COORDENAÇÃO MOTORA -...

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• O envelhecimento provoca uma diminuição da velocidades de reação e de movimentos e da capacidade de combinar esses movimentos, gerando falsas reações frente a situações inesperadas, o que aumenta o risco de acidentes • 13% dos idosos têm dificuldade com várias tarefas que exigem coordenação óculo-manual (ex. inserir uma chave na fechadura). COORDENAÇÃO MOTORA • coordenação motora é a “ação sinérgica do SNC e da musculatura esquelética dentro de uma determinada seqüência de movimentos”.

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• O envelhecimento provoca uma diminuição da velocidades de reação e de movimentos e da

capacidade de combinar esses movimentos, gerando

falsas reações frente a situações inesperadas, o que aumenta o risco de acidentes

• 13% dos idosos têm dificuldade com várias tarefas

que exigem coordenação óculo-manual (ex. inserir uma chave na fechadura).

COORDENAÇÃO MOTORA

• coordenação motora é a “ação sinérgica do SNC e da musculatura esquelética dentro de uma determinada

seqüência de movimentos”.

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10 %Tomar banho

17 %Vestir-se

PORCENTAGEMLIMITAÇÕES

LIMITAÇÕES FUNCIONAIS EM IDOSOS LIGADAS À COORDENAÇÃO ÓCULO-MANUAL

Fonte: Laurenti, R.; Lebrão, M.L. Projeto SABE – FSP/USP. São Paulo, n=2143; 69 anos. 2003

06 %Comer

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Coordenação

Motora

ΣFlexibilidade Equilíbrio

Velocidade

ForçaResistência

Ritmo

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IMPORTÂNCIA:

� Precisão (objetivo) e economia dos movimentos (menor

gasto de energético);

� Otimização do fluxo de movimento;

� Automatização demanda menor atenção dos centros

nervosos superiores – possibilidade de atenção para outras “dicas” do ambiente relevantes para o desempenho da

tarefa motora;

� Aumento da capacidade de aprendizagem motora (quanto maior o nível das capacidades coordenativas mais

rápido podem ser aprendidos novos e complexos

movimentos);

� Profilaxia de acidentes e lesões (quanto mais coordenado, mais rápido será a reação a situações

inesperadas e rápidas, podendo evitar quedas e colisões).

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COORDENAÇÃO AO LONGO DA VIDA:

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Spirduso, 1995

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10 %Tomar banho

17 %Vestir-se

PORCENTAGEMLIMITAÇÕES

LIMITAÇÕES FUNCIONAIS EM IDOSOS LIGADAS À COORDENAÇÃO ÓCULO-MANUAL

Fonte: Laurenti, R.; Lebrão, M.L. Projeto SABE – FSP/USP. São Paulo, n=2143; 69 anos. 2003

06 %Comer

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AVALIAÇÃO:

Esquema ilustrativo do teste de toque em discos da bateria da EUROFIT (Ferreira & Gobbi, 2003, In: Gobbi et al. 2005)

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Resultados do teste de toque em discos em escolares e idosos

* Pts = pontos= tempo em segundos e décimos de segundos, sem vírgula, após 25 toques em cada disco.

134 a 142 pts.

149 – Treinadas

157 – Não treinadas

123 a 140 pts*11 – 14 anos

60 anos

FEMININOMASCULINOIDADE

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AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO ÓCULO MANUAL

Os resultados sofrem interferência do ambiente (distrativo ou não) onde o teste é realizado (padronização)?

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25,3 – 14,6

14,5 – 12,8

12,7 – 11,7

11,6 – 10,1

10,0 - 7,7

Muito Fraco

Fraco

Regular

Bom

Muito Bom

Coordenação (segundos)

Classificação

Classificação dos resultados dos testes de coordenação da AAHPERD, em idosas fisicamente ativas de 60 a 70 anos (Zago; Gobbi, 2003)

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Resultados de um estudo

0,80

Distrativo: 12,34Não-distrativo: 12,78

(p>0,05)

Ambientesdistrativo e não

distrativo

Correla-cional

Silva (1998)Orientador: Gobbi, S.

