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Contabilidade Básica Módulo I Parabéns por participar de um curso dos Cursos 24 Horas. Você está investindo no seu futuro! Esperamos que este seja o começo de um grande sucesso em sua carreira. Desejamos boa sorte e bom estudo! Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site www.Cursos24Horas.com.br Atenciosamente Equipe Cursos 24 Horas

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Módulo I

Parabéns por participar de um curso dos

Cursos 24 Horas.

Você está investindo no seu futuro!

Esperamos que este seja o começo de um

grande sucesso em sua carreira.

Desejamos boa sorte e bom estudo!

Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site

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Atenciosamente

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Sumário

Introdução.....................................................................................................................3

1 Unidade 1 - Abordagem Inicial .................................................................................4

1.1 – O que é Contabilidade ......................................................................................5

1.1.1. O Caduceu...................................................................................................6

1.2 – Evolução da contabilidade ................................................................................7

1.2.1. Contabilidade no Brasil ............................................................................. 11

1.3 – Objetivos da contabilidade.............................................................................. 13

1.4 – O Contabilista ................................................................................................ 15

1.4.1. Perfil ideal dos contabilistas....................................................................... 17

1.4.2. Contabilidade como Profissão.................................................................... 20

1.4.3. Funções que podem ser exercidas por contabilistas .................................... 21

1.5 Ética na Contabilidade...................................................................................... 25

1.6. Introdução ao Sistema Contábil ........................................................................ 30

1.6.1. As contas de registro.................................................................................. 30

1.6.2. Convenções para registro: Débito e Crédito ............................................... 31

1.6.3. Livro Diário Geral ..................................................................................... 31

1.6.4. Controle de contas individuais: O razão ..................................................... 32

Unidade 2 – Receitas e Despesas................................................................................. 34

2.1 – O que são receitas? ......................................................................................... 35

2.1.1. Classificação das Receitas ......................................................................... 35

2.2 – O que são despesas? ....................................................................................... 36

2.3 – O que são custos? ........................................................................................... 37

2.3.1. Diferença entre Custos e Despesas............................................................. 41

2.4 – Depreciação, amortização e exaustão.............................................................. 41

2.4.1. Depreciação............................................................................................... 41

2.4.2. Amortização .............................................................................................. 43

2.4.3. Exaustão.................................................................................................... 44

Conclusão do Módulo I............................................................................................... 46

GLOSSÁRIO – CONTABILIDADE .......................................................................... 47

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Introdução

A contabilidade exerce um papel fundamental na administração de qualquer

negócio, uma vez que oferece um banco de dados com informações preciosas para que

os gestores possam tomar decisões estratégicas para o futuro da empresa.

Neste sentido, estamos diante de uma nova etapa na área contábil. A fase

mecânica de apuração de números cedeu lugar à fase técnica e esta passou a ceder lugar

à fase da informação. O estigma de a contabilidade ser vista apenas como necessária

para o cumprimento de obrigações fiscais e determinações legais ficou, há muito tempo,

no passado.

Dentro desse princípio de atividade estratégica, podemos destacar sua

importância junto a outras áreas da empresa, compartilhando informações

indispensáveis para manutenção de um bom posicionamento no mercado. É através de

suas informações que a empresa poderá apoiar suas decisões de planejamento,

organização, coordenação e controle objetivando uma maior competitividade.

Assim, buscou-se desenvolver um curso que pudesse transmitir um pouco desse

universo e de como o mesmo afeta todo o organismo empresarial. Baseado nisso, você

vai conhecer os fundamentos da profissão, entre eles, seu objetivo, ética e

regulamentação para o seu exercício.

Abordaremos também, ao longo do curso, questões práticas como conceitos de

despesas e receitas, lançamentos contábeis, erros de escrituração e os principais

demonstrativos, necessários tanto para uma boa estratégia e um controle efetivo do

negócio, como também para o cumprimento das obrigações legais.

Bom Curso!

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1 Unidade 1 - Abordagem Inicial

Olá,

Seja bem vindo(a) à Unidade 1.

Nesta unidade você vai receber informações importantes que constituirão a base

de seus estudos.

Dentre elas, vai aprender sobre a história da contabilidade e seus objetivos, o

papel do contabilista e quais são as habilidades e competências necessárias para ter

sucesso na profissão, bem como o comportamento do mercado de trabalho em relação a

esta profissão. Verá também a importância da ética na profissão e uma breve introdução

ao sistema contábil.

Bom estudo!

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1.1 – O que é Contabilidade

Quem não conhece a função da contabilidade

dentro de uma empresa, imagina que a mesma constitui

apenas uma atividade extremamente burocrática, cujo

objetivo é o de controlar os pagamentos de tributos

governamentais e manter a empresa em dia com suas

obrigações perante as leis que regem o sistema tributário.

Porém, esta ciência, não se resume apenas a estas

atividades mecânicas.

Podemos conceituar a contabilidade como uma ciência social, assim como a

economia ou administração, que estuda, interpreta e registra os fenômenos, tanto em seu

aspecto quantitativo, quanto em seu aspecto qualitativo, que afetam o patrimônio de

uma organização.

Neste sentido, podemos afirmar que ela mensura, condensa e atesta a

veracidade de todos os dados e números relativos a tudo o que se passa na organização.

Procura fornecer aos administradores da organização, as informações necessárias para

tomadas de decisão, bem como aos proprietários do patrimônio e demais pessoas que

estejam envolvidas neste processo.

Reforçamos a importância da contabilidade como auxiliar na tomada de

decisões por administradores, uma vez que, em uma economia globalizada como a que

vivemos hoje, apenas a experiência e o feeling do administrador não são mais

suficientes para o sucesso nos negócios.

Na maioria dos casos, as organizações não podem se dar ao luxo de arriscar e

correr grandes riscos. Para evitar tal cenário, tomam decisões apoiadas em informações

contidas nos relatórios elaborados pela área de contabilidade e demais áreas afins. Tais

relatórios também são fundamentais para que a organização se relacione com outros

segmentos como:

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Investidores – Os relatórios contábeis são o melhor

caminho para o investidor decidir se investe ou não

em determinada empresa. Estes relatórios

evidenciam se a empresa tem ou não capacidade

para gerar lucros e se manter no mercado.

Fornecedores – Os fornecedores que vendem a crédito usam estes relatórios para

analisar a saúde financeira de seus compradores, afinal, está entregando seu produto

agora e deverá receber apenas em 30 ou 45 dias.

Bancos – Utilizam os relatórios para aprovar créditos e empréstimos, autorizar

financiamentos, entre outros.

Governo – Além de usar os relatórios, principalmente para arrecadar impostos, também

os usa com a finalidade de gerar dados estatísticos como os relatórios emitidos pelo

IBGE.

Sindicatos – Utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor e, com

isso, dependendo das informações, lutar com seus associados por reajustes de salários.

1.1.1. O Caduceu

O Caduceu é o símbolo dos profissionais de contabilidade.

Trata-se de um bastão, com a parte superior formada por um elmo

com duas asas, entrelaçado por duas serpentes. Segundo

especialistas, podemos definir sua origem na mitologia, onde

Mercúrio intervém com seu bastão em uma disputa entre duas

serpentes.

Os romanos utilizavam o Caduceu como símbolo de equilíbrio moral e da boa

conduta expressando-o da seguinte forma:

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O Bastão – Expressa o poder

As Serpentes – Expressam a sabedoria

As Asas – Expressam a diligência

O Elmo – Expressa os pensamentos elevados.

