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1 Março/2005 Cooperativa Mista dos Produtores do Sudeste Goiano - Comigo um perfil de ação empreendedora Lisete Furlan Canabarro, MSc Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Márcio Roberto Palhares Nami, MSc Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Milton Bernardes Ferreira, Msc Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Ana Alice Vilas Boas, PhD Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Resumo Palavras-chave: cooperativismo, gestão alternativa. 1. Introdução Os Sete Princípios do Cooperativismo Em 1995, comemorou-se um século de existência da Aliança Cooperativa Internacional - ACI. Durante o Congresso foram atualizados e aperfeiçoados os conceitos e os sete princípios básicos do Cooperativismo; para que sejam a base das estratégias de desenvolvimento do sistema de cooperativas existente nos diversos países, ficando assim dispostos:

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Março/2005

Cooperativa Mista dos Produtores do Sudeste Goiano - Comigo um perfil de ação empreendedora

Lisete Furlan Canabarro, MSc Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Márcio Roberto Palhares Nami, MSc Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Milton Bernardes Ferreira, Msc Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Ana Alice Vilas Boas, PhD Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Resumo Palavras-chave: cooperativismo, gestão alternativa. 1. Introdução

Os Sete Princípios do Cooperativismo

Em 1995, comemorou-se um século de existência da Aliança Cooperativa Internacional - ACI.

Durante o Congresso foram atualizados e aperfeiçoados os conceitos e os sete

princípios básicos do Cooperativismo; para que sejam a base das estratégias de

desenvolvimento do sistema de cooperativas existente nos diversos países, ficando

assim dispostos:

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I. Adesão Livre e Voluntária – Cooperativas são organizações voluntárias abertas

a todas pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar responsabilidades de

sócio, sem discriminação social, política ou religiosa e de gênero. Participa quem

quiser e pelo tempo que desejar. As pessoas podem ingressar ou retirarem-se de

acordo com o estatuto e/ou regimento de cada cooperativa.

II. Controle Democrático pelos Sócios – As Cooperativas são organizações

democraticamente controladas por seus sócios os quais participam ativamente no

estabelecimento de suas políticas e tomadas de decisões. Homens e mulheres

eleitos como representantes são responsáveis para com os sócios. Nas cooperativas

singulares os sócios têm igualdade de votação (um sócio, um voto); as cooperativas

de outros graus também são organizadas de maneira democrática.

III. Participação Econômica dos Sócios – Os sócios contribuem de forma eqüitativa

e controlam democraticamente o capital de suas cooperativas. Usualmente, os

sócios recebem juros limitados (se houver algum) sobre o capital, como uma

condição da sociedade. Os sócios destinam as sobras aos seguintes propósitos;

desenvolvimento das cooperativas, possibilitando a formação de reservas, parte

dessas podendo ser indivisíveis, retorno aos sócios na proporção de suas transações

com a cooperativa e apoio a outras atividades que forem aprovadas pelos sócios.

Supremacia do trabalho sobre o capital; que tem caráter instrumental e os juros

limitados. O capital apenas fornece os meios para a concretização do projeto.

IV. Autonomia e Independência – As Cooperativas são organizações autônomas

para ajuda mútua, controlada por seus membros. Entrando em acordo operacional

com outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem

externa, elas devem fazê-lo em termos que preserve o seu controle democrático

pelos sócios e mantenham a sua autonomia. Autogestão: participação direta dos

associados em todas as etapas do processo de administração e tomada de decisões.

Cada um deve assumir responsabilidade solidária com o grupo, desde a escolha do

local, elaboração participativa dos projetos, administração dos recursos, etc.

V. Educação, Treinamento e Formação – As Cooperativas proporcionam educação

e treinamento para os sócios, dirigentes eleitos, administradores e funcionários, de

modo a contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento. Eles deverão informar

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o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião,

sobre a natureza e os benefícios da cooperação.

VI. Cooperação entre as Cooperativas – As Cooperativas atendem seus sócios mais

efetivamente e fortalecem o movimento cooperativo, trabalhando juntas através de

estruturas locais, regionais e internacionais. Intercooperação: ativa cooperação no

plano local, nacional e internacional, visando à integração entre cooperativas do

mesmo ou de outro segmento.

VII. Preocupação com a Comunidade – As Cooperativas trabalham pelo

desenvolvimento sustentável de suas comunidades, através de políticas aprovadas

por seus membros. Desenvolvimento sustentável: e transformação social: as

Cooperativas devem crescer dentro de uma visão ecologicamente sustentável, ou

seja, sem ferir o meio ambiente e promover as transformações sociais, atendendo-

se ao bem estar dos cooperativados e da comunidade em geral.

VIII.

Diferenças entre Sociedade Cooperativa e Sociedade Mercantil

As principais diferenças entre a sociedade cooperativa e a sociedade mercantil

encontram-se destacadas no Quadro 1. Entre elas temos o objetivo, o tipo de controle e

a forma de retorno ou dividendo proporcional.

Quadro 1. Diferenças entre Sociedade Cooperativa e Sociedade Mercantil.

SOCIEDADE COOPERATIVA SOCIEDADE MERCANTIL

É uma sociedade de pessoas; É uma sociedade de capital; Seu objetivo é prestação de serviços; Objetivo principal é o lucro; Tem número ilimitado de cooperados; Número limitado de acionistas; Dispõe do controle democrático: um homem – um voto;

Cada ação – um voto;

Em suas assembléias, o quorum é baseado no número de cooperados;

Nas assembléias, o quorum é baseado no capital;

Não é permitida a transferência de quotas – partes a terceiros, estranhos à sociedade;

Permitida a transferência de ações a terceiros;

Retorno proporcional ao valor das operações.

Dividendo proporcional ao valor das ações.

Fonte: Dados de pesquisa.

Observamos que entre as peculiaridades que diferenciam de forma substancial

as sociedades cooperativas, como mecanismo de distribuição eqüitativa de recursos e

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insumos, está a base de distribuição de sobras e eventuais perdas entre todos os

envolvidos no processo. Para os associados, desta forma, existe um comprometimento

e envolvimento praticamente compulsório nos métodos e processos que envolvem a

gestão, bem como um acompanhamento efetuado por um número significativo de

pessoas no decorrer do processo.

Administrar cooperativa é algo mais delicado do que administrar empresas

apenas mercantis, a fim de que sua identidade não se desfigure, como organização de

pessoas que é.

