Conquista Dois prêmios naCionais

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www.jornaldacidade.net “SEM LIBERDADE DE CRITICAR, NÃO EXISTE ELOGIO SINCERO”. BEAUMARCHAIS FALE COM O JC: 3226.4800 REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826 COMERCIAL: 3226.4820 FAX: 3215.5009 [email protected] [email protected] J ORNAL DA C IDADE Aracaju-SE, 17 e 18 de março de 2015 - Ano XLIV - Nº 12.811 Sergipe R$ 2,00 - Outros Estados R$ 2,50 FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO 00h30 EDIÇÃO DE HOJE 44 PÁGINAS TERÇA-FEIRA Variação de Nebulosidade - Períodos curtos de sol inter- calados com períodos de nuvens. Probabilidade de chuva - 5 %. Umidade relativa 90 % - Mín. 24 º - Máx. 312º MUITO ALTO ÍNDICE UV 12 Fonte: INPE CLIMATEMPO 9 771981 897101 1 1 8 2 1 ISSN 1981-8971 PREVISÃO DO TEMPO 07h34: 0.4 20h02: 0.2 BAIXA: ALTA: 01h17: 2.1 13h39: 2.2 MARÉS Devido ao feriado desta terça-feira, o JC só voltará a circular na próxima quinta-feira, 19. FERIADO Aracaju foi a capital do Nordeste que mais cresceu sem desigualdade Aracaju foi a capital do Nordeste que mais cresceu na última década. Segundo o IBGE, a população estimada em 2014 é de 623.766 habitantes em 0,79% do território do Estado. Também é apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste brasileiro e como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do País, a exemplo do menor índice de fumantes, segundo o Ministério da Saúde. B19 Jorge Henrique Mais de mil pessoas, se- gundo a PM, participaram das manifestações, em Aracaju, contra a presidente Dilma Rousseff. A oposição em Ser- gipe enxergou nos protestos um alerta ao Governo Federal, mas descartou o encaminha- mento de um pedido de impe- achment. A3, A4, A10 e B14 Protesto contra presidente reúne 1,2 mil em SE ATOS A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) mani- festou a sua preocupação com o baixo número de obras concluídas na segun- da etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que agora atingiu também as obras de sanea- mento básico. A3 Maria lamenta baixo número de obras PAC 2 O Ministério Público Fe- deral denunciou 27 pesso- as por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, entre elas o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque. A5 MPF denuncia Vaccari e Duque por corrupção LAVA JATO O JORNAL DA CIDADE circula hoje com uma série de reportagens sobre Aracaju, a capital de Sergipe, que hoje completa 160 anos. Por conta do clima festivo, o JC não funcionará nesta terça-feira e deseja a todos os sergipanos, especialmente aos aracajuanos, um dia de muita alegria e paz. Parabéns, Aracaju! Desde 2014 até agora foram aprovados 55 em- preendimentos industriais no Estado, grande parte deles no interior de Sergipe. Segundo a Sedetec, cerca de 70% das 175 empresas atraídas desde 2007 para Sergipe se instalaram em municípios do interior. B18 Sergipe atrai novas indústrias para o interior ECONOMIA CACIQUE CHÁ REABRE HOJE RESTAURANTE-ESCOLA A reabertura está marcada para as 17 horas de hoje. No espaço funcionará também o Memorial Jenner Augusto. Na ocasião será lançado o livro Cacique Chá – Jenner Augusto – Marcos do Modernismo, organizado por Mário Britto. B1 DILMA ROUSSEFF SANCIONOU ONTEM O TEXTO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL APROVADO PAGINA A7

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“sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero”. beaumarchais

FALE COM O JC: 3226.4800 REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826 COMERCIAL: 3226.4820 FAX: [email protected]

[email protected]

JORNAL DA CIDADEAracaju-SE, 17 e 18 de março de 2015 - Ano XLIV - Nº 12.811 Sergipe R$ 2,00 - Outros Estados R$ 2,50

Fechamentodesta edição

00h30

Edição dE hojE 44 páginas

tERça-fEiRa

Variação de Nebulosidade - Períodos curtos de sol inter-calados com períodos de nuvens.Probabilidade de chuva - 5 %. Umidade relativa 90 % - Mín. 24 º - Máx. 312º

MUItO ALtOÍndicE UV 12 Fonte: INPE CLIMAtEMPO

9 771981 897101 11821

ISSN 1981-8971 PREVISÃO DO tEMPO07h34: 0.420h02: 0.2

baiXa:alta:01h17: 2.113h39: 2.2

MARÉS

devido ao feriado desta terça-feira, o Jc só voltará a circular na próxima quinta-feira, 19.

fERiado

aracaju foi a capital do nordeste que mais

cresceu sem desigualdade

Aracaju foi a capital do Nordeste que mais cresceu na última década. Segundo o IBGE, a população estimadaem 2014 é de 623.766 habitantes em 0,79% do território do Estado. Também é apontada como a capitalcom menor desigualdade do Nordeste brasileiro e como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis

do País, a exemplo do menor índice de fumantes, segundo o Ministério da Saúde. B19

Jorge henrique

Mais de mil pessoas, se-gundo a PM, participaram das manifestações, em Aracaju, contra a presidente Dilma Rousseff. A oposição em Ser-gipe enxergou nos protestos um alerta ao Governo Federal, mas descartou o encaminha-mento de um pedido de impe-achment. A3, A4, A10 e B14

Protesto contrapresidente reúne 1,2 mil em SE

AtOS

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) mani-festou a sua preocupação com o baixo número de obras concluídas na segun-da etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que agora atingiu também as obras de sanea-mento básico. A3

Maria lamenta baixo número de obras

PAC 2

O Ministério Público Fe-deral denunciou 27 pesso-as por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, entre elas o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque. A5

MPF denuncia Vaccari e Duquepor corrupção

LAVA JAtO

O JORNAL DA CIDADE circula hoje com uma série de reportagens sobre Aracaju, a capital de Sergipe, que hoje completa 160 anos. Por conta do clima festivo, o JC não funcionará nesta terça-feira e deseja a todos os sergipanos, especialmente aos aracajuanos, um dia de muita alegria e paz. Parabéns, Aracaju!

Desde 2014 até agora foram aprovados 55 em-preendimentos industriais no Estado, grande parte deles no interior de Sergipe. Segundo a Sedetec, cerca de 70% das 175 empresas atraídas desde 2007 para Sergipe se instalaram em municípios do interior. B18

Sergipe atrai novas indústriaspara o interior

ECONOMIA

CACIqUE Chá REABRE hOJErestaurante-escola

A reabertura está marcada para as 17 horas de hoje. No espaço funcionará também o Memorial Jenner Augusto. Na ocasião será lançado o livro Cacique Chá – Jenner Augusto – Marcos do Modernismo, organizado por Mário Britto. B1

dilma RoUssEff sancionoU ontEm o tEXto do noVo código dE pRocEsso ciVil

aprOvadO

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PeriscóPioDa eDitoria Política [email protected]

Jornal da Cidade

carlos chagas Editora rotEiro Ltda

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aoPINIÃoArAcAju terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Aracaju, 160

Lavanderia

Leonardo Góis

EmprEsa Gráfica Jornal da cidadE ltda

Av. Antônio Cabral, 1069 - B. Industrial - Aracaju-SE - CEP: 49.065.090

telefone: (79) 3226.4800 - fAx/red.: 3215.4687 - com.: 3215.5009

rEprEsEntantE nacionalPereira de Souza LTDASP-rj-df-mG-rS-Sc-Pr-Go-BA-Pe-ce-PA - telefone: (21) 2544.3070

..........................................................................................................

aracaju estácomemoranDo hoje 160 anos. É uma aDolescenteDe belo futuro

supErintEndEntE

evanDo ferreira

dirEtor comErcial

arnilDo ricarDo

dirEtor dE rEdação

eugênio nascimento

chEfE dE rEportaGEm

Dilson ramos

novas aGências 1

Bernard Madoff, de 76 anos, trabalha na lavanderia do pre-sídio. Em dois anos, foi conde-nado por enganar investidores americanos. Era consultor de investimento, corretor na bolsa e financista. Sua empresa foi a mais importante de Wall Street. Foi condenado por fraudes de 65 bilhões de dólares a 150 anos de prisão. Mas poderá sair da cadeia se conseguir chegar aos 106 anos de idade. Já está preso há sete anos e ninguém fala em semi-aberto ou prisão domiciliar. Os auxiliares dele também foram condenados. Isso é país sério, que não compactua com foras-da-lei.

Aqui, os principais do men-salão desfrutam da “prisão do-miciliar”. Ficou apenas o Mar-cos Valério, que foi um mero operador, executor de ordens. Se eu não puder sair de casa,

será o maior dos prêmios. Já não precisarei enfrentar as ruas perigosas do Brasil, o trânsito enervante e viverei para mim, minha famílias, livros e música. Será o paraíso na Terra. Pois os mensaleiros foram premiados com isso. Assim sendo, nada foi corrigido: saiu o mensalão, en-trou o petrolão. E fico a pensar se, de novo, acabarão todos na paz do lar, doce lar.

