Conservatório PRIMEIRO SUPLEMENTO PPPequenas e Médias · John Locke, Dois Tratados sobre o...

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notícias de gaia | 24.mar.11 Ano XXVI | n.º 495 | Quinzenal | 24 Março 2011 | Director: Paulo Jorge Sousa | 0,25 euros P equenas e Médias equenas e Médias equenas e Médias equenas e Médias equenas e Médias Empresas de Gaia Empresas de Gaia Empresas de Gaia Empresas de Gaia Empresas de Gaia “Em Portugal existem 267 mil PME que sustentam o país. Com 135 mil políticos, 700 empresas municipais e 345 fundações de mão pública, não é possível aguentar tanta despesa”, diz o presidente da Associação Nacional de PME, Fernando Morais. Conheça um pouco da realidade empresarial do município. Pág. 4 a 17 PRIMEIRO SUPLEMENTO Conservatório celebra Bodas de Prata Gulpilhares tem novo pavilhão Vilar do Paraíso assinala Dia do Pai Sandim inaugura Centro Cívico Ultima Pág. 2 Pág. 2 Pág. 2 Visite-nos NOTÍCIAS DE GAIA jornal

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notícias de gaia | 24.mar.11

Ano XXVI | n.º 495 | Quinzenal | 24 Março 2011 | Director: Paulo Jorge Sousa | 0,25 euros

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“Em Portugal existem 267 mil PME que sustentam o país. Com135 mil políticos, 700 empresas municipais e 345 fundações demão pública, não é possível aguentar tanta despesa”, diz opresidente da Associação Nacional de PME, Fernando Morais.Conheça um pouco da realidade empresarial do município.

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PRIMEIRO SUPLEMENTOConservatóriocelebra

Bodas dePrata

Gulpilharestem novopavilhão

Vilar doParaíso

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Centro CívicoUltima

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CAMINHADA"DIA DO PAI"

Espaço desportivo será disponibilizado à comunicado esco-lar e ginástica de manutenção, sendo rentabilizado no períododa noite

O novo pavilhão de Gulpilhares já está em funcionamento desde o últimodia 18. A cerimónia de inauguração contou com a presença dos presidentes dacâmara e da junta de freguesia local.

O novo equipamento desportivo representa um investimento de 600 mileuros e foi comparticipado pela câmara de Gaia em 50%. Com uma área cobertade 2400m2, é constituído por dois campos e vários equipamentos de apoio:quatro balneários, secretaria, gabinete de fisioterapia e uma tribuna comcapacidade para 300 pessoas de pé. Estão ainda previstas bancadas retrácteis,com capacidade para 300 pessoas.

Com a presença de centenas de pessoas, muitas delas crianças, a animaçãodo dia festivo foi a nota dominante. Entre palavras de agradecimento e deprevisões de mais investimento no concelho, o importante mesmo foi celebrara existência de mais um local para a prática desportiva em Gulpilhares.

De registar que este pavilhão vai ser disponibilizado, gratuitamente, para acomunidade escolar e para ginástica de manutenção. No período da noite, serárentabilizado através de aluguer para a prática de futebol de 5 e outras actividades.O primeiro evento a ter lugar neste espaço será a comemoração do Dia Mundialda Criança, através de um concurso de desenhos expostos em 18 painéis.

ConservatórioRegional de Gaia

tem novo auditórioInauguração do mais recente espaço da Fundação insere-senas comemorações das Bodas de Prata da instituição

Pavilhão deGulpilhares emfuncionamento

Gabriela Canavilhas salientou o trabalhofeito pelo conservatório ao serviço dacomunidade e que tem um papel fun-damental no ensino musical que seperpetua na região. "Reconhecemosque esta região é um pólo dinamizadorde actividades musicais, com umaconcentração de 80% das escolasprofissionais e, desta forma,responsável pela educação dacidadania nos indivíduos", considerou aministra.

Depois de efectuada a visita pelonovo espaço e de ouvir palavras deincentivo de Luís Filipe Menezes, opresidente da fundação confessou queo auditório e os 25 anos de vida "sãodois factos júbilo". Passando o discursopela história que se escreveu na

A Fundação Conservatório Regionalde Gaia inaugurou, este mês, o auditórioe a efeméride contou com as presenças,além do anfitrião Mário Mateus, daministra da Cultura e do presidente dacâmara.

Aproveitando o facto da instituiçãoestar a celebrar as Bodas de Prata,

instituição desde a própria fundação,Mário Mateus acrescenta que o auditório"constitui uma mais-valia não só para osprocessos de formaçãoimplementados no conservatório, mastambém para a realização das acçõesdedicadas ao meio de sua iniciativa".

Antes de deixar palavras de

agradecimento aos presentes, em es-pecial à autarquia, ao Pe. Manuel Leãoe "a todos quantos contribuíram para aformação artística e humana dos alunosdeste conservatório, nomeadamente,professores, funcionários, pais eencarregados de educação", MárioMateus salientou que o trabalho é paracontinuar, até porque "as acçõeshumanas têm normalmente por detrásdelas impulsos ou motivações mais oumenos conscientes".

O evento contou com a actuação daOrquestra, Coro Geral e Coro Infantilda Fundação Conservatório Regionalde Gaia, que brindaram os presentescom peças musicais célebres degrandes compositores, tais comoJenkins, Wagner, Haendel e Fauré.

A iniciativa ESCOLA EMMOVIMENTO, promovida pela Juntade Freguesia de Vilar do Paraíso(Pelouro da Juventude), emcolaboração com as Associações dePais das Escolas EB 1/ JI de Cadavão,de Lagos e da Junqueira e as instituiçõesculturais, tem por objectivo estreitar oslaços de interacção entre as escolas e acomunidade.

No âmbito da iniciativa, váriasactividades foram desenvolvidas,nomeadamente a CAMINHADA "DIADO PAI" e a FESTA DAPRIMAVERA.

A CAMINHADA "DIA DO PAI"aconteceu no dia 19 de Março poralgumas ruas da freguesia.

No âmbito desta iniciativa, aautarquia contribuiu para apoiar umagrande causa (Centro Social S. Pedrode Vilar do Paraíso), sendo o contributodos participantes determinante para osucesso da iniciativa.

Paralelamente, será realizada umaMINICAMINHADA, a partir da Capelade S. Martinho. Num e noutro caso, olocal de chegada será no Parque de S.Caetano.

A iniciativa teve um valor simbólico(mínimo) de 1,00 •, que reverterá parao Centro Social de S. Pedro de Vilar doParaíso, entrega de um Kit, (Camisola,Boné e garrafa de água).

No domingo, dia 20, o Parque deS. Caetano recebeu a FESTA DA

PRIMAVERA.Inúmeras actividades preencheram

o dia, nomeadamente, plantação deárvores (cada escola plantará umaárvore, com a ajuda das crianças);"Tenda Prima Vera" (feirinha deprodutos biológicos) - Os artigosadquiridos podem ser para os próprioscompradores ou, em alternativa, doadosa instituições de cariz humanitário oufamílias carenciadas, por exemplo. Asreceitas reverteram a favor de umaInstituição de Solidariedade Social; "Arteem Flor" (ateliê de sentimentos) -pretende-se dar cor, forma e voz aossentimentos, relacionados com aPrimavera (amizade, amor,solidariedade, felicidade, alegria),através da pintura, do desenho e daescrita. As crianças poderão ser artistase/ ou poetas por um dia, consoanteescolham a mesa "Sentimentos nopapel", "Desenhar com o coração" ou"Ser poeta por um dia"; Exposição deEspantalhos - Espantalho de Cadavão,Espantalho de Lagos e Espantalho daJunqueira; Workshop de Jardinagem -Ensinar a plantar (flores, plantas,arbustos e árvores), com a participaçãoactiva das crianças; instruir as criançascomo cuidarem bem das plantas e atrocarem uma planta de vaso; aimportância das plantas para a vida doplaneta; Animação - Mega Aula de Fit-ness e actuação do Rancho Folclóricode Vilar do Paraíso.

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Editorial* Artur Villares

Trabalhos Subaquáticos, Lda.profissionais de mergulho

Travessa Tenente Valadim, 208/226 Canidelo4400-327 VILA NOVA DE GAIA

Telf./Fax: 227 813 868 * Telem. 917 563 372www.hidrosube.pt * Email: [email protected]

Colectividades em festa

A propósito das eleições

OS PRINCÍPIOS DALIBERDADE

"…fica ainda no povo um poder supremo para re-mover ou alterar o legislativo, todas as vezes que acharque o legislativo obra em contrário à confiança quenele colocou. Porquanto, sendo todo o poder que édado como delegação para se obter um fim, limitadopor esse mesmo fim, todas as vezes que esse fim formanifestamente desprezado ou oposto, a confiançanecessariamente se deve perder, e o poder devolver-se para as mãos daqueles que o deram, os quais opodem colocar novamente onde julgarem maisconveniente para seu sossego e segurança."

John Locke, Dois Tratados sobre o Governo Civil(149), 1690

"Consideramos estas verdades como evidentes porsi mesmas: que todos os homens são criados iguais,dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis,que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura dafelicidade. Que a fim de assegurar esses direitos,governos são instituídos entre os homens, derivandoseus justos poderes do consentimento dos governados;que, sempre que qualquer forma de governo se tornedestrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o emtais princípios e organizando-lhe os poderes pela formaque lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe asegurança e a felicidade".

Thomas Jefferson, Declaração de Independênciados EUA, 1776

As democracias contemporâneas estãofilosoficamente sustentadas num conjunto dedocumentos históricos, que são a verdadeira base damoderna democracia. Estão entre eles o Bill of Rights,de 1689, a Declaração de Independência dos EstadosUnidos (inspirada na Declaração de Direitos daVirgínia), de 1776, e a Declaração Dos Direitos doHomem e do Cidadão, de 1789. De entre os Paisfundadores da Democracia Liberal moderna, destacoo primeiro, John Locke, autor dos Dois Tratados sobreo Governo: Nesta obra e naqueles documentos épossível retirar um conjunto de princípios que desdefinais do século XVII vêm moldando e cimentando osistema de governo democrático. Que princípios sãoesses? O governo limitado, ou seja o governo existepara as pessoas e não para si próprio, como diziaLocke, "para garantir os direitos do indivíduo e afelicidade dos povos". Em segundo lugar, a separaçãodos poderes, conceito de Locke aprofundado porMontesquieu, ao referir claramente o princípio sagradoda separação dos poderes executivo, legislativo e judi-cial, para evitar qualquer tipo de abusos de poder,particularmente pelos governos; finalmente, emterceiro lugar, mas não menos importante, o princípioda necessidade de mudança de governo pelo povo,quando o mesmo não cumpre os objectivos atrásindicados, ou seja o que nós hoje poderemos chamaralternância democrática, o princípio essencial queimpede o resvalar para a ditadura. Este último,aconchegado pelos outros dois, é a verdadeiraessência da vida em liberdade, saber que no reino dalei e da liberdade, os governos não controlam tudo,não controlam os outros poderes, e que quando o povoassim o entende pode mudá-los.

Centro de Alto Rendimento naLavandeira em andamento

Câmara visita as obras e define mais investimento no desporto. Projecto estar+apronto dentro de um ano

Cumpriu-se pelo quarto ano consecutivo, nos dias4, 5 e 6 de Março, a Festa das Colectividades dePerosinho.

O fim-de-semana abriu na sexta com noite de cin-ema, " Os Coristas", na Biblioteca.

No sábado a Escola de Música apresentou umConcerto de Carnaval, com orquestra, e quatro corosem simultâneo no palco montado no pavilhão: 250músicos e cantores fantasiados e cerca de 400pessoas nas bancadas vibraram com as músicas,partes da ópera Abelhas, e mesmo apontamentosde humor.

Recordar, agradecer, manter bem vivos namemória daqueles que apoiaram e incentivaram, omovimento associativo de Perosinho foi o lema daMissa Solene, e da Romagem de Saudade, nodomingo, presididas por D. João Lavrador, bispoauxiliar da diocese.

Nas suas palavras "as colectividadesestruturam a vida da comunidade, porque estãoorientadas para o ser humano, nas suas múltiplasdimensões".

Na romagem lembrou-se os saudosos Pa-dre Joaquim, Dr. Carlos Costa e José da SilvaMaia.

Almoço de confraternização no Rancho ondeos dirigentes das colectividades e famíliasacorreram e encheram o salão; após a refeição aAssociação Recreativa " animou a malta" comuma tarde de canções, dança e quadros derevista.

Em Perosinho cada colectividade organiza-se para animar a comunidade.

Em vez de manter quezílias estéreis, unem-se desenvolvem laços de amizade, e reforçamo seu papel na vida cultural de Perosinho.

O Centro de Alto Rendimento Olímpico do Parqueda Lavandeira vai acolher a prática de Ténis de Mesae Taekwondo, ao mais alto nível, a partir de Abril dopróximo ano. As obras deste novo equipamentodesportivo representam um investimento de setemilhões de euros e mereceram a visitada do executivomunicipal.

"Esta cerimónia é a demonstração de umcompromisso assumido, em parceria com o Estado,para concretizar um equipamento de importânciarelevante para os nossos atletas de alta competição,que está a ser levado por diante com muita dedicação,empenho e preocupação, para colocar à disposiçãodos atletas de ténis de mesa e taekwondo", afirmou ovice-presidente da câmara.

