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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 19 Domingo, 10.05.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Eva Rispa Joquebede Agar Maria Léia Sara Isabel Ana Eunice Mãe, extensão do cuidado de Deus Coragem Amor Determinação Justiça Sabedoria Paz Confiança

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1o jornal batista – domingo, 10/05/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 19 Domingo, 10.05.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Eva

Rispa

Joquebede

Agar

Maria

Léia

Sara

Isabel

Ana

Eunice

Mãe,extensão do

cuidado de Deus

Coragem

Amor

Determinação Justiça

Sabedoria

Fé Paz

Confiança

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2 o jornal batista – domingo, 10/05/15 reflexão

E D I T O R I A L

Mãe - geradora de vida

Segundo domingo de maio, mais uma vez chegou o “Dia das Mães”, indepen-

dente de alguns aceitarem e comemorarem e outros não, de ser considerado por uns como sendo uma celebração familiar e, por outros, como uma mera oportunidade para a explo-ração comercial; o que não se pode negar, basta ver os inúmeros apelos comer-cias veiculados através da mídia, as promoções das redes de lojas e dos shop-pings. A verdade é que não conseguimos fugir a esta realidade já enraizada em nossa cultura, que leva-nos a preparar a cada segun-do domingo de maio uma programação diferente, um almoço com toda a família reunida, a viagem até a casa dos pais, a compra de al-

gum presente para lembrar a passagem da data.

Mesmo que com alguns constrangimentos, pois há aqueles que já perderam suas mães, aqueles que a saudade aperta o coração pela dis-tância que se encontram ou mesmo por não dispor de recursos materiais que lhes permitam concretizar de for-ma material o sentimento, ou ainda por parte daquelas mu-lheres que, por alguma difi-culdade de ordem biológica, não tiveram a oportunidade de gerar filhos e, como Ana, mãe de Samuel, terminam se achando inferiorizadas em relação àquelas.

Independente dessas ques-tões de celebrações e dos sentimentos que dominam os corações nesta data, a ideia e a palavra mãe está sempre vinculada basica-mente a duas situações que

talvez possam ser identifi-cadas como as duas formas possíveis de maternidade, ou seja, uma mulher se torna mãe pela geração biológica de filhos ou pela adoção legal de uma criança, mas a partir da afirmação mãe - geradora de filhos - é pos-sível pensar em uma terceira situação. Não está se con-siderando aqui as questões relativas à clonagem, tão comentadas nos últimos dias após as declarações do mé-dico italiano. São aquelas mulheres que, casadas ou solteiras por escolha, têm dado suas vidas ao serviço do Senhor, de forma tal que seus exemplos, sua dedica-ção, seu empenho na obra tem gerado filhos e filhas para causa do Mestre. Ren-demos à elas nossa homena-gem neste “Dia das Mães”. Graças a Deus por estas mu-

lheres geradoras de vida, que deram de si, doaram-se para que estivéssemos aqui, mulheres que não temos como citar seus nomes sem cometer injustiças, mulheres que influenciaram nossa his-tória, mulheres conhecidas e anônimas. Hoje e, como no passado, temos geradoras de vida. Mulheres que se doam. Servas que fazem do Reino de Deus entre nós seu ideal maior. A você mulher - mãe - geradora de vida, um muito obrigado, lem-brando sempre que todos os dias lhe pertencem os dias investidos em vida. Vidas que transformaram outras vidas a partir de uma “gera-dora de vida”, que é você, mulher. Deus a abençoe e fortaleça-a, encha-a de graça e ternura para que possamos sentir o seu amor através de ti, mãe - geradora de vida.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 10/05/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Pensar na Igreja sem o estudo sistemático da Bíblia é anomalia. Por mais atuante que

seja a Igreja, sem estudar a Bíblia com seriedade, jamais cumprirá sua missão com integridade. É da essência da mensagem bíblica o seu estudo e análise contínua de suas verdades. No Velho Tes-tamento o estudo da Palavra de Deus no lar e nas sina-gogas servia para relembrar ao povo o seu compromisso em adorar exclusivamente a Javé. Cabia inicialmente aos pais estudar a Bíblia com os filhos. Ensinar-lhes os man-damentos e vivê-los em suas ações diárias. A recomenda-ção de Deuteronômio 6.1-9 significava que o lar era o lugar ideal para ensinar os filhos a temer a Deus. Verdade não colocada em prática nos lares hoje; com resultados negativos para toda a sociedade. Ao findar seu ministério, Moisés reitera o compromisso que o povo devia manter ao adentrar a terra prometida, como relata Deuteronômio 30.11-20.

Todo o futuro promissor que Deus disponibilizaria ao seu povo estava ligado ao compromisso de guardar

os ensinos transmitidos. Em cumpri-los, haveria pros-peridade e longevidade. Desprezá-los, significaria a morte prematura de todo um processo iniciado por Deus ao convocar Abraão a obedecê-lo. Deus toma como testemunhas os céus e a terra. Vida e morte integravam o compromisso de Deus para com o povo escolhido, como está escrito em Deuteronô-mio 30.19. O povo esqueceu a Bíblia e pagou elevado preço de destruição, morte, lágrimas e tristezas. Hoje pagamos preço semelhante ao ver a nossa juventude e adolescência envolvidas nas drogas assassinas.

No Novo Testamento a ênfase no estudo bíblico con-tinua com mais intensidade. Jesus inicia seu ministério de ensino na sinagoga, em Nazaré. Agora, com nova ênfase. As profecias se cum-priram, de acordo com Lucas 4.21. Todo o ministério de Jesus é realizado tendo como base o ensino. Foi chamado de Mestre porque ensinava com autoridade, segundo Mateus 7.29. Conhecia o que ensinava. Vivia o que transmitia. Ensinava não para agradar os ouvintes, mas para

levá-los à reflexão e mudança de vida. Ordenou aos seus discípulos que ensinassem o que havia aprendido, como em Mateus 28.19. Toda a ex-pansão do Evangelho estava sujeita ao ensino. Os discípu-los seguiram com fidelidade a recomendação do Mestre. Nas casas, no templo, nas ruas, nas sinagogas, à beira de rios, nos caminhos, nos tribunais onde eram julgados, a preocupação era sempre a mesma: ensinar a verdade aprendida.

Quando satanás tentou desviar a Igreja do seu obje-tivo principal, a reação dos apóstolos foi unânime: “Nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra” (At 6.4). Distribuir alimentos, qualquer pessoa pode fazer, mas ensinar com sabedoria sob a direção do Espírito San-to, só conseguem fazê-lo os que conhecem os segredos bíblicos.

A Igreja tem se desviado do seu objetivo ao desprezar o ensino. Ao abolir a Escola Bíblica, substituindo-a por outros ministérios que não então centralizados na Bíblia e não estudam a Bíblia de modo sistemático, a Igreja perde sua razão de existir.

Gera membros que não co-nhecem a Bíblia, não sabem expressar a razão da fé, como exemplifica I Pedro 3.15.