É bom que a gente não es-queça que corrupto também é assassino. O dinheiro que falta aos hospitais tem matado mui-ta gente. O dinheiro que não chega à Educação, para formar professores e reformar escolas, está matando o futuro do país. Mas também é causa de morte a nossa indiferença à corrupção, ao roubo, à mentira, à impunida-de. Nossa capacidade de reagir

parece limitada aos estádios de futebol. Nos entregamos, como cordeiros alienados, à sanha dos lobos espertalhões.

Agora temos um escândalo do tamanho da maior empresa bra-sileira. Empresa que foi privatiza-da por partidos políticos. Como partidos não podem ir para a ca-deia, pessoas é que devem ser pu-nidas exemplarmente, depois do devido processo judicial. Aqui no Brasil há a mania de não ser cla-ro na responsabilidade pessoal. Tanto que as manifestações que saem às ruas pedem para punir o crime e não os criminosos; punir a corrupção e não os corruptos. Gente que usou todas as formas para lavar dinheiro, no Brasil, na Suíça e no Caribe. Se nisso estão habituados, por que lavar a rou-pa suja em casa? Merecem sim, a lavanderia do presídio.

Um ser humano não consegue alcançar os 160 anos de vida. Pode ter a melhor saúde do mundo, mas o seu período de passagem pela Terra, como ser vivente, encerra-se bem antes disso. A Bíblia ates-

ta, porém, que alguns nomes passaram desse tempo de sobrevivência, mas o fato é que muito raramente voltou a se repetir.

As cidades, porém, conseguem chegar a um período mais extenso, despertando um interesse espetacular em todos os historiadores e geógrafos. É o caso de Aracaju, que está completando hoje uma data fechada bem significativa.

São 160 anos de vida, desde que o governador da Província, Inácio Joaquim Barbosa, pôs em prática o projeto de elevação do Povoado de Santo Antônio do Aracaju à categoria de cidade. Ele não viveu muito para ver a repercussão deste seu trabalho.

O povoado logo se desenvol-veu e virou a peça central para o desenvolvimento do Estado de Sergipe. A capital deixava de ser São Cristóvão por muitos anos. O povo sergipano tomou-se de pronto de admiração por Aracaju e a nova capital obteve o apoio geral.

Coube ao engenheiro Pirro, um carioca con-tratado pelo governo, fazer o traçado da cidade. Na primeira planta, a cidade tinha apenas oito quadras. O formato em jogo de xadrez conquistou o apoio dos cidadãos, notadamente depois que o formato começou a ser posto em prática.

Sergipe ganhava uma capital preparada para tal. A população era diminuta, mas mesmo assim

Aracaju parecia se agigantar diante dos problemas locais. Em pouco tempo, antes mesmo da chegada do Século XX, Aracaju já detinha o apoio de todos os sergipanos para a tarefa gigantesca que lhe cabia.

Ainda hoje é um enorme prazer flagrar a cidade do alto da Colina do Santo Antônio. Aracaju foi a segunda cidade planejada do País. O formato con-quistou logo de cara os corações dos sergipanos. A literatura da época já falava da beleza extraordiná-ria da cidade nestes primeiros momentos.

Logo nos primeiros momentos vários problemas tiveram que ser superados. O charco das ruas, por exemplo, foi um deles. O traçado do engenheiro

Pirro, porém, caiu no gosto po-pular. Em muitas outras cidades o xadrez de Aracaju foi imitado, mas em verdade nunca igualado.

Durante estes 160 anos de existência Aracaju foi atraindo um número muito grande de ad-miradores. Em 1955, por exem-plo, quando do seu primeiro cen-tenário, Aracaju era vista como a cidade do futuro. Este ainda está chegando mas já é momento de

comemorar as belas vitórias. Aracaju dispõe de uma zona de praia das mais

belas do Nordeste. Para se chegar a elas foi preciso a construção de pontes, obras de arte que resistem até hoje como verdadeiras obras de arte. O sergi-pano tem uma relação de amor e aconchego com a sua capital.

São 160 anos de uma vida extraordinaria-mente bem vivida. Salve, portanto, Aracaju. Que venham outros 160 anos. Os sergipanos saberão comemorar.

novas aGências 2Os representantes de Nossa Senhora do Socorro agradeceram o apoio do sena-dor Eduardo Amorim para buscar benefícios para o município. Agora, os par-lamentares socorrenses irão formalizar o pedido à Caixa Econômica. “Agrade-cemos o empenho do senador Eduardo Amorim para que duas novas agências sejam construídas em Socorro. Mostra a preocupação dele com nossa cidade”, afirmou a presidente da Câmara de Vereadores, Maria da Taiçoca.

Um anoHá exatamente um ano os meninos e meninas do Bairro Santos Dumont e de comunidades circunvizinhas na zona Norte de Aracaju têm uma opção para as tardes ociosas. Cerca de 400 crianças e adolescentes, com idades dos sete aos 15 anos, tiveram na Escola de Esportes José Gerivaldo Garcia, inaugurada pelo Governo do Estado, a oportunidade de se afastar dos riscos sociais e praticar uma modalidade esportiva, de segunda a sexta-feira, no contraturno escolar. A escola foi inaugurada em 17 de março, no ano passado.

orqUestraHoje, às 19 horas, em homenagem aos 160 anos de Aracaju, acontece a primeira apresentação do ano da Orquestra Sinfônica de Sergipe. O show será realizado no Parque dos Cajueiros, uma das belas áreas de lazer da cidade, e deverá atrair o público para apreciar a beleza da música clássica. No repertório, uma homenagem especial à cidade.

dUtra 1O ex-deputado federal Márcio Macêdo (PT) visitou, no fim de semana, o ex-senador José Eduardo Dutra, que se encontra em São Paulo, em tratamento contra um câncer. Márcio, que é amigo e compadre de Dutra, relatou o encontro: “Encontrei um homem determinado a vencer essa nova batalha em sua vida, como forte e bom guerreiro que é. Zé Eduardo é um homem culto, inteligente, compromissado com os princípios democráticos, com a justiça social e a luta dos trabalhadores, e possui valores morais de ética e honestidade muitos sólidos. Zé é um grande brasileiro, apaixonado por Sergipe e o seu povo. Estamos juntos nessa luta”.

dUtra 2O governador Jackson Barreto (PMDB) também visitou Dutra no fim de semana. “Neste fim de semana estive em São Paulo visitando o companheiro José Eduardo Dutra, que vem enfrentando uma batalha para superar um problema de saúde. Encontrei Zé com muita coragem e ponho fé que ele poderá vencer mais um desafio que se impõe. Zé é um homem de batalhas. Que Deus abençoe sua luta!”, publicou JB.

viaGem a são PaULoO secretário Francisco Dantas, do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), viaja a São Paulo nesta segunda, onde fará contatos de negócios para Sergipe. Acompanhado do superintendente executivo da Sedetec, Carlos Augusto Franco, vai cumprir uma vasta agenda que se estenderá até a próxima quinta, com visitas programadas à Hamburg Sud e à VLI, a fim de tratar sobre o Porto de Sergipe, além da empresa de Call Center Atento e de reuniões confirmadas com sindicatos patronais nas áreas de calçados, móveis e confecções.

Ninguém deve estranhar se o ex-superintendente do Incra

em Sergipe, Leonardo Góis, for o escolhido pela presidente Dilma para comandar o órgão na esfera nacional. O seu nome tem sido muito citado nos últi-mos dias e conta com o apoio de muitos deputados federais de vários Estados.

investimentos 1O Banco do Nordeste investiu em 2014 mais de R$ 336 milhões no Município de Ara-caju, em 22 mil operações, com destaque para os pequenos e mini empreendedores e para o setor de comércio. Deste total, cerca de 70% corresponde a contratações reali-zadas através do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), a prin-cipal fonte de recursos do banco para aplicação em financiamentos de longo prazo.

investimentos 2As perspectivas para 2015, segundo o superintendente estadual do BNB em Sergipe, Saumíneo Nascimento, são de mais crescimento e investimentos em setores estratégicos da economia aracajuana. “Neste momento em que Aracaju comemora 160 anos de sua emancipação política, o Banco do Nordeste reforça o seu interesse em apoiar, com sua ação creditícia, os diversos setores que compõem a economia da capital. Em Aracaju, o banco conta com três agências (Centro, Siqueira Campos e Jardins) e a sede da superintendên-cia estadual, além de centrais de apoio aos serviços das agências”, informa ele.

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caciqUe chá 1No dia em que Aracaju comemora 160 anos, um dos símbolos da capital volta a funcionar: o Cacique Chá reabrirá como restaurante-escola. O governador Jackson Barreto convida a sociedade e imprensa para acompanhar a solenidade, marcada para as 17 horas de hoje, na Praça Olímpio Campos.

caciqUe chá 2Desenvolvido em parceria com o sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, o Cacique Chá funcionará como uma unidade da escola de gastronomia do Senac, no qual os alunos dos cursos de formação de culinaristas, garçonaria e curso de turismo trabalharão em um espaço que aliará o prazer do encontro com o enriquecimento cultural. No local funcionará também o Memorial Jenner Augusto, em homenagem ao artista de maior expressão da história contemporânea de Sergipe.