"Este investimento foi dividido por muitos ediferentes equipamentos e revela o empenhamentopara criar uma rede sustentável de equipamentosdesportivos, que permita o acesso massificado edemocratizado à prática e à formação desportiva",continuou Marco António Costa, evidenciando apreocupação em "dar sustentabilidade aos clubes eassociações desportivas que têm um papeldeterminante na captação de jovens".

Reabilitação do Pavilhão MunicipalTrata-se de um equipamento desportivo que

acopla o velho Pavilhão Municipal de Gaia (que seráreabilitado) e ergue-se junto ao Parque da Lavandeira,bem como ao Centro Escolar adjacente, numa lógicade desenvolvimento de um conjunto de estruturas

diversificadas que convergem num espaçoúnico a nível nacional, vocacionado para ascrianças e jovens.

A localização do equipamento representauma mais-valia na sua optimização, uma vezque é servido por acessibilidades como a A1e A29. De acordo com a apresentaçãopromovida pelo arquitecto Martins, autor doprojecto, o Centro de Alto Rendimento écomposto por unidades autónomas para cadamodalidade e ainda uma área de cariz hoteleiro,para acolhimento com capacidade para 64 a84 atletas em simultâneo.

Marco António Costa referiu, na ocasião,que a Câmara de Gaia quer continuar a apostarno futuro. E apontou alguns exemplos deobras que farão parte do portfólio dosinvestimentos do município para os próximosanos: Centro Escolar da Serra do Pilar, queterá capacidade para 500 crianças do 1º ciclo epré-escolar e será inaugurado para entrarfuncionamento já no próximo ano lectivo, aoqual será acoplado um pavilhão desportivo; opavilhão das Pedras, a piscina de Pedroso,os polidesportivos das EB1 Joaquim Nicolaude Almeida e de Seixezelo, bem como osCentros Escolares do Parque da Lavandeirae do Parque Biológico, aos quais serãotambém associados polidesportivoscobertos.

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José Soares P. Magalhãesrevendedor de gás bp

Entregas ao domicílio

Fax: 22 081 45 25Tel: 22 712 28 08Tlm: 93 328 32 41

Email: [email protected] do Outeiro, 1144405-890 VILAR DO PARAÍSO

especial pequenas e médias empresas pág. 4

Há quantos anos existe a BP José Magalhães?Ligados aos gás já estamos a trabalhar há mais de

30 anos.

Sempre em Vila Nova de Gaia?Sim. Houve um período de 2/3 anos de sociedade

que estávamos instalados em Valadares, mas que nãofuncionou muito bem. Depois disso voltámos para Vilardo Paraíso. Mas estamos ligados há mais de 30 anos aocomércio de gás.

E quantos trabalhadores fazem parte daempresa?

Somos uma pequena empresa com quatrofuncionários.

Quais são as vossas grandes preocupações destesector, do momento?

A concorrência desleal. Toda a concorrência épositiva. São várias as marcas do mercado. As pessoastêm a possibilidade de escolher e escolhem a que maislhes agrada. Não vemos qualquer problema nesseaspecto. O ponto negativo são todos aqueles que pegamnuma 'carrinha', colocam todas as marcas lá em cima,

não têm instalações, não têm empresa muitas vezes eque vendem porta à porta... e isso é que é muitocomplicado! É muito difícil combater esse tipo deconcorrência desleal. Esse é o grande problema. Nãovemos outro problema. Claro que agora há o gás natu-ral, mas que tem a ver com a evolução dos tempos. Nãoé uma dificuldade, é sim uma adaptação aos novos tem-pos.

A venda nas grandes superfícies não vos afecta?Não muito. Por dois motivos. Por um lado também

podemos fornecer essas grandes superfícies. É maisum negócio. Por outro lado, em geral, lá é mais caro ecomo as pessoas são obrigadas a transportar asgarrafas... acaba por não nos prejudicar minimamente.Nós levamos a casa da pessoa e, a maior parte dasvezes, mais barato. O funcionário vai lá e normalmenteaté coloca no fogão.... não nos afecta muito.

Em que é que a BP José Magalhães é diferentedas semelhantes que existem no mercado?

A nossa aposta no atendimento ao clientepersonalizada. Como também estamos no mercado hámuitos anos, conhecemos o cliente muito bem. Temosquase uma relação 'familiar'. É uma relação muito boacom os clientes. Depois, se o cliente necessitar, às vezesao fim de semana, ou fora de horas, nós servimos ocliente. Apostamos na qualidade de serviço. Quer oatendimento personalizado, quer na qualidade do serviço.

Em termos futuros quais são os objectivos daempresa?

Há relativamente pouco tempo tivemos de licenciaro Parque de Gás, cá em Gaia. O espaço onde nosencontramos está licenciado, mas só para uma pequenaquantidade. Não dá para o que temos. Tentamos licenciarem Gaia, já que esta é a nossa área de intervenção. Nãoconseguimos! Metemos quatro projectos, mas todos fo-ram recusados pelo município. Como tal, a nossasolução foi ir para Esmoriz. Temos um parque licenciado,mas em Esmoriz. O que não é fácil quando todo o nosso

mercado é em Gaia. Mas foi o mais perto queconseguimos licenciar. Tivemos imensa dificuldade emlicenciar um Parque aqui na cidade. Referimos váriasvezes nos vários projectos que éramos de Gaia e esteera também o nosso mercado, mas não conseguimoslicença. Foi um entrave terrível. Todos os projectosvinham para trás. Colocavam sempre questões, algumasaté demonstravam desconhecimento da própria lei.

Ponderam deslocalizar a empresa para Esmoriz?Não porque todos os nossos clientes estão em Gaia.

Levaria a que mudássemos a nossa zona de entregas.Mas com esta situação temos muito mais encargos. Ocamião da BP vai descarregar a Esmoriz e depois osfuncionários têm de ir lá buscá-las. E levar as vazias denovo para lá. Esta deslocalização é muito onerosa. Claroque preferíamos ter ficado com o Parque de Gás emGaia.

Fala-se muito da crise. Tendo em conta este sec-tor, se conseguisse tutelá-lo em termos nacionaisque medidas incrementava?

Relativamente à crise.... a crise não chegou derepente. A crise é um processo e todos nós - uns mais eoutros menos - temos culpa dela estar instalada. Aonível das pequenas e médias empresas, os gestoresdessas mesmas empresas também têm culpa dela estarinstalada. Porquê? Porque vivemos em Portugal muito acurto prazo, não fazemos planos para médio e longoprazo. Mas, sobretudo, não pensamos que se hojeestamos bem amanhã poderemos não estar. É precisoter muito cuidado com os investimentos, mas sobretudonão devem ser feitos investimentos próprios. Em Portu-gal faz-me muito deste investimento. Agora menosporque a crise veio sensibilizar as pessoas econsciencializá-las. Não podemos gastar mais do que oque ganhamos. Não podemos gastar todo o lucro emcoisas próprias. As empresas, em geral, devem guardaralgum capital, enquanto o têm e ao fazer qualquer tipode investimento devem fazê-lo na própria empresa. Nãopode ser no crescimento pessoal.

José Magalhães aposta noatendimento ao cliente personalizado

José Magalhães conhece o ramo há mais de30 anos. E, paulatinamente, foi solidificando aempresa de gás. Hoje não está sozinho.Rodeado da família mais directa, temconquistando o mercado de Gaia.Recentemente viu-se obrigado a mudar umaparte importante da empresa para Esmoriz. Omunicipio não percebeu que precisava deapoiar o desenvolvimento da empresa eperdeu para a cidade vizinha. Ainda assim,José Magalhães mantém-se fiel aos seusclientes e promete continuar a distribuir gáspela nossa cidade...

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M E D I A Ç Ã O I M O B I L I Á R I A

Licença AMI n.º 7695

R. 14 de Outubro, nº 577 R/C | 4430 - 051 VILA NOVA DE GAIA | Tels: 223 753 848/9 - 933 333 848 | Fax: 223 753 850 | Email: [email protected]. Almeda da Boavista, n.º 85, Loja C | 4435-213 RIO TINTO | Tels: 224 885 375/6 - 933 333 878 | Fax: 224 885 377 | Email:[email protected]. Capitão Manuel Carvalho, n.º 3 | 4760-020 FAMALICÃO | Tels 252 103 235/6 - 933 333 490 | Fax: 252 103 237 | Email: [email protected]

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Há quantos anos existe a Best Opção?Existe desde 2007, há quatro anos.

Só tem esta loja de Gaia?Não. Existem três lojas: Gaia, Rio Tinto e Famalicão.

Por que é que escolheu estes três concelhos?Algum motivo especial?

Gaia porque foi aqui que comecei o meu trabalho.Conheço muito bem este mercado. Rio Tinto é ainda ummercado novo que está ainda por explorar. Famalicão…porque me apaixonei!

E como tem corrido esta 'paixão'?Tem corrido bem.

E em Gaia? Tem correspondido às suasexpectativas?

Em Gaia também.

Qual é o número de pessoas que trabalha na BestOpção?

Na verdade… deixe-me pensar… são 12funcionários que estão aqui desde o início. É uma dasimagens de marca. Manter as pessoas, fidelizar o clienteque acredita e confia nas pessoas que estão aqui desdea primeira hora.

Quais são as principais dificuldades deste sec-tor?

No nosso mercado, actualmente, deparámo-nos comdois problemas: os clientes e a concorrência desleal.Existe muita concorrência.

Que tipo de concorrência desleal é que fala?

Apesar de estar apenas há quatro anos em Vila Nova de Gaia, a BestOpção já tem um nome consolidado no sector. Aposta na qualidade doserviço e na base organizativa para garantir ao cliente a melhor opção. Orepresentante legal da empresa conhece-a desde o primeiro dia. E lutapelas melhores condições para as mediadoras. Licínio Gomes reclama aconcorrência desleal que enfrenta diariamente e acusa mesmo o Estado de'tapar os olhos' com os que não cumprem as regras. Se a empresa cumpretodos os requisitos legais, não compreende como a concorrência ilegal semantém de portas abertas.

O administrador reconhece que com estas leis as mediadoras têmlimites bem vincados no serviço que presta ao cliente. E não entende que oEstado não tenha vontade em alargar a sua área de influência. Reconheceque, ao contrário de muitos países europeus, o cliente usufrui gratuitamentede muitos serviços e, para piorar a situação, não valoriza o trabalho quelhes é prestado.

Não pretendem alargar horizontes para o resto do país, mas está bematento ao que se passa a Norte. A última paixão é Famalicão. Um mercadocompletamente diferente do de Gaia, e com potencialidades brutais. Seprocura uma casa, seja para arrendar ou para comprar, a sua maior acçãoé procurar a Best Opção.

Eu explico: quando entrámos no mercado e pensámoster uma imobiliária temos regras para cumprir. Obrigam-nos a ter licença, abrir uma loja, contratar funcionáriose, claro, pagar impostos. E eu estou plenamente deacordo. Por outro lado, e isto não acho nada normal, é aquestão do vizinho da frente que coloca no vidro umafolha A4 que diz 'vende-se casas' e ele pode vendercasas, sem obedecer as regras que me são impostas.Então, quem somos nós no mercado? Não somosninguém, nem sequer temos algum valor. Entende? Estassão empresas desleais. Depois há as imobiliárias decompra e venda, que também são desleais connosco.Os próprios clientes que nos ultrapassam e vendem ascasas nas nossas costas… há muita concorrênciadesleal. Neste momento, para resolver toda esta situaçãodo nosso mercado, seria necessário desenvolver umalei onde apenas autorizasse que se fizesse mediaçãoimobiliária. Acabava também com os negócios paralelosque agravam ainda mais o problema do sector.

Sente que caiu a procura de casa?A Best Opção tem uma posição no mercado muito

forte. Temos uma carteira de oferta que nos facilita muitoa vida. Reconheço que as imobiliárias que comecemagora e que tentem angariar produtos tenham maisdificuldades. Nós temos perto de cinco mil imóveisactivos no mercado que nos facilita. Depois tambéminvestimos no site. E, muito importante também, é o nossonome. O nosso trabalho tem muito prestígio.

A qualidade do vosso trabalho é a imagem demarca da Best Opção?

Sim. A qualidade, a formação… somoscompletamente diferentes. O trabalho tradicional, apesarda Best Opção ter uma imagem franchisada, forte…

apostamos muito na tradição. Esta é uma imobiliáriafamiliar… que transmite muito a ideia de tradição. Estãoaqui as mesmas pessoas desde que abriu a empresa.Ao contrário de muitas onde os funcionários entram esaem… e isso não é nada bom para o mercado.

Quais são os vossos objectivos a médio/longoprazo?

Abrir mais agências. Se tivesse mais segurança paratal, gostaria de abrir mais agências, também na áreametropolitana do Porto, de modo a dar melhorescondições a quem procura este serviço.

A Best Opção não pretende abrir mais lojas maspelo resto do país?

Não. Isso não faz parte dos nossos planos.

Imagine o seguinte cenário: chega ao Governo econsegue implementar uma medida para potenciaro sector da mediação imobiliária…. Qual seria essamedida?

Obrigava a que houvesse mediação imobiliária emtodo o negócio deste tipo. As imobiliárias deixariam deter medo de ser enganadas no mercado, deixaria dehaver vendedores freelancer e poderíamos fazer outrosserviços. Não sei se sabe, mas as imobiliárias estãoproibidas de fazer outro serviço para além da mediaçãoimobiliária.

Está a falar de que serviços?Todos os outros que envolvem vendas, construção.

Tudo mesmo poderia ser feito pela imobiliária.

E isso traria alguma vantagem para o cliente?Para o cliente e para nós, naturalmente.

