Consolidação Mecânicas 2006 Fase 1.doc - pdfMachine...

Relatório Consolidado da

Aplicação da Metodologia Sebrae

de Redução de Desperdício e

Metodologia Sebrae de Eficiência

Energética

OFICINAS MECÂNICAS FASE 1

2006

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Redução de Desperdício - Fase 01

INDICE

INTRODUÇÃO 3 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO 4 CARACTERIZAÇÃO DAS MECÂNICAS 4 PROCESSO PRODUTIVO 5 MATÉRIAS PRIMAS E INSUMOS 20 PERDAS 21 RESÍDUOS, EFLUENTES E EMISSÕES. 22 USO DA ÁGUA 22 FONTES DE ENERGIA 23 SEGURANÇA NO TRABALHO 23


Setor da Economia: Terciário.

Ramo de Atividade: Serviço.

Tipo de Negócio: Automotivo.

Produtos Ofertados/Produzidos: Manutenção geral em veículos.

Introdução

O Programa Sebrae de Redução de Desperdício é desenvolvido por

consultores capacitados pelo próprio SEBRAE na Metodologia Sebrae - 5

Menos que são Mais.

O trabalho é desenvolvido em duas fases. Na Fase 01, a empresa

recebe a visita de um consultor, o qual através desta metodologia, coleta

dados, de modo a analisar todos os processos produtivos e/ou de serviços,

bem como as instalações e os resíduos gerados.

Como produto final desta fase dos trabalhos, é emitido e entregue um

relatório contendo as informações coletadas e um prognóstico onde são

definidas ações para redução de desperdício que deverão ser implementadas

na Fase 02.

Embora este Relatório de Consolidação do Setor Automotivo refira-se

apenas à Fase 01, numa segunda Fase, as fontes de desperdício são

avaliadas isoladamente dentro do processo produtivo. Para os desperdícios

apontados na Fase 01 são desenvolvidas metodologias que visam quantificá-

las quanto ao desenvolvimento e a implantação de técnicas mais eficientes

que, se implantadas, promoveriam resultados concretos, bem como ganhos

econômicos e ambientais.

A indústria automotiva tem sofrido grandes transformações com o

propósito de alcançar maior segurança aliada ao conforto, maior desempenho,

redução das emissões, dos ruídos e do consumo de combustíveis.


A questão da mão-de-obra ainda é considerado um fator relevante com

poucas alternativas de cursos profissionalizantes em determinados segmentos

específicos na área de manutenção, pelo claro desinteresse dos fabricantes em

capacitar os técnicos mas sim, em promover vendas para reposição.

As empresas que oferecem serviços de manutenção e reposição, tem

buscado progredir no sentido de atender com maior rapidez, eficiência e a

custos cada vez mais competitivos.

Para atender a esses pré-requisitos é que essa metodologia visa

contribuir no sentido de reduzir desperdícios, promover ganhos econômicos e

ambientais.

Caracterização do Estudo

Para realização do presente estudo foi realizada visitas em vinte

mecânicas (Auto Centros, Mecânicas em geral, Retíficas) no Distrito Federal.

Dessa, seis se encontram em Taguatinga, três no Setor de Indústria e

Abastecimento, três no Setor de Oficina, uma em Águas Claras, uma em

Planaltina, uma em Sobradinho, uma em Ceilândia, uma na Asa Sul. As

empresas visitadas prestam serviços na área automotiva. O número de

colaboradores nos empreendimentos visitados variou entre dois e trinta e sete.

Caracterização das mecânicas

Como visto no item acima foram realizadas visitas em 20 mecânicas que

se caracterizam da seguinte forma:

Retífica de motores que recuperam os motores para o padrão de

medidas de motores novos para maior vida útil antes do descarte.

Autos Centros que realizam serviços de mecânica geral, injeção

eletrônica, suspensão e freio, sistema elétrico, lanternagem e

pintura, sistema de ar condicionado e rodas.

Serviços especializados em molas de veículos leves e pesados.

Serviços especializados em troca de óleo.