O ensino sistemático é uma necessidade ao crescimento equilibrado e amadurecimen-to dos salvos. A recomenda-ção de Paulo ao jovem pastor Timóteo há que ser restaurada hoje pelo púlpito. “Persiste em ler, exortar e ensinar até que eu vá” (I Timóteo 4.13). O pastor é o responsável mor pelo ensino ao rebanho. Isso exige dedicação exclusiva ao ministério. Estudo e tempo para a pesquisa. Material di-dático apropriado a cada faixa etária. Disposição em gastar tempo com as ovelhas, ofere-cendo auxílio para as dúvidas que surjam. Uma boa Escola Bíblica bem estruturada, com currículo adequado às neces-sidades da Igreja, que ofereça respostas aos questionamen-tos contemporâneos, levará os salvos a buscar a maturidade cristã.

Nada substitui a Escola Bí-blica no aprimoramento dos salvos. Bons corais, conjun-tos, programações especiais perdem sua razão de ser, caso seus componentes não conheçam a Bíblia. O estudo da mesma evita o cântico

herético, as interpretações supersticiosas e místicas tão comuns em apresentações apoteóticas atuais. Isso sig-nifica que a Escola Bíblica prima por literatura séria e comprometida com a dou-trina. Há no mercado evan-gélico atual literatura sem compromisso doutrinário. Sem cor denominacional, que não edifica a Igreja e não leva os salvos ao compro-metimento com as verdades bíblicas. São baratas, dizem, mas prejudiciais à edificação da Igreja. O dia do estudo não importa. O que se dese-ja é que todos os membros da congregação estudem a Bíblia de modo sistemático e conheçam o seu conteúdo. Para conseguir este desidera-to, a Igreja precisa investir na formação de professores, ma-teriais didáticos adequados a cada faixa etária, salas equi-padas - especialmente para as crianças - e disposição de investimento financeiro. A Escola Bíblica merece a melhor fatia do orçamento. Quando isto ocorre, há retor-nos e vidas são abençoadas. Ser aluno da Escola Bíblica é privilégio para o salvo que almeja chegar à maturidade cristã, como diz Efésios 4.13.

Impossível Igreja sem Escola Bíblica

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4 o jornal batista – domingo, 10/05/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Não tenha medo, Maria

reflexão

“Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” (Lc 1.30).

Ser mãe de Deus em forma humana é al-guma coisa profunda demais para ser enten-

dida ou aceita. Por isso, o Se-nhor enviou Gabriel, talvez Seu anjo mais importante, para falar com Maria. Como era de esperar, sua reação foi de medo: “Mas o anjo lhe disse - Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus!” (Lc 1.30).

O medo é um dos recursos desenvolvidos pelo Criador para nos proteger daquilo que é perigoso. Nesse senti-do, ele é coisa boa. O medo

pode nos prejudicar quando nós o sentimos por causa de conclusões ou avaliações enganosas. Quando isso acontece, o medo nos causa dúvidas e insegurança. O passo seguinte é o pânico e a derrota interior.

Foram coisas assim que tomaram conta da jovem Maria. Gabriel ajudou na-quela situação de medo com uma declaração: “Você foi agraciada por Deus!”. Nós, outros, que somos crentes, sabemos o que é medo e o temos sentido muitas vezes. É essencial, por isso, que nos lembre-mos sempre: somos alvo da graça de Deus. É assim que o Espírito do Senhor vence o nosso medo.

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Dentro das chama-das “novidades” que a sociedade moderna apre -

senta com relação à famí-lia, uma das mais recentes, principalmente depois da metade do último século, se refere à função dos avós. As necessidades, a “velha” comodidade ou dependência sempre observadas nos mais jovens, têm dado, principal-mente às vovós, a responsa-bilidade - em alguns casos integralmente - de criação e educação de netos e até bisnetos. Esta segunda ou terceira “gravidez” está se tornando comum entre as brasileiras. Difícil conciliar aspiração profissional, em tempo de grande expansão do movimento feminista e de conquistas pessoais, ao dever natural de ser mamãe em sua plenitude. É condição quase impossível de ser vencida para as mulheres de hoje sem que possam receber ajuda.

Ter filhos é assumir com-promisso por, no mínimo, vinte anos. Infelizmente, despreparados, muitos ca-sais têm se aventurado nesse campo, solitários. É notório que as mulheres - ousadas - assumiram uma postura de autonomia, isto é, de repulsa pela participação do homem no grupo familiar a que está inserida. Ninguém, em sã consciência, pode medir até que ponto essa conduta é

correta ou produtiva, isto é, que gere no futuro cidadãos aptos e preparados para en-frentar o mundo. Será que formará pessoas de índole e caráter capazes de suportar as adversidades destes novos tempos?

A “vovó sitter” é a versão atual da babá da família. Há pais hoje que passam a ser secundários na vida das crianças. Cria-se uma dis-puta involuntária para saber quem realmente “tem poder” sobre os filhos. Não é à toa que, mesmo com essa nova função, as vovós sejam criti-cadas pelo excesso de mimo ou licenciosidade com que as crianças se portam. Em vez de assumirem o reconhe-cimento de suas ausências no principal momento de crescimento da criança, há casais que se comportam como “algozes” das idosas justificando-se e atribuindo--lhes deslizes dos filhos na presença de outros. Outra fra-queza difícil de ser reconhe-cida. Existe até uma corrente de pais e mães mais enfáticos que não se envergonham de afirmar publicamente: “Tudo que nós não podíamos fazer, elas deixam que os netos façam”. Será? Uma conside-ração que, mesmo contendo alguma verdade em casos específicos, não convém ser analisada assim, aberta e friamente.

O volume de influência sobre os netos por parte dos avós - ou apenas pela vovó - pode significar, no fundo,

que os pais estiveram ausen-tes na etapa mais importante de suas infâncias. E o pior: algumas vezes porque qui-seram, porque foi cômodo. Embora não haja convergên-cia neste parecer e para mui-tos denote até uma análise desagradável, adianto aos novos casais, que houve um tempo em que as mulheres engravidavam e trabalhavam na roça até o oitavo mês de gestação. Algumas delas hoje em dia já cessam suas ativi-dades simplesmente porque pretendem ter filhos.

Não é curioso? Compre-ende o que digo? O que é oportuno, cômodo e prático por um período gera conse-quências. Certo? Igualmente os homens também não estão fora de responsabilidade em qualquer situação que en-volva os filhos e o seu cres-cimento. Não há inocentes nestes assuntos.

A forma carinhosa como muitos avós tratam os seus netos pode ser sintoma de uma renovação importante para os idosos. Significa que a herança de vida tornou-se um ciclo completo e radian-te, sendo, pois, um período de felicidade. A estrutura familiar, composta com o auxílio de ascendentes, deve ser vista não como geradora de disputas. Os filhos devem se sentir bem, nivelando e estabelecendo os parâmetros que diferenciam as funções, tanto de pais, como de avós. Para isso, é necessário que vejam os exemplos de con-

Rogério Araújo (Rofa), jornalista, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo – RJ

Certamente você já ouviu a expressão como um xinga-mento a uma pes-

soa, que diz: “Seu filho da mãe!”. Esse parece querer atingir mais a mãe que ao filho, como outros terríveis palavrões que existem.