160 anosO deputado federal Valadares Filho

(PSB) lançou um vídeo ontem em home-nagem aos 160 anos de Aracaju. “Como deputado federal, eu tenho trabalhado para trazer muitos recursos para nossa cidade, a exemplo da drenagem da Zona de Expansão, da pavimentação do Barroso, no Augusto Franco, e da nova Arena Batistão”, destacou. E não deixou de manifestar insatisfação com a atual administração municipal. “Aracaju vem sofrendo graves problemas. A nossa cidade quer mais respeito, mais saúde e mais mobilidade. 160 anos de Aracaju, a nossa cidade merece bem mais”, disse.

Na manhã de ontem, o senador Eduardo Amorim (PSC) e

os vereadores de Nossa Senhora do Socorro Maria da Taiçoca e Aldon Oliveira, além do secretário muni-cipal Raul Lima, participaram de uma reunião na Superintendência da Caixa Econômica Federal em Sergipe. O objetivo do encontro foi solicitar ao superintendente, Anacleto Grosbelli, a construção de duas novas agências da Caixa, uma no Parque dos Faróis e outra no Conjunto Jardim.

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Jornal da Cidade

Editoria dE políticaArAcAju tercA 17 e quArtA-feirA 18.3.2015

Política

Valter LimaDa equipe JC

lojistasA FCDL/Sergipe, a CDL/Aracaju e o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas)enalteceram o gesto do prefeito de Aracaju, João Alves Filho, e do governador do Estado, Jackson Barreto, de não decretarem ponto facultativo ontem, 16 de março, dia anterior ao feriado de aniversário da capital sergipana. Para Edivaldo Cunha, Brenno Barreto e Gilson Figueiredo, respectivamente presidentes da FCDL, CDL e Sindilojas, a atitude dos governantes corrobora com a intensa campanha que os lojistas e suas entidades fazem contra a não decretação de pontos facultativos, especialmente em feriados considerados “imprensados”.

PAC 2

Senadora preocupadacom lentidão de obras

PARADA CARDÍACA

Morreu o prefeito deSanta luzia do itanhy

Pt considera manifestações do último domingo legítimasSergipanos rechaçam pedidos de “impeachment”, que classificam como “golpe”

As manifestações que ocorreram no último domingo, contrárias ao

governo da presidente Dilma Rousseff (PT), foram vistas pe-los principais petistas sergipa-nos como “legítimas”, embora eles encarem como “golpismo” os pedidos de impeachment da mandatária do país e os ape-los pelo retorno da ditadura militar. Eles concordaram, no entanto, que o governo precisa dar respostas às vozes das ruas e acertar o passo na condução da economia.

Ao JORNAL DA CIDADE, os ex-deputados federais Rogério Carvalho e Márcio Macêdo expuseram suas avaliações sobre os contrários ao governo petista. Presidente estadual do PT, Rogério afirmou que “houve um apelo significativo da grande mídia em prol dos protestos”, mas que, na opinião dele, só alcançou mais êxito em São Paulo. “Houve uma grande concentração em São Paulo e movimentos menores, dentro da normalidade em outros lu-gares do País”, frisou.

Para Márcio Macêdo, mani-festações são “legítimas no Es-tado democrático”. “Temos que conviver com as divergências. O ato de manifestar-se contra ou favorável a um governo é pressuposto da democracia”, afirmou. Mas fez uma ponde-

sua forma de se relacionar com a sociedade. Deve intensificar o contato com a população e dar mais transparência aos atos do governo”, sugeriu. Para Márcio, a presidente deve ouvir as críti-cas das ruas e dar respostas em medidas concretas na gestão.

eConomiaQuanto aos rumos da eco-

nomia, tema que se fez presen-te nas reivindicações dos que protestaram tanto no domingo, quanto nas marchas de apoio ao governo, que ocorreram na semana passada, Rogério e Márcio cobraram mais sensibi-lidade do governo na condução da economia.

Para o presidente do PT, Dilma deve se ater aos compro-missos eleitorais e fazer o “de-ver de casa” na reorganização da economia e no combate ao prolongamento da crise. “Essa crise é conhecida. Ela é cíclica. Houve alguns exageros nas desonerações, que gerou uma crise fiscal no próprio governo. Então, o governo tem o desafio agora de construir uma equa-ção que resolva o problema e não retroceda em suas ações”, defendeu.

Márcio Macêdo defende que os ajustes na economia “mantenham o desenvolvimen-to, segurem o emprego, gerem renda e combatam a carestia”. “É isso o que a população espe-ra do governo”, disse.

ração: “Agora, fazer apologia à ditadura deve ser tratado como crime de estado e contra a pes-soa humana. Não dá para acei-tar, pois é apologia à tortura, à corrupção, que são encobertos nos regimes de exceção”.

impeaChmentSobre a possibilidade de

impeachment, que foi pedido na maioria dos protestos, in-clusive com adesão de políticos da oposição, Márcio Macêdo disse que “não é legítimo fazer esse tipo de pedido contra uma presidente eleita democratica-mente e contra quem não há qualquer acusação”.

Rogério Carvalho fez coro: “Não há motivo para um pe-

dido de impeachment. Insa-tisfação com um governo não derruba presidente. As pessoas que estão pedindo isso nem sabem como funciona esse processo. Seria uma ruptura institucional. Não pode ocorrer isso numa democracia. Seria golpismo. Não há elementos de nenhum tipo contra a pre-sidente. Insatisfação existe em qualquer governo. Ocorreu com FHC, Sarney, Itamar e até com Lula”.

Ele também diz que o gover-no já deveria estar mais atento aos protestos desde os atos que ocorreram em junho de 2013 e na forma como se deu o pleito eleitoral do ano passado. “O governo já deveria ter revisto

RogéRio AVALiou que houve apelo da mídia em prol do protesto; Márcio diz que conviver com divergências é democrático

Oposição também descartou “impeachment”A oposição em Sergipe en-

xergou nos protestos do último domingo um alerta ao Governo Federal, mas descartou o en-caminhamento de um pedido de impeachment contra a pre-sidente Dilma Rousseff. Os de-putados federais André Moura (PSC) e Laércio Oliveira (SDD) entenderam as manifestações como avanços da democracia.

“O brasileiro tem sabido reivindicar, protestar e mani-festar publicamente opiniões de forma pacífica, o que de-mostra nosso avanço civiliza-cional. O recado foi dado ao governo: existe insatisfação, não ódio ou rancor. O povo quer mudança, para melhor”, pontuou André Moura.

Já Laércio destacou que “o povo pede mudanças que são

Valter LimaDa equipe JC

ou sua indignação”, disse.Ambos discordam de uma

deposição da presidente Dilma. “Não creio em impeachment da presidente, mas o país pre-cisa avançar. O combate à corrupção, o ajuste fiscal e econômico, as reformas políti-ca e tributária, um novo pacto federativo, a aprovação da redução da maioridade penal são questões ansiadas e terão grande reflexo na política e na sociedade”, ressaltou André.

“Sou contra o impeach-ment, pois o Brasil não merece um processo tão desgastante nesse momento. Não há am-biente para que isso possa acontecer”, afirmou Laércio, contestando, assim, ação for-mulada pelo partido dele, o So-lidariedade, que tem buscado assinaturas para entrar com o pedido contra a presidente.

importantes para solucionar os problemas que afligem a na-ção”. “A manifestação popular

é legítima e assim é que se faz democracia, pois o povo ex-pressa sua vontade, seu apoio

AnDRé MouRA e Laércio Oliveira acham que protestos servem de alerta

PSTU não protestou dia 13 nem dia 15

VeRA LúCiA: “PT, PSDB, DEM e PMDB não nos representam”

No último fim de semana ocorreram duas manifestações em Aracaju. Uma na sexta-feira, dia 13, organizada por setores dos movimentos sociais que apoiam o governo Dilma Rous-seff (PT), como a CUT, CTB, MST e Consulta Popular. A outra foi no domingo, dia 15, e foi organizada pelos setores de oposição de direita que pedem o “impeachment” da presidente Dilma. “As duas manifestações faziam parte de um calendário nacional de protestos. O PSTU não participou de nenhuma das manifestações, pois não concor-damos com o caráter dos dois protestos”, disse a presidente do partido em Sergipe, Vera Lúcia.

Segundo nota pública emi-tida pelo PSTU, oPaís vive uma escalada na crise econômica que o governo, os bancos e o grande empresariado tratam de descarre-gar nas costas dos trabalhadores.

“Vive também uma grave crise política, envolvendo o

ção brasileira, com o impeachment do presidente quem assume é o vice, Michel Temer.Naimpossibilidade deste, o presidente da Câmara dos Deputados (ambos do PMDB). Ou seja, não muda nada.

“Por tudo isso o PSTU chama à construção de uma alternativa que atenda às necessidades e aos interesses da classe trabalhadora, produtora de toda a riqueza, con-tra o governo que ataca os direitos dos trabalhadores; contra os seus aliados que fazem farra com o dinheiro roubado da Petrobras; e contra a direita que sempre fez a mesma coisa que faz o governo Dilma/PT, neste momento, para atender aos interesses dos empre-sários, do agronegócio e dos ban-queiros”, insiste a sigla socialista.

