Contabilidade de Custos II 2015 - Aula 3.pdf

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1 1 Contabilidade de Custos II Aula 3 2 Exercícios A Indústria de Artesanato em Prata S.A. fabrica, entre outros, faqueiros de pratas com 24 peças, pesando 1,5 Kg cada um. O Custo-padrão total de um faqueiro desse tipo é assim com- posto: O faqueiro-padrão consome 1,2 Kg de prata e 0,3 Kg de metal. Em determinado mês houve uma variação no custo total desse produto. Contabilidade de Custos II Matéria-prima (prata) $ 3.000,00/Kg Matéria-prima (metal) $ 100,00/Kg 3 Verificando o que estava ocorrendo, encontraram o seguinte: Além disso, verificaram que, em vez de consumir 80% do peso em prata, estavam consumindo 82,5%, mas o peso total estava realmente sendo de 1,5Kg por faqueiro. Calcule as variações. Contabilidade de Custos II Matéria-prima (prata) $ 3.200,00/Kg Matéria-prima (metal) $ 180,00/Kg 4 Padrão de Mão-de-Obra O padrão de Mão-de-Obra é função do Salário-Padrão e do Tempo-Padrão, ou seja: Contabilidade de Custos II Custo-Padrão de M.O Padrão de Salário Tempo-Padrão

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Contabilidade de

Custos II

Aula 3

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Exercícios

A Indústria de Artesanato em Prata S.A. fabrica, entre outros,

faqueiros de pratas com 24 peças, pesando 1,5 Kg cada um.

O Custo-padrão total de um faqueiro desse tipo é assim com-

posto:

O faqueiro-padrão consome 1,2 Kg de prata e 0,3 Kg de

metal. Em determinado mês houve uma variação no custo

total desse produto.

Contabilidade de Custos II

Matéria-prima (prata) $ 3.000,00/Kg

Matéria-prima (metal) $ 100,00/Kg

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Verificando o que estava ocorrendo, encontraram o seguinte:

Além disso, verificaram que, em vez de consumir 80% do

peso em prata, estavam consumindo 82,5%, mas o peso total

estava realmente sendo de 1,5Kg por faqueiro.

Calcule as variações.

Contabilidade de Custos II

Matéria-prima (prata) $ 3.200,00/Kg

Matéria-prima (metal) $ 180,00/Kg

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Padrão de Mão-de-Obra

O padrão de Mão-de-Obra é função do Salário-Padrão e do

Tempo-Padrão, ou seja:

Contabilidade de Custos II

Custo-Padrão

de M.O

Padrão de

Salário Tempo-Padrão

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Para estabelecer os Padrões de Mão-de-Obra, o primeiro pas-

so é a escolha do melhor método de operação. Essa escolha

deve incluir:

Contabilidade de Custos II

Tempo necessário para cada operação

Estudo sobre os equipamentos

Localização

Transporte

Condições

Estabelecimento de um controle

sobre os materiais

A fim de que os operários os recebam na

quantidade e qualidade

adequadas, nos locais e horas apropriadas.

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Essas informações são dadas à Seção de Custos pela Enge-

nharia ou Fabricação.

Com base nas informações de tempo de mão-de-obra

necessário para a produção de uma unidade ou de um lote de

unidades de determinado produto, à Seção Financeira,

conhecendo as características dos operários que irão traba-

lhar no produto, estabelecerá o Salário-Padrão para cada um

dos níveis.

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O Tempo-Padrão é sempre resultante de um maior ou menor

grau de eficiência. Ao estabelecermos o Tempo-Padrão para

cada operação, devemos levar em consideração:

Qualquer paralisação obrigatória

Todos os movimentos improdutivos porém inevitáveis

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Embora procuremos a máxima eficiência, essa deve ser al-

cançada dentro das condições normais.

Para a determinação dos Padrões de Tempo, devemos consi-

derar também:

Arranjo físico da fábrica, com equipamentos modernos

para o alcance da produção máxima a custo mínimo.

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Criação de uma equipe para planejar, escolher

processos e programar com o objetivo de atender a

uma produção uniforme.

Estabelecimento de um adequado sistema de com-

pras e de armazenamento para que os materiais

sejam entregues à produção no momento próprio em

que os operários e máquinas estejam disponíveis.

Padronização das operações, instruções adequadas e

treinamento dos operários.

