“CONSTRUINDO” PLANALTOS, PLANÍCIES E DEPRESSÕES NAS AULAS DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL
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“CONSTRUINDO” PLANALTOS, PLANÍCIES E DEPRESSÕES NAS AULAS
DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO (máximo de 700 caracteres)
O relevo é um dos temas das aulas de Geografia que ainda exige dos alunos um
alto grau de abstração para entenderem os seus processos e as suas formas. Vídeos,
aulas de campo, fotografias, painéis, croquis e maquetes são alguns dos recursos e
atividades que podem ser utilizados para amenizar esse problema.
Porém, geralmente, há deficiências na infra-estrutura das escolas e/ou uma má
formação e disposição dos professores que terminam recorrendo ao livro didático e às
aulas expositivas para trabalhar o relevo terrestre.
OBJETIVO (máximo de 300 caracteres)
Partindo dessas inquietações, é que buscamos analisar na pesquisa como a
construção de maquetes de relevo, pelos próprios alunos, contribui para melhorar o
estudo das formas e da dinâmica do relevo terrestre, assim como para aumentar o
interesse pelas aulas de Geografia. Esse trabalho resultou numa monografia de
licenciatura (COSTA, 2007).
MATERIAL E MÉTODO (máximo de 700 caracteres)
A presente pesquisa também integra um projeto maior - O papel dos recursos
didáticos na formação do professor de Geografia: da teoria à prática - que está em
desenvolvimento no Laboratório de Ensino de Geografia (LEGEO) da UVA
(Sobral/CE), com o apoio da FUNCAP.
Para este segmento do projeto, foi realizado um levantamento bibliográfico
sobre a temática proposta e usado o método da observação participante numa turma de
6º ano da Escola Pública Ivonir Aguiar Dias, em Sobral, onde realizamos uma oficina
de construção de maquetes de relevo com os alunos. Ainda entrevistamos a professora
titular de Geografia do 6º ano e aplicamos questionários com 20 alunos, ou seja, 50% da
turma.
RESULTADOS E DISCUSSÃO (máximo de 1000 caracteres)
A principal dificuldade das aulas apontada pela professora era a falta de
materiais audiovisuais que pudessem prender a atenção dos alunos. Essa escassez era a
justificativa para que usasse com mais freqüência a linguagem verbal e o livro didático.
Ela nunca construiu maquetes com seus alunos, o que a fez aceitar a oficina proposta
com muito entusiasmo e participação nas atividades.
Dos alunos pesquisados, 85% haviam estudado as formas de relevo do Brasil e
15% não lembravam (embora essa temática fora trabalhada naquele semestre). 80%
deles ainda confirmaram que nunca construíram uma maquete em sala de aula e não
conseguiam identificar as formas do relevo brasileiro e de seu município.
As maquetes propostas na oficina foram: um perfil topográfico, um modelado
das curvas de nível e um modelado diferenciando planalto, planície e depressão. Essa
escolha foi feita com o intuito de levarmos os alunos à compreensão das três principais
formas do relevo brasileiro.
CONCLUSÃO (máximo de 400 caracteres)
Os resultados confirmaram que o livro didático é o principal recurso utilizado
para o estudo do relevo nas aulas de Geografia. Contudo, após a oficina, o professor e
os alunos se mostraram entusiasmados com a construção das maquetes, ratificando que
o estímulo ao “aprender-fazendo” torna o estudo do relevo e do espaço geográfico mais
“concretos” e significativos.
REFERÊNCIAS (máximo de 600 caracteres)
ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino
e representação. 5. ed. São Paulo: Contexto, 1994.
COSTA, Luana Rodrigues da. “Construindo” planaltos, planícies e depressões nas
aulas de Geografia do Ensino Fundamental. 2007. 49 f. Monografia (Licenciatura em
Geografia) - Centro de Ciências Humanas, Universidade Estadual Vale do Acaraú.
Sobral-CE, 2007.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Relevo brasileiro: planaltos, planícies e depressões.
In: CARLOS, Ana Fani A. Novos caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto, 2002.
p. 41-61.