Mas, af inal de contas, quem não é “filho da mãe”? Todos nascem de alguém, ou ainda tem gente que

acredita em cegonha, que somos filhos de chocadeira ou nascemos de um ex-perimento científico? Não é nada disso. Mesmo que a mãe que gerou não te-nha criado, não deixou de ser mãe. Da mesma forma, quem cria alguém por uma vida inteira é mais do que mãe.

Deus concedeu à mulher o privilégio de gerar por nove meses um ser que nascerá, crescerá e sua vida levará, sendo por ela ob-servada e admirada. Os filhos podem deixar a “bar-

ra da saia da mãe” quando adultos, mas, na verdade, jamais romperão o víncu-lo materno iniciado pelo cordão umbilical e eterna-mente presente na vida da gente.

Na hora do aperto da vida quando todos parecem su-mir da nossa frente, quem é lembrada em um grito aflito, porém, sincero, de socorro? “Mããããããeee!!!!”. Ela sempre está disposta a ouvir, segurar o choro e aconselhar bravamente para ajudar aquele que dela saiu e que muito a deixa triste

em ver sua angústia.As mães nunca desejam

o mal dos seus filhos. Tan-to é verdade que muitas preferiam sofrer em seu lugar. Quando o filho tem uma doença, até mesmo já adulto, a sua mamãe está presente, aflita, cuidando de uma parte de si que não está bem. É como se ela também estivesse mal fisi-camente.

Mãe não merece ser xin-gada por quem é frustrado e teve uma mãe desnaturada, mas, amada por todos os seus filhos enquanto em

vida e até mesmo quando partir deste mundo, sendo por ele muito respeitada.

Não fique triste quando alguém o chamar de “filho da mãe!”. Graças a Deus, você e todos são “filhos da mãe” com muito orgulho. Afinal de contas, se assim não ocorresse, ninguém existiria.

Salve mães! Que todas as mães e seus filhos vivam em harmonia, pois motivo algum é maior que o desejo dos rebentos de amar quem o gerou para todo o sempre. Amém.

A “gravidez” na terceira idade

Somos todos “filhos da mãe”

duta dos mesmos. É impres-cindível que haja maturidade entre os envolvidos para não transformar a dificuldade que surgir na relação, em algo impraticável. Há de se ter cuidado. Temos visto, até com frequência, como ran-cores inexplicáveis surgem de situações que pareciam estáveis e bonitas. Sem con-tar que uma ruptura pode

levar os idosos, os avós e, principalmente às vovós, a não suportarem essa condi-ção, podendo ser acometidas de enfermidades de difícil restabelecimento. Lembre-mos com alegria da avó de Timóteo que, por certo, não apenas “cuidou” dele. Lóide ensinava de Cristo para ele. Será que as avós “modernas” estão fazendo isso hoje?

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5o jornal batista – domingo, 10/05/15reflexão

D’Israel (Israel Pinto da Silva), colaborador de OJB, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ

Mãos de mãe, maravilhosas Delicadas e mimosas Recheadas de amor

Mãos que afagam seus rebentosMesmo nos seus sofrimentos

Mãos de mãe sem preconceitosSem nenhuma preferência

Porque são as mãos de mãeMãos que ficam celebrando

O final da gestaçãoE aquele nascimento

Tão há muito esperadoPra trazer seu filho ao mundo

Ao seu peito aconchegá-loPra poder alimentá-lo

Dar pra ele muito amor...Mãe de coração enorme

Que a noite nunca dormeAguentando o seu choroNo seu berço afastado

Se sentindo abandonadoMãe que sempre aconselha

À medida que a vidaFica lhe ameaçando

Com as suas armadilhasJá querendo enredá-loProcurando desviá-lo

Do caminho do Senhor...Mãos que se juntam as duas

E começam a orarCom joelhos bem dobrados

Suplicando ao Deus AltíssimoPra que mande seus anjosPra cercá-lo e protegê-lo

Mãos de mãe com seu desveloCheias de amor de DeusPor sua fé em Jesus Cristo

Minha mãe de mãos tão santasQue por mim fica orandoQue por mim fica pedindoSempre a Ele suplicandoDeus proteja o meu filho!

Quero te agradecer Pelo grande privilégio Pelo teu presente régio

Por ter me educado E ter me ensinado

A amar primeiramente Nosso Pai que está no céu

Minha mãe felicidades E que Ele te proteja Todo dia, toda hora

Nos momentos da tua vida!

Jacqueline Rodrigues, membro da Igreja Batista Cidade Jardim - BH

A maior riqueza que podemos ter nessa vida é a salvação em Cristo - Filho,

não vale a pena trocar a co-munhão com Deus por pra-zeres efêmeros. Viveremos apenas algumas décadas neste mundo, mas a eterni-dade é para sempre;

Priorize a intimidade com Deus - Filho, a intimidade com Deus te leva a decisões acertadas e te poupa de so-frimentos. Tenha sempre momentos a sós com Deus. A oração e leitura da Bíblia serão como as asas de um avião que mantêm o equilí-brio e propiciam voos altos;

Tenha um coração grato - Filho, não se esqueça de nenhum dos benefícios de Deus que te são concedidos até por mãos estranhas. A gratidão é sentimento raro e nobre, ela mantém o cora-ção alegre e sensível;

Cultive a humildade - Fi-lho, tenha Jesus Cristo como exemplo. Ele abriu mão de todo reconhecimento huma-no para ganhar a aprovação e exaltação do Pai;

Nunca sucumba ao poder - Filho, o amor ao poder é um laço de morte. Mantenha-se consciente de que tudo o que puder ter domínio sobre você está roubando o lugar do Espírito Santo.Ele deve ser a nossa única fonte de poder;

Aprenda a ouvir - Filhos, todos querem falar, ninguém quer ouvir. Saiba valorizar as ideias e ouvir até mesmo as linguagens não faladas, pois o futuro pertence aos que se dispõem a ouvir;

Busque conhecimento, mas não abra mão da saú-de emocional - Filho, estu-dar e buscar conhecimento é essencial, mas ter saúde emocional para lidar com as diferenças e saber se relacio-nar com pessoas é o grande segredo para um futuro que aponta para altos índices de stress, depressão e solidão;

Faça de cada instante um momento a ser vivido - Fi-lho, curta as compras do su-permercado, faça amizade com o frentista do posto, cumprimente os costumeiros transeuntes que passam por você todos os dias, guarde os primeiros rabiscos dos seus filhos, valorize as pequenas rotinas do dia a dia como parte de sua vida;

Ame com amor incondi-cional - Filho, não cobre amor de ninguém. Ame ape-nas, esforce-se para fazer as pessoas se sentirem amadas. O amor verdadeiro não dá esperando retorno, mas tam-bém não passa despercebido nunca;

Saiba dizer não - Filho, aprenda a dizer “não” quan-do for necessário, o “sim” mal dito pode ser mais do-loroso do que o “não”, dito em boa hora;

Fuja das ocasiões tenta-doras - Filho, saiba admitir

suas fraquezas e não pague para ver sua capacidade de enfrentar os perigos mo-rais e espirituais, pois esses podem gerar graves ou ir-reversíveis consequências para sua vida e para a vida dos seus;

Nunca queira se eximir de consequências - Filho, as consequências existem para correção e aprendizado. Po-demos escolher o que fazer, mas não podemos escolher as consequências, elas já estão traçadas.

