Construtor corre para vender imóvel este ano - dci.com.br · fazer contrato de aluguel com...

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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA- FEIRA, 28, 29 E 30 DE NOVEMBRO DE 2015 7 Negócios Serviços Paula Cristina São Paulo [email protected] Participar da Black Friday, oferecer descontos massivos, fazer contrato de aluguel com intenção de compra e até fi- nanciar moveis: essas são al- gumas das estratégias das construtoras para tentar ele- var as vendas neste final de ano, e diminuir o sabor amar- go do cenário recessivo. “O ano dos descontos”, co- mo foi considerado 2015 por especialistas e construtores, abre boas oportunidades de negócios, já que ter imóveis parados acarretam custos al- tíssimos ao construtor. “Imóvel parado é prejuízo. Cerca de 6% do valor do imó- vel é o que a construtora pa- ga para manter o imóvel”, ex- plicou o consultor imobiliário, Jeremias Calção. Para tentar estimular as vendas, a construtora Even anunciou – até o fim do ano – a promoção ‘Prontos para vi- ver’. Nos empreendimentos Luar do Pontal, RG e Viverde, todos no Recreio, no Rio de Janeiro, a construtora oferece dois tipos de proposta para os interessados. Descontos de até 32% na compra de uma unidade, ou descontos de 25% na compra de uma unidade toda mobiliada, co- mo armários planejados, ar-condicionado nos quartos, box, espelhos, chuveiro, aquecedor, móveis e eletro- domésticos. “Esse tipo de ação é positiva porque atrela pagamentos de juro em ape- nas uma instituição”, ponde- rou Jeremias. Em Minas Gerais a cons- trutora Garcia & Montovanni também resolveu inovar para tentar vender imóveis ainda este ano. Com a redução dos financiamentos imobiliários, Dezembro, período tradicionalmente fraco para venda de residências, será a última chance das construtoras tentarem diminuir o impacto negativo do comércio de apartamentos em 2015 Construtor corre para vender imóvel este ano CENÁRIO a alternativa foi oferecer, nos imóveis prontos, contratos de aluguel com intenção de com- pra. “Fazemos um contrato de aluguel de 12 a 24 meses, nesse período, o comprador dilui a entrada, que tem sido uma das maiores dificuldades”, afirmou ao DCI o diretor-geral da em- presa, Antonio Montovanni. O modelo de negociação va- lerá até o fim do ano e abrange três empreendimentos da em- presa na Região Metropolitana de Belo Horizonte. I m o b i l i á r i as As imobiliárias também se or- ganizaram para participar esse no da Black Friday, data co- nhecida por amplos descontos do varejo. No portal imobiliá- rio VivaReal a ação promocio- nal começou no início de no- vembro, e contou com a participação de 30 incorpora- doras, o dobro do ano passado. Já a RealtON espera um au- mento de vendas de 30% no mês de novembro, através de descontos que superam os 50%. Na ARE/MAX Brasil a promoção especial se deu no último fim de semana, e con- tou com 150 unidades distri- buídas por todo o País, com serviço jurídico completo para assessorar a aquisição. DIVULGAÇÃO Mesa de negociação: promoção abre caminho para novos negócios Com a cabotagem, Tecom Rio Grande avança 5,2% no ano TRANSPORTE do ao mesmo período de 2014. Na exportação, esta alta é de 7,8%. “A Cabotagem se coloca como um mercado em expan- são e uma alternativa para os modais mais tradicionais no país, como o rodoviário. O mo- delo traz vantagens competiti- vas, como maior agilidade na logística para transporte de grande volume de cargas”, ex- plica o diretor comercial do Te- con Rio Grande, Thierry Rios. Dentre os principais produ- tos movimentados pelo Tecon Rio Grande estão a resina, o ar- roz e o tabaco. No comparativo dos dez primeiros meses de 2014 e 2015, o arroz, que tem como principal destino o nor- deste brasileiro, teve uma alta de 10%, enquanto a resina apresenta uma variação positi- va de 46,5% e o tabaco uma al- ta de 3,6% contêineres movi- mentados. Presidente da Anatel vê com reservas fusão de Oi e TIM TELECOMUNICAÇÕES Rezende acrescentou que não poderia, nem deveria se aprofundar sobre o tema, uma vez que se as negociações en- tre as empresas se consolida- rem, a fusão terá que ser ava- liada pela Anatel. Em outubro, a Oi anunciou que conseguiu do fundo russo de investimentos LetterOne prazo de sete meses para ne- gociar uma injeção de capital de US$ 4 bilhões na operadora se ela conseguir viabilizar uma fusão com a TIM, controlada pela Telecom Italia. O tema ali- mentou discussões sobre co- mo seria realizada tal ação sem ferir as leis de concorrência, reguladas pelo Cade. Leilão Sobre o leilão de sobras de fre- quências marcado para de- zembro, Rezende comentou que apesar da crise econômica do País as manifestações de in- teresse de investidores têm si- do “relevantes e acreditamos muito no fortalecimento da in- fraestrutura para provimento de banda larga onde as gran- des empresas não investem”, disse o presidente da Anatel. “Nossa intenção não é arre- cadatória e sim aumentar in- fraestrutura” disse ele. Já sobre uma eventual eleva- ção das taxas cobradas para o Fundo de Fiscalização de Tele- comunicações (Fistel), Rezen- de afirmou que “não há ne- nhuma perspectiva de aumento do Fistel e seria ruim um aumento da carga tributá- ria”, apontou. Ec o n o m i a Questionado sobre possíveis problemas ao funcionamento da Anatel por conta de econo- mia de gastos pelo governo fe- deral, Rezende admitiu que a autarquia está passando por contingenciamento de recur- sos, mas isso não está afetando os trabalhos de fiscalização do setor. /Reuters Uma eventual fusão entre as operadoras de telefonia móvel Oi e TIM é vista com reservas pelo presidente da Agência Na- cional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, que avalia que uma operação entre as empresas seria negativo pa- ra a concorrência no País. “Para nós, quanto mais concorrência, melhor, e quanto menos, pior, eviden- temente”, disse Rezende. Ele fez o comentário durante evento sobre tributação de telecomunicações, ao ser questionado sobre as expec- tativas de consolidação do setor envolvendo as duas operadoras. “Evidentemente que tenho minhas reservas sobre uma possível consoli- dação”, afirmou o executivo. Da Redação São Paulo [email protected] O Terminal de Contêineres de Rio Grande (Tecon Rio Grande), do grupo Wilson Sons, fechou os dez primeiros meses do ano com uma movi- mentação de 619,1 mil TEU, número 5,2% maior que o montante movimentado no mesmo período de 2014. De acordo com a empresa, o destaque positivo da opera- ção se deu em função da ca- botagem, transporte de car- gas via costa brasileira. O modelo bateu a marca de 34,9 mil TEU (Unidade equi- valente a 20 Pés, em inglês: Twenty-foot Equivalent), va- lor 11,8% maior se compara-