Afirmando que oBrasil é um país rico, onde é possível resolver todos os problemas dos trabalha-dores, a direção do PSTU diz que-chega de mandar dinheiro para banqueiro. Para eles, o governo precisa pagar a dívida que tem

governo e sua base de sustentação no Congresso Nacional, com o escândalo de corrupção na Petro-bras. Diferente do que prometeu na campanha eleitoral, o Governo Federal está atacando os direi-tos trabalhistas, como o seguro--desemprego, o abono do PIS e a pensão por morte. Disse que a educação seria prioridade e que o Brasil seria uma pátria educadora, contudocortou 30% das verbas da educação pública. A inflação cresce todos os dias, os preços dos alimentos sobem. Subiu o preço da energia. O desemprego aumenta”, diz o texto..

As lideranças do partido ava-liam que há um descontentamen-to, uma revolta da população com a presidente Dilma. Segundo elas, o ajuste fiscal imposto joga todo o sacrifício da crise nas costas dos trabalhadores e da população mais pobre. O PSTU defende a unidade dos trabalhadores em uma só luta de norte a sul do País, para derrotar as políticas econô-

bustíveis. Prisão dos corruptos e corruptorese confisco de todo o dinheiro roubado da Petrobras. A defesa da Petrobras 100% estatal e sob o controle dos trabalha-dores e incorporação de todos os terceirizados ao quadro de efetivos, com uma diretoria eleita diretamente pelos trabalhadores. Reforma agrária que garanta terra e produção barata de alimentos. Contra as medidas provisórias 663 e 665”, diz Vera Lúcia.

Chamamos a CUT, CTB, UNE, MST e Consulta Popular para defender os trabalhadores dos ataques do governo e contra as investidas oportunistas da direita e ultra direita. Mas nessa luta não é possível defender o governo.

Por outro lado, o partido diz que não tem nenhum acordo com a polí-tica do impeachment. O sentimento de indignação dos trabalhadores com o governo do PT é mais do que justo. Indignados, muitos querem o “Fora Dilma” e acabam caindo numa armadilha da direita. Pela Constitui-

com a classe trabalhadora e pobre do Brasil.

“Chega de inflação que só serve para encher os cofres dos banqueiros. Basta de privatiza-ção das empresas construídas com o dinheiro do povo. Che-ga de desemprego. Só assim podemos derrotar, ao mesmo tempo, o governo do PT, a direita (PSDB, DEM, PMDB e companhia) e também os banqueiros, multinacionais e grandes empresários, pois é para eles que tanto o PT como o PSDB governam quando estão no poder”, acusou o texto do partido, que conclui dizendo que “só assim será possível avançar para a construção de um Brasil socialista, soberano, livre de toda forma de explo-ração e opressão, onde todos e todas possam viver de forma plena, como seres humanos, e não como escravos de banquei-ros e multinacionais, em que o capitalismo nos transformou”.

micas que vêm sendo aplicadas pelo governo, e em defesa de um plano econômico que resolva os problemas enfrentados pelos tra-balhadores.

“Defendemos a redução e congelamento dos preços dos alimentos, redução das tarifas de energia, da água e dos com-

O prefeito de Santa Luzia do Itanhy, Paulo César Ribeiro Soutelo (PSDB), de 62 anos, faleceu na manhã de ontem,

no Hospital de Estância. Ele chegou à unidade de saúde por volta das 6horas, queixando-se de dores abdominais, segundo nota da Fundação Hospitalar de Saúde. O quadro se agravou e ele teve uma parada cardiorrespiratória. O prefeito deixa dois filhos. Em seu lugar assume o vice, Edson Santos Cruz, também do PSDB. Soutelo era natural de Santa Luzia do Itanhy, onde ocorrerá o sepultamento hoje, às 17h. A prefeita de Santana do São Francisco, Maria das Graças Monteiro Feitosa (PSC), conhecida como “Preta”, sofreu um acidente automobilístico na última sexta-feira e está internada.

Familiares do prefeito negam que ele estivesse com algum problema de saúde. Seu irmão, o chefe de cerimonial da Pre-feitura de Aracaju, Luiz Fernando Soutelo, disse que o prefeito estava bem. A Fundação de Saúde informa que Paulo César, ao chegar ao hospital, foi submetido a um eletrocardiograma e exames de sangue, que apresentaram normalidade.

“O paciente continuou em observação. No entanto, come-çou a perder a consciência e foi encaminhado para a ala ver-melha do hospital. Às 7h57 o quadro evoluiu para uma parada cardiorrespiratória. A equipe tentou reanimá-lo, sem sucesso. O óbito foi confirmado às 8h59. Paulo César era diabético, hi-pertenso e obeso”, diz a nota.

A Associação dos Municípios da Região Centro-Sul de Sergi-pe emitiu mensagem de pesar. “Neste momento de dor incon-solável, nós os que fazemos a Amurces vimos nos solidarizar com a família e amigos de Paulo César Ribeiro Soutelo, prefeito do Município de Santa Luzia do Itanhy. Fica a admiração pelo homem público de valor, grande exemplo e uma perda imen-surável”, diz a nota assinada pelo presidente da entidade, José Antônio, o “Zé de Bá”.

acidente

Já a prefeita de Santana do São Francisco, Maria das Graças Monteiro Feitosa (PSC), conhecida como “Preta”, sofreu um

acidente automobilístico na última sexta-feira e está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Prima-vera, em estado grave. O acidente foi registrado na BR-101, no Município de Muribeca, por volta das 19h30. Familiares da pre-feita ainda não autorizaram a publicação de boletins médicos.

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) manifestou a

sua preocupação com o baixo número de obras concluídas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que, agora, atingiu também as obras de saneamento básico. “É lamentável porque quem sofre com isso é quem está na ponta; são os gestores, o povo de modo particular”, disse Maria.

Ela citou levantamento feito pelo site Contas Aber-tas, segundo o qual apenas 26% das iniciativas do se-tor foram finalizadas. De acordo com a reportagem, das 6.149 obras previstas, 1.600 foram efetivamente entregues. “Essa demora prejudica, sobretudo, o cida-dão, que fica na expectativa das ações do poder público”, afirmou a parlamentar.

A senadora democrata afirmou ainda que das 5.772 creches e pré-escolas previs-tas pelo Governo Federal para serem entregues até o fim do ano passado, apenas 786 fo-

ram concluídas, o equivalente a menos de 14%. Os dados foram levantados pelo Contas Abertas no último Balanço do PAC 2 e englobam o que foi realizado entre janeiro de 2011 e outubro de 2014.

Do mesmo modo, regis-trou-se atraso ou suspensão de obras das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de Pronto Atendimento (UPA), apontadas como as principais iniciativas do PAC 2 para a área da saúde. A previsão era de que 14.908 unidades fossem construídas na segunda etapa do progra-ma. Porém, apenas 22,6% dos empreendimentos ficaram prontos. Ou seja, praticamente um quinto das obras foi efetiva-mente concluído.

“Quase diariamente re-cebemos prefeitos de toda a parte do país reclamando das medidas do governo federal que, sem qualquer aviso pré-vio, demandam prejuízo de todas as ordens para os mu-nicípios e para a população”, afirmou Maria.

Fotos arquivo JC

Fotos arquivo JC

Fotos arquivo JC

Page 4: Conquista Dois prêmios naCionais

Política/NacioNal Jornal da CidadeA-4 ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Protestos: ‘valeu a pena’ lutarpor democracia, afirma dilmaPresidente diz que corrupção é uma senhora bastante idosa neste país

A lição das manifestações

Contra a maré

“não se trata de sangrar. a degradação polítiCa e eConômiCa pode levar ao impeaChment. é faCtível e não se deve ter reCeio” – Carlos sampaio - líder do psdB na Câmara, soBre a divisão da oposição soBre a defesa do impeaChment

A Operação Lava-Jato e a crise econômica não bastam como dificuldades para o governo Dilma. Os

ministros, no Planalto e na Esplanada, estão travando uma guerra de trincheiras. Há uma campanha contra o ministro Pepe Vargas. Hoje, no Jaburu, o vice Michel Temer patrocina café de Pepe com líderes aliados, enquanto isso ministros petistas o detonam.

ilimar francopanorama polítiCo (com cristiane Jungblut) - agência o globo

andre coelho/08-01-2015

O governo e a oposição ouviram as ruas? No Planalto, prevalece a visão, expressa pelo ministro Miguel

Rossetto, no domingo, de que o protesto foi do eleitor que não tinha votado na presidente. No PSDB, muitas vozes repetem que a defesa da reforma política e do combate à corrupção não atende a ira social. Na Fiesp, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, resumiu: “Não ouvi nenhum apelo pela reforma política nos protestos”.