Best Opção alia qualidade e inovação

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Há quantos anos existe aempresa?

Aqui em Gaia estamos há 40anos. Instalou-se em 1971.

Estiveram sempre instaladosem Gaia?

É uma sequência de ter vindo doPorto. Viemos da Boavista. Masenquanto LITARTE estivemossempre em Gaia.

Quantos trabalhadores operamactualmente na Litarte?

19 funcionários.

Quais são as principaisdificuldades do sector nestemomento?

É entrar num risco de não havertrabalho, não é por nós que não. Nãoestamos a notar que estão aaumentar as quantidades, mas enfimvamo-nos mantendo assim… o quejá não é mau.

É o sector que está com essesproblemas, não é uma questãoespecífica da LITARTE?

È o sector todo… o sector é só agráfica… não temos mais nada!

E o que destaca esta empresade todas as outras semelhantes?Qual é a diferença desta gráfica paraas outras?

A nossa gráfica… em relação aoutras pessoas até está umbocadinho beneficiada porquetemos produtores de embalagemque estão também ligados àindústria. Portanto, nós, quanto maisnão seja, à parte daqueles queaparecem sem serem associados dafirma, temos os associados da firmaque são propriamente clientes. Afirma tem como associados os seus

LITARTE de pedra e cal no mercado

próprios clientes… que são osprodutores das embalagens. Emboraeles só vendam as embalagens. Nóssomos os únicos no país comempresa gráfica de flandres. A única.Os principais latoeiros do país têmlitografia própria. Nós fazemos paraos restantes latoeiros. Nós somos aúnica indústria gráfica sobre folha-de-flandres. Os únicos. As outrasexistentes fazem para elas próprias.Eles não são só latoeiros. Eles têmdesde a criação até à lata. Nós não.Só prestamos um serviço. Impressãoem flandres.

Em termos futuros, a médio elongo prazo, quais são os objectivosda empresa?

Os objectivos são ter sempretrabalho e ver a necessidade para sedesenvolver o trabalho, desde quehaja fundos para isso.

E esses fundos são possíveiscomo?

Com a segurança de termostrabalho. Portanto, nós temos umaindustria que está relativamenteactualizada. Não está a 100%, masenfim corresponde às necessidadesque temos.

Imagine que um dia mandava nopaís. Que medida tomava paratentar desenvolver ou potenciaresta actividade?

Nós neste sector estamos muitodependentes daquilo que se vaidesenvolvendo ao nível da indústrianacional. Se tem necessidade decompra muitas coisas, esta é umadelas que não se vende muito. Nós oque fazemos? Fazemosembalagens, graficamentedesenhamos, para produtos que sãofeitos por outras pessoas.

Está desanimado?Não. Nós vamos andando e

esperando que nunca cheguemos a

pior. Desde que as coisas semantenham… vai-se andando! Nóssó produzimos em função dasvendas!

Começou na Boavista, mas é em Vila Nova de Gaia que a empresa se tem consolidado. Trabalha exclusivamente em folha deflandres para uns clientes muito especiais. São clientes e ao mesmo tempo associados. Prestam um serviço há mais de quatrodécadas. António Rosa é o rosto da Litarte. Passo a passo, mostrou como funciona uma gráfica, e exibiu muitos dos produtos quelhe levaram horas e horas de imenso trabalho!

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Há quantos anos existe aGOODMALHAS?

A GOODMALHAS existe há seisanos, mas já trabalhei quatro anos emnome individual, que foi a rampa delançamento para o que temos hoje.

A empresa esteve sempreinstalada em Serzedo?

Não. Estamos aqui apenas desde oano passado. Estávamos nas Moutadas(Gulpilhares). O espaço onde comeceiera alugado e tinha os teares àexploração. Entretanto, a empresa foievoluindo e eu comprei uma tecelagemque estava parada. Comprei a tecelagemque tinha sete teares. Onde estava já nãotinha hipótese de os meter lá. Então,aluguei este pavilhão [em Serzedo] eviemos para aqui no início de 2010.

Quantos funcionários são?Somos seis.

Qual é o balanço deste primeiroano?

Tem sido bom. Olhando em volta, quetanto se fala de crise, a GOODMALHASnão tem sentido quebras em comparaçãocom o ano que passou. Foi positivo.Também somos poucos... mas somosbons, como se costuma dizer. É umavantagem. Também um pouco porque aminha área é afinador e tudo o que é feitopara máquinas é feito por mim. Nãopreciso recorrer ao exterior. Parece quenão, mas também tenho essa vantagem.Percebo das máquinas. Aliás, antes queroo ferro do que propriamente o papel.Trabalhei 12 anos numa empresa, e 12anos noutra e depois fui obrigado a mudarde 'patrão'. Esta última fechou, foi para oBrasil, ainda lá fui montar os teares,quando vim fui obrigado a tomar um novorumo. Como afinador, não estava a vermaneira de arranjar emprego e acabeipor optar e montar a minha própria

empresa. De início só dava trabalho afazer a feitio, comprava o fio e dava afazer as malhas fora. Mas tenho umcliente que está constantemente adesenvolver amostras. Sentia umadificuldade enorme para conseguircumprir prazos para entregar amostras,porque os malheiros onde ía se tivessema máquina a fazer produção não iam pararpara me fazer um rolinho. Sentia muitoessa dificuldade. Comecei então ao fimde semana nessa tecelagem - que tomeiconta - ia fazer amostras. Só que era muitocansativo... já bastava à semana, quantomais ao fim de semana ainda ter de estarali. Falei com o dono, num tom debrincadeira, e já que ele não tiravarentabilidade das máquinas - eu afinava-lhe as máquinas e por vezes passavammeses e meses para voltar lá - e disse-lhe que se ele quisesse tomava conta dasmáquinas. Entrei em tom de brincadeira,mas acabei por ficar com as máquinas.Foi onde comecei a conseguir outrosprazos e mais encomendas. A partir daí afirma tem crescido sempre, até este ano.Mesmo ao nível do pessoal, comeceisozinho e agora já somos seis.

O que distingue a GOODMALHASdas outras empresas do mesmo ramo?

O que é que é diferente? Somospoucochinhos... E conseguimos dar umaresposta mais rápida ao nosso cliente.Desde que o cliente nos peça rapidez...tenho situações em que o cliente liga-me, faço-lhe a malha hoje e amanhã estoua entregá-la. Às vezes são seis horas damanhã e eu estou à porta da tinturariapara pôr lá a peça para conseguir cumprir.E depois é assim... quem chegar primeiroé quem ganha! Ou tem pelo menos maishipótese de ter as encomendas. Digamosque a rapidez na execução da encomendaou do pedido do cliente é o nosso pontoforte.

Quais são as principaisdificuldades por que atravessa estesector?

Neste momento é a matéria-prima.

Depois são os apoios bancários. Nós, aspequenas e médias empresas, nãoconseguimos financiamento. Eu tenteiimportar um contentor de fio e nãoconsegui. Não tenho uma estruturagrande e eles não aprovam estesempréstimos. Se eu tivesse bens ou algodo género… o que tenho é o que está nafábrica, não tenho mais nada. E a comprado fio serve para produzir e depois vender.Mas não consegui financiamento paracomprar fio ao estrangeiro.

Isso bloqueia o vossocrescimento…

Exacto. Se eu conseguisse isso nestemomento, se calhar, não estava com adificuldade que estou em arranjar matéria-prima. Neste momento, a matéria-primaé cara e escassa. Se eu conseguisseimportar o fio, fico com stock suficiente,consigo manter o preço - coisa que nestemomento é variável - e tenho situaçõesem que ou pago mais pelo fio ou entãonem sequer o entregam. Ainda nãodesisti… estou a tentar muito em,juntamente com os fornecedores,conseguir um contrato que assegure quevou gastar um determinado fio em dois outrês meses. Precisamente para conseguirmanter o preço até ao fim.

As pequenas empresas deviam sermais apoiadas?

Uma das coisas que noto é que asgrandes empresas são apoiadas efinanciadas pelo Estado. Já trabalheinoutras empresas maiores e sei que elaseram apoiadas. Por outro lado, asempresas como a minha tentam mas nãoconseguem financiamento. Deviamprocurar financiar mais as pequenas emédias empresas e deixar um pouco asgrandes. Essas já têm muito lá dentro.Pelo que vejo, o Governo continua a injec-tar muito nas grandes. E nós, os peque-nos, não conseguimos nenhum apoio doEstado nesse sentido. Tanto dizem quenós é que estamos a segurar o país, masapoios nem vê-los. Ou trabalhamos noitee dia ou então não conseguimos.

De Gaia, Gulpilhares para Gaia, Serzedo. Fortunato Pereira começou aos 16 anos na arte. E nem imaginava que um dia iria ser patrão dessapequena empresa onde se iniciou. Hoje, lidera a GOODMALHAS. Um pequeno fabricante de malhas que tem tudo para crescer no mercado.Trabalho não tem faltado a este gaiense, embora a matéria prima esteja a faltar. “Poucochinhos, mas bons”. Um dos motes da empresa é darresposta, o mais rapidanente possivel, aos pedidos dos clientes. Nem que para isso tenha de passar as noites em claro, ou madrugar. O clientesempre em primeiro lugar...

GOODMALHAS aposta na rapidez de resposta

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É sócio fundador da Associação Nacional dePequenas e Médias Empresas (ANPME)…

Sim. Este é um projecto muito interessante quese iniciou em 1998. Estava eu numa conferencia emTroms [cidade da Noruega], quando recebi umachamada do professor Êrnani Lopes - tinha sido omeu primeiro orientador de tese - que me convidoupara ocupar, conjuntamente com vários pequenos emédios empresários este espaço, que é o espaçodas pequenas e médias empresas - que ainda nãoexistia em Portugal e que agora é ocupado por nós.

Não existia nenhum?Não existia nenhum. Repare: a concertação so-

cial, em Portugal, é composta por confederações deempregadores. A confederação de empregadores é

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"A concertação social, emPortugal, é uma fraude"

Fernando Morais está desde a primeirahora na Associação Nacional de Pequenas eMédias Empresas (ANPME). Hoje acumulatambém funções de vice-presidente daConfederação Europeia das Associações dePequenas e Médias Empresas. Por estranhoque pareça, a ANPME nunca é ouvida na horade juntar os representantes da concertaçãosocial. Porquê? Porque nem sequer sãochamados, mesmo sendo a maiorassociação do país e representar grandeparte destes empresários.

Muito crítico em relação ao actualGoverno, aponta o dedo à concertação sociale ao "branqueamento" da situação por partedo Estado. Consequências? "Tráfego deinfluência, corrupção, e subsídiosdelapidados".

O sector da construção civil preocupa-o,assim como a lei do arrendamento totalmentedesadequada à realidade do país.

Para além disto, Fernando Morais dedicaparte do seu dia a vertentes muito diferentes.À gestão de empresas, às aulas no ensinosuperior, ginásio, leitura e música. O piano éuma paixão dentro de muitas outras. O agoraprofessor ainda teve tempo para um curso noconservatório. Com tantos ofícios, o tempodeve rarear no quotidiano deste empresário..."não, consigo organizar tudo", ressalva.

Pela primeira vez, em discurso directo, noNotícias de Gaia...

um conjunto de associações de empregadores. Aconcertação social, em Portugal, é uma fraude. Eudigo-lhe porquê… e daí nasceu o projecto daANPME… por um lado, as associações que fazemparte da concertação social devem estar registadasno Ministério do Trabalho, o que significa que paraestarem registadas têm de ter requisitos próprios elegais, designadamente, uma gestão democrática. Éo que diz a lei. Ora, todas as associações deempregadores que fazem parte da concertação so-cial têm de estar registadas, com estes requisitos,no Ministério do Trabalho, sob pena de não poderemser concertantes. O que quer dizer que, se não podemser concertantes porque não estão registadas, o quedigo é que todas as associações que fazem parte daconcertação social, ou a maior parte delas, não estão

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registadas. Logo, as confederaçõespatronais que só podem admitirassociações legalmente registadas noministério do trabalho estão no falsodesempenho das funções. Porquê?Porque estão a usurpar funções. Será amesma coisa que um advogado, ou ummédico, para exercer a actividade querde advocacia, quer de medicina, quer deengenharia até, não lhe basta tirar orespectivo curso, necessita também estarinscrito na respectiva ordem. Não estandoinscrito, o advogado que não está inscritona ordem está a usurpar funções, omédico que não está registado na ordemnão pode exercer medicina, o mesmoacontece em relação às associaçõesempresariais que estão a fazer funçõesde concertante social, não estandoregistadas no Ministério de Trabalho,estão a usurpar funções e estão ilegais.Entretanto, o Estado branqueia essasituação. E daí que surgem muitasassociações que vivem de subsídiospúblicos que fazem parcerias com oEstado, que nem sequer registadas estão.E o Estado, designadamente o Governo,este Governo propriamente dito, nemsequer solicita o 'bilhete de identidade' aesta gente. Significa que há tráfego deinfluência, há corrupção, os subsídiosque vêm para a formação profissional sãoautenticamente delapidados por estasorganizações que não concertam nemrepresentam o tecido empresarial.Representam-se a eles próprios. Vivemde habilidades, de falsos incentivos e porisso não é o projecto da ANPME. Nós nãotemos subsídios públicos, não osqueremos, não os desejamos. Queremosser independentes. Porquê? Porqueentendemos que uma associação que vivede subsídios do Estado não está com osrequisitos de independência capazes dedefender os seus filiados,designadamente, os empresários quepagam quotas todos os meses. É umproblema sério que vive em Portugal, masé um problema que vamos ter de resolver.O nosso projecto vai resolver esseproblema porque já temos váriosprocessos a decorrer na ProcuradoriaGeral da Republica no sentido de fazeracabar com estas instituições que estãoilegais e que ainda por cima serepresentam na concertação social como

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concertantes e sãoconcertantes ilegais porquenão cumprem os requisitosde registo, logo nem sequerpersonalidade jurídica têm.

