CONTEÚDO Patricia Anastassiadis Zanini de Zanine … de sonho na Europa e África do Sul. 076 |...

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ALFA REALTY MAGAZINE ART DESIGN LUXURY LIFESTYLE CONTEÚDO_ Patricia Anastassiadis Zanini de Zanine Maria Helena Bueno Galeria Fortes Vilaça Alto de Pinheiros Ciclovias Prêmio Master Imobiliário 2015 | EDIÇÃO 01 | ANO 01 | WWW.ALFAREALTY.COM.BR

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A L FA R E A LT Y M A G A Z I N E A R T D E S I G N L U X U R Y L I F E S T Y L E

CONTEÚDO_ Patricia AnastassiadisZanini de ZanineMaria Helena BuenoGaleria Fortes VilaçaAlto de PinheirosCicloviasPrêmio Master Imobiliário2015 | EDIÇÃO 01 | ANO 01 | WWW.ALFAREALTY.COM.BR

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CARTA | EDITORIAL

Rua Nova do Tuparoquera, 249 – Jardim São Luís – São Paulo/SP

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A o lançarmos a primeira edição da revista Alfa Realty marcamos mais uma etapa de aproximação com nossos clientes. Com a publicação pretendemos manter um elo de comunicação e, ao mesmo

tempo, oferecer um conteúdo diferenciado, focado em lifestyle de primeira qualidade aqui e no exterior. Nas páginas a seguir, o leitor poderá ter uma ideia do panorama atual do Alto de Pinheiros, bairro que oferece excelente qualidade de vida aos seus moradores e onde a Alfa Realty tem alguns dos seus melhores empreen-dimentos imobiliários.

Focadas nessa região da cidade, as seções Cidade, Verde, Urbanidade e Arte apresentam, respectiva-mente, um ensaio fotográfico sobre as praças do bairro, através do olhar apurado da fotógrafa Ilana Bessler. Espaços ao ar livre para fazer caminhadas ou simplesmente observar um pouco do verde, numa cidade tão feita de concreto como São Paulo. Para completar esse registro natural, perguntamos aos flowers designers mais queridos da cidade quais são suas flores e folhas favoritas. Elas são reveladas numa reportagem exclusiva aos nossos leitores, que também podem conhecer bons restaurantes, bares, espaços culturais e de serviço que estão no entorno da ciclovia na Pedroso de Morais, além de conhecer um pouco mais sobre a ciclovia Rio Pinheiros. Para finalizar esse roteiro de uma forma mais cult, listamos algumas das galerias mais importantes instaladas na Vila Madalena e Pinheiros. Também procuramos saber a opinião de uma moradora ilustre do bairro, a psicóloga Maria Helena Bueno, presidente da Associação dos Amigos do Alto de Pinheiros, sobre o que acontece de bom na região em Entrevista.

Da cidade para o mundo, tivemos um bate-papo com Patricia Anastassiadis a fim de fazermos um breve Perfil dessa arquiteta que vive a arquitetura à flor da pele. Com o mesmo viés contemporâneo, destacamos o trabalho recente de Zanini de Zanine em Design. Em Gastronomia, o Guia Michelin que há mais de cem anos tornou-se referência no universo gourmet. Outro exemplo da boa vida são as viagens de trem do lendário Orient Express, que atualmente atende pelo nome de Belmond, em imagens extraordinárias na seção Desti-no. Para finalizar, a edição 2015 do Prêmio Master Imobiliário – na categoria Empreendimento Residencial – foi para o residencial Autoria Madalena da Alfa Realty, que ganha um registro em nossas páginas. Afinal, não é todo dia que ganhamos uma homenagem em forma de prêmio. Um reconhecimento de que a Alfa Realty está no caminho certo em desenvolver projetos de arquitetura de alto padrão.

Boa leitura!

Expediente: Equipe de Marketing Alfa Realty • Diego Milred • Edileusa Santos Hsieh • Denise Midori Projeto Gráfico e Editorial • Lemon Conteúdo & Comunicação • www.studiolemon.com.br • Tel.: 11 2893.0199 | Diretor de Criação • Cesar Rodrigues | Diretor Executivo • Chico Volponi | Editor • Luiz Claudio Rodrigues | Jornalistas • Carlos Alberto Queiroz • Claudio Gues • Lauro Lins • Maria Alice Pita | Designer • Eduardo Barletta | Fotos • Ilana Bessler • Nelson Aguilar • Paulo Brenta | Arte final • Osmar Tavares Junior Revisão • Claudio Eduardo Nogueira Ramos | Para anunciar na revista: [email protected]

VIDA MODERNA

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CONTEÚDO

008 | PERFIL Patricia Anastassiadis Régua, compasso e conceito.

014 | DESIGN Zanini de Zanine A brasilidade no DNA.

022 | ARTE Top 5 Galerias de arte, artistas e marchands.

034 | GASTRONOMIA Guia Michelin 100 anos de prestígio entre os gourmets.

042 | URBANIDADE Ciclocidade A boa vida sobre duas rodas em São Paulo.

050 | ENTREVISTA Maria Helena Bueno A primeira-dama do Alto de Pinheiros.

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054 | PORTFÓLIO Bothanica e Jazz Perdizes Identidade autoral em dois lançamentos da Alfa Realty.

058 | CIDADE Espaço vivo A vida ao ar livre nas praças públicas.

068 | DESTINO Trem de luxo Viagens de sonho na Europa e África do Sul.

076 | VERDE Jardim secreto As flores da temporada por 5 flowers designers.

084 | PRÊMIO Master Imobiliário 2015 O residencial premiado Autoria Madalena.

Nossa Capa:

A contemporaneidade dos bancos de aço inox Prisma, criação do designer Zanini de Zanine para a Mekal.

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ATENTA À ESTÉTICA E À MEMÓRIA, PATRICIA ANASTASSIADIS FAZ DA SUA ARQUITETURA ALGO QUE VAI ALÉM DA FORMA. ASSIM COMO OS TESOUROS DE UMA CASA, PARA ELA, UM BOM PROJETO SÓ FAZ

SENTIDO SE ALCANÇAR UM SIGNIFICADO MARCANTE E QUE FAÇA UMA CONEXÃO EMOCIONAL COM AS PESSOAS

Texto: Luiz Claudio Rodrigues Fotos: Joana França

ARQUITETURA EMOCIONAL

PERFIL | PATRICIA ANASTASSIADIS

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PERFIL | PATRICIA ANASTASSIADIS

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H á mais de 20 anos no mer-cado e com um portfólio que enumera mais de 700

projetos nesse período, Patricia Anastassiadis tornou-se uma das arquitetas brasileiras mais respei-tadas de sua geração. Talvez o se-gredo do seu sucesso tenha sido o de sempre perseguir um foco abso-luto: a qualidade em seus projetos de arquitetura. Quem a conhece sabe que essa palavra tornou-se um mantra interno em seu escritório paulistano (instalado no bairro de Higienópolis), onde é assistida por um time de 60 profissionais. “No início eu só dava valor à criativi-dade. A vontade de criar e desen-volver era mais forte. A criativida-de ainda é muito importante em meus projetos, mas com o passar dos anos e com a experiência que fui adquirindo, percebi que a téc-nica é fundamental em qualquer trabalho. Depois desse patamar passamos a nos envolver mais e iniciamos uma relação mais densa, menos superficial, com a arquite-tura. Aí chegamos na qualidade”, diz ao lembrar de como se deu esse processo rumo à excelência. Uma primazia que é revelada pela car-teira de clientes que fez durante toda sua jornada que inclui marcas importantes no mercado corporati-vo, como as multinacionais Nestlé e Sony; no segmento de moda com Adidas e Valisere e um nicho no qual se tem destacado nos últimos anos, o da hotelaria. Expertise que a levou a desenvolver projetos para as redes Club Med, Hilton, Ritz--Carlton, Tivoli, Oetker Collec-tion e Intercontinental, além dos brasileiros Transamérica e Txai Resorts, entre outros.

Para ela, a qualidade é alcança-da ao unir a preocupação estética com as melhores soluções técni-cas e funcionais para cada proje-to. Nessa linha de pensamento, a qualidade em sua arquitetura está em desenvolver projetos que fa-çam sentido e permaneçam como um legado para o futuro. “Eu não acredito em coisas descartáveis. A qualidade passa por algo mais complexo, começando pelas ques-tões ambientais, a seleção dos ma-teriais, o processo de construção e a sustentabilidade até chegarmos no essencial que é a questão do emocional, da história daquele es-paço que estamos planejando, do ideal de beleza, da simbologia que a arquitetura representa para quem está vivendo e vivenciando naque-le espaço. Precisamos ter esse en-tendimento, o de fazer projetos com qualidade para as pessoas, que tenham um significado, com ele-mentos que façam parte de sua his-tória e da memória delas”, explica.

Patricia acredita que o papel de todo arquiteto é de ser o mé-dico de uma cidade. “Ele precisa fazer uma análise do contexto, do bairro, da localização, do vento, da insolação e do impacto que irá causar no seu entorno”, enumera ao se entusiasmar com o assunto e revelar sua paixão pela arquite-tura: “O que me inspira é sempre o comportamento das pessoas, os lugares, os aromas, a perspectiva do olhar e por aí vai. A arquitetura precisa emocionar, ela tem a capa-cidade de te deixar feliz ou te dei-xar deprimido. Daí a importância de fazermos algo com qualidade. A arquitetura é para todo mundo, não é só para o rico”, argumenta.

PERFIL | PATRICIA ANASTASSIADIS PERFIL | PATRICIA ANASTASSIADIS

Ao lado: No alto, vista aérea da escada de acesso ao

subsolo do hotel Hilton, na Barra da Tijuca, Rio

de Janeiro que tem degraus de mármore

capri e guarda-corpo em nogueira, com descolamento iluminado. Offering

table, em tora de madeira, do designer

Hugo França.

Ao lado na perspectiva inferior: Lobby do hotel

Hilton, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Na ambientação, poltronas e mesa

de centro da Italiana Flexform. A estante

– confeccionada com gradil em latão e madeira nogueira

– acompanha o pé-direito alto e serve como divisória. Junto

a parede de mármore capri esculpido, mesas

de apoio do designer Jader Almeida. Na outra

sala, obras da artista Claudia Melli. Piso de

mármore capri.

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No dia a dia em seu escritório, toda sua equipe está direcionada em fazer uma arquitetura que ela chama de arquitetura integrada. “O escritório oferece um serviço que vai desde o desenvolvimento do conceito e planejamento do projeto, passando pela arquitetura e interiores até chegar ao design de produtos. Um projeto para ser desenvolvido precisa ter um con-ceito formulado. E, para isso, estu-damos cada detalhe.”

Graduada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Uni-versidade Presbiteriana Macken-zie, Patricia abriu seu escritório com apenas 22 anos. Seu primeiro escritório funcionava na varanda da casa de seus pais. Foi nesse es-paço que concebeu seu primeiro projeto: o restaurante Filomena, da família Suplicy. De lá para cá, manteve o mesmo grau de com-prometimento com o trabalho, que foi evoluindo com o amadure-cimento pessoal, que fez dela uma observadora detalhista das formas, cores e texturas.

Atualmente boa parte de sua inspiração no trabalho é dirigida ao setor de hotelaria. “O mundo da hotelaria no Brasil é algo novo. Meus projetos abrangem mais os hotéis sofisticados. Neles, procuro trabalhar com o luxo emocional, num trabalho sem preconceitos. Por exemplo, se vou fazer um ho-tel na Bahia quero que o hotel te-nha a essência da Bahia em suas instalações”, conceitua a arquite-ta quando finalizou o Club Med em Trancoso, no litoral baiano. “Quando fui apresentar o projeto em Paris levei a areia da praia de

Trancoso, um pedaço da falésia (rocha à beira-mar moldada pela erosão marinha), o óleo de den-dê, o paneiro de coco e o olho-de--boi (semente de uma vegetação típica da Bahia), que eram coisas locais. E ganhei a concorrência que tinha escritórios internacio-nais envolvidos. Nesse projeto eu quis regionalizar, trazer a cultura brasileira para uma rede interna-cional.” Outro projeto recente é do hotel Hilton, na Barra da Ti-juca, no Rio de Janeiro, no qual seguiu o mesmo raciocínio, mas conduziu o projeto por meio da arte brasileira contemporânea. “O hotel tem um lobby imenso com trinta metros de altura e eu pen-sei na leveza do trabalho da Iole de Freitas que combinava com a minha ideia de ar, do vento, do frescor de uma cidade na praia. Deu certo e a imensa escultura está no lobby do hotel, que ainda conta com uma vídeo instalação assinada pela Daisy Xavier.” A re-ferência à brasilidade nesse proje-to ainda conta com mobiliário do designer Hugo França, que utiliza resíduos da floresta. Arte e design com DNA nacional que imprimi-ram o toque regional e, ao mesmo tempo, cosmopolita do jeito bra-sileiro de ser, resultando numa linguagem contemporânea onde trilha seu trabalho de arquitetura. Esse é o fio delicado que permeia o trabalho de Patricia Anastassia-dis, muito envolvido com o terri-tório do significado, do simbólico, do imaterial. “Quanto mais eu olho para o futuro, mais olho para trás. A memória para mim é muito importante”, finaliza.

