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Escola de Engenharia Depto. de Engenharia de Materiais e Construção Entidade Interveniente: Fundação Christiano Ottoni CONSULTORIA TÉCNICA INTERESSADO: Tribunal de Justiça de Minas Gerais. OBRA: Fórum de Uberaba – MG CONTEÚDO: . Projeto de fachada e pisos internos, contemplando: . Especificações e técnicas executivas . Projeto das juntas de assentamento, movimentação e dessolidarização CONSULTOR: Prof. Antônio Neves de Carvalho Júnior

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  • Escola de Engenharia Depto. de Engenharia de Materiais e Construo Entidade Interveniente: Fundao Christiano Ottoni

    CONSULTORIA TCNICA INTERESSADO: Tribunal de Justia de Minas Gerais. OBRA: Frum de Uberaba MG CONTEDO: . Projeto de fachada e pisos internos, contemplando: . Especificaes e tcnicas executivas

    . Projeto das juntas de assentamento, movimentao e dessolidarizao

    CONSULTOR: Prof. Antnio Neves de Carvalho Jnior

  • ESPECIFICAES E

    TCNICAS EXECUTIVAS

  • FACHADAS ESPECIFICAES E TCNICAS EXECUTIVAS 1. EXECUO DO EMBOO / REBOCO O emboo / reboco (doravante tratado somente por emboo) ser a base de assentamento dos revestimentos em granito, granitina (GRANITEC 80, ou similar) e pintura acrlica. Alguns cuidados devem ser tomados para garantir a qualidade e durabilidade do sistema de revestimento que eles fazem, parte, a saber: . Por se tratar de uma fachada, recomendvel que o emboo seja executado sobre um chapisco, de modo a se garantir uma maior ancoragem desta camada alvenaria/concreto. O chapisco a ser utilizado por sobre alvenaria poder ser constitudo de argamassa de cimento e areia lavada grossa, no trao 1 : 3, em volume, apresentando consistncia fluida. J para a utilizao sobre a estrutura de concreto, surge como opo o uso de um chapisco colante industrializado aplicado com desempenadeira denteada, seguindo as recomendaes do fabricante (ex.: chapisco colante, da Votomassa, Xapiscofix, da Quartzolit, ou similares), ou argamassa de chapisco constituda de cimento e areia lavada grossa no trao, em volume, 1 : 3, substituindo a gua de amassamento por uma mistura de gua : resina acrlica, em volume (exemplos de diluio: tanto para a resina Chapix SBR da Fosroc como para a resina Kolatec da Hagen utilizar 1 parte de resina com 2 partes de gua) e apresentando consistncia fluda. O chapisco dever ser aplicado sobre a estrutura de concreto de forma a cobr-la completamente e na alvenaria garantindo cobertura parcial (chapisco aberto). Em ambos os casos dever ser garantida alta rugosidade; . Antes da execuo do chapisco, deve-se proceder a limpeza do substrato, visando, principalmente, a obteno de aderncia:

    remoo da base de materiais pulverulentos (p, barro e fuligem), escovando a parede com vassoura de piaaba seguida, se necessrio, de lavagem;

    fungos (bolor) e microorganismos podem ser removidos com a utilizao de soluo de hipoclorito de sdio (4 % a 6 % de cloro), seguida de lavagem da regio com bastante gua;

    substncias gordurosas e eflorescncias podem ser eliminadas com uma soluo de 5 % a 10 % de cido muritico diludo em gua, seguida de lavagem da rea com gua em abundncia;

    em se tratando da base de concreto, deve-se remover completamente a pelcula de desmoldante, caso este tenha sido utilizado, com escova de ao, detergente e gua. Alm disso, todos os pregos e arames que porventura tenham sido deixados pelas frmas devem ser retirados ou cortados e tratados com zarco de boa qualidade.

  • Para aumentar a aderncia do chapisco ao concreto recomenda-se, ainda, lixar ou apicoar a sua superfcie;

    antes de qualquer procedimento de limpeza com produtos qumicos, a base dever ser completamente saturada com gua, e dever ser lavada com gua em abundncia, aps aplicao, para a sua completa remoo;

    . Antes da execuo do chapisco, tambm dever ter sido realizado o encunhamento externo utilizando-se argamassa com aditivo expansor (ex.: expansor da Otto Baumgart, Intraplast N da Sika, ou similares). A seguir so apresentadas recomendaes dos fabricantes para os dois produtos sugeridos:

    Recomendaes da Sika no uso do INTRAPLAST N:

    Trao da argamassa a ser utilizada para encunhamento: Cimento e areia (1:3 ou no mximo 1:4) Em relao a adio do Intraplast N devemos trabalhar com o top da sugesto do catlogo: 1,5 % de Intraplast N em relao ao peso do cimento (se reduzir nunca menos que 1,0 %) Isto se deve ao fato do produto ter sido originalmente projetado para utilizao em bainhas de projeo, ou seja, em ambiente totalmente confinado (condio de ao da expansibilidade otimizada). Para utilizao como encunhamento, ou seja, com os graus de liberdade laterais, a proporo aditivo/cimento deve ser utilizada em seu limite superior. A seguir, recomendaes gerais do produto (retiradas do catlogo da SIKA): Intraplast N um aditivo expansor, defloculante e plastificante, indicado para dar s injees fluidez e alto poder de penetrao, reduzir ou eliminar a segregao, compensar a retrao pela hidratao do cimento, de forma a obter uma perfeita colmatao. Propriedades: *Plastifica a mistura permitindo a reduo da gua de amassamento para fluidez igual ou menor. *Permite o emprego de uma pasta mais densa ou de argamassa com mais areia melhorando as qualidades mecnicas da injeo. Impede a floculao dispensando o cimento em suspenso (tixotropismo). *Permite maior penetrao do aglomerante nas fissuras e poros. Estabiliza a nata do cimento. *Diminui a segregao aquosa. Provoca a expanso da injeo durante a pega (3 a 8%) do volume. Aumenta a aderncia da injeo e a impermeabilidade.

  • Emprego: misturado na gua de amassamento, ou eventualmente ao cimento ou mistura cimento-areia. necessrio o ensaio de compatibilidade com o cimento a empregar assim como a melhor forma de ser adicionado o Intraplast N. A mistura deve ser mantida em agitao e executada at 20 minutos aps o seu preparo. Para injees em bainhas de concreto protendido recomenda-se iniciar a mistura somente aps a concluso dos servios preliminares. A fluidez tima pode ser obtida com fator a/c entre 0,35 e 0,45. oportuno lavar a mangueira de injeo aps uma hora de injeo ininterrupta. Consumo: De 0,5 a 1,5% em peso do cimento, ou em funo de ensaios no canteiro.

    Recomendaes da Otto Baumgart no uso do aditivo EXPANSOR:

    Adicionar o EXPANSOR ao cimento a seco. Usar menor quantidade de gua possvel, em virtude da maior plasticidade. ENCUNHAMENTO DE ALVENARIA: Usar 1 parte de cimento Portland, 3 partes de areia mdia e 1% de EXPANSOR sobre o peso do cimento. Para o melhor desempenho do produto, a argamassa deve ter consistncia seca e utilizada at 40 minutos aps a adio da gua. Deixar uma fresta de 3 cm entre a alvenaria e a estrutura. Socar bem a argamassa dentro da fresta, para o perfeito preenchimento dos vazios. Dosagem: EXPANSOR usado na proporo de 1% sobre o peso do cimento. 500 g EXPANSOR / 50 kg cimento.

  • . Tambm antes da aplicao do chapisco, dever ser feito reforo com tela de polister (malha 1 mm x 1 mm ou 2 mm x 2 mm) interna e externamente nos vos das janelas presentes nos painis de fachada revestidos com granito, granitina e pintura, conforme detalhe genrico apresentado a seguir.

    Esta tela ser fixada utilizando argamassa colante AC III (ver produtos no item sobre assentamento do granito) com consistncia mais fluda. O acabamento final da argamassa colante sobre a tela dever ser filetado com desempenadeira denteada de modo que, esta superfcie com cordes regulares sobre a tela, funcionar como chapisco. Outra opo para colagem desta tela a utilizao da resina especificada para melhoria de aderncia do chapisco, porm sem diluio (exemplos de resina: Chapix SBR da Fosroc ou Kolatec da Hagen). As regies onde a esquadria for o prprio revestimento da fachada (caixilho + vidros, revestimento n 4) dispensaro este tipo de tratamento com tela. . Aps a execuo do chapisco, devero ser realizados reforos com tela galvanizada (malha 1) nas seguintes posies:

    Paredes de concreto da caixa dgua que so revestidas.

    Vigas de borda do pavimento tcnico (nvel 811,90), estendendo-se por todo o permetro deste pavimento, com traspasse de 20 cm na alvenaria ou platibanda. A seguir esquema ilustrativo exemplificado para a aba externa da viga V421.

