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ARTESPROF.a GABRIELA DARCIO PROF.a LÚCIA SANTOS9º ANO
FUNDAMENTAL
Unidade IICultura – A pluralidade na expressão humana
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Aula 4.1Conteúdo
• Tropicália e Música de Protesto
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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HabilidadeIdentificar os gêneros musicais brasileiros e o conceito histórico de cada gênero.
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• Classificação dos instrumentos musicais: percussão, corda e sopro
• Gêneros musicais brasileiros: Maracatu e Bossa Nova
REVISÃO
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Você poderia associar as imagens com algum estilo musical no Brasil?
DESAFIO DO DIA
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TropicalismoEm outubro de 2017, o movimento artístico que ficou conhecido como Tropicália completa 50 anos. A apresentação das músicas Alegria, Alegria e Domingo no Parque, em 21 de outubro, durante a final do III Festival Record em 1967, marcaram o início de uma série de
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experimentações que permitiriam uma nova forma de compreender a música brasileira.Movimento musical, que também atingiu outras esferas culturais (artes plásticas cinema, poesia).
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Alegria, Alegria e Domingo no Parque
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O clima tropicalista contagiou o Brasil e a efervescência se estendeu até dezembro de 1968, quando Caetano e Gil foram presos e, meses depois, obrigados a se exilar do país.
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A ditadura militar (1964-1985) acabava de iniciar a fase mais dura com o decreto do AI-5.
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A repressão não deixou passar o trabalho dos tropicalistas que, naquele momento, tinham sua máxima expressão em um programa semanal exibido na TV Tupi, emissora extinta no ano de 1980.
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No momento em que a Tropicália surgiu, o que predominava na música brasileira era a Bossa Nova, já com sua segunda geração de músicos; a chamada MPB ou Música Popular Brasileira, uma música politizada, que chegou a ser chamada de “canção de protesto”; além da música pop, representada principalmente por artistas da Jovem Guarda, liderados por Roberto Carlos e seu iê-iê-iê, que mimetizava Beatles e Rolling Stones. Era o auge da ditadura militar.
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A radicalização política no país também se expressava na música, com a oposição entre os adeptos de canções de protesto e os fãs do iê-iê-iê. “Os tropicalistas buscavam justamente uma cena que fosse um pouco mais aberta, com menos preconceitos e mais liberdade de criação”, aponta Carlos Calado, autor do livro Tropicália: história de uma revolução musical, em entrevista para a Agência Brasil.
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A Tropicália representou uma renovação no cenário musical do país ao investir em ritmos como o baião, bolero, marcha, música caipira, além de incluir a música pop e o rock.
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Não existia uma forma tropicalista, na verdade os tropicalistas buscaram várias formas.
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Também conhecido como Tropicália, foi inovador: • Mesclou aspectos tradicionais da cultura nacional com
inovações estéticas como, por exemplo, a pop art; • Possibilitou um sincretismo entre vários estilos musicais
como, por exemplo, rock, bossa nova, baião, samba, bolero, entre outros.
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Alegria Alegria
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1. Quais as características que apresentam as músicas denominada Tropicália?
2. Quais os principais artistas que fizeram parte deste movimento?
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Música de ProtestoA pretensão de se misturar críticas com denúncias nesse tipo de manifestação artística acabou perdendo força com o fim das liberdades democráticas.
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A partir de 1964, os militares chegaram ao poder buscando abafar todo tipo de manifestação que pudesse ir contra os seus interesses. Dessa maneira, resolveram instalar órgãos de controle que tinham o poder de vetar as notícias em certo veículo de comunicação ou impedir a gravação de uma determinada música em um disco.
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É Proibido Proibir
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No entanto, muitos artistas, preocupados com os rumos tomados pela nação no campo político e social, insistiram em falar sobre as questões nacionais.
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Para tanto, utilizaram construções poéticas mais rebuscadas que pudesse, em certa medida, preservar o conteúdo político de suas canções e, ao mesmo tempo, passar despercebida pelo crivo dos censores.
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Que as crianças cantem livresQue as crianças cantem livres é uma composição de Taiguara, lançada em 1973. No mesmo ano, o cantor se exilou em Londres, tendo sido um dos artistas mais perseguidos durante a ditadura militar. Taiguara teve 68 canções censuradas, durante o período de maior endurecimento do regime, no fim da década de 1960 até meados da década de 1970.Trecho: E que as crianças cantem livres sobre os muros / E ensinem sonho ao que não pode amar sem dor / E que o
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passado abra os presentes pro futuro / Que não dormiu e preparou o amanhecer…
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Que as Crianças Cantem Livres
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O bêbado e o equilibrista, foi composto por Aldir Blanc e João Bosco e gravado por Elis Regina, em 1979. Representava o pedido da população pela anistia ampla, geral e irrestrita, um movimento consolidado no final da década de 70. A letra fala sobre o choro de Marias e Clarisses, em alusão às esposas do operário Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir Herzog, assassinados sob tortura pelo exército.Trecho: Que sonha com a volta / Do irmão do Henfil / Com tanta gente que partiu / Num rabo de foguete / Chora! A
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nossa Pátria Mãe gentil / Choram Marias e Clarisses / No solo do Brasil…
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Para Não Dizer que Não Falei das Flores
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A palavra era usada para “cálice” e “cale-se” para criticar o regime instaurado.
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Cálice
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Chico Buarque: CÁLICEPai, afasta de mim esse cálicePai, afasta de mim esse cálicePai, afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangueComo beber dessa bebida amargaTragar a dor, engolir a labutaMesmo calada a boca, resta o peitoSilêncio na cidade não se escuta
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De que me vale ser filho da santaMelhor seria ser filho da outraOutra realidade menos mortaTanta mentira, tanta força brutaComo é difícil acordar caladoSe na calada da noite eu me danoQuero lançar um grito desumanoQue é uma maneira de ser escutadoEsse silêncio todo me atordoa
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Atordoado eu permaneço atentoNa arquibancada pra a qualquer momentoVer emergir o monstro da lagoaDe muito gorda a porca já não andaDe muito usada a faca já não cortaComo é difícil, pai, abrir a portaEssa palavra presa na gargantaEsse pileque homérico no mundoDe que adianta ter boa vontade
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Mesmo calado o peito, resta a cucaDos bêbados do centro da cidadeTalvez o mundo não seja pequenoNem seja a vida um fato consumadoQuero inventar o meu próprio pecadoQuero morrer do meu próprio venenoQuero perder de vez tua cabeçaMinha cabeça perder teu juízo
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Quero cheirar fumaça de óleo dieselMe embriagar até que alguém me esqueça
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Com base no poema Cálice de Chico Buarque, faça uma apresentação que poderá usar como ferramenta; declamação, desenho, canto, coral ou escultura viva.
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