PERFIL | PATRICIA ANASTASSIADIS

Ao lado: Em sentido horário. Detalhes especiais no escritório da arquiteta, instalado num casarão antigo no bairro de Higienópolis, na capital paulista: retrato de Oscar Niemeyer no hall, o estúdio de trabalho de sua equipe de profissionais, o corrimão de madeira torneada feita pelos mestres do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e pratos de porcelana com reproduções das pinturas do italiano Piero Fornasetti.

DESIGN | ZANINI DE ZANINE

Texto: Luiz Claudio Rodrigues Fotos: Divulgação

IDENTIDADE BRASILEIRA

COM UM TRABALHO ARROJADO, O DESIGNER ZANINI DE ZANINE VIVE UM MOMENTO

DE EFERVESCENTE CRIAÇÃO

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COM POUCO MAIS DE DEZ ANOS NO MERCADO, ZANINI DE ZANINE JÁ TEM UM REPERTÓRIO DE ESTILO AUTORAL QUE O DESTACA ENTRE SEUS PARES

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“A VONTADE DE EXPERIMENTAR ME DEIXA LIVRE PARA TRABALHAR COM DIFERENTES MATERIAIS”

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Na primeira edição da Mai-son&Objet Américas – realizada em Miami no primeiro semestre de 2015 – foi dado mais um passo para o design brasileiro: o carioca Zanini de Zanine foi nomeado Designer do Ano pelos organiza-dores do famoso evento francês de design, que se reinventou ao criar exposições além de Paris: Améri-cas (Estados Unidos) e Ásia (Cin-gapura). “Fiquei bastante surpre-so. Trabalhamos com referências brasileiras desde o início e com bastante entusiasmo em todos os nossos projetos. Acredito que isso rende bons frutos e propaga cada vez mais nosso trabalho dentro e fora do País”, afirma o designer que apresentou uma linha de ban-cos, produzidos em aço inox, cria-da por ele para a Mekal, além de participar de uma mesa-redonda aberta ao público durante a feira.

Desde que surgiu no circuito de design no Brasil, em 2003, Zanini chamou a atenção da mídia espe-cializada e passou a acumular prê-mios aqui e no mundo. Entre eles, o Prêmio Museu da Casa Brasileira

(2010); Prêmio IDEA (2010) e IF Awards (2012). Sua trajetória tam-bém inclui participações pontuais em algumas das mais importantes exposições de design internacio-nal, como a Bienal de Saint-Étien-ne (França); 100% Design (Grã--Bretanha); Salão Internacional do Móvel de Milão (Itália) e Semana de Design de Nova York (Estados Unidos), entre outras.

Conquistou sucesso, e mostrou a que veio. Com pouco mais de dez anos de atuação no mercado, Zanini – filho do famoso arquiteto José Zanine Caldas (1919-2001) – se estabeleceu como um dos mais importantes designers bra-sileiros da atualidade. “Aprendi com meu pai a pesquisar muito. Essa inquietação e vontade de experimentar me deixa livre para trabalhar com diferentes mate-riais e eu gosto dessa forma de trabalho que provoca reações nas pessoas”, revela o designer. Entre os materiais eleitos para criação de suas peças estão a madeira maciça (preferencialmente de origem controlada), materiais de

DESIGN | ZANINI DE ZANINE

Ao lado: Na Maison & Objet Américas, o designer apresentou a linha de bancos Prisma produzida em aço inox.

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DESIGN | ZANINI DE ZANINE

demolição, plástico, metacrilato e metal. Além do lado experimental de suas primeiras criações e o to-que de brasilidade, seu traço origi-nal chamou a atenção de grandes fabricantes internacionais, como as prestigiadas fabricantes italia-nas Cappellini, Poltrona Frau e Slamp, além da francesa Tolix e da norte-americana Espasso. Para a primeira, criou a poltrona Trez – fabricada com corte de laser e sol-dada em alumínio com 4mm de espessura – uma das mais emble-máticas peças do design contem-porâneo. Segundo ele, o móvel foi inspirado na cultura brasileira, mais precisamente nas obras de Amilcar de Castro, escultor que utilizava a linguagem da dobra no metal; e Joaquim Tenreiro com sua cadeira Três Pés. Ao trabalhar com fábricas que se tornaram íco-nes do design contemporâneo, Zanini afirma que tem total au-tonomia de criação. “O que mais impressiona é o grau de liberdade que eles oferecem na hora de de-senvolver uma nova peça. De uma maneira muito nobre, deixam a identidade do designer aflorar.”

Segundo ele, a grande lição des-sa experiência internacional é a individualidade usada para obter resultados positivos. “Temos um mundo muito massificado e globa-lizado. Com esse cenário cada vez mais serão as diferenças que irão sobressair. Eu credito essa iden-tidade cultural a grande parte do sucesso que tenho obtido fora do Brasil”, diz o designer.

Com apenas 37 anos de idade, Zanini de Zanine ainda tem muita estrada pela frente em sua jorna-da como criador. Atualmente está envolvido com uma série de con-vites para colaborar com marcas nacionais e estrangeiras. Recém--separado de um breve casamento, o designer aproveita suas horas li-vres para ficar perto do mar. “Meu trabalho está ligado ao amor e à paixão. Todas as minhas criações têm ligação com meu lado afe-tivo e das lembranças que tenho dos meus pais. Eles me ensinaram a valorizar nossa cultura e costu-mes. Tudo isso me interessa e faço o possível para que sejam valores traduzidos em meu trabalho.”

Ao lado: Em sentido horário, as poltronas Trez, Nanda, Trapézio e a luminária pendente Flora Lamp.

DESIGN | ZANINI DE ZANINE

CIRCUITO ARTSY

Texto: Luiz Claudio Rodrigues Fotos: Divulgação

AS MAIS IMPORTANTES GALERIAS NOS ARREDORES DO ALTO DE PINHEIROS PARA VER E EXPERIMENTAR OS MAIS

DIFERENTES TIPOS DE ARTE NA CAPITAL PAULISTA

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A cidade de São Paulo abri-ga 120 galerias de arte com mostras regulares e

que representam os artistas mais conceituados no circuito de arte nacional. A afirmação é do Mapa das Artes, um dos mais prestigiados informativos especializados em ar-tes visuais no Brasil, editado pelo jornalista Celso Fioravante. E al-gumas das mais prestigiadas estão instaladas nos bairros de Pinheiros e Vila Madalena, na zona oeste da capital paulista. Nesta reportagem listamos cinco delas – Estação, For-tes Vilaça, Millan, Raquel Arnaud e Virgilio –, além do Instituto To-mie Ohtake, no Alto de Pinheiros. Galerias que são verdadeiras insti-tuições ao considerarmos o time de artistas brasileiros que representam e a excelente curadoria de suas ex-posições. Confira aqui um roteiro básico sobre os artistas, marchands e a história de cada uma delas.

GALERIA VIRGILIODirecionada para a produção de jovens artistas contemporâneos e de artistas surgidos a partir dos anos 1980, a Galeria Virgilio tor-nou-se um polo de boa arte desde 2002 quando abriu suas portas. De acordo com a marchand Izabel Pi-nheiro, o calendário de exposições de sua galeria contempla a arte que marcou no Brasil o perfil da

contemporaneidade, além de defi-nir padrões para a nova geração. “A Virgilio fornece elementos para a formação de critérios que possam orientar o mercado de um ponto de vista da cultura e da produção de valores. Além de dar visibili-dade aos artistas, acompanhando seu percurso e fornecendo supor-te para integração de sua obra no contexto institucional e nos merca-dos nacional e internacional”, pon-tua a galerista. Entre os mais de 30 artistas representados pela Virgilio estão Claudio Matsuno, Ana Bren-gel, Marcia Cymbalista, Diogo de Moraes e Renata Pedrosa.

GALERIA FORTES VILAÇAInaugurada em 2001, sob a dire-ção de Márcia Fortes, Alessandra d’Aloia e Alexandre Gabriel; a Galeria Fortes Vilaça apresenta um programa dinâmico no qual artistas brasileiros e estrangeiros, jovens e consagrados, realizam ex-posições ambiciosas. Mostras co-letivas organizadas por curadores convidados também são frequen-tes em seu espaço. No seu seleto grupo de artistas estão Adriana Va-rejão, Beatriz Milhazes, Ernesto Neto, Iran do Espírito Santo, Jac Leirner, Leda Catunda, Luiz Zer-bini, Mauro Restiffe, Nuno Ra-mos, os Gemeos e Rivane Neuens-chwander, entre outros.

AS GALERIAS DE ARTE INSTALADAS EM PINHEIROS E VILA MADALENA APRESENTAM O MELHOR DA PRODUÇÃO

CONTEMPORÂNEA DE ARTES VISUAIS

Na página anterior:Galeria Virgilio, obra do

artista Claudio Matsuno, intitulada Goldar from

India, acrílico e materiais diversos.

Ao lado: Acima, a instalação Let it go, do artista

Carlos Bevilacqua e, Abaixo, de Armando

Andrade Tudela, Nos Transferimos 1,

gesso, cobre, plástico e concreto: obras do

acervo da Galeria Fortes Vilaça.

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A GALERIA ESTAÇÃO, DIRIGIDA POR WILMA EID, TEM UM DOS ACERVOS MAIS IMPORTANTES DE ARTE POPULAR BRASILEIRA

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GALERIA ESTAÇÃOAberta no final de 2004, a Galeria Es-tação apresenta um modelo inédito de exibir e promover a produção de arte popular brasileira. Dirigida pela curadora Wilma Eid, colecionadora que mantém um dos acervos mais importantes do gênero no Brasil, a galeria reúne preciosidades, entre esculturas, gravuras, pinturas e ob-jetos. “Meu interesse é divulgar essa valiosa produção, seja celebrando nomes já reconhecidos, seja desco-brindo novos talentos, muitas vezes escondidos nas várias regiões brasi-leiras ou ainda trabalhando com a arte contemporânea que estabelece diálogos com esta criação de raiz”, afirma Eid, que segue a linhagem de colecionadoras apaixonadas por esse tipo de arte como as arquitetas Lina Bo Bardi (1914-1992) e Janete Costa (1932-2009), com a qual cola-borou em curadorias de exposições de arte brasileira. Em seu acervo, obras assinadas por GTO, Chico Ta-bibuia, Nuca de Trucunhaém, Mes-tre Vitalino e Mestre Galdino, entre outros. A galeria também apresenta em seu espaço nomes atuais que

trabalham com elementos da fonte popular, como é o caso do artista mineiro Teodoro Stein Carvalho Dias, com exposição em cartaz até outubro próximo.

GALERIA MILLANSob o comando de André Millan e Socorro de Andrade Lima, a Galeria Millan surgiu na década de 1980 e acompanha de perto a trajetória de sua equipe de artistas e oferece apoio irrestrito aos seus processos de criação. Além de de-senvolver um amplo programa de aquisições junto a coleções insti-tucionais e privadas do Brasil e do exterior, a galeria prioriza o inter-câmbio com instituições culturais, museus e fundações e organiza publicações junto a conceituadas editoras de arte. Entre os artistas representados Artur Barrio, Dudi Maia Rosa, Emmanuel Nassar, Fernando Zarif, José Resende, Le-nora de Barros, Miguel Rio Bran-co, Paulo Pasta e Tunga. Entre as mostras mais recentes, a individual do artista José Resende apresentou esculturas recentes e inéditas.