    Vo da janela

    Tela de polister

    40 cm

    30 cm

    20 cm

    20 cm

  • A fixao de todas as telas dever ser executada com sistema de fixao plvora com pinos penetrando na estrutura de concreto (ex: pino XZ-F 27 P8 de 1 de comprimento, com arruela grande 23, cartucho 6.8/11 M da Hilti, ou sistema similar). Dever ser adotado 1 pino/m2 e o espaamento entre os pinos de fixao no sentido longitudinal dever ser de 50 cm. Sempre que necessrio, as emendas de telas devero ser feitas com traspasse de 15 cm. Para melhor posicionamento da tela sobre a alvenaria podero ser utilizados pregos galvanizados (pregos de cerca). muito importante, ainda, que a tela seja fixada sem ser tracionada; . A norma NBR 7200/98 indica um tempo entre a execuo do chapisco e a realizao do emboo de 3 dias, considerando ainda que para climas quentes e secos, com temperatura acima de 30 C, este prazo pode ser reduzido par 2 dias. No entanto, para estas temperaturas e condies de umidade, o chapisco deve ser protegido da ao direta do sol e do vento atravs de processos que mantenham a umidade da superfcie no mnimo por 12 horas, aps a aplicao;

    20 cm

    Chapisco

    Aba externa da viga

    Tela galvanizada

    CORTE

    Platibanda ou alvenaria

  • . De acordo com a norma NBR 13755/96 (Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cermicas e com utilizao de argamassa colante - Procedimento), o emboo dever ser executado com espessura inferior a 2,5 cm. Caso seja necessria a utilizao de espessuras maiores, dever ser feito uso de tela e o emboo dever ser executado em etapas, em camadas inferiores a 2,5 cm (Ver maiores detalhes na referida norma); . O emboo poder ser realizado com argamassas rodadas em obra ou argamassas industrializadas. Em se tratando de argamassa industrializada pr-ensacada, existem no mercado os seguintes produtos: Qualimassa do grupo Lafarge, massa nica da Valemassa, Votomassa Mltiplo Uso do grupo Votorantim, Reboco pronto Imar ou similares. Para traos rodados em obra apresentam-se duas opes, a saber:

    Opo da argamassa mista de cimento/cal aditivada/areia:

    01 parte de cimento, 01 parte de cal e 06 partes de areia lavada de mdia a grossa (podendo se misturar tudo de uma s vez devido ao fato da utilizao de cal aditivada. Ex: Massical da Ical)

    Opo da argamassa mista de cimento/cal aditivada/areia utilizando pr-misturado

    cimento/cal aditivada:

    01 saco de 20 kg (30 litros) do pr-misturado cimento e cal aditivada e 03 latas (de 18 litros cada) de areia lavada de mdia a grossa (podendo se misturar tudo de uma s vez devido ao fato da cal presente no pr-misturado ser aditivada. Exemplo de pr-misturado cimento/cal aditivada: Mixmassa da Ical)

    . O emboo (base para o assentamento do revestimento granito) dever apresentar uma textura spera, devendo, para tanto, ser apenas sarrafeado. Dependendo da granulometria do mesmo este poder ser desempenado, mas nunca feltrado. J a argamassa de regularizao que servir de base ao revestimento textura Granitec dever apresentar condio superficial especfica de acordo com os requisitos de preparo de base para uma pintura, bem como os exigidos pelo fabricante desta textura, devendo, para tanto, ser sarrafeada aps sua aplicao por sobre a alvenaria (respeitando-se o tempo de formao da aderncia entre argamassa e a base, conhecido na obra comumente pelo tempo para a argamassa puxar) e posteriormente desempenada com desempenadeira de madeira (respeitando-se tambm o tempo ideal para este desempenamento, que corresponde ao tempo em que a argamassa sarrafeada no apresente mais plasticidade, o que pode ser verificado atravs da presso com a ponta dos dedos e a avaliao de seu comportamento rgido: a argamassa no afunda). No caso da base para pintura, alm do desempeno e sarrafeamento, proceder-se- tambem o feltramento (aplicao de espuma de poliuretano em movimentos circulares sobre a superfcie desempenada) com o objetivo de se conseguir uma superfcie o mais lisa possvel.

  • . O emboo dever ser executado de modo a garantir as condies de planeza adequadas ao posterior assentamento de revestimento com argamassa colante. Argamassas colantes, por serem aplicadas em finas camadas, no podem ser utilizadas para corrigir pequenas irregularidades da base. Assim, tomando-se como base a norma NBR 13755/96, segue-se a recomendao de que o desvio de planeza da superfcie sobre a qual sero assentados os revestimentos no seja maior do que 3 mm em relao a uma rgua retilnea com 2 metros de comprimento; . Quando do assentamento do revestimento, a base (emboo) dever se apresentar sem trincas e, quando percutida, no deve apresentar som cavo, o qual indica a existncia de problemas de aderncia entre o emboo e o chapisco ou entre este e o substrato (alvenaria/concreto). Segundo a norma NBR 13749/96 (Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgnicas - Especificao), esta aderncia pode ser avaliada por ensaios de percusso, realizados atravs de impactos leves, no contundentes, com martelo de madeira ou outro instrumento rijo. A avaliao deve ser feita em cerca de 1 m2 a cada 100 m2 de emboo. Caso o revestimento apresente som cavo nesta inspeo, por amostragem, ele dever ser integralmente percutido para se estimar a rea total com falha de aderncia, que dever ser reparada. bastante interessante, tambm, que se executem ensaios de resistncia trao, a partir da NBR 13528/95 (Revestimento de paredes e tetos com argamassas inorgnicas - Determinao da resistncia de aderncia trao - Mtodo de Ensaio), segundo a qual, devem ser realizados seis ensaios a cada 100 m2 de emboo, em pontos escolhidos aleatoriamente. O revestimento ser aceito se pelo menos quatro dos valores obtidos forem maiores ou iguais a 0,30 MPa (este ensaio dever ser realizado em revestimentos com idade maior ou igual a 28 dias). Em se tratando das trincas e fissuras, a norma NBR 13749/96, acima citada, faz referncia a elas, sem fixar, no entanto, em que quantidade elas seriam admissveis. Ela apenas informa que, caso elas sejam superficiais, podero ser preenchidas com a prpria argamassa colante durante o assentamento do revestimento e que, caso contrrio, devero ser estudadas solues especficas compatveis com a amplitude da movimentao. Uma referncia de carter no normativo para a avaliao da quantidade de fissuras em um revestimento o ndice de Fissurao. Este parmetro foi definido pelo Projeto Argamassa e obtido da seguinte maneira: a cada 50 m2 de emboo deve-se escolher aleatoriamente um quadrado de 1 m2 e contar o nmero de fissuras que existe dentro dele. Especifica-se em 3 fissuras a quantidade delas aceitvel dentro deste 1 m2, em se tratando de um emboo externo que ser base para o assentamento de placas de revestimento. Para fins de identificao das fissuras, elas tero de ser contnuas, com seu desenvolvimento em uma direo preferencial e com comprimento no inferior a 2 cm; . A norma 13.755/96 pede que o emboo tenha a idade de, pelo menos, 14 dias. Uma outra recomendao encontrada que seja esperado um mnimo de 1 semana para cada centmetro de espessura do emboo. O ideal, entretanto, um intervalo de 30 dias, entre a execuo do emboo e a aplicao do revestimento final, de modo a reduzir os esforos que a retrao da base ir transmitir ao revestimento.

  • 2. ASSENTAMENTO DO REVESTIMENTO EM GRANITO . Na idade escolhida para o incio do assentamento do revestimento, deve-se proceder a limpeza da base (emboo) para que no haja prejuzo da aderncia da argamassa a ela. P, barro, fuligem, substncias gordurosas, eflorescncias e bolor devem ser removidos pelos mesmos mecanismos citados anteriormente. Em se procedendo a limpeza com a utilizao de gua ou em perodos chuvosos, a parede no dever estar encharcada quando do assentamento do revestimento, pois a saturao dos poros da base prejudicial aderncia. Em situaes de grande insolao e ventos, antes da aplicao da argamassa colante, a base dever ser pr-umedecida (sem encharcamento) atravs da asperso de gua; . As placas de granito devem ser assentadas sobre a base com utilizao de argamassa colante tipo AC III. Ex: Argamassa adesiva SuperLiga Porcelanato tipo AC III Portokoll (Portobello), Cimento Colante Flexvel GP bicomponente da Argamont, Cimento Colante Tipo III alta resistncia super flexvel Valemassa, Colafix Super Adesiva Imar ou similares. Esta argamassa dever atender os requisitos apresentados na norma ABNT NBR 14.081 (Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cermicas Requisitos), a saber: . Tempo em aberto 20 minutos . Resistncia de aderncia trao cura normal 1,0 MPa,

    cura submersa 1,0 MPa cura em estufa 1,0 MPa

    . Deslizamento 0,7 mm . O preparo e utilizao da argamassa colante demandam uma srie de cuidados, a saber: a argamassa dever ser preparada em um recipiente estanque, preferencialmente de

    plstico, protegida do sol, da chuva e do vento; dever ser adicionada apenas a quantidade de gua recomendada pelo fabricante,

    sendo interessante que sejam misturados um nmero inteiro de sacos; sempre que possvel, deve ser utilizada mistura mecnica para o preparo da

    argamassa colante (Ex: argamassadeira Consolid, furadeira com hlice ou similares), de modo a promover uma maior homogeneizao dos componentes da argamassa. No entanto, a mistura dever ser feita apenas at se atingir esta homogeneizao e trabalhabilidade adequada. O produto no deve ser demasiadamente misturado para que no haja incorporao de ar em excesso, o que conduz a uma queda da resistncia de aderncia;

    recomenda-se a execuo do assentamento do revestimento com argamassa colante,

    quando a temperatura ambiente estiver compreendida entre + 5 C e + 40 C e quando

  • as temperaturas da base do revestimento e dos materiais componentes do revestimento estiverem compreendidas entre + 5 C e + 27 C;

    as argamassas colantes possuem tempos a serem respeitados: - tempo de remistura o perodo de descanso da argamassa entre a sua

    primeira mistura (preparo da argamassa) e a sua utilizao. Aps este descanso, a argamassa deve ser remisturada e, ento, estar pronta para ser utilizada. Normalmente, seu valor fornecido na embalagem da argamassa. A finalidade deste tempo permitir que os aditivos presentes se tornem ativos e prontos para conferir propriedades indispensveis s argamassas colantes, tais como reteno de gua, adesividade e plasticidade. Na falta de recomendaes do fabricante da argamassa, deve-se adotar um tempo de remistura de aproximadamente 15 minutos;