Nessa 'fraude'salientou este Governo…

Sim. Este Governoporquê? Porque temconhecimento. Aliás, já nospassou certidõescomprovativas em comoessas associações, essasorganizações não estãoregistadas, entretantoinsistem e teimam sentarem-se ao lado delas - a quemdão subsídios - e se calhara troco, justamente, de umsim na concertação social.Todas as políticasestratégicas para o empregoe ao mesmo tempo as leislaborais obrigatoriamenteterão de passar pelaconcertação social. Aconcertação social, aoabrigo da lei, terá de serouvida no aspecto da políticalaboral e da políticaestratégica para o emprego.Repare: estas últimasmedidas de austeridade, nunca poderiamter passado na concertação social, setivéssemos associações independentese que não vivessem de subsídiospúblicos!

Só passaram porque asassociações em troca de subsídios asaprovam…

Acabam por ser vendidas ao próprioEstado! Estão nas mãos do Estado. Elasnão são independentes nem representamo tecido empresarial. Precisam dossubsídios para pagar a suasobrevivência. Por exemplo, a nossaassociação está aberta desde as 9h30até as 23 horas e trabalhamos ao sábado.Temos um grupo de nove advogados,cinco engenheiros, sete arquitectos, oitoeconomistas, três ou quatrocontabilistas… significa que trabalhamospara os associados. E vivemos dosassociados, não vivemos do Estado! Isto

é uma associação patronal, deempregadores, devidamente registada noMinistério do Trabalho. Neste momentotemos 12 mil e 800 associados. Somos amaior associação empresarial do país.Infelizmente, não somos ouvidos para apolítica do emprego e o processoestratégico do crescimento.

Por que são independentes?Não é sermos independentes… não

fazemos parte da concertação social,porque nem sequer somos chamados paratal. Quem é chamado é quem não temrepresentatividade no tecido empresarial.E daí que surjam politicas estratégicaspara o crescimento e emprego que sãouma autêntica falácia e cujos resultadosestão bem à vista. Se nós tivéssemosuma classe empresarial forte, teríamosum país também mais forte.

E nós não temos essa classe

empresarial forte?Não. Temos dois ou três patrões que

dominam a concertação social. Um delesaté chamam 'o patrão dos patrões', nãopreciso falar muito nessa confederação.Mas nessa confederação estão filiadasassociações que não existem, ilegais.Como são associações ilegais, o Estadojá as devia ter extinto, através doProcurador-geral da Republica (PGR). Eo sr. procurador não desconhece essasituação. Nós esperamos, justamente,que o sr. PGR, através de queixas quetemos feito, tome medidas.

"Há uma promiscuidade muitogrande entre a justiça e a

política. Não temos uma justiçaindependente em Portugal."

Por que é que ele ainda não tomoumedidas em relação a essa questão?

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variadíssimas razões… se calhar há efectivamente muitointeresse no meio de todo este processo. Há umapromiscuidade muito grande entre a justiça e a política.Não temos uma justiça independente em Portugal. Háuma interferência legal política na justiça, através daProcuradoria-Geral da Republica. O sr. PGR é escolhidopelo Governo e nomeado pelo Presidente da Republica.

Esse é um sinal que não há independência?Não há independência. Mas há outra situação… o

provedor de justiça é nomeado pela Assembleia da Re-publica (AR). Ainda há pouco tempo assistimos à lutaentre dois partidos sobre quem seria nomeado provedorde justiça. Mas ainda temos coisas mais sérias najustiça, e ai é que está o grande mal da nossa justiça,que não é independente relativamente ao poder politicocomo era desejável, o órgão controlador de juízes, que éo conselho superior de magistratura, é nomeado, grandeparte dos elementos do conselho, directamente pela AR,o que temos lá varias vezes encontrado muitosadvogados nomeados pelos políticos que controlamdepois os juízes. Com um grande problema, e esta é aagravante ainda relativamente a este processo, oselementos do conselho superior de magistratura,nomeados pela AR, grande parte deles é advogado enão tem qualquer tabu de continuar a exercer advocacia,sabendo que controlam os juízes. Isto não é possível.Temos de ter justiça completamente independente.Quando temos interferência politica na justiça, quer dizerque os políticos controlam a justiça! A justiça deve impor-se pela via natural das coisas. Deve ser independentedo Estado.

"Aqui e acolá vemos autarcas queconseguem pela sua influência dentro do

partido fazer subir os seus filhos dentro dasociedade política. Aqui e acolá tambémvemos filhos destes políticos que já estão

na AR. Isto não pode ser."

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Acredita que a justiça é o 'pilar' mais frágil danossa sociedade?

Não só. O pilar mais frágil é a falta dedemocraticidade interna dos nossos partidos políticos.Vem de um jornal de Vila Nova de Gaia… tenho muitasimpatia pela cidade de Vila Nova de Gaia porque faço aponte. Trabalho no Porto e resido para lá da ponte daArrábida. Gosto imenso da cidade e não deixo de dizerque a cidade cresceu assustadoramente nestes últimos15 anos. Cresceu, sustentabilizou-se, afirmou-se. Ebem-haja a quem o fez. Mas não posso deixar de dizerque o processo oligárquico de determinados partidospolíticos que temos em Portugal aponte para que osdirigentes promovam os seus próprios filhos. Aqui e acolávemos autarcas que conseguem pela sua influênciadentro do partido fazer subir os seus filhos dentro dasociedade política. Aqui e acolá também vemos filhosdestes políticos que já estão na AR. Isto não pode ser.Temos de combater as oligarquias. Nós estamosbipolarizados, no âmbito político. Também temos deacabar com essa bipolarização porque a nossademocracia enquista nos procedimentos, principalmentenos procedimentos democráticos. Dentro dos partidospolíticos não há democracia. Um militante de um partidoqualquer que frequenta com assiduidade as reuniões dopartido, verifica que muitas vezes ele é apenas uminstrumento de 'bate palmas', sem acção nenhuma.Dentro dos partidos existem as chamadas distritais - esabemos muito bem como funcionam em termosdemocráticos -, quem manda nas distritais são aquelesque depois escolhem os políticos para a assembleia,autarquias, etc. quem manda nas distritais mandatambém nos conselhos nacionais. Quem manda nosconselhos também manda nos congressos. Quer dizerque o mal está na base. O mal da nossa democraciaesta efectivamente na base. Não temos uma democracia.Temos uma oligarquia partidária!

Acredita que a curto prazo pode mudar?Muda… Taffler, um sociólogo do século XX, dizia

que muitos fenómenos sociológicos acabam por eclodirpela saturação. Este modelo está saturado, está gasto.Arcaico. Há forma de o mudar através do próprio tempo- a forma mais penosa - ou pela própria iniciativa dopovo, através de revoluções e elas já começaram asurgir.

Está a falar da manifestação que houve há algunsdias [12 de Março]?

Estou a falar dessa manifestação, que não foipartidária. Há-de reparar que não foi manifestaçãopartidária. A dada altura, digamos, sociologicamente, opovo também tem o direito de se manifestar. Manifesta-se de varias maneiras. Ou aproveitando umamanifestação política, em que engrossa a situação, ouemerge de situação completamente ocasional. Foi o queocorreu. Todas as pessoas que estão 'à rasca' nestepaís, não estiveram representados, mas a vontade eraestar. Eu próprio, graças a Deus, não estou à rasca, malde mim se chegasse aos 50 anos e estivesse 'à rasca'…mas há muita gente que chegou aos 50 anos que está 'àrasca', não tem emprego, não tem sustentabilidade fa-miliar, não tem sustentabilidade de afirmação, dasnecessidades alimentares, afectivas… significa quePortugal teve e tem todas as condições, ao longo de 900séculos de existência, para ultrapassar crises.Ultrapassar esta crise. Vai ultrapassá-la por certo, nãovamos ficar extintos com ela, o problema é que nestemomento temos uma situação muito séria para resolver.Essa situação de âmbito democrático que é preciso re-solver. O problema dos partidos políticos está na génesede todo este mal-estar. Repare: quando um politico éescolhido para a AR, sem lutar por um projecto dentrodo próprio partido, é escolhido pela via do tráfego deinfluência. Se é escolhido por esta via, vai exercermagistério pela mesma via… porque ele não aprendeuoutra… não aprendeu a fazer um 'projecto' para o seu

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espaço de eleição, para o seu distrito, para a sua cidadeporque não teve de combater, tudo lhe foi facilitado atravésdos conselhos nacionais dos partidos que o nomearamnão se sabe muito bem porquê! Bom, nós sabemosporquê! Porque houve influência. Mas ele não lutouabsolutamente nada.

"O povo português está cansado e aresposta desse cansaço foi a manifestaçãodos 'à rasca', que se deu há dias. Pode ser

que, de facto, isto seja o movimentocatalisador para a mudança."

Parece-lhe razoável a antecipação de eleiçõesLegislativas?

As eleições antecipadas já deviam ter surgido antesmesmo destas que deram a vitória ao Governo actual.Está mais que visto que as promessas do primeiromandato do governo Sócrates não foram cumpridas.Como é que o povo o escolheu? Entre a dúvida e a nãodúvida, vamos continuar com a dúvida… dar-lhe obenefício da dúvida! Significa que, se calhar ele até estátodo contente - e ele já disse ontem que se ia recandidatar-, porque ele pensa que o povo português vai continuarna dúvida. O povo português está cansado e a respostadesse cansaço foi a manifestação dos 'à rasca', que sedeu há dias. Pode ser que, de facto, isto seja o movimentocatalisador para a mudança.

As Pequenas e Médias Empresas (PME)sustentam a economia. As nossas empresas tambémestão 'à rasca'?

Também deviam fazer parte dessa manifestação.Temos em Portugal 267 mil PME. 80% delas não temcondições de acesso ao crédito. Quer dizer que não temcapacidade de endividamento. Vivem para pagar saláriose para pagar impostos, nunca para crescer. E, dessas80%, posso garantir-lhe cerca de 40% já não pagaramsubsídio de Natal, não vão pagar subsídio de férias etêm três meses de remunerações em atraso. Se queruma sociedade mais 'à rasca', venha ter com as PME'mas não com aquelas que de facto fazem parte doaparelho do Estado. Essas - que são meia dúzia delas -estão muito bem porque o Estado para ‘obter' o voto dasPME (que não são PME, são grandes empresários),naturalmente, que esses estão muito bem. Mas nãorepresentam absolutamente nada do tecido empresarialPME.

Qual é o sector empresarial que mais o preocupa?A construção civil. A construção civil é o motor de

desenvolvimento económico de qualquer país, mas, nestemomento, mercê da crise subprime de 2008, o queaconteceu foi que a crise apareceu, o sr. ministro Teixeirados Santos desmazelou-se bastante relativamente a

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isso, esqueceu-se que a crise rebentou nos EstadosUnidos, mas quando os Estados Unidos 'espirram'imediatamente convertem a Europa numa grande'constipação'. Nós não nos preparámos para a crisesubprime, continuamos a iludir os portugueses,designadamente através de uma Lei do ArrendamentoUrbano que não funciona, que obriga, por exemplo, osproprietários a fazer reformas nos imóveis quando osinquilinos pagam de rendas apenas cinco euros por mês,mais… quando o proprietário - que considero pequenoinvestidor - fez investimentos num imóvel para arrendar,pressupõe-se que esse imóvel lhe dê rendimento quepossa recuperar o capital investido no curto, médio elonga prazo. O que ocorre em Portugal é que a Lei doArrendamento Urbano não funciona. Temos os CentrosHistóricos (CH) indecentes, temos os CH maisnauseabundos da Europa. O que é que isto quer dizer?Quer dizer que os CH estão a ser reabilitados, pura esimplesmente, com os nossos impostos. É muito lentaessa reabilitação. O que é que eu defendo? Defendoque hoje já há muito pouca gente pobre a viver nos CH,mas se há essa gente pobre, o regime vinculista doarrendamento urbano que eclodiu nos princípios da I e IIGuerra que fazia todo o sentido para que as pessoastivessem, pelo menos, o seu tecto, hoje já não sejustifica. Os inquilinos iniciais faleceram, deixaram láos filhos que hoje já têm 70 ou 80 anos, estes vão lá ficarcom os filhos… no fundo, não há arrendamento urbanoem Portugal, o que existe é usufrutuários vitalícios, aindapor cima!

"Eu tenho conhecimento que há políticoscujos pais estão a pagar 10 euros por mês e

estão a viver em palácios… não estãointeressados em mudar a lei."