Venda de peças e acessórios

Lavagem do veículo

Processo Produtivo

O processo produtivo das mecânicas visitadas pode ser sintetizado em

três etapas:

1- DIAGNÓSTICO, suspensão, freio, manutenção de motor, sistema

elétrico, injeção eletrônica e manutenção em ar condicionado.

Manutenção de motor, suspensão e freios

Uma das etapas da empresa é o serviço realizado na suspensão e

freios. Esse serviço consiste em diagnóstico de todas as partes relacionadas a

suspensão e freios num carro onde várias atividades podem ser executadas

em equipamentos específicos.

Ilustração 1 - Manutenção em geral de veículos.

Para realização dessa etapa são necessários equipamentos como:

elevador, para elevar o carro para o diagnóstico da suspensão, freios, rodas,

amortecedores, entre outros equipamentos computadorizados para realização


do alinhamento, balanceamento e cambagem. Os materiais utilizados também

são diversos: peças de reposição, graxa, óleo de freio, chumbo.

A etapa de regulagem de motor consiste em regulagem do motor e

manutenção da parte elétrica onde é feita a verificação do serviço a ser

realizado por meio de avaliação pelos mecânicos. Após avaliação, as peças em

que serão feitas a manutenção, são lavadas em tanque com produtos

(querosene, óleo diesel, lubrificantes em geral e solução química) para retirada

de sujeiras. Depois de lavadas as peças são recuperadas e montadas com

outras peças novas que substituirão as que foram invalidadas.

O processo de lavagem das peças requer tratamento da água de

processo, uma vez que o óleo contido nela pode ser reaproveitado. As

empresas normalmente possuem a chamada �caixa separadora� que realiza

essa separação como forma de tratamento simplificado separando o óleo, da

água e da sujeira. A sujeira é descartada em lixo comum e o óleo que fica

armazenado em um caixa é coletado por terceiros periodicamente e vendido.

Após a lavagem com produtos químicos as peças são enxaguadas com água.

Para a troca de óleo do motor é utilizado um equipamento que armazena

esse óleo usado que será também posteriormente coletado e vendido para re-

refino, embora nem sempre seja coletado por empresa credenciada pela

Agencia Nacional do Petróleo (ANP).

Injeção eletrônica e sistema elétrico

A manutenção do sistema de injeção eletrônica consiste em limpeza dos

bicos com equipamento específico ou limpeza das outras partes do sistema

com lubrificantes e são trocadas as peças invalidadas ou são reparadas as que

ainda tem vida útil.

2- RETÍFICA


Recebimento e Inspeção (lavagem das peças)

Essa etapa consiste em desmontar o motor, lavagem e etiquetagem das

peças desmontadas. Posteriormente, são lavadas em tanque com água e

produtos (querosene, óleo diesel e solução química) para retirada de sujeiras.

Depois de lavadas as peças são recuperadas e montadas com outras peças

novas que substituirão as que foram invalidadas.

Ilustração 2 - Local de lavagem das peças e do motor.

Aqui novamente o processo de lavagem das peças requer tratamento da

água de processo, uma vez que o óleo contido nela pode ser reaproveitado. A

empresa possui caixa separadora de óleo como forma de tratamento

simplificado separando o óleo da água. A água separada segue para o esgoto

e o óleo que fica armazenado em um caixa que é coletado por terceiros

periodicamente e vendido.

As peças do motor que são de alumínio são lavadas com um produto

específico e é colocada numa outra substância que clareia o alumínio. Esses

produtos são 100% utilizados não tendo perdas durante o processo.


Teste e Retificação de Motores

Essa etapa é a de retificação das peças de motores que retornam às

formas originais do motor novo. Nesta etapa têm-se diversos processos com

seus respectivos equipamentos relacionados a seguir:

Retífica de Manivelas e Retífica de Árvore de Manivela. Esses

equipamentos são para retificar o virabrequim, onde se recupera

o colo do virabrequim, uma peça cilíndrica que faz a biela rodar

para o funcionamento do motor. Com o funcionamento do motor a

biela gira encaixada no colo e há, ao longo do uso, desgaste

necessitando ser ajustada. A substituição do colo só é necessária

quando não dá mais medida impossibilitando sua retífica. Para a

retífica de virabrequim é necessário o uso de óleo solúvel para

refrigerar a peça para não haver dilatação que pode comprometer

a retífica (as dimensões).