Ainda na mitologia, Mercúrio era filho de Zeus com uma ninfa chamada Maia e

irmão de Apolo. Por ter facilidade com permutas, desde o seu nascimento, Mercúrio

também é considerado o Deus do Comércio. Inteligente e perspicaz inventou a Lira, um

instrumento de cordas feito com o casco de uma tartaruga e presenteou seu irmão Apolo

que, em retribuição, lhe deu de presente o Caduceu.

O Caduceu era considerado um objeto mágico capaz de transformar em ouro

tudo que tocasse. Assim, pelo fato da Contabilidade ser considerada uma garantidora

da gestão eficiente de negócios e de Mercúrio ser o Deus propiciador das fortunas, é que

se escolheu esta entidade para representar o papel exercido pelos contabilistas nas

empresas.

1.2 – Evolução da contabilidade

Não podemos avançar no campo da contabilidade, sem antes compreendermos

quais são as suas raízes. Só entenderemos o presente após conhecermos suas origens.

Podemos considerar que a história da contabilidade se mistura com a própria

história da civilização, na qual surgiram as primeiras manifestações de proteção à posse

e controle de seus bens.

Desta forma, podemos resumir a evolução da ciência contábil em quatro

períodos principais:

A) Contabilidade no Mundo Antigo – Inicia-se nas primeiras civilizações e vai até

1202 d.C., com os seguintes acontecimentos:

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• A contabilidade era feita de forma empírica, mas tinha como objeto o

patrimônio representado por rebanhos e outros bens.

• Estes primeiros registros eram feitos pelo homem de forma mental, mas com a

sua evolução, encontrou foram encontradas maneiras de registrar essas

informações através de gravações e outros métodos alternativos.

• O método mais adequado neste período para exercer o controle dos bens, era a

contagem. O inventário era classificado conforme sua natureza, ou seja,

rebanhos de animais, metais, quantidade de escravos, entre outros.

• Geralmente, esse controle era realizado através da gravação ou desenho da cara

do animal que queria controlar e o número correspondente às cabeças existentes.

• Escavações realizadas em Ur, na Caldeia, encontraram provas de que há 5.000

anos antes de Cristo, existiram documentos contábeis que comprovavam o

registro de contas referentes à mão de obra e materiais.

• Com a invenção dos papiros e das penas, as informações passaram a ser

registradas diariamente, agrupando-se vários períodos, o que lembrava o diário,

balancete mensal e balanço anual.

• Os gregos, 2000 anos antes de Cristo, escrituravam Contas de custo e receitas de

forma a compará-las para poderem apurar o saldo. Da mesma forma,

aprimoraram este modelo e a estenderam às várias atividades como

administração pública, privada e bancária.

B) Contabilidade no Período Medieval – Inicia-se em 1202 e vai até 1494 com o

surgimento do “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita” de

Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, que vincula a teoria contábil do débito e do

crédito com a teoria dos números positivos e negativos. Neste período, destacamos

ainda os seguintes eventos:

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• Neste período havia uma preocupação com o estudo de técnicas matemáticas

possibilitando ao homem, um avanço nos conhecimentos comerciais e

financeiros.

• Os italianos deram uma grande

contribuição no desenvolvimento da

contabilidade, com a criação do método

de partidas dobradas, o que obrigou a

adoção de outros livros que tornassem a

contabilidade mais analítica. Surge então

o livro da contabilidade de custos.

• Foi um período marcado por grandes invenções como moinhos de vento e o

aperfeiçoamento da bússola que propiciaram a homens como Marco Polo,

explorar novos horizontes.

• Com os navegadores, o comércio exterior ganhou novos ares e como

consequência, surgiu o livro caixa que recebia os registros de recebimentos e

pagamentos em dinheiro. Nesta mesma época, inicia-se o uso do débito e

crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações.

• Neste período houve um extraordinário crescimento da contabilidade em função

do advento do capitalismo. O processo de produção gerou acúmulo de capital,

alterando completamente as relações de trabalho, ao ponto de o trabalho escravo

ceder lugar ao trabalho assalariado.

• No início do século XIV já existiam registros dos custos comerciais e industriais

em suas diversas fases como custo de aquisição, custo de transportes, tributos,

mão de obra direta, entre outros. Da mesma forma, a escrita já se fazia nos

moldes em que é realizada nos dias atuais, separando os gastos com matérias

primas, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.

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C) Contabilidade no Período Moderno – Inicia-se em 1494 e vai até 1840 com a obra

"La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" de Franscesco

Villa. Obra esta, marcante na história da Contabilidade.

• A obra “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita” de

Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, dá início à contabilidade no período

moderno. Pacioli foi um matemático, teólogo e contabilista que, apesar de não

ter criado a teoria das partidas dobradas, uma vez que o método já era utilizado

na Itália, foi o que melhor conseguiu desenvolvê-la, sistematizando a

contabilidade, abrindo precedentes para que novas obras pudessem ser escritas

sobre o assunto.

• Neste período, surge o Novo Mundo e a contabilidade tornou-se uma

ferramenta essencial para estabelecer as inúmeras riquezas que estavam por vir.

• Neste período também, a contabilidade é introduzida nos negócios privados.

Isso assegurou os interesses de credores e investidores que concediam

empréstimos e, ao mesmo tempo, foi muito útil na relação dos comerciantes com

seus clientes e empregados.

D) Contabilidade no Mundo Científico – Inicia-se em 1840 e continua até os dias

atuais.

• A obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" de

Francesco Villa é o marco inicial para esta nova fase da contabilidade.

• Neste período surgem três escolas do pensamento contábil:

- Escola Lombarda, chefiada por Francesco Villa

- Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni

- Escola Veneziana, chefiada por Fábio Bésta

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• A ciência contábil ainda era confundida com a ciência da administração e o

patrimônio, segundo postulados jurídicos, se definia como um direito.

• Na Itália, a contabilidade passa a ser lecionada na universidade com a aula de

comércio da corte.

• Francesco Villa elabora o pensamento patrimonialista, no qual entende que a

contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e

as práticas que regem o patrimônio.

• Já Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou seu mestre ao demonstrar

o elemento fundamental da conta, o valor e quase definiu o patrimônio como

apenas objeto da contabilidade.

• Quem conseguiu definir o patrimônio como objeto da contabilidade, foi

Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Besta.

• Porém, a escola europeia, preocupou-se apenas com a teoria da contabilidade,

esquecendo-se de demonstrar na prática como deveria funcionar a

contabilidade gerencial.

• A partir de 1920, destaca-se dentro da contabilidade, a escola Norte-americana.

Em função do surgimento de grandes corporações, foi necessário implementar

tanto a teoria quanto a prática da contabilidade de forma que permitisse a

correta interpretação dos números por qualquer acionista ou outro interessado

nos resultados das empresas.

1.2.1. Contabilidade no Brasil

Podemos destacar as influências contábeis

no Brasil da seguinte forma:

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• Inicialmente, o Brasil sofreu influência das escolas italianas, defendidas por

Vicenzo Mazi no qual se destacava o patrimônio. Tal influencia foi decretada

pelo rei D. João VI em 1808.

• Em 1850, o Código Comercial Brasileiro passou a obrigar a manutenção e

escrituração de livros pelos comerciantes. Desta forma, surge a necessidade de

oferecer uma disciplina que preparasse esses comerciantes para a prática do

registro contábil. Surge então, em 1863, a disciplina de Escrituração

Mercantil, no Instituto Comercial do Rio de Janeiro.

• Por volta de 1870 ocorre, por meio de decreto, a primeira regulamentação da

profissão contábil no Brasil e que passa a reconhecer a primeira profissão

liberal regulamentada no país.