    - tempo de utilizao perodo de utilizao da argamassa aps o seu preparo (2

    horas e meia), sendo vedada, neste intervalo, a adio de gua ou outros produtos. Aps este espao de tempo, a argamassa dever ser inutilizada, no sendo permitida a colocao de mais gua no produto ou sua mistura a uma argamassa colante recm preparada, de modo a reaproveit-la aps este perodo de tempo;

    - tempo em aberto o tempo em que a argamassa colante pode ficar estendida

    no emboo at a colocao da placa de granito, sem que haja perda da sua propriedade adesiva. O tempo em aberto que uma argamassa deve possuir para ser recomendada para fachadas de no mnimo 20 (vinte) minutos. No entanto, este um valor obtido em laboratrio sob determinadas condies climticas, muito diferentes das observadas em uma fachada. Desta forma, no se pode utilizar este valor como uma realidade na obra.

    Caso se deseje avaliar aproximadamente o tempo em aberto da argamassa colante para as caractersticas da obra, deve-se proceder da seguinte maneira: 1. aplicar a argamassa colante sobre o emboo a ser revestido 2. aplicar uma placa de granito a cada 5 minutos, at que a mesma no fique mais aderida argamassa 3. remover as placas assentadas e analisar o seu verso

    4. o valor do tempo em aberto ser o equivalente ao da placa assentada a mais tempo e que ainda apresente o verso totalmente impregnado por argamassa colante.

    A partir deste valor obtido e da produtividade dos assentadores fachadeiros, pode-se determinar a dimenso do pano de argamassa colante a ser aberto, sem que haja prejuzo da aderncia nem desperdcio de material. No entanto, como o valor do tempo em aberto bastante afetado por mudanas de temperatura, insolao, ventilao e umidade relativa do ar, durante o assentamento,

  • devem ser feitos testes para averiguar se a argamassa colante no ultrapassou o limite do tempo em aberto. A verificao de uma das situaes abaixo indica que o tempo em aberto foi excedido:

    a) presena de pelcula esbranquiada brilhante na superfcie da argamassa colante b) toque da argamassa colante com as pontas dos dedos, sem que estes se sujem c) o arrancamento aleatrio de 1 placa a cada 5 m2, num tempo no superior a 30

    minutos aps o seu assentamento, e observao de que o seu tardoz no se apresenta totalmente impregnado de argamassa colante;

    . Para o controle da execuo do revestimento, podem ser adotados os seguintes procedimentos (tomando-se como base os parmetros utilizados para os revestimentos cermicos):

    Planeza: as irregularidades graduais no devem superar 3 mm em relao a uma rgua de 2 m de comprimento e o desnvel entre peas cermicas contguas e entre estas e as juntas de movimentao e estruturais no deve ser maior que 1 mm; Alinhamento da juntas de assentamento: no deve haver afastamento maior que 1 mm entre as bordas das placas teoricamente alinhadas e a borda de uma rgua com 2 m de comprimento, faceada com as placas da extremidade da borda; Aderncia: Caso se julgue necessria a avaliao desta propriedade, podem ser feitos ensaios de resistncia de aderncia tomando-se como referncia a norma NBR - 13755.

    . Devido s dimenses das placas dever ainda ser realizado o assentamento em dupla camada, ou seja, a argamassa colante dever ser aplicada e frisada tanto na base (emboo) como nas costas da placa de granito. . Deve-se controlar o desgaste dos dentes da desempenadeira, pois a quantidade de argamassa colante que permanece aps o frisamento funo da sua dimenso. Desempenadeiras com dentes gastos (diminuio da altura dos dentes em 1 mm) devem ser substitudas por novas ou devem ter a altura dos seus dentes recomposta; . A placa de granito ser aplicada sobre os cordes de argamassa colante ligeiramente fora de posio, sendo, em seguida, pressionada e arrastada at a sua posio final, de modo a romper os filetes da argamassa. Atingida a posio final, a placa dever ser suficientemente percutida com um martelo de borracha, para no danificar a superfcie polida ou provocar a quebra da mesma. Uma percusso adequada fundamental, pois aumenta a rea de contato da argamassa com o revestimento, aumentando, assim, a sua resistncia ao arrancamento. A percusso dever ser feita at o extravasamento da argamassa colante pelas laterais da pea; . Devido ao grande peso prprio das placas, para maior garantia de sua fixao, alm do sistema de assentamento com argamassa devemos concomitantemente utilizar um sistema de fixao mecnica.

  • . O sistema sugerido consiste na utilizao de pea de ao inox (G-FIX modelo GF01: utilizado para pedras de at 15 mm de espessura, ou G-FIX modelo GF02: utilizado para pedras de at 20 mm de espessura) posicionada na lateral da placa e fixada com parafuso inox rosca soberba cabea panela 5 x 50 mm e bucha S8 (Hilti, Fischer, ou similar) na base. Sero utilizados 4 peas a cada 0,25 m2 de placa de granito. O rasgo na lateral da pea realizado com ferramenta eltrica de corte e deve ser padronizado atravs de mesa calibradora. O sistema apresenta a vantagem de no produzir orifcios na face aparente da placa (no anexo 1, ao final desta consultoria, so reproduzidos os detalhes mais importantes para a utilizao do G-FIX informaes compiladas do site do fabricante). . Deve-se promover a remoo da argamassa colante do interior das juntas de assentamento, deixando-as prontas para receber o rejuntamento; . Aps o assentamento, recomenda-se a limpeza da placa de granito num prazo inferior a 1 hora. Esta dever ser feita com esponja de espuma de poliuretano limpa e mida, seguida de secagem com estopa limpa. Preferencialmente, nunca devem ser utilizados cidos para a limpeza, devido a possibilidade dos mesmos provocarem manchas irreversveis na superfcie. Para limpeza mais pesada pode ser usada palha de ao n 0, gua e sabo neutro; 3. APLICAO DO REVESTIMENTO EM GRANITINA (GRANITEC 80 ou similar) Na idade escolhida para o incio da aplicao da granitina, deve-se proceder a limpeza da base (reboco) para que no haja prejuzo da aderncia da granitina a ela. P, barro, fuligem, substncias gordurosas, eflorescncias e bolor devem ser removidos pelos mesmos mecanismos citados anteriormente. Em se procedendo a limpeza com a utilizao de gua ou em perodos chuvosos, a parede no dever estar encharcada quando do assentamento do revestimento, pois a saturao dos poros da base prejudicial aderncia. Em situaes de grande insolao e ventos, antes da aplicao da granitina, a base dever ser pr-umedecida (sem encharcamento) atravs da asperso de gua. Antes da aplicao da granitina dever ser realizada a impermeabilizao dos cortes das juntas com aplicao de um elastmero (ex.: Tecnoveda da Tecnocril, Veda-color da Face-Color ou similar). O elastmero (Tecnoveda da Tecnocril, Veda-color da Face-Color ou similar) dever ser aplicado em 4 a 5 demos, com intervalo de mais ou menos 6 horas entre demos (variando em funo da temperatura quando da aplicao). A geometria da aplicao dever acompanhar o esquema apresentado nos projetos das juntas (item seguinte desta consultoria). Aps a aplicao dos reforos dever se aguardar no mnimo 72 horas para se proceder a aplicao da granitina. A aplicao do elastmero e granitina dever ser realizada por mo-de-obra especializada e treinada para tal (no caso, a empresa responsvel pelo fornecimento do material).