Ilustração 3 - Retífica de Manivelas, retifica virabrequim.


Ilustração 4 - Foto de local de armazenamento de virabrequim. A seta mostra

um virabrequim.

Tratamento de óleo solúvel do equipamento de Retífica de Árvore

de Manivela. Para a retífica do virabrequim é necessário uso de

óleo solúvel para resfriar a peça para não haver dilatação e não

comprometer as dimensões. O óleo vai para esse tanque que por

processo de decantação separa o óleo de outras substâncias

(metais, sujeiras) e é reutilizado várias vezes até ser substituído

por óleo novo.

Ilustração 5 - Equipamento de tratamento de óleo solúvel.

Equipamento de polir com disco de Feltro. Faz o polimento do

virabrequim e do comando de válvula com disco de feltro para dar

acabamento à peça;


Ilustração 6 - Equipamento Politriz.

Talha elétrica para carregar os motores de um equipamento para

outro.

Balanceadora de virabrequim. Primeiro é balanceado o

virabrequim, segundo o volante do motor e terceiro o platô de

embreagem.

Ilustração 7 - Balanceadora de virabrequim.

A Plaina é uma espécie de lixa de metal que torna a superfície do

cabeçote lisa sem depressões.


Ilustração 8 - Plaina de superfície metálica. A seta mostra o

cabeçote.

Setor de montagem e teste de motores;

Retificadora de cabeçote devolve a vedação da válvula do

cabeçote para quando o combustível ou o ar na hora da

combustão não passem pelo lugar errado garantindo uma

eficiência maior no desempenho do motor.

Ilustração 9 - Retificadora de sede de cabeçote.

Mesa de controle de qualidade;


A Mandriladora corrige as imperfeições dos mancais e alojamento

dos de comandos pelo desgaste do motor. O mancal é que

mantém o virabrequim fixo no bloco do motor. Só é necessário um

mancal novo, em vez de retificar, quando há um desgaste

excessivo que impeça a retífica.

Ilustração 10 - Mandriladora de mancais do motor.

Mandrialadora de bucha e de biela. A bucha e a bronzina

encaixam na biela uma em cada ponta (a bucha encaixa no pistão

e a bronzina no colo do virabrequim) para que o pistão provoque

a combustão que permite o funcionamento do motor. A bucha e a

bronzina são peças cilíndricas que com o atrito se desgastam

necessitando ser retificadas. A retífica da bucha e da bronzina é a

troca dessas peças por outras novas com dimensões maiores e a

máquina torneia por dentro para diminuir até chegar nas

dimensões exatas. Para retífica de bucha e biela também se usa

o óleo solúvel para não haver alterações nas temperaturas e

possíveis variações por causa da dilatação.


Ilustração 11 - Retificadora de biela e bucha.

Ilustração 12 - Biela, A seta azul mostra a parte interna do furo debaixo que se

chama bucha e a seta vermelha que mostra o furo de cima onde fica a bronzina

que são retificadas.

Prensa Hidráulica é utilizada para colocar peças que precisem de

pressão como a camisa do cilindro para serem retificadas.


Ilustração 13 - Prensa Hidráulica.

Retificadora de cilindros torneia as camisas encaixadas no cilindro

do motor. Retiram-se as camisas (tubos de ferro) usadas

encaixadas nos cilindros do motor e colocam-se outras novas.

Depois de colocadas essas camisas sofrem ajustes em suas

dimensões para voltar aos padrões de um motor novo.

Ilustração 14 - Retificadora de cilindro.