Então defende o quê?Defendo que deve haver liberalização do

arrendamento urbano, designadamente, que permita aosenhorio recuperar o capital investido e em simultâneoreabilitar os imóveis para que os CH sejam locais depasseio, de passagem de muita gente que quer conhecera história e que não conhece. Por exemplo, no caso doPorto, o Porto está a ser reabilitado por uma sociedadecriada para o efeito, que é remunerada com os nossosimpostos. Os nossos impostos não podem dar para tudo.Há pouco falei que temos 267 mil PME , 80% delas semcondições de acesso ao crédito, e posso-lhe garantirque o sector mais penalizado é o da construção civil. Opequeno empreiteiro, o pequeno canalizador, o pequenoelectricista, o pequeno trolha não tem trabalho nestemomento. O que quer dizer que se não tem, não podeempregar. E por que é que não tem? Porque osproprietários não recuperam os imóveis, porque não têmdinheiro para tal. Também são pobres. Algo vai ter deser mudado. Pergunta-me: mas por que é que isso não émudado? Quem muda fica sempre prejudicado com amudança… quem muda são os políticos! Eu tenhoconhecimento que há políticos cujos pais estão a pagardez euros por mês e estão a viver em palácios… nãoestão interessados em mudar a lei. Eles têm de decidirem causa própria, não são independentes.

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MARTINHO GOMES LDA.

É a favor da regionalização?O que acho é que a regionalização está feita. Nós

assentamos basicamente - temos um país especializado- no municipalismo. É uma cultura. Agora é assim emcada distrito, existe um governador civil, com todas asestruturas já montadas…

Que não funcionam…Mas é muito simples. Por que razão é que os

governadores civis não passam a ser - porque senãotemos outras despesas - eleitos pelo povo e ao mesmotempo com responsabilidades mais adequadas aodesempenho das suas funções. Mas as estruturas estãomontadas. Por que razão criar novas estruturas para aempregabilidade politica. Sabe quantos políticos existemem Portugal? 135 mil… não é possível aguentar o paíscom tanta despesa politica. Há-de reparar que a taxa dedesemprego em Portugal - que está falaciada -, que nestemomento é de 15%, temos um milhão de desempregadosconsiderando a população de desemprego voluntário einvoluntário, juntando aqueles que estão a fazer estágioprofissional e que estão a fazer formação profissionalapoiada (esses indivíduos não estão empregados). Mas,nós não temos possibilidade de aguentar um país comestes custos. 345 fundações de mão pública, fundaçõescriadas pelo Estado. Quando o Estado cria umafundação, cria também empregos políticos, que não sãobaratos!

Mais uma vez…Mais uma vez! Nós temos aqui no Porto alguns

exemplos, nomeadamente, a Casa da Música, aFundação da Juventude, a Fundação de Serralves… Paraalém destas 345 fundações de mão pública ainda temos455 institutos públicos, 700 empresas municipais e temosmil sociedades empresariais do Estado que não dãolucro nenhum, das quais 43 são grandes empresas. Seconsiderarmos que temos uma população activa de 5,2milhões de pessoas, com um milhão de desempregados,um milhão de trabalhadores públicos (contando ospolíticos) e depois temos 2,5 milhões de pobres…consideramos pobre todo aquele que recebe até 60%do salário médio nacional (o salário médio nacional são700 euros)… nós temos 2,5 milhões de pobres em Por-tugal. Como é que podemos descolar com a curva daprocura com este cenário? Não é preciso ser umcontabilista para o perceber. Basta analisar… isto é umpaís de curta duração. Não é possível. Estamos a viveracima das nossas possibilidades e estamos a endividar-nos 2,5 milhões de euros por hora. E por isso todos osdias o Governo faz uma ginástica tremenda para vendertítulos de dívida pública. Quando a variável desce ousobe ficamos todos contentes porque colocamos o juromais baixo um por cento em relação à semana passada.Isto é um autêntico disparate. Só de loucos. Os políticosque neste momento temos em Portugal, nomeadamenteno Governo, são loucos. Não falam a verdade aos

especial pequenas e médias empresas

portugueses.

"Quando obriga uma empresa a entregar -estou a falar do Estado, Finanças - umimposto que o empresário ainda não

recebeu - designadamente o IVA - está acometer um dolo! Está a cometer burla!"

Uma das questões que preocupa muito as PMEdiz respeito ao pagamento do IVA ao Estado antesmesmo da liquidação da factura. Este não é umponto que o Estado deveria considerar?

O próprio Estado comete aí um crime de burla! Nãoé legal! É um crime de burla. Ainda ninguém levantou aquestão ao sr. PGR… muito embora o sr. PGR não devedesconhecer esse processo, mas… é assim, se o Estadoarrecada receitas ilegais, sabe que são ilegais, utiliza odolo. E o dolo é punido por lei! Quando obriga umaempresa a entregar - estou a falar do Estado, Finanças- um imposto que o empresário ainda não recebeu -designadamente o IVA - está a cometer um dolo! Está acometer burla! Mais está a fazer um processo dedesenvolvimento coactivo porque obriga as empresas apagarem um imposto que ainda não receberam. Nósdefendemos que o IVA deve ser pago com a cobrança dafactura, pago de imediato. A empresa não pode demaneira alguma financiar-se através do IVA. O IVA é umimposto que se recebe e que se tem de entregar ou nodia seguinte ou dois dias depois da empresa o receber.Actualmente as PME têm 40% da facturação em créditomal parado. Quando um empresário entrega ao Estadoum imposto que ainda não recebeu, está a fazer um

adiantamento, significaque o Estado, a dada aaltura, é devedor àempresa. Quando é quedevolve o imposto? Tardee a más horas e sem juros.Todavia, quando a empresadeve um imposto aoEstado, tem de pagar comjuros e à taxa máxima.

Foi aprovadarecentemente a Lei daTaxa Zero para aInovação. O que pensadesta medida?

Primeiro, o Estado temde dizer o que é Inovação.Julgo que o Estado temdesenvolvido a palavraInovação nos impostos.Agora, nas empresas… asempresas não podem,neste momento, inovarporque não têm dinheiro.Como lhe disse, 80% das

nossas PME não têm acesso ao crédito, estão semcapacidade de endividamento. Como é que elas podeminovar o processo produtivo, se não têm dinheiro paratal? Mais: não há incentivos do Estado - incentivos zero- para as empresas inovarem. Sem que o Estado diga oque é Inovação, e o que quer dizer com Inovação, nãopodemos implementar um modelo para que depois oIAPMEI e o Instituto do Turismo e outra gente assim quedominam e fazem a gestão dos fundos não digam quenão é inovação. Têm de dizer o que é Inovação. E depoistêm de perceber que estamos numa época de crise eque as empresas que devem ao Estado, designadamenteao Fisco e à Segurança Social, não estão em condiçõesde inovar. Como são a maioria, há que se flexibilizar efazer um programa de combate à dívida, das empresasao Estado, no sentido de harmonizar todo esteprocedimento. Por muito menos razão, o professorAugusto Mateus desenvolveu o chamado Plano Mateus,na altura, e que beneficiou imensas, imensas, imensasempresas e evitou a falência de muitas delas, na altura.

Essa seria uma potencial solução?Seria uma das soluções! Evitar que as empresas

fossem à insolvência, ou ao encerramento se, porventura, houvesse mais flexibilidade por parte do Estadopara cobrar impostos e ao mesmo tempo sustentabilizaro emprego.

O professor Cavaco Silva, na tomada de posse,referiu que "é crucial aprofundar o potencialcompetitivo de sectores como a floresta, o mar, acultura e o lazer, as indústrias criativas, o turismo

Taxa Zero para a Inovação incentivacrescimento e competitividade das

PMEs

O Conselho de Ministros de 10 de Março aprovou um Decreto-Leique cria a Taxa Zero para a Inovação, com o objectivo de reduzir oscustos de contexto e encargos administrativos para as Pequenas eMédias Empresas inovadoras ou empresas de jovens empreendedoresque invistam em investigação e desenvolvimento, no quadro do Sim-plex e da Iniciativa para a Competitividade e o Emprego. As empresasque tenham realizado despesas de investigação e desenvolvimento,mantido ou aumentado o quadro de pessoal e aumentado o volumenegócio em 5% ou mais, nos três anos anteriores, ficam isentas dopagamento de taxas ou emolumentos que seriam devidos por actospraticados por serviços da Administração Central do Estado, directa eindirecta. A verificação das condições para beneficiar desta isenção éfeita anualmente e anotada, de forma automática e electrónica, nacertidão do registo comercial da sociedade, de acordo com ainformação constante na base de dados da Informação EmpresarialSimplificada (IES).

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notícias de gaia | 24.mar.11pág. 13

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e a agricultura, de onde temos vantagens naturais".Concorda?

Concordo! São as teorias de Ricardo [economista]que aponta justamente para as vantagens comparativas.Nós temos vantagens comparativas como qualquer outropaís tem. O grande problema que nós temos em relaçãoa essas vantagens enumeradas pelo professor CavacoSilva é que não temos dinheiro para inovar, não temosdinheiro para investir. Eu pergunto: será que é de factopositivo investir em tempos de crise? Temos de ter muitocuidado ao investir em tempo de crise, porque podemoscolocar as poucas empresas que ainda sobrevivemnaquele rol de empresas que estão 'à rasca', que estãoem dificuldade. Significa que a empresa hoje, em Portu-gal, tem de se nutrir pura e simplesmente para o seuquotidiano e manter as suas necessidades fisiológicassatisfeitas.

Assusta-o a entrada do FMI em Portugal?Não, não me assusta nada, pelo contrário! Acho que

já lá devíamos estar. Naturalmente, quando o FMI entra,impõe condições. Ou seja, empresta dinheiro, alivia ascontas públicas com a entrada de mais dinheiro. O queespero é que o FMI ao entrar em Portugal - e nós aorecorrermos ao Fundo de Estabilidade Financeira daUnião Europeia - que esse dinheiro que vai entrar emPortugal por consequência (mas que vamos ter dedevolver) não tenha o mesmo fim dos recursos que vieramda EU, entre 2000 e 2006, que foram 50 biliões de euros,e que não houve resultados! Porquê? Por causa da'alimentação' política. O grande problema em Portugal ésempre o mesmo! As instituições políticas, ou aquelasque foram criadas pelos políticos e depois são geridaspor eles estão a condicionar o crescimento do empregoem Portugal. O FMI não assusta, bem pelo contrário,que venha depressa! Agora, que o dinheiro que o FMI vaiinjectar em Portugal, tenha resultados, sem grandesacrifício para o povo! Havia uma forma de nós nãoentrarmos no FMI…

Que é?Acabar com as fundações de mão pública, por

exemplo. Para quê tantas fundações? 345 fundações demão pública… não acha fundações a mais? E é quecada fundação tem uma dotação de 100 ou 200 milhõesde euros! 345… para quê? Para empregabilidadepolítica? Acabem lá com isso… nós não aguentamosisso! Depois temos tantos institutos públicos, para quê?O IAPMEI o que é que faz? O Instituto do Turismo o queé que faz? Rigorosamente nada… Falou-me dasvantagens comparativas, uma das vantagenscomparativas que temos é o sol, a praia... O que é que oInstituto do Turismo tem feito? Tem limpo as praias? Aspraias só meia dúzia delas é que tem Bandeira Azul, oresto é uma porcaria! Temos uma costa riquíssima!

"O código contributivo é mais uma medida

especial pequenas e médias empresas

de austeridade, é mais uma machadadapara inviabilizar o crescimento do empregoatravés da criação de novas empresas e de

sustentabilizar as existentes."

E que está por explorar…E que está inexplorada… até em termos de pescas!

Repare, nós importamos pescado! A maior empresa dopaís de pesca foi subsidiada com subsídios públicos eé uma empresa espanhola, a Pescanova. Quer dizer,nós temos que reflectir claramente o que é que estespolíticos estão a fazer. Porquê? Porque, se calhar, aívemos facilmente uma razão para mudarmos tudo. Istotem de ser mudado! Acabem com a quarta república!Por exemplo: o chamado código contributivo que entrouem vigor agora no dia 1 de Janeiro… o código contributivo

é mais uma medida de austeridade, é mais umamachadada para inviabilizar o crescimento do empregoatravés da criação de novas empresas e desustentabilizar as existentes. Sempre, sempre em cimados mesmos. Aquelas instituições com quem o Estadopartilha a concertação social, essas não têm qualquerproblema. São grandes empresas que não sãopenalizadas com o código contributivo. Os pequenos emédios empresários são. O pequeno canalizador é! opequeno trolha é! O pequeno electricista é! E depois éassim: os jovens saem das universidades e não têmemprego. O que é que fazem? Ficam 'à rasca', fazemmanifestações ou vão para o estrangeiro. O que é queacontece? Temos a população envelhecer, envelhecer,envelhecer…

Tânia Tavares

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS PMEA ANPME é uma associação patronal de

direito privado, registada no Ministério doTrabalho e da Solidariedade, sob o nº 111/2000,fls 41 do Livro nº 1, que conta actualmente commais de 9800 associados.

A sua actuação estende-se a todo o País,através da sede em Lisboa, gabinete técnicono Porto e diversas secções instaladas nasprincipais cidades.

A ANPME - Associação Nacional dasPequenas e Médias Empresas existe para"representar e defender os interesses de todosos pequenos e médios empresários" (Artigo 1ºdos Estatutos da ANPME), procurando, atravésda sua intervenção, contribuir para o sucesso esustentabilidade daqueles num mercado cadavez mais global e complexo.

Reconhecendo o papel das PME no tecidoempresarial português, quer pelo seu contributopara o crescimento e valorização daseconomias em que estão envolvidas, quer pelasua capacidade de criação de emprego, mastambém as suas debilidades e carências, aANPME assume uma postura de apoiopermanente a estes empresários, assumindo-se assim como um Parceiro de negócios.

A sua actuação pauta-se por princípios deética e integridade, igualdade de oportunidadese respeito pela diferença e procura imprimir aotrabalho executado Flexibilidade, Qualidade,Criatividade, Inovação e Rigor.