Não acredite em atalhos - Filho, normalmente os ata-lhos nos fazem perder tempo e nos colocam em apuros. Caminhe pelo caminho cor-reto, ainda que esse seja longo;

Defenda sua família - Fi-lho, a maior responsabili-dade e preciosidade que temos depois da salvação em Cristo é a família. Cuide e preserve-a a todo custo, ela é o principal alvo do inimigo de nossas almas, pois, des-truindo a família, ele cria um efeito cascata de destruição de vidas;

Faça tempo - Filho, nunca deixe o tempo passar sem que você tenha domínio sobre ele, gaste tempo em viver com qualidade, princi-palmente com os que você ama.

Filho, a vida é curta de-mais para se aprender tudo por experiência própria, recorra a Palavra de Deus para tomar decisões. Te amo!

O que diria a um filho se soubesse que ele seguiria sua vida

sozinho?

Mãos de mãe

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 10/05/15 reflexão

Eva – Ela foi a primeira mãe, mãe de todos os seres viventes. Como consequên-cia do seu pecado, teve que trazer à luz seus filhos com dores. Mas isso não foi mo-tivo de fazê-la desistir de ser mãe. Com ela aprendemos a suportar e esquecer as dores da maternidade;

Joquebede – Foi uma mu-lher de coragem e usou a criatividade para salvar seu filhinho. Com ela podemos aprender a não desistir dos nossos filhos, a tentar por todos os meios salvá-los, sobretudo com confiança no Deus Todo-Poderoso;

Sara – Esta foi uma mulher de personalidade e vonta-de forte, mas que procurou ser submissa a seu marido. Com ela aprendemos que a confiança no poder de Deus está acima da compreensão humana;

Agar – Apesar de ter sido simplesmente uma escrava, serva de Sara, por quem foi mandada embora junto com o filho pequeno que tinha concebido de Abraão, Hagar foi digna da misericórdia de Deus. Aprendemos com esta mulher que Deus contempla o coração de uma mãe que se encontra em desespero e desamparo e a socorre;

Ana – Seu coração des-consolado pela ausência de filhos foi totalmente consola-do pelo Senhor. Aprendemos com Ana a se derramar pe-rante Cristo e aguardar com alegria pela resposta;

Léia – Mulher sofredora que foi - pela rejeição de seu marido - abençoada pelo nú-mero de filhos que trouxe à luz. Podemos aprender com Léia a nos regozijar na mater-nidade e louvar a Deus por isso. Afinal, tantas mulheres sonham em ter filhos e não os podem ter;

Isabel – Ela foi a mãe de João Batista, aquele que anunciou a vinda do Mes-sias - Jesus. Que linda mis-são recebeu seu filho! Que privilégio ser mãe de tão grande homem. Isabel nos ensina a sermos mães des-prendidas, que criam seus filhos para servir a Deus;

Maria – Ela é um dos mais belos exemplos de mãe. Soube reconhecer seu lugar dentro da vontade de Deus; soube que recebera uma missão difícil, mas nunca questionou ou reclamou com Deus. Foi submissa a Ele, foi submissa a seu mari-do e foi submissa a seu filho, reconhecendo que Jesus es-tava acima dela como auto-ridade espiritual. Com Maria aprendemos que vale a pena colocar-se à disposição do Senhor, mesmo que seja para criar um filho e doa--lo ao mundo. Aprendemos também que filho é dádiva do Senhor, mesmo quando as circunstâncias não são favoráveis.

Salomé – Com esta mãe podemos, com cer teza, aprender como não ser mãe. Ela foi um péssimo exemplo para sua filha como esposa e mãe. Usou a filha para alcançar seus ínfimos e pe-caminosos objetivos. Uma mãe boa jamais faz assim; antes, zela, cuida e ama sem interesse próprio.

Eunice – Esposa de ma-rido não cristão que teve sabedoria para lidar com esta situação e criar seu filho, Timóteo, na doutrina e admoestação do Senhor, a tal ponto que se tornou pas-tor em sua juventude. Com o exemplo desta abnegada mãe aprendemos que não há barreiras para ensinar aos nossos filhos a Palavra de Deus e a viver no temor do Senhor.

Levir Perea Merlo, colaborador de OJB

Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações (I Pd 3.7).

No mês de maio celebramos e lem-bramos com mais intensidade o “tra-

balho”, as “mães” e também a família. E lembramos que o trabalho dignifica o ser huma-no, que a mãe é símbolo do amor de Deus, que a família é instituição de origem divina e que uma família saudável faz uma comunidade forte. Ela é alvo constante das artimanhas e ciladas do diabo e apesar dos bombardeios das “Babi-lônias” da vida, conseguirá sobreviver, o que é fato, mas também é realidade que mui-tos lares estão desmoronando. O índice de divórcio se alas-

tra, filhos presenciam a dor da separação em vida e casais saem muitas vezes dessa re-lação completamente trau-matizados. Creio que existe sim uma possibilidade real de estancar e cessar essa situação degradante e muitas vezes constrangedora. A solução passa pela prática da Palavra e a consequente submissão integral ao senhorio de Jesus Cristo. Sugiro que analisemos o texto em destaque.

Na verdade, a solidez da família e do casamento pas-sa, principalmente, pelo re-lacionamento de esposo e esposa. Ambos precisam vi-ver com entendimento, não apenas nas questões sexuais, que é muito importante, mas também em todos os outros aspectos da vida. Ambos pre-cisam ter consideração entre si. Hoje com o advento e direitos das mulheres (que na verdade nunca foi frágil), tanto o homem quanto a mu-lher precisam um do outro. O tratamento de dignidade deve ser de plena reciproci-

dade. Tanto a mulher deve dignificar o homem, quanto o homem deve dignificar a mulher. Essa equivalência é encontrada no próprio ver-so: “Porque juntamente sois herdeiros da mesma graça de vida”.

A consequência dessa rup-tura são as orações bloquea-das, impedidas de chegar a Deus. O Senhor não atende nenhuma oração de corações em estado de desobediência, de ódio e de maledicência. Mas, atende corações que-brantados, dispostos a perdo-ar e aceitar o perdão.

Portanto, o segredo para uma família feliz e saudável começa no relacionamento saudável dos cônjuges, que passa pela comunicação ver-tical e horizontal, ou seja, diálogo com o Senhor e com seu próximo e vidas comple-tamente submissas à vontade de Deus, e isso envolve te-mor e humildade. Que Cristo nos ajude a sermos famílias frágeis, porém, vivendo na graça do Pai.

Aprendendo com mães da Bíblia

Famílias integralmente submissas a Cristo: Orações não interrompidas

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7o jornal batista – domingo, 10/05/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Nosso objetivo, ao disseminar a visão de Igreja Multi-plicadora (IM), é

incentivar as igrejas a cum-prirem a Grande Comissão. Defendendo cinco princípios bíblicos e eficazes, que são Oração, Evangelização Disci-puladora, Plantação de Igreja, Formação de Líderes, Com-paixão e Graça, esta visão apresenta propostas funda-mentadas no exemplo deixa-do pela Igreja Primitiva, que agradou a Deus e abençoou vidas com seu testemunho.