imagem e semelhançaEstá crescendo no PT os que defendem que o tesoureiro João Vaccari peça licença da direção partidária. Não se trata de julgar procedente ou não a denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná. Mas de salvaguardar, tanto quanto possível, a imagem do partido e da campanha pela reeleição da presidente Dilma. Aliados do governo lembram que o distanciamento foi a atitude adotada por Delúbio Soares, tesoureiro petista quando explodiu o mensalão. O assunto divide opiniões na legenda. Há aqueles que consideram o seu afastamento uma admissão de culpa, dele e da sigla. Os parlamentares do partido estão começando a ficar irrequietos.

reanimar a economiaEmpresários da construção civil, dirigentes da CEF e o ministro Gilberto Kassab (Cidades) se reuniram ontem. Está para ser anunciado o Minha Casa Minha Vida 3. Serão contratadas 3 milhões de novas unidades residenciais.

novos temposNo ato de assinatura do novo Código de Processo Civil, os relatores do projeto na Câmara, Paulo Teixeira (PT-SP), e no Senado, o ministro Vital do Rego (TCU), foram convidados a discursar. Não é costume do Planalto paparicar o Congresso.

descontraçãoA despeito do protesto de domingo, a presidente Dilma não perdeu o bom humor. Os ministros chegavam para a reunião ontem, quando ela disse: “Aldo (Rebelo), você está muito queimado de sol”. Os demais ministros riram por ela ter sugerido que ele tinha ido às ruas no domingo. O ministro emendou: “É muita obra que estou inaugurando”.

na fila de esperaAs especulações correm, mas o ex-presidente da Câmara Henrique Alves está cotado mesmo para assumir o Ministério do Turismo. Só o presidente do Senado, Renan Calheiros, pode impedir.

a rua quer respostasNa reunião de líderes da Câmara, Chico Alencar (PSOL-RJ) vai apresentar hoje um pacote de projetos de lei contra a corrupção. São mais de cem e eles foram catalogados pela Frente Parlamentar de Combate à Corrupção.

O ministrO PePe VArgAs entrega hoje, para a bancada da bola, a lista de contrapartidas que os clubes terão de assumir na renegociação de suas dívidas.

BRASÍLIA, (AG/G1) - Um dia após os protestos con-tra o governo em várias

cidades do país, a presidente Dilma Rousseff se emocionou ao falar do assunto durante cerimônia de sanção do novo texto do Código de Processo Civil, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Com a voz embargada, a presidente, ex-presa política durante a ditadura militar, disse que “valeu a pena” lutar por liberdade e democracia.

“Ontem (anteontem), quan-do eu vi centenas e milhares de cidadãos se manifestando, não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade, va-leu a pena lutar pela democra-cia. Este país está mais forte que nunca”, declarou.

Segundo a presidente, o for-talecimento das instituições de-mocráticas no Brasil torna o país “cada vez mais impermeável ao golpismo e ao retrocesso”.

A corrupção não nasceu hoje. Ela é uma senhora bas-tante idosa neste país e não poupa ninguém. Ela pode estar em qualquer área, inclusive no setor privado.”

“Um país amparado na separação, independência e harmonia dos poderes, na democracia representativa, na livre manifestação popular nas ruas e nas urnas se torna cada vez mais impermeável ao preconceito, à intolerância, à violência, ao golpismo e ao retrocesso”, afirmou.

respeito às urnAsSegundo a presidente, “nas

democracias, nós respeitamos as urnas, respeitamos as ruas”, afirmou . Ela reiterou que governo sempre irá “dialogar” com as manifestações das ruas e, como dois ministros haviam antecipado no domingo, anun-ciou que pretende enviar ao Congresso medidas de comba-te à corrupção.

“É assim a nação que todos nós queremos fortalecer. (...) Eu tenho certeza de que o que nós queremos é um lugar em que todos possam exercer os seus di-reitos pacificamente sem amea-ça às liberdades civis e políticas”, acrescentou.

A cerimônia contou com as presenças do ministro do Supre-mo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux e do ex-presidente da Re-pública José Sarney. Mais cedo, a presidente já havia se reunido com o seu conselho político, formado pelo vice-presidente da República Michel Temer e nove ministros, para avaliar o impacto das manifestações.

corrupção Em entrevista após o evento,

Dilma foi indagada sobre decla-ração do presidente

da Câmara, deputado Edu-ardo Cunha (PMDB-RJ) de que a corrupção está no Executivo, não no Legislativo.

Segundo Dilma, a corrupção “é uma senhora idosa no Brasil” e não há segmento “acima de qualquer suspeita”.

“Acho que essa discussão não leva a nada. A corrupção não nasceu hoje. Ela é uma senhora bastante idosa neste país e não poupa ninguém. Ela pode estar em qualquer área, inclusive no setor privado”, disse a presidente.

É possível que a gente possa ter cometido algum erro de dosagem. Agora, nós queríamos uma melhoria de emprego e renda. Tem gente que acha que a gente devia ter deixado algumas empresas quebrarem

e alguns trabalhadores desem-pregados. Eu tendo a achar que isso era um custo muito grande para o país.”

tesoureiro do ptDilma negou que a denúncia

do Ministério Público Federal contra o tesoureiro do PT João Vaccari Neto e contra o ex--diretor Renato Duque possa provocar impacto na imagem do governo.

“Se vocês estão perguntando se o governo sou eu, eu asseguro que não. Se vocês estão se refe-rindo ao governo como sendo eu, jamais em tempo algum”, declarou.

Segundo ela, a denúncia contra Vaccari só mostra que não houve interferência do governo nas investigações das irregulari-dades na Petrobras.

“Eu não acredito que haverá impacto porque eu acho que esses acontecimentos mostram que todas as teorias de como é que o governo interferiu sobre o Ministério Público Federal, sobre quem quer que seja, para investigar, são absolutamente in-fundadas. Tanto é assim que isso acontece”, disse. E continuou: “Se querem investigar, vamos investigar. Quem for responsável pagará pelo que fez”.

errosA presidente foi indagada so-

bre se admitia ter cometido erro de dosagem na condução da economia, ao fazer desoneração tributária de empresas de alguns setores da economia.

“É possível que a gente pos-sa ter cometido algum erro de dosagem. Nós gostaríamos muito que houvesse uma me-lhoria econômica de emprego e de renda. Tem gente que acha que a gente devia ter deixado algumas empresas quebrarem e muitos trabalhadores se de-sempregarem. Eu tendo a achar que isso era um custo muito grande para o país. Agora, que é possível discutir se podia ser um pouco mais ou um pouco me-nos, é possível discutir. Agora, isto não explica porque estamos nessa situação. O que explica o porquê é um fato constatado: a economia não reagiu. Ninguém pode negar que nós fizemos de tudo para a economia reagir. Podem falar o seguinte: ‘então era melhor deixar quebrar’. Eu não acredito nisso”, respondeu.

Para Dilma, “em qualquer atividade humana, se comete erros”. “O que não posso con-cordar é ser responsabilizada por algo que seria pior se tivés-semos deixado. Nós seguramos os 20 milhões e pouco de em-pregos”, declarou.

Durante a entrevista, a presi-dente admitiu erro ao responder sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ela, o governo “errou” ao permitir que o Fies deixasse todo o serviço de matrículas a cargo das ins-tituições particulares de ensino superior. “Cometemos um erro no Fies ao deixar as matrículas a cargo das instituições particu-lares. Voltamos atrás e estamos corrigindo o problema. Agora, o governo vai disponibilizar as matrículas”, declarou.

diálogoA presidente reiterou que o

governo tem de ser “humilde” e tem obrigação de abrir o diálogo com todos os setores, mas manter, ao mesmo tempo, uma postura firme. Para a pre-sidente, unanimidade só existe em um regime. “E vocês sabem qual é”, disse.

Eu procurarei diálogo com seja quem for. [...] Abertura para o diálogo é o seguinte: nós estamos dispostos a dialogar com quem quer que seja. Eu vou escutar com humildade.”

“Eu procurarei diálogo com seja quem for. [...] Abertura para o diálogo é o seguinte: nós estamos dispostos a dialogar com quem quer que seja. Eu vou escutar com humildade”, disse. “Agora, vamos ser firmes. Não vou deixar de dizer pra todo mundo o que queremos fazer. Você dialoga, mas você não abre mão daquilo que acre-dita”, declarou.

Ela também cobrou “respon-sabilidade” em relação às insti-tuições. “Não quero consenso. Eu acho que você tem de aceitar que as vozes são diferentes, em um país complexo como esse, mas tem de haver responsabili-dade quando se trata de institui-ção. Isso vale para todas as ins-tituições. Vale para Congresso, Executivo, Judiciário, vale para outras instituições como é o caso do Ministério Público”, disse.

Ajuste fiscAlEla defendeu a necessidade

de implantar medidas de ajuste fiscal para recuperar a econo-mia, mas afirmou que o país não tem chance de “quebrar”.

“O país não quebra quando lá fora as coisas ficam mais vo-láteis como estão estão agora, porque nós continuamos tendo uma quantidade expressiva de

reservas”, disse. “O Brasil tem to-das as condições de sair [da cri-se] em menos tempo do que em qualquer outra circunstância.”

Segundo a presidente, o objetivo das medidas de ajuste fiscal é “impedir que a crise crie um problema social gigantesco”.