A Brunidora faz riscos cruzados, bem finos, dentro dos cilindros

do motor para reter o óleo diesel em seu funcionamento. Para

realizar esses riscos os cilindros não podem sofrer alterações

como dilatação para não comprometer as dimensões entre os

riscos que precisam ser exatos e é usado um óleo solúvel para

refrigerar a peça durante sua retificação.

Ilustração 15 - Brunidora de cilindro.

Uso de termostato na Brunidora de cilindros para refrigerar a peça

e substituir o uso do óleo solúvel para resfriar a peça e garantir a

não dilatação e não comprometer as dimensões na retífica.


Ilustração 16 - Termostato.

Torno universal é para fabricação e reparação de diversas peças.

Ele serve como um equipamento para peças que não tem

equipamento específico.

Ilustração 17 - Torno Universal.

Raio X de peças de metal para identificar rachaduras. Para

identificar se há rachaduras ou fissuras em peça de metal utiliza-

se um contraste na peça para quando a luz iluminar a peça o

contraste mostra, se houver, os locais das fissuras e rachaduras.


Esse equipamento serve como uma ferramenta de diagnóstico

para o serviço de retífica.

Ilustração 18- Equipamento de Raio X.

Montagem e pintura dos motores

Depois de todas as peças do motor serem retificadas elas são lavadas,

lubrificadas, montadas, pintadas (quando necessário) e embaladas para a

expedição (entrega para o cliente).

O processo de lavagem para entrega ao cliente é o mesmo do início da

retífica.

Manutenção em ar condicionado

Essa etapa consiste em retirada de gás para a sua recuperação dos

sistemas de ar condicionados dos veículos, em determinados casos (carros

com tipo específico de gás que não utiliza mais e que precisa de autorização

de órgão ambiental IBAMA), complementação do gás de ar condicionado,

reparação do equipamento do ar condicionado do veículo e seus componentes.

3- LANTERNAGEM E PINTURA


O processo de lanternagem e pintura consistem nas etapas descritas

abaixo:

Limpeza do carro - passa uma máscara para proteção das áreas que

não serão pintadas;

Desmontagem;

Recuperação / Troca � conforme o caso será feita a recuperação da

peça ou sua troca;

Ilustração 19 - Desmontagem do veículo para funilaria e pintura.

Processo de Pintura � contempla a preparação e colocação de massa

de poliéster e o lixamento no dano, aplicação de primer para

preenchimento de possíveis imperfeições e novo lixamento da superfície

com o primer;

Preparação da tinta � verificação no computador do laboratório o código

da tinta, são feitas as misturas com as cores para chegar na cor original

do veículo, a tinta é testada e, se preciso, repete-se todo o processo até

chegar no tom certo;

Empapelamento - as parte do veículo que não serão pintadas devem ser

cobertas para dar início à pintura que é feita em estufa apropriada com

os Equipamento de Proteção Individual (EPIs) necessários;;


Ilustração 20 - Empapelamento .

Ilustração 21 - Estufa para pintura.

Polimento - depois da pintura o veículo é lixado com lixa especial e

polido com equipamento de polir.

Ilustração 22 - Polimento da parte pintada


Acabamento / Montagem - após o acabamento o veículo volta para ser

montado, passa pelo controle de qualidade, tira-se o mascaramento, é

feita a lavagem e entrega ao cliente.

Matérias Primas e Insumos

As principais matérias-primas e insumos utilizados nos

empreendimentos de mecânica são:

Aditivo

Água

Catalisador

Chumbo

Disco de lixa

Energia

Energia

Estanho

Estopa

Ferro para fazer peças

Fio de cobre

Fita adesiva e dupla face

Fluído de freio

Gás (Oxigênio e Acetileno)

Gás refrigerante

Graxa

Líquido lustrador

Lixa

Massa para acabamento e polimento

Óleo de refrigeração, de motor e solúvel

Pano

Papel

Pasta de esmeril

Peças novas


Pedra de esmeril

Pneus

Primer e diluente

Produtos químicos

Tecnil ou Nylon

Thinner

Tinta

Verniz

Os fornecedores das principais matérias-primas das mecânicas são

empresas locais (varejo e distribuidores) e em alguns casos direto da fábrica,

fora do Distrito Federal.