Ao lado: 1 e 2. Objetos do artista

Felipe Cohen, da Galeria Millan.

3. Feita com chapas de aço, a escultura da série Dobras é do artista José Resende, representado

pela Galeria Millan.

COM EXPOSIÇÕES REGULARES EM SÃO PAULO, ARTISTAS CONSAGRADOS DO CIRCUITO DE ARTE NACIONAL FAZEM PARTE DO

TIME ESTRELADO DAS GALERIAS DE PINHEIROS E VILA MADALENA

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Ao lado: Acima, o marchand André Millan. Ao lado, instalação da mais recente exposição do artista José Resende na Galeria Millan. Em primeiro plano, a escultura Corpo de Prova II e, ao fundo, a obra Up Side Down.

DIRIGIDA POR ANDRÉ MILLAN E SOCORRO DE ANDRADE LIMA, A GALERIA MILLAN, FUNDADA EM 1986, ACOMPANHA DE PERTO A TRAJETÓRIA DE SUA EQUIPE DE ARTISTAS E OFERECE APOIO IRRESTRITO AOS PROCESSOS DE CRIAÇÃO

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GALERIA RAQUEL ARNAUDA trajetória da Galeria Raquel Ar-naud é assinalada “por escolhas vi-suais contundentes e pelo esforço no sentido de colocar em perspec-tiva as tendências que representa”, anuncia seu material de divulga-ção. Criada em 1973 e desde 2011 em seu atual endereço, a galeria foi precursora no mercado de arte bra-sileira e tem papel fundamental no desenvolvimento e consolidação da arte contemporânea. Seu foco no segmento de abstração geomé-trica e a atenção especial dada às investigações das artes construtiva e cinética, instalações, esculturas, pinturas, desenhos e objetos esta-beleceram o prestígio da galeria no Brasil e no exterior, “tanto por sua coerência como pela contri-buição singular para valorização e consolidação da arte brasileira”. A galeria representa artistas consa-grados como Iole de Freitas, Wal-tercio Caldas, Carlos Cruz-Díez, Arthur Luiz Piza, Sérvulo Esme-raldo, Cassio Michalany, Frida Baranek e Marco Giannotti, para citar apenas alguns. Na fase atual, a marchand Raquel Arnaud inau-gura uma nova etapa profissional e pessoal ao explorar novos univer-sos artísticos, como a fotografia.

INSTITUTO TOMIE OHTAKEInstalado num edifício de facha-das coloridas que leva a assina-tura do arquiteto Ruy Ohtake, o Instituto Tomie Ohtake desde

2001 tornou-se uma das mais im-portantes instituições de arte de São Paulo e do Brasil. E tem uma singularidade: é o único local da cidade que se dedica a organizar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e de-sign. Por seu espaço expositivo já foram exibidas obras de Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein e Miró, além dos brasileiros Vik Muniz, Rosangela Rennó, Nelson Leirner, Daniel Senise, Ana Ma-ria Tavares, Carmela Gross, Nel-son Felix, Nuno Ramos e novos expoentes por meio de inúmeras coletivas. No segmento de arqui-tetura trouxe mostras com traba-lhos do catalão Gaudí, do portu-guês Álvaro Siza e do escritório japonês SANAA. Entre os nomes do design internacional que ga-nharam exposições celebradas es-tão Arne Jacobsen, Karim Rashid e Patrick Jouin. Atualmente, a exposição “Frida Kahlo – cone-xões entre pintoras surrealistas no México” (em cartaz até 10 de janeiro de 2016) tem a curado-ria da pesquisadora Teresa Arcq e apresenta cerca de 100 obras de 16 artistas que revelam como uma intrincada rede, com inúme-ros personagens, se formou tendo como eixo a figura da artista mexi-cana. Num caso raro e inédito no Brasil, a mostra reúne 20 obras de Frida (que em vida produziu ape-nas 143 telas), além de 13 obras sobre papel (nove desenhos, duas colagens e duas litografias).

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Nesta página: 1. A marchand Raquel Arnaud.2. Escultura ‘Sou minha própria arquitetura’, da artista Iole de Freitas, aço inox e policarbonato com impressão colorida: acervo da Galeria Raquel Arnaud.

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3. Escultura ‘Mudança de jogo com couro vermelho’, obra de Frida Baranek, varetas de vidro e peles de couro: Galeria Raquel Arnaud.

ServiçoGaleria Estação | Rua Ferreira de Araújo, 625 • PinheirosTel.: (11) 3813 7253 • www.galeriaestacao.com.brGaleria Fortes Vilaça | Rua Fradique Coutinho, 1500 • Vila MadalenaTel.: (11) 3032 7066 • www.fortesvilaca.com.brGaleria Millan | Rua Fradique Coutinho, 1360 • Vila MadalenaTel.: (11) 3031 6007 • www.galeriamillan.com.brGaleria Raquel Arnaud | Rua Fidalga, 125, Vila MadalenaTel.: (11) 3083 6322 • www.arnaud.comGaleria Virgilio | Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426, PinheirosTel.: (11) 2373 2999 • www.galeriavirgilio.com.brInstituto Tomie Ohtake | Avenida Faria Lima, 201 Alto de Pinheiros(entrada pela Rua Coropés, 88) Tel.: (11) 2245 1900 • www.institutotomieohtake.org.br

Nesta página: Na exposição ‘Frida Kahlo – Conexões entre pintoras surrealistas no México’, em cartaz até janeiro de 2016, no Instituto Tomie Ohtake: 1. Autorretrato com vestido roxo e dourado, de Frida Kahlo, óleo sobre tela.

2. Da artista Alice Rahon, pintura da série Balé Orion, tinta branca em cartolina. 3. Óleo sobre tela ‘Balada’ da artista Alice Rahon.

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GASTRONOMIA | GUIA MICHELIN

Texto: Claudio Gues Fotos: Divulgação

BON APPÉTIT

O GUIA MICHELIN SE MANTÉM NO TOPO DO UNIVERSO GOURMET COM CEM ANOS DE HISTÓRIA

GASTRONOMIA | GUIA MICHELIN

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C onsiderado um dos mais famosos guias internacio-nais de gastronomia, o

Michelin há mais de cem anos é uma referência internacional por seu conteúdo elitizado. Lançado em 1900 pela Michelin – uma das maiores fabricantes de pneus do mundo na atualidade –, o guia foi distribuído como um brinde aos clientes que o recebiam na com-pra de seus pneus. Naquela épo-ca, a França contava com pouco mais de dois mil motoristas para os quais o guia trazia informações de almanaque com endereços de oficinas mecânicas, postos de ga-solina, farmácias, médicos, mapas e curiosidades. Quase dez anos depois do seu lançamento, o guia passou a circular sem qualquer pu-blicidade paga a fim de tornar-se independente e conquistar credi-bilidade. Nessa época divulgava hotéis e oficinas mecânicas para seus fiéis leitores. Em 1920 deixou de ser distribuído como brinde e passou a ser vendido. Conta a len-da que André Michelin, ao passar por uma garagem, ficou irritado ao ver o eixo de um carro ser apoiado por uma pilha de guias Michelin. Para que a publicação fosse tratada com mais respeito, decidiu elitizar seu conteúdo e cobrar por ele. Foi então que surgiu a avaliação de restaurantes por gourmands anô-nimos – critério que se mantém até os dias de hoje – que tornou famoso o guia, associando a marca Michelin a um guia de bolso para motoristas exigentes na hora de se hospedar e comer em Paris. Como consequência natural, os gourmets o adotaram como guia dos melho-res restaurantes parisienses.

Em 1931, o guia cria sua famo-sa classificação de 1, 2 e 3 estrelas para apontar os melhores restau-rantes. Além dessa peculiaridade, o Michelin é precursor dos atuais guias turísticos de bolso que cir-culam pelo mundo. As famosas estrelas dos restaurantes classifi-cados pelo guia na realidade não existem. O guia atribui às boas mesas os macarons que nada têm a ver com as estrelas. Estas são usa-das no guia para a classificação dos hotéis. Portanto, o mais correto é dizer que determinados restauran-tes possuem um, dois ou três maca-rons do Guia Michelin.

O guide Rouge – de capa ver-melha focado em hotéis e res-taurantes – já vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde a sua criação. Os de capa verde, tão famosos quanto os vermelhos, são guias de viagem. Ambos são facil-mente identificados nos 24 países onde são publicados. Sua impres-são é feita no mais absoluto sigilo e nem mesmo o número de sua tiragem é divulgado. Os especialis-tas estimam que sejam impressos em torno de 500 mil exemplares por ano. O guia vermelho é dedi-cado à França, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha, Espanha, Portu-gal, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, além de uma coletânea dedicada às principais cidades da Europa. Nos últimos anos foram incluídas edições específicas para Nova York (2006), além de Tóquio e Hong Kong (2008). O mais recente, lan-çado neste ano, é dedicado às cida-des de São Paulo e Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro Guia Mi-chelin na América Latina.

GASTRONOMIA | GUIA MICHELIN

Na página anterior: As cozinhas dos

restaurantes estrelados costumam ser bem

agitadas para dar conta dos pedidos.

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Nesta página: 1 e 2. O famoso chef francês Paul Bocuse e o salão de seu restaurante l’Auberge du Pont de Collonges, em Lyon, na França.3 e 4. A chef Anne-Sophie Pic e os interiores de seu restaurante Maison Pic, na cidade de Valence, na França .

GASTRONOMIA | GUIA MICHELIN

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Sempre à procura de novos restaurantes de qualidade, os “ins-petores” do guia Michelin são clientes anônimos que visitam cada estabelecimento e sempre pa-gam a conta ao final das refeições. Cada prato é avaliado com base em cinco critérios: a qualidade dos ingredientes utilizados; a técnica de cozimento; a harmonização dos sabores; a relação preço/quali-dade e a regularidade do serviço. Os melhores restaurantes são des-tacados como Bib Gourmand ou macarons (estrelas). O recordista por manter três macarons, desde 1965, é o consagrado chef francês Paul Bocuse com seu restaurante em Collonges-au-Mont-D’Or, em Lyon. A primeira mulher a con-quistar os três macarons do Mi-chelin é Anne-Sophie Pic, chef do restaurante Maison Pic, na cidade de Valence, no sudeste da França.

Guia Michelin Rio de Janeiro & São PauloLançado em abril deste ano, o Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo lista 188 estabelecimen-tos nas cidades do Rio e São Paulo, sendo 43 hotéis e 145 restaurantes. “Essa seleção revela o forte poten-cial do cenário gastronômico brasi-leiro, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde os inspetores puderam descobrir cozinhas mui-to criativas, com produtos locais de qualidade e de grande diversidade, com ricas influências do mundo inteiro”, destaca o comunicado oficial do lançamento da edição brasileira do Michelin. De acordo com Michael Elis, diretor interna-cional dos Guias Michelin, foram longos meses de trabalho antes da

publicação do primeiro Guia Mi-chelin no Brasil e América Latina. “Nossos inspetores encontraram restaurantes promissores que serão a base da cozinha brasileira dos próximos anos”, avalia Elis.

Nessa seleção, o restaurante D.O.M. foi contemplado com dois macarons. “O chef Alex Ata-la propõe uma cozinha rica, de personalidade única e altamente criativa, que valoriza os produtos tradicionais brasileiros, frequen-temente pouco utilizados, alguns trazidos da Amazônia pelo próprio chef”, diz o mesmo comunicado que festeja o lançamento do guia no Brasil. O Dalva e Dito, outro restaurante do chef Atala, também se destacou, com uma estrela. Em São Paulo, dez restaurantes rece-beram sua primeira estrela nesta edição de 2015, como o Mani, Jun Sakamoto, Kinoshita e Kosushi, entre outros.

No Rio de Janeiro, seis restau-rantes se destacaram com uma es-trela. Um deles é o restaurante da chef Roberta Sudbrack, “que ofere-ce uma cozinha brasileira moderna e autêntica, usando ingredientes locais, onde a mistura de texturas e sabores suscitam emoções únicas”, segundo os inspetores da edição brasileira. Outro contemplado foi o Olympe – instalado na capital fluminense desde 1979 – do chef francês Claude e seu filho Thomas Troisgros. Ao todo 25 restaurantes foram destacados com o Bib Gour-mand (restaurantes que oferecem boa relação entre preço e qualida-de) nesta primeira edição brasileira: 8 do Rio e 17 na capital paulista.

