CONSÓRCIO GRAMINEA LEGUMINOSA.doc
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SITUAÇÃO ATUAL DAS PASTAGENS NO BRASIL
As pastagens constituem a principal fonte alimentar dos rebanhos nos
trópicos (VALENTIM et al. 2001).
A necessidade de expansão das fronteiras pecuárias no final dos anos
60, início dos 70 criou um grande desafio para a pecuária brasileira, que
cresceu ainda mais com o agravamento dos problemas causados pela
encefalopatia espongiforme bovina, também conhecida como “doença da vaca
louca” na Europa, abrindo dessa forma um nicho de mercado para aumentar as
exportações brasileiras de carne produzida a pasto (VALENTIM et al. 2001).
As espécies forrageiras tropicais passíveis de serem utilizadas no
Brasil apresentam grande potencial, porém sua produção (kg/ha), valor nutritivo
e qualidade da forragem produzida, as taxas de lotação (0,85 cabeças/ha),
desempenho e produtividade animal apresentados pela pecuária brasileira são
bastante inferiores aos níveis passíveis de ser obtidos, tanto do ponto de vista
biológico como do ponto de vista operacional (Pedreira & Mello, 2000; Silva &
Sbrissia, 2000). Um dos motivos relacionados à esse impasse tem sido a baixa
fertilidade quase generalizada dos solos destinados à produção pecuária no
Brasil que além de ser um impasse ao aumento e à sustentabilidade da
produção forrageira, representam um fator limitante com relação também ao
estabelecimento e/ou introdução de leguminosas nas pastagens.
No Brasil, a exploração pecuária é uma das maiores atividades
econômicas, sendo a maioria do rebanho criado em condição de pastejo, numa
atividade extensiva. As áreas de pastagens compreendem aproximadamente
180 milhões de hectares, cerca de 20% do território nacional (FAO, 2003).
Desse total mais de 60% das áreas pastoris são constituídas por pastagens
cultivadas (Anuário Estatístico do Brasil, 1996).
Na região do Cerrado, dos aproximados 210 milhões de ha, 40 milhões
são ocupados por pastagens cultivadas, que abrigam 40% do rebanho nacional
(MACEDO, 1995). Entretanto, o termo “cultivado” restringe-se somente à
retirada da vegetação nativa e introdução de espécies forrageiras adaptadas,
sem contudo, haver preocupação pertinente com a fertilidade desse solo. E
mesmo apesar dos baixos índices produtivos, a atividade pecuária no Brasil
tem destacada representatividade econômica.
Dados estimados indicam que pelo menos 80% das pastagens do
Cerrado são formadas por gramíneas do gênero Brachiaria, caracterizando-se,
portanto, como grandes áreas de monocultura que, associadas a um modelo
de pecuária extrativista e apoiadas em solos com baixa disponibilidade de
fósforo e nitrogênio, resultam em degradação de grande parte dessas áreas.
Atualmente, estima-se que cerca de 30 milhões de hectares das pastagens
estabelecidas no Cerrado estão em algum estádio de degradação, em que a
capacidade de suporte não ultrapassa 0,8 UA/ha e a produção animal não
alcança 40 kg/ha ano de peso vivo (Barcellos, 1996).
O declínio na produtividade das pastagens após 4 a 10 anos de
pastejo, especialmente em solos arenosos, deve-se, principalmente, à baixa
fertilidade natural dos solos, caracterizada pela baixa disponibilidade de fósforo
e nitrogênio (Oliveira et al., 1996; Macedo, 1995), que associada a produção
estacional de forragem compromete a produtividade da pecuária (produção de
carne e leite por animal e por hectare), acentuando-se ainda mais quando as
pastagens são formadas com gramíneas puras e sem a correção da fertilidade
do solo. Este problema pode ser constatado pela existência de grandes áreas
de pastagens com baixa capacidade produtiva e áreas degradadas ao longo
dos anos de exploração em todas as regiões do País(Barcellos et al., 2001).
Uma das principais causas da redução na produção vegetal de
pastagens de gramínea em monocultura, ao longo do tempo, é a baixa
disponibilidade do nitrogênio para as plantas por causa da alta relação C:N dos
resíduos (palha e raízes) reciclados no solo (Schunke, 1998). Ao se
decomporem, esses resíduos provocam imobilização do nitrogênio (Schunke,
1998) e produzem no solo compostos orgânicos mais recalcitrantes e de
mineralização mais lenta. Atualmente, assume-se que a palha depositada
sobre o solo e as raízes são as principais responsáveis pela incorporação de N
nos sistemas (Boddey et al., 1995; Cadish et al., 1994), especialmente, em
pastagens tropicais.
A descapitalização do setor pecuário e a limitação ou inadequação das
linhas de crédito disponíveis aumentam a dificuldade de responder aos
desafios de reduzir custos, aumentar a produtividade e a competitividade das
cadeias produtivas da pecuária de corte e leite no Brasil (Barcellos et al., 2001).
Além da questão econômica, a falta de resultados de pesquisa em adubação
de manutenção para as diversas espécies e sistemas de produção sob pastejo
têm sido importantes barreiras à utilização de fertilizantes nas pastagens.
Vários foram e têm sido os estudos sobre resposta das forrageiras à adubação,
principalmente, ao fósforo e ao nitrogênio, e especialmente, para leguminosas.
Mais recentemente, essa necessidade tem se estendido para gramíneas.
Estudos sobre os efeitos da adubação, principalmente avaliando fósforo,
nitrogênio e potássio, sobre a produção de gramíneas e leguminosas foram
conduzidos por diversos autores (SOUTO e DÖBEREINER ,1968; SOUTO e
DÖBEREINER ,1969; JONES et al.,1970; JONES e FREITAS, 1970; TOSI et
al.,1973; SARTINE et al.,1974; LIRA et al.,1994 e ALVIM et al.,1998). Nos
últimos anos, especialmente, nos últimos cinco a dez, o uso de fertilizantes em
pastagens tem se constituído uma prática integrante de muitos sistemas de
produção, pois essa é uma das alternativas capazes de contribuir para torná-
los mais competitivos e sustentáveis.
COSTA (1995) observou incremento na produção da matéria seca
principalmente em forrageiras com alto potencial de produção, em decorrência
da aplicação de nitrogênio. DÖBEREINER (1997) e TOLEDO (1985)
concluíram sobre a inviabilidade da aplicação de fontes minerais nitrogenadas
para sistemas pecuários extensivos. CANTARUTTI (1996) propôs a utilização
do consórcio gramínea-leguminosa, para favorecer as taxas de reciclagem do
nitrogênio e incrementá-lo via fixação biológica.
A especialização da pecuária tem se fundamentado em utilizar
rebanhos com potencial genético elevado (alta produtividade/animal) e adotar
técnicas de manejo apuradas, visando aumentar a capacidade de suporte das
pastagens, reduzir o custo de produção e permitir a diversificação da atividade.
Neste sentido, é necessário o uso mais intenso e racional de espécies
forrageiras de alta produtividade e valor nutritivo (Da Silva & Pedreira, 1997;
Silva & Sbrissia, 2000; Vilella, 1998).
NITROGÊNIO NO SISTEMA SOLO PLANTA
O nitrogênio é um dos maiores fatores limitantes para o crescimento
das plantas, mas estas apresentam vários mecanismos para máxima eficiência
de utilização do nutriente. Sistemas complexos de absorção, assimilação e
mobilização evitam a perda do próprio nitrogênio bem como de energia. Estes
sistemas complexos resultaram em uma progressiva adaptação para as
condições ambientais de baixo suprimento de N. Embora o nitrogênio
molecular contribua com 78% na atmosfera, ele representa para as plantas
uma situação de paradoxo, já que sua abundância na atmosfera não reflete em
disponibilidade para as plantas, pois em contraste a outras moléculas
diatômicas como o O2, NO, e CO, ele não é quimicamente reativo em
condições naturais, devido à grande estabilidade da molécula.
Baseando-se nisso, pode-se perceber que o nitrogênio disponível para
as plantas está invariavelmente relacionado com aquele liberado pela matéria
orgânica do solo. CERRI (1989) demonstrou que 25% da matéria orgânica da
floresta é consumida pela pastagem nos dois primeiros anos após a
implantação, quando a produtividade começa a declinar, embora a pastagem
comece a restabelecer os teores de matéria orgânica, recuperando os teores
originais após oito anos. Neste aspecto, MACEDO (1995) sugeriu um aparente
contra-senso; “com o tempo sobem os teores totais de matéria orgânica mas
não há N suficiente disponível para manter a alta produtividade”.
A produtividade, nestas condições, está diretamente relacionada com
adaptações que permitem às plantas absorver, reduzir, assimilar e translocar
eficientemente o nitrogênio do solo, além de outras adaptações no
metabolismo fotossintético.
Absorção
As principais formas de N utilizadas pelas plantas são a nítrica (NO3 -)
e a amoniacal (NH4 +) (PILBEAM & KIRBY, 1990). Nos solos, o amônio livre
ou liberado de compostos aminados de materiais em decomposição pode
sofrer ação de bactérias nitrificantes, sendo transformado em nitrato (NO3-).
Assim, na maioria dos solos, a principal forma de N é a nítrica, seguida da
amoniacal. Ambas as formas podem ser absorvidas pelas plantas em taxas e
proporções dependentes da espécie, idade e disponibilidade de carboidratos
(DEANNEDRUMMOND, 1983). Ao contrário do nitrato, altos níveis de amônio
são tóxicos para as plantas. O amônio dispersa o gradiente de prótons na
transmembrana, que é necessário para o transporte de elétrons na
fotossíntese, respiração, cadeia respiratória e para “captura” de metabólitos no
vacúolo (TAIZ, 1991).
NOVAIS & SMITH (1999) comentaram sobre a predominância da
forma amoniacal sobre a nítrica nos solos tropicais, devido ao bloqueio dos
fatores predisponentes à nitrificação (atividade microbiana), como baixo pH e
disponibilidade de água principalmente. Os autores relataram ainda que a
absorção do amônio nas pastagens caracteriza tanto uma adaptação à própria
utilização do nitrogênio como também de outros nutrientes, como o fósforo, em
particular, pelo abaixamento do pH a nível de rizosfera que ocorre devido à
absorção dessa forma. TAIZ (1991) argumentou que as plantas evitam o efeito
tóxico do amônio pela assimilação próximo aos sítios de absorção ou geração
(assimilação do nitrato ou fotorrespiração), estocando rapidamente todo o
excesso no vacúolo, e portanto, impedindo oefeito tóxico sobre a membrana e
citosol.
FISHER et al. (1994) propôs que o principal fator de adaptação de
plantas em solos de baixa fertilidade, especialmente em gramíneas tropicais, é
o intenso desenvolvimento do sistema radicular, que pode ser observado pela
magnitude de incorporação de carbono no solo, muitas vezes superior ao de
outras culturas ou mesmo da mata nativa. Porém, para o nitrogênio, esta
adaptação torna-se irrelevante, uma vez que o nutriente apresenta alta
mobilidade no solo, sendo transportado até a raiz, primordialmente pelo
mecanismo de fluxo de massa, onde a taxa de transpiração da planta passa a
ser o fator preponderante (NOVAIS & SMITH, 1999).
A absorção de nitrato ocorre por processo ativo, contra um potencial
eletroquímico, por meio de um sistema simporte, com transporte simultâneo de
H+ e NO3- para dentro das células. O transporte de NO3
- ocorre através de uma
força protomotora que explica o aumento na velocidade de absorção de NO3-
quando o pH da solução do solo decresce. Uma relação de 2 H+ : 1 NO3- é
observada para a absorção no sistema de membranas, sendo o custo
energético para esta absorção de 2 mol de ATP para cada 1 mol de NO3-
“capturado” pelas plantas (FERNANDES & ROSSIELLO, 1995). A respeito da
absorção de NH4+, os autores comentaram que ocorre por via de sistema
uniporte, por processo passivo. Em algumas gramíneas, o suprimento de
nitrato e amônio, em quantidades equivalentes, resultou primeiramente na
absorção do amônio, sendo a absorção do nitrato significante apenas quando
as concentrações do amônio eram muito baixas.
Redução
O local de redução do nitrato varia com a espécie e com sua taxa de
absorção, podendo ser armazenado na raiz, transferido para as folhas e
armazenado nos vacúolos, para posterior utilização, ou ser diretamente
reduzido nas raízes ou folhas. Em espécies tropicais, a redução do nitrato
ocorre de preferência na parte aérea, independente da concentração externa
desse íon (NAMBIAR et al., 1988). Uma vez absorvido, em plantas C4 (milho),
será reduzido a nitrito pela redutase do nitrato, localizada no citosol das células
do mesófilo. O nitrito será
reduzido a amônio pela redutase do nitrito nos cloroplastos ou
plastídeos de raízes.(VAUGHN & CAMPBELL, 1988).Ao contrário da absorção
do nitrato, o amônio está prontamente disponível para incorporação, sem
necessidade de gastos energéticos ou de poder redutor, no entanto, demanda
esqueletos carbônicos prontamente disponíveis para incorporação, fato que
constitui uma adaptação já discutida anteriormente.
Nas plantas C4, as células do mesófilo e da bainha dos feixes
vasculares diferem-se em sua função, não só na assimilação de CO2, mas
também, na assimilação do nitrato. Tanto a nitrato redutase quanto a nitrito
redutase estão localizadas nas células do mesófilo e ausentes nas células da
bainha do feixe vascular. A divisão do trabalho em plantas C4, por meio do qual
as células do mesófilo utilizam energia luminosa para redução e assimilação do
nitrato e as células da bainha para redução do CO2 , é provavelmente a maior
causa para a elevada eficiência do uso de nitrogênio em plantas C4
comparadas com plantas C3 (MARSCHNER, 1995).
Assimilação
A assimilação de N está entre os processos de maior gasto energético
para as plantas, requerendo a transferência de 2 elétrons por nitrato convertido
a nitrito, 6 elétrons por nitrito convertido a amônio, e 2 elétrons e 1 ATP por
amônio convertido a glutamato. Para suprir os elétrons suficientes para estas
reações, as plantas devem desviar equivalentes redutores para o transporte de
elétrons na mitocôndria. Durante a assimilação de nitrato, no escuro, pela parte
aérea das plantas, estas liberam significantemente mais CO2 que consomem
O2, presumivelmente devido ao ciclo dos ácidos tricarboxílicos ou ciclo
oxidativo das pentoses fosfato, catabolizando substratos e transferindo alguns
elétrons para NO3- e NO2
-, preferencialmente que para o O2. Esses dados
indicam que no escuro as plantas gastam acima de 25% da sua energia
respiratória na assimilação do nitrato (BLOOM et al., 1992). Estes autores
concluíram ainda, que a absorção e assimilação de NO3- e NH4
+ foi o maior
gasto energético para o crescimento das raízes de cevada em solução nutritiva,
compreendendo 14% do total do catabolismo de carbono sob nutrição de NH4+
e 23% sob nutrição de NO3-. O requerimento energético adicional para
assimilação de nitrato apoia a controvérsia que o crescimento pode ser mais
energicamente limitado sob suprimento de nitrato que amônio.
FEMG et al. (1998) observaram que o aumento proporcional de
reservas de carbono requerido para suportar a assimilação de NH4+, apoia o
conceito de que a disponibilidade de carboidratos está envolvida na regulação
da absorção e assimilação do amônio pelas raízes. A concentração de amônio
nas raízes decresceu no escuro e aumentou durante a luz, isso sugere que, no
escuro, a assimilação de amônio freqüentemente excedeu a absorção,
indicando um adequado suprimento de carboidrato. Durante a iluminação,
entretanto, a concentração de amônio nas raízes aumentou, sugerindo que o
suprimento de carboidrato foi insuficiente para assimilar todo amônio absorvido.
A sintetase da glutamina (GS) catalisa a síntese de glutamina a partir de
glutamato, amônio e ATP. Atuando junto com a sintase do glutamato (GOGAT),
que catalisa a reação de transferência do grupo nitrogênio - amídico da
glutamina para o 2-oxoglutarato produzindo duas moléculas de glutamato,
forma o ciclo GS-GOGAT. A glutamina pode ser substrato para a síntese de
aminoácidos como asparagina, enquanto o glutamato participa de várias
reações de transaminação, sendo que a glutamina pode também ser utilizada
diretamente na síntese de proteínas (TAIZ, 1991).
A enzima desidrogenase do glutamato (GDH) catalisa uma rota
alternativa para a assimilação de amônio, aminação redutiva do 2-oxoglutarato,
ou a desaminação oxidativa do glutarato. Porém, essa rota alternativa é
responsável por pequena fração do total de amônio assimilado em tecido de
plantas superiores. Em arroz a GS é descrita como sendo a enzima primária do
metabolismo do amônio (TAIZ, 1991).
Translocação
As plantas assimilam, na raiz, aproximadamente todo o NH4+ e de 5 a
95% do NO3- absorvido pela rizosfera (BLOOM et al., 1992).