• Em 1946, são criados os Conselhos Federal e Regionais de contabilidade, com o

objetivo de realizar a fiscalização do exercício da profissão.

• Em 1964 o Brasil adota o método norte-americano onde a tendência era

padronizar a contabilidade de forma a torná-la mais prática.

• Em 2004, com o objetivo de aperfeiçoar o curso superior de contabilidade, são

instituídas as diretrizes curriculares nacionais.

• Hoje, além do SPED, sigla para Sistema Público de Escrituração Digital, que

determina a transferência para o meio eletrônico de todas as obrigações

contábeis e fiscais de uma empresa, o que simplifica e padroniza muitos

processos tributários, reduz o interminável processo de preenchimento de livros

e formulários e permite um maior controle e efetivo combate a informalidade, há

uma expectativa muito grande por parte do empresariado brasileiro sobre as

possíveis alterações que o Conselho Federal de Contabilidade deseja realizar

para que todas as companhias adotem o padrão International Financial

Reporting Standard (IFRS), ou seja, todas as empresas seguirão normas

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internacionais. Para pequenas e médias empresas, isso significa alterações

significativas em seus lucros e patrimônios líquidos.

1.3 – Objetivos da contabilidade

Como vimos no tópico anterior, a contabilidade vem evoluindo ao longo dos

anos e hoje desponta como uma perfeita gestora de patrimônio, principalmente quando

se trata de catalisar informações com o objetivo de revelar sua atual situação e possíveis

fatores que possam proporcionar mutações ao referido patrimônio, fornecendo assim,

informações úteis para a tomada de decisão. Exemplificando, nos países mais

desenvolvidos, tais informações são produzidas principalmente para investidores que

desejam aplicar seu capital na entidade. Já no Brasil, o principal usuário destas

informações é o governo através de seu órgão de fiscalização, que busca erros e falta de

transparência nas informações.

Neste sentido, destacamos a posição do Conselho Federal de Contabilidade

sobre o objetivo da contabilidade:

“O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do

Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob ótica

pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca

prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica,

financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o que compreende

registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a

forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios”.

Note que o texto em questão deixa claro que a

contabilidade deve prover os usuários com informações, de

forma a possibilitar uma boa administração do patrimônio da

entidade. Isso se faz através de um sistema de informações

contábeis que, como dissemos, proverá os usuários com

demonstrações e análises de natureza econômica, financeira,

física e produtividade.

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Entendemos por informações de natureza econômica, as demonstrações do

resultado do exercício como o fluxo de receitas e despesas, o capital e o patrimônio da

entidade.

Entendemos por informações de natureza financeira, o fluxo de caixa, o

capital de giro, entre outros.

Entendemos por informações de natureza física, dos complementos aos valores

monetários como quantidades geradas de produtos e serviços, número de clientes e

empregados de uma empresa e outras que possam permitir uma inferência

(conhecimento; dedução sobre a situação da entidade) do usuário.

Entendemos por informações de natureza produtiva, a utilização mista dos

conceitos de valor (financeiros) e quantidade (físicos) como receita bruta per capita

(produto da venda de bens e serviços dividido pelo número de funcionários), depósitos

por clientes em instituição bancária (valor médio de depósito por cliente), entre outros.

Porém, para que os usuários avaliem a situação financeira e econômica da

entidade e possam realizar inferências sobre as tendências futuras, utilizando estas

informações como instrumento para a tomada de decisões, é necessário que a entidade

divulgue com clareza tais informações para uma adequada avaliação de sua situação

patrimonial. As informações que não estiverem explícitas nas demonstrações deverão

constar de notas explicativas ou quadros complementares.

Vale ressaltar ainda, a importância de se verificar se tais objetivos estão sendo

alcançados. O procedimento ideal para esta avaliação consiste em realizar uma pesquisa

periódica na qual se apura o grau de utilização destas informações por parte dos

usuários interessados. Se as informações não estiverem sendo utilizadas ou com uma

utilização apenas restrita poderão estar ocorrendo algumas interferências, como:

A) Deficiências na estrutura do modelo informativo

B) Limitações do próprio usuário

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C) Baixa credibilidade por parte dos usuários

D) Linguagem inadequada nas demonstrações contábeis.

1.4 – O Contabilista

Para se tornar um contabilista, seja um contador ou

técnico em contabilidade é preciso concluir o curso técnico

ou universitário na área. Antes de ingressar no mercado de

trabalho, este profissional deve passar por um processo

educacional com o objetivo de obter conhecimentos técnicos

para desenvolver seu trabalho com qualidade e eficiência.

As empresas não possuem mais interesse em um

profissional desprovido de estratégia e interação com as demais áreas da empresa, um

fazedor de contas, como o profissional dessa área foi considerado por muito tempo.

Desejam um profissional que utilize o raciocínio, a lógica, o planejamento e a estratégia.

Querem um profissional que, além de ético, seja completo, com formação em línguas,

agilidade com números, conhecimentos em informática, entre outros.

A profissão contábil foi regulamentada pelo Decreto-lei nº. 9.295/46, o qual

criou também o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e seus Conselhos Regionais

de Contabilidade (CRC). Por este Decreto, ficam definidas duas categorias profissionais

para o exercício da contabilidade:

A) Técnico em Contabilidade – São os contabilistas que se formam em nível médio,

ou seja, nos cursos técnicos de contabilidade.

B) Contador – São os contabilistas que se formam em nível superior, como bacharel

em Ciências Contábeis.

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Tanto um quanto o outro, só poderão exercer a profissão, se estiverem

devidamente registrados em seu Conselho Regional de Contabilidade, sob pena de

serem punidos por exercício ilegal da profissão.

Entre as prerrogativas para exercício da atividade, estes profissionais podem

exercer a profissão na condição de:

• Profissional Liberal ou Autônomo

• Empregado Celetista (registrado pelo regime da CLT)

• Servidor Público

• Sócio de qualquer tipo de sociedade

• Diretor ou Conselheiro de quaisquer entidades.

Entre as atribuições privativas dos profissionais de contabilidade, precisamos

destacar as atividades que são exclusivas dos Contadores, uma vez que, por possuírem

formação de nível superior, recebem mais responsabilidades que os técnicos.

Assim, entre as principais atribuições dos técnicos em contabilidade,

destacamos:

A) Abertura e encerramento de escritas contábeis

B) Elaboração de balancetes e demonstrações do movimento por contas ou grupos de

contas, de forma analítica ou sintética

C) Levantamento de balanços de qualquer tipo ou natureza, para quaisquer finalidades

D) Tradução, em moeda nacional, das demonstrações contábeis originalmente em

moeda estrangeira e vice-versa

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E) Integração de balanços, inclusive consolidações, também de subsidiárias do exterior

F) Elaboração de orçamentos de qualquer tipo, tais como econômicos, financeiros,

patrimoniais e de investimentos

G) Declaração de Imposto de Renda, pessoa jurídica.

Entre as atribuições dos Contadores, além das previstas para o técnico de

contabilidade, também se destacam como sua exclusividade:

A) Regulações judiciais e extrajudiciais

B) Análise de balanços

C) Auditoria interna e operacional

D) Auditoria externa independente

E) Perícias contábeis, judiciais e extrajudiciais

F) Magistério das disciplinas compreendidas na Contabilidade, em qualquer nível de

ensino, inclusive no de pós-graduação.

1.4.1. Perfil ideal dos contabilistas

Assim como na maioria das profissões, para ter sucesso em sua atividade, o

profissional precisa apresentar uma série de habilidades e competências que permita

realizar seu trabalho com qualidade e eficiência.