Ela fez ainda um apelo para que as medidas sejam aprovadas no Congresso. “Vamos brigar depois. Agora, vamos fazer para o bem do Brasil tudo aquilo que tem de ser feito”, afirmou.

pmdBIndagada sobre a suposta

tentativa de isolar o PMDB no Congresso, Dilma negou que isso tivesse acontecido.

“Longe de nós querer isolar o PMDB, pelo contrário. O vice--presidente na minha chapa é o companheiro querido e, inclu-sive, extremamente solidário e leal, Michel Temer. Nós temos uma parceria com o PMDB, que integra, participa do governo”, disse, acrescentando, porém, que a situação no Brasil deman-da uma “construção de diálogo”.

novo códigoAprovado pelo Congresso

em dezembro passado, o novo Código de Processo Civil (CPC) sancionado pela presidente Dil-ma Rousseff promete agilizar o andamento dos processos judi-ciais, trazer mais igualdade nas decisões em casos idênticos e aprimorar a cooperação entre as partes, juízes e advogados.

O CPC é uma lei que define como tramita um processo co-mum na Justiça, com prazos, tipos de recurso, competências e formas de tramitação. É diferen-te do Código Civil – atualizado em 2002 –, que define questões como guarda de filhos, divórcio, testamento, propriedade e dívi-das. É também diferente do Có-digo de Processo Penal – de 1941 –, voltado para o julgamento de crimes. O atual CPC estava em vigor havia 42 anos.

A presidente Dilma classi-ficou a sanção do novo código como um “momento histórico” porque “democratiza ainda mais o acesso à Justiça” e se “identifica com as demandas do novo país”. “O espírito do novo código valoriza a concilia-ção a busca de entendimentos o esforço pelo consenso como forma de resolver pacificamen-te os litígios”, disse.

Dilma Rousseff, um dia após as manifestações: “Nós respeitamos a democracia, nós respeitamos as ruas”

roberto stuckert Filho/Pr

Page 5: Conquista Dois prêmios naCionais

Política/NacioNalJornal da Cidade A-5ArAcAju, terçA 17 quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

MPF denuncia tesoureiro doPT e ex-diretor da PetrobrasOperação Lava Jato da PF entra em sua 10ª fase com várias prisões

Fernando Castro/G1

PrOcuradOres do MPF falam sobre a nova etapa da investigação batizada de “Que país é esse”

celsO MingO EstadO dE s. PaulO

O governo perdeua bandeira

Na atual safra de manifestações, o governo perdeu a bandeira brasileira empunhada nos grandes

movimentos políticos, desde as Diretas Já. As cores verde e amarela foram arrebatadas pelas massas de oposição. A presidente Dilma e seu governo ficaram com o vermelho.

No nível do simbólico, o interesse nacional parece, assim, mais defendido pelos manifestantes. A bandeira vermelha sugere ideais de outra natureza. Essa redistribuição de cores pode ter consequência.

Em 2004, o presidente Lula deixou que implantassem a estrela vermelha do PT nos jardins do Palácio da Alvorada. Passou assim a impressão de que tentava apropriar-se, com selo próprio, de um dos edifícios símbolos da República.

Esta foi uma das maiores manifestações da História do Brasil e foi um ato de oposição. E, no entanto, a oposição partidária ficou de fora. Não mostrou identificação com os protestos, talvez porque tivesse entendido que não devesse endossar a tese do impeachment, proposta que acabou não prevalecendo. Os líderes políticos da oposição que compareceram aos atos de protesto ou não discursaram ou foram induzidos ao silêncio. Ou seja, não foi apenas o governo que foi atropelado pela mobilização. A oposição também foi. Ou toma o último vagão do comboio ou ficará definitivamente para trás. É o que tem de escolher agora.

A insistência com que gente do governo tem procurado desclassificar os protestos como coisa da burguesia ou dos derrotados nas eleições indica que o PT tem uma visão equivocada do que sejam as classes médias, as antigas e as recentemente incorporadas ao sistema social. Ainda entendem que a classe condutora da História seja o proletariado, que, no entanto, está em extinção. Em toda parte, o setor produtivo é dominado pelo setor de serviços que, no Brasil, corresponde a cerca de 70% do PIB. Dele fazem parte as atividades de educação, saúde, transportes, turismo, comunicação, finanças, comércio, operação de informática e a maioria das profissões liberais. Importantes segmentos dos funcionários das grandes indústrias, como o pessoal da administração e os trabalhadores qualificados, nada têm a ver com o proletariado tradicional. Dizer que os trabalhadores que atuam nessas áreas têm cabeça de proletário e agem como proletários e que o resto pensa e age como as elites é ignorar como passou a funcionar o mundo.

O governo Dilma se orgulha de ter adotado políticas que adensaram as classes médias brasileiras. Agora vêm esses porta-vozes oficiais com a argumentação de que os insatisfeitos que batem panelas e gritam slogans não passam de pequenos-burgueses massa de manobra das classes dirigentes.

Afirmar, como afirmou o desastrado ministro Miguel Rossetto, que os manifestantes de domingo foram os perdedores das últimas eleições é ignorar que a presidente Dilma não completou seu terceiro mês de governo e já ostenta recordes negativos de aprovação popular.

Como foi dito na Coluna de domingo, essas marchas de protesto ainda estão à procura de um discurso que as unifique e de objetivos carregados com mais consequência do que somente a de produzir desabafos coletivos. Mas também os grandes movimentos políticos começam assim, difusos e confusos. Depois tomam rumo, ou não tomam, para o bem e para o mal.

reversãO - Já há sinais de reversão do forte déficit da balança comercial acumulado nos dois primeiros meses do ano (US$ 6,0 bilhões). Nas duas primeiras semanas de março, o déficit foi de apenas US$ 74 milhões e tende a reduzir-se nas próximas semanas. Apenas marginalmente essa redução do déficit tem a ver com a desvalorização do real, de mais de 20% apenas em 2015. Ela se deve mais à intensificação das exportações de produtos agrícolas, especialmente soja.

CURITIBA, (AG/G1) - O Ministério Público Fe-deral (MPF) denunciou

27 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro e forma-ção de quadrilha, entre elas, o tesoureiro do Partido dos Tra-balhadores (PT) João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque. Esta é a primeira de-núncia contra os dois referente à Operação Lava Jato, da Polí-cia Federal (PF).

A informação foi divulgada pelo MPF na tarde de ontem, dia em que a 10ª fase da Ope-ração Lava Jato foi deflagrada.

O doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o engenheiro Pedro José Barusco Filho, que era gerente-executivo de Servi-ços e Engenharia da Petrobras e braço direito do diretor da área Renato Duque, também foram denunciados.

A Operação Lava Jato co-meçou em março de 2014 e in-vestiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

Os 27 denunciados são:-Adir Assad-Agenor Franklin Magalhães Medeiros-Alberto Elísio Vilaça Gomes-Alberto Youssef-Ângelo Alves Mendes-Augusto Ribeiro de Mendonça Neto-Dario Teixeira Alves Júnior-Francisco Claudio Santos Per-digão-João Vaccari Neto-José Aldemário Pinheiro Filho-José Américo Diniz-José Humberto Cruvinel Re-sende-Julio Gerin de Almeida Ca-margo-Lucélio Roberto Von Lehsten Góes-Luiz Ricardo Sampaio de Al-meida-Mario Frederico Mendonça Góes-Marcus Vinícius Holanda Tei-xeira-Mateus Coutinho de Sá Oli-veira-Paulo Roberto Costa-Pedro José Barusco Filho-Renato de Souza Duque-Renato Vinícios de Siqueira-Rogério Cunha de Oliveira-Sérgio Cunha Mendes-Sonia Mariza Branco-Vicente Ribeiro de Carvalho-Waldomiro de Oliveira

quinze de empreiteirAs

Quinze denunciados são de empreiteiras, cinco são operadores, quatro são li-gados aos operadores, dois ex-diretores da Petrobras e um ex-gerente. A denúncia envolve desvios de recur-sos da Petrobras em quatro obras: Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Re-finaria de Paulínia (Replan), Gasoduto Pilar/Ipojuca e Gasoduto Urucu Coari. As empresas respon´saveis por estas obras são OAS, Mendes Júnior e Setal.

De acordo com a denún-cia, Vaccari participava de reuniões com Duque para tra-tar de pagamentos de propi-na, que era paga por meio de doações oficiais ao PT. Dessa maneira, os valores chegavam como doação lícita, mas eram oriundas de propina.

O MPF aponta que foram 24 doações em 18 meses, no valor de R$ 4,260 milhões.

O tesoureiro do PT indi-cava em que contas deveriam ser depositados os recursos de propina, segundo o MPF. “Vaccari tinha consciência de que os pagamentos eram feitos a título de propina”, afirmou o procurador do MPF Deltan Dallagnol durante entrevista coletiva ontem à tarde, em Curitiba.

Além de Dallagnol, partici-pam da coletiva o procurador do MPF Roberson Henrique Po-zzobon e o delegado da Polícia Federal Marcio Anselmo.

VAccAri negA AcusAções

Em nota, a defesa do tesou-reiro do PT afirma que João Vaccari Neto não participou de qualquer esquema de corrup-ção. De acordo com o texto, “o sr. Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no período citado pelos procuradores, du-rante entrevista no dia de hoje, uma vez que ele assumiu essa posição apenas em fevereiro de 2010.”