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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS � SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA- FEIRA, 28, 29 E 30 DE NOVEMBRO DE 2015 7

Negócios S e rv i ç o s

Paula CristinaSão Paulop au l ac s @ d c i . c o m . b r

� Participar da Black Friday,oferecer descontos massivos,fazer contrato de aluguel comintenção de compra e até fi-nanciar moveis: essas são al-gumas das estratégias dasconstrutoras para tentar ele-var as vendas neste final deano, e diminuir o sabor amar-go do cenário recessivo.

“O ano dos descontos”, co-mo foi considerado 2015 porespecialistas e construtores,abre boas oportunidades denegócios, já que ter imóveisparados acarretam custos al-tíssimos ao construtor.

“Imóvel parado é prejuízo.Cerca de 6% do valor do imó-vel é o que a construtora pa-ga para manter o imóvel”, ex-plicou o consultorimobiliário, Jeremias Calção.

Para tentar estimular asvendas, a construtora Eve nanunciou – até o fim do ano –a promoção ‘Prontos para vi-ve r’. Nos empreendimentosLuar do Pontal, RG e Viverde,todos no Recreio, no Rio deJaneiro, a construtora oferecedois tipos de proposta paraos interessados. Descontosde até 32% na compra deuma unidade, ou descontosde 25% na compra de umaunidade toda mobiliada, co-mo armários planejados,ar-condicionado nos quartos,box, espelhos, chuveiro,aquecedor, móveis e eletro-domésticos. “Esse tipo deação é positiva porque atrelapagamentos de juro em ape-nas uma instituição”, ponde-rou Jeremias.

Em Minas Gerais a cons-trutora Garcia & Montovannitambém resolveu inovar paratentar vender imóveis aindaeste ano. Com a redução dosfinanciamentos imobiliários,

Dezembro, período tradicionalmente fraco para venda de residências, será a última chance dasconstrutoras tentarem diminuir o impacto negativo do comércio de apartamentos em 2015

Construtor corre para vender imóvel este anoCENÁRIO

a alternativa foi oferecer, nosimóveis prontos, contratos dealuguel com intenção de com-pra. “Fazemos um contrato dealuguel de 12 a 24 meses, nesseperíodo, o comprador dilui aentrada, que tem sido uma dasmaiores dificuldades”, afirmouao DCI o diretor-geral da em-presa, Antonio Montovanni.

O modelo de negociação va-lerá até o fim do ano e abrangetrês empreendimentos da em-presa na Região Metropolitanade Belo Horizonte.