As amidas, com suas baixas relações C:N são as principais
transportadoras de N orgânico no xilema de milho. Em plantas supridas
exclusivamente com nitrato o maior suprimento de N das raízes para parte
aérea está na forma de nitrato (59%), com somente 35% transportados como
compostos aminados, principalmente glutamina. Nessas condições, o principal
sítio de assimilação de nitrogênio é a parte aérea. Em plantas supridas com
amônio, 84% do nitrogênio exportado das raízes para parte aérea estão na
forma de compostos orgânicos, predominando asparagina e glutamina, sendo o
restante translocado como amônio (não tóxico em baixas concentrações).
Portanto, em condições de suprimento exclusivo com amônio as raízes são o
principal sítio de assimilação do nitrogênio. Em plantas supridas com amônio
mais nitrato 1:1, a maior parte do nitrogênio (64%) é exportada das raízes para
parte aérea na forma de compostos aminados, predominando glutamina,
ascendendo somente 34% como nitrato. Nestas condições, as raízes são
novamente o principal sítio de assimilação de nitrogênio, provavelmente em
razão da mais rápida absorção de amônio com relação à de nitrato (Murphy &
Lewis, 1987 citado por MAGALHÃES, 1996).
REMOBILIZAÇÃO
MARSCHNER (1995) considerou que a remobilização é baseada na
variação de diferentes processos fisiológicos e bioquímicos: utilização do
mineral estocado no vacúolo, “breakdown” de proteínas estocadas, ou
finalmente no “breakdown” de estruturas celulares (cloroplastos, por exemplo) e
enzimas. Conseqüentemente, transformando nutrientes minerais
estruturalmente ligados em formas móveis. A remobilização na planta é
importante no processo de ontogênese da planta, seguindo os estádios:
germinação da semente; período de insuficiente suprimento para as raízes
durante o crescimento vegetativo (o qual será objetivo de nossa discussão) e
também durante o período reprodutivo.
Euclides et al. (1990), estudando a melhor época para o diferimento
(refere-se a vedação da pastagem, objetivando acumular forragem a fim de
fornecê-la aos animais no período do ano em que os estresses abióticos -
temperatura e água - impedem o desenvolvimento das plantas) e utilização das
pastagens, observou que na vedação, tanto em fevereiro, quanto em março, os
teores de nitrogênio total decresceram linearmente durante os períodos de
utilização estudados (maio, julho e setembro), além do conteúdo de nitrogênio
total das folhas jovens ter sido muito mais elevado em relação às outras folhas
ou mesmo ao caule.
Procurando entender tais alterações e considerando somente os
fatores de estressse nutricional (disponibilidade de nitrogênio e água
influenciando a absorção do nutriente) pode-se imaginar que essas plantas
apresentam mecanismos muito efetivos para remobilização, uma vez que,
mesmo sob a severidade do estresse observado no período de inverno na
região tropical apresentam alguma taxas de crescimento, embora possa ser
considerada modesta diante do potencial produtivo da planta. Neste contexto,
FERNANDES & ROSSIELLO (1995) discutiram que nas regiões tropicais onde
existem duas estações bem definidas (seca e chuvosa), pode ocorrer uma
“súbita abundância” de nitrato no início da estação chuvosa, atribuída a uma
rápida degradação da matéria orgânica pelos microorganismos. E
consideraram a possibilidade dessas plantas terem desenvolvido uma
estratégia de sobrevivência, adaptando-se a estes solos pobres e oxídicos dos
trópicos. Portanto, tonando-se hábeis em absorver NO3- em uma rápida taxa,
durante este período de “súbita abundância”, que não se estende por mais que
3 a 5 semanas, já que o NO3- pode ser lixiviado pelas fortes chuvas tropicais, e
então, compartimentalizando o excesso de nitrato absorvido num “pool” de
reserva nos vacúolos que será utilizado posteriormente para seu metabolismo.
Recentemente, o conceito de produtividade de nitrogênio na planta
tem sido usado para interpretar a dependência do crescimento da mesma ao
nitrogênio interno. A produtividade de nitrogênio da planta tem sido expressa
como o produto de dois fatores: a proporção de nitrogênio na folha, que é a
proporção de nitrogênio da planta presente nas folhas, e a produtividade de
nitrogênio da folha, definida como o aumento na matéria seca da planta por
unidade de tempo e conteúdo de nitrogênio da folha (GARNIER et al., 1995).
Os autores concluíram que a eficiência no uso fotossintético do nitrogênio tem
um forte impacto sobre a produtividade do nitrogênio da folha, e desta maneira,
sobre a produtividade de nitrogênio da planta. A “alocação” entre diferentes
órgãos da planta afetam a produtividade de nitrogênio da planta em alguma
extensão quando grandes diferenças nas taxas são comparadas, mas em
gramíneas, a alta taxa de nitrogênio na folha não necessariamente se
correlaciona com a alta produtividade de nitrogênio na planta.
Fotossíntese
Fotossíntese, crescimento e produtividade estão fortemente ligados à
disponibilidade do nitrogênio, particularmente em culturas de gramíneas. Isto
deve-se ao requerimento de grande quantidade deste nutriente em relação aos
outros, sendo assim, a atividade fotossintética e conseqüentemente a produção
de matéria seca pode ser determinada pela disponibilidade de nitrogênio. E a
performance das culturas, principalmente quando a disponibilidade de
nitrogênio é baixa estará intimamente relacionada com a sua eficiência de
utilização (RANJITH & MEINZER, 1997). Espécies que fixam CO2 pelo ciclo C4
têm taxa mais elevada de absorção de CO2 que espécies que utilizam o ciclo
fotossintético de redução do carbono C3. A maior capacidade de fixação tem
sido associada à reduzida fotorrespiração, especializada anatomia de folhas e
vias bioquímicas que diferem as plantas C4 das C3. A hipótese que as plantas
C4 têm maior eficiência no uso do nitrogênio (biomassa produzida por unidade
de N na planta) que as C3 está relacionada a resultados que evidenciam o
menor investimento relativo do nitrogênio nas enzimas de carboxilação
fotossintética, caracterizando a adaptação destas plantas durante a evolução
em condições onde o nitrogênio é limitado (BROWN, 1978).
Sage et al. (1987) citado por MARSCHNER (1995) comentou que
devido ao mecanismo característico de concentração de CO2 nas células da
bainha do feixe vascular, a RUBP carboxilase (RUBISCO) é menos necessária
em plantas C4 comparada a plantas C3. Nas plantas C3, a rubisco perfaz
aproximadamente 20 a 30% do nitrogênio total das folhas, comparado com
menos de 10% nas plantas C4, somado a mais 2 a 5% de nitrogênio adicional
relativo a PEP carboxilase nas plantas C4.
BROWN (1978) utilizou uma técnica de análise de crescimento para
comparar a resposta de forrageiras C3 e C4 em diferentes níveis de nitrogênio.
Os dados para plantas C3, ryegrass (azevém) e trigo, indicaram máxima taxa
relativa de crescimento a uma concentração de nitrogênio na folha entre 6 e
7% da matéria seca, entretanto, os dados relativos a 2 espécies C4, milho e
Setária anceps indicaram máxima taxa relativa de crescimento quando a
concentração de nitrogênio na folha estava entre 3 e 5%.
Outra diferença importante entre o ciclo C3 e C4 é pertinente à
contribuição do mecanismo fotorrespiratório, tanto pela sua interferência na
fixação do carbono, como também, para o metabolismo do nitrogênio. Quando
a fotorrespiração é reduzida nas plantas C3, por exemplo, pelo aumento da
concentração de CO2 ou diminuição de O2, tanto a produção (matéria seca
vegetativa) e eficiência do uso de nitrogênio aumentam. OAKS (1994)
considerou que o suprimento de carbono pode ser alterado pela redução da
fotorespiração, favorecendo um aumento líquido de carboidrato e proteína, bem
como a disponibilidade de poder redutor e ATP. O autor demonstrou que o
elevado nível de NO3- em cevada e trigo, comparado a milho e sorgo, é devido
à deficiência de carbono causada pela inibição da PDC mitocondrial, que
descarboxila o piruvato produzindo acetil-COA, NADH, e conseqüentemente
CO2, por cátions monovalentes, em particular NH4+ produzido pela
fotorrespiração em plantas C3. A produção de NH4+, além de ser menor em
plantas C3, apresenta uma divisão espacial, e caso ocorra fotorrespiração,
estará localizada nas células da bainha do feixe vascular, sendo que a
assimilação do nitrato ocorre nas células do mesófilo, desta maneira, este
impacto sobre o fluxo de carbono necessário para assimilação do nitrato pode
ser considerado desprezível em plantas C4.
Componentes nitrogenados de reserva nas plantas
O acúmulo de carboidratos e utilização durante a rebrotação da parte
aérea, após o corte ou pastejo, tem sido extensivamente estudado em muitas
espécies usadas como forrageiras. Entretanto, recentes trabalhos sugerem que
componentes de reserva nitrogenados encontrados em tecidos vegetativos são
também importantes para tolerância à desfoliação e a períodos de estresse
nutricional. Resultados sugerem que esta reserva de nitrogênio constitui uma
fonte alternativa quando a absorção mineral passa a ser reduzida. Aminoácidos
e proteínas específicas (isto é, estoque protéico vegetativo) são depositados
nas raízes e bases do colmo, e são degradados rapidamente após a
desfoliação (VOLENEC et al., 1996). SCHNYDER & VISSER (1999) avaliaram
a quantitativa significância das reservas e dos assimilados recentes na
rebrotação de perfilhos severamente desfolhados, em plantas de ryegrass
perene, marcando e separando as zonas dreno das fontes, através de uma
técnica isotópica. As distintas zonas funcionais mostraram grande diferença na
cinética de C e N inicialmente assimilados. Estes foram interpretados em
termos de “substratos” e “tecidos”, fluxo entre zonas e “turnover” (movimento)
de C e N dentro das zonas. O perfilhos refoliaram rapidamente, embora o
suprimento de C e N tenha inicialmente decrescido. A rápida refoliação foi
associada com: (a) rápida redução dos carboidratos solúveis em água e
diluição da biomassa estrutural em zona imatura de expansão de folhas, (b)
rápida transição do fluxo de assimilados derivado do crescimento, e (c) rápido
restabelecimento da balanceada relação C:N no substrato de crescimento.
Esse balanço (C:N), aproximadamente 8,9 (peso/peso de nova biomassa)
indica co-regulação do crescimento pelo suprimento de C e N e resulta de um
complementar fluxo de reserva – e recente assimilação – originando C e N. As
reservas foram as dominantes fontes de N até aproximadamente o 30 dia após
a desfoliação. Amino-C constituíram aproximadamente 60% do influxo líquido
de reserva de carbono no 20º dia. E as reservas de carbono foram fontes
insignificantes para o crescimento dos perfilhos após o 1º dia.
decomposição da matéria orgânica
Sistemas de manejo que mantêm os resíduos culturais na superfície
do solo são uma importante ferramenta para a manutenção e recuperação da
capacidade produtiva de solos manejados convencionalmente e de áreas
degradadas, porém uma das principais causas da redução na produção vegetal
de pastagens de gramínea em monocultura, ao longo do tempo, é a baixa
disponibilidade do nitrogênio para as plantas por causa da alta relação C:N dos
resíduos (palha e raízes) reciclados no solo (Schunke, 1998).
A eficácia deste sistema está relacionada, dentre outros fatores, com a
quantidade e a qualidade de resíduos produzida pelas plantas de cobertura e a
persistência destes sobre o solo (GONÇALVES & CERETTA, 1999). Com isso
pode-se esperar a manutenção e/ou incremento dos teores de matéria
orgânica, melhorando a disponibilidade de nutrientes para as culturas
subseqüentes (REICOSCKY & FORCELLA, 1998), além de outros benefícios
como a redução da erosão do solo (CARVALHO et al., 1990), melhoria nas
características físicas dos solos (CARPENEDO & MIELNICZUCK, 1990),
elevação dos teores de N total (SOUZA &MELLO, 2000), acúmulo de fósforo
(MUZILLI, 1981), aumento da disponibilidade de P,K, Ca e Mg (CALEGARI et
al., 1992) nas camadas superficiais do solo.
Entretanto, ao se decomporem, esses resíduos provocam imobilização
do nitrogênio (Schunke, 1998) e produzem no solo compostos orgânicos mais
recalcitrantes e de mineralização mais lenta. Atualmente, assume-se que a
palha depositada sobre o solo e as raízes são as principais responsáveis pela
incorporação de N nos sistemas (Boddey et al., 1995; Cadish et al., 1994),
especialmente, em pastagens tropicais.
A deficiência de nitrogênio acentua-se com o declínio nos teores de
matéria orgânica, com a grande quantidade de N retido nos resíduos vegetais
(liteira) de elevada relação C:N depositados e a imobilização pelos
microrganismos durante a decomposição destes resíduos. Assim, a taxa com
que a liteira é reciclada afeta a produtividade das pastagens (Robbins et al.,
1989), sendo que o declínio na taxa de crescimento e na qualidade da
forrageira relaciona-se com a diminuição na disponibilidade do nitrogênio no
solo.
Os resíduos culturais, adicionados ao solo, são decompostos por
microrganismos e os nutrientes presentes nos compostos orgânicos são
absorvidos pelas células microbianas e posteriormente são liberados na forma
mineral, no processo de mineralização. No processo de decomposição, os
microrganismos atuam como transformadores, realizando a quebra dos
polímeros orgânicos, através de enzimas extracelulares, em compostos
orgânicos solúveis, os quais são absorvidos pelas células microbianas. O C
orgânico presente nos compostos é transformado em biomassa microbiana e
energia e também mineralizado, em condições aeróbicas, na forma de CO2
(MOREIRA & SIQUEIRA, 2002).
A taxa de decomposição dos resíduos culturais está relacionada com
as suas características bioquímicas e com a relação C/N. Muitos trabalhos têm
mostrado que os resíduos culturais de baixa relação C/N decompõem-se mais
rápido que os de relação C/N alta (REINERTSEN et al., 1984; DA ROS, 1993;
TRINSOUTROT et al., 2000a; GIACOMINI, 2001). A menor decomposição dos
resíduos de alta relação C/N tem sido atribuída à deficiência de N e à presença
de constituintes recalcitrantes. Os microrganismos decompositores possuem
menor relação C/N do que os resíduos culturais. Dessa forma, o N é
reconhecido como um fator limitante para o crescimento e para atividade
microbiana durante o processo de decomposição.
Estudos mostram, principalmente em condições de laboratório e com a
incorporação dos resíduos culturais ao solo, que a adição de N aumenta a
emissão de C-CO2 quando o N é limitante para a demanda dos
microrganismos, em relação à quantidade de C orgânico mineralizável
(RECOUS et al., 1999). Isso normalmente ocorre na fase inicial de
decomposição dos resíduos culturais, com alta relação C/N e com alto
conteúdo de compostos orgânicos facilmente mineralizáveis (RECOUS et al.,
1995; MARQUES et al., 2000).
Por outro lado, em condições de campo, quando os resíduos culturais,
com alta relação C/N, permanecem na superfície do solo, a decomposição não
é alterada com a aplicação de N (CERETTA et al., 2002a e 2002b). Isso se
deve ao contado limitado do C orgânico dos resíduos culturais com os
microrganismos do solo. A biomassa microbiana representa o compartimento
central do ciclo do C e do N no solo e, de acordo com as condições
edafoclimáticas e da composição dos resíduos culturais, pode funcionar como
reserva ou como dreno desses elementos (PAUL & CLARK, 1996).
A quantidade de nutrientes que é mineralizada depende do balanço
líquido entre a mineralização e a imobilização e está relacionada ao tipo de
resíduo cultural. A imobilização é o processo inverso da mineralização, no qual
os nutrientes do solo, na forma mineral, são absorvidos pelos microrganismos e
transformados em formas orgânicas na célula microbiana (MOREIRA &
SIQUEIRA, 2002).
O balanço líquido entre mineralização e imobilização é controlado pela
quantidade de C orgânico mineralizável e a relação deste com a quantidade
dos demais nutrientes presentes nos resíduos culturais ou no solo. O N é o
principal nutriente, cujos teores no solo dependem do balanço entre
mineralização e imobilização. A adição de resíduos culturais, ricos em N,
possibilita aumentar a quantidade de N mineral no solo. A baixa concentração
deste nutriente nos resíduos culturais, em relação ao C orgânico mineralizável,
causa a imobilização do N no solo (GIACOMINI, 2001 e DA ROS et al., 2003).