GASTRONOMIA | GUIA MICHELIN

Ao lado: Vieiras grelhadas e carpaccio de palmito pupunha: iguaria do restaurante Olympe, dos chefs Claude e Thomas Troisgrois.

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Duas estrelas – São Paulo01. D.O.M. (Alex Atala)

Uma estrela – São Paulo Attimo (Jefferson Rueda)

Epice (Alberto Landgraf )

Tuju (Ivan Ralston)

02. Maní (Helena Rizzo e Daniel Redondo)

Fasano (Luca Gozzani)

Huto (Fábio Honda)

03. Jun Sakamoto (Jun Sakamoto)

Dalva e Dito (Alex Atala e

Luiz Gustavo Galvão)

04. Kosushi (George Koshoji) Kinoshita (Tsuyoshi Murakami)

Uma estrela – Rio de Janeiro05. Oro (Felipe Bronze)

Le Pré Catelan (Roland Villard)

06. Roberta Sudbrack (Roberta Sudbrack)

07. Olympe (Claude Troisgros e

Thomas Troisgros)

Mee (Rafael Hidaka)

Lasai (Rafael Costa e Silva)

Bib Gourmand – São Paulo Mocotó Esquina Mocotó L’Entrecôte de Paris Tian Brasserie Victória Sal Gastronomia Antonietta Empório Jiquitaia Mimo Ecully Zena Caffè Miya Tartar & Co Arturito Casa Santo Antônio Marcel La Cocotte

Bib Gourmand – Rio de Janeiro Lima Restobar Miam Miam Entretapas Oui Oui Restô Artigiano Pomodorino Cais

ESTRELADOS E BIB GOURMAND BRASILEIROS 2015

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A MARCA MICHELIN

Uma das mais bem-sucedidas estratégias de marketing contemporâneo, a associação de uma marca com a qualidade de um serviço ou atividade cultural e esportiva, faz parte da história da Michelin desde a sua fundação, em 1888, pelos irmãos Édouard e André Mi-chelin, em Clermont-Ferrand, na França, cidade na qual a empresa mantém sua sede até hoje. No Brasil desde 1927, a marca Michelin conta atualmente com quatro fábricas de pneus, em duas unidades industriais e três usinas de beneficiamento de borracha natural.

A primeira ação de marketing aconteceu em 1891. Édouard Michelin tomou a inicia-tiva de fabricar o primeiro pneu de bicicleta desmontável. Na ocasião, o ciclista Charles Terront, único a utilizar os novos pneus Michelin, venceu a corrida Paris-Brest-Paris. Logo em seguida, em 1900, foi criado o Guia Michelin. No início era mais um almanaque de generalidades como todos da época, mas em 1931 mudou seu editorial e tornou-se o pri-meiro guia de gastronomia respeitado internacionalmente. Na atualidade, quem coorde-na os critérios e convida os misteriosos inspetores que visitam restaurantes no mundo intei-ro é a dupla Claire Dorland-Clauzel, diretora de Marcas e Relações Externas do Grupo Michelin e Michael Elis, diretor internacional dos Guias Michelin.

Outra ação publicitária que chamou a atenção foi a participação da marca Michelin na Fórmula 1. De 1977 até 2006, a Michelin forneceu pneus à F1. Ao todo foram 217 gran-des prêmios até ceder a exclusividade de fornecimento para sua concorrente Bridgestone. Algumas das principais escuderias da F1 foram patrocinadas pela Michelin: Ferrari (1977-1984), Renault (1977-1984 e 2002-2006), McLaren (1981-1984 e 2002-2006), Williams (1981 e 2001-2005) e Brabham (1981-1984). E não podemos esquecer do Bibendum, o mascote da marca desde 1898, que representa a Michelin em 170 países no mundo. Cases que fizeram e fazem a história da Michelin mundo afora.

GASTRONOMIA | GUIA MICHELIN

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URBANIDADE | CICLOVIAS

Texto: Claudio Gues Fotos: Ilana Bessler

DUAS RODAS

COM CICLOVIAS NO SEU ENTORNO, O ALTO DE PINHEIROS É MAIS UM BAIRRO NA CAPITAL PAULISTA QUE SE RENDE ÀS BICICLETAS. E, ENTRE UMA PEDALADA E OUTRA, É POSSÍVEL FAZER PARADAS

ESTRATÉGICAS DURANTE O PASSEIO PARA SABOREAR UMA REFEIÇÃO ESPECIAL, BEBER UMA CERVEJA OU EXPERIMENTAR UM BOM CAFÉ

URBANIDADE | CICLOVIAS

Acidade de São Paulo passa por uma transformação ur-bana radical para implan-

tar uma rede de ciclovias que irão futuramente se conectar e criar uma malha para ciclista nenhum colocar defeito. De acordo com o projeto original da Prefeitura de São Paulo, a meta é instalar 400 quilômetros de faixas para bici-cletas até o fim de 2016. Metade desse objetivo já está em pleno uso e canteiros de obras surgem em todas as regiões da metrópole para dar lugar às ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e calçadas comparti-lhadas. O Alto de Pinheiros reflete esse momento com duas impor-tantes rotas. A ciclovia Rio Pinhei-ros – com 21,5 quilômetros de ex-tensão – funciona diariamente das 5h30 às 18h30, enquanto apenas alguns trechos da ciclovia da Ave-nida Pedroso de Morais – que irá ligar o Parque Villa-Lobos à ciclo-via da Avenida Faria Lima – estão em operação. De acordo com a Associação dos Amigos do Alto de Pinheiros (Saap), que acompanha regularmente as obras que acon-tecem no bairro, a ciclovia conta com apenas 5,5 quilômetros de

O ALTO DE PINHEIROS CONTA COM DUAS CICLOVIAS NO SEU PERÍMETRO: A DA PEDROSO

DE MORAIS E A DO RIO PINHEIROS

extensão que estão liberados aos ciclistas: Avenida Professor Fon-seca Rodrigues (2,6 km), Avenida Pedroso de Morais (1,5 km), Ave-nida Professor Frederico Herman Júnior (700 m) e Avenida Arruda Botelho (700 m). “Essa ciclovia faz parte de um eixo cicloviário de 32 quilômetros que vai do Ceagesp ao Shopping Morumbi e está pre-vista desde 1994 como compensa-ção ambiental da Operação Faria Lima”, informa a Saap.

Ciclovia Rio PinheirosEnquanto a ciclovia da Avenida Pedroso de Morais ainda aguarda sua conclusão, a do Rio Pinheiros é alvo de elogios por todos que cir-culam em seu trajeto, na margem leste do rio e correndo paralela a um trecho da linha 9 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). É a maior ciclo-via da região metropolitana de São Paulo e cobre quase a totalidade da extensão do Rio Pinheiros. Por estar isolada do tráfego de pessoas e de veículos – de um lado, o rio, e do outro, a linha de trem e a Mar-ginal Pinheiros – é uma das mais seguras para pedalar na cidade.

Ao lado: Ciclovia Pedroso de Morais, utilizada tanto para o lazer como para o transporte de moradores da região. Interliga o bairro à Avenida Faria Lima.

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Nesta página: Atualmente a Ciclovia Rio Pinheiros inicia no Parque Villa-Lobos e vai até o bairro da Vila Olímpia. Muito utilizada para treinos de bike.

Para entrar e sair da ciclovia há acessos que passam por cima da linha de trem e da via expressa: Avenida Miguel Yunes (entre as es-tações Jurubatuba e Autódromo); Estação Jurubatuba; Passarela da EMAE - Empresa Metropolitana de Águas e Energia (junto à Esta-ção Vila Olímpia); Estação Santo Amaro; Ponte Cidade Universitá-ria e Ponte Cidade Jardim. Nela, os ciclistas têm à disposição seis pontos de apoio com banheiro, bebedouro e atendimento. Futu-ramente estão previstos dois novos acessos que irão ligar a ciclovia aos parques do Povo (no Itaim Bibi) e Villa-Lobos. Além disso, a CPTM tem planos de instalar na ciclovia um sistema de iluminação noturna composto de 764 postes com lâm-padas LED, o que irá permitir seu funcionamento durante a noite. A ciclovia Rio Pinheiros também faz parte de um projeto ambicio-so para a região: o Parque Linear Pinheiros, sob responsabilidade da EMAE, que prevê a construção de uma ciclovia na outra margem e passarelas de interligação sobre o rio (junto às estações de trem Ju-rubatuba, Santo Amaro, Granja Julieta, Berrini, Cidade Jardim, Pinheiros, Ceasa e aos parques Villa-Lobos e Burle Marx, além da Ponte João Dias). Com toda essa infraestrutura para fazer um pas-

seio de bike, o Alto de Pinheiros pode ser considerado um bairro bem servido quando o assunto é essa nova modalidade de desloca-mento pela cidade.

Pit StopNas horas livres um passeio de bicicleta pode ser mais agradável com paradas estratégicas no cami-nho. Seja para beber água, tomar um café, conferir uma exposição de arte, deixar a bike numa oficina, comprar acessórios para ciclistas, tomar um banho de chuveiro para recarregar as baterias (e dobrar o passeio), fazer um lanche ou até almoçar em bons restaurantes. No melhor estilo, tudo isso poderá ser feito no entorno da ciclovia da Ave-nida Pedroso de Morais, no Alto de Pinheiros, e nos bairros vizinhos, como Pinheiros e Vila Madalena. O ciclista pode começar o passeio com uma parada no Instituto To-mie Ohtake e ver suas exposições gratuitas. Se tiver com tempo de sobra, vale conferir os lançamen-tos literários ali mesmo no centro cultural na livraria Gaudi e garim-par peças de design na loja It, da curadora Marisa Ota. Se a fome apertar na hora do almoço, sirva-se no buffet variado, com criações da chef Morena Leite, no restaurante Santinho – do grupo Capim Santo – dentro do Instituto.

URBANIDADE | CICLOVIAS

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URBANIDADE | CICLOVIAS

Nesta página: 1. Fachada do bar Astor 2. O salão do restaurante Santinho no Instituto Tomie Ohtake3. Croquete de pernil servido no Pirajá 4. Interior do Coffee Lab

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ServiçoAro 27 | Rua Eugênio de Medeiros, 445 – PinheirosTel.: (11) 2537 1918 • www.aro27.com.brAstor | Rua Delfina, 163 – Vila MadalenaTel.: (11) 3815 1364 • www.barastor.com.brBike Tech | Avenida Pedroso de Morais, 1.053 – Alto de PinheirosTel.: (11) 3814 9271• www.biketechsp.com.brBrigadeiro Doceria & Café | Rua Padre Carvalho, 91 – PinheirosTel.: (11) 3813 6656 • www.brigadeirodoceria.com.brCoffee Lab | Rua Fradique Coutinho, 1.340 – Vila MadalenaTel.: (11) 3375 7400 • www.cooffelab.com.brEmpório Alto dos Pinheiros | Rua Vupabussu, 305 – Pinheiros Tel.: (11) 3031 4328 • www.altodospinheiros.com.brInstituto Tomie Ohtake | Avenida Faria Lima, 201 (com entrada pela Rua Coropés)Tel.: (11) 2245 1900 • www.institutotomieohtake.org.brIt | Rua Coropés, 88 – Alto de PinheirosTel.: (11) 3554 0737Livraria Gaudi | Rua Coropés, 88 – Alto de Pinheiros Tel.: (11) 3031 0837Pirajá | Avenida Faria Lima, 64 – PinheirosTel.: (11) 3815 6881 • www.piraja.com.brSantinho | Rua Coropés, 88 – Alto de Pinheiros Tel.: (11) 3034 4673Venga | Rua Delfina, 193 – Vila MadalenaTel.: (11) 3097 9252 • www.venga.com.brVito Restaurante | Rua Isabel de Castela, 529 – Vila MadalenaTel.: (11) 3032 1469 • www.vitorestaurante.com.br

Saindo dali, vale a pena ver os mais novos modelos de bicicleta da famosa fabricante suíça Scott e rou-pas e acessórios para ciclistas na loja Bike Tech. Ali perto, uma opção para encontrar os amigos é o bar Pirajá. Se tiver calor, acomode-se numa mesa na calçada, peça uma cerveja e uma porção de pastéis de bacalhau ou croquetes de pernil.