I m o b i l i á r i asAs imobiliárias também se or-ganizaram para participar esse

no da Black Friday, data co-nhecida por amplos descontosdo varejo. No portal imobiliá-rio VivaReal a ação promocio-nal começou no início de no-vembro, e contou com aparticipação de 30 incorpora-doras, o dobro do ano passado.

Já a Re a l t O N espera um au-mento de vendas de 30% nomês de novembro, através dedescontos que superam os50%. Na A R E / M AX Brasil apromoção especial se deu noúltimo fim de semana, e con-tou com 150 unidades distri-buídas por todo o País, comserviço jurídico completo paraassessorar a aquisição.

D I V U L G AÇ ÃO

Mesa de negociação: promoção abre caminho para novos negócios

Com a cabotagem, Tecom RioGrande avança 5,2% no ano

T R A N S P O RT Edo ao mesmo período de 2014.Na exportação, esta alta é de7,8%. “A Cabotagem se colocacomo um mercado em expan-são e uma alternativa para osmodais mais tradicionais nopaís, como o rodoviário. O mo-delo traz vantagens competiti-vas, como maior agilidade nalogística para transporte degrande volume de cargas”, ex-plica o diretor comercial do Te-con Rio Grande, Thierry Rios.

Dentre os principais produ-tos movimentados pelo TeconRio Grande estão a resina, o ar-roz e o tabaco. No comparativodos dez primeiros meses de2014 e 2015, o arroz, que temcomo principal destino o nor-deste brasileiro, teve uma altade 10%, enquanto a resinaapresenta uma variação positi-va de 46,5% e o tabaco uma al-ta de 3,6% contêineres movi-m e n t a d o s.

Presidente da Anatel vê comreservas fusão de Oi e TIM

TELE COMUNICAÇÕESRezende acrescentou que

não poderia, nem deveria seaprofundar sobre o tema, umavez que se as negociações en-tre as empresas se consolida-rem, a fusão terá que ser ava-liada pela Anatel.

Em outubro, a Oi anunciouque conseguiu do fundo russode investimentos L e t t e r On eprazo de sete meses para ne-gociar uma injeção de capitalde US$ 4 bilhões na operadorase ela conseguir viabilizar umafusão com a TIM, controladapela Telecom Italia. O tema ali-mentou discussões sobre co-mo seria realizada tal ação semferir as leis de concorrência,reguladas pelo Cade.

LeilãoSobre o leilão de sobras de fre-quências marcado para de-zembro, Rezende comentouque apesar da crise econômica

do País as manifestações de in-teresse de investidores têm si-do “relevantes e acreditamosmuito no fortalecimento da in-fraestrutura para provimentode banda larga onde as gran-des empresas não investem”,disse o presidente da Anatel.

“Nossa intenção não é arre-cadatória e sim aumentar in-fraestr utura” disse ele.

Já sobre uma eventual eleva-ção das taxas cobradas para oFundo de Fiscalização de Tele-comunicações (Fistel), Rezen-de afirmou que “não há ne-nhuma perspectiva deaumento do Fistel e seria ruimum aumento da carga tributá-r ia”, apontou.

Ec o n o m i aQuestionado sobre possíveisproblemas ao funcionamentoda Anatel por conta de econo-mia de gastos pelo governo fe-deral, Rezende admitiu que aautarquia está passando porcontingenciamento de recur-sos, mas isso não está afetandoos trabalhos de fiscalização dosetor. /Re u t e r s

� Uma eventual fusão entre asoperadoras de telefonia móvelOi e TIM é vista com reservaspelo presidente da Agência Na-cional de Telecomunicações(Anatel), João Rezende, queavalia que uma operação entreas empresas seria negativo pa-ra a concorrência no País.

“Para nós, quanto maisconcorrência, melhor, equanto menos, pior, eviden-t e m e n t e”, disse Rezende. Elefez o comentário duranteevento sobre tributação detelecomunicações, ao serquestionado sobre as expec-tativas de consolidação dosetor envolvendo as duasoperadoras. “Ev i d e n t e m e n t eque tenho minhas reservassobre uma possível consoli-d a ç ã o”, afirmou o executivo.

Da RedaçãoSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

� O Terminal de Contêineresde Rio Grande (Tecon RioGrande), do grupo W ilsonSons, fechou os dez primeirosmeses do ano com uma movi-mentação de 619,1 mil TEU,número 5,2% maior que omontante movimentado nomesmo período de 2014.

De acordo com a empresa,o destaque positivo da opera-ção se deu em função da ca-botagem, transporte de car-gas via costa brasileira. Omodelo bateu a marca de34,9 mil TEU (Unidade equi-valente a 20 Pés, em inglês:Twenty-foot Equivalent), va-lor 11,8% maior se compara-