Certamente não parece fácil desmontar semelhante movimento, porque ele está

baseado em idéias, as quais na sua essência faz das cooperativas um cofre perfeito para

a estocagem do capital social, hoje considerada por muitos como o grande responsável

pelo desenvolvimento eqüitativo das nações.

É esta a condição que dá chance às cooperativas de responder à concentração

empresarial e da riqueza, porque permite que indivíduos isoladamente instáveis se

transformem em uma força quando, através da coesão social e da confiança, participem

de sua própria empresa fazendo negócios, obtendo resultados e serviços satisfatórios.

Confiança, lealdade, coesão, conhecimento e participação são os pilares do

capital social.

4.2 Ação Empreendedora da COMIGO

“Uma indústria de soja para onde não havia soja”

“Desenvolvimento genético de suínos para onde não havia suínos”

“Cooperação e empreendedorismo para onde não havia desenvolvimento”

Sigismundo Bialoskorski

Segundo dados de 2003 do jornal Valor Econômico, o agronegócio é

responsável por 60% do Produto Interno Bruto (PIB) goiano e com a produção de mais

de 11 milhões de toneladas de grãos, reponde por 77,55% das exportações.

Os números da balança comercial conferem relevância e destacam a

importância do setor primário no contexto socioeconômico do Estado. Os produtores

aproveitam o bom momento do agronegócio e investem na modernização da estrutura

produtiva, que visa incrementar a produtividade e conferir mais competitividade ao

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produto goiano.

O crescimento do agronegócio em Goiás tem seu impacto mais expressivo nas

cidades do Sudoeste goiano, que é a principal região produtora agropecuária de Goiás.

Nota-se, no Gráfico 9, evolução do faturamento das cooperativas agropecuárias do

Sudoeste goiano.

Quadro 9 - Faturamento das cooperativas do sudoeste goiano

0

100000000

200000000

300000000

400000000

500000000

600000000

700000000

800000000

1999

2000

2001

2002

2003

Agrovale

Comigo

Comiva

Fonte: A ascensão crescente da COMIGO e sua disparidade em relação às

demais

Rio Verde, por exemplo, vive a pujança da soja e do algodão. A cidade tem o

PIB estimado em R$790 milhões e cresceu 7% contra um índice de 1,6% do PIB

brasileiro, no ano passado. Um bom termômetro é a arrecadação de impostos. Em Rio

Verde, o volume de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

Serviços (ICMS) foi de R$21,4 milhões no ano passado. A previsão de arrecadação

deste ano é de R$80 milhões. (Jornal Valor Econômico, 2003).

Localizada a 220 km de Goiânia, a cidade ganhou em qualidade de vida e

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tornou-se exemplo nacional e foi apontada como o melhor modelo de cluster do

agronegócio no Brasil, pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

Rio Verde abriga cerca de 300 empresas industriais, onde uma parte expressiva

delas foi atraída pela presença da COMIGO – Cooperativa Mista dos Produtores

Rurais do Sudoeste Goiano.

A COMIGO, com sede em Rio Verde, atua em uma área extensa do Sudoeste

do Estado de Goiás, que compreende vários municípios em uma área de 2,74 milhões

de ha. Nos municípios de Acreúna, Indiara, Jandaia, Jataí, Montividiu, Paraúna, Santa

Helena, Serranópolis, a Cooperativa está presente com suas estruturas.

Em 1974, um grupo de produtores rurais discutia a possibilidade de abrandar

dificuldades, como a aquisição de sacaria para o arroz e problemas de secagem e

comercialização, por meio de uma organização cooperativa. Esta foi formada por

produtores que estavam dispostos a criar mecanismos mais favoráveis para

comercialização, mesmo que estes significassem uma transferência de poder da esfera

particular para a nova organização.

Assim, 67 produtores decidem por estruturar a organização e 50 destes, formam

o quadro de sócios fundadores.

O início das atividades se deu em 1976 com a instalação de uma loja de

insumos e um departamento de assistência técnica, além da compra de um terreno para

a futura instalação da indústria.

O primeiro presidente da COMIGO, o pioneiro Paulo Roberto Cunha teve a

visão estratégica de crescimento da cultura de soja no Sudoeste goiano - numa época

em que esta cultura ainda estava por se consolidar no Brasil – instalando na cidade

uma unidade agroindustrial de esmagamento, com o intuito de evitar a venda da soja

em grão e promover a agregação de valor ao produto. A COMIGO investiu na infra-

estrutura armazenadora e na difusão tecnológica para as culturas de grãos no cerrado,

principalmente, a soja.

A iniciativa deste pioneiro, deu início ao processo de crescimento da network

de produtores, passando de 67 produtores associados em 1976, para 721 em 1981 e

4221 em 2004.

No momento da implantação da Cooperativa, em 1975, Rio Verde, Montividiu

e Jataí, tinham uma produtividade de apenas 1,49 t/ha numa área de 750 ha plantados.

Em 1980, esta área evoluiu para 42.180 ha – época da primeira exportação e início da

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planificação da unidade agroindustrial.

Em 1982, as obras industriais foram iniciadas e em 1983, a Cooperativa

inaugura a fábrica de óleo de soja e três armazéns graneleiros, contando com uma

organização de 1000 produtores.

Em 1984, a Cooperativa inaugura a COMIGO Florestal para a produção de

madeira utilizada na indústria, visando a sustentação da sua competitividade, além de

contribuir com o meio ambiente. A área total da COMIGO Florestal é de 3.200

hectares, dos quais 2.500 plantadas com eucalipto, tomando o complexo industrial e

armazéns ali localizados, auto-suficientes em material energético. Desta forma, a

cooperativa contribui para a preservação da mata nativa. Conta também com áreas

reflorestadas em Jataí, Santa Helena, Acreúna e Indiara.

Também em 1984, a Cooperativa inaugura a sede própria e inicia a construção

da refinadora de óleo e da unidade de envasamento de óleo de soja; amplia as

atividades com a fabricação do sabão, aproveitando a borra do refino de óleo, e firma

um convênio com a Empresa Goiana de Pesquisas Agropecuárias para incentivar a

pesquisa. Neste período, cresce também o incremento da assistência técnica.