Se a bike precisar de uma cali-bragem no pneu ou um conserto, ali perto – próximo da Marginal Pinheiros – tem a Aro 27, uma loja multifuncional para os aficionados em bike, com oficina de reparos e serviço de estacionamento de bi-cicletas (com direito a uma chu-veirada para refrescar o ânimo do ciclista). Durante a pausa, outra co-modidade: peça um café de coador com grãos selecionados da Fazenda Pessegueiro. A algumas quadras dali – na rua Vupabussu – os cervejeiros podem experimentar um dos 800 rótulos de cerveja à venda no Empó-rio Alto dos Pinheiros. Para acompa-nhar, vale experimentar uma comi-dinha de boteco servida no balcão. Se o passeio se estender até o fim da tarde e der aquela vontade de tomar um café, acompanhado por uma fatia de bolo caseiro, a pedida é dar um tempo na Brigadeiro Doceria & Café, na Rua Padre Carvalho.

Caso as pedaladas sejam feitas à noite e o ciclista for muito exigente

URBANIDADE | CICLOVIAS

com seu paladar, a Vila Madalena tem ótimas opções de restauran-tes. O jantar no Vito é servido até as 22h45. Lá, não deixe de experi-mentar qualquer uma das pastas assinadas pelo chef André Mifano. Na Rua Delfina, duas opções para quem não se preocupa com o reló-gio: a filial paulistana do prestigia-do bar carioca de tapas, o Venga; e o bar Astor que oferece drinques tradicionais e porções bem servidas de petiscos, como, por exemplo, o tostado de presunto com queijo gruyère. Se a ideia é apenas dar um tempo tomando um cafezinho, de preferência gourmet, a prestigiada Coffee Lab – na Rua Fradique Cou-tinho – serve (até as 20h) espressos tirados por um time de baristas trei-nados pela expert Isabela Raposei-ras. Um coffee que certamente vai dar um pouco mais de gás para as pedaladas de volta para casa.

Cidades famosas por suas cicloviasEnquanto São Paulo parece acele-rar a fim de oferecer um novo meio de mobilidade urbana com as ciclo-vias, muitas cidades na Europa in-centivam há muito tempo o uso de bicicletas pelos benefícios ao meio ambiente, ao trânsito e, claro, à saú-de de seus cidadãos. O site Askmen.com listou as dez cidades do mun-do mais amigas da bicicleta.

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URBANIDADE | CICLOVIAS URBANIDADE | CICLOVIAS

Amsterdã, na Holanda, ocupa a primeira posição no ranking, por conta de suas diversas ciclovias, bi-cicletas públicas disponíveis para locação e galpões para estaciona-mento de bikes. Copenhague é uma das que mais oferecem pro-gramas urbanos a favor da bicicle-ta, com ciclovias extensas (muitas vezes isoladas das pistas de trânsito intenso) e sinalização própria. Na capital dinamarquesa, o ciclista ain-da encontra um bairro totalmente livre de carros, o Christiania. Em Bogotá, na Colômbia, apenas 13% da população tem carro e essa van-tagem demográfica repercute em programas públicos tão vigorosos quanto os europeus a favor das bi-cicletas. Lá, mais de 70 quilômetros de vias públicas são fechadas para o tráfego de automóveis, para que ciclistas, skatistas e pedestres pos-sam transitar pelas ruas com maior segurança. No Canadá, a cidade de Montreal recentemente investiu US$ 134 milhões para renovar as ciclovias e construir um ambiente ainda mais favorável às bikes.

Outro bom exemplo é a cidade de Portland, no estado do Oregon (Estados Unidos), que tem mais de 480 quilômetros de ciclovias à dis-posição da população. Na Basileia, Suíça, o planejamento pró-bicicleta

vai além do perímetro urbano, com ciclovias que ligam a cidade a outras regiões do país. Desde 2007, Barce-lona (Espanha) dispõe aos seus mo-radores o programa de aluguel de bicicletas Bicing, com mais de 100 postos espalhados pela cidade e cer-ca de 3.250 vagas de estacionamen-to. Em Pequim, na China, a bicicle-ta é tradicionalmente a maior opção popular de locomoção na cidade. Como a baixa qualidade do ar tem sido cada vez mais uma preocupa-ção para os governantes, políticas públicas de incentivo a esse meio de locomoção têm sido cada vez mais elevadas. Por conta de sua topogra-fia com aclives e declives, a Prefei-tura de Trondheim, na Noruega, construiu elevadores exclusivos para bicicletas. Nessa cidade norueguesa estima-se que 18% da população faça uso diário das bikes como meio de transporte. Curitiba, no sul do Brasil, também foi incluída no ran-king. Seu planejamento urbano há mais de 40 anos estimula o uso de bicicleta na cidade, que atualmente conta com 127 quilômetros de ci-clovias. Esse número irá aumentar em mais 300 quilômetros de novas vias até o próximo ano, com inves-timento de R$ 90 milhões da Pre-feitura, cifra prevista em seu Plano Diretor Cicloviário.

Ao lado:Acima, Amsterdã, na Holanda e abaixo Copenhague, a capital da Dinamarca. Dois exemplos de cidades que ciclicistas, pedestres e motoristas convivem em perfeita harmonia.

DESIGN | NEW NAMES

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Alfa Realty: O que você mais gosta no Alto de Pinheiros?Maria Helena Bueno: Gosto do verde e da tranquilidade. Essas são as prin-cipais qualidades do Alto de Pinheiros, bairro que escolhi para viver há 16 anos atrás, mas que conheço há mais de trinta, pois trazia meus filhos para o Colégio Santa Cruz todos os dias.

Alfa Realty: Foi fácil tornar-se presidente da Associação Amigos do Alto de Pinhei-ros? Como aconteceu?Maria Helena Bueno: Eu era presidente do Ceaf (Centro de Estudos e As-sistência à Família), instituição onde sempre fiz um trabalho como volun-tária e que tem sede próxima à Praça Waldir Azevedo e descobri a Saap. Primeiro me tornei sócia e em 1995 já fazia parte da diretoria. Como gosto de exercer minha cidadania, a presidência da Saap foi uma consequência do meu trabalho como voluntária comprometida com a instituição. Já estou no quarto mandato (cada um com período de dois anos).

Alfa Realty: Como é o seu dia a dia na Saap?Maria Helena Bueno: Praticamente vou todos os dias à sede e quando estou em casa fico à frente do computador, respondendo e-mails, orientando nossa se-cretária na Associação, além de ir a todas as reuniões externas com vereado-res, autoridades e empresários. A Saap toma 80% do meu tempo e nas horas livres gosto de fazer companhia aos meus netos, que ainda são crianças.

PRIMEIRA-DAMA

Texto: Lauro Lins Fotos: Nelson Aguilar

HÁ QUASE DEZ ANOS NA PRESIDÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO ALTO DE PINHEIROS (SAAP), A PSICÓLOGA MARIA HELENA DO AMARAL OSÓRIO BUENO RESIDE HÁ 16 ANOS NO BAIRRO E

CONHECE CADA DETALHE DA REGIÃO

ENTREVISTA | MARIA HELENA BUENO

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Alfa Realty: Parece ser um trabalho árduo. É difícil lidar com o poder público?Maria Helena Bueno: É um trabalho de formiguinha, de corpo a corpo com as autoridades e os moradores do bairro. Atualmente a Saap briga para ter mais postes de iluminação e semáforos em nossas vias, por isso as cons-tantes conversas e solicitações à Ilume (Departamento de Iluminação Pú-blica da Prefeitura de São Paulo) e à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O trabalho junto à Subprefeitura de Pinheiros também é uma constante. Criamos uma relação há mais de vinte anos com o poder local. Eu admiro os funcionários públicos que, com poucos recursos, con-seguem nos atender, não na mesma hora, mas no tempo da Prefeitura. Nosso maior problema é quando estamos alinhados com as autoridades e muda tudo numa eleição e temos que começar do zero. Na Polícia Militar que atende a região (1ª Cia da PM) tivemos comandantes que são solidá-rios com nossas causas.

Alfa Realty: A Saap tem muitos associados?Maria Helena Bueno: Infelizmente temos somente 220 associados. Um nú-mero muito baixo para um bairro que tem 5.550 residências e 255 edifí-cios. Mas não tenho do que reclamar, pois tenho um time de voluntários comprometidos. Gosto de dar autonomia para cada um para que eles possam produzir livremente suas tarefas. É uma instituição tradicional. A Saap tem 38 anos, existe desde 1977 incentivada pelo padre Corbeil, que foi diretor do Colégio Santa Cruz.

Alfa Realty: A senhora realizou alguma ação marcante que ficará como legado na instituição?Maria Helena Bueno: Vamos lançar um livro da Ana Cecília de Arruda Campos que fez um estudo sobre o Alto de Pinheiros que foi esmiuça-do de ponta a ponta com mapas, fotos e estatísticas. Um trabalho muito bem-feito realizado com a ajuda da nossa presidente do Conselho, Ignez Barreto, que também é arquiteta e urbanista como a Ana Cecília. É um livro que vem numa boa hora para sabermos mais sobre o lugar em que vivemos, principalmente por causa do novo Plano Diretor e da Lei de Uso do Solo que nos impõe mudanças urbanas que devem ser discutidas com a sociedade, mas que devemos estar atentos para mantermos o bairro como zona residencial.

COLOCAR A SAAP EM EVIDÊNCIA FOI UMA CONQUISTA. MUITOS MORADORES NEM SABIAM QUE A INSTITUIÇÃO EXISTIA. ACHO IMPORTANTE ESSE RESGATE

DA ASSOCIAÇÃO. ESTAMOS INCENTIVANDO A CIDADANIA NO BAIRRO

ENTREVISTA | MARIA HELENA BUENO

Alfa Realty: O Plano Diretor prevê quais mudanças no Alto de Pinheiros?Maria Helena Bueno: A lei está impondo a criação de corredores comerciais no bairro. Mas é preciso usar sensatez. Estamos com trânsito intenso em algumas vias como a Pedroso de Morais, Banibas, Elisa de Moraes Men-des, São Gualter, Diógenes Ribeiro de Lima e outras. São ruas e avenidas que assumiram essa vocação natural para o trânsito que deve ser mantida assim, sem a necessidade de criar novos corredores. Além disso, aceitamos que o bairro possa ter edifícios de até três pavimentos com comércio no térreo a fim de manter sua tradição de bairro residencial.

Alfa Realty: E as ciclovias?Maria Helena Bueno: Apoiamos a criação da ciclovia. No bairro, essa via nasce no Parque Villa-Lobos, passando pela Pedroso de Morais e avenida Faria Lima até chegar ao Parque do Povo.

Alfa Realty: Quais foram as principais conquistas em sua gestão como presi-dente da Saap?Maria Helena Bueno: Foi colocar a Saap em evidência. Muitos moradores nem sabiam que a instituição existia. Acho importante esse resgate da Associação. Estamos incentivando a cidadania no bairro.

Alfa Realty: O que senhora tem a dizer para os novos moradores que estão chegan-do no bairro?Maria Helena Bueno: Eu diria que venham, pois o bairro é maravilhoso, arborizado, seguro. Tem boas escolas, dois clubes que são desbravadores na região, como o Alto de Pinheiros e o Anhembi.

Alfa Realty: Como a senhora vê o futuro do Alto de Pinheiros?Maria Helena Bueno: Acredito numa renovação, com micro-ônibus circular no bairro, ciclovias, mais comércio e predinhos. Sem prejudicar a arbori-zação, é claro! O Alto de Pinheiros tem atualmente cerca de 49 mil habi-tantes, muitos moradores acima dos 60 anos, mas também muita gente na faixa dos 40 e 50 anos. Acredito que as ruas terão boas placas de sinalização, lixeiras duráveis e postes de iluminação. Teremos um futuro melhor.