O missionário Alexandre Fernandes atua como coorde-nador de Igreja Multiplicadora no norte do Brasil. Acompa-nhe o relato dele sobre o que tem acontecido no Acre:

Redação de Missões Nacionais

No último fim de semana foi realiza-do o 1º Seminário Multiplique, pro-

movido pela Associação Batista de Salvador, na Igreja Batista da Plataforma, na capital baiana. Cerca de 150 pastores e líderes participaram do evento, ou-vindo mensagens impactantes

“Podemos afirmar que Igre-ja Multiplicadora é uma bên-ção em nossas vidas e como podemos ver Deus agindo na vida dessas pessoas. Em pouco tempo, com Igreja Multiplicadora conseguimos realizar muito – com o nosso Deus sempre à frente, nos

sobre plantação de igrejas e outros princípios da visão de Igreja Multiplicadora (IM).

Os pastores Miguel Calmon, missionário de alianças es-tratégicas na Bahia, e Cirino Refosco, coordenador de plan-tação de Igreja Multiplicadora, falaram sobre cada um dos princípios e aspectos norteado-res de IM, incluindo Pequenos Grupos Multiplicadores e rela-cionamento discipulador.

dizendo ‘avança’ em rela-cionamentos discipuladores, em Pequenos Grupos Multi-plicadores (PGMs), indo de casa em casa, em amor e em comunhão, em evangeliza-ção, formação de liderança, plantando novos frutos e igrejas”.

O Conselho Regio-na l de Conta -bilidade do To-cantins (CRCTO)

entregou ao Lar Batista F. F. Soren, no distrito de Luzi-mangues - TO, 212 Kg de ali-mentos não perecíveis. Arroz, feijão, flocos de milho, óleo, dentre outros produtos, ajuda-ram a reforçar a alimentação de 23 crianças e adolescentes.

Os alimentos foram arreca-dados durante a palestra sobre Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), realizada gratuitamente em Palmas - TO. Os produtos foram entregues pelo presi-dente do CRCTO, o contador Sebastião Célio Costa Castro, aos missionários Robson e Ju-dite Rocha, diretores do Lar. A entrega foi acompanhada ainda por parceiros do Conselho,

“Deus está fazendo grandes coisas em Rio Branco - AC, por meio dos nossos missio-nários. Pastor Márcio Moura Brito vem crescendo muito como líder. Tenho trabalha-do com ele e, para minha alegria de servo, tenho visto seu crescimento e superação a cada dia. Vale a pena inves-tirmos tempo no DDE com nossos obreiros”.

Cada conquista da Igreja para o avanço do Reino de Deus está relacionada à ora-ção incessante, com confian-ça ao único Deus que tudo pode e que responderá de acordo com Sua soberana e sábia vontade. A visão de Igre-ja Multiplicadora busca de-senvolver a prática da oração de forma mais intensa e con-tínua na vida de cada crente. Para colocar em prática todos os outros princípios de IM, é

os representantes da empresa Wolters Kluwer Prosoft, Carlos Marcelo Machado e Welder Vieira, e do Centro Acadêmico de Ciências Contábeis da Facul-dade Católica, Jatniel Aires Pi-res, presidente, e o produtor de eventos do CA, Felipe Miller.

“É uma alegria para nós podermos contribuir com ins-tituições sérias e que realizam um grande trabalho social, como o Lar Batista”, afirmou o presidente do CRCTO. De acordo com Célio Castro, o

preciso clamar ao Senhor por sabedoria e direção.

Permanecendo em oração, Deus capacitará você a de-senvolver a evangelização discipuladora, que consiste em pregar o Evangelho for-mando novos discípulos, que também estarão aptos para le-var a Mensagem adiante. Es-tas ações levarão à formação de líderes, que é essencial para que novas igrejas sejam plantadas. E tudo deve ser feito com base na compaixão e graça, exemplos deixados por Cristo, que devem norte-ar uma igreja que precisa ser relevante para a comunidade onde está inserida.

Seja você também um exemplo de cristão multi-plicador, que intercede e trabalha para que vidas sejam impactadas pela mensagem libertadora do Evangelho.

Conselho busca exercer seu papel social também auxilian-do instituições filantrópicas. “Arrecadamos alimentos com as palestras para ajudar quem precisa”, complementou.

Ao agradecer pela doação, o pastor Robson ressaltou a importância do ato para o Lar Batista. “Mantemo-nos com doações como estas, sabemos que é um trabalho de formigui-nhas e por isso agradecemos muito pela iniciativa”, afirmou o diretor do Lar Batista.

Visão de Igreja Multiplicadora e avanço na região norte

“De outubro pra cá, esse já é o segundo grupo de batizandos fruto dos PGMs. Observe a quantidade de pessoas na casa”, diz pastor Marcio

Salvador recebe 1o Seminário Multiplique

Lar Batista F.F. Soren recebe doação de mais de 200 Kg de alimentos

Interação: pastor Cirino respondeu as perguntas dos participantes

Diretores do Lar ao lado dos doadores

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8 o jornal batista – domingo, 10/05/15 notícias do brasil batista

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9o jornal batista – domingo, 10/05/15notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 10/05/15 notícias do brasil batista

Comunicação da IBBP, redação de Litza Alves

“...Esteja no seu interior, que não perece, beleza demons-trada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus” (I Pe 3.4).

Se pudéssemos definir o pastor Arlécio em apenas um versículo, esse seria um bom re-

ferencial da postura do líder da Igreja Batista do Barro Preto – BA (IBBP). Um servo com espírito humilde, pa-lavras doces e serenas, mas firme em sua conduta, que é firmada nos princípios da Palavra de Deus.

Nascido no dia 27 de maio, na cidade de Barra do Rocha - BA, foi ordenado ao minis-tério no dia 26 de fevereiro de 1977 e no dia 02 de fe-vereiro de 1985 assumiu o pastorado da Igreja Batista do Barro Preto. Casado com Tânia Maria Ramos Costa, tiveram dois filhos: Arlécio Franco Costa Júnior e Andréa Ramos Costa Guimarães.

A IBBP sempre teve um perfil de Igreja missionária, o que foi fortalecido com a chegada do pastor Arlécio,

que ampliou esta visão. Or-ganizou 16 frentes missio-nárias, adquirindo imóveis para as Congregações. Fora do Brasil, a Igreja também sustenta missionários em Moçambique e Cuba.

Desde sua chegada à IBBP, foram batizadas cerca de duas mil pessoas, surgindo então a necessidade de um novo templo e, posterior-mente, a construção do edi-fício de Educação Religiosa Nahim Baptista da Silva, para abrigar as classes da Escola Bíblica Dominical, que cres-ceram significativamente e também o Instituto de Lide-rança Cristã. Estas obras se tornaram marcos indeléveis na história da Igreja, pois permitiram não apenas a ampliação do espaço físico, mas a capacitação de líderes e o crescimento espiritual da Igreja como um todo.

Respeitado em seu ministé-rio, pastor Arlécio tornou-se conhecido no estado e por sete vezes foi presidente da Convenção Batista Mineira, membro de diversas Juntas Administrativas no estado e na Convenção Batista Brasi-leira. Foi também professor no Seminário Teológico Ba-

tista Mineiro, serviu ainda como pastor interino nas Igrejas: Igreja Batista Salgado Filho, Primeira Igreja Batista Divinópolis e Igreja Batista Vila Marília.