A imobilização microbiana do N do solo ocorre quando são
adicionados resíduos de plantas cuja relação entre o C orgânico mineralizável
e o N supera a relação C/N dos microrganismos. Assim, a relação C/N e a
quantidade de C mineralizável são os principais atributos dos resíduos culturais
que irão condicionar a intensidade do processo de imobilização de N no solo. A
imobilização de N reduz a produção das culturas quando elas são implantadas
sobre resíduos culturais pobres em N, principalmente nas não leguminosas,
pois elas não têm a capacidade de fixar N2 da atmosfera, em simbiose com
rizóbios (DA ROS, 1993; BASSO & CERETTA, 2000; GIACOMINI, 2001 e
AMADO et al., 2003).
Ainda, no tocante à velocidade de decomposição, não existe um
consenso na literatura com relação ao melhor método para avaliação da
decomposição, sendo a concentração de N e as relações C/N e lignina/N
sugeridas por alguns autores (MELLILO et al., 1982; BERG, 1986; TAYLOR et
al., 1989), para esta avaliação. Estudos da taxa de decomposição de resíduos
vêm sendo realizados através da incubação de material vegetal com solo, em
laboratório ou no campo, sendo esta taxa estimada através da perda de peso
decorrente da liberação de carbono na forma de CO2 (HOLTZ, 1995; SILVA et
al., 1997; SCHUNKE, 1998; ESPÍNDOLA et al., 1998 e PELÁ, 1999).
DIEKOW et al. (2000), trabalhando com colunas indeformadas de
solo, em casa de vegetação, não verificaram imobilização de N, logo após a
aplicação do fertilizante nitrogenado, sobre os resíduos culturais de aveia,
dispostos na superfície do solo. Já LARA CABEZAS et al. (2000) e LARA
CABEZAS (2001) encontraram, em experimentos a campo, variação na
imobilização de N de 8 a 45 kg ha-1.
SILVA et al. (1997) avaliaram a taxa de decomposição de crotalária,
guandu, mucuna preta e braquiária em solo sob cerrado nativo e solos
descobertos, e obtiveram taxas de decomposição de 61,3%, 61,9%, 65,6% e
78,9%, respectivamente, ao final do experimento. De uma maneira geral a
relação C/N das gramíneas, na época de pleno florescimento, está ao redor de
40:1 (AITA et al., 1994) e, nas leguminosas, na faixa de 20:1 (MONEGAT,
1991). Para SIQUEIRA & FRANCO (1988), quando a relação C/N situa-se na
faixa de 20 a 30:1, ocorre um equilíbrio entre os processos de mineralização e
de imobilização do N; quando atinge valores superiores a 30, a imobilização
supera a mineralização e com isso pode ocorrer deficiência de N, mesmo
havendo grande quantidade de N passível de se tornar disponível.
BORKERT et al. (2003) relacionaram a produção de matéria seca,
acúmulo e liberação de nutrientes da biomassa de aveia preta, guandu,
mucuna preta, tremoço e ervilhaca. Os autores observaram que o rendimento
de matéria seca (MS) variou entre 5 a 10; 2 a 10; 1,7 a 8,6; 7 a 13 e 6,5Mg ha-
1; e que o acúmulo de nitrogênio (N), variou entre 37 – 138; 43 – 288; 66 – 280;
186 – 492 e 246kg ha-1 de N, respectivamente para as culturas estudadas.
Fixação biológica de nitrogênio (FBN) em leguminosas
A quantidade total de N presente na atmosfera, solos e água da Terra é da
ordem de aproximadamente 4 x 1021g. No entanto, mais de 99 % desse N não
está disponível para 99 % dos organismos vivos. A razão dessa aparente
contradição está no fato de que enquanto o nitrogênio é abundante na
natureza, ele está quase que exclusivamente numa forma química (N2) que a
maioria dos organismos não consegue aproveitar. A quebra da ligação tripla
que mantém unidos esses dois átomos de N requer uma grande quantidade de
energia – energia essa que pode ser rompida somente através de processos
envolvendo altas temperaturas ou por um pequeno número de microrganismos
especializados, através da FBN (SCHLESINGER, 1997).
Há cerca de um século verificou-se que culturas localizadas em solos onde
havia sido plantado uma leguminosa, produziam mais do que em condições
normais. Examinando as raízes dessas leguminosas, constatou-se a presença
de nódulos, saliências mais ou menos esféricas, não encontradas nas raízes
de plantas não leguminosas.Em estudo minucioso, os cientistas constataram a
presença de bactérias nesses nódulos, permitindo concluir que elas
penetravam nas raízes das leguminosas, dando origem à formação de nódulos.
Tais bactérias vivendo em simbiose com as raízes, captam o nitrogênio livre do
ar do solo, fixando-o na planta. No entanto, apenas uma parcela relativamente
pequena de espécies de procariotos possui a enzima nitrogenase que é capaz
de reduzir o N2 em N biologicamente disponível. Estes organismos são
chamados de fixadores de N2 ou diazotróficos e são eles os mediadores do
processo de FBN, que na sua maioria, envolve as formas de simbiose
microorganismo – planta vascular.
Apesar dos grandes avanços no conhecimento do processo de infecção e
formação de nódulos desta simbiose, a maior parte das informações válidas e
úteis já está disponível há mais de 50 anos (EVANS; BURRIS, 1992). A
simbiose rizóbio-leguminosa forma nódulos radiculares, que são estruturas nas
raízes habitadas por microrganismos específicos, como as bactérias do gênero
Rhizobium e Bradyrhizobium e os actinomicetos do gênero Frankia, que fixam
o N2 atmosférico. Nessa relação, o microrganismo (rizóbio) utiliza a planta
(leguminosa) como fonte de carbono, enquanto libera o N fixado que será
convertido em N orgânico e utilizado pela planta ou liberado como N inorgânico
reduzido (NH4+) (MOREIRA; SIQUEIRA, 2002). Esse N reativo entra nos
processos do ciclo de N através das plantas, animais, microrganismos, solo,
soluções e sedimentos. Pelo fato da disponibilidade de fósforo ser
freqüentemente reduzida em muitos solos tropicais (VITOUSEK;
FARRINGTON, 1997) e a limitação por P ser comum tanto nos solos altamente
intemperizados da Amazônia (RICHTER; BABBAR, 1991) como do Cerrado
(GOEDERT et al., 1983; RESENDE, 2001), essa deficiência de P no solo
parece surgir como um dos fatores limitantes da FBN em leguminosas nos
trópicos. No entanto, dado o sucesso adaptativo das leguminosas nessa
região, parece que as condições edáficas provavelmente afetem mais a
nodulação e a fixação de N do que o próprio estabelecimento e persistência
das leguminosas no sistema (CREWS, 1999).
As leguminosas forrageiras tropicais podem fornecer grandes
quantidades de N ao sistema (Thomas, 1992) desde que em simbiose
com estirpe de rizóbio eficiente e com correção da fertilidade do solo.
Nessas condições, a proporção de N2 fixado pelas leguminosas em
consórcio é normalmente grande (Viera- Vargas et al., 1995), pela
alta competitividade da gramínea pelo N do solo, estimulando a
simbiose para maiores níveis de fixação biológica de nitrogênio (FBN).
Diante dessa situação, as leguminosas forrageiras, por causa da
capacidade de fixação biológica do N atmosférico, constituem uma fonte
alternativa de N (Dobereiner, 1997; Boddey et aI., 1997; Giller e Cadisch, 1995;
Thomas, 1992). Um aspecto positivo desse recurso é a diversidade genética da
família Leguminosae, o que propicia espécies e ecótipos com potencial idade
de adaptação às mais variadas condições de solo, clima e manejo. Assim, o
potencial de fixação biológica das leguminosas tropicais tem sido intensamente
estudado, variando entre 25 e 240 kg.ha-1 de N (Giller e Wilson, 1991). Em
termos médios, a capacidade fixadora de algumas espécies tropicais é
equivalente à das temperadas. Como tais estimativas são obtidas a partir de
ensaios de curta duração, é provável que estejam superestimadas,
considerando que a longo prazo a taxa de fixação de N reduz-se, tanto pela
queda na fertilidade do solo como pelo estresse de contínua defoliação
causada pelo pastejo. Entretanto, mesmo sob pastejo há indicações de que a
fixação possa atingir 260 kg.ha.ano-1 de N na consorciação trevo-branco
(Trifolium repens) - azevém (Lolium perenne) (Ledgard, 1991) e 75 kg.ha.ano-1
na de Desmodium ovalifolium - Brachiaria humidicola (Boddey et aI., 1995);
sendo esta tipicamente tropical. Apesar de o Desmodium ter limitada
capacidade fixadora (Cadisch et aI., 1989), essa taxa pode ser considerada
elevada, se comparada à das leguminosas temperadas.
Os trabalhos publicados sobre estimativa de nitrogênio N2 fixado por
forrageiras tropicais são poucos e os disponíveis são oriundos da Austrália e
Nova Zelândia. Porem, os resultados disponíveis sobre leguminosas de clima
temperado são vários e mostram que parte do nitrogênio encontrado na planta
é derivado da fixação simbiotica da leguminosa em cultivo isolado (OLIVEIRA,
1991).
Fixação biológica de nitrogênio em gramíneas
A fixação biológica do nitrogênio constitui um dos fenômenos naturais
mais importântes na ciclagem do nutriente na biosfera. Quantitativamente, nos
sistemas agrícolas, a fixação biológica do nitrogênio associada às leguminosas
tem sido considerada como a de maior significado, mas no caso das
gramíneas, estudos recentes têm demonstrado que em muitas situações a
fixação biológica do nitrogênio pode alcançar níveis importantes (URQUIAGA,
1988).
Há muitas décadas, em diversas partes do mundo tem sido verificado
que muitos pastos de gramíneas têm mantido níveis razoáveis de produtividade
sem adubação nitrogenada. Esse fenômeno está relacionado, principalmente,
com a contribuição da fixação biológica do nitrogênio, uma vez que o ingresso
de nitrogênio ao sistema pelas chuvas tem sido considerado baixo. Observa-se
que o ganho de nitrogênio por ha ano pode alcançar até algumas centenas
especialmente na região tropical possivelmente relacionado com as condições
de temperatura e energia solar favoráveis tanto para as plantas quanto para a
atividade microbiana (Döbereiner, 1983 citado por DÖBEREINER, 1997). Além
disso, observa-se que os resultados variam com a espécie vegetal. Deve-se
considerar que as espécies vegetais ou cultivares da mesma espécie diferem
na capacidade de favorecer o desenvolvimento de determinados
microrganismos na região de influência de suas raízes chegando a
associações muito específicas tal como ocorre entre Paspalum notatum cv.
batatais e Azotobacter paspali , associação de extrema especificidade
comparável com aquela entre as leguminosas e o Rhizobium (Döbereiner, 1966
citado por DÖBEREINER, 1997).
Em experimento foi utilizada a técnica da diluição isotópica de 15N,
pôde-se observar que P. notatum cv. batatais, crescendo em cilindro de
concreto no campo, teve uma contribuição da fixação biológica de nitrogênio da
ordem de 20 kg/ha de N por ano, e no caso de Brachiaria humidicola e
Brachiaria decumbens, essa contribuição foi de 30 a 45 kg/ha de N por ano
(BODDEY & VICTORIA, 1986). Resultados promissores têm também sido
encontrados em Panicum maximum em estudos realizados usando a mesma
técnica ( MIRANDA & BODDEY, 1987).
MIRANDA et al., (1985) estudando o efeito do molibdênio em
pastagem de Brachiaria decumbens, observou que o maior efeito do Mo foi
maior sobre a concentração do N total da cultura, quando comparado com a
produção de matéria seca. Tal efeito poderia ser atribuído ao melhor
aproveitamento do N do solo, através da ativação da nitrato redutase, ou então
pelo aumento da fixação biológica. Resultados de levantamentos populacionais
periódicos de Azospirillum spp. em raízes desinfectadas da gramínea e no solo
da rizosfera, definida por volume de solo influenciado pela atividade das
raízes,mostraram que nas áreas com Mo ocorreu maior número de bactérias
por unidade considerada.
Inclusão de leguminosas forrageiras em pastagens de gramíneas
A diversificação das pastagens, por meio da introdução de
leguminosas forrageiras nos sistemas de produção tradicionais tem sido
sugerida com uma das alternativas para corrigir alguns destes problemas
(Teixeira Neto et al., 2000; Valentim & Carneiro, 2000).
Entre as vantagens da inclusão de leguminosas herbáceas nos
sistemas de produção animal, destacam-se: a) a diversificação do ecossistema,
reduzindo os riscos de ocorrência de pragas e doenças e de degradação das
pastagens; b) a capacidade de adicionar nitrogênio da atmosfera ao sistema
solo–planta–animal, por meio da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium;
c) melhor proteção do solo, evitando a erosão e lixiviação de nutrientes,
estimulando a ação microbiana, com impacto positivo nas condições físico-
químicas do solo e na eficiência e reciclagem de nutrientes; d) maior valor
nutritivo quando comparadas com as gramíneas tropicais geralmente utilizadas;
e) maior resistência à seca, proporcionando melhor distribuição da produção de
forragem durante o ano, em quantidade e qualidade adequada aos
requerimentos nutricionais de animais com alto potencial genético (Bogdam,
1977; Escuder, 1980; Valentim, 1996; Barcellos et al., 2001). Isto resulta em
aumento nos índices produtivos ereprodutivos do rebanho e eleva a
rentabilidade e a competitividade da pecuária na região.
Como as leguminosas fixadoras de N2 são, normalmente,
componentes dos sistemas de rotação e consórcio, formou-se a crença geral
de que os principais benefícios ocorram devido à transferência do N2 fixado
pela leguminosa para a gramínea (Wilson, 1940). De fato, há relatos de
transferência de N de leguminosas para não-leguminosas que crescem em
consórcio (Ruschel et al., 1979; Giller et al., 1991), que pode ocorrer tanto por
excreção de compostos nitrogenados, que são assimilados pela planta não-
fixadora (Ruschel et al., 1979), como por decomposição dos nódulos e raízes
durante a senescência (Saito, 1982). Entretanto, constata-se, freqüentemente,
transferência não-expressiva de N entre as culturas, como no estudo com milho
e feijoeiro consorciados, em que Bonetti (1991) observou que a taxa máxima
de transferência da leguminosa para a gramínea foi de 4 kg.ha-1 de N.
Ademais, os efeitos da associação de gramíneas na nutrição
nitrogenada das leguminosas não são claros e requerem maiores
investigações. Há diversos relatos de aumentos na nodulação, na atividade
específica dos nódulos e no aumento do N total em leguminosas consorciadas
ou cultivadas após gramíneas (Wahua & Miller, 1978a, 1978b; Embrapa, 1984;
Crookston et al., 1988, 1991; Bonetti, 1991), cujas bases biológicas, no
entanto, não são totalmente compreendidas.
A nutrição nitrogenada das plantas consorciadas pode, ainda, ser
afetada pelos processos de mineralização e imobilização, mediados por
microrganismos que também podem ser influenciados pelos exsudatos da
rizosfera (Nye, 1979; Curl & Trvelove, 1985; Rao, 1990). Conseqüentemente,
os fatores responsáveis pelos efeitos da interação entre plantas e
microrganismos não estão bem esclarecidos e devem ser investigados, para se
poder explorar o potencial agrícola desses sistemas e obter incrementos na
produtividade das culturas.
A simbiose entre plantas e fungos micorrízico-arbusculares (FMA) é
outro fator que pode afetar o balanço nutricional da relação entre gramíneas e
leguminosas em consórcio (Munns & Mosse, 1980; Barea & Azcon-Aguilar,
1983), o que pode ocorrer, por exemplo, pela transferência de nutrientes de
uma planta para outra, através das hifas dos fungos, que permitem a
interconexão entre as plantas (Heap & Newman, 1980; Francis et al., 1986).
Em áreas agricultáveis sob o regime tradicional da derrubada e queima seguida
por pousio, a FBN pela simbiose rizóbio-leguminosa é tida como a principal
forma da vegetação secundária de recuperar as perdas de N sofridas pela
volatilização e lixiviação de nitrato (GEHRING et al., 2005). As leguminosas
nodulantes contribuem com a recuperação do solo pela deposição de material
vegetal com baixa relação C/N, aumentando a atividade biológica e atuando
como agente formador de matéria orgânica (FRANCO et al., 1992; LAVELLE,
2000).
Esses atributos assumem grande importância principalmente em solos pobres
ou que já se encontram desprovidos da sua camada orgânica superficial. A
deposição das folhas e o crescimento radicular estabilizam o solo,
proporcionando também melhorias físicas que atenuam o impacto das chuvas
e os processos erosivos, criando condições propícias para o estabelecimento
de outras espécies mais exigentes (REQUENA et al., 2001).