ENTREVISTA | MARIA HELENA BUENO

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PORTFÓLIO | BOTHANICA

T er o privilégio de viver num bairro arborizado, equipado com praças e parques públicos para caminhadas, corridas e pedaladas de bicicleta, ar puro e uma atmosfera de tranquilidade. É nesse

cenário que irão viver os moradores do residencial Bothanica, no Alto de Pinheiros. O Bothanica é um empreendimento que leva a assinatura da incorporadora Alfa Realty – conhecida pelo desenvolvimento de projetos de arquitetura de alto padrão – e, como tal, imprime sua marca registrada: qua-lidade e sofisticação em todos os detalhes. De frente para o Parque Villa-Lo-bos e próximo ao Shopping VillaLobos, o empreendimento foi planejado com o conceito de viver bem. Seu projeto de arquitetura contemporânea –

Texto: Carlos Alberto Queiroz Perspectivas Ilustradas: Alfa Realty

BOTHANICA ALTO DE PINHEIROS

PLANEJADO PARA FAMÍLIAS E CASAIS QUE PREFEREM VIVER EM CASAS, O BOTHANICA TEM ARQUITETURA PLANEJADA PELO ESCRITÓRIO ANASTASSIADIS ARQUITETOS E

PAISAGISMO ASSINADO POR ROBERTO RISCALA

PORTFÓLIO | BOTHANICA

desenhado pelo escritório Anastassiadis Arquitetos – compreende casas am-plas e bem pensadas. O empreendimento reúne oito unidades residenciais, com dois pavimentos cada e metragem variada, todas cercadas de beleza e comodidade. “O Bothanica está em um bairro como poucos, numa região que respeita e preserva a qualidade de vida e que tem o melhor que a cidade pode oferecer, com vias de acesso a poucos metros de distância (Marginal Pinheiros e as avenidas Pedroso de Morais, Diógenes Ribeiro de Lima, Hei-tor Penteado e São Gualter, entre outras), escolas renomadas (Vera Cruz, Santa Cruz, Palmares e outras) e restaurantes charmosos (nos bairros contí-guos de Pinheiros e Vila Madalena)”, destaca a Alfa Realty.

Com terreno amplo de 2.400 metros quadrados, o Bothanica apresenta unidades residenciais com arquitetura integrada à paisagem, feita com materiais sofisticados e “cheios de personalidade” como a madeira, cai-xilhos com grandes aberturas e tijolos demarcando os acessos. Seu paisa-gismo foi planejado por Roberto Riscala. Todas as casas – em estilo con-temporâneo – levam nomes de ervas e oferecem quatro vagas de carro na garagem: Aloe (612 m2); Macela (616 m2); Jaborandi e Lavanda (ambas com 451 m2); Alcaçuz e Eucalipto (as duas com 465 m2); Alecrim e Malva (459 m2 cada). Com todo esse detalhamento apurado, o Bothanica tem tudo para proporcionar a sensação única de estar em casa.

Casas amplas e de frente para o Parque Villa-Lobos: o diferencial do residencial Bothanica.

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PORTFÓLIO | JAZZ PERDIZES

O sucesso de vendas do Jazz Villa Pinheiros, lançado no ano passado, com o seu projeto inovador, que une o clássico e o moderno, serviu de base para o mais novo empreendimento

da Alfa Realty. Com essa mesma linguagem, elogiada, o projeto ganhou uma nova versão. Dessa vez no nobre bairro de Perdizes, com o breve lançamento do residencial Jazz Perdizes – numa parceria entre a Alfa Realty e a MDL. Esse projeto contou com referências inovadoras, um time de colaboradores talentosos e o compromisso de se criar uma forma que fosse única. A partir desse mix, o residencial ganhou personalidade e elementos que uniram o essencial com o moderno. “Tudo porque a gente queria traduzir da melhor forma, e com toda a harmonia, um lugar para morar que fosse criativo e inovador, sem perder a conexão com o que é clássico”, afirmam os incorporadores da Alfa Realty.

Texto: Carlos Alberto Queiroz Perspectivas Ilustradas: Alfa Realty

JAZZ PERDIZES

PLANEJADO PARA QUEM GOSTA DE CONFORTO E BEM-ESTAR, O RESIDENCIAL JAZZ PERDIZES REÚNE O MELHOR DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E AS

INOVAÇÕES DE NOSSA ÉPOCA, SEM PERDER O ELO COM O CLÁSSICO

Nesta página:Perspectiva ilustrada

da portaria do Jazz Villa Pinheiros. O estilo

contemporâneo da arquitetura e conceito de viver bem do Jazz

Villa Pinheiros serviram como referência para o

Jazz Perdizes.

Ao lado:Perspectiva ilustrada

do lounge externo com lareira do Jazz Villa

Pinheiros e perspectiva ilustrada da Fachada

do Jazz Villa Pinheiros.

Próximo do Parque da Água Branca, o residencial está instala-do num dos bairros com uma das melhores infraestruturas urbanas de São Paulo: Perdizes. Uma região valorizada pela segurança e facili-dades, como a proximidade de sho-ppings centers, lojas, bares e restau-rantes, além de fácil acessibilidade para as demais regiões da cidade. Com todas essas qualidades, os mo-radores de Perdizes podem desfrutar os melhores momentos da vida com a plena sensação de bem-estar. Em seu perímetro estão o campus da PUC (Pontifícia Universidade Ca-tólica de São Paulo), os shoppings Bourbon e Pátio Higienópolis, o Teatro Folha e grandes vias públi-cas, como as avenidas Pacaembu e Sumaré, além de ciclofaixas para passeios de bicicleta e apenas al-guns minutos de uma das estações de trem do metrô. A arquitetura do empreendimento é assinada por Pa-

PORTFÓLIO | JAZZ PERDIZES

tricia Anastassiadis. “O Jazz Perdizes tem traços marcantes. É um projeto que traz harmonia entre os estilos pós-industrial e moderno. Utiliza-mos elementos e materiais como o ferro e tijolo, a fim de traduzir uma linguagem elegante com estilo e personalidade”, ressalta a arquiteta. Com uma torre e 30 unidades, o Jazz Perdizes está instalado num ter-reno de 1.260,80 metros quadrados, com apartamentos de um (56 m2 e 62 m2), dois (82 m2, 83 m2 e 90 m2) e três dormitórios (118 m2, 122 m2, 138 m2 e 140 m2). E não termina por aí. Para quem necessita de mais espaço para acomodar a família, o Jazz Perdizes tem duplex de 307 m2 e 315 m2. Na área comum, o em-preendimento tem piscina adulto (com borda infinita), piscina infan-til, sala de ginástica, salão de festas, biblioteca e espaço gourmet. Sem dúvida, uma diversidade que agrada a todas as famílias.

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CIDADE | PRAÇAS

Texto: Maria Alice Pita Fotos: Ilana Bessler

Planejado como bairro-jardim em 1912, o Alto de Pinheiros con-serva o seu plano urbanístico original e preserva o seu maior patri-mônio: ruas arborizadas e silenciosas que trazem uma atmosfera

de tranquilidade aos moradores. Seu perímetro é de aproximadamente 3,94 quilômetros quadrados, de acordo com o arquiteto José Flávio Cury, supervisor de Planejamento Urbano da Subprefeitura de Pinheiros, que faz uma ressalva: a de que os bairros da cidade de São Paulo não têm um limite oficial. Seja como for, sua área verde é um cartão de visitas para quem procura por qualidade de vida numa metrópole como a capi-tal paulista. Suas praças (268.620 metros quadrados), canteiros (71.631 metros quadrados) e parques estaduais (853.000 metros quadrados) totali-zam 1.193.251 metros quadrados*, segundo dados da Associação Amigos do Alto de Pinheiros (Saap). Esses números representam 15,49% da área total do bairro, uma dimensão que o diferencia na cidade por ser o distrito com a maior porcentagem de áreas verdes à disposição de seus moradores. “Nos orgulhamos de nossas áreas verdes. Temos sete grandes praças no bairro, com destaque para a Waldir Azevedo, que é a maior, com 48 mil metros quadrados. Um lugar aberto para todos que gostam de passear ao ar livre”, ressalta Maria Helena do Amaral Osório Bueno, presidente da Saap. Nesta e nas páginas a seguir apresentamos um ensaio fotográfico das principais praças do Alto de Pinheiros, realizado – com exclusividade – pela fotógrafa Ilana Bessler para a primeira edição da revista Alfa Realty.

PAISAGEM NATURAL

COM PRAÇAS E PARQUES PÚBLICOS BEM CUIDADOS, O ALTO DE PINHEIROS SE DESTACA

COMO UM DOS BAIRROS MAIS ARBORIZADOS DA CAPITAL PAULISTA

PRAÇA EDER SADER

PRÓXIMA À VILA MADALENA, A PRAÇA EDER SADER TORNOU-SE PONTO PARA EVENTOS CULTURAIS COM APRESENTAÇÃO REGULAR DE MÚSICOS, TEATRO E FESTAS POPULARES

DESIGN | NEW NAMES

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PRAÇA AMUNDSEN

REBATIZADA PELA PREFEITURA COMO PRAÇA DA LONGEVIDADE É CONHECIDA PELA POPULAÇÃO COMO PRAÇA DOS CACHORROS. LÁ, OS DONOS DE CÃES COSTUMAM DEIXAR SEUS PETS CIRCULAREM SEM COLEIRA

CIDADE | PRAÇAS

PRAÇA RUI WASHINGTON PEREIRA

QUASE ESCONDIDA EM UMA RUA SEM SAÍDA, A PRAÇA RUI WASHINGTON PEREIRA TEM SEU GRAMADO BASTANTE DISPUTADO AOS DOMINGOS POR QUEM GOSTA DE FAZER PIQUENIQUE

PRAÇA PANAMERICANA

COM UM PEQUENO CENTRO COMERCIAL NO SEU ENTORNO, A PRAÇA PANAMERICANA É UMA GRANDE ROTATÓRIA ONDE PRATICAMENTE PASSAM TODOS OS VEÍCULOS QUE TRANSITAM DIARIAMENTE PELO BAIRRO

PRAÇA BARÃO DE PINTO LIMA

INAUGURADA NA DÉCADA DE 1970, A PRAÇA BARÃO DE PINTO LIMA REÚNE DIVERSAS ÁRVORES FRUTÍFERAS EM SUA ÁREA. POR CONTA DISSO, TORNOU-SE UM EXCELENTE PONTO DE OBSERVAÇÃO DE PÁSSAROS

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PRAÇA DAS CORUJAS

O PLAYGROUND E A PISTA PARA CAMINHADAS COSTUMAM SER O PONTO DE ENCONTRO DE FAMÍLIAS DA REGIÃO. ENTRE SUAS ÁRVORES, ESPÉCIES FRUTÍFERAS COMO AMOREIRAS E ABACATEIROS ATRAEM PASSARINHOS AO LOCAL

*Fontes: Subprefeitura de Pinheiros e Saap (Associação Amigos do Alto de Pinheiros)

CIDADE | PRAÇAS

PRAÇA DO PÔR DO SOL

UMA DAS MAIS FAMOSAS DA CIDADE, A PRAÇA CORONEL CUSTÓDIO FERNANDES PINHEIROS GANHOU ESSE SIMPÁTICO NOME POR CONTA DA HORA DO CREPÚSCULO ONDE O SKYLINE DA CIDADE GANHA UM COLORIDO ESPECIAL

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CIDADE | PRAÇAS

PARQUE VILLA-LOBOS

Considerado uma das melhores opções de lazer ao ar livre da cidade, o Parque Villa-Lobos ocupa uma área de 732 mil metros quadrados no Alto de Pinheiros. O parque é equipado com ciclovia, quadras poliesportivas, campos de futebol, playground, bosque com espécies da Mata Atlântica, aparelhos para exercícios físicos, pista de cooper, tabelas de street basketball e um anfiteatro aberto com 750 lugares. De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente – órgão público responsável pela administração do parque – estima-se que durante a semana cerca de 5 mil pessoas circulem diariamente por suas instalações. Nos finais de semana, esse público é elevado para 20 mil pessoas, enquanto nos feriados aproximadamente 30 mil pes-soas tiram proveito de seus equipamentos.

O parque foi um dos pioneiros na cidade em garantir meios de acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. A grande área plana e os caminhos nivelados tornam mais fácil o deslocamento dos usuários. Alguns dos brinquedos de madeira nos parquinhos também foram elaborados para garantir esse direito, como uma cai-xa de areia e uma casinha na montanha que permitem acesso por cadeirantes. Por lá, o visitante pode dispor de telefone público para os deficientes auditivos.