O contador não é apenas um controlador de dados. Atualmente não se restringe

a uma conciliação e reconciliação de contas nem a apuração e recolhimento de

impostos. É fundamental o conhecimento de um idioma estrangeiro, pois os negócios

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não se restringem a regiões e locais delimitados. Atualmente os balanços são feitos por

escriturações aceitas mundialmente.

A seguir, a título de melhor especificação, tratamos algumas características

importantes ao profissional de contabilidade:

Planejamento Profissional – O profissional contábil,

a exemplo de qualquer outra profissão não pode mais

agir ao sabor das ocorrências. Precisa ter

conhecimento das premissas de planejamento e

organizar sua atividade de forma a não ser

surpreendido ao ter que cumprir certas ações sem a devida previsão de ocorrência. Um

planejamento bem elaborado é capaz de prever até certos fatos fortuitos de forma a não

prejudicar as atividades principais e os cumprimentos de prazo.

Conhecimento Técnico – A realidade do mercado econômico exige do contador a

agilidade em reciclar seus conhecimentos e buscar novos conhecimentos que permitam

desenvolver seu trabalho com mais qualidade, sabendo que, do trabalho bem feito na

contabilidade, são identificadas as necessidades da empresa para garantia de sua

longevidade e desenvolvimento.

Educação permanente – Os profissionais devem ser capazes de aprender

continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os

profissionais devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a

sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais.

Boa comunicação – A comunicação é a área mais sensível e complexa no sucesso de

qualquer empreendimento. Ao contador não basta ter todas as informações técnicas, é

preciso exercitar o poder da comunicação sempre respeitando as adversidades,

procurando ser claro, assertivo, convincente e ter a pré-disposição de esclarecer

exaustivamente todos os envolvidos até que estes tenham entendimento das

demonstrações contábeis e financeiras que serão a base para as tomadas de decisão.

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Relacionamento interpessoal – No dia a dia convivemos com pessoas e profissionais

das mais diferentes áreas de atuação e com pessoas de nossa própria equipe com as mais

diferentes formações, níveis sociais e educacionais, com características pessoais únicas.

O profissional precisa aprender a conviver harmoniosamente com a diversidade,

respeitando as individualidades e estimulando a busca do autodesenvolvimento de

todos, visando um alinhamento de nível, o que necessariamente favorecerá a

compreensão e convivência entre os desiguais, fazendo com que a eficácia seja atingida

com menos esforço e mais naturalidade.

Marketing Pessoal – O marketing pessoal é a arte de mostrar-se naquilo que tem de

mais interessante e poderoso, sendo capaz de fazer do profissional uma personalidade

requerida nos momentos de tomada de decisão ou em situações limites da organização.

O profissional deve estar presente sempre que possível no lugar certo e no momento

certo, assim como fazer-se necessário nos momentos de atividades importantes que

demandam seus conhecimentos como reforço a ações e decisões.

Domínio de uma Língua Estrangeira – O desenvolvimento econômico traz em si a

dinâmica de diálogo entre os países. Hoje as empresas estão onde os custos são mais

favoráveis porque o que garante a sua sobrevivência, é a sua capacidade competitiva. O

profissional de contabilidade está sendo obrigado a ter expertise em processos

importados de países mais avançados, compondo as informações de modo que possam

ser lidas e interpretadas em qualquer lugar do planeta.

Equilíbrio Emocional – Um ambiente equilibrado é a base para a sustentação e

desenvolvimento de qualquer atividade, assim como o inverso é passo seguro para o

insucesso. O profissional de contabilidade, seja como líder ou membro de uma equipe

ou exercendo altos níveis de responsabilidade, deve estar convencido de que o

equilíbrio emocional é fator essencial para a condução de um bom planejamento,

harmonização de decisões e operacionalização das atividades.

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Conhecimento de Informática – A área de contabilidade nos

dias atuais deve interagir de forma dinâmica com a área de

tecnologia da empresa, uma vez que as exigências legais para a

prestação de informações de forma eletrônica crescem a cada

ano. Ainda, internamente, deve o profissional ser capaz de

conciliar e trabalhar com os registros contábeis, gerando

relatórios diversos, de acordo com as necessidades da

administração da empresa e demais áreas relacionadas.

Pró-atividade – Pró-atividade, em outras palavras, é estar à frente. Deve o profissional

trabalhar com conjunto com as áreas de negócios da empresa, sempre buscando

alternativas legais e viáveis para que as operações comerciais a serem realizadas sejam

sempre as mais rentáveis para a empresa, clientes e fornecedores . Flexibilidade – Ser

flexível é estar preparado para mudanças. As situações de relacionamento, participação

em decisões, condução e administração de novas situações, exigem do profissional estar

sempre disposto a inovar e criar facilidades para o seu dia a dia e dos que permeiam o

seu espaço de atuação.

“Aqueles profissionais que, hoje, ainda ficam presos ao passado e só conhecem, exclusivamente, a

contabilidade, em termos de partidas dobradas, debitando e creditando sem agregar nenhum valor

à empresa, estarão com seus dias condenados.” (José Paulo Cosenza – RBC – p. 61)

1.4.2. Contabilidade como Profissão

Podemos afirmar que, onde existir

movimentação financeira e patrimônio, haverá um

contador. Da mesma forma, podemos concluir que,

tanto um pequeno bazar como uma multinacional,

precisará sempre contar com um profissional de

contabilidade, interno ou externo.

Como dissemos, o campo de atuação desses profissionais é muito amplo,

podendo atuar em empresas, escritórios próprios, grupos com finalidades não lucrativas,

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como o terceiro setor, ou mesmo com pessoas de direito público, através de contratação

pelo regime CLT ou de forma autônoma.

Em pesquisa recente, o Conselho Federal de Contabilidade apurou que

existem cerca de 350.000 profissionais contabilistas, ou seja, entre contadores e técnicos

de contabilidade e aproximadamente 70.000 empresas de serviços contábeis. Além dos

órgãos representativos como CFC e seus CRC´s, sua estrutura abrange ainda uma

federação nacional de empresas de serviços contábeis e diversos sindicatos de

contabilistas e empresas de serviços contábeis.

Estima-se ainda que haja 60 empresas para cada contabilista, podendo ser

considerada a profissão com o maior índice de empregabilidade no país. Porém, isto não

significa que basta ter o registro de técnico ou contador em mãos para conseguir um

emprego e ter sucesso na profissão.

É preciso trabalhar com dedicação, seriedade e ética, acompanhando as

mudanças que ocorrem com a globalização, de forma a não ser atropelado pelas

inovações tecnológicas, pois, os famosos Darfistas, aqueles que apenas preenchem

guias para pagamentos de impostos, estão fadados a desaparecerem do mercado.

1.4.3. Funções que podem ser exercidas por contabilistas

A contabilidade está entre as áreas que mais oferecem oportunidades no

mercado de trabalho. O profissional pode exercer várias funções e atividades em

diversos setores da economia como empresas, órgãos públicos, no ensino ou mesmo de

forma autônoma. Veremos a seguir algumas alternativas disponíveis para estes

profissionais:

A) Funções de contabilidade que podem ser exercidas em Empresas

Planejador Tributário – Este profissional visa estruturar e orientar a área financeira

sobre seus processos tributários de forma a trazer os melhores resultados para a empresa

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no que tange a redução da carga tributária. Costuma agir, da mesma forma, em situações

como fusões, incorporações e cisões entre empresas.

Analista Financeiro – Utilizando-se de relatórios contábeis, o analista financeiro vai

avaliar a situação econômico-financeira da empresa com o objetivo de atender diversas

finalidades, entre elas, a concessão de crédito, investimentos e desempenho.