A ANPME é membro da ConfederaçãoEuropeia das PME e tem assim por missãodotar os profissionais e as pequenas e médias

empresas dos melhores equipamentos esoluções, assessorando os empresários emtodas as áreas de negócio.

A ANPME reúne um Equipa Técnicaprestigiado que acompanha os empresáriosem todos os momentos do seu negócio, desdea pesquisa de mercado, o apoio financeiro, acriação, o desenvolvimento e a capacidadecompetitiva para permanecer com sucesso nomercado.

A ANPME tem uma estrutura simples e eficaz,composta por uma direcção com trêselementos, tendo como objectivo social arepresentação e defesa de todas as pequenase médias empresas.

Para cumprir esse objectivo tem vindo aelaborar e difundir estudos relativos àsempresas em geral e em especial aos seusAssociados e a colaborar com as organizaçõesnacionais e internacionais cujos objectivos sãoconforme aos seus.

São órgãos da ANPME a Direcção, aAssembleia Geral e o Conselho Fiscal que, dequatro em quatro anos, são eleitos para a suagestão.

Regulamento foi elaborado tendo em vistadisciplinar de forma ágil e eficaz orelacionamento entre os Orgãos da ANPME eseus técnicos com os seus Associados.

Sede - Lisboa | Rua das Amoreiras, 23 1250- 021 Lisboa | Tel. 213 867 597

Porto - Largo dos Lóios, nº 80 | 4050 - 338Porto | Tel. 223 390 261/5 | Fax. 223 390 271

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notícias de gaia | 24.mar.11 pág. 14especial pequenas e médias empresas

Rua 1º Maio 614430-177 VILA NOVA DE GAIA

Telf: 223 796 469Fax: 220 968 384

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Há quantos anos existe a Garagem 1.º de Maio?Esta empresa já existe há 23, 24 anos. Eu fiquei com isto há cerca de

quatro anos.

Qual é o balanço destes quatro anos?Não é negativo… mas também não é positivo. Tendo em conta a crise que

Auto Reparadora 1.º de Maio cuida doseu carro a preços competitivos

Será mais a falta do poder de compra das pessoas. Não têm dinheiro paraas reparações. Essencialmente são esses os problemas.

O que se destaca nesta garagem em relação às outras semelhantesque existem pelo município e arredores?

O que destaco mais é que levo mais barato do que muitas oficinas daquidesta área. Isso eu sei, porque o preço da mão-de-obra se reflecte bastante.Estou muito mais barato. É a grande diferença que me separa das outras queexistem por aqui.

Imagine que um dia chega ao poder e tem possibilidade de relativizar osproblemas que afectam o sector. Que medidas tomava para potenciar asgaragens?

No momento… seria se calhar aumentar os salários aos portugueses.Não falo por mim, falo mais por aqueles que trabalham por conta de outrem.Só por si, esta medida ia ajudar o trabalho das oficinas.

E os impostos? O IVA por exemplo?A mim não me dói tanto. Aos clientes dói mais porque esses são eles que

têm que pagar. Se calhar também ajudava, não digo o contrário, mascertamente ajudava mais os clientes.

Em termos futuros, a empresa vai manter-se aqui ou vai serdeslocalizada?

Sim. Enquanto a câmara deixar ficar aqui…

Mas porquê? A câmara está a impedir?Não sei. A câmara está a levar as oficinas para as zonas industriais. Como

isto ainda é uma oficina já com uns anos vou tentar mantê-la aqui… enquantome deixarem.

Não se quer mudar para uma zona industrial?Não! Já há lá muita coisa!

As vicissitudes da vida às vezes transformam por completo ocaminho. Luís Alves assumiu a Auto Reparadora 1.º de Maio depois dasua vida ter dado uma volta de 180º. ‘Arregaçou’ as mangas e há cercade quatro anos que dirige esta ‘garagem’ bem no coração de SantaMarinha. Enquanto o deixarem, vai permanecer ali. Os clientesprocuram-no com uma certeza... o preço mais competitivo da área...

atravessa o país, está mais ou menos estável.

Mas há quem diga que este sector não tem diminuído porque as pessoascomo não têm dinheiro para adquirir novas viaturas, acabam por se verobrigadas a 'remendar' os problemas que vão aparecendo nos automóveis.É mesmo assim?

Isso é um pouco relativo. Também temos sofrido com a crise porque aspessoas não têm dinheiro para fazer a reparação e por isso vão deixando atéà última para arranjar os carros. É mesmo até ao último minuto.

As principais dificuldades do sector são?

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Há quantos anos existe a Fasa?Desde de 2005.

Sempre em Gaia?Sim. Primeiro instalada em Vilar do

Paraíso e agora aqui em Mafamude.

Com quantos trabalhadores contaa empresa?

Ao todo são sete.

Quais são as principaisdificuldades com que o sector sedefronta?

Em arquitectura… a construção civilestá completamente em crise, embora nãotenhamos notado muito porque se temmudado um pouco. Trabalhamos paraclientes finais. Também mudamos umpouco a área, saindo de Gaia mais para ointerior.

Com abertura a novas valências daempresa?

Não. Fazemos o mesmo. Só que emvez de trabalharmos em habitação temostrabalhado mais em equipamentos deserviços. Coisas diferentes, como lares.Temos tido trabalhos maiores, mas emmenor quantidade.

Fasa investe nos Planos de Segurança dos EdifíciosNasceu no Porto, mas é em

Gaia que vive desde muito novo.Acácio Amorim lidera o gabinetede arquitectura Fasa, instaladomesmo no coração da cidade.Recentemente 'abraçou' um novodesafio: os Planos de Segurançados edifícios de 3.ª e 4.ªcategoria. Foi mesmo pioneironesta área. Domina todas asáreas da empresa. Mas há umavariante que se destaca… oacompanhamento permanente docliente. Desde que começa até aofinal de qualquer projecto, AcácioAmorim garante que está ao ladodo cliente, para melhor o servir.

O que destaca a Fasa de gabinetessemelhantes? De que modo sedistinguem dos semelhantes?

É ser um complemento de serviçosque permite acompanhar o cliente desdeo início da obra até ao final. A arquitectura,especialidades, imagens 3D,acompanhamento de obra, fiscalização,formações… acompanhamento do inícioao fim.

E não faziam isso?Temos vindo a acrescentar

segmentos…

É uma forma de superar esta crise?Ou é a resposta a uma nova procurados clientes?

Também a procura e também umlema que temos: 'estar sempre à frentedas exigências'. Por exemplo: os Planosde Segurança dos Edifícios de 3.ª e 4.ªcategoria…fomos os primeiros a poderexercê-los. Por sermos os primeiros,atrai mais este tipo de serviços.Associado a dar aulas no ensino supe-rior, com mais esta complementaridade,ajuda um pouco.

O que gosta mais de fazer nestaárea?

É difícil. Eu sempre fiz um pouco de'obras', um pouco de arquitectura eprevenção e segurança. Agora, tambémjunto a parte dos planos. Como não façosempre a mesma coisa nem dá para'cansar'. Estou sempre a mudar e façoum pouquinho de cada coisa.

Quais são os objectivos paramédio e longo prazo?

O crescimento, num futuro próximo,vai ser mesmo na área de segurança, nosplanos de emergência. Como tudo aindaestá numa fase inicial, não temosconcretizado nem 10% do mercado nestaárea, naturalmente vai ser por estavertente que vamos desenvolver-nos.

O mercado ainda não está servido?Sim. O mercado ainda não está a

funcionar nem a 10% das necessidades

[dos Planos de Segurança]. É muitorecente. Os técnicos de 3.ª e 4.ª categoriasó começaram a ser reconhecidos emNovembro. Estamos mesmo no início,embora já sejam necessários desde2008. Este é um mercado com muito aindapor crescer.

Imagine que consegue promulgaruma medida governamental quepotenciasse o vosso mercado. Quemedida seria? Estaria ligada à questãoda construção civil?

Acho que não é bem por aí. O grandeproblema são os bancos que estão semdinheiro. Quando passou do 80 para o 8.Começou por emprestar mais do que onecessário e agora limita tudo.

Mas há alguma medida que oGoverno consiga lançar para contrariara situação?

Esta semana já fez, incentivando oarrendamento. O próprio mercado vai terde se adaptar. Em vez de ser coisas muitoboas - embora estas continuem sempre

a haver - mas o intermédio vai sofrer umaretracção e vai aparecer o que existiaantigamente: edifícios mais pequeninos,melhor organizados e a custos maisbaixos. Cada vez mais os custosaumentam - há mais especialidades, ospróprios edifícios têm mais pormenores -mas no futuro vão aparecer edifícios maispequenos, mais baratos.

Está de acordo com a nova lei doarrendamento?

É uma forma de, pelo menos,incentivar o arrendamento. De certeza quevai aumentar bastante. Melhorando aconstrução civil. Antigamente, cerca de80% da construção era para arrenda-mento, depois diminuiu e passou paraconstrução própria. Mas quer queiramosquer não, vai ter de voltar atrás. Até pelaspróprias facilidades de movimentaçãodas pessoas por todo o país. Imagine, seuma pessoa compra casa no Porto, edepois arranja um trabalho para fora doPorto tem dois problemas: pagar umacasa e arrendar outra.

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Carlos SantosDep. ComercialTlm. 96 45 36 009

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Mudaram recentemente de instalações. Forampara Vilar do Paraíso. Porquê?

Porque o espaço estava realmente muito pequeno.Estávamos num espaço que tinha menos de 30 metrosquadrados. A partir de certa altura começou a serincomportável estar ali. No ano passado, mais ou menospor esta altura, estava a prever esta mudança, mas fuifazendo uma contenção de despesas até ao limite. Atéao suportável. Entretanto, entrámos numa área nova denegócio que começámos a desenvolver há dois anos emeio: a industria eólica. Trouxe-nos uma enorme mais-valia que estamos agora a começar a colher dessesfrutos. Desde o final do ano passado até agora jácolocámos mais três produtos novos no mercado.Estamos agora a desenvolver novos produtos para lançar.Produtos que estas duas empresas com que trabalhamosprecisam. As empresas que existem em Portugal, comgrandes espaços, com grande nome, não estão a darcapacidade de resposta porque têm o seu mercado já. Enão estão motivados para investir.

Por que é que enveredou por esse novo mercado?Quando começámos a investir essa área não tinha

muita vontade para a trabalhar. O nome da ABRASIGAIAestava ligada aos abrasivos, mas através de contactosque temos com um cliente, ele disse-me: "trabalha nessaárea, investe um pouco de tempo aí porque isso vai serbom". De facto, eu investi, fui à procura… o ano passadovoltei à feira na Alemanha, esse cliente foi lá comigo, ehoje aumentamos o nosso número e quantidade deprodutos. O nosso volume de facturação o ano passadosubiu em cerca de 43%... e este ano estamos no mesmocaminho.

Que tipo de serviço é esse?Não é um serviço, são produtos. São produtos para o

acabamento de superfície. Desde alguns abrasivos aprodutos para o acabamento de superfície. Produtosesses, alguns que estão modificados pela ABRASIGAIAporque os primeiros testes que fizemos não satisfizeram.Fomos à procura de material em Portugal. Se houver emPortugal eu compro em Portugal. Mas há muito produto

que infelizmente não existe. E aqueles que existem emPortugal, temos aí alguns desses, não estão preparadospara trabalhar com resinas e produtos à base de solvente.Nas primeiras peças que vendemos para a indústriaeólica, pouco tempo depois começámos a terreclamações, porque o produto não correspondia àsnecessidades deles. Ou seja, tinha defeito, para eles oproduto tinha defeito. Houve então necessidade de ir aolocal ver o porquê e rectificar. Quando faço o contacto,em Portugal, para dar resposta à questão, a respostaque tenho é: "não vou mexer nesse produto porque éisso que eu vendo e não vou procurar outra alternativa"!fiz contactos, fora de Portugal, arranjei alternativa e,neste momento, estamos a montar o produto dentro daABRASIGAIA. Um produto alterado para corresponder ànecessidade dos nossos clientes. A reacção que tivemosdesses dois clientes foi muito boa. Eles ficaram muitosatisfeitos.

O que o destaca das outras empresas domercado? Em que é que é diferente?

A ABRASIGAIA é diferente no acompanhamento aocliente, o aconselhamento ao cliente que outrasempresas - e volto a insistir - com maior espaço, commaior nome, com mais estrutura não dão essa respostaporque são empresas que estão acomodadas. Isto emrelação ao produto de acabamento de superfície, masem relação à preparação de superfície também acontece.Existem algumas empresas na área dos abrasivos quecontinuam naquele ritmo onde estavam há 20 anos atrás.E o abrasivo foi-se modificando, melhorando aqui, ali eacolá e é preciso acompanhar isso. Daí a necessidadede fazer feiras no estrangeiro. Ver as novidades,contactar com o fabricante para depois poder melhoraro produto. As empresas que estão no mercado há muitosanos não estão para aí viradas.

Quais são os problemas com que o sector sedepara actualmente?

O problema que existe a Norte é a falta deconhecimento de muito empresário que lida com oproduto para o acabamento das superfícies. Pura e

simplesmente querem obter um produto para um fimsem querer saber o que é, como se faz…. Querem queseja barato! Pura e simplesmente! Se nós fizermos umcliente em Lisboa, em Setúbal, no Algarve, ele quer sa-ber tudo! Mas mesmo tudo! Como é, como não é, quantasrotações trabalha, se trabalha a seco, se trabalha ahúmido…

E no Norte não porquê?Não… só pedem barato, barato, barato…. E depois

'esmaga-se' o preço e ainda por cima se paga mal. Muitomal.