Para que os visitantes possam aproveitar mais a sombra e outros benefícios da vegetação, foi criada a trilha “Vai pela Sombra”. Com-posta por pedriscos, a trilha percorre os principais bosques do parque tornando-se uma boa opção para quem faz caminhada ou corre, pois reduz o impacto nas articulações. Os mais aventureiros têm o privilégio de andar próximo aos pássaros com o “Circuito das Árvores”. Trata-se de uma passarela elevada, construída com madeira de reflorestamen-to que chega até 3,5 metros de altura e 120 metros de extensão. Entre as novidades recentes do parque, o “Orquidário Ruth Cardoso” e o “Ouvillas”. O primeiro reúne diversas espécies para contemplação, en-quanto no segundo é possível ouvir música ao ar livre à vontade. Nele, as pessoas podem sentar e relaxar em taludes, bancos e espreguiça-deiras ao som das obras do compositor Villa-Lobos, que dá nome ao parque. O projeto paisagístico do parque é do engenheiro agrônomo e paisagista Rodolfo Geiser. Quando o parque foi entregue à população em 2006, haviam aproximadamente 24 mil árvores plantadas. Entre elas, 1.200 ipês de oito espécies, 110 roxos e 550 amarelos.

CIDADE | PRAÇAS

Foto

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DESTINO | VELHO MUNDO

Texto: Luiz Claudio Rodrigues Fotos: Divulgação

PRIMEIRA CLASSE

A BORDO DE TRENS LUXUOSOS, OS TURISTAS VIVENCIAM EXPERIÊNCIAS MEMORÁVEIS NA EUROPA. SEJA NA AMBIENTAÇÃO,

NA DEGUSTAÇÃO DE REFEIÇÕES GOURMETS E SERVIÇOS DE MORDOMIA DIGNOS DE HOTÉIS CINCO ESTRELAS

AS VIAGENS DE TREM DA REDE BELMOND (INCLUINDO A ANTIGA ROTA DO ORIENT EXPRESS) PRESERVAM O RITMO DE TEMPO E O GLAMOUR DOS ANOS 1920 E 1930

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Q uem diria que no come-ço do século 21, numa época onde os trens –

de levitação magnética – batem recordes de velocidade ao atingir marcas acima de 600 km/hora ainda há espaço para viagens de-moradas a bordo de trens de luxo como os do Orient Express, agora Belmond. Para quem tem pressa, a companhia RailEurope pode pro-videnciar bilhetes para quase todas as cidades do Velho Mundo. Mas o que nos interessa nessa reportagem são as viagens longas para quem pode dispor de tempo, o maior luxo da atualidade. Viagens que passam por Londres, Paris ou Berlim, ora com músicos que circulam pelos vagões durante um refinado jantar ou até um Champagne-bar after hours. Pequenos e grandes luxos que podem ser desfrutados sem a preocupação do balanço das horas.

A experiência extraordinária começa na estação ferroviária. À medida que os vagões chegam à estação e os comissários unifor-mizados recebem os passageiros, sabemos imediatamente que uma jornada incrível será iniciada. Esse é o caso do lendário Venice Sim-plon Orient Express. Um trem que é pura nostalgia dos tempos dourados desse tipo de viagem, com seus luxuosos vagões vinta-ge, decoração clássica que inclui marchetaria de madeira e móveis ornamentais, além de detalhes especiais no atendimento que tor-nam a viagem uma experiência memorável. Desde os elegantes vagões-restaurantes com alta gas-

tronomia aos coquetéis clássicos, entretenimento no bar e cabines noturnas atendidas por mordomos particulares. A partir de 2016, o Venice Simplon Orient Express apresenta uma nova viagem rumo a Berlim, levando seus hóspedes para uma jornada através do tem-po. Seguindo a tradição dos pio-neiros das viagens ferroviárias, essa nova rota irá conectar três capitais europeias históricas: Londres, Pa-ris e Berlim. A saída inaugural será em Londres com destino a Berlim, passando por Paris, em 2 de junho de 2016. Uma jornada de dois dias e uma noite que permitirá aos pas-sageiros uma volta no tempo com todo o conforto do nosso século.

O Venice Simplon Orient Express é bem diferente dos trens conven-cionais. Seus vagões são dos anos 1920 e 1930, e foram restaurados a fim de recriar uma das mais in-críveis experiências luxuosas do mundo. Em sua composição há três vagões restaurados: o Côte d’Azur, com painéis em vidro La-lique; o Etoile du Nord com belís-sima marchetaria e o L’Oriental, decorado com móveis laqueados em estilo chinês. Durante o dia, as cabines duplas são configuradas como lounge com um sofá, apoio para os pés, uma pequena mesa e um gabinete com lavabo. À noite, a estrutura se transforma em uma acomodação aconchegante com cama superior e inferior. No centro do trem, um vagão-bar proporciona um ambiente convidativo para de-gustar coquetéis, beber seu drinque favorito ou um simples café.

Na página anterior: O trem British Pullman.

Ao lado: Na estação ferroviária, o lendário Venice Simplon

Orient Express e uma de suas acomodações

luxuosas.

DESTINO | VELHO MUNDO DESTINO | VELHO MUNDO

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Para quem deseja descobrir as terras irlandesas em grande es-tilo o Belmond Grand Hibernian será o primeiro trem turístico de luxo da Irlanda, com previsão de inauguração em agosto do próxi-mo ano, num passeio de quatro noites pela República da Irlanda. A viagem irá de Cork a Killarney, Galway e Westport, com direito a uma visita aos bastidores da desti-laria da Jameson’s Whiskey e aces-so particular aos jardins do Castelo de Blarney. A rota ainda inclui os lagos de Killarney, o Parque Na-cional de Connemara, atividades esportivas no Castelo de Ashford, além de música e feira de artesa-nato tradicional em Galway. Para quem pratica golfe haverá acesso a alguns dos melhores campos do mundo como parte das jornadas do Belmond Grand Hibernian. Entre eles, o Emerald Isle com mais de 300 campos de golfe. Jogos diá-rios poderão ser reservados, assim como extensões sob medida antes ou depois da jornada.

O design de interiores do Bel-mond Grand Hibernian – criado pelo escritório James Parks Associa-tes – é inspirado no caráter único do país e na mitologia colorida da fauna e flora do interior irlandês. O projeto tem estilo contemporâ-neo, com toques da tradição. Cada vagão reflete as cores dos tartans e seus condados específicos. Os va-gões-cama acomodam apenas 40 passageiros em elegantes cabines-

-suítes. Na composição há dois va-gões-restaurantes: o Wexford (um espaço iluminado que destaca as estampas irlandesas e o tweed) e o Sligo (com uma elegante atmos-fera georgiana e tons tranquilos de cinza misturados a madeiras). Am-bos oferecem o cenário perfeito para uma refeição com o autêntico gosto da Irlanda, de queijos artesa-nais a frutos do mar e uísques irlan-deses suaves.

No Reino Unido, os destaques são os trens British Pullman e o Northern Belle que passam por uma temporada de jantares gour-met em 2015, sob o comando do chef Robbie Gleeson. De comidi-nhas de pub premiadas à culinária natural com o selo de aprovação da realeza britânica, os jantares a bordo dos dois trens são exclusi-vos e restritos a apenas cem hós-pedes. Cada noite promete uma experiência gastronômica distinta, com encontros entre passageiros e chefs conforme eles passeiam pe-los vagões. Entre os chefs da atual temporada estão James Martin, Tom Kerridge, Anton Mosimann e Raymond Blanc.

Seja por suas instalações capri-chadas ou pelo serviço excepcio-nal com mordomos experientes, as viagens em trens de luxo evocam os tempos dourados do mundo das viagens e permitem aos passageiros reconstituir uma época de elegân-cia, romantismo e aventura.

Ao lado: 1 e 2. Operador e comissários

do British Pullman. 3 e 4. Vagão-restaurante

e uma das cabines do Belmond Grand Hibernian.5 e 6. O vagão-restaurante do Venice Simplon Orient Express e sua passagem

pela cidade de Pettneu Arlberg, na Áustria.

DESTINO | VELHO MUNDO DESTINO | VELHO MUNDO

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CHEGADAS E PARTIDAS

Desembarcar numa estação de trem na Europa, dependendo da cidade – seja uma metrópole ou uma cidade do interior –, pode ser um momento que fica impresso em nossa memória. Entre todas as opções possíveis, a Berlin Hauptbahnhof é um acon-tecimento visual de tirar o fôlego de qualquer turista viajado. Inaugurada em 2006, a estação chama a atenção por suas paredes e cobertura de vidro transparente e aço, pelo intenso movimento (é a maior estação ferroviária de intersecção da Europa) e, claro, sua arquitetura contemporânea. Desenhada pelo arquiteto Meinhard von Gerkan, a estação central de Berlim tem múltiplas plataformas que fazem a conexão entre trens, metrô e ônibus na capital alemã.

A estação é formada por dois níveis principais que servem ao tráfego ferroviário e três níveis de circulação e de lojas. Seus trilhos são ligados ao túnel Tiegarten, que passam por baixo do rio Spree na direção sul e, logo em seguida, por baixo do gramado em frente ao Reichstag até a parte sul da Potsdamer Platz. Na direção norte, os trilhos da parte subterrânea são ligados ao anel ferroviário da cidade. Ou seja, sua localização está na região mais movimentada da metrópole. A obra da nova estação – que ocupa o lugar da antiga estação Lehrter Bahnhof – custou 700 milhões de euros e levou quatro anos para ser finalizada (2002-2006). A Berlin Hauptbahnhof recebe aproximadamente 350 mil passageiros por dia em seus 70 mil metros quadrados. Estação de trem digna de uma das principais metrópoles da atualidade.

DESTINO | VELHO MUNDO

BLUE TRAIN

A companhia de trens Blue Train está na ativa desde os anos 1920. Sempre com a marca de transporte de luxo para uma classe emergente que enriqueceu com a descoberta do ouro e diamantes na África do Sul. Nessa época, a frota de trens era a vapor, passando a ser movida a eletricidade e diesel na década de 1970. Suas cabines – que medem 4m por 2m – são equipadas com ar-condicionado com controle individual e banheiros reves-tidos de mármore. Com apenas duas rotas, todas saindo e retornando para Pretória, a capital da África do Sul: uma com destino à Cidade do Cabo e outra para Hoedspruit, destino onde se encontra o Parque Nacional Kruger, onde os turistas têm à disposição seus lodges preferenciais. De Pretória à Cidade do Cabo são 27 horas para percorrer 1.600 quilômetros. No trajeto, a paisagem selvagem da África e no término da viagem a Table Mountain, em Cape Town. Nessa rota, os passageiros podem fazer uma parada para excursão nas minas de Kimberley, famosas pela corrida aos diamantes nos séculos passados. Além das janelas panorâmicas durante o trajeto no Blue Train, os passageiros tem à disposição um menu gourmet com frutas, legumes e carnes típicas sul-africanas, incluindo os melhores vinhos locais.

DESTINO | VELHO MUNDO

FLOWER POWER

Texto: Maria Alice Pita Fotos: Divulgação

UMA CASA COM FLORES SEMPRE EVOCA TRANQUILIDADE E BEM-ESTAR. SEJA EM ARRANJOS OU VASOS, O EFEITO

SEMPRE É DE ALTO-ASTRAL NO AMBIENTE. AQUI, CINCO TOP FLORISTAS REVELAM AS FAVORITAS DA TEMPORADA

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Q uem pode resistir à be-leza de uma flor? De-licadas, perfumadas e

coloridas, as flores marcam mo-mentos especiais, mas também costumam deixar o dia a dia mais bonito em arranjos florais pela casa. E cada estação tem espécies que são eleitas como as favoritas da vez. Para saber quais delas es-tão em alta nesta temporada, a re-portagem da Alfa Realty pergun-tou para um time de top floristas de São Paulo suas favoritas.

A flower designer Suzana Gal-vão Ceridono, da Bothanica Pau-lista, gosta de orquídeas, próteas e sementes. “Minha preferida do momento são as próteas. Além de serem bastante diferentes, combi-nam bem com sementes e folha-gens”, revela a florista. Para ela, as orquídeas são super-resistentes e combinam com todas as ocasiões. “Existem mil espécies diferentes e algumas são muito exóticas e tão interessantes que deixam os arran-jos com personalidade única”, diz a especialista em arranjos diferen-ciados que fizeram sua fama na ca-pital paulista. O uso de sementes é uma das principais características em seu trabalho. “Elas têm cores, texturas e trazem leveza para os arranjos”, ensina Suzana, que há mais de vinte anos é uma refe-

rência em São Paulo. Por sua vez, Luciana Moraes, proprietária da Verbena Flores, tem como flores prediletas as rosas, alstroemérias e orquídeas. “Gosto dessas espécies pela grande quantidade de cores e tipos que proporcionam, além de serem flores que encontramos du-rante a maior parte do ano”, afir-ma a florista, que é uma das mais celebradas na cidade pela versa-tilidade e beleza de seus arranjos únicos e personalizados.