Contador Geral – Deve estar presente em todas as empresas, uma vez que é

obrigatório para fins fiscais. Este profissional vai fornecer todas as informações que

forem necessárias para seus usuários. Pode especializar-se em vários segmentos da

contabilidade como contabilidade bancária (aplicada aos bancos), contabilidade

comercial (aplicada ao comércio), contabilidade industrial (aplicada às indústrias), entre

outras.

Cargos Administrativos – O contador poderá exercer também cargos administrativos

como assessoria, postos de chefia e gerência, inclusive cargos de diretoria. Possuem tal

desenvoltura, pois, no exercício de suas funções, costumam entrar em contato com

todos os setores da empresa.

Auditor Interno – É o profissional, contratado pela empresa, que realiza auditorias em

diversas áreas como auditoria de sistemas, auditoria de gestão, entre outras.

Contador de Custos – Este profissional realiza cálculos e interpretações dos custos dos

bens fabricados ou comercializados, ou dos serviços prestados pela empresa.

Contador Gerencial – Procura suprir os gerentes com informações suficientes para

realizarem tomadas de decisão. Conhecido também como Controller, diferencia-se dos

outros modelos de contabilidade por não se prender a princípios tradicionais.

Geralmente é responsável pela controladoria, contabilidade internacional, balanço

social, accountability, entre outros.

Atuário – É o profissional especializado em previdência privada, previdência social e

seguros.

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B) Funções de contabilidade que podem ser exercidas em Órgãos Públicos

Contador Público – Auxilia no gerenciamento das finanças públicas

.

Agente Fiscal de Rendas – Exerce a fiscalização direta dos tributos estaduais e as

funções relacionadas com a coordenadoria, direção, chefia, assessoramento, assistência,

planejamento de ação fiscal, consultoria e orientação tributária, representação e

participação junto a órgãos julgadores, bem como outras atividades ou funções que

venham a ser criadas.

Concursos Públicos – Pode prestar concurso para diversas funções como controlador

de arrecadação, contador do Ministério Público da União, Banco Central, entre outros.

Tribunal de Contas – Neste órgão público, o contador está apto para exercer as

funções de controladoria, fiscalização, analista contábil, auditoria pública e

contabilidade orçamentária.

Oficial Contador – Pode ingressar nas forças armadas podendo alcançar a patente de

general de divisão através dos cargos de contador e auditor.

C) Funções de contabilidade que podem ser exercidas no Ensino

Professor – Pode desenvolver tanto a carreira

acadêmica quanto aulas para cursos técnicos,

treinamentos, entre outros. Pode exercer o

magistério para o 2º. Grau ou para faculdades, neste

caso, desde que tenha pós-graduação. Não se

restringe apenas à área contábil, podendo ministrar

aulas para os cursos de Ciências Econômicas, Administração, Direito, entre outros.

Pesquisador – Este é um campo pouco explorado no Brasil e que possui um amplo

espaço para desenvolvimento. O profissional pode realizar pesquisas para sindicatos,

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instituições de ensino, órgãos de classes ou mesmo em Fundações de Pesquisa como a

Fipecafi, FIA ou FIPE, por exemplo.

Escritor – Neste segmento, há muitos meios para o profissional de contabilidade

desenvolver seu trabalho. Existem boletins que remuneram escritores contábeis, pode

atuar desenvolvendo livros técnicos e didáticos sobre o assunto, escrevendo colunas

sobre contabilidade para revistas e jornais ou mesmo trabalhando como revisor de livros

de outros autores.

Parecerista – Para ingressar neste segmento, o profissional deve ser um docente e

pesquisador com um currículo notável. Vai desenvolver pareceres sobre laudos

periciais, causas judiciais envolvendo empresas, questões contábeis, entre outros.

Conferencista – O contabilista conferencista realiza palestras em universidades,

empresas, órgãos de classes, convenções, entre outros. Para tanto, o profissional precisa

ter uma boa oratória e se expressar de forma clara.

D) Funções de contabilidade que podem ser exercidas de forma Autônoma

Auditor Independente – Trata-se de um profissional liberal que realiza trabalhos de

auditoria em empresas. Ou seja, apesar de trabalhar dentro das empresas, não está

vinculado a elas.

Consultor – É o profissional que oferece assistência ou consultoria às empresas, em

assuntos como avaliação de empresas, tributos, comércio exterior, controladoria e

demais assuntos relacionados com a sua área de atuação. Assim como o auditor externo,

pode desenvolver seu trabalho dentro das empresas, mas de forma autônoma, sem

vínculo empregatício.

Empresário Contábil – É o profissional que abre seu próprio negócio para prestar

serviços a outras empresas. Pode montar um escritório de contabilidade, despachante,

centros de treinamento e desenvolvimento, entre outros.

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Perito Contábil – É o profissional que se coloca à disposição da justiça para ajudar a

analisar registros contábeis de disputas judiciais.

Investigador de Fraudes – É o profissional contratado geralmente por investidores e

empresas que negociam fusões e incorporações, para descobrir informações que foram

ocultadas ou fraudadas. É comum serem contratados semestralmente por empresas

sediadas nos EUA ou Europa para investigar suas filiais no Brasil.

1.5 Ética na Contabilidade

A origem da palavra “ética” vem do grego “éthos” e significa, de forma análoga,

modo de ser ou caráter, como forma de vida também adquirida ou conquistada pelo

homem.

Segundo o Dicionário Aurélio, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que

se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do

mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto".

De forma mais clara, ética é um conjunto de valores morais e princípios que

norteiam a conduta humana na sociedade e devem ser analisados conforme a cultura,

crenças, ideologias e tradições de cada sociedade. O mais importante neste conceito é

que a ética deve ser usada na busca do equilíbrio e do bom funcionamento social. Neste

sentido, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o

sentimento de justiça social.

Neste sentido, podemos definir o conceito de Ética

Profissional como uma série de normas com direitos e

deveres que devem incutir no profissional hábitos para

viver harmonicamente com seus colegas de trabalho. As

empresas devem apresentar com clareza suas regras

morais, ou seja, princípios básicos de conduta que devem

nortear seus relacionamentos. Assim, este regramento para

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o profissional de contabilidade está pautado no Código de Ética da Profissão onde

estão inseridos os problemas específicos da profissão e as maneiras de resolvê-los de

forma clara e idônea.

De forma ampla e resumida, este Código de Ética estabelece alguns preceitos

principais, os quais são destacados a seguir:

São DIREITOS e DEVERES dos profissionais de contabilidade:

A) Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, resguardando os interesses de

seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência

profissionais.

B) Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito,

ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes.

C) Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado,

eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular

consulta ou lhe confiar trabalho.

D) Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso.

E) Renunciar às funções que exerce, caso haja falta de confiança por parte do cliente ou

empregador.

F) Caso seja substituído em suas funções, informar o substituto sobre fatos que devam

chegar ao conhecimento dele, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a

serem exercidas.

G) Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da

profissão.

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É VEDADO aos profissionais de contabilidade:

A) Anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte

na diminuição de colega, da Organização Contábil ou da classe.

B) Assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral

ou desprestígio para a classe.

C) Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra

exclusivamente de sua prática lícita.

D) Assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua

orientação, supervisão e fiscalização.

E) Exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu

exercício aos não habilitados ou impedidos.

F) Concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou

praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção.

G) Solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para

aplicação ilícita.

H) Prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade

profissional.

I) Recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas.

J) Reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua

guarda.

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L) Aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra

os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo

Conselho Federal de Contabilidade.

M) Exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas.

N) Iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou terceiros, alterando ou

deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou

elaborando peças contábeis inidôneas.

O) Publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha

participado.

Quando se tratar de contador nas funções de perito, assistente técnico, auditor ou

árbitro, deverá:

A) Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da

especialização requerida.

B) Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de

perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo

laudo.

C) Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os

direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver

servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos.

D) Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a sua

apreciação.

E) Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer

efeito sobre peças contábeis, objeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II

do art. 2º do próprio Código de Ética.

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F) Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e

munido de documentos.

G) Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos

Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC.

H) Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis

observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas

pelo Conselho Federal de Contabilidade.

I) Atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal

de Contabilidade no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado,

papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a

execução do seu trabalho.

São OBRIGAÇÕES do profissional de contabilidade em relação aos colegas de

profissão:

A) Abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras.

B) Jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas,

que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios.

C) Evitar desentendimentos com o colega a que vier substituir no exercício profissional.

São OBRIGAÇÕES do profissional de contabilidade em relação à sua classe

profissional:

A) Zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de

suas instituições.

B) Acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários

profissionais.

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C) Zelar pelo cumprimento deste Código.

D) Não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil.

E) Jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício

próprio ou para proveito pessoal.

1.6. Introdução ao Sistema Contábil

Para você ter acesso à parte operacional da contabilidade é de fundamental

importância receber algumas informações que o ajudarão a compreender melhor as

operações e conceitos que estão por vir ao longo do curso.

Assim, neste tópico, veremos de forma sucinta algumas informações que

deverão ser usadas durante as próximas unidades.

1.6.1. As contas de registro

Da mesma forma que você abre uma conta em

um banco para realizar movimentações financeiras e

este cuida para que todas as transações ocorridas sejam

processadas, as empresas também utilizam contas para

registrar tudo o que acontece financeiramente na

empresa.

Geralmente, o nome da conta indica o tipo de transação que a empresa realizou

ou vai realizar. Assim, a conta que registra todas as entradas e saídas de dinheiro é

chamada de “caixa”; da mesma forma, os bens adquiridos pela empresa, como móveis,

costumam ser registrados em uma conta chamada “móveis”. No mesmo sentido, as

obrigações da empresa são registradas em contas chamadas “contas a pagar” ou

“empréstimos a pagar”, entre outros. Deve indicar também se a conta é ativo, passivo

exigível ou patrimônio líquido, como será visto adiante.

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Guia de registro: Os lançamentos

Os lançamentos são os guias utilizados para realizar o registro de uma transação

em uma conta, ou seja, os lançamentos consistem na inserção das informações

propriamente ditas nos registros adequados. Utilizando ainda o exemplo do banco, um

depósito realizado, será lançado pelo banco em sua conta.

Estes lançamentos são resumidos nas fichas de lançamento, que indicam as

contas que sofrerão as alterações, o valor destas, bem como um breve histórico da

transação.

1.6.2. Convenções para registro: Débito e Crédito

Para indicar o aumento ou a diminuição do ativo, passivo exigível ou patrimônio

líquido, são usadas as palavras “débito” e “crédito”. Esses termos foram

convencionados de forma a parametrizar as operações contábeis.

Desta forma, com o que aprendemos até aqui, podemos concluir que: as

transações são registradas nas contas, através de lançamentos de débito e crédito.

1.6.3. Livro Diário Geral

O registro oficial das transações de uma empresa é realizado em um livro

chamado Livro Diário Geral.

As informações básicas que este livro deve registrar são:

A) Data da transação

B) Nome das contas que estão sendo debitadas e creditadas

C) Valor dos débitos e créditos em cada conta

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D) Histórico resumido da transação

1.6.4. Controle de contas individuais: O razão

O razão representa um sistema pelo qual se controla a movimentação ocorrida

individualmente em cada conta. A sua escrituração pode ser realizada através de um

livro ou pela utilização de fichas.

Ressaltamos ainda que a diferença para o livro diário geral está no fato deste ser

utilizado para registrar as transações em todas as contas, enquanto que o razão

demonstra os registros efetuados em cada conta individualmente.

As informações básicas que o razão deve registrar são:

A) Nome da conta que está sendo representada

B) Data da transação

C) Histórico resumido da transação

D) Colunas para débitos e créditos, com o registro dos valores representativos de cada

transação e uma coluna de saldo para demonstrar a diferença entre os totais de débito e

crédito

E) Coluna para indicar se o saldo da conta é credor ou devedor.

CHEGAMOS AO FIM DA UNIDADE 1! NESTA UNIDADE VOCÊ APRENDEU

QUE:

• A contabilidade é uma ciência social que estuda os fenômenos quantitativos e

qualitativos que afetam o patrimônio de uma organização. Ela atesta a

veracidade de dados e números ligados a tudo o que se passa na organização.

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Com isso, os administradores têm as informações necessárias para tomar

decisões e obter o sucesso da organização.

• A história da contabilidade pode ser dividida em 4 períodos: Mundo Antigo,

Período Medieval, Período Moderno e Cientificismo.

• No Brasil, a contabilidade adotou o método norte-americano e foram criados os

Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade para regulamentar a mesma.

• As informações fornecidas pela Contabilidade podem ser de natureza

econômica, financeira, física e produtiva.

• As informações transmitidas pela contabilidade devem ter clareza. Os principais

fatores que prejudicam a sua utilização são: deficiências na estrutura do modelo

informativo, limitações do próprio usuário, baixa credibilidade por parte dos

usuários e linguagem inadequada nas demonstrações contábeis.

• Existem duas categorias de profissionais da contabilidade: o técnico e o

contador, sendo que cada uma delas possuem diferentes atribuições.

• As principais competências e habilidades do profissional de contabilidade

devem ser: planejamento pessoal, conhecimento técnico, educação permanente,

boa comunicação, marketing pessoal, conhecimento de informática, domínio de

uma língua estrangeira, pró-atividade e flexibilidade.

• O profissional desta área deve seguir o Código de Ética da Profissão de

Contabilidade.

• São conceitos básicos para entender as operações da contabilidade: contas de

registro, guia de registro, convenções para registro, livro diário e o razão.

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Unidade 2 – Receitas e Despesas

Bem vindo à unidade 2!

Nesta unidade você vai receber informações importantes que serão fundamentais

para a continuidade do curso, dentre os quais destacamos os conceitos de receitas,

despesas e custos.

Verá também, os conceitos de depreciação, amortização e exaustão.

Bom estudo!

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2.1 – O que são receitas?

Considera-se receita de uma empresa o dinheiro que a mesma recebe ou tem

direito a receber, proveniente de operações realizadas

por ela. Normalmente, esses valores correspondem à

venda de bens ou serviços oferecidos por esta

empresa.

2.1.1. Classificação das Receitas

As receitas classificam-se em operacionais e não operacionais.

As receitas operacionais são aquelas geradas pelo objeto de venda da empresa e

classificam-se em:

A) Receita da Atividade Principal – Trata-se da receita advinda da atividade principal

da empresa como a venda de produtos, mercadorias ou serviços.

B) Receita Complementar – São rendimentos complementares gerados pela atividade

principal, compostos basicamente de receitas financeiras como rendimentos, alugueis,

juros, entre outros. Contabilmente, esse grupo se classifica em “outras receitas

operacionais”.

As receitas não operacionais são valores provenientes, de forma atípica ou

extraordinária, de outras fontes, diferentes da atividade principal ou complementar da

empresa, como a venda de um imóvel integrante do patrimônio da empresa. São elas:

A) Receitas do Exercício – São receitas ganhas nesse período, não importando se

tenham sido recebidas ou não.