  • 4. APLICAO DO REVESTIMENTO EM PINTURA ACRLICA Todos os cuidados citados no item 3, no que se refere s condies da base para recebimento do revestimento granitina, tambm devero ser seguidos para o revestimento pintura. A aplicao da pintura dever ser realizada por mo-de-obra treinada para tal, seguindo-se os procedimentos rotineiros especificados pelo fabricante da tinta e de acordo com as tcnicas j consagradas no setor da construo civil. 5. ESTUDO DAS JUNTAS E DETERMINAO DAS CARACTERSTICAS DOS MATERIAIS DE ENCHIMENTO Antes do assentamento dos revestimentos, necessrio que estejam bem definidas as dimenses e posies das juntas. 5.1. Juntas de Assentamento As juntas de assentamento correspondem aos espaamentos deixados entre as peas durante a execuo do revestimento (situao que ocorrer somente no revestimento em granito). Este tipo de junta possui finalidades esttica, higinica e em grande parte responsvel pela estabilidade dos panos revestidos. Com o objetivo de garantir o perfeito funcionamento/durabilidade do revestimento, deve-se definir a dimenso destas juntas, as caractersticas do material de enchimento e suas propriedades em funo das caractersticas fsicas e dimenses das peas e das condies de exposio do revestimento. 5.1.1. Juntas de Assentamento das Placas de Granito Para o rejuntamento das placas de granito sugere-se a utilizao de selante base de poliuretano (Ex: Nitoseal PU-30 da Fosroc, Selante NP-1 da Degusa-Basf, Sikaflex 1A plus da Sika ou similares ver maiores detalhes das caractersticas tcnicas dos selantes nas especificaes destes materiais para utilizao nos pisos, no captulo seguinte) sendo este aplicado nas juntas entre as placas, com a borda destas protegidas com fita crepe e adotando-se um apoio flexvel no fundo da junta. Considerando a ausncia de dilatao higroscpica da placa, pode-se utilizar, com segurana, juntas de assentamento da ordem de 6 mm de largura. A maior resilincia do selante elastomrico base de poliuretano (em relao a argamassas de rejuntamento normalmente utilizadas no preenchimento das juntas em revestimentos cermicos) garante a estabilidade da junta com esta dimenso recomendada, mesmo observando-se a

  • maior dimenso da placa de granito, se comparado aos revestimentos cermicos convencionais (ver maiores detalhes no projeto das juntas do revestimento em granito). 5.2. Juntas de Movimentao 5.2.1. Juntas de Movimentao no Revestimento em Granito e Granitina Estas juntas, que visam permitir a movimentao do pano de revestimento como um todo, devero ser executadas segundo o projeto da fachada anexo. A largura destas juntas foi dimensionada tomando-se como base as recomendaes da NBR 13755/96, segundo a qual o dimensionamento deve ser feito em funo das movimentaes previstas para a parede e para o revestimento e das caractersticas do selante (deformabilidade e coeficiente de forma), obtendo-se as dimenses, anotadas no projeto em anexo, de 10 mm para as juntas horizontais e verticais. O preenchimento das juntas de movimentao feito segundo os seguintes procedimentos: . As juntas devero ser preenchidas com um material de enchimento flexvel e compressvel (recomendamos o Tarucel, espuma de polietileno expandido); . A aplicao do selante, que vedar o sistema, dever ser precedida da aplicao de fita adesiva nas bordas da junta, para propiciar um bom acabamento. Alm disso, os lados das peas que definem as juntas devem estar bem secos e limpos para que o selante fique bem aderido lateral das peas. Caso haja recomendao do fabricante do selante, pode ser utilizado um primer. O selante empregado dever ser base de poliuretano (Ex: Nitoseal PU-30 da Fosroc, Selante NP-1 da Degusa-Basf, Sikaflex 1A plus da Sika ou similares). 5.3. Juntas de dessolidarizao So juntas localizadas nos cantos verticais, nas mudanas de direo do revestimento e nas transies entre revestimentos diferentes. Devido a maior dificuldade de corte no emboo para introduo do enchimento flexvel, trabalha-se, neste caso, somente com o selante base de poliuretano aplicado sobre fita crepe que se interpe entre o selante e o emboo. Este tipo de junta recomendado somente para o revestimento granito (ver maiores detalhes nos desenhos do projeto de fachada anexo).

  • PROJETO DAS

    JUNTAS

  • PROJETO DAS JUNTAS 1. JUNTAS DE ASSENTAMENTO DO GRANITO: 6 mm conforme definido anteriormente.

    2. JUNTAS DE MOVIMENTAO DO GRANITO: Estas juntas sero feitas, de acordo com as dimenses anotadas nos desenhos a seguir, atravs de cortes no emboo com o uso de ferramenta eltrica de corte retirando o miolo com talhadeira, sendo possvel tambm fazer o corte com a argamassa semi-fresca aps a execuo do emboo. 2.1. Juntas de Movimentao Horizontais . Referncia de Posicionamento:

    - No alinhamento da face inferior das vigas, em seu encontro com a alvenaria e/ou alinhamento da espala superior da esquadria, em todos os pavimentos e em todas as fachadas onde houver o revestimento granito (ver posicionamento anotado nos projetos anexos).

    - No alinhamento da face inferior das vigas parede da caixa dgua, em seu encontro com a alvenaria, envolvendo todo o permetro da caixa dgua onde houver revestimento em granito (ver posicionamento anotado nos projetos anexos).

    6 mm

    6 mm

    Granito

    Mastique base de

    poliuretano

    Tarucel 8 a 10 mm

    Argamassa colante

  • 2.2. Juntas de Movimentao Verticais . Referncia de Posicionamento:

    - No alinhamento das bordas das esquadrias da fachada lateral esquerda onde existe o revestimento granito (ver posies anotadas nos projetos anexos).

    DETALHES DAS JUNTAS DE MOVIMENTAO NO GRANITO

    (exemplificado para a junta horizontal a junta vertical tem geometria idntica, somente variando a referncia de posicionamento, que no

    ser mais a transio viga / alvenaria e sim o alinhamento das bordas das esquadrias na fachada lateral esquerda, de acordo com paginao

    definida no projeto arquitetnico)

    Alvenaria

    Chapisco

    Emboo

    Granito

    Espuma de poliuretano expandido (Tarucel)

    Argamassa colante

    Selante elastomrico

    Viga (qdo for referncia outra referncia o alinhamento da espala superior da esquadria)

  • - DIMENSO DOS COMPONENTES DAS JUNTAS DE MOVIMENTAO DO GRANITO -

    3. JUNTAS DE MOVIMENTAO DA GRANITINA: 3.1. Juntas de Movimentao Horizontais . Referncia de Posicionamento:

    - No alinhamento da face inferior das vigas, em seu encontro com a alvenaria e/ou alinhamento das juntas existentes no granito, em todos os pavimentos e em todas as fachadas onde houver o revestimento granitina (ver posicionamento anotado nos projetos anexos).

    3.2. Juntas de Movimentao Verticais . Referncia de Posicionamento:

    - De acordo com as posies anotadas nos projetos anexos, definidas pela paginao da arquitetura.

    10 mm

    12 a 14 mm

    20 mm

    Selante elastomrico

    Emboo Granito

    Argamassa colante

    Tarucel de 12 mm

  • DETALHES DAS JUNTAS DE MOVIMENTAO NOS

    REVESTIMENTOS EM GRANITINA

    - JUNTA DE MOVIMENTAO HORIZONTAL -

    (exemplificado para a junta horizontal a junta vertical tem geometria idntica, somente variando a referncia de posicionamento, que no ser mais a transio viga / alvenaria e sim a paginao definida no

    projeto arquitetnico)

    Chapisco

    Reboco

    Textura acrlica

    Selante elastomrico

    Viga

    Alvenaria

    Impermeabilizao com elastmero

    Espuma de poliuretano expandido (Tarucel)

  • - DIMENSO DOS COMPONENTES DAS JUNTAS DE MOVIMENTAO NOS REVESTIMENTOS EM GRANITINA -

    4. JUNTAS DE DESSOLIDARIZAO . Estas juntas sero feitas, de acordo com as dimenses e caractersticas anotadas nos desenhos a seguir, deve-se atentar para o uso da fita crepe entre o emboo e o selante a base de poliuretano . Referncia de Posicionamento: sero adotadas juntas de dessolidarizao em todas as quinas internas e externas do revestimento cermico, do revestimento em granito e nas transies destes revestimentos (desenvolvendo-se por toda a extenso da quina).

    10 mm Tarucel de 12 mm

    12 a 14 mm

    6 mm

    Selante elastomrico

    Reboco

    Textura acrlica

    Impermeabilizao com elastmero

  • DETALHE DA JUNTA DE DESSOLIDARIZAO

    - QUINA INTERNA -

    - QUINA EXTERNA -

    Observao: Todos os desenhos anteriormente apresentados no esto em escala.