No dia 29 de março de 2015, a Igreja Batista do Bar-ro Preto se reuniu para ce-lebrar uma data especial. O culto de gratidão a Deus pe-los 30 anos de ministério do pastor Arlécio Franco Costa, que teve início às 10h10 e foi dirigido pelo pastor Valqui-mar Machado, tendo como mensageiro o pastor Rubens Eduardo Cordeiro.

Homenagens foram fei-tas durante todo o culto, porém, a emoção tomou conta do pastor Arlécio ao acompanhar sua neta, Letícia Costa, entoar uma canção em sua homenagem. Ele se sentou ao lado dos seus netos Miguel Felipe, João Gabriel e Mateus Costa, en-quanto a ouvia cantar. O pastor Arlécio partiu o bolo comemorativo e personali-zado e agradeceu a Igreja utilizando o púlpito onde ele pregara pela primeira vez há 30 anos.

Uma placa confeccionada para marcar os 30 anos de

ministério à frente da IBBP foi descerrada simbolicamente na parte da manhã e, à noite, o diácono Cleivson Moura Vieira, 1º vice-presidente da IBBP, entregou ao pastor Ar-lécio uma réplica da mesma como recordação desta data tão especial.

A PIB de Divinópolis tam-bém prestou homenagem ao pastor Arlécio, entregando--lhe uma placa comemorativa e agradeceu a sua grande e valiosa colaboração como seu pastor interino por oca-sião da mudança de ministé-rio. Representaram a PIB de Divinópolis o pastor Tarcísio Guimarães, o diácono Ro-berto de Araújo Freitas Junior e sua esposa Elaine Fraga Freitas.

O convidado pela IBBP para trazer a mensagem de gratidão foi o pastor Tarcísio Guimarães, que destacou as qualidades de um líder dedicado e que tem servido de exemplo para os pastores mais jovens, que atendeu ao chamado para o ministério da Palavra que, com tanto amor e submissão, serviu á Igreja Batista do Barro Preto ao longo desses 30 anos e a ela continuará servindo,

cumprindo assim a vontade de Deus.

Na programação da noite houve a participação do Coro masculino “Som do Louvor”, regido pela irmã Vera Lúcia de Siqueira Vieira e ao piano Tania Ramos costa.

Sobre o pastor Arlécio, assim se expressou o pastor Valquimar Soares Machado: ”Falar de pastor Arlécio é falar de exemplo e de dig-nidade. Um testemunho de fé com vida moral e serviço à Igreja e ao Evangelho de Cristo. Um referencial obri-gatório para quem estima os valores cristãos, a ética ministerial, o compromisso com as escrituras e a fide-lidade doutrinária. Home-nageá-lo à altura de sua vo-cação e ministério é tarefa, senão impossível, bastante difícil, mas nos esforçamos em tentar”.

Ao final, o pastor Arlécio Franco Costa, muito emo-cionado, dirigiu-se à Igreja e aos convidados, agradecen-do a todos a sensibilidade, carinho e amor, pelas mani-festações tanto pela manhã, quanto à noite. Elas serão sempre lembradas por ele e por toda sua família.

Igreja Batista do Barro Preto - BA celebra Jubileu de Pérola do ministério

do pastor Arlécio Franco Costa

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11o jornal batista – domingo, 10/05/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Os missionários Mário Alexan-dre e Walquíria Lopes participa-

ram recentemente de um curso nos Estados Unidos, onde aprenderam mais so-bre o ministério de tradução da Bíblia, desafio que o casal atuante em Guiné--Bissau tem pela frente nos próximos anos.

O curso foi promovido pela Wycliffe Associates, or-ganização especializada em tradução das Escrituras para línguas em todo o mundo, e o casal Mário e Walquíria ouviu diversas experiências de missionários que têm se dedicado a traduzir a Pala-vra de Deus.

“É impressionante como o Senhor está usando as habilidades dos cristãos em diversas áreas para que as Escrituras estejam disponí-veis o mais rápido possível para povos não alcançados. A Palavra de Deus é eter-na, porém as metodologias

Fabiane Farias, integrante da 10ª turma do Projeto Radical Latino-Americano

Ma i o , u m m ê s comemorativo em que todas as mães são ho-

menageadas, presenteadas, parabenizadas. Porém, não poderia deixar de destacar um rol de mães que contri-buem para a expansão do Reino de Deus, as mães de missionários.

Elas são mães que, en-quanto estamos em preparo missiológico ou no campo, estão em casa de joelhos postos ao chão, orando para que a missão de Deus se cumpra por meio daque-les que dispuseram suas vidas para a Obra do Se-nhor. Em alguns momentos choram, em outros riem, não obstante, choram e riem; porém, em todos os instantes oram.

Essas mães nos amam mui-to, isso é fato; entretanto, amam muito mais a Deus e a Sua obra missionária, a tal ponto de se alegrarem com a nossa vocação e de se satis-fazerem com o cumprimento do nosso chamado, mesmo que isso lhes custe a nossa

mudam, e isso tem contri-buído para que os povos conheçam o Deus verdadei-ro”, diz Mário Alexandre, formado em Letras, com mestrado e doutorado em Linguística.

Nossos missionários des-tacam que, para a missão de traduzir a Bíblia para a língua falada pelo povo com quem vivem em Gui-né-Bissau, são necessários oração, pessoas que amem a Deus e missionários que atuem como consultores. “A partir daí, a jornada de fé começa”, diz Walquíria, também formada em Letras e com mestrado e douto-rado em Literatura. Ela e o marido também possuem formação em Linguística e Missiologia.

“Há relatos de cristãos pertencentes a povos não alcançados que estão tradu-zindo livros do Novo Testa-mento ou histórias bíblicas em apenas sete semanas. E como isso é possível? A resposta está no coração das pessoas envolvidas no pro-grama”, ressalta o missioná-

ausência, a provisão finan-ceira e o cuidado diário.

E cada uma vai, do seu jeito, ao campo missionário conosco, mesmo que nunca coloquem os pés nos luga-res por onde anunciamos o Evangelho. Quero home-nagear a todas as mães de missionários que choram por estar longe dos seus filhos, mas que se alegram com a expansão da obra missionária.

rio Mário Alexandre. “Elas anseiam pela Palavra de Deus em sua língua materna e se esforçam ao máximo, dedicando horas e horas no processo de tradução para que esse sonho seja realizado. São movidas pelo Espírito Santo”, acrescenta.

O coordenador de Mis-sões Mundiais para a África, pastor Hans Udo Fuchs, diz que o povo com o qual os missionários Mário Ale-xandre e Walquíria Béda trabalham tem pouco mais de uma dúzia de crentes. As principais religiões seguidas por esse povo são o islamis-mo e o animismo.

“Os povos animistas têm se convertido, mas os mu-çulmanos, ainda não. Eles não gostam das reuniões muito animadas, da falta de reverência, de sentar em cadeiras. Então, os missio-nários construíram com o apoio da comunidade um prédio redondo onde po-dem tirar os sapatos e sentar em tapetes no chão. Lenta-mente, eles estão vindo”, conta o pastor Hans.

