Cópia de Como Criar a Coventina

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Como Criar a Coventina Há Irmãos e Irmãs seguidores da Tradição Ibérica, fazem parte de círculos pequenos designados Coventinas onde voluntariamente se reúnem para aprofundar a prática e a técnica da Bruxaria segundo a veneração lusitana. Para a escolha de indivíduos certos depende da compatibilidade de carácter e personalidade e o sucesso da Coventina pressupõe o núcleo de sujeitos harmonioso quanto possível. Para formar a Coventina basta arranjar um local simples, numa clareia ou num pinhal ou mato i.e. de preferência em espaço aberto para a realizarem os Sabates; convém ter outro local predefinido coberto para naqueles dias de chuva, vento forte ou que não convidam estar cá fora. O espaço não precisa de ser como o Terreiro onde então há o local para o Coventículo celebrar as festas e onde existe um lugar templário onde se cultua os nossos deuses. Para isso, sentam-se em círculo criando o espaço sagrado, invocam os espíritos e fazem viagens aos mundos

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Formar o círculo de pagãos

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Como Criar a CoventinaHá Irmãos e Irmãs seguidores da Tradição Ibérica, fazem parte de círculos pequenos designados Coventinas onde voluntariamente se reúnem para aprofundar a prática e a técnica da Bruxaria segundo a veneração lusitana.Para a escolha de indivíduos certos depende da compatibilidade de carácter e personalidade e o sucesso da Coventina pressupõe o núcleo de sujeitos harmonioso quanto possível.Para formar a Coventina basta arranjar um local simples, numa clareia ou num pinhal ou mato i.e. de preferência em espaço aberto para a realizarem os Sabates; convém ter outro local predefinido coberto para naqueles dias de chuva, vento forte ou que não convidam estar cá fora. O espaço não precisa de ser como o Terreiro onde então há o local para o Coventículo celebrar as festas e onde existe um lugar templário onde se cultua os nossos deuses.Para isso, sentam-se em círculo criando o espaço sagrado, invocam os espíritos e fazem viagens aos mundos subterrâneos e celestes através das quais adquirem conhecimento. Cada caminho é individual, mas praticando em grupo, cada participante partilha as suas experiências e aprende com a experiência dos outros Irmãos e Irmãs; a sabedoria dos espíritos será assim aproveitada por todos.Outra finalidade da Coventina é puderem receber Irmãos e Irmãs de outros Covis (solitários de sexo diferente ou não ou casais não casados, se o forem passam a ser Coventículo familiar) ou mesmo de outras Coventinas para partilhar ou alargar experiências excepto aqueles que estão num Coventículo embora possam integrar as