Entre os anos 1985 iniciam-se as atividades dos laboratórios de análise de soja

e patologia animal; em 1987, incorpora a Canja e em 1988, a Credi-Rural COMIGO é

estruturada, sendo mais um elemento de fundamental importância aos associados,

formando uma base financeira, que possibilitou o fluxo de capital no sistema;

incentivando o desenvolvimento, ampliando a produção, o processamento, assistência

técnica, gerando tecnologia própria e impulso financeiro.

Esse desenvolvimento regional atrai empresas do sistema agroindustrial de soja

e alavanca a economia local entre os anos 80 e 90.

Em 1996, garante a produção e a comercialização de adubos – importante

elemento de competitividade para a produção de soja local – com a aquisição de um

misturador de adubos, solicitado pelos cooperados, que sofriam com os altos preços

das empresas que comercializavam fertilizantes. A comercialização própria de adubos

fez evoluir de 20 mil toneladas no primeiro ano para 205 mil toneladas em 2003, ou

seja, em 7 anos.

Em meados dos anos 90, a COMIGO ainda mantém o seu foco no SAG-soja,

mas acredita em formas diferenciadas de promover o desenvolvimento de seus

associados, inovando as suas atividades de forma estratégica ao associar-se à

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companhia holandesa Dalland, com o objetivo de instalar um pólo de desenvolvimento

genético de suínos na região – criando reprodutores de alta qualidade genética.

Em 1996, a COMIGO mobilizou os produtores rurais para reuniões com a

Perdigão, de forma a incentivar e atrair a instalação da empresa em 2000; como

conseqüência, em 2001 a Perdigão investe mais de R$ 40 milhões no projeto Buritis

em Rio Verde-Goiás.

A Dalland-COMIGO fornece parte das fêmeas e dos machos para o projeto

Buritis da Perdigão, e como conseqüência, os produtores associados à COMIGO

participam de contratos de fornecimentos com a Perdigão. Ou seja, influenciada pela

COMIGO, a Perdigão se instala em Rio Verde, atraindo novos empreendimentos,

gerando empregos e servindo de base para a criação de novos pólos.

Entre 2000 e 2003, as taxas de crescimento na produção da COMIGO

cresceram notadamente: os grãos (soja, milho e sorgo) subiram 30,9%; o óleo refinado

em 38,8%; as rações em 83,8%, já os fertilizantes em 78%. O perfil dos produtores

associados é 25,07% até 50ha; 18,63% de 50 a 100 há e 56,29% com mais de 100 ha.

Em 2001, a COMIGO iniciou vários cursos de Capacitação Rural e dá

seguimento ao Projeto Maisleite: são quase 500 cooperados e familiares envolvidos na

melhoria profissional da atividade agropecuária.

Em 2002, a COMIGO inaugura seu Centro Tecnológico COMIGO, que

promove geração e difusão de tecnologia para o SAG-soja no Sudoeste de Goiás,

promovendo um “Agrishow” regional, através de parcerias com empresas, instituições

de ensino superior e governos municipal e estadual.

A última feira tecnológica AGRISHOW-COMIGO foi realizada no Centro

Tecnológico COMIGO em Rio Verde, de 30 de março a 03 de abril deste ano,

superando todas as expectativas – mais de 38 mil pessoas visitaram a feira, sendo 30%

acima do previsto.

Os visitantes vieram de todas as regiões do Estado, além de produtores,

técnicos e estudantes de Tocantins, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Minas

Gerais, movimentando assim o setor hoteleiro do município. Durante os cinco dias de

realização, a AGRISHOW COMIGO atingiu um volume de negócios realizados,

envolvendo máquina, implementos, equipamentos, insumos agropecuários, da ordem

de R$400 milhões.

Além da oportunidade de ter contato e negociar com os maiores fabricantes do

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Brasil: de máquinas, implementos, agroquímicos, sementes e outros insumos

agropecuários, os produtores goianos tiveram a oportunidade de presenciar

demonstrações dos benefícios de utilização de diversas tecnologias de campo através

dos experimentos e dinâmica de máquinas.

Outro destaque na Feira foi a geração de tecnologias agropecuárias, com

enfoque em experimentos de combate a ferrugem da soja, espaçamento de plantio,

adubação entre outros, realizados pelo CTC, para posterior transferência aos

produtores, facilitando o trabalho em suas propriedades.

O AGRISHOW COMIGO -2004, agrupou 150 estandes e 400 marcas

diferentes-sendo que 80% são nacionais; 7 instituições de ensino superior; 300

demonstrações de funcionamentos de máquinas no campo, em situações diferenciadas;

70 experimentos montados; 4.500 pessoas trabalhando no evento; 7 palestras; 25 mini-

palestras; 3 mil leitos ocupados em hotéis, pousadas e residências da cidade; média de

2.500 refeições diárias e 3 mil empregos temporários gerados.

No ranking das principais empresas brasileiras do agronegócio, a COMIGO foi

classificada a 5ª empresa agrícola do país, em desempenho conforme dados de 2002,

segundo o Jornal Valor Econômico. Também foi colocada como a 2ª empresa em

desempenho (dados 2002) do Centro-0este, segundo a Revista Exame na matéria

“Maiores e Melhores Empresas do Brasil”. Por outro lado, a Revista Exame a colocou

na posição 387ª contra o 413ª que ocupava no ano passado.

Preocupada com o meio ambiente, a COMIGO, por seu trabalho de

reflorestamento entre outros importantes aspectos, foi agraciada com o prêmio Gestão

Ambiental, concedido pela Agência Ambiental de Goiás, em 2001 e 2003.

No ano de 2000, já se esperava que o Brasil fosse destaque dentro do

agronegócio mundial. E foi por acreditar neste contexto favorável, particularmente na

força e no dinamismo de seus cooperados, que a COMIGO apostou firme. Em 2003,

começou a construção de sua nova indústria de processamento de soja, inaugurada em

abril de 2004. Um investimento de R$ 50 milhões. Com capacidade para 2.500

toneladas/dia, o novo empreendimento permite que a mesma possa esmagar até 3.500

toneladas/dia, contando com a indústria já existente.

A Cooperativa buscou atender também os diversos cooperados de várias

regiões, construindo ou comprando armazéns ou postos de recepção de grãos, cada vez

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mais perto das lavouras, facilitando o transporte e reduzindo, os custos para o

associado. A cooperativa adquiriu em 2003, o transbordo do Rio Preto, em Rio Verde,

aumentando a sua capacidade de recepção de soja naquela região. Em 2003, a

COMIGO recebeu 13 milhões de sacas de grãos, sendo 9 milhões de soja, 3 milhões de

milho e 1 milhão de sorgo. Um recorde.