    Revestimento em granito

    Emboo Selante elastomrico (face aparente em torno de 10 mm)

    Fita crepe

    Emboo

    Selante elastomrico (face aparente em torno de 10 mm)

    Fita crepe

    Revestimento em granito

    Fita crepe

  • PISOS INTERNOS ESPECIFICAES E TCNICAS EXECUTIVAS 1. EXECUO DO CONTRAPISO O contrapiso ser a base de assentamento para os pisos cermicos, vinlicos e em granito. Observa-se que os caimentos (declividades em direo a ralos e/ou portas de sada) devero ser realizados de acordo com projeto de impermeabilizao especfico. Da mesma forma, a impermeabilizao para reas frias, com utilizao de argamassa polimrica, seguir as recomendaes expostas neste projeto. Assim como j exposto no captulo sobre fachadas, a base de concreto destinada a receber o contrapiso deve estar perfeitamente limpa, sendo que p, barro, fuligem, substncias gordurosas, eflorescncias e bolor devem ser removidos pelos mesmos mecanismos citados anteriormente. Quando da execuo da estrutura de concreto, a superfcie da mesma a ser revestida no dever receber acabamento muito liso, pois, de acordo com a norma NBR 13.753 (Revestimento de piso interno ou externo com placas cermicas e com utilizao de argamassa colante Procedimento) nestes tipos de superfcies devem ser procedidos apicoamento. Antes da aplicao do contrapiso dever ser aplicada, com brocha ou trincha, uma ponte de aderncia sobre a laje de concreto. Esta ponte de aderncia ser uma argamassa fluida no trao 1 : 1 de cimento / areia lavada mdia (0 a 3 mm) sendo seu amassamento realizado com mistura de 1 parte de resina com 1 parte de gua (exemplos de resina: Rheomix 104 da Degusa / Basf, Kolatec da Hagen, Chapix SBR da Fosroc, Denverfix acrlico da Denver). A ponte de aderncia deve ser aplicada com a base molhada e em reas de 1 metro quadrado, para se garantir que a ponte esteja mida na hora da aplicao do contrapiso. O contrapiso ser constitudo por uma argamassa de cimento e areia mdia mida, com trao recomendado em volume de uma parte de cimento para quatro partes de areia. A espessura do contrapiso deve estar compreendida idealmente entre 15 e 25 mm. Esta espessura ser determinada in loco em funo da regularidade da superfcie do concreto da laje, levando-se tambm em conta que o nvel dos sanitrios, vestirios, copa e rea de servio estar 15 mm abaixo do nvel das salas. Na aplicao do contrapiso sobre a ponte de aderncia aplicada sobre a laje de concreto, o mesmo dever ser compactado com soquete de madeira de base 30 x 30 cm, o que auxilia a diminuir o efeito da retrao hidrulica sobre o piso a ser executado por sobre este contrapiso.

  • Tambm, para se reduzir os efeitos da retrao hidrulica, recomenda-se os seguintes prazos mnimos de cura a serem respeitados: . pelo menos 7 dias de idade do contrapiso para o assentamento do revestimento cermico e revestimento em granito. . pelo menos 7 dias de idade por centmetro de espessura de contrapiso para a colagem do revestimento vinlico (sistema mais sensvel a umidade que os demais sistemas de revestimento utilizados). Aps a execuo e cura do contrapiso, todas as reas frias devero receber uma camada de impermeabilizao realizada com argamassa polimrica (conforme exposto no primeiro pargrafo deste captulo) de acordo com projeto de impermeabilizao especfico (para o caso do assentamento dos pisos vinlicos esta camada de argamassa polimrica substitui a massa de regularizao recomendada pelo fabricante). 2. ASSENTAMENTO DO PISO CERMICO O assentamento do piso cermico ser iniciado aps a completa cura do contrapiso ou camada de impermeabilizao constituda de argamassa polimrica. As condies de limpeza desta superfcie tambm devero ser verificadas, de acordo com j exposto, evitando-se a presena de p, barro, fuligem, substncias gordurosas, eflorescncias e bolor, sendo que, caso existam, devam ser removidos pelos processos j apresentados. Para o reassentamento do revestimento cermico dever ser utilizada argamassa colante tipo AC II (exemplos: Argamassa adesiva SuperLiga Fachada da Portokoll / Portobello, Cimentcola Flexvel Quartzolit, Cimento Colante Tipo II Flexvel Valemassa, Votomassa Exterior, Colafix Flexvel Imar ou similares). Esta argamassa dever atender os requisitos apresentados na norma ABNT NBR 14.081 (Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cermicas Requisitos), a saber: . Tempo em aberto 20 minutos . Resistncia de aderncia trao cura normal 0,5 MPa,

    cura submersa 0,5 MPa cura em estufa 0,5 MPa

    Esta argamassa aplicada com desempenadeira de ao denteada, estendendo-a no contrapiso com o lado liso e frisando-a com o lado denteado. O formato dos dentes da desempenadeira deve ser quadrado de dimenses 8 x 8 x 8 mm e, devido ao tamanho da placa cermica (30 x 30 cm) a argamassa dever ser aplicada em dupla camada, ou seja, a argamassa colante ser aplicada tanto no contrapiso (ou camada de impermeabilizao constituda de argamassa polimrica) como tambm no tardoz da placa cermica, preenchendo completamente os espaos entre as garras existentes. A espessura final total da argamassa colante (argamassa aplicada no tadoz da pea + argamassa aplicada sobre a

  • laje) aps a ruptura dos cordes e o esmagamento dos mesmos pela percusso da placa cermica no poder ser inferior a 5mm. Deve-se controlar o desgaste dos dentes da desempenadeira, pois a quantidade de argamassa colante que permanece aps o frisamento funo da sua dimenso. Desempenadeiras com dentes gastos (diminuio da altura dos dentes em 1 mm) devem ser substitudas por novas ou devem ter a altura dos seus dentes recomposta. O assentamento do revestimento com a utilizao de argamassa colante exige que as peas no estejam molhadas, nem mesmo umedecidas, para que no ocorra prejuzo de aderncia (a no ser que haja recomendaes contrrias do fabricante da cermica ou da argamassa). Caso as peas estejam sujas de poeira, engobes pulverulentos ou partculas soltas, estes devero ser removidos com a utilizao de um pano seco. Em situaes em que se faa necessria a molhagem das peas para a sua limpeza, estas no devero ser assentadas antes de sua completa secagem. O contrapiso (ou camada de impermeabilizao constituda de argamassa polimrica) pode estar umedecido no caso do assentamento em dias mais quentes. A pea cermica limpa e seca ser aplicada sobre os cordes de argamassa colante ligeiramente fora de posio, sendo, em seguida, pressionada e arrastada at a sua posio final, de modo a romper os filetes da argamassa. Atingida a posio final, a cermica dever ser suficientemente percutida com um martelo de borracha, para no danificar o vidrado da cermica ou provocar a quebra da mesma. Uma percusso adequada fundamental, pois aumenta a rea de contato da argamassa com a cermica, aumentando, assim, a sua resistncia ao arrancamento. A percusso dever ser feita at o extravasamento da argamassa colante pelas laterais da pea. Aps o assentamento, deve-se promover a remoo da argamassa colante do interior das juntas de assentamento, deixando-as prontas para receber o rejuntamento, e recomenda-se a limpeza da superfcie pea cermica num prazo inferior a 1 hora. Esta dever ser feita com esponja de espuma de poliuretano limpa e mida, seguida de secagem com estopa limpa. Preferencialmente, nunca devem ser utilizados cidos para a limpeza, devido a possibilidade dos mesmos provocarem manchas irreversveis no esmalte cermico. Acerca do preparo e utilizao da argamassa colante, repetem-se aqui as recomendaes j realizadas para o assentamento das placas de granito na fachada, a saber:

    A argamassa dever ser preparada em um recipiente estanque, preferencialmente de plstico, protegida do sol, da chuva e do vento; Dever ser adicionada apenas a quantidade de gua recomendada pelo fabricante, sendo interessante que sejam misturados um nmero inteiro de sacos; Sempre que possvel, deve ser utilizada mistura mecnica para o preparo da argamassa colante (Ex: argamassadeiras com sistema de rosca sem fim, furadeira com hlice ou similares), de modo a promover uma maior homogeneizao dos

  • componentes da argamassa. No entanto, a mistura dever ser feita apenas at se atingir esta homogeneizao e trabalhabilidade adequada. O produto no deve ser demasiadamente misturado para que no haja incorporao de ar em excesso, o que conduz a uma queda da resistncia de aderncia; Recomenda-se a execuo do assentamento do revestimento com argamassa colante, quando a temperatura ambiente estiver compreendida entre + 5 C e + 40 C e quando as temperaturas do contrapiso e dos materiais componentes do revestimento estiverem compreendidas entre + 5 C e + 27 C; As argamassas colantes possuem tempos a serem respeitados: - tempo de maturao (ou aguardo para remistura) o perodo de descanso da argamassa entre a sua primeira mistura (preparo da argamassa) e a sua utilizao. Aps este descanso, a argamassa deve ser remisturada e, ento, estar pronta para ser utilizada. Normalmente, seu valor fornecido na embalagem da argamassa. A finalidade deste tempo permitir que os aditivos presentes se tornem ativos e prontos para conferir propriedades indispensveis s argamassas colantes, tais como reteno de gua, adesividade e plasticidade. Na falta de recomendaes do fabricante da argamassa, deve-se adotar um tempo de remistura de aproximadamente 15 minutos; - tempo de utilizao perodo de utilizao da argamassa aps o seu preparo (2 horas e meia), sendo vedada, neste intervalo, a adio de gua ou outros produtos. Aps este espao de tempo, a argamassa dever ser inutilizada, no sendo permitida a colocao de mais gua no produto ou sua mistura a uma argamassa colante recm preparada, de modo a reaproveit-la aps este perodo de tempo; - tempo em aberto o tempo em que a argamassa colante pode ficar estendida no contrapiso at a colocao da placa cermica, sem que haja perda da sua propriedade adesiva. O tempo em aberto identificado pela NBR 14.081 um valor obtido em laboratrio sob determinadas condies climticas, muito diferentes das observadas na obra. Desta forma, no se pode utilizar este valor como uma realidade durante a execuo do assentamento. Caso se deseje avaliar aproximadamente o tempo em aberto da argamassa colante para as caractersticas da obra, deve-se proceder da seguinte maneira: 1. aplicar a argamassa colante sobre a laje a ser revestida; 2. aplicar uma pea cermica a cada 5 minutos, at que a pea cermica no fique mais aderida argamassa; 3. remover as peas cermicas assentadas e analisar o seu verso; 4. o valor do tempo em aberto ser o equivalente ao da cermica assentada a mais tempo e que ainda apresente o verso totalmente impregnado por argamassa colante.