Já percebemos que está numa nova área, numnovo mercado… quais são os próximos objectivosda ABRASIGAIA?

A médio/longo prazo… temos um projecto queestamos a desenvolver que provavelmente vamosconcretizar ainda este ano. Provavelmente, aí teremosde ter umas instalações maiores. Estamos a dar-nosconta que estas, se calhar, não vão chegar. Queremosabraçar de uma forma mais consistente os clientes daindústria eólica. Há mais clientes em Portugal que podemser trabalhados pela ABRASIGAIA. Não estão ainda aser contactados, porque em termos de estrutura e dedisponibilidade de tempo não tenho forma de darresposta. Mas a médio prazo desenvolver um projectodos abrasivos.

Imagine que consegue lançar uma medidagovernamental que pudesse dinamizar ou potenciareste sector. Qual seria essa medida?

Disso estamos nós à espera há muito tempo. Jálançámos uma candidatura ao QREN com um projectode transformação e foi reprovado o projecto. O nossoprojecto enquadrava-se no SI Inovação… foi aíexactamente que apresentamos a nossa candidatura.Depois foi-nos dada a resposta que: "não era nessaárea que nos devíamos ter candidatado".

Seria em que área então?Eles não sabem. Nem eles sabem….

Nasceu em 22 de Junho de 2001. A ABRASIGAIA termina umciclo de uma década nas vésperas de uma das festas maisemblemáticas da região: o S. João! João Santos recrutou a mulherhá cerca de cinco para o acompanhar na empresa. Ligada aosabrasivos, a empresa mudou-se para a Zona Industrial da Junqueira,em Vilar do Paraíso, porque as antigas instalações já não chegavam.A empresa, apesar das contrariedades que atravessa o país, temcrescido e, aparentemente, ainda vai a meio do grande percursoque se perspectiva.

Há um grande projecto na forja que ainda está meio escondido.Um segredo dos deuses… já que o segredo é a alma do negócio.João e Alexandrina orgulham-se deste 'filho', mas o que mais osdeixa satisfeitos é a relação que mantêm com o cliente, oprofissionalismo com que tratam todos os pedidos e a ambição quenão sendo desmedida permite-lhes abraçar novos desafios.

O verde é a cor predominante da ABRASIGAIA. Um verdeesperança. E um verde que começa a amadurecer a par da empresa.Dentro de poucos meses, quem sabe, a empresa não alargahorizontes… a Sul… no exterior. A vontade está lá… e mesmo asbarreiras que têm travado o crescimento começam agora a cair,lentamente, e abrindo todo um potencial que ainda está por explorar!

ABRASIGAIA prestes a alcançar novos horizontes

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notícias de gaia | 24.mar.11

Praceta 25 Abril, 109-1.º Dt.º4430-257 VILA NOVA GAIA - Portugal

Telef.: 22 379 90 64 | Fax: 22 379 52 33email: [email protected]

GRACIANO GILMediação Imobiliária, Lda.

Lic. 6318-AMI - Válida até 26/01/2011

especial pequenas e médias empresaspág. 17

Há quantos anos existe a mediadora imobiliáriaGraciano Gil?

A empresa como mediadora imobiliária começou emnome individual, no nome do meu pai, nos anos 70.Depois, a legislação obrigou-nos a constituir asociedade, creio que por volta do ano 2000. Agregado aonome há mais de 30 anos de mediação. A mediação,tanto para o pai como para mim, sempre foi umcomplemento da outra actividade. Temos uma posturano mercado um pouco diferente da maior parte doscolegas, porque dadas as relações que temos sempretrabalhamos um bocadinho ao contrário… isto é, é ocliente que nos procura para lhe apresentar o produto oupara lhe concretizar um negócio.

A diferença entre a Graciano Gil e congéneres é?A maioria das empresas o que faz? Faz o

levantamento do que há no mercado para vender e tentaarranjar comprador. Nós fazemos um pouco ao contrário.Somos mais procurados por um pretendente a comprador,seja empresa ou individual, que diz que quer determinadotipo de prédio nesta localização ou naquela. Nós então,dentro do que temos em carteira, vamos tentar encaixaro cliente da melhor forma possível.

Quais são as principais dificuldades do sector?Neste momento é a banca, o auxílio da banca à

aquisição e a carga fiscal que há sobre o imobiliário.Basicamente são estas duas linhas porque as pessoashoje têm de recorrer a financiamentos para suportar ascompras e quer sejam particulares, quer sejamempresas, têm a dificuldade da banca que hoje põemuitas reservas ao financiamento.

Isto implica uma redução brutal no seu serviço…Sim. É mesmo drástica. Para lhe dizer… continua-

se a trabalhar normalmente o mercado de arrendamento,mas o mercado da compra e venda está muito estagnado,principalmente este último ano, basicamente para anossa empresa, teve muito pouco movimento. Podemosdizer que fizemos 90% de arrendamento e 10% de

compras e vendas.

Ainda assim o mercado de arrendamento, na suaopinião, não deveria ser potenciado de outra formapelo Governo?

Eu penso que será a única forma de tentarmos levantaro sector da construção. Se houvesse diversascomponentes, quer fiscais quer de incentivos a quempretenda investir no imobiliária e mesmo a quem pretendearrendar, seria uma forma de se escoar o excesso deproduto que há neste momento no mercado. Basicamente,no nosso concelho e concelhos limítrofes sofrem domesmo mal. Havendo uma politica em que o Governopossa ajudar com uma redução de impostas, comalgumas isenções até de certos impostos e também naajuda aos jovens para além das linhas que já existemque me parecem muito ténues…

Fala exclusivamente do Porta 65?Sim. Basicamente é aquilo que temos. Acho que

poderíamos alargar esse âmbito e então aí dinamizar oarrendamento.

E potenciar também a compra posterior dahabitação…

Exactamente. Pode haver pessoas que tenhamcapitais que não estão a gerar grandes retornos, em queesses retornos poderiam ser potenciados peloarrendamento. Passaria o capital em depósito bancário,por exemplo, para o investimento em imobiliário. Orendimento seria mais favorável do que o rendimentoque têm na banca. Pelo menos estamos a falar de curtoprazo. Não estamos a falar de aplicações a oito anos,nem nada disso. Acho que aí o rendimento poderia sermuito valorizado.

Imagine que um dia chega ao governo e podeapresentar uma ou duas medidas que podempotenciar o seu mercado. Quais seriam?

Primeiro teríamos de baixar a taxa incidente sobre orendimento do imobiliário. Teríamos que dar certas

isenções de impostos na aquisição. Teríamos quemodificar toda a legislação que se prendesse comarrendamento habitacional e não habitacional. Haverceleridade na aplicação dessas medidas. Pelo menoscom estas duas grandes linhas - que seriam a partejurídica e a parte fiscal - que conseguiríamos dinamizara construção.

Como se entende que ninguém com poderescomo o do Governo, consiga perceber as reaisnecessidades do sector… destes e de todos osoutros…

Talvez a falta de conhecimento das pessoas queestão a legislar não começarem por baixo. Isto é, muitasvezes vão para os cargos sem terem grandeconhecimento do mercado. Ou como funciona o mercado.Se calhar baseados somente na legislação e em dadosque reconheceram não tenham a percepção de quemanda todos os dias no terreno. No dia a dia lidamos comestes problemas. A associação dos mediadores temsido parceira do Governo em muitas medidas e tem-seconseguido muitas medidas. De certo modo penso quetem havido bom senso por parte do Governo em escutara nossa associação. Portanto, aí temos de prestarhomenagem às pessoas que estão à frente da associaçãoe à frente da construção que tem aberto algumas portasque até aqui nos estavam vedadas e que têm ajudadoimenso os mediadores. Claro que a parte da mediaçãotem também que ter a parte da comercialização e aparte do investimento a funcionar para poder funcionar a100% e exercer a sua finalidade: ser o fiel da balançaentre quem vende e quem compra, quem vende e quemtoma de arrendamento. Nós temos de ser o fiel da balançae criar garantias quer para um lado quer para o outro.

Acredita nas melhorias do sector a curto prazo?Dada a situação económica não. Não será nestes

próximos anos que vejo que o sector da construção possater um arranque de grande nível, de grande impacto. Anão ser que venham as tais medidas de que se falava àpouco e que possam revolucionar toda esta situação.

Tradição mantém-se na Graciano GilChama-se Jorge Gil e agora é o

rosto de uma das mais emblemáticasempresas de Gaia. A tranquilidadeque se sente na empresa é o reflexodo líder. Para este gaiense o sectorda mediação imobiliária passa poruma fase dificil, nomeadamente noque diz respeiro à venda de casas.Motivos: “o auxílio da banca àaquisição e a carga fiscal que hásobre o imobiliário” . Ao contrário demuitos, Jorge Gil aponta soluçõespara minimizar a crise no sector.Soluções que passam por baixar ataxa incidente sobre o rendimento doimobiliário ou até dar certas isençõesde impostos na aquisição. Mas nãoestá muito optimista quanto àsmudanças no futuro próximo...

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IDOSOS, SUA SOLIDÃO EO "BLA… BLA… BLA...."

DO COSTUME…

Notícias de Gaia n.º 495 de 24 de Março de 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE GONDOMAR(NOTÁRIO - JOSÉ IDALÉCIO FERNANDES)

EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃOLic. José Idalécio Fernandes, notário do Cartório, CERTIFICA narrativamente,

para efeitos de publicação, que neste Cartório Notarial no dia nove de Março de 2011,a fls. 59 do livro de notas para escrituras diversas n° 53-A, foi lavrada uma escriturade Justificação Notarial, na qual foi justificante:

António Alves Cerqueira, (NIF 107.322.510 - BI n° 3741742, de 28/02/2008,Porto), e mulher, Margarida de Jesus Faria, (NIF 166.918.687 - BI n° 3329605, de 24/08/2000, Lisboa), casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais ele dafreguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, e ela da freguesia de Hortada Vilariça, concelho de Torre de Moncorvo, residentes na Rua da Portela, n° 298,São Pedro da Cova, Gondomar.

Mais certifico que, nessa escritura, foi declarado o seguinte:Que são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terreno

lavradio, sito no lugar da Igreja ou Marinha do Sul, limites do lugar do Vale, freguesiade Madalena, concelho de Vila Nova de Gaia, inscrito actualmente na matriz sob oartigo 1244 - rústico, tendo estado anteriormente inscrito na matriz sob parte doartigo 1420 - rústico, e está descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial deVila Nova de Gaia sob o número três mil duzentos e noventa e nove Madalena, como valor patrimonial e atribuído de •11,69.

Que o identificado prédio ficou a pertencer aos requerentes, por escritura decompra e venda outorgada em 27 de Agosto de 1987, iniciada a folhas 129, dorespectivo livro n° 47-F, do Cartório Notarial de Espinho, por compra que dele fizerama Augusto Teixeira Ferreira e mulher, Joaquina Maria da Silva, tendo estes por suavez, adquirido o mesmo prédio a José da Silva Tavares e mulher, Ermelinda RibeiroCidade Rodrigues, por escritura de compra e venda, outorgada em 18 de Novembrode 1982, iniciada a folhas 95 do respectivo livro n° 1419-C, do extinto 5° CartórioNotarial do Porto, tendo, por sua vez, estes últimos adquirido este prédio por compraverbal que dele fizeram, em data que não podem precisar do ano de mil novecentose setenta e nove, a Avelino da Silva Tavares e mulher, Eugenia de Jesus da Fonte,titulares inscritos, conforme inscrição da apresentação número um, de 15/10/1952,sem que no entanto tenham conseguido formalizar tal aquisição.

Que, desde aquela data do ano de mil novecentos e setenta, os referidos Joséda Silva Tavares e mulher, entraram na posse e fruição do referido prédio em nomepróprio, posse esta continuada depois pelos ditos Augusto Teixeira Ferreira e mulher,e depois pelos requerentes, António Alves Cerqueira e mulher, Margarida de JesusFaria, que estes agora, juntando a sua posse com a dos seus ante possuidores,detêm há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja.

Que não obstante a falta de título formal, quanto à transmissão do prédio dostitulares inscritos para os referidos José da Silva Tavares e mulher, tanto osrequerentes como todos os seus antecessores, têm exercido a posse sobre oreferido prédio, posse esta adquirida e mantida sem violência e sem oposição,ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e comaproveitamento de todas as suas utilidades, agindo sempre por forma correspondenteao exercício do direito de propriedade, quer usufruindo no seu todo o imóvel querpagando as respectivas contribuições e impostos.

Que, assim, esta posse sobre o referido prédio mantida pelos justificantes eseus antecessores de forma ininterrupta, de boa fé, com conhecimento de toda agente e sem oposição de quem quer que seja, por mais de vinte anos. conduziu à suaaquisição por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedadepara efeitos de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovadapor qualquer outro título formal extra-judicial.

ESTÁ CONFORME. Gondomar e referido Cartório, aos nove de Março de dois mile onze.