Neste mesmo período, outros setores também receberam investimentos. O de

fertilizantes, por exemplo, recebeu R$ 360 mil em ampliações e melhorias. Foram

instalados: mais um sistema de big bag, duas linhas de ensaque, uma nova balança

eletrônica, além da ampliação do depósito de matérias-primas. Isso possibilitou um

aumento de 30% na produção e permitiu o fornecimento de mais de 200 toneladas de

adubo aos seus cooperados, ultrapassando a meta que era de 180 mil toneladas.

Com esta visão empreendedora, a COMIGO forma uma importante rede onde

uma parte é responsável pelo desenvolvimento genético para a produção de matrizes, a

segunda parte incentiva à integração e a terceira possibilita a colocação de rações. A

economia regional é incrementada e assim o produtor rural tem acesso a alternativas de

renda.

A COMIGO tem uma ação específica de articulação de uma rede onde cada um

dos agentes tem interesses em comum, resguardados os seus interesses empresariais.

Essa rede chamada ‘network’ – pode ser entendida como uma rede de relações, onde

uma parte é dependente de recursos ou decisões controlados por uma outra parte, em

que podem ocorrer ganhos com as atividades e procedimentos em conjunto.

A COMIGO forma duas networks importantes: a organização dos produtores

rurais – pool que introduz um elemento importante, onde cada um é dependente das

atividades e da produção de outros - e a coordenação e articulação do processo com a

atividade de suínos - onde o projeto Buritis da Perdigão é influenciado pelas atividades

da Dalland-COMIGO, garantindo uma fonte extra, alternativa de renda e um futuro

mercado em expansão para a sua fábrica de ração.

A cooperativa é uma network que tem credibilidade do produtor rural por ser

um pool de interesse do próprio produtor, que em tese, tende a dar preferência à

assistência técnica da cooperativa, à balança de pesagem e aos fertilizantes COMIGO,

cujo slogan é “a confiança faz a diferença”.

Outra característica importante como indutora desta rede é a função de

coordenação da difusão, transferência e desenvolvimento de tecnologia para todo o

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SAG-soja do Sudoeste goiano. O AGRISHOW-COMIGO e a presença do Centro

Tecnológico COMIGO são elementos que garantem produtividade, competitividade e

qualidade para a soja comercializada na cooperativa e fora da cooperativa com as

empresas transacionais.

A COMIGO, através de sua ação empreendedora, incentivou também o nicho

de mercado regional, porém, acredita que quanto maior o número de concorrentes,

maior a competitividade de mercado, o que é melhor para o cooperado e para a

cooperativa, pois se torna cada vez mais competitiva, haja vista, que o preço regional é

sinalizado por ela.

Um importante fator que faz a agricultura regional ser tão forte é a união de

classes produtoras. A COMIGO foi a precursora de tudo. Ela nasceu da união e do

pioneirismo de um grupo de produtores rurais, que se dispôs a mudar o perfil da

agropecuária local, instituindo novos conceitos de produção, de comercialização e de

industrialização.

Com o uso de insumos modernos, tecnologias inovadoras, participação ativa do

cooperado e uma administração séria, a COMIGO cresceu e desenvolveu a região.

Hoje ela é citada no Brasil como um exemplo de cooperativa de sucesso. Desde sua

criação (1975), respeita os ideais que norteiam os empreendimentos sérios, que

permitem ser economicamente viável, socialmente justos e ambientalmente corretos.

A ação empreendedora da COMIGO reflete as suas vantagens competitivas

relacionadas com contato direto com o produtor e a maior capacidade de coordenação

da cadeia de suprimentos, aspecto interessante para empresas mais focadas em estágios

de processamento e distribuição de produtos para consumidores finais. Em outras

palavras, as decisões financeiras e organizacionais dependeram da estratégia

competitiva adotada pela COMIGO.

As estratégias internas influenciaram, diretamente, a eficiência do

empreendimento cooperativado, a qual garante as estratégias de mercado e a eficácia

social da organização cooperativa. A ação estratégica e competitiva da COMIGO

influencia diretamente no desenvolvimento da região, que desde a sua instalação vive

um momento importante, talvez o mais destacado de sua história.

Com este cenário competente, Rio Verde abarca grandes pólos, incorpora um

agronegócio exemplar, num ritmo contínuo de desenvolvimento sócio-econômico,

tendo seu momento de destaque em rede nacional, numa reportagem que mostrou o

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potencial da cidade, inclusive contrariando o índice nacional de desemprego.

A COMIGO é a grande precursora desse cenário, servindo de alavanca para

impulsionar o mercado regional, atraindo novos empreendimentos na região, sendo,

portanto, a principal responsável pelo crescimento e desenvolvimento do Sudoeste-

goiano.

História e Missão da Comigo

Os produtores rurais de Rio Verde tinham um costume, em 1974: reuniam-se no Posto

Horizonte, às margens da BR-060, no km 421, local onde acostumavam abastecer seus

veículos. Ao lado do restaurante do posto havia um banco. Sentados ali, os produtores

tomavam uma cerveja, conversavam e debatiam os problemas. Foi ali que a COMIGO

- Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano Ltda começou a ser

rascunhada. Eles queriam remover alguns obstáculos que poderiam ser resumidos em:

aquisição de sacaria, de óleo lubrificante e secagem de arroz. Na época, o arroz de

sequeiro era o principal produto cultivado, seguido do milho. O arroz ajudava na

formação de novas pastagens para o gado, daí a sua importância na época. Existiam

pouquíssimos secadores e o arroz era secado nas ruas ao sabor do sol, enquanto que o

milho era colhido praticamente seco por volta de julho/agosto. A comercialização do

arroz era outro gargalo, já que sua negociação acontecia com os cerealistas locais e

também com comerciantes vindos de Uberlândia. O preço quase sempre ditado pelo

comprador.