Outra representante da nova geração de floristas paulistanos, Tatiana Volpe elege as dálias, gloriosas e cúrcumas como suas favoritas no momento. A florista abandonou a carreira de fashion designer e foi estudar floricultura na escola holandesa Boerman Ins-titute. Há três anos no mercado, ela e sua sócia, Fernanda Junquei-ra; ganham cada vez mais clientes com seus caprichados arranjos exi-bidos na webloja Flô Design. “O diferencial de nosso trabalho é a mistura de flores e folhas em com-posições criativas e descontraídas”, afirma Tatiana, que fala um pouco mais sobre suas escolhas: “As dálias são minhas flores favoritas de sem-pre. São delicadas e ficam bem em qualquer ocasião. As gloriosas são inusitadas e as cúrcumas são flores dignas de uma festa requintada”.

FLORES EXÓTICAS E TRADICIONAIS, FOLHAS E SEMENTES FAZEM PARTE DO REPERTÓRIO DE ARRANJOS INUSITADOS E

SURPREENDENTES DOS TOP FLORISTAS DE SÃO PAULO

Na página anterior: A flower designer Suzana Ceridono,

da Bothanica Paulista e seus arranjos florais.

Ao lado: Buquê de rosas criado

por Luciana Moraes, da Verbena Flores.

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VERDE | FLORES

Com técnicas criativas e sofisticadas, a dupla de flowers designers Ro-berto Pena e Lucio Vieira há quase trinta anos está à frente da famosa Escarlate Flores, nos Jardins. Seus arranjos são conhecidos pela plastici-dade e harmonia. Entre as diversas espécies com as quais trabalham dia-riamente, os dois têm uma predileção especial por lírios, gloriosas e rosas. “Gostamos dos lírios pela plasticidade, variedade de tons e durabilidade. Das gloriosas, por serem delicadas e, ao mesmo tempo, exóticas nos tons e formatos. E as rosas pelo romantismo que representam e, claro, pela variedade de cores e perfumes”, falam os floristas.

Entre os mais conhecidos flowers designers brasileiros, Vic Meirelles tem uma característica marcante em seu trabalho: a surpresa do inusitado em suas criações. Nesta temporada, suas eleitas são rosas, orquídeas cho-colate e chuva-de-ouro. “É uma mistura chique”, simplifica ao falar sobre essa escolha. Desde que voltou ao Brasil na década de 1990 – após dois anos morando na Inglaterra e estudando arte floral com os designers Ro-bert Day e Caroline Dickenson – Vic tornou-se queridinho da sociedade paulistana e já assinou composições para eventos especiais como o jantar do WTC para a rainha Silvia, da Suécia.

Ao lado: À esquerda, a florista Tatiana Volpe e suas criações.

Nesta página:A dupla Lucio Vieira e Roberto Pena da Escarlate Flores.

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ESSÊNCIA FLORAL01. Rosa: Uma das espécies mais populares do mundo, a primeira espécie de rosa nasceu há 5 mil anos nos jardins asiáticos. Na atualidade, diversas variedades foram obtidas através de cruzamentos que as diferenciam pelo tamanho das pétalas, aromas e cores.02. Gloriosa: De origem africana, a gloriosa é uma trepadeira, de textura herbácea, raízes tuberosas e flores decorativas.03. Orquídea: Cultivada em todos os continen-tes (com exceção da Antártida), a orquídea se apresenta em variadas formas, cores e tamanhos. As espécies mais exuberantes dessa espécie são encontradas em regiões de clima tropical.04. Chuva-de-ouro: É uma árvore ornamental, com florações exuberantes, que se dobram em cachos pendentes de flores douradas.05. Dália: Os índios mexicanos foram os primeiros a cultivar dálias. A espécie chegou à Europa no século 18 e se adaptou muito bem ao clima tempe-rado. Os holandeses e os franceses desenvolveram inúmeras espécies híbridas ao longo do tempo.06. Prótea: Originária da África do Sul, a prótea chegou à Europa no século 18 e tornou-se muito popular entre os botânicos. Nos últimos anos tornou-se a queridinha de muitos flowers designers nas grandes metrópoles internacionais.07. Alstroeméria: Com aproximadamente 40 varie-dades, a Alstroeméria – também conhecida como lírio-dos-incas – é nativa da América do Sul e tem linhagens diferenciadas no Brasil, Chile e Peru.08. Cúrcuma: Espécie surgida na Índia, a cúrcuma também é conhecida como açafrão-da-terra. Além da beleza, tem propriedades medicinais como protetor hepático e antitóxico do fígado.09. Lírio: Nascido no Hemisfério Norte, o lírio tem mais da metade de suas espécies sendo cultivadas na China e no Japão. E tem uma curiosidade: várias de suas espécies são chamadas de açucenas.

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ServiçoBothanica Paulista | Rua Mourato Coelho, 604Tel.: (11) 3037 7402 • www.bothanica.com.brEscarlate Flores | Rua Haddock Lobo, 927 Tel.: (11) 3064 9935 • www.escarlateflores.comCeagesp | Rua Dr. Gastão Vidigal, 1.946, Portão 7Tel.: (11) 3643 3700 • www.ceagesp.gov.brFlô Design | www.facebook.com/flodesignftVerbena Flores | Shopping Cidade Jardim, Avenida Magalhães de Castro, 12.000, piso 3 Tel.: (11) 3889 8832 • www.verbenaflores.com.brVic Meirelles | www.vicmeirelles.com.br

VERDE | FLORES

T odas as terças e sextas é fácil encontrar os melhores floristas e paisagistas de São Paulo na Feira de Flores da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Arma-zéns Gerais de São Paulo), na Vila Leopoldina. O mercado de flores é o maior

do gênero no País e acontece entre 0h às 8h30 num pavilhão de 20.000 metros quadrados. Nele, cerca de 1.199 produtores de flores, plantas, grama e mudas cultivadas em São Pau-lo oferecem sua produção vinda de cidades como Holambra, Mogi das Cruzes, Cotia e Bragança Paulista, entre outras.

De acordo com o Departamento de Comunicação da Ceagesp, a média de público da feira varia entre 5.000 e 8.000 pessoas por dia. “Por mês, a feira comercializa de 4.000 a 4.500 toneladas de flores de corte e vaso de áreas produtoras do Estado de São Paulo”, afirma o comunicado. Entre seus diferenciais estão os preços reduzidos, a multiplicidade de espécies de flores e plantas e o alto número de comerciantes que acirram a concorrên-cia em benefício dos consumidores. Entre as datas especiais no ano, o Dia das Mães é o que mais atrai clientes. Nessa ocasião, as rosas são as flores mais comercializadas e mo-vimentam 20% do setor (o equivalente a R$ 45,5 milhões. Normalmente são vendidas de 800 a 1.000 toneladas de flores e plantas por semana, mas na semana que antecede o Dia das Mães esse número chega a 2.000 toneladas. Além da flor campeã em vendas, espécies como orquídeas, tulipas e lírios estão entre as mais procuradas. Nas segundas e quintas também acontece a Feira de Flores sobre caminhões na PBC-F (Praça da Batata, Cebola e Flores) do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) da Ceagesp. A feira tem início às 2 horas e segue até as 14 horas.

MERCADO DE FLORES DA CEAGESP

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PRÊMIO | AUTORIA MADALENA

HONRARIA

Texto: Carlos Alberto Queiroz Fotos: Divulgação

PELA TERCEIRA VEZ, A ALFA REALTY É CONTEMPLADA COM O PRÊMIO MASTER IMOBILIÁRIO. DESSA VEZ GANHOU NA

CATEGORIA EMPREENDIMENTO COM O RESIDENCIAL AUTORIA MADALENA

PRÊMIO | AUTORIA MADALENA

DESIGN | NEW NAMES

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PRÊMIO | AUTORIA MADALENA

A lém do reconhecimento público, ser premiado é sempre uma honra e um

privilégio. E novamente a Alfa Realty foi contemplada pela ex-celência de seu trabalho com o Prêmio Master Imobiliário 2015, na categoria Empreendimento Residencial, com o Autoria Mada-lena realizado em parceria com a MDL. Nas edições anteriores da premiação – que é reconhecida como a maior do mercado imobi-liário nacional – a incorporadora já havia sido contemplada nas catego-rias Empreendimento Residencial com o edifício Île de la Cité, em 2006; e Profissional Oportunidade Estratégica, com o edifício corpo-rativo Office Garden, em 2010.

Erguido no bairro da Vila Ma-dalena, na zona oeste de São Pau-lo, o empreendimento Autoria Madalena foi concebido como um projeto único e exclusivo. “Uma verdadeira ‘obra de autor’ total-mente integrada e condizente com o ambiente de manifestações ar-tísticas que impera na Vila Mada-lena. Uma obra de arte, que, sem dúvida, logo será uma atração no bairro por causa das texturas dos detalhes de suas fachadas, pelos traços diferenciados de sua arqui-tetura, pelo acervo e mobiliário assinados na Biblioteca, instalada na área comum do edifício, ao lado do lounge social e do espaço gourmet”, informa o comunicado de apresentação do Autoria.

O desenvolvimento do projeto contou com um time de consagra-dos profissionais, com arquitetura

e arquitetura de interiores de Pa-trícia Anastassiadis; paisagismo de Marcelo Faisal; móveis assinados pelo designer Zanini de Zanine na Biblioteca, que tem uma sele-ção de 800 livros de arte feita pela editora Cosac&Naify; além de fo-tos exclusivas de Christian Cravo, com imagens da Vila Madalena, no lounge social do edifício. Ao unir esses talentos, a Alfa Realty ergueu o Autoria com uma lingua-gem contemporânea que mescla design e arquitetura.

A implantação do empreen-dimento privilegiou a privacida-de dos moradores, sem perder a vista para o bairro, além de uma completa integração com o pai-sagismo que se apoia no conceito minimalista, com projeto limpo e funcional. Um dos diferenciais que chama a atenção é a facha-da do Autoria. Feita de estruturas leves e materiais nobres, como a madeira (utilizada nos detalhes e nos painéis) e os acabamentos em concreto aparente. E a cor ver-melha que trouxe modernidade e imprimiu estilo personalizado no projeto. ”O residencial Autoria oferece aos moradores espaços in-tegrados e flexíveis, com detalhes minuciosamente pensados para integrar o edifício à efervescên-cia e vocação artística do bairro”, pontuam os incorporadores.

O Autoria conta com sete pavi-mentos e cobertura duplex em sua única torre erguida num terreno de 1.519,25 metros quadrados. Em sua composição estão 28 unida-des de apartamentos de 70 metros

Na página anterior: A integração entre o design e a arquitetura nos interiores, acima; e na Biblioteca, com mobiliário assinado pelo designer Zanini de Zanine.

Ao lado:A fachada do Autoria Madalena com estrutura leve, materiais nobres e cor.

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quadrados, com dois dormitórios (com uma suíte); 14 unidades de 56,5 metros quadrados, também com dois quartos (uma suíte) e duas unidades de cobertura duplex, ambas com 280 metros quadrados e três dormitórios (com uma suíte). Nas áreas comuns, o condomínio oferece lounge social, biblioteca, espaço gourmet e fitness.

Premiação mais importante do setor imobiliário no BrasilO Prêmio Master Imobiliário foi criado em 1994 pela FIABC-Brasil (se-ção brasileira da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias) e o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Ad-ministração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo) e tem inspiração nos conceitos e critérios do Prix d’Excellence, entregue pela FIABCI Mundial durante o seu congresso anual. Reconhecido como o maior prêmio do setor no Brasil, o Prêmio Master Imobiliário é a home-nagem que a indústria imobiliária presta a seus mestres e ao alto nível de arquitetura, engenharia, construção, desenvolvimento urbano, incorpo-ração, administração, vendas e marketing, entre outros segmentos. Além de valorizar os grandes talentos, o Prêmio tem a função de divulgar os conceitos inovadores e as experiências bem-sucedidas que possam servir de modelo para o desenvolvimento global das atividades do setor.

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“O que torna o autor reconhecidoé a excelência de sua obra.”