Perdas

No que tange especificamente a perdas de matéria-prima e insumos, a

maioria dos empresários afirmaram não existir perdas antes da produção. Os

principais motivos para a ausência de perda nessa etapa são devido às

compras serem normalmente feitas já em virtude de serviços contratados e,

conseqüentemente haver estoques pequenos. Assim, elas costumam ocorrer,

quando o material sai de linha o que é raro e quando há vazamento de óleo na

embalagem. No entanto, em um caso especifico, pode-se observar perdas

significativas relativas ao controle do recebimento de mercadorias que, ao

chegarem com defeito e não se constatando o problema imediatamente, só se

constatando no momento de sua aplicação, ocorria a perda total que chegava a

vinte por cento das compras de peças.

Observou-se ainda perdas relacionadas ao processo de compras, onde,

conforme a quantidade, existe uma grande diferença nos custos entre a

compra direto da fabrica e a compra local.

A colocação acima se inverte quando se observa a fase da produção.

Nessa etapa, 95% dos empresários afirmaram apresentar algum tipo de perda.

Neste caso as principais causas são atribuídas à falta de procedimentos

operacionais, ou seja, ausência de procedimento para a otimização da


produção. Nos demais casos (5%) é feito o aproveitamento total das matérias-

primas e existem procedimentos implantados para o seu correto manuseio.

Os pontos de maior desperdício nas mecânicas foram na utilização da

água para lavagem das peças e lavagem dos carros, na troca de óleo,

armazenamento de óleos, consumo de energia elétrica, uso dos materiais para

lavagem de peças.

Resíduos, Efluentes e Emissões.

Os resíduos dos empreendimentos visitados são caracterizados por

óleos trocados e usados na lavagem das peças, metais diversos (peças

usadas), pneus, embalagens, estopa usada, resto de eletrodos e arames para

solda. A porcentagem média desses resíduos é de 5% na visão dos

empresários.

Os efluentes são decorrentes do processo de limpeza dos

estabelecimentos, dos sanitários, das lavagens de peças e dos carros.

No que tange às emissões, todas as empresas apresentaram fontes de

emissão de ruído pelos equipamentos de produção; gases e fumaça pelo

funcionamento dos motores para teste e manutenção, lanternagem, pintura e

lixamento das peças dos veículos. Embora inerentes às atividades, essas

emissões não resultam em reclamação, por estarem todos localizados em setor

de oficinas ou em área industrial. Em um único caso, registrou-se a existência

de um aparelho de aferição do escapamento dos veículos a título de controle

sobre essas emissões, não sendo observado qualquer outro estabelecimento

com procedimento de controle para evitar ou minimizar essa emissão.

Uso da Água

A água é um insumo importante das empresas do setor de mecânicas. O

abastecimento de água de todos os empreendimentos é feito pela

concessionária de serviços públicos e é utilizada basicamente para limpeza do

estabelecimento, pelos banheiros e para as que lavam peças e veículos.


O controle adotado pelas empresas para o consumo de água é feito

apenas por acompanhamento da fatura mensalmente.

Fontes de Energia

A energia nas mecânicas é utilizada para a iluminação e funcionamento

de equipamentos para administração e produção.

Praticamente todas as empresas utilizam equipamento a gás Oxigênio,

Argônio e Acetileno para solda.

Todas as empresas do ramo usam, na área de produção, iluminação

natural utilizando telhas transparentes, e mantém os portões abertos durante o

horário comercial.

O valor médio do KwH cobrado é de R$ 0,327 e o consumo varia entre

80 e 5.940 KwH. Essa oscilação se dá conforme o porte das empresas que

varia de dois a trinta e sete colaboradores, Nenhuma das empresas visitadas

promove o acompanhamento do consumo de energia de forma sistemática. O

monitoramento realizado é feito pelo valor nominal da fatura. Observou-se no

entanto, algumas empresas preocupadas em sensibilizar seus funcionários

para desligar equipamentos e luzes, sempre que possível.