  • A partir deste valor obtido e da produtividade dos assentadores, pode-se determinar a dimenso do pano de argamassa colante a ser aberto, sem que haja prejuzo da aderncia nem desperdcio de material. No entanto, como o valor do tempo em aberto bastante afetado por mudanas de temperatura, insolao, ventilao e umidade relativa do ar, durante o assentamento, devem ser feitos testes para averiguar se a argamassa colante no ultrapassou o limite do tempo em aberto. A verificao de uma das situaes abaixo indica que o tempo em aberto foi excedido: a) presena de pelcula esbranquiada brilhante na superfcie da argamassa colante; b) toque da argamassa colante com as pontas dos dedos, sem que estes se sujem. As juntas de assentamento, de acordo com pr-dimensionamento realizado, devero ser executadas com a largura de 8 mm. Estas juntas devero ser preenchidas com argamassa de rejuntamento conforme descrito nos pargrafos seguintes. Para que sejam garantidas a durabilidade, qualidade e eficincia do conjunto peas cermicas/rejuntamento, alguns cuidados devem ser tomados na escolha do material de preenchimento das juntas e na execuo do revestimento e do rejuntamento, a saber:

    Durante o assentamento dever ser utilizado algum mecanismo que garanta o afastamento projetado entre as peas: palitos, pequenas cunhas de madeira, espaadores plsticos. No entanto, deve-se tomar cuidado com os espaadores que ficam incorporados ao revestimento, pois, para que eles no comprometam o funcionamento das juntas devero ser to deformveis quanto o material utilizado no rejuntamento. Aconselha-se, de maneira geral, que estes elementos utilizados como espaadores sejam retirados e o espao entre as peas cermicas seja preenchido somente com a argamassa de rejuntamento;

    Para o preenchimento das juntas, recomenda-se que seja utilizado um rejunte industrializado, que, em funo das condies de exposio, dever possuir caractersticas de impermeabilidade, lavabilidade, ligeira elasticidade e resistncia ao crescimento de fungos. Recomenda-se, portanto, a utilizao de um rejuntamento industrializado tipo II (exemplos: E-Flex da Portokoll-Portobello, Superjunta EP Bicomponente da Rejuntabrs, Rejunteflex da Imar ou similar). De acordo com a norma brasileira NBR 14.992 (A. R. Argamassa base de cimento Portland para rejuntamento de placas cermicas Requisitos e mtodos de ensaio), o rejuntamento tipo II deve atender aos seguintes requisitos:

  • . Reteno de gua 65 mm

    . Variao dimensional | 2,00 | mm/m

    . Resistncia compresso 10,0 MPa

    . Resistncia trao na flexo 3,0 MPa

    . Absoro de gua por capilaridade aos 300 min 0,30 g/cm2

    . Permeabilidade aos 240 min 1,0 cm3

    Quando for utilizar rejuntes pr-fabricados deve-se ler atentamente as instrues

    contidas na embalagem do produto. A gua recomendada deve ser adicionada lentamente e o produto bem amassado para garantir a disperso dos aditivos e pigmentos. A mistura dever ser feita em recipiente estanque e deve-se verificar os tempos de remistura e utilizao do produto em uso;

    Em se utilizado rejuntes coloridos, que possam manchar as peas cermicas

    esmaltadas, interessante a aplicao de cera no esmalte antes do rejuntamento, para se evitar a impregnao do produto e facilitar a limpeza;

    Rejuntes coloridos podem apresentar diferenas de tonalidades em funo de

    diferentes coloraes do cimento utilizado na sua confeco e mesmo em decorrncia do processo de acabamento. Vale sempre a lembrana de que rejuntes escuros tendem a descorar em presena de gua;

    O rejuntamento deve ser executado, no mnimo, 3 dias aps o assentamento das

    peas, fazendo-se uso de pranchas largas de madeira para se andar sobre o piso;

    Antes de se executar o rejuntamento, deve-se proceder uma verificao da existncia de peas cermicas que, em um procedimento de percusso, apresentem som cavo. Caso isto ocorra, a pea dever ser reassentada;

    As juntas devem estar limpas, isentas de p e resduos e deve ser feita uma

    raspagem, retirando o excesso de argamassa que possa existir;

    Promover o umedecimento das juntas entre as placas com a broxa, de modo a garantir uma boa hidratao e evitar problemas de retrao hidrulica, exceto que haja recomendao contrria do fabricante do rejunte;

    O rejunte dever ser aplicado com desempenadeira de borracha,

    preferencialmente, ou rodo de borracha, para evitar que o esmalte seja arranhado, em movimentos contnuos de vaivm diagonalmente s juntas;

    Para o acabamento, as juntas devero ser frisadas com uma mangueira ou com um

    ferro redondo;

    recomendvel que a limpeza do material de rejuntamento sobre a face do revestimento seja feita aps 15 minutos a 30 minutos, com um pano limpo e mido e, aps mais 15 minutos, deve-se finalizar esta limpeza com um pano seco.

  • A limpeza dever ser eficiente de modo a evitar a necessidade de posterior utilizao de cido muritico na limpeza final. Caso se faa necessrio o seu uso, dever ser utilizado em soluo de 1: 10 em gua, sendo a base saturada antes da sua aplicao e, aps a sua utilizao, dever se proceder a lavagem do revestimento com gua em abundncia de modo a impedir a impregnao da cermica com cido e manchamentos;

    Os pisos cermicos recm-rejuntados no devem ser submetidos ao

    caminhamento de pessoas ou qualquer outra solicitao mecnica, s devendo ser exposto ao trfego de pessoas preferencialmente depois de transcorridos sete dias aps o rejuntamento. Sugere-se, durante este perodo, realizao de proteo com manta de polietileno ou sacos de estopa umedecidos.

    3. JUNTAS DE MOVIMENTAO NO PISO CERMICO Estas juntas sero feitas, de acordo com as dimenses anotadas nos desenhos a seguir, atravs de cortes no contrapiso com o uso de ferramenta eltrica de corte retirando o miolo com talhadeira, sendo possvel tambm fazer o corte com a argamassa semi-fresca aps a execuo deste contrapiso. A largura destas juntas foi dimensionada a partir da identificao da magnitude da movimentao dos panos cermicos limitados por elas, bem como pela resilincia do material a ser recomendado para realizao do preenchimento da junta (no caso, o mstique a base de poliuretano). Tambm foi levado em conta o fator forma largura: profundidade do selante (em torno de 1:1). Para ambientes interiores ser respeitada as recomendaes da norma NBR 13.753, que recomenda a utilizao destas juntas sempre que a rea do piso for igual ou maior que 32 m2 ou sempre que uma das dimenses do revestimento for maior que 8 metros. O preenchimento das juntas de movimentao (localizao especificada nos projetos anexos) feito segundo os seguintes procedimentos:

    Preliminarmente, quando do preenchimento da juntas de assentamento da totalidade do piso cermico assentado, vedar as juntas de movimentao com papel, a fim de evitar que entre nelas o material de enchimento que est sendo utilizado;

    O preenchimento das juntas de movimentao dever ser iniciado pelo menos 7

    dias aps o trmino do preenchimento das juntas de assentamento;

    O fundo das juntas dever ser preenchido com material de enchimento flexvel e compressvel (recomendamos o Tarucel, espuma de polietileno expandido), permitindo assim uma maior quantidade de movimento deste material, evitando seu engaste no fundo da junta, alm de promover a manuteno do fator forma desejado para o selante elastomrico. O dimetro do Tarucel variar em funo da

  • espessura do contrapiso (estando este compreendido entre 15 e 25 mm). Sabendo-se que o Tarucel deve entrar sobre presso (o dimetro do Tarucel deve ser da ordem de 20 a 30% maior que a largura da junta) poder-se- escolher entre os dimetros comerciais (6, 8, 10, 12, 15, 20, 25, 30, 40 e 50 mm) em funo da espessura real do contrapiso;

    A aplicao do selante, que vedar o sistema, dever ser precedida da aplicao

    de fita adesiva nas bordas da junta, para propiciar um bom acabamento. Alm disso, os lados das peas que definem as juntas devem estar bem secos e limpos para que o selante fique bem aderido lateral das peas. Recomenda-se ainda, para melhoria da aderncia do selante a borda do revestimento cermico, a utilizao de primer adequado ao selante escolhido. Para a aplicao o bico do cartucho cortado num ngulo de 45 e o preenchimento da junta e feito em uma s camada (do fundo para a superfcie da junta). O acabamento superficial feito com esptula lisa umedecida com detergente neutro. Imediatamente aps a aplicao as fitas adesivas colocadas nas bordas da junta (sobre as peas cermicas) devem ser removidas. O selante empregado dever ser base de poliuretano (ex.: Nitoseal PU-30 da Fosroc, Selante NP-1 da Degusa-Basf, Sikaflex 1A plus da Sika ou similares), e devero apresentar as seguintes caractersticas:

    . Selante a base de poliuretano aliftico . Liberdade de movimentao da junta mnima de 25% . Dureza Shore A (segundo ASTM C661) mnima de 25 . Alongamento na ruptura (segundo ASTM D 412) mnimo de 500%

    O detalhe e a geometria da junta podem ser verificados na figura a seguir:

    Detalhe da junta de movimentao no piso de revestimento cermico (fora de escala cotas em mm.)