Para tentar vencer estas barreiras e criar um mecanismo de defesa dos produtores, que

fosse capaz de fornecer insumos a preços mais condizentes e de melhor qualidade,

prestar serviços de comercialização, armazenagem e assistência técnica, a idéia de

constituir uma cooperativa foi se encorpando. Liderado por Paulo Roberto Cunha, Jonh

Lee, Hadovaldo e Chavaglia, o movimento começou com um difícil trabalho de

convencimento e agrupamento de produtores. Inicialmente, 67 produtores se

dispuseram a fundar a cooperativa, com a quota-parte de Cr$ 30 mil, valor equivalente

a aproximadamente 4 mil dólares. Porém, dos 67, somente 31 integralizaram, de fato, o

capital social no ano de fundação (1975). Mais tarde (em 1977), outros 19 produtores

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apostaram na idéia e integralizaram também suas quotas, completando os 50 sócios

fundadores da COMIGO.

As atividades da Cooperativa se iniciaram em fevereiro de 1976, ao abrir uma loja de

revenda de bens de consumo, à Rua Itagiba Gonzaga Jaime, 1.483. Tudo funcionava

ali: loja, escritório, encontros etc. Naquele mesmo ano, foi criado o departamento de

assistência técnica (DAT), e adquirido um terreno de 114 hectares, às margens da BR-

060 (saída para Jataí), onde mais tarde seria implantado o Complexo Industrial da

Cooperativa. O passo decisivo para a viabilização da COMIGO foi o trabalho de

conscientização dos cooperados para a elevação da quota-parte do capital social para

Cr$ 100 mil, em 1977. Como conseqüência dessa chamada de capital e do aumento do

número de associados (agora com 177), foi possível a contratação de recursos para a

construção da primeira unidade armazenadora da COMIGO, em Rio Verde, concluída

em 1978. Aquela semente estava sendo irrigada e adubada, e a emergência da planta

começava a acontecer. Isso foi se espalhando pela região, que já demonstrava interesse

em aderir à idéia.

Assim, em 1978, a COMIGO abriu seu primeiro entreposto, com a instalação de uma

loja de bens de consumo, em Santa Helena de Goiás, e a aquisição de uma área de

47.972 m2, contendo dois armazéns para depósito de cereais, escritório, casa de

zelador, casa de força e rede de alta tensão. Com a obtenção de crédito junto ao Banco

do Brasil, nesse mesmo ano, a COMIGO iniciou a construção de um armazém

graneleiro em Santa Helena, concluído em 1980, e de um armazém sementeiro em Rio

Verde. Também foi criado o setor de peças e acessórios, em Rio Verde. Ainda em

1979, as lideranças rurais de Jataí e de Acreúna, demonstraram interesse dos

produtores rurais destes municípios, em contar com entrepostos da Cooperativa. Fato

consolidado em 1980, quando foram abertas lojas de consumo, peças e acessórios

nestas localidades.

Já com uma infra-estrutura armazenadora de grãos em Rio Verde, e devido ao aumento

da área plantada na região, a COMIGO, de forma pioneira em Goiás, realiza sua

primeira exportação de grãos, em 1980, para a Suíça. Para evitar a saída dos grãos "in

natura" para outros estados onde seriam industrializados, ainda no ano de 1980, a

COMIGO começa a rabiscar um projeto ousado para implantação de uma agroindústria

de esmagamento de soja. Os recursos foram finalmente obtidos junto ao Banco

Nacional de Crédito Cooperativo S.A. - BNCC, no ano de 1981.

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1982

Em 1982, foi dado o primeiro pontapé na construção da indústria de processamento de

soja, e de três armazéns graneleiros, estes para servirem de suporte ao Complexo, em

Rio Verde, cujas obras foram concluídas em 1983.

1983

No seu sétimo ano, em 1983, a COMIGO coloca em funcionamento a agroindústria de

soja (esmagamento e refino); implanta o sistema de processamento de dados, com

equipamentos próprios; e dá início também à construção da sede própria, à Avenida

Presidente Vargas, 1.878.

1984

A partir de 1984, a COMIGO incrementa seu parque armazenador, com a construção

de mais duas unidades, uma em Jataí (com capacidade para 70.000t), e outra em

Acreúna (também para 70.000t). Neste mesmo ano, em outubro, inaugura sua sede

própria, com área construída de 7.056m2. Não contente somente com o esmagamento

da soja, resolve ir mais longe. Constrói então a refinaria de óleo para 90 t/dia, e para

completar o processo, instala o setor de enlatamento de óleo de soja refinado.

Considerando a necessidade de lenha para abastecer o Complexo Industrial, ainda em

1984, a COMIGO adquire uma área de 372 hectares, em Rio Verde, destinada a

reflorestamento com eucalipto. Aos poucos, a Cooperativa foi incorporando outras

áreas próximas à primeira, tudo destinado ao reflorestamento. Hoje, são 2.300ha

plantados com eucalipto, tornando todo o consumo de lenha de Rio Verde oriundo da

Florestal. A área total soma 3.170ha (870ha são de reservas).

Neste ano, amplia sua rede de lojas de fornecimento, abrindo um entreposto em

Serranópolis. Também em 1984, a Cooperativa implanta dois laboratórios: de análises

de solo e de patologia animal, para atender as necessidades dos cooperados. E, com o

intuito de incentivar a pesquisa agropecuária na região, firma convênio com a

EMGOPA - Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuária, neste ano ainda.

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1985

Em abril desse ano, a COMIGO constitui a Transportadora COMIGO Ltda., que foi

imediatamente viabilizada em virtude de elevada incidência de transporte dos produtos

agrícolas e industrializados.

Na área industrial, como forma de aproveitar a borra do refino de óleo de soja, a

COMIGO inicia, ainda no ano de 1985, a produção do sabão Lav-COMIGO (que mais

tarde ficaria apenas Sabão COMIGO), amplia a capacidade da refinaria de óleo de 90

para 120 t/dia e instala uma nova recravadeira no enlatamento de 400 latas de 900 ml

por minuto.

1986

Nesse ano, a COMIGO inicia a construção de mais três unidades armazenadoras: em

Jataí (70.000t), Rio Verde (70.000t) e Montividiu (70.000t), então distrito de Rio

Verde, em área adquirida no mesmo ano.

1987

Atendendo ao chamamento dos produtores de Indiara e de Edéia, que em número de

100, reivindicaram lojas da COMIGO nesses municípios, a COMIGO inaugura em

prédio alugado, um novo entreposto em Indiara, no ano de 1987. Também inicia a

construção das lojas de Jataí e de Santa Helena, e do depósito central, em Rio Verde,

concluídas no ano seguinte. Através de um processo de incorporação da co-irmã

CAMJA, a COMIGO, em 1987, abre um entreposto, com loja de revenda de bens, em

Jandaia.