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Podemos estabelecer os Tempos-Padrão de M.O.D do se-

guinte modo:

Pela média das produções passadas;

Pelo estudo de tempos e movimentos de cada

operação;

Por meio de uma produção piloto;

Através de uma estimativa baseada na experiência e

no conhecimento das operações de fabricação do

produto.

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Salário-Padrão

Resulta de uma série de fenômenos que ocorrem no mercado

de trabalho, tais como:

a) Modificação nos acordos salariais;

b) Expansão ou retração econômica;

c) Mudanças estruturais na empresa;

d) Novos processos tecnológicos;

e) Automatização;

f) Etc.

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Seja qual for o regime de remuneração da mão-de-obra, é

necessário que se estabeleça o quanto de mão-de-obra con-

tém um determinado produto.

Há que se medir a mão-de-obra aplicada em cada fase, em

cada operação, com a precisão cronométrica desejada.

A soma de todas as operações em horas, mais as horas im-

produtivas, deve ser igual às horas de cartão de ponto, ele-

mento calculo da folha de pagamento.

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A mão-de-obra de um produto é, pois, a soma do tempo ope-

racional destinada a esse mesmo produto que, multiplicado

pelas taxas salariais respectivas, resulta no custo da mão-de-

obra.

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Custo de Mão-

de-Obra Direta Taxa de Salário

Tempo de

fabricação

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Variação de Mão-de-obra

As variações de Mão-de-obra podem ser de dois tipos:

O gráfico a seguir mostra como podem ser as variações de

Mão-de-obra:

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Variação de

Salário

Variação de

Eficiência

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Contabilidade de Custos II

A B

C

S.R

S.P

H.P H.R

Variação de Tempo

Variação conjunta

Variação de Salário

Padrão de Mão-de-obra

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Quando o Salário Real difere do Salário-Padrão

A variação de salário diz respeito à diferença entre aquilo que

a empresa estava prevendo pagar como salário/hora ao ope-

rário e o que realmente foi pago.

A responsabilidade pela variação de salário é da Seção que

estabeleceu os salários hora a serem pagos no período em

que a produção seria realizada.

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As variações de salário são calculadas multiplicando-se a di-

ferença entre os Salário real e o Salário-Padrão pelo Tempo-

Padrão.

Contabilidade de Custos II

Variação de

Salário SR – SP HR

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Causas das Variações de Salário

As variações de salário inicialmente explicadas pelo Departa-

mento de Pessoal, são decorrentes de três causas principais.

Contabilidade de Custos II

Causas

Alterações nos níveis

salariais

Emprego de mão-de-

obra mais cara

Produções de

emergência

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Quando o Tempo Real difere do Tempo-Padrão

As variações de eficiência diz respeito à diferença entre o tem-

po previamente estipulado para a fabricação e aquele que foi

consumido na realidade.

A responsabilidade pela variação de eficiência é da Seção de

Fabricação, que controla os operários.

Contabilidade de Custos II

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As variações de eficiência são calculadas multiplicando-se a

diferença entre os Tempo real e o Tempo-Padrão pelo Salário-

Padrão.

Contabilidade de Custos II

Variação de

Eficiência HR – HP SR

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Causas das Variações de Eficiência

As variações de Eficiência inicialmente explicadas pela Seção

de Fabricação, são decorrentes de quatro causas principais.

Contabilidade de Custos II

Causas

Transferência

de operários

Seleção de

operários Treinamento

de operários

Variações de

quantidade de

material

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Treinando...

Suponhamos que para produzir uma certa unidade seja ne-

cessário um tempo de 5 horas de mão-de-obra ao preço de

$3,00 por hora, conforme Custo-Padrão. Analisando a ficha de

produção, verificou-se que efetivamente, o tempo gasto na

fabricação desta unidade foi de 5:30 horas e que a taxa-hora

utilizada para pagamento da mão-de-obra foi de $ 3,20.

Calcular a variação.

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Padrão de CIF (Custos Indiretas de Fabricação)

A variedade qualitativa dos elementos, bem como a maior ou

menor intensidade de consumo nem sempre controlável, fa-

zem dos custos indiretos um complexo de problemas para im-

putação correta dos custos de produção.

Essa complexidade na variação das CIF torna necessário que

a Contabilidade de Custos se valha dos orçamentos (já prepa-

rados ou a serem preparados de acordo com a atividade que

se vai compreender) para a determinação de uma taxa de ab-

sorção com a qual se realiza a apropriação do terceiro ele-

mento de custo à produção que está sendo analisada.