Segurança no Trabalho

As empresas possuem equipamentos diversos e alguns deles

apresentam risco para os colaboradores como os elevadores, solda, furadeiras,

torno, entre outros. Além disso, as empresas que fazem lanternagem e pintura

utilizam produtos químicos como tinta, verniz, antioxidante e fixador de tinta

que são tóxicos. As empresas que fazem a lavagem das peças utilizam

produtos inflamáveis querosene, thinner, gasolina.

Praticamente todas as empresas tiveram registro de acidente de

trabalho mas nada grave ou fatal.


Em todas as empresas o EPI estava disponível para os funcionários

como é o caso da máscara química, óculos, luvas, avental, tampão auricular,

botas, jaleco, máscara para solda, mas observa-se uma resistência forte por

parte do funcionário em usá-los.

Em um único estabelecimento registrou-se procedimento escrito para

prevenção e controle de incêndio, inclusive com rota de fuga.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

De uma maneira geral as principais LIMITAÇÕES observadas nas

empresas avaliadas foram:

Falta de planejamento e procedimento quanto à execução dos

serviços gerais, inclusive de situações de emergência.

Embora haja dificuldades com treinamento e mão de obra

qualificada, observa-se parcerias com o Senai e o Sebrae.

Equipamento que demanda uma grande quantidade de matéria-

prima no processo de lavagem de peças, com opção de

tecnologia mais limpa, mas que requer investimento inicial de

aquisição.

Controle de estoque deficiente � de forma manual, não

automatizada.

Falta de controle sobre o consumo de água e de energia. As

informações de consumo de água e energia, quando avaliadas,

são monitoradas apenas pelos seus valores de pagamento.

Descarte inadequado de efluentes líquidos água e óleos.

Descarte inadequado de pneus embora haja alternativas até

mesmo de articulação com o GDF. Dentre os riscos de uma

disposição inadequada está, principalmente, a ameaça à saúde

publica, dada sua relação direta com a propagação de doenças,

como a dengue.

Descarte inadequado de baterias por questões financeiras

resultando em riscos no descarte dos líquidos existentes no seu

interior.

Descarte inadequado de trapos contaminados com graxas e óleos

Necessidade de melhoria na organização e limpeza dos

estabelecimentos.

Preocupação com a inadimplência nos estabelecimentos que

trabalham apenas com cheques.


Em alguns estabelecimentos não se observa a prática da

manutenção preventiva dos equipamentos

De uma maneira geral as principais SUGESTÕES são:

Maior planejamento e adoção de procedimentos para

padronização dos serviços de modo geral, inclusive para

situações de emergência e combate a incêndio.

Manutenção da parceria com o Senai e o Sebrae para

qualificação da mão-de-obra.

Levantamento de incentivos para a adoção de alternativas de

tecnologia mais limpa.

Informatização ou melhoria nos controles de modo geral e, em

especial, do controle de estoque.

Controle mais rigoroso sobre o consumo de água inclusive

verificando eventuais vazamentos e alternativas de

reaproveitamento.

Controle mais rigoroso sobre o consumo de energia, com adoção

de programas de eficiência energética dos equipamentos e

instalações.

Monitorar os efluentes líquidos através da manutenção constante

da caixa separadora.

Promover parcerias de descarte de pneus para reduzir os riscos

de uma disposição inadequada .

Promover parcerias com fornecedores para o descarte das

baterias.

Adotar parceria com lavanderia de �trapos� contaminados com

graxas e óleos.

Promover sensibilização dos colaboradores para realizar e manter

uma organização e limpeza nos estabelecimentos.


Adotar sistemas de consulta de cheques e uso de cartão de

crédito como forma de driblar a inadimplência nos

estabelecimentos.

Adotar a prática de manutenção preventiva dos equipamentos

como forma de reduzir a sua quebra, suas emissões, ruídos, bem

como, aumentar sua vida útil, aumentar a sua produtividade e

evitar a ociosidade dos funcionários.

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