    Espessura da laje nervurada

    5

    Laje de concreto

    nervurada

    12 Selante elastomrico

    7,4 (em mdia)

    Espuma de polietileno expandido

    Rev. cermico

    Contrapiso + impermeabilizao

    (arg. Polimrica)

    Argamassa colante AC-II 15 a 25 (contrapiso) + 3 (arg. polimr.)

  • 4. JUNTAS DE DESSOLIDARIZAO NO PISO CERMICO As juntas de dessolidarizao sero utilizadas no permetro da rea revestida e no encontro com pilares, vigas e salincias ou com outros tipos de revestimento. Aps o assentamento da fiada de revestimento cermico vizinha a regio da junta de dessolidarizao o espao entre esta fiada e a alvenaria (ou estrutura, no caso de pilares) dever ser preenchido com frio-asfalto. Considerando a espessura do revestimento cermico em torno de 7,4 mm, imagina-se que o conjunto final (cermica + argamassa colante AC II) ter na ordem de 12,5 mm. Posteriormente, o rodap ser assentado criando vnculos somente com a parede, ou seja, somente apoiado sobre a pequena regio da cermica de piso vizinha a junta.

    Detalhe da junta de dessolidarizao no piso cermico (fora de escala cotas em mm.)

    Espessura da laje nervurada

    5

    Laje de concreto

    nervurada

    12,5

    7,4

    Rodap em rev. cermico

    Alvenaria (ou pilar)

    Junta de dessolidarizao (preenchida com frio-asfalto)

    Rev. cermico

    Argamassa colante AC II

    Argamassa colante AC II

    Emboo

    Contrapiso + impermeabilizao

    (arg. Polimrica)

    15 a 25 (contrapiso) + 3 (arg. polimr.)

  • 5. ASSENTAMENTO DOS PISOS EM GRANITO Para o assentamento dos pisos em granito (tanto o polido de 50 x 50 cm, quanto o acidado de 40 x 40 cm), dever ser observado o j exposto para o assentamento do piso cermico, no que diz respeito ao preparo e aplicao da argamassa colante (cuidados com os tempos de maturao, utilizao e em aberto, aplicao da argamassa em dupla camada, ou seja, no contrapiso e nas costas do granito, cuidados com o desgaste da desempenadeira metlica denteada, dentre outros). Salienta-se que, devido a baixa absoro de gua da placa de granito, dever ser utilizada uma argamassa colante AC-III (ex.: Argamassa adesiva SuperLiga Porcelanato tipo AC III Portokoll (Portobello), Cimento Colante Flexvel GP bicomponente da Argamont, Cimento Colante Tipo III alta resistncia super flexvel Valemassa, Colafix Super Adesiva Imar ou similares. Esta argamassa dever atender os requisitos apresentados na norma ABNT NBR 14.081 (Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cermicas Requisitos), a saber: . Tempo em aberto 20 minutos . Resistncia de aderncia trao cura normal 1,0 MPa,

    cura submersa 1,0 MPa cura em estufa 1,0 MPa

    Para ambos os pisos (polido de 50 x 50 cm e acidado de 40 x 40 cm) as juntas de assentamento, de acordo com pr-dimensionamento realizado, devero ser executadas com a largura de 4 mm. Estas juntas devero ser preenchidas com argamassa de rejuntamento tipo II (exemplos: E-Flex da Portokoll-Portobello, Superjunta EP Bicomponente da Rejuntabrs, Rejunteflex da Imar ou similar). De acordo com a norma brasileira NBR 14.992 (A. R. Argamassa base de cimento Portland para rejuntamento de placas cermicas Requisitos e mtodos de ensaio), o rejuntamento tipo II deve atender aos seguintes requisitos:

    . Reteno de gua 65 mm

    . Variao dimensional | 2,00 | mm/m

    . Resistncia compresso 10,0 MPa

    . Resistncia trao na flexo 3,0 MPa

    . Absoro de gua por capilaridade aos 300 min 0,30 g/cm2

    . Permeabilidade aos 240 min 1,0 cm3

    Os cuidados no preparo e aplicao da argamassa de rejuntamento sero os mesmos j exposto ao final do item 2 deste captulo (ASSENTAMENTO DO PISO CERMICO).

  • 6. JUNTAS DE MOVIMENTAO NO PISO EM GRANITO Da mesma forma que no revestimento cermico estas juntas sero feitas, de acordo com as dimenses anotadas nos desenhos a seguir, atravs de cortes no contrapiso com o uso de ferramenta eltrica de corte retirando o miolo com talhadeira, sendo possvel tambm fazer o corte com a argamassa semi-fresca aps a execuo deste contrapiso. A largura destas juntas foi dimensionada a partir da identificao da magnitude da movimentao dos panos cermicos limitados por elas, bem como pela resilincia do material a ser recomendado para realizao do preenchimento da junta (no caso, o mstique a base de poliuretano). Tambm foi levado em conta o fator forma largura: profundidade do selante (em torno de 1:1). Tomando-se como base as recomendaes da NBR 13.753 a utilizao destas juntas sempre que a rea do piso for igual ou maior que 32 m2 ou sempre que uma das dimenses do revestimento for maior que 8 metros. O preenchimento das juntas de movimentao (localizao especificada nos projetos anexos) feito segundo os seguintes procedimentos:

    Preliminarmente, quando do preenchimento da juntas de assentamento da totalidade do piso em granito assentado, vedar as juntas de movimentao com papel, a fim de evitar que entre nelas o material de enchimento que est sendo utilizado;

    O preenchimento das juntas de movimentao dever ser iniciado pelo menos 7

    dias aps o trmino do preenchimento das juntas de assentamento;

    O fundo das juntas dever ser preenchido com material de enchimento flexvel e compressvel (recomendamos o Tarucel, espuma de polietileno expandido), permitindo assim uma maior quantidade de movimento deste material, evitando seu engaste no fundo da junta, alm de promover a manuteno do fator forma desejado para o selante elastomrico. O dimetro do Tarucel variar em funo da espessura do contrapiso (estando este idealmente compreendido entre 15 e 25mm). Sabendo-se que o Tarucel deve entrar sobre presso (o dimetro do Tarucel deve ser da ordem de 20 a 30% maior que a largura da junta) poder-se- escolher entre os dimetros comerciais (6, 8, 10, 12, 15, 20, 25, 30, 40 e 50 mm) em funo da espessura real do contrapiso. Devido ao fato da espessura do granito (20 mm) ser superior a do revestimento cermico (em torno de 7,4 mm) tambm dever ser utilizado outro Tarucel na espessura da placa;

    A aplicao do selante, que vedar o sistema, dever ser precedida da aplicao

    de fita adesiva nas bordas da junta, para propiciar um bom acabamento. Alm disso, os lados das peas que definem as juntas devem estar bem secos e limpos para que o selante fique bem aderido lateral das peas. Recomenda-se ainda, para melhoria da aderncia do selante a borda do revestimento em granito, a utilizao de primer adequado ao selante escolhido. Para a aplicao o bico do cartucho cortado num ngulo de 45 e o preenchimento da junta e feito em uma

  • s camada (do fundo para a superfcie da junta). O acabamento superficial feito com esptula lisa umedecida com detergente neutro. Imediatamente aps a aplicao as fitas adesivas colocadas nas bordas da junta (sobre as peas cermicas) devem ser removidas. O selante empregado dever ser base de poliuretano (ex.: Nitoseal PU-30 da Fosroc, Selante NP-1 da Degusa-Basf, Sikaflex 1A plus da Sika ou similares), e devero apresentar as seguintes caractersticas:

    . Selante a base de poliuretano aliftico

    . Liberdade de movimentao da junta mnima de 25%

    . Dureza Shore A (segundo ASTM C661) mnima de 25

    . Alongamento na ruptura (segundo ASTM D 412) mnimo de 500% O detalhe e a geometria da junta podem ser verificados na figura a seguir:

    Detalhe da junta de movimentao no piso em granito

    (fora de escala cotas em mm.) As regies da laje onde existam juntas estruturais no podero, em hiptese alguma, serem cobertas pelo revestimento em granito ou rejuntamento, devendo portanto, estas juntas, serem cobertas tambm com uma junta de movimentao localizada no revestimento final, conforme detalhe abaixo (ateno para o fator forma do selante elastomrico que deve ser mantido: proporo largura / pronfundidade de 1 :1).