Por ter uma mãe assim, aprendi a amar missões. Minha mãe, Maria Ireni, mostrava-me, sempre muito alegre, os grandes feitos de Deus por meio dos missio-nários na revista da JMM “A Colheita”, os quais me im-pactavam, mesmo quando eu ainda nem era convertida aos caminhos do Senhor.

Após minha conversão, ouvi o chamado de Deus e então fui ao campo mis-

Os missionários enfatizam que o desafio é que você e sua igreja comecem a se envolver com Guiné-Bissau através da oração. Esse é um dos países mais pobres do mundo, com população de 1,7 milhão de pessoas e 22 línguas maternas.

“É nesse contexto que a tradução da Bíblia precisa acontecer. A oração move montanhas do nosso coração e nos faz ver o mundo com os olhos de Deus. Portanto, ore pedindo guineenses que amem a Cristo, sintam von-

sionário pela quarta turma do Projeto Radical Luso--Afr icano, e minha mãe também foi, por meio de oração, acompanhamento, apoio, promoção missioná-ria, contribuição financeira e amizade com os demais missionários e nacionais que estavam comigo no campo.

Enquanto estive em Gui-né-Bissau, ela mobilizou a igreja local para orar e con-tribuir. Arrecadou recurso

tade de servir a Jesus e de conhecer mais a Palavra de Deus na sua língua mater-na”, conclui o missionário Mário Alexandre.

Quem também estiver dis-posto a ofertar para apoiar a compra de materiais que ajudarão nossos missio-nários a ser voz de Deus junto a comunidades de Guiné-Bissau, basta ligar para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais lo-calidades) e citar os nomes dos nossos missionários.

financeiro que possibilitou o envio de livros e equipa-mentos da área de saúde para os jovens nacionais da missão batista que estavam estudando Medicina e En-fermagem. Orou incessan-temente pela nossa equipe, fez amizade com os demais missionários da JMM em Guiné-Bissau, criou laços de amor com os nacionais trocando cartas e conversas via internet.

Quando retornei ao Bra-sil, minha mãe empenhou--se em aprender sobre o choque reverso e esteve ao meu lado nesse momento tão dif íci l . E quando eu disse “Mãe, eu vou nova-mente para o campo”, mais uma vez ela se colocou ao meu lado, apoiando-me e orando.

Com mães preciosas como a minha e tantas outras mães de missionários, podemos permanecer mais tranqui-los na obra, pois sabemos que enquanto caminhamos por este mundo pregando o Evangelho do nosso Senhor Jesus, joelhos permanecem dobrados em oração. Glória a Deus pelas vidas dessas mães. O Senhor as ama mui-to e nós também!

Guiné-Bissau: missionários se preparam para traduzir Bíblia

Mães de missionários

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12 o jornal batista – domingo, 10/05/15 notícias do brasil batista

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13o jornal batista – domingo, 10/05/15ponto de vista

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14 o jornal batista – domingo, 10/05/15 ponto de vista

Sim, estou cansado deste sistema religio-so voltado para a cen-tralidade do homem

e a posição periférica de Deus Pai. Esgotado de cultos barulhentos, com músicas em ritmos acelerados, letras vazias de significado bíbli-co-teológico. Não se canta mais hinos com letras pro-fundas, feitas por homens e mulheres que sofreram e que descansavam na fidelidade de Deus. Cultos à imagem do homem, especialmente dos líderes megalomanía-cos, que apreciam o pódio e as bajulações. Enojado com a hipocrisia, a falsidade de homens e mulheres que usam da Palavra para falar ao povo. Temos tido encontros irracionais, pois a vida não corresponde, não é coerente com a presença e o caráter de Deus. Observamos ajun-tamentos de pessoas com ressentimentos, invejas, dis-córdias, amarguras, vivendo na imoralidade, e outros sentimentos perniciosos e facciosos, sem arrependi-mento. “O Senhor não tolera a maldade com ajuntamento solene” (Is 1.13). Estou can-sado das conversas, da falta de reverência e da desaten-ção durante os cultos, espe-cialmente na hora da prega-ção. Encontros movidos por interesses escusos e regados à teologia da prosperidade

e manifestações esquisitas. O Senhor está farto de pro-messas, de copos com água a ser “ungida”, do vale de sal, dos saquinhos com terra de Israel e recipientes com água do Rio Jordão. Por meio do profeta Isaias, o Senhor indaga: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos e carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes” (Is 1.11).

Estou farto de religião vol-tada para as práticas judaicas dentro de igrejas chamadas evangélicas. Fico exausto ao ver pastores trazendo festas judaicas para dentro dos tem-plos, aliciando o povo, levan-do a congregação às práticas religiosas já superadas pela suficiência de Cristo Jesus revelada nas Escrituras. Estou cansado do uso indevido da Palavra na prática da teologia da prosperidade. Enojado de líderes que sacrificam o povo, usando-o como massa de manobra. Esses líderes utilizam seu “carisma” para ludibriar as gentes que en-tram e saem dos santuários. São artificiais, interesseiros e exploradores do povo. Con-seguem tirar dinheiro dos incautos para satisfazerem seus mimos, luxos e manter seu alto padrão de vida. Líde-

res inescrupulosos utilizando seus impérios de comunica-ção, tecnologia e uma rede viciada para enganar as pes-soas sofridas, que vão às suas igrejas buscando esperança para o seu desespero.

Cansado estou dos que usam a Bíblia como instru-mento profissional e não como livro devocional. Que utilizam os textos fora do contexto como pretexto para amedrontar, produzir medo no povo, causar subserviên-cia. É triste ver a utilização da Palavra de Deus como troca pela oferta e não como doa-ção em amor. Encontro-me estafado vendo pregadores utilizando as Santas Escrituras de forma desrespeitosa, ensi-nando erradamente o povo. Usam a Bíblia como amuleto. As Escrituras foram transfor-madas em literatura comum, ordinária em um contexto de gente religiosa, despida de temor e tremor diante do Espírito Santo que revelou a Palavra de Deus. A Bíblia se tornou um livro usado para apoiar práticas religiosas, sem vida. Pregadores que não têm formação adequa-da, não têm temor diante da Revelação. Há uma tradição religiosa – oral e escrita – que interpreta a Palavra de Deus. São as cartilhas dos líderes que são usadas para “inter-pretar” as Escrituras. Usam uma hermenêutica viciada,

distorcida e enganosa, volta-da para o apoio de suas práti-cas danosas. Não alimentam o povo e não o apascentam com ciência e inteligência, como diz Jeremias 3.15.

Confesso de coração que estou cansado do sistema religioso que usa a oração como amuleto, como instru-mento de petição e não de adoração e deleite em sua prática. O sistema religioso transformou a oração em um instrumento que exige de Deus respostas imedia-tas. Que O coloca na pare-de. Não é uma oração de adoração, confissão, que-brantamento e intercessão misericordiosa, mas que se arroga em reivindicar de Deus bênçãos, prosperida-de e curas. É a oração da troca e da determinação, que se paga para receber “bênçãos” do alto. Interces-são forte. Oração meritória e não de misericórdia. Sim, estou muito cansado de ver uma adulteração na vida de oração. Sabemos que na oração devemos pedir ao Senhor espírito de sabedoria e de discernimento, como relata Efésios 1.17. Orar não é barganhar, mas fazê-lo no espírito da vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita, de acordo com Romanos 12.1-2. Foi assim que o Senhor Jesus orou no Getsêmani, como relata

Mateus 26.41. Estou cansado deste movimento religioso porque já fizeram uma se-paração de oração forte no monte e fraca fora do monte. Podemos notar claramente que há uma estratificação da oração. A religião tem transformado o monte em plataforma da “verdadeira” oração que “move” o cora-ção de Deus.