Contabilidade de Custos II

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Calculo da taxa de absorção:

A base de volume a ser adotada é função do tipo de produto a

ser produzido e do processo de fabricação.

A título de exemplo, citamos alguns itens que podem ser utili-

zados como base de volume:

Contabilidade de Custos II

Taxa de

Absorção CIF orçadas

Base de

volume

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O padrão de CIF e suas variações são influenciados por diver-

sos fatores a saber:

Contabilidade de Custos II

ITENS

Produção estimada em unidades

Valor estimado de Matérias-primas

Valor estimado de Mão-de-obra Direta

Valor de Custo Primário

Horas estimadas de Mão-de-obra Direta

Horas estimadas de Máquinas

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Variações de CIF

As variações de CIF são de três tipos:

Contabilidade de Custos II

O CIF real

O volume

estimado de

atividade O CIF orçado

O volume real

de atividade

Variação de

orçamento

Variação de

volume Variação de

Eficiência

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Como nas variações de material e de mão-de-obra, as dife-

renças que aparecem quanto a absorção das CIF são de res-

ponsabilidade de diferentes indivíduos.

Variação de Eficiência

A variação de eficiência de CIF indica a variação de eficiência

da mão-de-obra direta, aplicada à absorção dos custos indire-

tos.

Contabilidade de Custos II

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A variação de eficiência de CIF é calculada multiplicando-se a

diferença entre o Tempo Real e o Tempo-Padrão de MOD pela

taxa de absorção das CIF.

Contabilidade de Custos II

Variação de

Eficiência HR – HP

Taxa de

absorção

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Causas das variações de Eficiência de CIF

As variações de eficiência de CIF são decorrentes das mês-

mas quatro causas atribuídas à variação de eficiência da

MOD.

Contabilidade de Custos II

Causas

Transferência

de operários

Seleção de

operários Treinamento

de operários

Variações de

quantidade de

material

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No entanto, com o objetivo de mostrar à Administração e os

Supervisores da fábrica as perdas em termos de custos indire-

tos devidas à ineficiência da mão-de-obra, é feito um relatório

pormenorizado e em separado, para as Despesas Indiretas de

Fabricação.

Variação de Volume

A variação de volume representa a variação na utilização da

capacidade fabril. Através da determinação dessa variação, é

possível evidenciar, em termos monetários, o custo da capa-

cidade não produtiva (ociosa) da fábrica.

Contabilidade de Custos II

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A variação de volume se obtém multiplicando-se a diferença

entre o Tempo Orçado e o Tempo Real de MOD pela taxa de

absorção das CIF.

Contabilidade de Custos II

Variação de

Volume HO – HR

Taxa de

absorção

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Causas das variações de Volume

As variações de capacidade de CIF são decorrentes basica-

mente das quatro causas seguintes:

Contabilidade de Custos II

Causas

Problemas de

Mão-de-obra

Falta de

material Falta pedidos

de clientes

Problemas

com o

equipamento

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Variação de Orçamento

A variação de orçamento é a diferença entre as CIF reais e as

CIF orçadas. Essa variação é basicamente da responsabilida-

de de quem preparou o orçamento.

Contabilidade de Custos II

Variação de

Orçamento CIF real CIF orçada

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Treinando...

Suponhamos que, para um determinado produto, os seguintes

Custos-Padrão, por unidade, tenham sido estabelecidos.

Contabilidade de Custos II

Matéria-prima 10 Kg a $ 30,00 $ 300,00

Mão-de-obra Direta 20 h a $ 50,00 $ 1.000,00

CIF $ 200,00

Custo-Padrão total $ 1.500,00

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Contabilidade de Custos II

Padrão de CIF variáveis $ 80,00 / unidade

Padrão de CIF fixos $ 120.000,00

Volume de produção 1.000 unidades / mês

CIF padrão total Variável $ 80,00 x 1.000 $ 80.000,00

Fixo $ 120.000,00

$ 200.000,00

CIF Padrão/unidade $ 200.000,00 / 1.000 u $ 200,00

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Ao final do período sob análise, os custos reais apurados

foram:

Calcular as variações.

Contabilidade de Custos II

Matéria-prima 10 Kg a $ 30,00 $ 300,00

Mão-de-obra Direta 25 h a $ 60,00 $ 1.500,00

CIF $ 250,00

Custo Real total $ 2.050,00

CIF totais $ 225.000,00

Volume produzido 900 unidades