    Espessura da laje nervurada

    5

    Laje de concreto

    nervurada

    12

    Selante elastomrico

    20 Granito

    Contrapiso

    Argamassa colante AC-III 15 a 25

    Espumas de polietileno expandido

  • Detalhe da junta de movimentao no piso em granito executada sobre junta estrutural (fora de escala cotas em mm.)

    7. JUNTAS DE DESSOLIDARIZAO NO PISO EM GRANITO Assim como no revestimento cermico de piso, as juntas de dessolidarizao sero utilizadas no permetro da rea revestida e no encontro com pilares, vigas e salincias ou com outros tipos de revestimento. Aps o assentamento da fiada de revestimento em granito vizinha a regio da junta de dessolidarizao o espao entre esta fiada e a alvenaria (ou estrutura, no caso de pilares) dever ser preenchido com frio-asfalto. Considerando a espessura do revestimento em granito em torno de 20 mm, imagina-se que o conjunto final (granito + argamassa colante AC III) ter na ordem de 25 mm. Posteriormente, o rodap ser assentado criando vnculos somente com a parede, ou seja, somente apoiado sobre a pequena regio do granito assentado no piso vizinho a junta.

    Espessura da laje nervurada

    5

    Laje de concreto

    nervurada

    20

    20 Granito

    Contrapiso

    Argamassa colante AC-III 15 a 25

    Junta estrutural

    Espuma de polietileno expandido Selante

    elastomrico

  • Detalhe da junta de dessolidarizao no piso em granito (fora de escala cotas em mm.)

    8. ASSENTAMENTO DO PISO VINLICO SEMI-FLEXVEL de fundamental importncia que o contrapiso esteja completamente seco e sem a presena de qualquer sujidade antes do incio das etapas de preparo de base para recebimento do piso vinlico (em relao verificao da presena de umidade em superfcies, ver maiores detalhes na pgina 5 do MANUAL DE INSTALAO PAVIFLEX no anexo 2). Caso a superfcie do contrapiso apresente ondulaes, desnveis ou buracos, recomenda-se a aplicao de uma camada de argamassa de regularizao, no trao 1:3, cimento/areia lavada fina, com a espessura necessria para corrigir estas irregularidades. Estando a superfcie do contrapiso em suas condies adequadas, ser aplicada somente uma camada de argamassa de preparao (com espessura mxima de 3 mm) composta de cola PVA, gua e cimento (trao especificado nos pargrafos seguintes), e, com a funo nica de alisar superfcies speras.

    Espessura da laje nervurada

    5

    25

    20

    Rodap em granito

    Alvenaria (ou pilar)

    Granito

    Argamassa colante AC III

    Contrapiso

    Junta de dessolidarizao (preenchida com frio-asfalto) Laje de

    concreto nervurada

    Argamassa colante AC III

    Emboo

    15 a 25

  • De acordo com as recomendaes do MANUAL DE INSTALAO PAVIFLEX (constante no anexo 2 ver maiores detalhes neste anexo) um resumo do preparo da superfcie e colocao do piso vinlico semi-flexvel apresentado a seguir: Preparo de Superfcie O contrapiso (com camada de regularizao, caso esta seja necessria) deve ser lixado firmemente com pedra de esmeril (grana n 60) e toda a poeira varrida e removida com pano mido limpo ou aspirador de p. Caso a superfcie esteja muito porosa deve ser aplicado um primer (8 litros de gua + 1kg de cola PVA) imediatamente antes da aplicao da argamassa de preparao, usando vassoura ou broxa (funcionar como ponte de aderncia). A argamassa de preparao (4 partes de gua, 1 parte de cola PVA, 10 a 15 partes de cimento trao em volume) ser aplicada com desempenadeira lisa em no mnimo duas e no mximo trs demos (obtendo-se espessura final da ordem de 3 mm) at ser obtida superfcie lisa e sem imperfeies. O tempo mdio de secagem da ltima demo da argamassa de preparao at a colocao das placas de 12 horas. Aps cada demo da argamassa de preparao deve-se proceder o lixamento com lixa de ferro n 60 e limpeza completa com aspirador de p. Colocao do Piso Vinlico Semi-flexvel Marcar uma linha de referncia batendo-se uma linha de pedreiro impregnada com giz para que ela demarque no piso uma orientao para colocao das placas. Antes da colagem as placas devem ser dispostas sobre o piso, a partir da referncia, para serem identificadas as necessidades de cortes e arremates junto a paredes e pilares (ver imagens explicativas no anexo 2). A colagem do piso sobre a argamassa de preparao dever ser feita com utilizao de cola a base acrlica ou betuminosa, observando-se a total ausncia de umidade da base quando de sua colocao. Colas de base acrlica so aplicadas sobre a superfcie onde o piso ser colocado com utilizao de desempenadeira denteada e posteriormente rolo de espuma (para assegurar que no haver marcas dos dentes da desempenadeira no piso assentado). Aps 15 minutos do espalhamento do adesivo verificado o ponto (tack) do mesmo (momento no qual ao ser tocado com a ponta dos dedos verifica-se aderncia, porm sem sujar os dedos) e a partir da se inicia a colocao das placas. O tempo em aberto deste adesivo (tempo o qual ele pode ficar aberto sobre a superfcie sem que haja perda de seu poder colante) de cerca de 40 minutos, sendo que o espalhamento do adesivo no deve ser

  • realizado em reas superiores a 10 m2. Colas de base betuminosa so aplicadas de maneira similar s de base acrlica, porm apresentam maior tempo em aberto (da ordem de 3 horas). As placas so percutidas com martelo de borracha e excesso que flui sobre as mesmas retirado com solvente apropriado (caso necessrio, o solvente s dever ser usado neste momento, sendo aplicado em pequenas quantidades e somente na superfcie onde se deseja retirar o excesso da cola que fluiu. Nunca deve ser utilizado solvente para limpeza, devido ao risco de provocar o descolamento das placas. Utilizar na limpeza somente detergente neutro, observando que a primeira limpeza s poder ser realizada aps 10 dias da colocao do piso). 9. JUNTAS DE MOVIMENTAO NO PISO VINLICO SEMI-FLEXVEL Assim como j comentado no piso em granito, as regies da laje onde existam juntas estruturais no podero, em hiptese alguma, serem cobertas pelo piso vinlico semi-flexvel, devendo, portanto, estas juntas serem cobertas por uma junta de movimentao localizada no revestimento final, conforme detalhe abaixo (ateno para o fator forma do selante elastomrico que deve ser mantido: proporo largura / profundidade de 1 :1).

    Detalhe da junta de movimentao no piso vinlico semi-flexvel executada sobre junta estrutural

    (fora de escala cotas em mm.)

    Espessura da laje nervurada

    3

    Laje de concreto

    nervurada

    20

    Selante elastomrico

    Contrapiso

    Argamassa de preparao

    15 a 25

    Junta estrutural

    Espuma de polietileno expandido

    Piso vinlico semi-flexvel

  • Da mesma forma que no revestimento em granito, a aplicao do selante, que vedar o sistema, dever ser precedida da aplicao de fita adesiva nas bordas da junta, para propiciar um bom acabamento. Alm disso, as laterais que definem as juntas devem estar bem secas e limpas para que o selante fique bem aderido s mesmas. Recomenda-se ainda, para melhoria da aderncia do selante s laterais, a utilizao de primer adequado ao selante escolhido. Para a aplicao o bico do cartucho cortado num ngulo de 45 e o preenchimento da junta e feito em uma s camada (do fundo para a superfcie da junta). O acabamento superficial feito com esptula lisa umedecida com detergente neutro. Imediatamente aps a aplicao as fitas adesivas colocadas nas bordas da junta (sobre as placas do piso vinlico semi-flexvel) devem ser removidas. O selante empregado dever ser base de poliuretano (ex.: Nitoseal PU-30 da Fosroc, Selante NP-1 da Degusa-Basf, Sikaflex 1A plus da Sika ou similares), e devero apresentar as seguintes caractersticas:

    . Selante a base de poliuretano aliftico . Liberdade de movimentao da junta mnima de 25% . Dureza Shore A (segundo ASTM C661) mnima de 25 . Alongamento na ruptura (segundo ASTM D 412) mnimo de 500%

    10. PROTEO DOS PISOS AT A ENTREGA DA OBRA Todos os pisos anteriormente citados (cermico, granito e vinlico semi-flexvel) devero ser protegidos com lona plstica, plstico bolha ou filme tcnico at a entrega da obra. Firmo a presente consultoria, entregue em Belo Horizonte na data de __ de novembro de 2006.

    __________________________________________________________ Professor Antnio Neves de Carvalho Jnior

    Chefe do Departamento de Engenharia de Materiais e Construo EEUFMG

  • ANEXO 1: PRINCIPAIS INFORMAES A RESPEITO DO

    G-FIX (PARA UTILIZAO COMO DISPOSITIVO DE FIXAO

    AUXILIAR NO ASSENTAMENTO DAS PLACAS DE GRANITO NA FACHADA)

  • ANEXO 2: MANUAL DE INSTALAO PAVIFLEX