O Notárioa) Assinatura ilegível

O tema actual é o dos "idosos" na solidão, que aparecem sem vida nosseus "aposentos" e sem a retaguarda de familiares, de amigos ou deassistência por parte das entidades afectas aos órgãos do aparelho do Estadodemocrático e de direito… foi preciso surgir o caso da senhora que já seencontrava morta há, aproximadamente, 9 anos… uma autêntica vergonha!...Mas, caros companheiros: - afinal, nos debates e nas notícias da comunicaçãosocial sobre o tema, é só "bla…bla…bla…" - sabem porquê?... É muito fácil…por exemplo, na freguesia de Vila Nova de Gaia (Santa Marinha) foram, deimediato, espalhados editais a apelar aos "fregueses" para denunciaremcasos idênticos ao que aconteceu com a citada cidadã, para, assim, a Juntade Freguesia tentar solucionar os problemas… tudo bem…não sei qual foi oórgão daquela freguesia que tomou tal iniciativa… se a Assembleia ou se aJunta ou, ainda, se um membro eleito, individualmente… de qualquer formaé de louvar… é um início em pleno século XXI… mas, meus caros concidadãos,na circunstância à frente dos destinos do país ou das regiões… não… nãoestou a falar das famigeradas "regiões administrativas"… estas, pelos vistos,continuam a não interessar que sejam implementadas por causa dos "tachos"que os político-partidários pensam perder… não será o caso dos eleitos pelaminha freguesia da qual, por acaso, também fui candidato… mas, sei que,entretanto, acabaram com os subsídios que eram atribuídos pela mesmaFreguesia às instituições de solidariedade social, as quais abriam as suasportas, durante a tarde, para acolherem os "menos jovens" locais,abnegadamente… esta é que é verdade… por isso, a solução para o problemaque tanto está a assolar a chamada "terceira idade" passará pelas instituiçõesque, no fundo, substituem o Estado de direito e democrático… e, pergunta-se: - em relação aos jovens, existe a escolaridade obrigatória… porque não,também, a escolaridade obrigatória para os "seniores" através daquelasinstituições, devidamente equipadas e assistidas por jovens com formaçãonas áreas sociais e de animação, os quais, uma vez remunerados (poucoque fosse), seriam os responsáveis pelo acompanhamento dos utentes eestariam atentos à sua falta consecutiva nas instalações onde os mesmosdeveriam ser obrigados a comparecerem… como vêem, é muito simples…basta de "bla… bla… bla…" e mãos à obra… e, mais uma pergunta: - quantosempregos seriam conseguidos?... Políticos deste mundo cão… abram osolhos e deixem-se de "Palavras Vãs" - "Palavras e mais palavras; palavrasleva-as o vento; tantas palavras para quê; se é grande o sofrimento"…

José Duarte [email protected]

25º Aniversário daRádio Festival

A Rádio Festival comemora este ano 25 anos, data que como sempreserá assinalada com a grande festa da música portuguesa em que já setransformaram todos os aniversários da Festival.

A 3 de Abril de 2011 o Pavilhão Rosa Mota, no Porto, vai mais uma vezreceber os artistas portugueses que no último ano se evidenciaram no pan-orama musical nacional e também aqueles que estiveram connosco, lado alado, ao longo de todos estes anos.

O Cartaz está fechado e a cerca de um mês já foram vendidos mais de1000 bilhetes, antecipando casa cheia no Rosa Mota.

Este será um espectáculo que vai seguir a linha de anos anteriores, comuma grande variedade de estilos musicais onde o fado também estarápresente com as prestações de Mariza e Camané, entre outros.

Mais uma vez este espectáculo espelha a aposta da rádio Festival naproximidade com os seus ouvintes e na música nacional e de expressãoportuguesa, com dezenas de artistas que se juntam numa tarde dehomenagem à nossa língua e à rádio que ao longo de 25 anos os divulgajunto do auditório.

O espectáculo de aniversário da Rádio Festival começa às 15h00, comabertura das portas do pavilhão Rosa Mota prevista para as 14h00.

Os bilhetes custam •5 e estão à venda em Ticketline.pt, nas lojas Fnac,Worten, Media Market do Parque Nascente, El Corte Inglês, Agências Abreu enos estúdios da Rádio Festival. O elenco completo é o seguinte: Mariza,Camané, Luísa Rocha, André Sardet, Perfume, Zeca Sempre, Baile Popular,Marco Paulo, José Malhoa, Leandro, Augusto Canário e os Amigos, GracianoSaga, Bandalusa, Rui Bandeira, Santamaria, Diapasão, Adriana Lua, BelitoCampos, Manuel Morais e Lurdes de Sousa, David Navarro e Ciganos d'Ouro.

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Principia no Bairro da Cooperativa, na Quintada Bela Vista e não tem saída.

Alexandre Manuel Vahia de Castro O´Neillnasceu e faleceu em Lisboa (19/12/1924 - 22/08/1986. Era descendente de Irlandeses.

Foi um dos melhores poetas do século XX;além de poeta também realizou e expões obrasplásticas. Concluiu o curso liceal e teve frequênciada Escola Náutica.

Foi membro fundador, com Mário Cesariny,António Pedro E José Augusto França, do grupoSurrealista de Lisboa (1947,) de que veio depois ainflectir por coordenadas mais clássicas, nãoconseguiu Alexandre O´Neill abolir inteiramente dasua obra o rasto inicial daquele movimento. Sem

OS PATRONOS DAS RUASDE SANTA MARINHA

LUGAR DE COIMBRÕESRUA DE ALEXANDRE O´NEILL (POETA)

prejuízo de alguns prolongamentos da nossatradição literária, há, no entanto, muito deartesanato da palavra da desenvolta sarcástica erigorosa poesia do poeta, a escrita automática, ohumor, a "colagem," a pirueta verbal, o slogan, otrocadilho e até o calão do meio dum suburbanode Lisboa.

Do entusiasmo ao desengano, da ironia ao hu-mor, um percurso afectivo sublinha a poesia tantoaliciante como incomodativa, ou divertida eprovocadora.

Eis algumas das suas obras publicadas:Tempo de Fantasmas (1951;) No Reino da

Dinamarca (1958;) Abandono Vigiado (1950;)Poemas com endereço (1962;) Feira Cabisbaixa

(1965;) De Ombro na Ombreia (1969;) Entre aCortina e a Vidraça (1972;) A saca de Orelhas(1979;) As Horas já de Números Vestidos (1981;)Poesias Completas (1951-1981;) Tomai lá doO´Neill (antologia, 1986;) O Princípio da Utopia(1986.) Em prosa publicou: As Andorinhas não têmRestaurante (1970;) Uma coisa em forma deAssim (1980.) Gravou o disco: "Alexandre O´Neilldiz poemas da sua autoria." Em 1966 foi traduzidoe publicado na Itália pela Editora Einaudi, um vol-ume da sua poesia, Portogallo Mio Remorso.

Recebeu em 1982 o prémio da Associação deCríticos Literários.

Isabel Andrade Monteiro

O EFEITO DANOVELA

Divergem as opiniões: asseveram uns, que a TV, mormente as novelastransmitidas pelos canais de televisão, têm influência nefasta na sociedade;refutam, ao invés, outros, afirmando que séries e novelas, são simples einocentes reflexos ou espelho da sociedade.

Quem terá razão?Creio que são os primeiros, visto o público ser facilmente sugestionável,

e tende sempre a copiar, atitudes e comportamentos, que fazedores deopinião e novelistas, pretendem inculcar nas mentes.

Já no passado era assim.Romancistas e folhetinistas de gazeta exerciam forte influência no trem

de vida da população.D. Francisco Manuel de Melo - clássico da literatura portuguesa, -

demonstrou, de modo inequívoco, no seu livro de Guia, o que acabo deassegurar.

A interessante tese de doutoramento, que a Doutora Raquel Carriço,investigadora brasileira, apresentou na Universidade Nova de Lisboa, vemrevelar que muitos jovens observam cuidadosamente as novelas, mormenteas de produção nacional, no intuito de aprenderem como se devem vestir ecomportar-se em determinados meios.

Concluímos, então, que a TV, o cinema, e a imprensa influenciam apopulação, levando-a a tomar atitudes que antes reprovavam.

O que se disse não é novidade: a moda sempre foi ditada pela elite, quealtera o vestuário de harmonia com gostos e interesses.

Tive professor de Economia, que contou numa aula, que importanteindustrial têxtil, acordou com estilistas, a troco de certa quantia, que assaias descessem até aos joelhos, a fim de aumentar a produção de suasfábricas.

E afirmava: as saias, durante anos, subiam, consoante os acordos, eas mulheres seguiam religiosamente as tendências, para estarem na moda.

Isso confirma que nada é mais influenciável que a opinião pública, eque esta copia meneios e atitudes de figuras conhecidas, personagens defilmes e novelas televisivas.

Quem segue as" novelas ", além da história - em regra imoral, - observaatentamente o vestuário, linguagem, modo de comportamento, esensibilidade das personagens, e aplica, o que viu, na vida quotidiana.

Daqui se ajuíza a responsabilidade dos que têm a seu cargo escreverguiões, e os que a realizam.

A degradação moral e cívica da sociedade, deve-se, em parte, à novelatelevisiva.

Comportamentos de violência, desregramento sexual, perversões, nãoaparecem por acaso, são fruto de imoralidades e atitudes repugnantesque constantemente atingem as camadas jovens.

Não seria necessário Raquel Carriço ter-nos dito, na sua tese, o efeitoda novela, no comportamento da sociedade, porque é intuitivo: maus livros,filmes violentos, novelas promíscuas, só podem levar à destruição da família,e aos desvarios em que vive a sociedade.

Humberto Pinho da [email protected]

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jornal

Foram muitas as pessoas que não perderam a oportunidade detestemunhar a inauguração do Centro Cívico de Sandim. Um projectocaracterizado pela criação de uma estrutura verde, definição de espaços delazer qualificados, de ordenamento e arborização do parque deestacionamento. Este espaço, cujo investimento ultrapassou os 600 mil eu-ros, destina-se, ainda, a receber a Festa das Colectividades, que todos osanos atrai milhares de pessoas à freguesia.

"Valeu a pena esperar por esta obra, pois ela é realmente impensável, nãotem explicação. Mas eu ainda quero mais", registou o presidente da junta, MotaBaptista, para quem o arrelvamento do estádio, alguns alargamentos de ruas earranjos exteriores, bem como ampliação da cede da junta, são prioridades.

Baptizado com o nome comendador Augusto Ferreira Machado, pessoa quecedeu o terreno, o Centro Cívico devolve à freguesia uma nova identidade. Algoque agrada ao próprio. "Agora Sandim quase parece uma cidade, embora aindahaja muita coisa a fazer na freguesia", afirmou o comendador.

Aventura de 15 anos e para futuroEntre palavras de satisfação e mesmo de júbilo, a comunidade local ouviu

Centro Cívico de Sandiminaugurado

Ampliação da cede da junta, arrelvamento do estádio e alguns alargamentos de ruas e arranjos exteriores são agora as prioridades da freguesia

atentamente o que o poder autárquico tinha para dizer nesta hora tão importantepara todos. E foi precisamente o presidente da câmara a dar o mote paraaquilo que se queria perceber: como todo este projecto foi delineado.

"Começámos esta aventura, em conjunto com a junta de freguesia, aomesmo tempo que iniciámos a aventura de Gaia. Já lá vão quase 15 anos,numa altura em que a queda do cavaquismo deu lugar a um novo ciclo político,com vários partidos, marcado por conversa fiada. Durante estes anos, Portu-gal andou para trás, enquanto Gaia andou para a frente. O desenvolvimentode Gaia não é feito a duas velocidades. Este investimento feito de raiz vai criar, apartir de agora, novas oportunidades de negócio".

Perante isto, o vice-presidente da autarquia foi mais longe. Tambémpresente na efeméride, Marco António Costa respondeu às necessidadesavançadas pelo líder político local para Sandim. "Este sonho será possível deconcretizar, através da união de várias vontades e da construção de plataformasde entendimento. São pedidos responsáveis, tendo em conta os tempos decrise, e vamos conseguir concretizar em conjunto ".

* foto gentilmente cedida pelo jornal Audiência

* foto gentilmente cedida pelo jornal Audiência

Tarde de EmoçõesNo dia 27 de Fevereiro pelas 16h30 no Auditório Municipal de Gaia realizou-se o

concerto da Orquestra Juvenil de Gaia.O concerto dividiu-se em duas partes, onde na primeira parte actuou a Orquestra de

Câmara de Gaia, com jovens talentosos, a dominarem brilhantemente o seu conhecimento,epela primeira vez oficial a interpretação da Pequena Orquestra de Câmara que encantoue deliciou uma plateia repleta, com a oportunidade de escutar jovens músicos talentosos,orgulho dos seus professores.

A segunta parte deu a possibilidade de toda a Orquestra Juvenil de Gaia actuarjuntamente com o coro e o resultado final de flautas, violinos, violoncelos, clarinete, viola-d'arco, contrabaixo, cavaquinhos, vibrafone, marimba, percussão, acordeão, trompete,piano permitiram que cerca de noventa elementos em palco fossem espéctáculo eemocionassem o público consciente do talento e dedicação quer dos músicos, como oempenho e gosto e orgulho dos professores atentos e responsáveis pelo trabalhoapresentado.

O maestro Fernando Costa demonstrou orgulho e carinho por todos os Jovens e amensagem que deixou a cada pessoa presente que seria uma tarde de emoções foi semdúvida uma tarde positiva cheia de emoção talento e sobretudo de esperança, porqueestava presente no auditório o representante da Escola de Música Silva Monteiro eatravés da sua apreciação positiva recrutar músicos para formar a 1ª OrquestraMetropolitana de inclusão a primeira a nível do país.

As pedras foram lançadas o sonho pode ser realizado às vezes só è precisoacreditar e muitas das vezes a falta de apoios desmotiva aqueles jovens e professores,mas só precisam acreditar. "Deus dá a inteligência, talento, o Homem sonha e a obranasce".

Ana Santos