1988

Em fevereiro de 1988, a COMIGO incorpora a CAMPAL, co-irmã de Paraúna. Era

mais uma loja de revenda de bens de consumo, acompanhada de um posto de gasolina

e unidade armazenadora de grãos (capacidade 50.000 t).

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Buscando o fortalecimento do ideal cooperativista na região, a COMIGO, a exemplo

das cooperativas de produção rural do Sul do País, apóia, incentiva e fornece toda a

estrutura para a criação da Cooperativa de Crédito Rural do Sudoeste Goiano Ltda. -

CREDI-RURAL COMIGO, que inicia suas atividades em março de 1988.

Começa, no início de 1988, um movimento dos produtores rurais de Montividiu,

reivindicando a abertura de uma loja de revenda de bens de consumo. Paralelamente,

inicia a construção de mais uma unidade armazenadora, desta feita no município de

Indiara, com capacidade para 30.000 t.

1991

No início do ano desse ano, a COMIGO inaugura mais um entreposto, em

Maurilândia, com a abertura de uma loja de revenda de bens de consumo.

Para melhor atender as necessidades dos associados de Indiara, a COMIGO constrói e

inaugura uma loja nova, em maio.

A COMIGO adquire, em fins de 1991, um terreno com área de 12.000 m2, para sediar

a futura loja, em Acreúna, e também faz estudos para ampliação das lojas de Paraúna e

Jataí.

Concretiza-se nesse ano, antiga aspiração da diretoria: a construção de uma unidade de

descaroçamento de algodão, com capacidade para 5 mil arrobas/dia; e de uma fábrica

de rações, com capacidade de 10 t/h, em Rio Verde. Os recursos vieram do Bradesco e

do Banco do Brasil. Tais unidades começam a operar em abril de 1992.

1993

O ano de 1993 foi o da pecuária leiteira. Após seis anos de reivindicação dos

produtores junto à COMIGO, e desta junto às instituições financeiras, finalmente foi

inaugurada a indústria de laticínios, no Parque Industrial de Rio Verde, com

capacidade para processar 100 mil litros diários de leite, e produzir leite pasteurizado,

requeijão cremoso, manteiga, creme de leite pasteurizado, iogurte, doce de leite, e

vários tipos de queijo. A indústria contou, na sua inauguração em 14 de julho, com a

presença do governador de Goiás, Iris Rezende.

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1994

As comunidades de Acreúna e de Jandaia pediram e a COMIGO atendeu. No dia 7 de

abril de 1994, foi inaugurada a nova loja de Jandaia com espaço de 900 m2. Dois dias

depois, foi a vez de Acreúna receber uma moderna loja bem espaçosa (2.700 m2).

Neste ano, acontece a duplicação da capacidade produtiva de sal mineral em Jataí, com

produção contínua (2.160 sacos/dia). Ainda em 94, são construídos dois silos

graneleiros: um em Jataí (para 12 mil t) e outro em Montividu (para 25 mil t). O

investimento visou atender o crescimento da safrinha de milho e sorgo, emergente na

época.

Com a finalidade de viabilizar a agricultura goiana e desenvolver a suinocultura da

região, assinou um contrato com a empresa Nieuw Dalland, da Holanda, para a

instalação de um núcleo genético de suínos em Rio Verde. A joint venture firmada

passou a se chamar Dalland COMIGO, cujo núcleo mantém sempre 300 animais

bisavós em constante produção.

1996

Os cooperados pediram, a COMIGO atendeu e adquiriu um misturador de fertilizantes

com o objetivo de conter a escalada dos preços e viabilizar a produção agrícola. A

capacidade inicial era para produzir 45 t/h, e entrou em operação em agosto/96.

Com o objetivo de prestar um serviço mais ágil ao cooperado e voltar a produzir 100

mil sacos de sementes por ano, a Cooperativa instala uma nova UBS – Unidade de

Beneficiamento de Sementes, com silos com ventilação controlada, separador em

espiral.

Um novo sistema de informática, o SAP R/3, um dos mais usados no mundo, é

anunciado pela COMIGO para integrar a Cooperativa em tempo real, auxiliando

tomadas de decisão imediatas.

Para atender a crescente demanda dos cooperados por fertilizantes, a Cooperativa

adquire mais um misturador de adubo, e aumenta a capacidade de recepção e de

estocagem de matérias-primas. Estes investimentos ampliam a capacidade produtiva de

30 t/h para 90 t/h. Neste mesmo ano, a produção atingiu 70 mil t.

Em frente à COMIGO, uma moderna instalação era inaugurada. A co-irmã, Credi-

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Rural COMIGO, construía ali sua ampla e bonita sede própria.

Neste mesmo ano, era anunciada a desativação do supermercado em Montividiu, a

exemplo do que já acontecera em Maurilândia. Motivo: baixo retorno.

1998

Nesse ano, a Assembléia Geral Extraordinária faz várias mudanças no Estatuto Social

da Cooperativa, com destaque para a devolução de 50% do capital ao cooperado que

completar 65 anos de idade e 20 de COMIGO, a partir do ano 2000. Um prêmio à

participação do cooperado ao longo da trajetória da COMIGO.

1999

O ano 1999 começa com a AGE, onde os cooperados aprovam por unanimidade a

contratação de recursos do Recoop, pela COMIGO, para novos investimentos. Neste

ano, a COMIGO instala novo secador em Montividiu (de 100 t/h).

2000

Para aumentar o poder de recepção de grãos, a Cooperativa adquire, em 2000, um

armazém em Jataí, o Estrela Dalva, de 30 mil sacos.

A COMIGO passa a receber o leite somente a granel em outubro. É a primeira

cooperativa do estado a contar com 100% de leite granelizado, adequando-se à nova

legislação e incentivando seu cooperado a melhorar a qualidade do produto, para

também melhorar sua renda.

Definitivamente, a COMIGO passa a contar com recursos do Recoop para prosseguir

com os investimentos. O contrato com o Banco do Brasil foi assinado no valor de R$

12,2 milhões. Com isso, foi possível aumentar a capacidade de esmagamento de soja

de 700 t/dia para 1.000 t/dia.

Entra em operação a nova fábrica de ração da COMIGO ampliando a capacidade

anterior de 10 t/h para 40 t/h. A nova fábrica tem uma área construída de 2.000 m2 e

custou R$ 2,7 milhões.