Confesso mais uma vez que estou triste e muito cansado de religião, mas, por outro lado, desejando viver a cada dia no descanso do Evange-lho genuíno, que é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê, como des-creve Romanos 1.16. É este Evangelho que almejo viver e pregar. Este Evangelho en-seja a Mensagem do Senhor ao Seu povo por meio do profeta Isaias: “Lavai-vos e purificai-vos; tirai de dian-te de meus olhos as vossas obras más; parai de praticar o mal; aprendei a praticar o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. Vinde e raciocinemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve, ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Is 1.16-18). Aqui está a Mensagem do Evangelho na contramão da religião.

Estou cansado de religião! (1)

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15o jornal batista – domingo, 10/05/15ponto de vista

Ao longo da nos-sa história como denominação no Brasil conseguimos

desenvolver uma grande base de conhecimento em organogramas, descrições or-ganizacionais, além de docu-mentos jurídicos, tais como estatutos e regimentos. Creio que conseguimos saber o que precisa ser feito e geral-mente acreditamos que basta elaborarmos bem um estatu-to/regimento e organizarmos com as famosas caixinhas de um organograma e tudo vai dar certo. Aliás, acreditamos até que se o líder é vocacio-nado tem que dar certo. Com o tempo também fomos co-lecionando histórias de duas alegrias - quando o líder é eleito e inicia o seu trabalho e quando, no fim de tudo, é possível ficar livre dele.

Ao mesmo tempo em que aprendemos a fazer no pa-pel boas organizações e protegê-las juridicamente, temos tido inúmeras perdas patrimoniais ao longo da nossa história, não temos conseguido ter um sistema eficiente de escolha de lí-deres, muito menos de ava-liação de desempenho, seja

da liderança, seja das insti-tuições ou mesmo eclesiás-tico. Aliás, avaliação para o sistema ministerial Batista é um processo aterrorizador e doloroso.

Por que será que isso acon-tece? Há diversas causas e cada situação precisa ser ava-liada particularmente. Mas, creio que uma das causas é que temos uma estrutura, mas, necessariamente, não temos um sistema que dê vida a essa estrutura. Uma estrutura inclui estatuto, re-gimentos e documentos que legitimam a existência de uma instituição; organogra-ma; descrição de cargos e funções; relatórios contábil--financeiros e tantos outros; hierarquia; etc.

Um sistema inclui filosofia e valores; planejamento es-tratégico, global e integrado; fluência na comunicação entre os mais variados setores e níveis da estrutura de modo que a sua operação ou fun-cionamento seja integrado e integrador; mecanismos de autoavaliação de modo a gerar dinâmica e renovação estrutural para manter maior interação com o meio no qual se insere, etc. Assim,

enquanto a estrutura pode ser considerada verticalmente, o sistema tem conexões em uma perspectiva horizontal, criando-se uma abordagem matricial com ênfase orienta-da por processos e resultados e comunicação natural e espontânea entre os diversos setores de uma Convenção.

Com isso em mente é pre-ciso também pensar na mis-são da Igreja e da Conven-ção, em que cada instituição, cada líder-executivo, cada cooperador-funcionário pre-cisa focalizar no cotidiano de suas atividades e decisões. Na Assembleia da CBB em Manaus em 25 de julho de 2000 decidimos que a mis-são da Convenção Batista Brasileira “É viabilizar a co-operação entre as Igrejas Ba-tistas no cumprimento de sua missão como comunidade local”. Muitas Convenções Estaduais e Regionais seguem de perto esta declaração de missão. Tudo na CBB, em suas Entidades e Instituições, em cada Conselho, cada de-cisão de plenário ou execu-tiva, cada palavra, cada tele-fonema, cada eleição, cada escolha de executivo, cada item de avaliação e autoava-

liação, cada contratação de funcionário, cada decisão no dia a dia da execução, cada contracheque assinado, etc., deve focalizar essa missão, esse alvo.

Tudo na denominação deve girar em torno da mis-são da igreja local e funcio-nar como um sistema e não meramente como uma má-quina. Em outras palavras, te-mos a máquina, o hardware, mas o momento atual requer que aperfeiçoemos o sistema, o software, a inteligência de nossa missão ou, como fala-mos no Inglês, “expertise”.

Uma organização que é centralizada e focaliza estru-tura em geral, atua no territó-rio do poder, da hierarquia. Uma estrutura organizada, que é como um sistema fo-caliza comunicação entre as partes, ação colabora-tiva e colegiada, busca o cumprimento da sua missão envolvendo todas as par-tes do sistema em um ideal comum, mobiliza e moti-va a todos os participantes. Sem dúvida, este modelo sistêmico exige mais tempo para as decisões, exige bons relacionamentos, confiança, respeito e diálogo.

Na organização-estrutura o comando vem de cima para baixo, em uma relação vertical, premiando o ditado “Manda quem pode e obe-dece quem tem juízo”, pro-porcionando personalismos e nem sempre continuidades estratégicas – cada líder vai dar o seu tom pessoal e não necessariamente o tom que emana da missão da organi-zação em uma visão estraté-gica de médio e longo prazo.

Na organização-sistema há uma liderança, mas que envolve a todos de modo horizontal em uma estraté-gia que chamamos na lide-rança de “empowerment”, capacitando todos a decisões integradas em busca de re-sultados focalizados na mis-são da organização, em vez de personalismos, portanto, facilitando a implantação e funcionamento de visão estratégica de médio e longo prazo.

E, então, que futuro espe-ramos alcançar como deno-minação? Que tal alimentar-mos um sistema envolvente e motivador em busca do cumprimento da nossa mis-são? Vamos nos unir para a conquista desse alvo?

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Temos uma estrutura, mas será que temos um sistema?

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TRANSFORMANDO VIDAS

Crianças da

MAIS DE 30 MIL CASAMENTOS DE CRIANÇAS ACONTECEM TODOS OS DIAS NO SUL DA ÁSIA.*Fonte Unicef

Cuidado, proteção e amor é o que Missões Mundiais oferece às crianças por meio dos

projetos Lar da Paz e Meninas da Índia. Estes projetos estão estruturados no conceito de

casas-lares. As crianças são recebidas em um ambiente familiar, onde podem recomeçar a

vida sob a ótica da garantia de seus direitos fundamentais, com acesso à saúde, educação,

lazer e cultura. Para muitas é o primeiro contato com o incondicional amor do Pai.

Nos ajude a mudar esta realidade e transformar vidas.

2122-1901(cidades com DDD 21)

0800 709 1900(demais localidades)

Acesse www.missoesmundiais.com.br

an_criancas_da_india_245x395.pdf 1 29/04/15 17:17