O texto também fala sobre a origem das doações parti-dárias feitas ao PT. “Ele não recebeu ou solicitou qualquer contribuição de origem ilícita destinada ao PT, pois as doa-ções solicitadas pelo sr. Vaccari foram realizadas por meio de depósitos bancários, com toda a transparência e com a devida prestação de contas às autoridades competentes”, diz a nota.

Nesta 10ª fase da Opera-ção Lava Jato, o ex-diretor de Serviço da Petrobras Renato de Souza Duque foi preso novamente. Ele é suspeito de participar do esquema de cor-rupção, desvio e lavagem de dinheiro dentro da estatal.

Segundo o MPF, as penas para os crimes apontados são: formação de quadrilha, um a três anos; corrupção, dois anos e oito meses a 21 anos e quatro meses; e lavagem de dinheiro, de quatro anos a 16 anos e oito meses. Combinados os crimes, porém, as penas podem ultra-passar 100 anos de prisão.

outros presosO empresário paulista Adir

Assad também foi preso. De acordo com o procurador Po-zzobon, Assad aparece como

um novo operador do esquema de propina, atuando junto às empresas prestadoras de servi-ço à Petrobras.

Assad é engenheiro civil e promove shows e eventos no Brasil. Ele trouxe a banda U2, a cantora Amy Winehouse e Beyonce para o país. Ele tam-bém era dono das empresas JMS Terraplanagem Ltda., S Terraplanagem Ltda. e Rock Star Merketing. Adir também já foi alvo em outros escânda-los e foi investigado pela CPI do bicheiro Carlos Cachoeira, no Congresso Nacional, como suposto intermediário de pro-pinas envolvendo a empreiteira Delta com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit).

Também foi preso Lucélio Góes, filho de Mário Góes, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores do es-quema e que está detido desde fevereiro deste ano. De acordo com Pozzobon, o pedido de prisão contra Adir Assad foi es-truturado após a apreensão de notas fiscais na casa de Mário Góes.

As prisões de Duque, Assad e Góes são preventivas, ou seja, sem prazo para acabar, depen-dendo de decisão judicial.

Outras duas pessoas foram presas temporariamente. Sônia Marisa Branco e Dario Teixeira Alves eram, conforme a inves-tigação, “laranjas” do esquema. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorro-gada pelo mesmo período.

Um mandado de prisão temporária contra Sueli Maria Branco chegou a ser expedido. A suspeita, porém, segundo a Polícia Federal, já faleceu.

“Essas pessoas mantinham contato com os corruptores e eram peças fundamentais den-tro da organização criminosa investigada pela Lava Jato”, explicou o procurador.

De acordo com Pozzobon, obras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e da Refinaria de Pau-línia, no interior de São Paulo, foram usadas para o desvio de dinheiro.

“Essas pessoas presas hoje estavam relacionadas aos sub-núcleos de operadores finan-

ceiros que tinham relações em comum. Eles comungavam de depósitos em contas idênticas no exterior e também parti-cipavam mediante realização de contratos ideologicamente falsos”, disse o procurador.

Todos os presos irão se juntar às outras 16 pessoas consideradas suspeitas de par-ticipação no esquema da Lava Jato que estão presas na car-ceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

Também foram apreendi-dos com os investigados docu-mentos, como notas fiscais, e outras mídias que, conforme o Ministério Público Federal, se-rão analisados posteriormente.

10ª fAseTodos os mandados ex-

pedidos nesta 10ª fase foram cumpridos, conforme a Polícia Federal. São eles: três manda-dos de prisão preventiva, três mandados de prisão temporá-ria e 12 mandados de busca e apreensão.

A nova etapa foi batizada de “Que país é esse”.

De acordo com os policiais, o nome faz referência a uma frase dita por Duque quando foi preso pela primeira vez, em novembro de 2014.

O novo pedido de prisão contra Duque foi motivado pela movimentação financeira feita por ele no exterior, já com a investigação em curso.

Ao despachar favorável ao mandado de prisão, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instân-cia, afirmou que o ex-diretor de Serviços da Petrobras “es-vaziou” contas na Suíça e enviou € 20 milhões para contas secretas no principado de Mônaco. O dinheiro, que não havia sido declarado à Receita Federal, acabou blo-queado pelas autoridades do país europeu.

“Autoridades estrangeiras comprovaram que Duque re-centemente movimentou seus recursos de contas na Suíça titularizados por ele para con-tas de outros países na Europa. Notadamente, o principado de Mônaco, ao qual recebeu ainda no segundo semestre de 2014 quantia que superava R$ 5 mi-lhões”, disse o procurador.

Page 6: Conquista Dois prêmios naCionais

Há um erro que o governo não pode cometer e está cometendo: subestimar a dimensão das

manifestações contra a presidente Dilma Rousseff. No próprio domingo, dois ministros bateram cabeça. Ontem, a presidente falou sobre democracia para receber as palmas dos seus. Depois, em entrevista rá-pida, nada declarou que demonstrasse ter entendido o que está se passando no país.

Na entrevista, a presidente Dilma Rousseff disse: “Ah, vocês querem uma confissão de erro? Erramos no Fies. Demos o controle das matrículas para o setor privado”. Antes fosse apenas esse o erro do governo Dilma. Seria corrigido, e o país seguiria seu caminho. Foram muitos os erros dos últimos anos. Ontem, os procuradores do Ministério Público, em Curitiba, denunciaram 27 pessoas, entre elas o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari. O pro-curador Deltan Dallagnol foi claríssimo ao explicar o esquema. Propinas pagas pelas empresas, que tinham negócios com a Petrobras, eram disfarçadas de doa-ções legais ao Partido dos Trabalhadores. Segundo o procurador, Vaccari sabia a origem ilícita dos recursos.

É disso que se trata. A maior empresa do país foi assaltada. O roubo levou ao enriquecimento ilícito de ex-dirigentes e, pelo mesmo canal, o partido do governo foi financiado.

Para Dilma, o erro do governo foi ter permiti-do que quem tirasse zero em português recebesse financiamento público. “Deixamos o setor privado controlar a matrícula, e isso está errado. Não pode tirar zero em Português”. É constrangedor. Um dia depois de avassaladoras manifestações populares, no dia exato em que o tesoureiro de seu partido foi denunciado pelo Ministério Público, quando tantos fatos graves abalam o país, a presidente tem a admi-tir um erro: o do Fies.

O governo errou na Petrobras durante anos e a levou a uma crise. A corrupção se alastrou pela em-presa. A inflação está alta e subindo pelo efeito de políticas econômica e energética erradas no mandato passado. O Brasil está estagnado. Foi por isso que os brasileiros foram para as ruas no aniversário da redemocratização.

No domingo à noite, os ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo apareceram na televisão meio confusos. Cardozo apresentou promessa re-quentada, a de uma reforma política e do pacote anticorrupção. Tudo o que fora dito em junho de 2013. Rossetto foi pior ao dizer que os manifestantes “não votaram na presidenta Dilma”. Essa visão cria dois tipos de cidadãos: os de segunda classe são os que supostamente não votaram no governo. Mostrou que nada entendeu. Nem da mensagem das ruas, nem de democracia. Sequer entendeu um detalhe estatístico: a popularidade da presidente hoje é mui-to menor do que o percentual de votos que recebeu. Logo, entre os descontentes, há também quem votou na presidente.

A presidente disse que não deixou de pensar, ao ver as manifestações, que agora os brasileiros podem se expressar, e que valeu a pena lutar pela liberdade. Sim, quem viu o país sob ditadura valoriza ainda mais o direito de manifestação. Só não é dádiva de gover-no algum. Foi conquista. Árdua, dolorosa. E mesmo quem participou da luta democrática não é dono da vitória. A democracia pertence ao povo brasileiro.

Ela inclui o direito de a população se expres-sar, e o dever do governo de ouvir, se explicar, ser transparente, agir diante do que está sendo dito. A presidente Dilma conseguiu a proeza de enfrentar duas manifestações contrárias, ao mesmo tempo. Na sexta-feira, manifestantes foram às ruas para apoiar o governo. Alguns carregavam cartazes em que cha-mavam de “traição” as medidas que o governo tem tomado na economia. Ela tem que explicar aos seus eleitores que essas medidas são para corrigir os erros do primeiro mandato. Segundo o Datafolha, 63% dos que se manifestavam a favor do governo disseram que Dilma sabia dos escândalos da Petrobras. A mas-sa muito maior que foi domingo para as ruas protestou contra o governo Dilma e a corrupção. Dilma teria muito a dizer se enfrentasse a ques-tão. Mas disse que “a corrupção não nasceu hoje. É uma senhora bastante idosa”. O problema é este: a velha senhora nun-ca pareceu tão forte, atuante e ardilosa. E ela é inaceitável. Foi este o recado das ruas.

MÍRIAM LEITÃOAgêncIA gLOBO - com AlvAro Gribel de são pAulo [email protected]

A mensagem não chegou

Jornal da CidadeA-6

Os pontos-chave

1Discurso da presidente Dilma, ontem, mostrou

que ela ainda não entendeu o descontentamento no país.