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Coventinas, estes Irmãos e Irmãs precisam de autorização dos Sumo-Sacerdotes e somente em casos de orientação inicial ou de preparação pré-coventicular.Os participantes rapidamente se sentem unidos e o círculo torna-se a forma vital de fortalecer e apoiar a prática. Para quem não tem possibilidade de se integrar no círculo já formado, pode formar um, pois isso é importante.O primeiro ponto a considerar é quem vai ser convidado para integrar o círculo. Pois nem todos somos iguais em feitio e ninguém se pode sentir excluído por isso. Alguns podem ser muito abertos e acolhem qualquer Irmão/Irmã; há Coventinas que integram pessoas por convite, onde o critério de admissão é o grau de experiência na Arte e o comprometimento em participar regularmente. Cada círculo tem personalidade própria e não há regras, certas ou erradas, para a sua formação, mas o seu propósito deverá ser sempre tornar a prática mais presente na vida dos seus membros. O segundo ponto é a periodicidade dos encontros. Alguns encontros podem ser semanais, outros de duas em duas semanas, outros mensalmente, tudo depende do objectivo pois pode ser simplesmente para comemorar as festividades e aí pode haver alguns encontros para treinar o ritual e quem é quem. Por outro lado, as Coventinas podem encontrar-se para treinar as viagens aos mundos extraordinários bem como práticas meditativas ou mesmo para debater pontos de interesse como a reencarnação, magia, etc. Ou também a Coventina pode servir para um pouco de tudo, como por exemplo, num fim-de-semana encontram-se para fazer viagens aos mundos inferior e superior e conhecer animais tótemes, no noutro pode servir para curar à distância ou mesmo presencialmente, no fim-de-semana a seguir podem ver um vídeo sobre Wicca e debater sobre o talhar do círculo ou as diferenças entre esta e a tradicional. Inclusive podem fazer abertura de trabalhos com os tambores e fazerem a dança sagrada do animal tóteme do círculo, que não ultrapasse os vinte minutos ou fazer oferendas no altar para depois estarem mais dispostos para conversarem ou discutirem assuntos sobre a Bruxaria.A Coventina, pode ser além disso, tomar a forma de se tornar em Coventículo consoante os objectivos se estabeleçam, com o decorrer do tempo e todo o grupo sinta estar na hora de partir para outro nível, treinando e preparando para o efeito.Depois temos de ver, o grupo que reúna semanalmente avançará rapidamente na aquisição de conhecimento e de experiência e será mais coeso. O grupo com reuniões mensais, habitualmente agrupa a irmandade menos comprometidos e se faltarem um ou duas vezes, sentir-se-ão desfasados mesmo tendo alguém que os informe. Só é possível criar dinâmica nestes grupos se os Irmãos e Irmãs praticarem a religião individualmente, de forma empenhada, nos intervalos das reuniões da Coventina. O terceiro ponto a considerar é se vai haver, ou não, liderança no círculo quando os proponentes ainda não possuem no mínimo o grau de Alcoviteira e ainda estão no grau de Peregrino. Quando alguém possui um grau acima apenas, até por questão de respeito deve ser ela a assumir a liderança da Coventina. Os Feiticeiros podem criar Coventinas embora se determinado pode formar o Coventículo e ao Bruxo por questão de preparação pré-coventicular pode desencadear a formação da Coventina mas com esse intuito. Mas voltando à liderança, numa situação simples, habitualmente a pessoa que inicia o grupo será o seu orientador, mas pode não ser, ou pelo menos por algum tempo, marcando encontros e apresentando a agenda para cada sessão; esta pode variar em função do grupo, mas normalmente inclui “chamar os espíritos” e a viagem.

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Algumas Regras para CoventinasTrabalhar na Coventina significa a busca comum do saber da Arte da Bruxaria, a sua aplicação prática e realização de sessões de cura, estudo e de ritos e rituais. Assim, em geral as regras de abertura e funcionamento da Coventina devem ser seguidas estritamente porque protege o grupo e cada um dos Irmãos e Irmãs. Segue o decálogo de funcionamento da Coventina:

1. O grupo deve sempre assegurar o espaço resguardado mesmo que o trabalho se realize ao ar livre;

2. Os Irmãos devem harmonizar e dar-se bem entre si;3. É preferível o grupo seja restrito;4. Deve haver unanimidade sobre a admissão de novos Irmãos mesmo oriundos de

Covis, Coventículos e de outras Coventinas;5. A decisão de admitir deve ser sempre tomada com calma, sem pressão e bastante

ponderação: a sobrevivência do grupo necessita da irmandade coesa e harmoniosa;

6. Aconselha-se o convite para o candidato participar nalgumas sessões de trabalho – facilitando a decisão, incluindo o próprio;

7. As reuniões devem realizar-se com frequência regular e de preferência sempre no mesmo dia da semana;

8. Na Coventina inicial se ainda não houver líder deve cada Irmão ou Irmã em sistema de rotatividade ser responsável por cada reunião;

9. A participação deve ser vista como compromisso. Quem não puder vir tem como obrigação avisar com antecedência;

10. Nas eventuais sessões de cura presencial podem ser convidadas pessoas e estas devem ser anunciadas ao grupo que previamente deliberou a forma como as fazer, tentando evitar a exposição do local preferindo sempre ir à casa do doente;