B) Receitas a Receber – São receitas ganhas dentro do período contábil, mas que ainda

não foram recebidas.

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C) Receitas Diferidas – São receitas representadas por recebimentos adiantados que

vão gerar um passivo para uma prestação de serviços futuros ou entrega posterior do

bem.

2.2 – O que são despesas?

Consideram-se despesas os gastos necessários para manter e administrar uma

empresa, de forma a permitir o desenvolvimento de suas operações. De forma mais

simples, são todos os gastos para vender produtos ou serviços, administrar o negócio e

financiar as operações.

Como exemplo de despesas, podemos destacar:

- Salários dos empregados

- Aluguel de salas

- Gastos com material de limpeza

- Gastos com material de escritório

- Juros sobre empréstimos

- Comissões de vendedores

É importante deixar claro que despesa não é simplesmente desembolso de

dinheiro. O desembolso significa entregar dinheiro a uma determinada pessoa, por um

determinado motivo. Comprar um bem à vista, significa desembolso, mas não despesa,

senão vejamos: quando compra um veículo, a empresa passa a ter um bem, que

representa um ativo, sendo que a gasolina utilizada para fazer esse veículo rodar,

significa uma despesa.

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Neste sentido, concluímos que se o desembolso gerar um aumento no ativo, tal

como ocorre com a aquisição do veículo, ou uma redução no passivo exigível, não será

uma despesa. Não sendo este o caso, o desembolso torna-se despesa.

As despesas operacionais dividem-se em grupos, os quais destacamos:

A) Despesas com Vendas: São todos os gastos relacionados com as vendas de produtos

ou serviços. Constituem-se em comissões sobre vendas, propaganda e publicidade,

marketing, aluguéis de veículos, provisão para devedores duvidosos, entre outros.

B) Despesas Administrativas: São os gastos necessários para realizar a administração

da empresa. Neste caso, estas despesas constituem-se em folha de pagamento do

pessoal, material de expediente, seguros, combustíveis, manutenção de veículos,

assinatura de jornais, depreciação de equipamentos, entre outros.

C) Despesas Financeiras: São as remunerações aos capitais de terceiros, tais como

juros pagos, comissões bancárias, correção monetária pré-fixada, descontos concedidos,

juros de mora pagos, entre outros.

2.3 – O que são custos?

De forma direta, podemos conceituar “custos”

como desembolsos financeiros necessários para a

fabricação ou revenda de produtos e prestação de

serviços. Ou seja, são os gastos que a empresa realiza

com o objetivo de colocar seu produto no mercado, a

disposição de seus clientes, fabricando-o ou apenas

revendendo-o, ou de prestar seu serviço oferecido com

qualidade.

É importante ressaltar que o conceito de custo está relacionado diretamente com

o processo produtivo e, qualquer gasto que não esteja relacionado com a produção, não

deve ser considerado custo, mas sim despesa. Essa distinção será vista mais adiante.

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Os custos podem ser apurados da seguinte forma:

Custos Diretos – São os custos que podem ser identificados e ligados diretamente a

cada serviço ou produto a ser custeado, ou seja, tem parcelas definidas para cada

unidade ou lote produzido. Os custos diretos não necessitam de rateio para serem

atribuídos ao objeto custeado ou ainda, são os custos incluídos diretamente no cálculo

do produto.

Exemplos:

- Mão de obra direta

- Matéria prima usada na fabricação do produto.

Custos Indiretos – São os custos que dependem da adoção de algum critério de rateio.

Trata-se de um custo comum a diferentes tipos de bens, sem que se possa separar ou

identificar especificamente a parcela referente a cada um deles, no momento de sua

ocorrência.

Exemplos:

- Mão de obra indireta, representada pelos empregados de departamentos

auxiliares, como o de controle de qualidade, e que não pode ser mensurável em nenhum

produto ou serviço executado.

- Materiais indiretos utilizados nas atividades auxiliares de produção como

graxas, lixas e lubrificantes, entre outros.

- Outros custos indiretos: são os custos necessários para a manutenção do setor

fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de

equipamentos e outros.

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Custos Fixos – São os custos que não sofrem alteração de valor em relação ao aumento

ou diminuição da produção. Produzindo ou vendendo, seja em que quantidade for, os

custos fixos existirão e serão os mesmos.

Exemplos:

- Limpeza e Conservação

- Aluguéis de Equipamentos e Instalações

- Salários da Administração

Custos Variáveis – Como o próprio nome já diz, são os custos que variam de acordo

com o volume de produção ou atividade. Seus valores dependerão do volume produzido

ou vendido num determinado período.

Exemplos:

- Matérias-Primas

- Comissões de Vendas

- Insumos produtivos (Água, Energia)

- Embalagens

- Frete de entrega

- Impostos diretos de vendas

A seguir destacamos outros custos que são menos usuais, mas nem por isso,

menos importantes:

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Custos Comuns

São os custos originados em dois ou mais departamentos ou

fases de produção onde não se pode determinar qual parcela

do custo corresponde exatamente a cada departamento ou fase

de produção.

Custos Funcionais

São os custos identificados com as diferentes funções da

empresa e se originam da utilização de Custeio por

Responsabilidade. São os custos demonstrados após o Lucro

Bruto Operacional na Demonstração de Resultados do

Exercício.

Custos Estimados São custos predeterminados destinados a solucionar problemas

de controle e planejamento ou situações especiais.

Custo Primário Representado pela soma do custo de mão de obra direta e de

material direto ou matéria-prima.

Custo de

Transformação ou

Conversão

É o custo total do processo produtivo e é representado pela

soma da mão de obra direta com os custos indiretos e

representa o custo de transformação da matéria-prima em

produto acabado.

Custo de

Fabricação ou de

Produção

Corresponde a expressão Custo Fabril+Estoque Inicial de

Produtos em Processo-Estoque Final de Produtos em

Processo, e representa o valor da produção de determinado

período.

Custo

Oportunidade

É o valor do benefício que se deixa de receber, quando em um

processo de decisão, se opta por determinado investimento em

detrimento de outro, sendo os benefícios das alternativas

rejeitadas o custo oportunidade da alternativa escolhida.

Custo Marginal

Conceito de custo ligado à Economia que significa a parcela

de acréscimo no custo total por cada unidade adicional

produzida.

Fonte: http://pt.shvoong.com/exact-sciences/1669381-custos/

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2.3.1. Diferença entre Custos e Despesas

Muitas pessoas ainda confundem custos com despesas. Apesar de os dois tipos

gerarem desembolsos financeiros, não podem ser considerados como similares dentro

do sistema contábil.

De forma geral, o custo representa um desembolso destinado a atender uma

necessidade da atividade-fim, ou seja, todos os gastos relativos ao processo de

produção ou fabricação. Já as despesas representam a atividade-meio, ou seja, são

gastos relativos à administração do negócio e não geram nenhuma receita para a

empresa.

2.4 – Depreciação, amortização e exaustão

Estes três temas são de fundamental importância para o entendimento da

contabilidade e entendemos estar relacionados aos conceitos de despesa. Por esse

motivo, vamos destacá-los nesta unidade.

2.4.1. Depreciação

Trata-se da perda de valor que os bens imobilizados sofrem ao longo do tempo,

por força de seu uso. Pode ser conceituado como a diminuição do valor dos bens

corpóreos que integram o ativo permanente de uma empresa, em decorrência de

desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

Tal depreciação pode ser computada como custo ou despesa. Quando a

depreciação ocorre em bens utilizados na produção, será computado como custo e,

quando ocorre com os demais bens do patrimônio, será computado como despesa

operacional.