Corre-lação

Resultados(segundos)

IntervençãoTipo de Estudo

Autor:

Conclusão: Os ambientes distrativo ou não (padronização) não interferem no resultado do teste de coordenação motora em idosas ativas e com experiência anterior no teste.

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EFEITOS DA PRÁTICA DE COORDENAÇÃO MOTORA

• Imagem cortical da seqüência de movimento mais precisa;

• Formação da experiência própria do movimento;

• Eliminação de movimentos supérfluos ou co-contração de grupos musculares estranhos ao movimento pretendido;

• Automatização e estabilização do padrão de movimento;

• Aumento das ramificações dentríticas e uma maior plasticidade neural, propiciando maior controle dos

movimentos

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Programação

Implementação

• Período de duração

• Freqüência semanal

• Duração da sessão

• Tipo de atividade

• Intensidade

• Princípios do treinamento

(e.g. especificidade)

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PARÂMETROS PARA A PRÁTICA DE COORDENAÇÃO MOTORA

Princípio da sobrecarga e adaptação

• Aumentar velocidade de execução

• Aumentar complexidade

• Aumentar número de repetições

Exemplo: Coordenação Geral: Batimento dos pés, fazendo

círculos com indicador

• Professor alunos sentados frente à frente. Professor realiza os batimentos alternados dos pés e alunos tentam realizar.

• Mesmo procedimento para círculos com os indicadores estendidos e apontados para frente. Um dedo deve rotar no

sentido horário e outro no anti-horário.

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www.home.utad.pt/Seccoes/desporto/mestrados/mestradoaval/APM.pdf

PARÂMETROS PARA A PRÁTICA DE COORDENAÇÃO MOTORA GERAL: Bater pés e fazer círculos com indicador

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PARÂMETROS PARA A PRÁTICA DE COORDENAÇÃO MOTORA GERAL

Princípio da especificidade-generalidade

• Para atletas – específico da modalidade

• Para crianças e não atletas - diversidade

Princípio da continuidade - reversibilidade

• Para atletas –continuidade

• Para crianças e não atletas – continuidade pouco significativa. Resistência à reversibilidade

8

9

10

11

12

13

14

1991 2003

Anos

Te

mp

o (

se

g)

GNT

GT

Comportamento da CM em idosos treinados e não treinados em 12 anos (Pauli; Souza; Zago; Gobbi, 2004)

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PROGRAMA GENERALIZADO DE CONDICIONAMENTO FÍSICO PARA IDOSOS

• Um dos mais importantes objetivos é a melhora/manutenção de um bom nível de capacidade funcional para as AVDs e, o viver independente.

O PROFIT, que serviu de base para os estudos sistematizados nesta tese, é caracterizado por:

1) Atividades variadas (ginástica, dança, lúdicas, esportes adaptados, exercícios com pesos leves, alternativas); porque as AVD também requerem diversos tipos de movimento; evita rotina repetitiva de atividade e; aumenta repertório motor.

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2) De baixa especificidade quanto ao tipos de movimento requeridos nas AVD e testes da AAHPERD, bem como componentes da capacidade funcional. É um treinamento generalizado em contraposição a um treinamento específico

3) A intensidade é moderada (próximo a 13 na Escala de Borg – relativamente difícil), porque quase todos tem 1 ou mais problemas de saúde e a maior parte das atividades são feitas em grupo.

4) A freqüência é de 3 vezes por semana, com 1 hora de duração por sessão.

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3 meses

1 ano

3 meses

Tempo de intervenção

Melhora com participação em programa generalizado

Melhora com participação em programa generalizado

Melhora com programa generalizado

Coordena-ção motora

Coordena-ção motora

Coordena-ção

Manfrim; Souza; Gobbi (2002)

Polastri; Miyasike-da-Silva; Villar; Zago; Gobbi (1999)

Gobbi; Ansarah(1992)*

ResultadosCompo-nente

Autores

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> 4 meses; transversal

12 anos

Tempo de intervenção

Programa generalizado superior a específico de caminhadas excetoem flexibilidade que foram semelhantes

Melhora de coordenação

coordenação;

coordenação

Santos Filho; Silva;Franco; Gobbi (1998)

Pauli; Souza; Zago; Gobbi (2004)

ResultadosComponenteAutores

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