Como a leguminosa é fornecedor natural de nitrogênio, ela pode ser
utilizada, na pastagem, para completar a adubação, via fertilizante, posto que é
fonte de fósforo, potássio e micronutrientes. Segundo BARCELOS & VILELA
(1994), a capacidade de fornecimento do nitrogênio promovido pelas
leguminosas varia de 40 a 290 kg.ha-1.ano-1, e sua grande maioria situa-se
entre 70 a 140 kg.ha-1.ano-1, dos quais apenas 15% a 20% são, de fato,
transferidos para as gramíneas associadas. As quantidades de nitrogênio
transferidas para a gramínea dependem, também, da capacidade de fixação de
N pela leguminosa. Ademais, ZIMMER & SEIFFERT (1983) afirmam que a
inclusão da leguminosa na pastagem em pouco onera o custo de sua
renovação, o que pode se tornar uma alternativa promissora.
Karraker et al (1950), cultivando continuamente durante o período de
11 anos alfafa (Medicago sativa L.) e trevos (Trifolium repens L. e Trifolium
pratense L.), estimaram pelo balanço de nitrogênio uma média de 212, 128 e
154 kg de N.ha-1, respectivamente. Bowren et al. (1969), estudando o
desenvolvimento da alfafa em vários estádios de desenvolvimento, verificaram
rendimentos de 41 a 100 kg de N.ha-1.
Heichel et al. (1981) empregando a técnica de diluição de isótopos
para estimar o nitrogênio fixado em duas populações de alfafa, selecionadas
com uma alta atividade da nitrogenase, verificaram uma média de 148 kg de
N.ha-1, no ano de esabelecimento, com 43% do rendimento total em nitrogênio
derivado do processo sombiotico. Contudo, a quantidade de nitrogênio fixado e
a percentagem derivada do processo biológico variaram durante o
desenvolvimento da planta. West e Wedin (1985), estudando a quantidade e
proporção de nitrogênio fixado em alfafa “orchardgrass”(Medicado sativa L. –
Dactylis glomerata L.), encontraram uma média de 70 kg de N.ha-1, onde 91%
foi derivado do da fixação. Silver e Hardy (1975), em pesquisas intesivas
conduzidas com alfafa, afirmaram que a quantidade de N fixado foi de 40 kg de
N.ha-1 no primeiro ano, quando a leguminosa não foi inoculada e o solo
mostrou-se deficiente em P ou K, porém a taxa de fixação aumentou para 90
kg de N.ha-1 no ano de estabelecimento quando o solo foi deficiente em
nitrogênio. Hardarson et al. (1988), cultivando alfafa em consórcio com azevén
(Lolium perene L.), verificaram uma média de 415 kg de N.ha-1 em dois anos,
sendo 80% do N oriundo da fixação biológica.
Diversos trabalhos tem reportado sobre a influência de fertilizantes
nitrogenados e sobre a fixação simbiótica de nitrogênio em leguminosas.
Estudos tem revelado que grande quantidade de nitrogênio aplicada reduz a
interação entre Rhizobium – raiz. Munnz (1968); Dazzoe Brill (1978); Allos e
Bartholomew (1959), verificaram que pequena quantidade de fertilizante
nitrogenado (até 80 mg de N/kh de solo), aumentou o crescimento e a fixação
simbiótica. Quando foram empregadas altas doses de nitrogênio não ocorreu
aumento na taxa de crescimento, nem substituição em grande escala na
fixação simbiótica das leguminosas. Dart e Wildon (1970) e Eaglesham et al.
(1983), reportaram que a forma do fertilizante nitrogenado inibe o processo de
fixação. Allos e Bartholomew (1959) e Dean e Clark (1980), informaram que o
grau de inibição varia com a espécie da leguminosa; com o cultivo (GIBSON,
1974; VALLIS e GARDENER, 1985); com a estirpe de Rhizobium, com a
estação do ano (PATE e DART, 1961); com a intesidade da luz (ROBERTS,
1946 e DART e MERCER, 1965); com a temperatura (GIBSON, 1974); com o
corte (HAYSTEAD e MARRYOTT, 1978); e com as condições nutritivas
(PANKHURST, 1981). Porém, pequenas quantidades de fertilizantes
nitrogenados são indicados e recomendados para aliviar o estresse de
nitrogênio na fase inicial de nodulação (GIBSON e NUTMAN, 1960; MUNNS,
1968; DART e WILDON, 1970; GIBSON, 1974; LAWN e BRUN, 1974; DEAN e
CLARK, 1980; HEICHEL et al, 1981 e EAGLESHAM et al 1983).
Dessa forma, a utilização de espécies de gramíneas e leguminosas
forrageiras adaptadas, com grande capacidade produtiva e nutricional,
corretamente manejadas e adubadas, associadas ao melhoramento genético
do rebanho, pode representar um grande salto na atividade pecuária,
garantindo elevadas produções por unidade de área.
Apesar, no entanto, de ser grande o empenho de pesquisadores e
técnicos na procura de leguminosas tropicais, para que se desenvolvam
satisfatoriamente em consórcio, seu uso na prática continua sendo pouco
significativo. Para isso apontam-se fatores diversos, que têm limitado sua
expansão e, em geral, o fracasso na utilização de pastagens consorciadas é
atribuído à falta de persistência das leguminosas nas pastagens, em virtude da
escolha das espécies para a sua formação e da deficiência do estabelecimento
ou do manejo da pastagem formada. Além da adubação de manutenção, a taxa
de lotação pode ter efeito decisivo sobre a percentagem e persistência de
leguminosas na pastagem (EUCLIDES et al., 1995).
Considerando-se a pastagem como uma comunidade de plantas em
que a produtividade depende de um equilíbrio entre a fonte produtora de
fotoassimilados (índice de área foliar e eficiência fotossintética dos estratos
foliares) e a existência de drenos metabólicos (perfilhamento, expansão da
área foliar, alongamento de folhas e haste e crescimento radicular), há
condições para se explorar maior produtividade mediante estudos em fisiologia
e do melhoramento genético (CORSI & NASCIMENTO JR., 1994).
MÉTODOS DE MEDIDAS DA FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE N NO
CAMPO
Método da redução do acetileno
Dilworth (1996) e Schollhorn e Burris (1967), evidenciaram que o
complexo enzimático denominado de nitrogenase que é responsável pela
redução de N2 para NH3, também reduz acetileno (C2H2) para etileno (C2H4)
constituindo-se assim no único agente biológico capaz de realizar essa
redução. Esta evidencia mostra a atividade dos nódulos medindo a produção
de etileno. Segundo Hardy et al. (1973), o método de redução de acetileno é
um método simples econômico para estiar a fixação biológica de nitrogênio. O
ensaio da redução de acetileno tem a vantagem de ser sensível e rápido. O
limite de detecção de Umoles de (C2H4)/mL de gás, permite uma estimativa da
atividade da nitrogenase, mesmo quando poucos nódulos estão formados
(Laure e Patterson, 1981).
Essa técnica envolve normalmente a incubação de partes da planta ou a
planta inteira em um recipiente vedado contendo cerca de 10% de acetileno por
um período de aproximadamente de 0,5 a 2 horas. A redução de N2 pela
enzima nitrogenase é inibida e nesse instante o acetileno é reduzido a etileno.
Esses gases são medidos em cromatógrafo à gás. Esse método é simples,
rápido e de baixo custo, porém com algumas desvantagens como: a) medida
em curto período de tempo, normalmente são necessárias medidas em um
espaço maior de tempo para cobrir possíveis variações noturnas, diurnas e de
época de crescimento. b) necessidade de calibração da produção de etileno
com a fixação biológica de N. c) influência do ensaio sobre a atividade da
nitrogenase. Em algumas leguminosas pode haver declínio substancial da
atividade da nitrogenase quando se compara o início e o final do ensaio,
subestimando a fixação biológica em até 50 %. Essa técnica foi muito utilizada
na década de 70, posteriormente foi substituída pela técnica do nitrogênio
marcado (15N) (LEDGARD; STEELE , 1992).
A principal conclusão do método de redução de acetileno envolve a
razão de acetileno reduzido em relação a fixação do nitrogênio. Na redução de
N2 para NH3 são envolvidos seis elétrons, enquanto na redução de C2H2 para
C2H4 são envolvidos dois elétrons. Assim, a relação C2H4 assumida para N2 é
igual a três, isto é, um mol de C2H4 é equivalente a um terço do N reduzido.
Porem a razão de C2H4/N2 de 3:1 é variável devido aos prótons que também
são reduzidos pela enzima nitrogenase, para H2, o qual pode ou não ser
metabolisado pela hidrogenase em diferentes espécies de Rhizobium, tal fato
pode não ser detectado. Assim sendo, valores maiores do que o valor teórico
de conversão tem sido observados (HARDY et al. 1973 e SCHUBERT E
EVANS, 1976).
Hardy et al. (1998) e Burns (1969), verificaram que a energia de ativação
para o sistema da nitrogenase não dependia do substrato. Isso quer dizer que
a atividade da nitrogenase não é modificada quando o N2 é substituído pelo
C2H2.
Face não se dispor de um método para calibrar a formação do C2H4 com
a fixação de nitrogênio, Hardy et al. (1973) recomendaram o fator de conversão
de quatro para 1 para leguminosas forrageiras como o mais adequado. Em
adição á variação do fator teórico de conversão C2H4/N2, outros erros podem
acarretar em crescimento anormal destes valores como a variação diária da
atividade da nitrogenase, variabilidade entre plantas e mostra parcial do s
nódulos. Estes fatores fazem este método menos preciso, geralmente
superestimando a quantidade de nitrogênio fixado (MARTENSSON e
LJUNGGREN, 1984).
Segundo Rennie et al. (1978), o método de redução de acetileno é uma
simples variação durante o desenvolvimento da planta e qualquer extrapolação
para o total de nitrogênio fixado sobre uma estação de crescimento pode ser
questionado. Portanto, uma estimativa da fixação simbiótica sobre um período
de crescimento requer um somatório de varias e freqüentes determinações
durante o período.
Nitrogênio total
É o método mais simples de estimar a fixação biológica. Este método
assume que todo N da leguminosa é proviniente da fixação biológica, o que
não é verdadeiro, pois as leguminosas também absorve N disponível da
solução do solo. Logo há uma superestimativa da fixação biológica. Entretanto
em solos com baixa disponibilidade de N a fixação biológica é próximo de 90 %
do total de N. Ao se analisar o conteúdo de N apenas na parte aérea da
leguminosa, pode estar ocorrendo uma superestimativa, pois nódulos e raízes
podem conter uma quantidade relativamente grande de N fixado (LEDGARD;
STEELE , 1992).
Diferença de nitrogênio ou método da diferença
Nesse método é assumido que a leguminosa e a testemunha removem
idêntica quantidade de nitrogênio do solo. Para isso ser assegurado, as plantas
devem crescer em um mesmo período de tempo e sob as mesmas condições.
Todavia a variabilidade de solo, a biologia natural e a variabilidade dentro das
espécies, podem induzir a erros significativos que contribuem frequentemente
para a subestimação da quantidade de N2 fixado (HARDY et al. 1973).
Três versões desse método são comumente usadas:
Comparação entre uma leguminosa com uma planta não fixadora
de nitrogênio. A testemunha pode ser uma gramínea (WAGNER, 1954);
Comparação entre duas leguminosas, porém uma das quais é
geneticamente incapaz de formar nódulos efetivos (WILIAMS e LYNCH, 1954;
RUSCHEL et al. 1979)
Comparação de uma leguminosa inoculada efetivamente e uma
não inoculada.
Neste método a fixação de N é estimada pela diferença da produção de
N entre a leguminosa e a planta referência (gramínea) crescidas no mesmo
solo. Neste caso assume-se que tanto a leguminosa quanto a gramínea
absorvem a mesma quantidade de N do solo. Normalmente subestima a
fixação biológica porque a leguminosa utiliza menores quantidades de N do
solo que a gramínea (LEDGARD; STEELE , 1992).
Diluição do isotopo 15N
Baseia-se na diferença entre o N2 atmosférico do solo, enriquecido com 15N, e o N do solo. A estimativa da proporção de N fixado pela leguminosa é
calculada pela seguinte fórmula: PN = % de átomos 15Nref. - % de átomos 15Nleg % de átomos 15Nref. – B onde, 15Nref é a quantidade de átomos na
planta referência (gramínea ) crescida no mesmo solo que a leguminosa e B é
a percentagem de átomos de 15N derivado do N2 atmosférico. É comum
assumir o valor de 0,3663 como sendo a concentração de 15N do total de N2
atmosférico. A quantidade de N fixado é estimada do produto PN x produção
de N da leguminosa (LEDGARD; STEELE , 1992).
O isótopo estável N tornou-se comercialmente disponível inicio da
década de 70. Este desenvolvimento encorajou o uso de fertilizantes
enriquecidos com N no campo. A abundância natural dos isótopos no solo e na
atmosfera é uma condição estável e não se modifica durante o período do
experimento. Em virtude dessa situação Rennie et al. (1978) e Ruschel et al.
(1979) afirmam que a avaliação de 15n em relação a 14n é altamente sensitiva e
precisa. A detectação de 15N incorporado nos tecidos das plantas é cerca de
1000 vezes mais sensível que os outros métodos (HARDY et al. 1973) e
mostra evidências definitivas da fixação simbiótica
Mecanismos de transferência do nitrogênio das leguminosas para
as gramíneas associadas
A fixação de nitrogênio pelas leguminosas forrageiras contribui para a
auto-suficiência de N em consorciações, pois proporciona uma fonte de N não
mineral para ser transferido para a gramínea associada. A transfêrencia de N
da leguminosa para gramínea, pode ser um fato previsto pelo maior vigor e
coloração mais verde da gramínea quando esta se encontra crescendo
adjacente a leguminosa quando se compara com a gramínea crescendo
afastada da leguminosa. Os mecanismos de transferência de N em consórcios
de gramínea/leguminosa não são totalmente compreendidos. Há algumas
evidências da transferência de N de raízes vivas de leguminosas para a
gramínea associada. A transferência de N através da reciclagem dos nódulos
pode ser o processo mais importante de transferência de N em algumas
espécies (ex: trevo branco) do que para outras (ex: alfafa) devido a diferença
entre espécie quanto a longevidade dos nódulos. Entretanto a massa de
nódulos presente nas plantas em determinado tempo durante a estação de
crescimento, é insuficiente para que ocorra de 30 a 60 % de N transferido para
a gramínea, o que é normalmente observado (MILLER e HEICHEL, 1995).
Ainda segundo esses autores, há evidências da transferência indireta
de N da leguminosa para a gramínea por intermédio da morte e reciclagem de
partes da planta ou através da morte de plantas individuais no relvado. Por
exemplo folhas de alfafa que são atacadas por doenças caem e acumulam-se
na superfície do solo e podem contribuir substancialmente para a transferência
de N para a gramínea associada.
Parte do nitrogênio fixado pela leguminosa, pode ser transferido direta
ou indiretamente para a gramínea associada (CANTARUTTI e BODDEY,
1997).Segundo esses autores há evidências de que a transferência direta corra
por meio de produtos nitrogenados excretados pelas raízes, por fluxo de
nitrogênio através de hifas de micorrizas que interconectam as raízes das duas
espécies e por reabsorção do nitrogênio volatilizado ou lixiviado da folhagem
da leguminosa. Entre tais mecanismos, a excreção de produtos nitrogenados é
o que tem recebido mais atenção, sendo ela facilmente constatada em
leguminosa crescidas em condições hidropônicas acéticas, já a transferência
direta, através de micorrizas que interconectam as raízes, tem uma
contribuição quantitativa inexpressiva. Ainda de acordo com esses autores, a
transferência do nitrogênio da leguminosa para a gramínea processa-se
indiretamente por mecanismos de reciclagem que ocorrem subterrâneamente,
através da senescência de raízes e nódulos, e superficialmente, através de
fezes e urina dos animais e resíduos vegetais (liteira). No entanto, a
contribuição relativa das excreções dos animais para a transferência de N
depende do consumo da leguminosa, da quantidade de excreções, da área
efetivamente coberta e da uniformidade de distribuição. Para LEDGARD e
STEELE (1992) a mais importante consequencia da fixação biológica de
nitrogênio em pastagens consorciadas é a transferência de nitrogênio para a
gramínea associada, e esta transferência pode ocorrer de três modos: a)
retorno ao solo do nitrogênio fixado através de fezes e urina dos animais b)
excreção direta de nitrogênio das raízes e c) decomposição microbiana de
resíduos provenientes da leguminosa. Alguns autores consideram que a
reciclagem de nitrogênio, via excreta de animais sob pastejo, é ineficiente pois
além da concentração das excretas, estas têm altas concentrações de
nitrogênio o que promove a ocorrência de perdas elevadas desse elemento.
