutraPrimeira-tesoureiraAkiko KanazawaSegunda-tesoureiraAldaíza Carvalho dos Reis

Presidente da Comissão deTomada de Contas - CTCFrancinete de Lima Oliveira

Membros da CTCGuiomar Jerônimo de CarvalhoWilson Florêncio Ribeiro

Conselheiros efetivosMagdália Pereira de Sousa, MalvinaSilvestre da Cruz, Sônia ReginaDelestro Matos, TerezinhaAparecida dos SantosMenegueço

Conselho Regional de Enfermagem de São PauloRua Dona Veridiana, 298 - Higienópolis - São Paulo - SP - CEP 01238-010Fone: (11) 3225-6300 - www.corensp.org.br

Publicação: Demais Editoração e Publicação LtdaFone: (11) 5042-3428 - [email protected]ção e revisão: João Marinho, Mônica FariasDanúbia MatosProjeto Gráfico: Arte in Comunicação e MarketingPublicação oficial bimestral do COREN-SP • Reg. Nº 24.929 • 4º registro • 260 milexemplares • distribuição gratuita dirigida

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Saúde no limite

Escrevo a vocês elogiando a matéria da edição nº 60, sobreHipertensão, sou hipertensa e adorei os toques que vocês deramsobre esta patologia que atinge uma grande parte da nossapopulação, mais uma vez vocês estão de parabéns pelasinteressantes matérias que são mostradas na revista do COREN-SP.Charlene da Silva Pereira - Ferraz de Vasconcelos - SP

Gostaria de parabenizá-los pelas excelentes reportagens que aolongo dos tempos vêm beneficiando a todos os profissionais daárea da saúde, a disciplina ética e as informações contidas ajudampara nossa atualização profissional e demonstram o quanto aEnfermagem tem desenvolvido nas últimas décadas.Edilene Gomes MenezesItaim Paulista - São Paulo - SP

Parabéns pela última edição da revista COREN-SP.Gláucia Gimenez - Botucatu - SP

Enfermagem

Aproveitamos a oportunidade para parabenizar essa equipemaravilhosa pelo belo trabalho prestado em defesa da nossaclasse.Cosmia Maria Machado dos Santos e Damiana Maria Machado dosSantos - Osasco - SP

Agradecimento

A diretoria do COREN-SP agradece aos profissionais deenfermagem, instituições de ensino e de saúde e também aosnossos parceiros e amigos pelos cartões e mensagens enviadas nofinal de 2005, desejando-nos Feliz Natal e Próspero Ano Novo.Recebam nossos sinceros agradecimentos.

Agradecemos as cartas recebidas de:Ana Paula Bismarchi – São Paulo - SPAntônio Carlos B. Cintra de Souza – São Paulo – SPIolanda Corrêa – Diadema - SPLuiz Henrique de Carvalho Lopes - Santos - SPRonaldo Felix - São Paulo - SPSalime Feres - Franco da Rocha - SPSandraiky Pissardini - São Paulo - SPValdecyr Heguedusch – São Paulo - SPViviane Felis Pinheiro – São Paulo - SP

Anuidades em 2006Já foram encaminhadas pelo correio as anuidadesem dezembro de 2005. Caso não tenha recebidoaté o momento, você pode emitir segunda viapelo site: www.corensp.org.br

Boletim On-lineCadastre-se e receba informações sobre oCOREN-SP. O cadastro é feito pelo site:www.corensp.org.br

Ribeirão Preto e Rio Preto lideram novoscasos de dengue em São PauloAs cidades de Ribeirão Preto e São José do RioPreto iniciaram 2006 com alerta contra a dengue.As duas lideram o ranking de municípios do Es-tado com casos da doença, de 1º de janeiro a 23de janeiro, com 39 e 30 registros, respectiva-mente. Em todo o Estado há 138 casos de den-gue - nenhum do tipo hemorrágico. As informa-ções são da Secretaria de Estado da SaúdeDezenove das 645 cidades do Estado registraramcasos de dengue nas três semanas iniciais doano. A Secretaria recebe os dados diretamentedas prefeituras, que os atualizam semanalmente.Secretaria disponibiliza equipes da Superinten-dência de Controle de Endemias - Sucen paraauxílio às prefeituras, que devem caçar os mos-quitos, de acordo com o determinado pelo Sis-tema Único de Saúde - SUS.

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