Todos os funcionários se reúnem na AAC, durante três dias, e ficam conhecendo o

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Programa de Qualidade Total que a COMIGO está implantando.

Diretores e funcionários da COMIGO participam do maior evento cooperativista da

história: o Rio Cooperativo 2000, que reuniu 70 países e mais de 3 mil pessoas, no Rio

de Janeiro, em dezembro. Lá foram aprovadas novas diretrizes para o cooperativismo

nacional, bem como a nova identidade do cooperativismo mundial.

Neste ano ainda, a COMIGO adquire uma área juntamente com a COODETEC, de 169

ha, batizada de Centro Tecnológico, para desenvolvimento de novas variedades de

soja, milho, trigo, algodão, além de difusão de novas tecnologias.

2001

Em fevereiro, a COMIGO aluga o armazém Pargel, em Santa Helena, de 500 mil

sacos, por um período de cinco anos.

Em março, a Cooperativa inaugura mais um graneleiro em Montividiu, de 1,4 milhão

de sacos.

No mês de junho, um workshop apresenta os resultados do Programa Renda Real, do

qual a COMIGO foi a principal empresa participante, pois doou todos os insumos para

os ensaios tecnológicos.

Ainda neste mês, o Canal Rural veicula matéria para todo o Brasil sobre a COMIGO,

enfocando-a como exemplo e modelo de cooperativa do país.

Em outubro, o governo de Goiás homenageia a COMIGO com o Prêmio Gestão

Ambiental/2001, por ser referência na produção de alimentos preservando o meio

ambiente.

A COMIGO representa, em setembro, a Organização das Cooperativas de Goiás nos

Primeiros Jogos Intercooperativos, que reuniu três estados do Centro-Oeste.

O setor de supermercado das lojas de Acreúna e de Santa Helena é desativado, em

outubro, atendendo o Recoop. Lojas são reestruturadas para o agronegócio.

Em Goiânia realiza-se o I Congresso Goiano de Cooperativismo, cujo presidente é o

presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia.

Em dezembro, acontece a inauguração do posto de recepção de grãos Ponte de Pedra,

para transbordo de soja.

Nesse ano, a COMIGO iniciou vários cursos de Capacitação Rural e dá seguimento ao

Projeto Maisleite: são quase 500 cooperados e familiares envolvidos na melhoria

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profissional da atividade agropecuária.

2002

Em fevereiro, a Cooperativa inaugura seu Centro Tecnológico COMIGO, num grande

evento que foi prestigiado por mais de 5 mil pessoas visitando suas instalações durante

três dias.

Já em março, ocorre a primeira eleição com disputa entre duas chapas, para a diretoria

da Cooperativa: os cooperados reelegeram a atual diretoria – Chavaglia, Aguilar e

Álvaro.

No mês de abril, a COMIGO recebe escritura de terreno em Jataí para construção de

mais um graneleiro: 700 mil sacos.

Em julho acontece a apresentação das novas instalações da loja agropecuária de

Montividiu.

Também em julho, o presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia, entra para o grupo

permanente do Fórum de Líderes Empresariais Gazeta Mercantil, depois que foi

escolhido pela quarta vez como líder empresarial. A solenidade aconteceu em Belo

Horizonte.

Em agosto é a vez de Rio Verde mostrar aos cooperados, as novas instalações de sua

loja na presença de mais de 500 pessoas. Também em agosto, acontece a apresentação

da nova loja agropecuária de Jataí, com a participação de 300 cooperados.

Ainda esse mês, o CTC apresenta os resultados de seus experimentos de primeiro ano

(1º Workshop), na AAC, com a participação de mais de 500 produtores.

Jornal Gazeta Mercantil publica a revista Balanço Anual 2002 divulgando o ranking

das principais empresas brasileiras. Dentro do segmento cooperativo, a COMIGO foi

enquadrada ocupando a 10ª posição em todo o Brasil, e entre as maiores empresas do

Centro-Oeste, ficou como a 15ª colocada. Entretanto, entre as cooperativas singulares

do país, a COMIGO ocupa a 7ª posição.

Em setembro, o Ginásio de Esportes Gansão, na AAC, é inaugurado.

A COMIGO sagra-se campeã dos 3º Jogos Intercooperativos de Goiás, que aconteceu

na Associação Atlética COMIGO.

Ainda em setembro, a Cooperativa realiza o 1º Seminário Cooperativismo e o

Desenvolvimento da Pecuária Leiteira, na AAC. Participação de mais de 300

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produtores.

Em outubro, a AAC sedia os 2º Jogos Intercooperativos do Centro-Oeste.

Já em novembro, a COMIGO recebe representantes da FAO e OCB, em razão de seu

trabalho junto a entidades carentes. Trabalho esse que serviu de base para que a OCB

assinasse convênio com a FAO.

Em novembro também, a COMIGO recebe o troféu Pop List, por ser a primeira no

coração e na memória dos goianos. Ela se destacou como a mais lembrada quando a

pergunta é sobre cooperativa.

2003

Em janeiro, a Cooperativa disponibilizou nove ônibus pra cerca de 350 cooperados,

que prestigiaram a posse do novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,

Roberto Rodrigues.

Com a presença de cerca de 200 pessoas, a COMIGO inaugura seu armazém de

Serranópolis, com capacidade de 280 mil sacos, em janeiro. Também nesse mês, ela

inaugura o armazém da região do Paraíso, entre Jataí e Montividiu, com capacidade de

700 mil sacos. Cerca de 450 pessoas prestigiaram a solenidade. Outro destaque do mês

foi a inauguração da unidade de transbordo de soja da região do Monte Alegre, no

município de Rio Verde, que permite a entrada de 200 t/h.

Em fevereiro, os cooperado passam a contar com o cartão de copras COMIGO, que

lhes permite adquirir produtos nas seções de peças e veterinária.

Entre 12 e 14 de março, realiza-se o 2º Encontro Tecnológico COMIGO, no Centro

Tecnológico COMIGO, em Rio Verde. O público visitante ultrapassou 16.500 pessoas

e os negócios de R$ 61 milhões comercializados, confirmaram a expectativa positiva

em torno do evento.

A COMIGO e a Credi-Rural contribuíram com mil caixas de óleo de soja, cada uma

para o Programa Fome Zero.