Estudos de HOGLUND (1985) citado por LEDGARD e STEELE (1992)
evidenciaram que o aumento na intensidade de pastejo proporcionou um maior
consumo de nitrogênio pelos animais e uma diminuição de nitrogênio
acumulado no solo quando comparado com o pastejo leve onde verificou-se
um maior retorno de nitrogênio fixado ao solo através da senescência de
plantas não pastejadas. LEDGARD (1991) constatou que a transferência
superficial de nitrogênio, através das fezes e urina, em uma pastagem
consorciada de trevo branco/azevém, intensamente pastejada, chegou a 63
kg/ha.ano de N o que correspondeu a quase 50% do N transferido ou 25% do
N acumulado pela gramínea. Nesse estudo, ficou evidente que a transferência
para a gramínea de parte do nitrogênio fixado foi importante para a
manutenção de uma alta concentração de nitrogênio no solo ( reciclado através
da liteira ) que satisfez a demanda do azevém, evitando assim uma dominância
da gramínea e de plantas daninhas.
A maioria do N reciclado em pastagens é proveniente da excreta
animal e de partes da planta que se depositam na superfície do solo. Portanto
a capacidade de produção de massa vegetal pela pastagem é de fundamental
importância para a reciclagem de N. WHITNEY e KANEHIRO (1967)
constataram que a queda de folhas da leguminosa foi a fonte mais importante
de transferência de nitrogênio em pastagens. WHITNEY et al (1967)
trabalharam com Desmodium canum, Centrosema pubescens e D. intortum em
monocultura ou associados com Pennisetum purpureum e Digitaria decumbens
cultivados em pequenas parcelas. Constataram-se pequena transferência de N
fixado para as gramíneas, a contribuição do D. intortum para o P. purpureum foi
de 5% (18,89kg/ha.ano de N) do total de N fixado (377,80 kg/ha.ano de N) e a
transferência de N para a D. decumbens foi de apenas 2,8 %. A espécie C.
pubescens transferiu 11% do N fixado para a espécie P. purpuerum e apenas
6% para a D. decumbens quando associado com esta. Os autores relataram
que parte do N transferido para o napier era proviniente de raízes e nódulos da
centrosema, porém a maior parte era proviniente da lixiviação da folhagem e
das folhas da leguminosa caídas no solo, pois as raízes de napier proliferaram
dentro da camada de folhas de centrosema. Portanto a capacidade de
produção de massa vegetal da leguminosa é de grande importância para que,
de fato haja incremento de N no sistema. Segundo CARVALHO (1985), em
pastagens consorciadas geralmente uma proporção do N fixado
simbioticamente torna-se disponível para utilização pela gramínea associada,
ou por outras plantas não leguminosas, componentes da pastagem. Os
mecanismos de transferência do N fixado incluem: a) compostos solúveis de N
liberados pela planta; b) resíduos formados por partes da leguminosa que se
acumulam no solo; c) excrementos dos animais em pastejo. A liberação de
compostos nitrogenados solúveis de partes vivas da planta constitui apenas
uma pequena parte do total do N transferido, e compreende a lixiviação de N
das folhas e excreção de N das raízes e nódulos. Os resultados obtidos por
WHITNEY e KANEHIRO (1967) através de um sistema de perfusão sequencial
das raízes das leguminosas ( Centrosema pubescens, Desmodium intortum e
D. canum ) e do capim pangola ( Digitariadecumbens ) indicaram a pequena
importância da liberação de N de partes da leguminosa, em crescimento ativo,
como mecanismo de transferência de N para a gramínea associada. Esses
autores verificaram que a liberação de N solúvel para a gramínea foi de apenas
1-3%, com um máximo de 9% do total fixado, e ocorreu em maior intensidade
somente após o corte da parte aérea das leguminosas. Observaram ainda que
a liberação de N das folhas das leguminosas por lixiviação foi de apenas 1%,
principalmente na forma de aminoácidos.
De acordo com as revisões de CARVALHO (1985), as percentagens
médias de transferência de N de diversas leguminosas tropicais para as
gramíneas associadas, variam de 10 a 20%, sendo que em alguns casos, 29 a
39% detransferência foram obtidas. As diferenças observadas entre
percentagens de transferência em uma mesma espécie de leguminosa
provavelmente resultam do efeito de diferentes metodologias e/ou manejos
empregados, especialmente quanto a época de coleta dos dados e se as
parcelas foram ou não submetidas a pastejo e/ou irrigação. Por exemplo,
MILLER e VAN DER LIST (1977) verificaram que, em média de quatro anos em
parcelas pastejadas e irrigadas, a transferência de N do D. intortum cv.
Greenleaf para a gramínea associada foi de 20 % do N fixado. Já JOHANSEN
e KERRIDGE (1979) constatou que 17% do N fixado foi transferido para
gramínea associada com o desmódio, após cinco anos de observações em
parcelas sob corte.
VIEIRA-VARGAS, et al (1995) estimaram a contribuição de nitrogênio
fixado biologicamente para sete leguminosas tropicais em monocultura e
quantificaram a transferência direta de N fixado para a Brachiaria brizantha por
meio de um consórcio formado com três leguminosas (Centrosema híbrida,
Galactia striata e Desmodium ovalifolium). Entre as leguminosas, o
Stylosanthes guianensis foi a espécie que apresentou a maior contribuição de
N fixado biologicamente (entre 75-97 kg/ha de N em 97 dias de crescimento) e
as espécies kudzu ( Pueraria phaseoloides ) e Desmodium ovalifolium foram as
que menos contribuiram para a fixação de N. O N fixado pelas leguminosas em
consórcio foi estimado em 11, 8,6 e 4,3 g/m2 respectivamente para
Centrosema híbrida, Galactia striata e Desmodium ovalifolium. A percentagem
de N transferido para a B. brizantha foi estimada em 44, 30 e 42 % para a
associação com centrosema, galactia e desmódio respectivamente.
GONÇALVES e COSTA (1994) estimaram as quantidades fixadas e
transferidas de nitrogênio para seis leguminosas forrageiras tropicais, emum
experimento em Porto Velho, Rondônia. As estimativas das quantidades
fixadas e transferidas de nitrogênio pelas leguminosas para a Brachiaria
humidicola estão apresentadas no Quadro l. Segundo esses autores, a maior
(P< 0,05) fixação de N foi verificada na consorciação dessa gramínea com
Desmodium ovalivolium CIAT-350 ( 154,2 kg/ha/ano ), a qual não diferiu (P >
0,05 ) da fixação obtida com Stylosanthes capitata CIAT-10l9 ( 142,8 kg/ha/ano
). Com relação ao N transferido para a gramínea, as maiores ( P > 0,05 )
quantidades foram fornecidas pelo S. capitata CIAT-1097 (46,4 kg/ha/ano ) e
pela C. pubescens CIAT-438 (42,8 kg/ha/ano ), as quais foram semelhantes (P
> 0,05 ) apenas às observadas com S. capitata CIAT-1019 ( 35,4 kg/ha/ano).
Em termos percentuais, asleguminosas mais eficientes na transferência de N
foram S. capitata CIAT - 1019 (62,4%).
A precisão da estimativa da fixação de N utilizando a técnica do 15N é
influenciada pela escolha da cultura referência (gramínea). Parte do N2 fixado
pode estar sendo transferido para a cultura referência subestimando a fixação
de N. HARDARSON, et al (1988), utilizando a técnica do N marcado
trabalharam com alfafa ( Medicago sativa ) e azevém ( Lolium perene L. ) em
monocultura e em associação. Com o objetivo de avaliar a fixação de N2 e a
transferência de N da gramínea para a leguminosa comparou-se a monocultura
com a consorciação. A % de 15N na alfafa decresceu significativamente ( P<
0,05 ) em todos os cortes à medida que a proporção de azevém aumentava no
consórcio. Na monocultura da alfafa ocorreu uma maior fixação de N2, quando
comparada com o consórcio alfafa/azevém. A maior proporção de transferência
de N da alfafa para o azevém atingiu a l6 % ou 4 kg/ha.ano de N, sendo que
esta quantidade de N não foi suficiente para suprir o azevém.
BURITY, et al ( 1989 ) também verificaram transferência de N da alfafa
para diferentes espécies de gramíneas ( Phleum pratense L. e Bromus inermis
Leyss ) sob condições de campo utilizando a técnica da diluição de 15N. A
percentagem de nitrogênio fixado biologicamente pela alfafa variou de 63 a 83
%, sendo observada pequena variação entre as estações de crescimento.
No ano da semeadura a percentagem de nitrogênio fixado pela alfafa
crescida em monocultura e em consórcio foi ao redor de 63 %. Já no segundo
e terceiro anos, a alfafa obteve maior percentagem de nitrogênio através da
fixação biológica cerca de 80%. Segundo os autores esta diferença está
relacionada ao estresse de N na fase inicial de estabelecimento do processo
simbiótico. Em quantidades absolutas a fixação simbiótica pelas plantas de
alfafa variou de 93 kg/ha.ano de N no primeiro ano e posteriormente aumentou
para 258 e 227 kg/ha.ano de N no segundo e terceiro anos respecetivamente.
Verificou-se ainda, que não houve diferenças na fixação biológica entre o
monocultivo e o cultivo associado da alfafa com as gramíneas. Praticamente
em todos os cortes, a percentagem de 15N na alfafa foi menor no consórcio do
que no monocultivo, indicando que parte do N fixado pela leguminosa estava
sendo transferido para a gramínea associada. A proporção de N transferido
para a gramínea variou com os anos e com a época de corte, sendo de l6% no
corte inicial e de 49 % no corte final. As percentagens de transferência de N
foram similares para todas as espécies estudadas. Constatou-se ainda que até
50 % do N da gramínea associada era derivado da fixação biológica.
Esses resultados indicam um aumento da transferência de N do
primeiro para o segundo ano, este fato também foi verificado por TA e FARIS
( 1987 ) que constataram uma transferência de N da alfafa para a gramínea (
Phleum pratense L. ) de até 22% do total de N da gramínea no primeiro ano e
30% no segundo ano. Os autores observaram ainda que a transferência de N
para a gramínea aumentou com a sucessão dos cortes e com o aumento da
proporção de alfafa no consórcio.
HEICHEL e HENJUM (1991) trabalhando com alfafa ( Medicago sativa
L. ) cornichão ( Lotus corniculatus L. ) trevo vermelho ( Trifolium pratense L.) e
trevo branco ( T. repens L. ) consorciados com Phalaris arundinacea L.
observaram uma maior transferência de N para a gramínea no segundo ano,
aproximadamente 36 % do total de N da gramínea. Em valores absolutos, a
transferência de N no segundo ano variou de 29 a 53 kg/ha.ano. Os autores
concluíram que as leguminosas em estudo associadas com a gramínea são
auto-suficientes em N. Embora a transferência de N para a gramínea tenha
diminuído no 3º e 4º anos em virtude da redução do número de plantas da
leguminosa. Segundo BOLLER e NOSBERGER (1997) em associações de
trevo/azevém a produção anual de N fixado simbioticamente pode ser muito
alta quando a percentagem da leguminosa excede 50% da produção total de
matéria seca. Para CADISH et al (1994) em áreas de cerrado no consórcio
Braquiária/Calopogônio, a quantidade de N2 fixado pela leguminosa necessária
para manter a sustentabilidade do sistema varia de 60 a 117 kg/ha.ano
dependendo da utilização da leguminosa. Isso equivale manter uma proporção
de l3 a 23 % de leguminosa com base na matéria seca ( 2600 a 5200 kg de
MS/ha ). Entretanto a contribuição da leguminosa para manter a produtividade
por um longo período depende fortemente da palatabilidade da leguminosa e
da capacidade de decomposição da liteira dessa leguminosa.
PRODUÇÃO DE LEGUMINOSAS EM PASTAGENS TROPICAIS
As vantagens da utilização de pastagens consorciadas formadas por
gramíneas e leguminosas são amplamente conhecidas por pesquisadores,
extensionistas e por alguns estratos de produtores. São muitos os resultados
experimentais obtidos nas últimas três décadas, ressaltando melhoria da
produção animal, promovida pela presença da leguminosa na pastagem,
decorrente da sua participação direta na dieta do animal e dos efeitos indiretos
relacionados com o aumento do aporte de nitrogênio ao ecossistema de
pastagem (Nascimento Jr., 1986; Spain, 1990; Boddey et al., 1993; Barcellos e
Vilela, 1994; Pereira et al., 1995; Maraschin, 1997).
A pesquisa brasileira passa por um período muito profícuo no que
tange ao volume de novos germoplasmas de leguminosas tropicais, avaliados
através de ensaios individuais ou de redes nacionais ou internacionais
envolvendo milhares de acessos das mais diferentes origens.
Na opinião de Cameron et al. (1993) uma nova onda de coleções de
plantas forrageiras tropicais com forte ênfase sobre leguminosas iniciou-se nos
anos 60. Estas coleções estariam revolucionando as pesquisas com
leguminosas tropicais através de acessos já estabelecidos e, ou pela aquisição
de novos gêneros e espécies. O programa de pastagens tropicais,
desenvolvido pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical - CIAT, nas
últimas duas décadas, contribuiu marcadamente para a ampliação destas
coleções. No entanto, no caso particular do Brasil, apesar do número
significativo de cultivares lançados, a adoção pelos produtores é ainda
insignificante (Spain, 1990, Barcellos et al., 2000). Em 1983 a Embrapa –
Cerrados lançou os cultivares Stylozanthes guianensis cv. Bandeirantes
(Souza, Andrade e Thomas, 1983a), S. macrocephala cv. Pioneiro (Souza,
Andrade e Thomas, 1983b). O Instituto de Zootecnia de São Paulo em 1984
liberou a Macrotyloma axilares cv. Guatá e Galactia striata cv. Yarana
(Nascimento Jr., 1986). Desmodium ovalifolium cv. Itabela foi lançada pela
Ceplac, Ilhéus-BA em 1987 (Santana et al., 1987; Pereira, 1992) e a Embrapa
(Gado de Leite e Gado de Corte), lançou em 1993, o Stylosanthes guianensis
cv. Mineirão. O Arachis pintoi (Krap. e Greg.) é uma espécie que na última
década vem merecendo grande atenção da pesquisa e de empresas
produtoras de sementes. O acesso BRA 0013251 foi liberado comercialmente
em 1987 na Austrália como cultivar Amarillo, na Colômbia como cv. Maní
Forrageiro Perene; em 1994 em Honduras como cv. Pico Bonito e no Brasil,
vem sendo comercializado como a cv. MG 100 (Barcelos et al., 2000).
Avaliações agronômicas e sob pastejo, realizados pela Ceplac no Sul da Bahia
resultaram no lançamento em 1999, do A. pintoi cv. Belmonte (BRA 0311828),
bastante produtivo e persistente, embora com baixa produção de sementes
(CEPLAC sd; Santana et al., 1998). Além destes lançamentos, espécies como
o Calopogonio muconoides, Pueraria phaseoloides, Neotonia wightii e Leucena
leucocephala, há mais tempo no mercado, ainda correspondem nesta ordem
de citação, a principal fatia de comercialização de sementes de leguminosas no
Brasil (Pizarro e Carvalho, 1992).
Comparadas às gramíneas disponíveis no mercado, o número de
leguminosas liberadas para uso ou importadas de outros países como
promissoras é significativo. No entanto, as revisões feitas sobre o assunto
(Roberts, 1974; Spain, 1990; Cameron et al., 1993; Barcellos e Vilela, 1994;
Nascimento Jr., 1986; Barcellos et al., 2000) enfatizaram a baixa persistência
das leguminosas na pastagem como a principal limitação para a sua inclusão
nos sistemas de produção ou até mesmo para a continuidade das avaliações
necessárias ao lançamento de novos materiais.
A baixa persistência das leguminosas tropicais realmente tem sido o
fator predominante na história do desenvolvimento das leguminosas tropicais
(Cameron et al., 1993), caracterizando-se como um “dogma” entre os
pesquisadores que atuam na área (Miles, 2001). Felizmente, casos de sucesso
observados em algumas regiões do país e do mundo são mencionados na
literatura (Cameron et al., 1993; Pizarro e Rincon, 1994; Santana et al., 1997;
Valentim e Carneiro, 2000).
Diante disso, parece haver consenso de que o foco dos programas de
melhoramento e de avaliação de acessos promissores, deve recair sobre
estudos ecofisiológicos e de mecanismos de persistência de cada espécie ou
acesso visando o direcionamento de estratégias de manejo que possibilitem a
permanência da leguminosa na pastagem em proporções suficientes para
expressarem o seu potencial na forma de produção animal e nos demais
benefícios agroecológicos que lhes são atribuídos. Neste trabalho procurou-se
analisar fatores persistência das leguminosas, associados ao manejo da
pastagem assim como trazer à luz alguns casos de sucesso com o uso de
consorciações persistentes e produtivas.