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A depreciação ocorre em um determinado lapso temporal estabelecido pela

legislação, ou seja, há uma regra legal para que a empresa deprecie um bem e efetue o

lançamento desta despesa.

Segue abaixo uma relação de bens que podem ser depreciáveis:

- Edifícios e construções (a partir da conclusão e início de utilização, o valor da

edificação deve ser destacado do valor do terreno).

- Bens móveis e imóveis utilizados no desempenho de atividades de contabilidade.

- Os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração.

- Os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em estabelecimento

da empresa.

- Os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine

simples ou utilitários utilizados no transporte de

mercadorias e produtos adquiridos para revenda de

matéria-prima, produtos intermediários e de embalagem

aplicados à produção.

- Os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine

simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizadas pelos cobradores,

compradores e vendedores, nas atividades de cobrança, compra e venda, bem como os

utilizados nas entregas de mercadorias.

- Os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados.

Apenas para elucidar, destacamos também uma relação de bens não

depreciáveis:

- Terrenos, salvo em relação a melhoramentos ou construções.

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- Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos

seus rendimentos ou destinados à revenda.

- Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como as obras de arte ou

antiguidades.

- Bens para os quais sejam registradas cotas de exaustão.

2.4.2. Amortização

A Amortização pode ser conceituada como uma eliminação gradual e periódica

do ativo de uma empresa. Ou seja, é a recuperação contábil:

A) Do capital aplicado na aquisição de bens e direitos classificados no ativo

imobilizado, cuja existência ou exercício tenha duração limitada ou cuja utilização pelo

contribuinte tenha o prazo limitado por lei ou contrato.

Ressalta-se ainda que, neste caso, só haverá esta recuperação caso não haja hipóteses

que permitam indenizações como:

- Bens intangíveis ou direitos de uso

- Investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de

serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao final do prazo de concessão.

- Direitos autorais, licenças, autorizações para exploração de determinada atividade

econômica, concessões para exploração de serviços públicos, bem como o custo de

aquisição, prorrogação ou modificação de contratos de qualquer natureza, inclusive de

exploração de fundos de comércio.

- Custo das construções e benfeitorias em bens locados, arrendados ou cedidos por

terceiros.

- O valor dos direitos contratuais de exploração de florestas.

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B) Dos custos, encargos ou despesas, registrados no ativo diferido, que contribuirão

para a formação do resultado de mais de um período de apuração. Como exemplo,

destacamos despesas pré-operacionais e despesas com pesquisas e desenvolvimento de

novos produtos.

A principal distinção entre esses dois encargos é que, enquanto a

depreciação incide sobre os bens físicos de propriedade do próprio

contribuinte, a amortização relaciona-se com a diminuição de valor dos

direitos (ou despesas diferidas) com prazo limitado (legal ou

contratualmente).

2.4.3. Exaustão

Exaustão é a perda de valor de imobilizações suscetíveis de exploração que se

esgotam ao longo do tempo. Como exemplo, destacamos as reservas vegetais e

minerais.

A diferença entre depreciação e exaustão está no fato da depreciação

causar a perda de valor pelo uso enquanto que a exaustão causa a perda de

valor pela exploração.

CHEGAMOS AO FIM DA UNIDADE 2! NESTA UNIDADE VOCÊ APRENDEU:

• Como são definidas as receitas, as despesas, os custos, a amortização, a

depreciação e a exaustão.

• Que as receitas podem ser operacionais e não operacionais.

• Que as despesas representam as atividades-meio da empresa.

• Que os custos representam as atividades-fim da empresa.

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• Que a exaustão e a depreciação são diferentes porque a primeira diz respeito às

perdas causadas pela exploração e, a segunda, diz respeito às perdas causadas

pelo tempo de uso e desgaste.

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Conclusão do Módulo I

Chegamos ao fim do Módulo I!

Para continuar com o curso você deve, quando se sentir preparado(a) fazer a

avaliação referente a este módulo. Após a avaliação você terá acesso aos materiais

referentes ao Módulo II!

Boa Sorte!

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GLOSSÁRIO – CONTABILIDADE

A

Ágio – Diferença entre o valor de mercado de um título e seu valor nominal.

Alíquota - Percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para o

cálculo do valor de um tributo.

Amortização – Redução de uma dívida mediante pagamento parcelado.

Analogia – Comparação.

Aportado – Chegado ao porto ou qualquer lugar.

C

Capital – Patrimônio de uma empresa, que se constitui de, ou pode ser convertido em,

dinheiro.

Catalisar – Modificar a velocidade de um processo.

CFC – Conselho Federal de Contabilidade

Controller – Cargo relacionado a um administrador financeiro.

CRC – Conselho Regional de Contabilidade

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D

Debênture – Título de crédito ao portador, emitido por uma empresa em troca de

empréstimo a juros e amortizável a longo prazo, cuja garantia é o valor do patrimônio e

a confiabilidade (e não itens ou bens especificados).

Deturpar – Estragar; corromper; tornar feio.

Diferido – Diz-se de despesa ou renda cujo pagamento anual começa no final de um

determinado prazo.

Dividendos – Parte do lucro de uma empresa ou sociedade que cabe a cada um dos

acionistas ou sócio.

Duplicatas – Título de crédito que obriga o comprador a pagar, em data preestabelecida,

a quantia correspondente ao valor da mercadoria adquirida.

E

Elmo – Peça de armadura para a cabeça; espécie de capacete.

Elucidar – Esclarecer; explicar.

Empirismo – Pessoa que trabalha apenas com a experiência, sem uma formação técnica.

Estigma – Visão negativa e muito arraigada, numa sociedade, a respeito de determinada

prática ou comportamento.

Estorno – Ação ou resultado de estornar, de corrigir crédito ou débito lançado

indevidamente em conta.

Exaustão – Consumo completo de um recurso.

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F

Feeling – Pode ser considerado um sentimento sobre determinada situação.

I

Incorpóreo – imateriais.

Inidôneas – Que não são próprias, adequadas ou aptas para alguma coisa.

Intangível – Diz-se de bens que não têm existência física

IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.

IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física

ISS – Imposto sobre serviço de qualquer natureza.

ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis.

L

Liquidez – é um conceito econômico que considera da facilidade com que um ativo

pode ser convertido em um meio de troca da economia, ou seja, é a facilidade em que

ele pode ser revertido em dinheiro.

M

Majorar – Aumentar, elevar.

Mensuráveis – Que podem ser medidos.

Mercúrio – Deus grego que era um mensageiro e deus da venda, do lucro, do comércio.

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Método – Conjunto de meios ou procedimentos racionais para atingir um objetivo.

Mitologia – Conjunto dos mitos de uma área do conhecimento, uma doutrina, uma

atividade, um tema.

Montante – Que se eleva; que sobe.

Mutação – Ação ou resultado de mudar(-se), transformar(-se);

P

Parametrizar – Criar parâmetros.

Periodicidade – Que se repete em intervalos regulares ou apresenta sintomas/fenômenos

em horas/dias certos.

Permutas - Trocas

Privativo – Peculiar; próprio; exclusivo.

Promissórias – Título de crédito no qual uma pessoa (devedor) assume que deve a outra

(beneficiário ou favorecido) certa quantia e que lhe pagará em determinado dia.

Provisão – Reserva em dinheiro ou outros valores.

R

Rateio – Distribuição proporcional de lucros ou bens, prejuízos ou despesas.

Ressalva – Qualquer observação por escrito com o fito de corrigir ou emendar algo ou

para validar o que anteriormente se registrou.

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T

Tempestividade – oportunidade.

Tributo – Imposto de caráter geral e obrigatório.