Ainda em março, a Cooperativa inaugura mais três silos graneleiros em Paraúna. A

capacidade de armazenamento se amplia em 210 mil sacos (70 mil sacos cada), e a de

secagem em mais 100 t/h com a instalação de mais um secador.

Em maio, a COMIGO contrata adolescentes dentro de seu Projeto Menor Aprendiz.

Em junho, a COMIGO recebe o 2º Prêmio Gestão Ambiental, concedido pelo governo

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estadual, por causa de sua forte atuação no campo produtivo de alimentos,

especialmente quanto ao processamento de soja, combinada com a defesa do meio

ambiente.

Em julho, a COMIGO adquire mais uma unidade de transbordo para recebimento de

soja agora na região do Rio Preto, em Rio Verde.

No mesmo mês, aumenta a produção de fertilizantes. Sua capacidade de

processamento se amplia em torno de 30%, com mais duas linhas de big bag e duas de

ensaque.

Ainda nesse mês, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde (Cefet),

com o apoio da COMIGO, oferece o curso técnico em cooperativismo, buscando a

capacitação cooperativista dentro da comunidade.

A revista Exame lança a Edição Melhores e Maiores de 2003, em julho, com dados

baseados em 2002. A COMIGO obteve um desempenho significativo passando do

413º lugar para o 387º, ganhando 26 posições no ranking das 500 principais empresas

do país. No Centro-Oeste, ela conseguiu a 2ª posição em desempenho.

Em agosto, a COMIGO sedia novamente os jogos intercooperativos do estado,

promovido pelo SESCOOP/GO, e é a campeã geral.

Os cooperados participam do 2º Workshop CTC, em agosto, quando são mostrados os

resultados de mais um ano de experimentos agropecuários.

Em setembro, levantamento do jornal Valor Econômico, de São Paulo, destaca a

Cooperativa entre as cinco melhores empresas em desempenho do setor “Agricultura”

do país.

Nesse mesmo mês, acontece o 2º Seminário de Cooperativismo e Desenvolvimento da

Pecuária Leiteira, com a participação de 350 cooperados.

Já em outubro, a COMIGO assina contrato de parceria com sistema Agrishow. A partir

de 2004, o Encontro Tecnológico Comigo passa a se chamar AGRISHOW COMIGO.

Doravante, o evento regional ganha dimensão nacional, ressaltando a região para todo

o país.

Entre os dias 18 e 19 de outubro, acontece o 3º Jogos Intercooperativos do Centro-

Oeste, em Brasília. Goiás foi bicampeão geral.

Em dezembro, o presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia, é eleito o líder

cooperativista mais votado do Brasil, pelos leitores do jornal Gazeta Mercantil.

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2004

Em fevereiro, acontece o lançamento do programa Juventude e Cooperação, que

pretende inserir o cooperativismo como temática de educação nas escolas da rede

oficial de ensino e nas cooperativas educacionais.

Em março acontece o lançamento oficial da AGRISHOW COMIGO, em Goiânia. E

entre os dias 30 de março e 3 de abril, cerca de 38 mil pessoas comparecem na feira

tecnológica. Os negócios atingiram um volume de R$ 400 milhões.

Em maio, é inaugurada a nova fábrica de processamento de soja da COMIGO, com

capacidade de esmagar 2.500 toneladas/dia. A cerimônia teve a honra de contar com as

presenças do presidente Lula, governador Marconi Perillo, ministros do estado, vários

prefeitos e deputados.

Em junho, a COMIGO lança o Programa de Assistência Técnica a Produtores de Leite

COMIGO, o COMLEITE.

Em julho, o jornal Valor Econômico elege a COMIGO, pelo seu desempenho, como a

empresa campeã do Brasil no setor Agricultura.

Em agosto, mais de 250 pessoas participam da apresentação dos resultados de mais um

ano de trabalho no Centro Tecnológico COMIGO.

Nesse mesmo mês, acontece o 5º Intercoop de Goiás, a COMIGO é a tricampeã.

No mês de setembro, acontece na Associação Atlética Comigo, o 1º Encontro de

Jovens Cooperativistas da COMIGO, com participação de cerca de 250 jovens.

Ainda neste mês, acontece o 3º Seminário de Cooperativismo e Desenvolvimento da

Pecuária Leiteira, com a participação de mais de 250 produtores de leite da COMIGO.

Ainda em setembro, a COMIGO realiza a Assembléia Geral Extraordinária para

discutir a alteração estatutária proposta pelo conselho de administração. Cerca de 300

pessoas compareceram.

A COMIGO promove, em outubro desse ano, o I Encontro de Mulheres

Cooperativistas da COMIGO.

Pelo terceiro ano, a COMIGO é homenageada como uma empresa que mantém viva a

sua preocupação com a natureza. Ela recebe o Prêmio Goiás de Gestão Ambiental

2004.

Ainda no mês de outubro, a Cooperativa é consagrada com o prêmio Pop List, do

jornal O Popular, tendo sido lembrada por 47,5% dos entrevistados da pesquisa.

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A COMIGO conclui um novo armazém de farelo de soja com capacidade de

armazenar 25 mil toneladas.

O setor de fertilizantes recebe um importante investimento: um novo armazém para

matérias-primas que possibilita a estocagem de mais 35 mil toneladas.

2005

Em janeiro de 2005, a COMIGO inaugura em Jataí o armazém Estrela Dalva, com

capacidade de guardar 60 mil toneladas de grãos.

Já em fevereiro, a Cooperativa inaugura o transbordo Cinqüentão, em Santa Helena,

que permitirá a entrada de 200 t/h de soja.

Missão da Comigo

Atuar em atividades do agronegócio, visando o desenvolvimento econômico, social e

tecnológico de seus cooperados participativos, sendo competitiva no mercado, tendo

como diretriz a excelência na qualidade de seus produtos e serviços.

3. Sugestões e recomendações

Para que o cooperativismo tenha a propulsão desejada em nosso meio faz-se

necessário desenvolver uma política adequada às cooperativas e ênfase

Fonte: dados de pesquisa

Conclusão REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FLEURY, M. T. L. Cooperativas agrícolas e o cooperativismo no Brasil. São Paulo: Global, 1983.

LAUSCHNER, Roque. Agribusiness Cooperativa e Produtor Rural. 2. ed. São Leopoldo: UNISINOS, 1995. 226 p.