PAPEL DA LEGUMINOSA NA PASTAGEM
Leguminosas e produção animal
A principal expectativa do uso de leguminosa em pastagens é a
melhoria da produção animal em relação à pastagem de gramínea exclusiva
com redução dos custos de produção, quando comparados com estas mesmas
pastagens submetidas à adubação com nitrogênio mineral. Este benefício é
reportado como sendo efeito da participação direta da leguminosa melhorando
e diversificando a dieta do animal e também do aumento da disponibilidade de
forragem pelo aporte de nitrogênio ao sistema, através da sua reciclagem e
transferência para a gramínea acompanhante. Conforme se observa na Tabela
1, a produtividade da pastagem consorciada, nos trabalhos ali citados varia de
231 a 610 kg/ha, enquanto na pastagem de gramínea exclusiva esteve na faixa
de 117 a 475 kg/ha. Verifica-se, portanto, que de uma maneira geral a
introdução da leguminosa melhorou a produtividade da pastagem, nas
condições em que os ensaios foram realizados, onde os níveis de adubação
foram baixos ou inexistentes e as taxas de lotação foram sempre inferiores a 3
cab/ha. Com relação a produção de leite, os benefícios também são
significativos. Serpa et al. (1973), verificaram que a consorciação de capim-
pangola com C. pubescens ou adubação nitrogenada apresentaram produção
superior à testemunha em, respectivamente, 15% e 18% e Lascano (1994)
divulga que a inclusão de A. pintoi em pastagens de gramíneas promoveu
acréscimos de 17 a 20% na produção de leite. Os resultados tem variado com
o valor nutritivo da leguminosa consorciada. Gonzalez et al. (1996), não
verificaram efeito da consorciação de capim-estrela africana com D. ovalifolium,
mas quando consorciado com A. pintoi, obtiveram produções superiores em 1,1
a 1,3 kg de leite/vaca/dia, em relação à pastagem exclusiva.
A comparação entre a produtividade de pastagens consorciadas e
adubadas com nitrogênio mineral é uma preocupação que remonta o princípio
das pesquisas com forrageiras. A questão é até que níveis de adubação
nitrogenada compensaria substituir o uso técnico e econômico de
leguminosas? Naturalmente, a questão não pode ser respondida unicamente
pela produção animal, uma vez que os benefícios adicionais sobre o
ecossistema devem ser levados em conta, incluindo aspectos relacionados
com a preservação ambiental e insuficiência ou indisponibilidade de
fertilizantes decorrente de deficiências estruturais e conjunturais, entre outras.
Em revisão sobre a produção animal obtida em pastagens tropicais, Rocha et
al. (1983) mostraram que pastagens consorciadas produziram em média 329
kg/ha/ano de peso vivo (PV), enquanto pastagens fertilizadas com N,
resultaram em ganhos médios da ordem de 456 kg/ha/ano. De acordo com a
conclusão de Crowder (1985) a produtividade de pastagens consorciadas só
ultrapassa a obtida em pastagens em monocultivo quando os níveis de N
aplicados são baixos, sendo a presença de leguminosa equivalente a 100
kg/ha de N. Esta equivalência pode ser verificada em trabalhos desenvolvidos
no sul da Bahia, cujos dados são apresentados na Tabela 3, onde não se
obteve diferença significativa entre a presença das leguminosas e adubação
com 90 kg/ha e com 150 kg/ha de N, em pastagens de Brachiaria spp. No
entanto, em outros ensaios realizados por Lourenço et al. (1978) em São
Paulo, Primo (1978) no Mato Grosso do Sul e Vilela et al. (1982) em Minas
Gerais, verifica-se maior produção nas pastagens de gramínea adubadas com
100 kg/ha de N do que nas pastagens consorciadas. Isto se deve
possivelmente a vários fatores, entre eles se destacam a proporção da
leguminosa na pastagem, a qualidade relativa entre as duas espécies
consorciadas e a eficiência do N aplicado. É de se esperar realmente que
diante da capacidade limitada da leguminosa de fixar e transferir N e do
potencial que a maioria das gramíneas tem de responder à níveis mais
elevados de N, se obtenha maior produção com dosagens maiores.
Neste caso o aspecto econômico deve ser analisado. Por outro lado, os
resultados são aceitáveis, pois considerando-se que o efeito mais direto da
leguminosa na pastagem é na qualidade da dieta, o benefício maior será no
ganho de peso/animal e menor na capacidade de suporte da pastagem. Vilela
et al. (1982) verificaram maior ganho de peso em pastagens de capim-guiné
consorciado com leguminosas do que quando adubado com 100 kg/ha de N
(520 g/cab/dia versos 305 g/cab/dia), embora a produção/ha tenha sido maior
para a pastagem de gramínea em monocultivo (754 kg/ha versos 540 kg/ha),
em função da maior taxa de lotação permitida. Resultados com esta mesma
tendência foram encontrados por Pereira, Santana e Rezende (1996),
em pastagens de B. humidicola consorciada com A. pintoi. (Tabela 3). A
magnitude do rendimento animal em pastagens consorciadas está relacionada
com a proporção da leguminosa na pastagem e em última instância com a sua
real participação na dieta dos animais a qual é função da palatabilidade relativa
da leguminosa refletindo na seletividade do animal. Lascano et al (1999), em
pastagens de B. humidicola com A. Pintoi, encontrou relação direta entre a
proporção da leguminosa na pastagem e a participação na dieta, estimada
através de índice de preferência cujo valor obtido foi de 0,52.( Figura 1).
Observou ainda que a seletividade variava com a estação do ano, com índice
de 0,65 para a estação chuvosa e 0,79 para a estação seca. Para leguminosas
com menor palatabilidade a variação tende a ser maior, verificando-se baixa
seleção no período chuvoso independente da oferta (Evans, 1970). Este
comportamento, a exemplo de pastagens consorciadas com calopogônio,
possibilita redução na oscilação nos ganhos de peso entre as estações secas e
chuvosas, porque a leguminosa sendo pouco consumida no período chuvoso,
permanece disponível no período seco quando a disponibilidade de pasto da
gramínea é baixa e então o animal passa a consumir a leguminosa (Barcellos e
Vilela, 1994).
Valor Nutritivo do Pasto e da Dieta
O melhor desempenho animal em pastagens consorciadas é explicado
por apresentarem em geral melhor valor alimentício em relação às gramíneas.
Maiores níveis de proteína bruta (PB) e de digestibilidade são os atributos mais
marcantes. Em ensaio sob corte, realizado em Itabela, BA, durante dois anos e
com avaliações realizadas nos períodos de maior e menor precipitação,
contemplando 18 acessos de leguminosas e dez acessos de gramíneas,
obteve-se teores médios de PB de 18,8% e 11,5%, com variação entre 13,6 a
24,6% e 7,8 a 14,5%, respectivamente para leguminosas e gramíneas (Pereira
et al., 1995). Em pastagens de gramíneas consorciadas com D. ovalifolium,
calopogônio, P. phaseoloides, S. guianensis CIAT, 136, A. pintoi, cv. Belmonte
e Leucena leucocephala os níveis de PB da leguminosa em oferta foram
respectivamente, 9,1; 11,5; 12,5; 15,6; 18,6 e 22,5% sempre superiores aos
níveis de PB da gramínea acompanhante (Tabela 4). A. pintoi se destaca pelo
seu elevado teor de PB, conforme reafirmaram Santana, Pereira e Rezende
(1998) que obtiveram valores médios de quatro anos, de 18,3 e 19,7%
respectivamente para taxas de lotações baixa e alta.
A digestibilidade das leguminosas tropicais no pasto em oferta via de
regra é maior que as das gramíneas, mas observa-se variação entre espécies
ou cultivares e em algumas delas verifica-se valores inferiores. A Tabela 4
mostra que a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) é baixa para D.
ovalifolium e calopogônio, tendo como causas o elevado teor de taninos da
primeira (Lascano, 1994), e a alta densidade de pêlos epidérmicos na segunda
(Pizarro, 2001). Leguminosas com maior teor de taninos sofrem lenta
degradabilidade no rúmen e menor taxa de produção de amônia em função do
tempo, correlacionando-se com a DIVMS. Assim, A. pintoi com baixos níveis de
taninos apresentam índices de DIVMS situado entre 60 e 67% e apresenta
maior produção de amônia em relação a D. ovalifolium (Lascano, 1994).
Variações no teor de taninos em leguminosa tem sido o principal fator que
diferencia as leguminosas quanto a seletividade pelos animais.
Os efeitos da qualidade nutricional das leguminosas se refletem na
qualidade da dieta dos animais a qual está em função do grau de seletividade
das mesmas pelos animais influindo diretamente no consumo.
O trabalho desenvolvido na Costa Rica por Gonzalez et al. (1996),
ilustra bem esse fato. A qualidade nutritiva da dieta selecionada em pastagem
de Cynodon nlemfuensis (estrela africana) consorciado com A. pintoi foi
superior a dieta obtida na pastagem da gramínea pura, ou consorciada com D.
ovalifolium, explicada pela. melhor qualidade do A. pintoi em si e pela sua
maior proporção na dieta dos animais (Tabela 5). Pereira et al. (1992b),
verificaram redução na DIVMS da dieta de bovinos em pastagem de B.
humidicola quando consorciada com D. ovalifolium ou P. phaseoloides, embora
os níveis de PB das pastagens consorciadas se mantivessem sempre
superiores a 10% durante todo o ano. Em Pucalpa, Peru, na consorciação B.
dyctioneura + D. ovalifolium, a proteína da dieta foi sempre maior mas a DIVMS
foi menor na época seca, onde a seleção da leguminosa pelos animais foi
maior (Alvarado e Mere, 1996) . Efeitos adicionais dessa leguminosa na
pastagem como a reciclagem de nutrientes foram também observados e
certamente beneficiando o aporte de N no sistema ( Cantarutti, 1996).
Uma outra vantagem qualitativa da leguminosa é a menor taxa de
redução do valor nutritivo com a idade em relação às gramíneas, conforme
demonstrado por Abaunza et al. (1991) ao estudarem a variação do teor de PB
e índices de DIVMS em nove gramíneas e 12 leguminosas avaliadas sob
cortes (Tabela 6). Verifica-se ainda que de uma maneira geral a presença de
leguminosa promove melhoria nos níveis de proteína bruta da gramínea
acompanhante, mesmo quando comparada à adubação nitrogenada, conforme
se observa na Tabela 4. Pereira e Santana (1990) verificaram que a MS verde
em oferta de B. decumbens consorciada com Pueraria phaseoloides tinha teor
de PB de 9,5%, superior a pastagens adubadas com 90 kg/ha de N, cujo valor
era de 7,6 %.
Manejo da pastagem e produção animal
Modelos que expressam a relação entre a taxa de lotação (TL) ou
pressão de pastejo (PP) e a produção por animal, foram exaustivamente
exercitados (Moot, 1960; Riewe, 1961; Jones e Sandland, 1974 ) e de uma
maneira geral demonstram correlação negativa entre estas duas variáveis,
representada na maioria das vezes por uma regressão linear. Considerando
que o rendimento animal depende da oferta de forragem e da qualidade da
dieta selecionada, igual comportamento tem-se observado em pastagens
consorciadas, verificando-se, no entanto, variações cuja magnitude depende da
vulnerabilidade da leguminosa à intensidade de pastejo e do grau de
seletividade exercida pelo animal. De acordo com Maraschin (1997), mudanças
na composição botânica da forragem disponível, modificam a condição da
pastagem em prejuízo da sua sustentabilidade, resultando em alteração no
desempenho animal. Assim os efeitos de variações na intensidade de pastejo
na produção animal dependem da presença da leguminosa na dieta, cuja oferta
está relacionada com os mecanismos de persistência e com a palatabilidade
relativa dos componentes. Em pastagem de B. humidicola com D. ovalifolium
cv. Itabela, os efeitos da TL foram menores do que quando a pastagem era
adubada com 150 kg/ha de N (Figura 2). Em outro ensaio onde se utilizou
estas mesmas forrageiras, observou-se efeito quadrático (y = - 0,318 + 0,574x
+ 0,101x2) da TL sobre a produção animal (Pereira et al., 1992a). Neste
acesso, em face da baixa palatabilidade do D. ovalifolium, a seletividade dos
animais pela mesma só ocorreu nas mais altas TLs, onde houve redução na
oferta da gramínea, com reflexos na produção animal. O uso de TLs muito
baixas para este tipo de leguminosa em geral aumenta a sua proporção na
pastagem, face ao seu diferimento pelo animal aumentando a pressão de
pastejo sobre a gramínea e reduzindo a produção animal. Em regiões com
período seco definido este comportamento pode ser estratégico, sendo a
leguminosa acumulada para consumo no período seco. Leguminosas com
palatabilidade intermediária como a Pueraria phaseoloides, mas pouco
persistentes, quando submetidas a intensidades de pastejo crescentes
apresentam redução na produção/animal. Por outro lado, A. pintoi tem-se
mostrado persistente e produtivo, mesmo com alta pressão de pastejo sem
efeitos significativos sobre a produção animal. Em experimento conduzido em
Carimágua, Colômbia, com quatro anos de duração, a produção/animal em B.
dyctioneura caiu em 90 % quando a TL passou de 2 para 4 cab/ha, enquanto
na pastagem em que esta gramínea estava consorciada com A. pintoi a
redução no ganho de peso com o aumento da TL foi consideravelmente menor,
ficando em 70% (Lascano, 1994). No Sul da Bahia, Santana, Pereira e
Rezende (1998) não observaram efeitos significativos das TLs de 1,6; 2,4; 3,2
e 4,0 novilhos/ha, sobre o ganho de peso animal, em pastagem de B.
dyctioneura com A. pintoi cv. Belmonte, obtendo ganhos médios de
respectivamente 547, 525, 638 e 547 g/cab/dia.
De uma maneira geral não se tem observado grandes diferenças entre
sistemas de pastejo em relação a produção animal embora haja interação com
a pressão de pastejo. No caso de pastagens consorciadas Roberts (1980) tem
mostrado que variações no comprimento do período de descanso podem
beneficiar a produção animal em função da menor ou maior aceitabilidade da
leguminosa. Leite et al. (1992), verificou melhor ganho de peso em A. gayanus
consorciado com Stylosanthes spp quando utilizaram pastejo rotacionado ou
alternado flexível com variações na TL e nos períodos de ocupação e de
descanso. No pastejo flexível os ajustes foram feitos em função da
disponibilidade e proporção da leguminosa na pastagem. Este procedimento é
uma aplicação da técnica de manejo para avaliação de pastagens
consorciadas sugerida por Spain e Pereira (1985).
Fixação e transferência de nitrogênio
Resultados experimentais mostram que em sistemas menos
intensivos, as leguminosas tropicais quando presentes em proporções
satisfatórias são capazes de suprir quantidades de N suficiente para lhes
garantir a sustentabilidade. Neste sentido, Spain (1990) afirma ser possível
obter com segurança um saldo líquido de 50 kg/ha/ano de nitrogênio
biologicamente fixado (NBF), admitindo eficiência de reciclagem de 20 a 25%.
Considerando que para produção de 400 kg de PV, são necessários apenas 20
kg/ha/ano de N, é aceitável que muitas leguminosas, fixem e incorporem N ao
ecossistema, em quantidades mais que suficientes para manter níveis
aceitáveis de produção. A produtividade de pastagens consorciadas quando
comparada àquela obtida em pastagens adubadas com N parecem estar de
acordo com esta afirmativa. O aporte de N que as leguminosas conferem à
pastagem é basicamente através da transferência do NBF para o sistema ou
mais especificamente para a gramínea acompanhante. Foram identificadas as
seguintes formas de transferência: a) transferência direta através da excreção
de compostos nitrogenados; b) decomposição de raízes e nódulos; c)
decomposição de resíduos de folhas e caules (liteira) e d) através de fezes e
urina. A transferência subterrânea através de exudatos é considerada baixa.
Nascimento Jr. (1986) relata resultados de experimentos realizados em vasos
em meio livre de N, onde a transferência foi inferior a 1,0%. Cantarutti (1995),
comenta que em pastagens tropicais onde predominam os sistemas extensivos
e as leguminosas em geral tem pouca nodulação e nódulos de decomposição
mais lenta é possível que a reciclagem subterrânea seja de pouca importância.
Já a contribuição das excreções dos animais para suprimento de N depende do
consumo da leguminosa e da quantidade e distribuição dos mesmos. Para
leguminosas tropicais geralmente de baixo consumo e com baixa intensidade
de pastejo o nível de reciclagem pode ser baixo em função da concentração
dos dejetos e das perdas observadas (Ferreira, 1995). Desta forma, em
pastagens tropicais onde a utilização da forragem disponível em muitos casos
é inferior a 40 maior quantidade de N recicla através dos resíduos vegetais na
superfície do solo (Cantarutti, 1995).
Existem muitas variações quanto a transferência do NBF. Gonçalves e
Costa (1994), em ensaios com leguminosas cultivadas em parcelas sob cortes
empregando a técnica do N total acumulado, obtiveram variação entre 63 e 143
kg/ha/ano no NBF, com transferência variando de 28 a 46%. Carvalho (1986)
revisando diversos trabalhos concluiu que para a maioria das leguminosas
avaliadas este valor ficava entre 70 a 140 kg/ha/ano, com 15 a 20% do NBF,
transferido para a gramínea. Em pastagens de A. gayanus consorciadas com
três espécies de Stylosanthes, em solos de cerrados a quantidade de NBF
variou de 67 e 117 kg/ha, estimando que 80% do N era NBF (Cadisch et al.,
1993). Em outro ensaio, a reciclagem de N através da liteira em pastagens de
B. decumbens com calopogônio foi de 99 a 113 kg/ha/ano, enquanto pastagem
de gramínea exclusiva foi de apenas 17 kg/ha (Cadisch, Schunke e Giller,
1994).
A quantidade de NBF e sua transferência dependem da disponibilidade
de MS da leguminosa. Miller e Wanderlist (1977) postulam a necessidade de
30 kg/ha de matéria seca de leguminosa para disponibilizar 1 kg de N para a
pastagem. A utilização de TLs elevadas pode comprometer a persistência da
leguminosa e reduzir o aporte de N. Cantarutti (1996), estudando o efeito da
utilização de 2, 3 e 4 nov/há durante quatro anos na reciclagem de N através
da liteira da pastagem de B. humidicola pura e em associação com D.
ovalifolium, verificou que a deposição de liteira diminuiu com a TL, mas a
presença da leguminosa contribui com acréscimos de 124, 39 e 25 kg/ha/ano
de N, respectivamente para as TLs utilizadas. A fixação de N para a TL mais
baixa foi estimada em 62 kg/ha/ano. A estimativa de meia vida dos resíduos
mostrou redução no tempo de reciclagem de N de 127 dias observados na
pastagem de B. humidicola para 28 dias na pastagem consorciada. Diante
disso, verifica-se a importância da reciclagem de N oriundo da leguminosa e
que a quantidade reciclada depende da disponibilidade da leguminosa e do
resíduo por ela deixado após pastejo. A adoção de sistemas de manejo que
possibilitem o equilíbrio entre a MS da leguminosa reciclada e a MS ingerida
pelo animal são necessários para a manutenção da rentabilidade e
sustentabilidade da pastagem, levando em conta principalmente a
palatabilidade da leguminosa e os seus mecanismos de persistência.
PERSISTÊNCIA DE LEGUMINOSAS EM PASTAGENS TROPICAIS
Diversas publicações oriundas de simpósios e congressos especializados têm
enfocado com veemência a baixa persistência das leguminosas nas pastagens
e a reputam como sendo a principal causa da sua baixa inclusão nos sistemas
de produção dos trópicos. As diferenças observadas entre gramíneas e
leguminosas quanto a taxa de crescimento, morfogênese, padrão de sistema
radicular, exigências nutricionais, mecanismos para manutenção da população,
tolerância à estresses edafoclimáticos, palatabilidade relativa, tolerância ao
pastejo, entre outras características inerentes à planta, são determinantes da
compatibilidade entre as duas espécies. Spain e Vilela (1990), reforçam que a
não persistência da leguminosa sempre foi atribuída à agressividade da
gramínea, a falta de adaptação às pressões bióticas e abióticas, ao manejo
imposto e a não reposição de nutrientes exportados na forma de produto
animal. Conforme se observa, alguns destes fatores são inerentes às
características que a leguminosa deve ter para persistir em associação com a
gramínea, enquanto outros estão relacionados com o manejo que deve ser
dado ao ecossistema de pastagens consorciadas como um todo. É oportuna a
abordagem destas características para sua utilização nos estudos em
pastagens consorciadas desde a escolha do germoplasma com características
potenciais para persistir, até a adequação de estratégias de manejo que
garantam esta persistência.
Germoplasma adaptado
Nas regiões tropicais e particularmente no Brasil, as regiões pastoris
estão geralmente localizadas em solos de baixa fertilidade e grande
diversidade climática. O enfoque predominante nas avaliações nos últimos
vinte anos tem sido a seleção de plantas adaptadas a produzirem em solos
ácidos e inférteis, com certa tolerância ao stress hídrico e à pragas. Ao longo
destes anos foram muitos os acessos eleitos como promissores, conforme
relatado na introdução deste trabalho e em Barcellos e Vilela (1994). No
quesito adaptação ao ecossistema, é muito importante a eleição dos gêneros
ou espécies chaves destinadas a avaliação em cada ecossistema ou
subecossistema, através de ensaios multilocacionais. O programa de pastagem
do CIAT, tinha esta tendência, agrupando subcoleções de linhas
monoespecíficas com potencialidade para savanas e para trópico úmido, entre
outros. Neste contexto, o gênero Stylosanthes, destacando-se S. guianensis, S.
capitata e S. macrocephala mostraram grande vocação para solos de cerrados
e savanas em geral, sendo o gênero mais trabalhado e com maior número de
recomendações para este ecossistema, a exemplo do S. guianensis cv.
Mineirão, lançamento da Embrapa (Barcellos et al., 2000). O Mineirão parece
ser resistente à antracnose (Colletotrichum gloesporioides), doença que limitou
a utilização do Stylosanthes spp por muito tempo. As espécies Pueraria
phaseoloides e C. muconoides, adaptaram-se bem aos tópicos úmidos e na
Amazônia brasileira parecem ter grande adoção por produtores (Valentim e
Carneiro, 2000). D. ovalioliumm tem boa persistência mesmo quando
consorciado com gramíneas agressivas, mas é de baixa qualidade (Pereira et
al., 1992a). O A. pintoi é a leguminosa tropical mais pesquisada no momento,
parece ainda estar sendo avaliada de forma cosmopolita, embora dados
sugiram não se adaptar bem a períodos secos prolongados. Tem se adaptado
bem em várias partes da América Tropical e do Brasil, com o mérito de
associar qualidade nutricional e persistência, características raramente
encontradas juntas em leguminosas tropicais (Lascano, 1994). No Brasil,
vastas coleções desta espécie com características forrageiras estão sendo
avaliadas em vários ecossistemas. O cultivar mais difundido comercialmente é
o Amarillo. No entanto, avaliações realizadas no Sul da Bahia, resultaram no
lançamento da cultivar Belmonte (Pereira,Santana e Rezende, 1996; Santana,
Pereira e Rezende, 1998).
Milhares de acessos de leguminosas estão nos bancos de
germoplasma e centenas já passaram pela fase de avaliação de adaptabilidade
e produção agronômica. No entanto, poucos são as que chegam à fase de
avaliação sob pastejo, a qual deveria ser realizada já nos estágios iniciais
envolvendo a gramínea potencialmente acompanhante onde se poderia avaliar
atributos importantes como: habilidade para competir com a gramínea,
palatabilidade relativa, tolerância ao pisoteio, taxa de rebrote, produção de
sementes e persistência. Modelos e sugestões para este tipo de avaliação são
encontrados em Spain (1990). A opinião de Barcellos et al. (2000), de que o
desenvolvimento de novos cultivares deveestar atrelado ao sistema de
produção do qual vão participar parece muito sensata e este comportamento
certamente reduziria os insucessos observados em muitas pesquisas de
avaliação de leguminosas, contribuindo para sua maior adoção.
Fatores Agronômicos
A formação de pastagem historicamente não tem recebido dos
produtores a mesma atenção dada aos cultivos agrícolas. Este comportamento,
associado às próprias adversidades do ambiente e ao manejo deficiente tem
comprometido a sustentabilidade das pastagens. No caso de pastagens
consorciadas, a situação se agrava mais ainda pela ausência de técnicas
apropriadas e pela maior dificuldade em se estabelecer a leguminosa face ao
seu crescimento mais lento em relação à maioria das gramíneas e à
susceptibilidade aos fatores bióticos e abióticos do ambiente. Diante disso,
pode-se inferir que muitos insucessos na obtenção de pastagem com
leguminosas, pode ser reflexo de falhas durante a sua implantação.
Na formação de pastagens consorciadas, as técnicas de plantio
geralmente visam dar melhor condição de estabelecimento à leguminosa em
relação à gramínea. Zimmer et al. (1994), recomenda redução na taxa de
plantio da gramínea em 30 a 40%. Adubação estratégica para a leguminosa, e
o plantio em faixas alternadas (Santana e Pereira, 1995; Santana et al. 1993),
ou ainda o plantio defasado (Consentino e Pedreira, 1991), tem dado bons
resultados. Após a germinação das forrageiras é necessário um manejo de
formação através de um pastejo leve, visando uniformizar a área, favorecer o
perfilhamento da gramínea e com o maior consumo desta, garantir o pronto
estabelecimento da leguminosa (Pereira e Lascano, 1998; Zimmer et al. 1994).
Tem-se obtido sucesso no estabelecimento da leguminosa, aplicando-
se adubo fosfatado solúvel, próximo à semente e através do plantio em linhas
em relação ao plantio a aplicação à lanço. As exigências nutricionais das
leguminosas são variáveis e requerem refinamento na sua determinação,
principalmente para os cultivares lançados mais recentemente. Por muito
tempo, os estudos de avaliação buscaram leguminosas adaptadas à solos
ácidos e inférteis, e grande parte dos cultivares em uso atual realmente têm
baixa exigência nutricional, à exemplo das espécies de Stylosanthes spp. A cv
Mineirão, por exemplo, produziu bem com o nível de 50 kg/ha de P2O5 e não
respondeu à aplicações de calcário. A. pintoi parece ter exigência nutricional
média. Em experimento realizado com esta espécie por Góes et al. (1996),
verificaram que aumentos de produção de matéria seca só foram alcançados
até a dosagem de 80 kg/ha de P2O5 e que 80% da produção máxima foi
alcançada com 800 kg de calcário. Alves e Medeiros (1997), destacam a maior
importância de K, Mg e S para as leguminosas. Em geral, não se aplica
micronutrientes para leguminosas tropicais embora enfatize-se a necessidade
de Zn para solos do cerrado e de Mo para solos ácidos. Os micronutrientes em
geral são necessários tendo em vista a sua importância na nodulação. Há
necessidade de pesquisas específicas sobre os requerimentos das
leguminosas forrageiras. Visando baratear os custos na formação de pastagem
e estimular o uso de pastagem consorciada, a prática de sistemas integrados
entre a agricultura e pastagem estão sendo recomendados (Barcellos et al.,
2000).
Fatores ecofisiológicos
A persistência da leguminosa na consorciação com gramíneas, já seria
de início considerada difícil por uma diferença fundamental: as leguminosas
tropicais são do tipo C3 e as gramíneas do tipo C4. A denominação está
relacionada respectivamente, com o número de átomos de C do primeiro
composto estável formado após a fixação do CO2 durante a fotossíntese. Ácido
fosfoglicêrico para as C3 e malato para as C4. Esta e outras características
anatômico-fisiológicas, tornam as plantas C4 mais eficientes do ponto de vista
fotossintético, o que lhes confere maior taxa de crescimento. Em decorrência,
as leguminosas levam grande desvantagem na competição com as gramíneas,
no sentido de se manterem persistentes na pastagem. No entanto, observam-
se diferenças entre leguminosas e variação entre a taxa de crescimento de
gramíneas e leguminosas em relação a época do ano, em função de diferentes
reações à radiação solar, à temperatura e a outros fatores ambientais.
A tabela 9 refere-se a um ensaio conduzido em Barrolândia - BA, onde
se observa que a taxa de crescimento das gramíneas foi 2,2 vezes superior a
das leguminosas no período de máxima precipitação (verão) e em 1,9 vezes no
período de mínima precipitação (inverno). As leguminosas portanto com menor
potencial de competição no verão, poderiam levar alguma vantagem durante o
inverno onde a diferença entre as taxas de crescimento das duas espécies é
menor. Assim, na definição das espécies ou cultivares a serem consorciados,
além da taxa de crescimento individual deve ser analisada, também seu
comportamento ao longo do ano. Por outro lado, o comportamento da taxa de
crescimento de gramíneas e leguminosas isoladas é diferente do observado na
consorciação, principalmente em função da competição por luz, por água e por
nutrientes. As gramíneas e as leguminosas forrageiras diferem entre si quanto
a tolerância ao sombreamento porque as leguminosas tropicais têm um nível
de saturação por luz mais baixo que as gramíneas, observando-se no entanto
diferenças entre leguminosas. P. phaseoloides, C. mucunoides e A. pintoi se
desenvolvem bem em condições de sombreamento, por isso são também
utilizadas como cobertura nos cultivos de seringueira, dendezeiro ou
fruticultura. Fisher e Cruz (1994), mostraram que a A. pintoi quando em
monocultivo atingia índice de área foliar (IAF) acima de 3 antes de duas
semanas de crescimento, mas quando consorciada com Digitaria decumbens,
o IAF foi bastante reduzido em função da menor densidade de pontos de
crescimento. No entanto, verificaram que a eficiência no uso da radiação (EUA)
do A. pintoi foi pouco influenciada pela consorciação, confirmando a sua
adaptação à sombra e mostrando que os efeitos da competição com a
gramínea são mais de natureza morfológica e menos trófica, com a redução no
IAF mas sem alterar significativamente o EUA. Fatores morfogenéticos são
também importantes para a persistência das forrageiras porque são
determinantes da sua capacidade de rebrotação após a desfolha. Para
leguminosas o conhecimento destes fatores se torna mais importante pela sua
maior variação morfológica. A posição do meristema apical na planta e sua
localização na biomassa da pastagem condicionam a sua maior ou menor
eliminação pelo pastejo. Leguminosas de hábito de crescimento trepador ou
escandente como a Macroptilium atropurpureum e Neonotonia wightii são mais
susceptíveis à eliminação de seus pontos de crescimento do que plantas
prostadas ou decumbentes como S. humilis (Cameron et al. 1993). Plantas
trepadoras e eretas não têm persistido à pressões de pastejo utilizadas na
prática,desaparecendo rapidamente da pastagem. Clements (1989), verificou
remoção de 25% dos pontos de crescimento em M. atropurpureum e em C.
virginianum, ambas escandentes, valor três vezes maior do que no trevo
branco (Trifolium repens). As diferenças observadas residem na localização
dos pontos de crescimento em relação a sua acessibilidade pelo animal em
pastejo. Na pastagem de trevo branco observou-se que 80% dos pontos de
crescimento estavam no estrato de 0-2 cm acima do solo, enquanto nas
leguminosas tropicais mais de 80% dos pontos de crescimento se encontravam
acima deste nível, distribuindo-se ao longo das hastes e da parte aérea da
planta, facilitando a sua remoção. Cameron et al. (1993), citando Curll e Jones
(1989), mencionam que a baixa acessibilidade do animal aos pontos de
crescimento, a alta densidade de estolões e de raízes, a localização de gemas
axilares abaixo do nível do solo ou protegidas quando acima, constituem-se em
um padrão ideal de plantas persistentes, mesmo em condições desfavoráveis
de manejo. D. ovalifolium e A. pintoi parecem se beneficiarem deste
mecanismo de proteção pois são estoloníferas e decumbentes.
Os estudos sobre as características que funcionam como possíveis
mecanismos de persistência das leguminosas tropicais são ainda escassos.
Estas características têm sido identificados em alguns casos de consorciações
persistentes, mas ainda são necessários estudos básicos mais aprofundados
para a melhor compreensão destes mecanismos. Resultados de experimento
conduzido em Itabela, nos tabuleiros costeiros do Sul da Bahia, utilizando-se
quatro leguminosas de morfologias contrastantes (N. wightii, S. guianensis, P.
phaseoloides, D. ovalifolium), consorciadas com três gramíneas, (A. gayanus,
B. humidicola e B. decumbens) e submetidas a pastejo rotacionado simulado,
com carga fixa e 42 dias de descanso, durante dois anos, mostraram que D.
ovalifolium foi a leguminosa mais persistente independente da gramínea
acompanhante. A melhor persistência D. ovalifolium é certamente por
apresentar as características de persistência acima citadas, além de ter boa
produção de semente e ser menos palatável do que as demais leguminosas. N.
wightii foi a leguminosa de menor persistência, por ter crescimento escandente,
expondo os pontos de crescimento e as folhas mais jovens ao pastejo, além de
ser mais palatável e de maior exigência nutricional que as outras leguminosas
e gramíneas estudadas. P. phaseoloides mostrou-se relativamente persistente
com Brachiaria humidicola e Brachiaria decumbens e com baixa persistência
com A. gayanus, possivelmente por adotar comportamento escandente
expondo pontos de crescimento ao pastejo. Em outro ensaio realizado na
mesma localidade, P. phaseoloides consorciada com B. brizantha cv Marandu,
só persistiu na pastagem em níveis satisfatórios, quando a lotação utilizada era
de 1/nov/ha (Santana e Pereira, 1995). S. guianensis não se adaptou ao
sistema rígido de pastejo adotado além de ter sofrido ataques freqüentes de
antracnose. De acordo com Andrade e Karia (2000), os mecanismos de
persistência sob pastejo em Stylosanthes são a ressemeadura natural e a
sobrevivência de plantas. A persistência de S. capitata e S. macrocephala
dependem do estoque de sementes no solo, enquanto que o S. guianensis é
beneficiado por sistemas de pastejo que permitam a manutenção da estrutura
de caules, gemas de rebrotação e área foliar remanescente. Verifica-se que,
dentre as leguminosas tropicais estudadas nos últimos anos, A. pintoi parece
possuir maior número de atributos relacionados com a persistência,
demonstrada pela sua permanência na pastagem, mesmo quando submetida a
condições de manejos adversos. Fisher e Cruz (1994), reportaram muito bem
os fatores de persistência dessa espécie e experimentos sob pastejo realizado
em várias localidades parecem comprovar isto (Pizarro e Rincon, 1994; Argel,
1994; Hernandez et. al. 1995; Santana, Pereira e Rezende,1998).
Fatores de manejo
De uma maneira geral, as leguminosas tropicais são sensíveis a
aumentos na pressão de pastejo. Este fato tem contribuído para formar um
consenso entre pesquisadores de que pastagens consorciadas são para uso
extensivo e que sob regime de cargas mais altas as leguminosas tenderão a
desaparecer. Porém, tem se observado que o efeito do aumento de pressões
de pastejo sobre a persistência das leguminosas são variáveis e dependem
dos mecanismos de persistência da planta e do grau de seletividade exercido
pelo animal. Embora algumas leguminosas persistam mesmo sob pressões de
pastejo extremas, não se deve perder de vista que a pressão de pastejo ideal é
a que mantendo a leguminosa na pastagem, possibilite também ao animal
colher uma dieta com qualidade e em quantidade suficiente para exteriorizar o
seu potencial produtivo. A utilização de cargas fixas em experimentos de
pastejo é muito discutível principalmente por não atender as variações
ambientais a que estão sujeitas as pastagens. Mas de certa forma são úteis
para avaliar a tolerância dos componentes da pastagem ao impacto do manejo
e quando as faixas de lotação são bem escolhidas pode-se definir a lotação ou
pressão de pastejo que associe persistência com desempenho animal.
Assim, diversos ensaios com pastagens consorciadas foram
conduzidos com esse objetivo. Em Itabela – BA, a persistência de P.
phaseoloides foi avaliada em consorciação B. brizantha cv. Marandu e
submetida a lotações de 1, 2 e 3 nov/ha, em dois sistema de pastejo (alterno e
rotacionado), verificando-se após quatro anos de pastejo que o aumento da TL
comprometeu a persistência da leguminosa, permanecendo em proporções
satisfatórias somente com 1 nov/ha no sistema de pastejo alternado (Santana,
Pereira e Moreno, 1991) (Figura 4). Ensaios conduzidos na mesma localidade,
mostraram que S. guianensis CIAT 136 mostrou-se altamente susceptível a
variações na TL, não persistindo quando consorciado com A. gayanus (Pereira
et al., 1995) nem com B. brizantha cv. Marandu (dados não publicados). Já D.
ovalifolium quando em consorciação com B. humidicola, mostrou-se tolerante a
TLs de 2, 3 e 4 nov/ha, apresentando maior persistência quando o pastejo era
contínuo, com proporção média da leguminosa na pastagem de 40%, após 4
anos depastejo (Tabela 10). De acordo com observações pessoais do autor
esta leguminosa permanece na área até esta data, ou seja , por 12 anos.
A persistência de A. pintoi tem sido reportada na literatura mesmo
quando submetido a altas intensidades de pastejo. Em ensaio conduzido em
Itabela – BA, em pastagem consorciada com B. dyctioneura, submetida a
pastejo contínuo, não se observou efeito da TL sobre a oferta de pasto de A.
pintoi, mas a proporção da leguminosa aumentou em todas as TLs no decorrer
do experimento que teve duração de quatro anos. A leguminosa permanece na
área até a presente data, estando, portanto, com sete anos de persistência.
Quando consorciada com B. humidicola nesta mesma localidade, com cargas
ajustáveis em função da disponibilidade de pasto, mantinha-se na proporção de
10,2% e 7,6%, respectivamente no final do primeiro e segundo anos
experimentais (Pereira, Santana e Rezende, 1996). Na Costa Rica, em
consorciação com capim-estrela africana, Gonzalez, et al. (1996) conseguiram
a proporção média de A. pintoi de 37,9% para os dois anos a que se reportam
os dados. Lascano (1994) relata dados obtidos em Carimágua, Colômbia, em
pastagem de B. humidicola + A. pintoi, com duração de quatro anos, onde a
disponibilidade de A. pintoi aumentou em 5 a 6 vezes do primeiro para o quarto
ano, não se observando efeitos das TLs de 2, 3 e 4 cab/ha sobre esta
disponibilidade. Conforme observa, a persistência da leguminosa depende
diretamente da pressão de pastejo utilizada. Algumas leguminosas apresentam
maior tolerância à carga excessiva em função de atributos morfogenéticos
próprios, enquanto outros são extremamente sensíveis, sofrendo exclusão na
maioria das vezes irreversível da pastagem. Os sistemas de pastejo tem
influenciado na proporção de leguminosa em algumas pastagens. De uma
maneira geral, o pastejo contínuo e o alternado tem favorecido a permanência
das leguminosas (Leite et al., 1982; Santana et al., 1993; Lascano, 1994).
Geralmente o efeito tem sido maior quando se trabalha com forrageiras de
baixa palatabilidade e tem sido recomendada como ferramenta de manejo para
favorecer a manutenção da leguminosa na pastagem (Roberts, 1980).
O ajuste de taxas de lotação e de períodos de descanso/ocupação,
através de um sistema de pastejo alternado, em função da oferta de pasto e da
proporção da leguminosa, foi recomendado por Spain e Pereira (1985). Este
sistema de manejo, denominado flexível seria recomendado para avaliação de
leguminosas sob pastejo. Além de reduzir os custos dos ensaios, permite
manejar a consorciação dentro das faixas de lotação e períodos de descansos
adequados ao equilíbrio dos componentes, tendo ainda como parâmetro de
aferição rendimento animal.
O conhecimento do desempenho das gramíneas forrageiras, em
ambiente de cerrado, pode auxiliar no manejo e utilização das pastagens, e
assim maximizar a eficiência de produção da forragem produzida, bem como o
seu valor nutricional. As gramíneas forrageiras apresentam queda gradativa de
produção ao longo dos anos, quando cultivadas em ambiente de cerrado, em
razão da baixa fertilidade natural dos solos e da falta de reposição dos
nutrientes retirados do solo. E, para a recuperação dessas pastagens, é
necessária a aplicação dos nutrientes que estão deficientes, o que é
praticamente proibitivo, pelos altos custos e pela exigência de aplicações
freqüentes (ZIMMER & SEIFFERT, 1983).
Nesse caso, após o corte das plantas, os responsáveis pelo início da
rebrota são as reservas orgânicas e o IAF remanescente. Entretanto, a relação
entre a superfície de todas as folhas presentes em uma determinada área é um
atributo estreitamente relacionado com o manejo da pastagem e com a
capacidade potencial de rebrota da forrageira (PETERSON, 1970).
Após a desfolha da planta, com alto índice de área foliar, segue-se um
período em que a fotossíntese por unidade de IAF aumenta, em decorrência da
adaptação das folhas velhas à maior intensidade de luz e da produção de
novas folhas (SILVA & PEDREIRA, 1997). Porém, segundo afirmam CORSI &
NASCIMENTO JR. (1994), os carboidratos produzidos, antes da desfolha, são
armazenados na base do colmo ou na raiz, quando há excesso de produção
fotossintética. Assim, esses carboidratos serão utilizados pela planta após a
desfolha para reconstituir a área foliar. Desse modo, a área foliar remanescente
após a desfolha assume grande importância, para aumentar o vigor da rebrota,
em virtude da imediata produção de carboidratos pela fotossíntese, o que
proporciona à planta menor tempo de dependência sobre o nível de
carboidratos de reserva para a sua recuperação.
Para gramíneas tropicais os efeitos das reservas são mais importantes
quando os cortes são mais drásticos, com a conseqüente redução da área
foliar remanescente. De modo geral, logo que a planta inicia a rebrota e há
aumento do IAF, as reservas não atuam mais como energia de rebrota e
passam novamente a serem acumuladas (CORSI & NASCIMENTO JR., 1994).
A taxa de crescimento forrageiro é uma função do índice de área foliar
(IAF) e da taxa fotossintética das folhas, a qual aumenta com a idade da planta,
na medida em que esta apresenta maior capacidade de interceptar a luz
incidente. Se o índice de área foliar aumentar muito, a produção de massa
seca não acompanhará esse crescimento, porque haverá grande quantidade
de folhas basais sombreadas bem como de folhas velhas, que serão menos
eficientes fotossinteticamente (OLIVEIRA & NASCIMENTO JR., 1999).
Cabe ressaltar que, para cada espécie forrageira em condições de
crescimento, existe um índice de área foliar que promove um nível ótimo de
crescimento (PETERSON, 1970). Assim, o aumento do índice de área foliar,
por sua vez, é resultante do progressivo aumento de folhas por perfilho e de
perfilhos por planta, contribuindo dessa forma no rendimento forrageiro, via
crescimento do percentual de interceptação e captura de energia luminosa
(GOMIDE, 1997).
Se o número de folhas verdes por perfilho for razoavelmente constante
conforme o genótipo, condições de meio e manejo, a estabilização do número
de folhas por perfilho e de perfilhos por planta constitui-se em um índice
objetivo para orientar o manejo das forrageiras com vistas a maximizar a
eficiência de colheitas sob sistema de corte ou pastejo rotacionado, prevenindo
perdas de folhas por senescência (GOMIDE, 1997). A produção contínua de
novos perfilhos, para reposição daqueles que morrem, é um fator-chave na
persistência de gramíneas perenes. Gramíneas anuais revelam menor
persistência porque não apresentam perfilhamento após o florescimento
(FAVORETTO, 1993).
Em Brachiaria ruziziensis, a percentagem de folhas por planta está
relacionada com o peso e idade dos perfilhos. Assim, perfilhos mais velhos e
desenvolvidos possuem menor percentagem de folhas, ou seja, a relação
folha–haste diminui à medida que a rebrota envelhece; e perfilhos jovens
apresentam cerca de 8 % mais folhas do que os perfilhos velhos (ZIMMER et
al., 1988).
A eficiência na utilização da forrageira depende de um elevado número
de gemas de rebrota próximas ao solo, que asseguram maior capacidade de
rebrota da planta tanto sob cortes quanto de pastejo intenso. Desse modo,
plantas com as gemas mais próximas ao solo toleram uma utilização mais
intensa e se recuperam com facilidade; logo, plantas com gemas situadas mais
distantes do solo devem ser utilizadas com moderação, pois cortes ou pastejos
intensivos poderão comprometer sua capacidade de rebrota
(ZIMMER et al. 1988). Entretanto, a presença de gemas não é, por si
só, garantia para a rebrota e crescimento da planta – é preciso que essas
gemas tenham condições de se desenvolverem, produzir perfilhos e,
conseqüentemente, boa massa de forragem. O aparecimento e alongamento
de folhas são dois processos fisiológicos determinantes do peso do perfilho
(ZIMMER et al., 1994).
As taxas de crescimento, alongamento de folha e a duração de vida
das folhas constituem os fatores morfogênicos do perfilho, que, sob a ação dos
fatores do ambiente, como luz, temperatura, água e nutrientes, determinam as
características estruturais do relvado, o número e o tamanho das folhas e a
densidade de perfilhos, responsáveis pelo índice de área foliar do relvado
(GOMIDE, 1997).
4.4 CONCLUSÕESConforme observado nesta e em muitas outras abordagens que a
antecederam, são incontestáveis os benefícios técnicos, econômicos e ambientais promovidos pelas leguminosas na pastagem. Embora se reconheça que potencialmente as leguminosas não se adeqüem a sistemas de produção intensivo, a demanda potencial por seu uso em sistemas commenor aporte de insumos é ampla nas regiões tropicais, principalmente na recuperação de pastagens degradadas ou a sua introdução para melhorar a sustentabilidade das pastagens. As limitações para a expansão do uso de leguminosas tropicais,
parecem nascer na própria pesquisa, ou seja, o volume de informações geradas é grande, mas a quantidade efetivamente difundível é pequena. Osesforços desprendidos na avaliação de germoplasma nas últimas duasdécadas por diversas instituições nacionais foram enormes, com grande número de acessos nas fases iniciais de avaliação, mas pouquíssimas chegando à fase final e destas apenas algumas são incorporadas aos sistemas de produção, geralmente com permanência efêmera. É possível identificar a existência de limitações de duas naturezas no que tange a avaliação de germoplasma. A primeira seria na caracterização maisapurada do material a ser avaliado ainda no banco de germoplasma, com vistas a se antever a sua adaptabilidade ao ecossistema ou subecossistema, sem perder de vista o sistema de utilização a que o mesmos se destinam. A segunda limitação é nas metodologias de avaliação, que por sua rigidez e onerosidade, principalmente nas etapas finais, limitam o número de acessos avaliados. O uso de metodologias mais dinâmicas e mais flexíveis seria recomendável. Porém, há necessidade de maiores estudos e maior amadurecimento para a sua consolidação. O que se observa é que a soma destas duas limitações, fazem com que o material avaliado, na maioria dos casos desapareça da pastagem
experimental antes mesmo de completar o período estipulado para avaliação, que em geral não tem passado de dois anos.
A limitação histórica do uso de leguminosas tropicais é a falta de persistência. São muitos os fatores de persistência. Nesta abordagem comentou-se apenas sobre alguns. A adaptabilidade de germoplasma ao ecossistema é muito importante e é o ponto básico. Mas a adaptabilidade à competição com a gramínea e ao pastejo é também um ponto crucial, ligado às próprias diferenças morfogenéticas e fisiológicas existentes em gramíneas e leguminosas tropicais. No entanto, as leguminosas devem ser selecionadas, avaliadas e melhoradas geneticamente para amenizar estas diferenças. A variável mecanismos de persistência surge, portanto, como indispensável na avaliação de forrageiras ainda em sua fase inicial. Conclui-se que a interdisciplinaridade é imprescindível e deve crescer na medida que avançam as fases de avaliações. Seria muito importante se uma leguminosa chegasse ao estágio final de pastejo com conhecimento de seus mecanismos de persistência, grau de seletividade pelo animal, exigências nutricionais e recomendação de adubo para manutenção, além de estratégias de manejo para garantir uma persistência produtiva. No entanto, muitas lacunas ainda existem em todas estas áreas. Nos trópicos, principalmente no Brasil, existem alguns materiais já lançados como cultivares onde as técnicas de manejo, em geral, podem ser aperfeiçoadas para garantir a sua adoção. Arachis spp. congrega vários acessos promissores principalmente das espécies A. pintoi e A. glabrata. Mas não vai ser a solução para todas as situações e a literatura ainda pontua uma série de parâmetros a serem pesquisados, visando maior conhecimento das cultivares já lançadas. A dificuldade de colheita de sementes onerando o seu preço tem limitado a sua difusão. Stylosanthes guianensis spp, Leucaena leucocephala spp, Pueraria phaseoloides, Calopogonio e Desmodium spp representam materiais que apesar dos problemas de persisistência observados, têm se adaptado bem em várias regiões, muito deles com quatro ou mais anos persistindo na pastagem.
Estudos econômicos certamente levarão à conclusão de que, dependendo de cada caso, valerá a pena fazer o restabelecimento da leguminosa. Esta parece ser uma nova ótica de ver o problema (Barcellos et al., 2000). De acordo com observação de Maraschin (1997), a alta produção pode ser mais importante do que persistência com baixa produtividade. No balanço final deve-se reconhecer que muito foi feito, mas muito ainda há por fazer. A obtenção de leguminosas produtivas e persistentes continua sendo um grande desafio e não existe coisa melhor para o pesquisador do que um bom desafio. Resta a união de esforços e recursos humanos e institucionais para vencê-lo.
CONCLUSÕESA pecuária nacional é caracterizada por sistemas extensivos, cujo o
alimento para o animal é essencialmente o pasto. A extensão do território, inexistência de política agrícola e a característica dos solos tropicais impedem a massificação de sistemas produtivos de alto “input” que empregam grandes quantidades de fertilizantes e corretivos. Estratégias de manejo baseadas em escolha de espécies ou cultivares adaptadas, bem como a consorciação de espécies morfofisiologicamente diferentes podem minimizar a demanda por
fertilizantes nitrogenados, maximizando a eficiência da atividade pecuária nas regiões tropicais.
Neste sentido, a pesquisa deverá estar direcionada na seleção e melhoramento de espécies mais adaptadas ao estresse nutricional e com potencial produtivo, favorecer a sustentabilidade da pastagem por meio de consórcio gramínea-leguminosa, e desenvolver estirpes de microorganismos que favoreçam a fixação biológica do N em associação com gramíneas.
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