2De todos os erros cometidos pelo governo,

ela só consegue admitir os problemas no Fies.

3“Velha senhora” corrupção nunca

pareceu tão forte, atuante e ardilosa como atualmente.

Economia

ajuste não vai ser difícil se agente tiver coragem, diz levyMinistro afirma que a primeira coisa é ter as contas públicas em ordem

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

28 45 56 63 68

Concurso - 3739 - 16/03/2015Concurso - 1686 - 14/03/2015

L O T E R I A S

Concurso - 1538 - 14/03/2015LOTOMAnIA

Concurso - 1183 - 16/03/2015LOTOFÁcIL

Concurso - 1367 - 13/03/2015DUPLA SEnA

09 14 37 44 46 55

07 28 39 44 45 49

15 21 30 31 33 47

02 03 07 09 11 15 16 18 34 50 57 63 68 74 83 85 86 87 94 96

MEgA-SEnA QUInA

01 03 04 09 11

13 14 15 16 18

19 20 22 24 25

Fontes: FGV/IBGE/BANCO CENTRAL/FIPE/SEFAZ/SE

SALÁRIO MÍnIMOMarço - R$ 788,00

DÓLAR

IMPOSTO DE REnDA nA FOnTE

InDIcADORES

FevereiroDia10......0,5840%Dia11......0,6154%Dia12......0,6317%Dia13......0,6603%Dia14......0,6342%Dia15......0,6202%Dia16......0,5939%Dia17......0,5678%Dia18......0,5678%Dia19......0,6057%Dia20......0,5895%Dia21......0,5866%Dia22......0,5732%Dia23......0,5465%Dia24......0,5557%Dia25......0,5886%Dia26......0,6218%Dia27......0,5911%Dia28......0,6040%Dia29......0,8545%Dia30......0,8025%Dia31......0,0000%

MarçoDia02......0,7737%Dia03......0,7679%Dia04......0,8035%Dia05......0,7725%Dia06......0,7416%Dia07......0,7695%Dia08......0,7695%Dia09......0,7974%

Dia10......0,7699%Dia11......0,7757%Dia12......0,8013%Dia13..... 0,7780%Dia14......0,7757%Dia15......0,7757%Dia16......0,7757%Dia17......0,8190%Dia18......0,8598%Dia19......0,8870%Dia20......0,8699%Dia21......0,8984%Dia22......0,8984%Dia23......0,9269%Dia24......0,8395%Dia25......0,8755%Dia26......0,8599%Dia27......0,8262%

AbrilDia01......0,6302%Dia02......0,6641%Dia03......0,6862%Dia04......0,6462%Dia05......0,6271%Dia06......0,6082%Dia07......0,6031%Dia08......0,6378%Dia09......0,6669%Dia10......0,6388%Dia11......0,6635%Dia12......0,6327%Dia13..... 0,6050%

POUPAnÇA

InSS - ASSALARIADOS,DOMéSTIcOS E TRABALhADORES AvULSOS

contribuição - Aliquota

Até 1.247,70............................................8.00%

De 1.247,71 até 2.079,50.........................9,00%

De 2.079,51 até 4.159,00......................11,00%

Fonte Alíquota DeduçãoAté R$1.787,77........................isento...........0....... De R$1.787,78 a R$ 2.679,29...7,5%.....R$ 134,08. De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43...15% ......R$ 335,03. De R$3.572,44 a R$4.463,81..22,5%...R$602,96. A partir de R$4.463,81 ...........27,5%...R$826,15.Dedução por dependentes..........................R$179,71

FevereiroDia26............................0,0793%Dia27............................0,0657%

MarçoDia01............................0,9206%Dia02.............................0,9746%Dia03.............................0,0068%Dia04.............................0,9567%Dia05.............................0,6271%Dia06.............................0,6082%Dia07............................0,8934%Dia08............................0,9382%Dia09.............................0,9774%Dia10............................0,9392%Dia11............................0,9740%Dia12.............................0,9331%Dia13............................0,8953%

FevereiroDia26............................0,0793%Dia27............................0,0657%

MarçoDia01............................0,1296%Dia02.............................0,1633%Dia03.............................0,1853%Dia04.............................0,1455%Dia05............................0,1265%Dia06.............................0,1077%Dia07.............................0,1026%Dia08.............................0,1371%Dia09............................0,1661%Dia10............................0,1381%Dia11............................0,1627%Dia12.............................0,1320%Dia13............................0,1045%

SALÁRIO FAMÍLIA

Até R$646,55...................R$33,16............01-Filho

De R$646,56 a R$971,78 ..........R$23,36....01-Filho

TBF

TR

comercialC o m p r a V e n d aR$ 3,245..........................R$ 3,246Paralelo Compra VendaR$ 3,33 ............................. R$ 3,43TurismoCompra V e n d aR$ 3,167..........................R$ 3,413

BRASÍLIA, (AG/G1) - Diante do cenário de enfraqueci-mento da economia, que

tem levado o governo a fazer ajuste nas contas públicas e en-frentar resistência no Congresso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que as medidas anun-ciadas nada mais são que uma adaptação a uma nova situação e que, se houver coragem, “não vai ser difícil” executá-las.

“Se a gente tiver coragem, não vai ser difícil. Se a gente fizer rá-pido, vamos ter resultado rápido. Se ficarmos com medo, a gente paralisa. Agora a hora é de ter confiança. A primeira coisa é ter as contas públicas em ordem. Te-mos uma porção de outras coisas que podemos fazer, e vamos ter sucesso”, afirmou Levy, durante encontro ontem, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Levy voltou a criticar as políti-cas de estímulo adotadas em anos anteriores pelo governo – mas em tom mais ameno que o usado no mês passado, quando chamou as medidas de “brincadeira”.

“São claramente insusten-táveis do ponto de vista fiscal. Qualquer pessoa que pegasse um armazém, pensaria assim. En-quanto está tudo bem, contrata, expande, rearruma a casa para voltar a crescer”, disse ele. “Todos que têm sucesso são muito cui-dadosos com a dívida. Não muda muito do que estamos fazendo. A presidente Dilma Rouseff está absolutamente tranquila”.

embAte no congressoSobre o embate no Congresso

– que no início do mês devolveu

a medida provisória que reduzia a desoneração da folha de pa-gamento das empresas – Levy comparou seus membros a sócios de uma empresa que precisam ser convencidos pelo que o admi-nistrador julga mais adequado.

“Obviamente esse país sendo um país democrático tudo precisa ser discutido com o Congresso, com os sócios. Cada um tem uma ideia. A gente vai ter que fazer um trabalho de convencimento para o nosso sócio, que essas medidas são modulares”, afirmou.

“Algumas coisas que haviam sido feitas precisam ser adapta-das, se não, a consequência será ruim. Ninguém está querendo downgrade [redução da nota de crédito do Brasil pelas agências de risco], vai atrapalhar ritmo de ne-gócio de todo mundo. O objetivo é trazer tranquilidade aos negócios. O mercado mudou, quem não muda tem problema. A gente tem que responder à situação”, reite-rou o ministro.

AgendA de crescimentoAlgumas medidas, como as

que alteraram as regras do segu-ro-desemprego e que não foram bem-recebidas, são a favor de desestimular a rotatividade nas empresas e melhorar a qualidade da oferta de trabalho, na avalia-ção de Levy.

“São medidas estruturais, que são parte de uma agenda de cresci-mento. Ajuda o país a crescer, não há uma percepção universal sobre isso... A questão da preocupação... muitos dos números que saíram e vão sair, do PIB caindo, talvez, são números que antecedem o ajuste. A gente está que tem que mudar o jogo, o país não estava crescen-do. O ajuste existe por causa do enfraquecimento do PIB, não o contrário. A gente precisa tomar ações rápido para voltar a crescer”.

Para o ministro, o governo não está fazendo ajuste “só pelo ajus-te”, mas para “acertar a casa, lim-par o convés, levantar as velas e

ir”, comparou. O objetivo, segun-do o ministro, é dar oportunidade para a iniciativa privada e aumen-tar a confiança do mercado.

“Se fizermos um ajuste de ver-dade, rápido, rapidamente esta-remos em um cenário em que as pessoas poderão sentir o chão firme e trabalhar. Menos incerteza. Quan-to menor a incerteza geral, mais dá para cada um tomar risco. Se a gen-te sabe pra onde está indo, a gente toma risco, maiores, menores, con-seguimos decidir a vida”, apontou.

outrAs iniciAtivAsSegundo Levy, além do ajuste

fiscal, o governo tem tomando outras iniciativas, olhando para as grandes e pequenas empresas, retomando as concessões, que permite aumentar o envolvimento do capital privado. “Na parte do comércio exterior, sendo um pou-co mais ousado, vamos estar tra-balhando com os diversos setores para permitir à economia voltar a crescer numa base mais sólida”.

Desde o final do ano passado, o governo da presidente reeleita Dilma Rousseff adotou um duro ajuste fiscal baseado em revisão de regras de benefícios trabalhistas e previdenciários, fim de repasses do Tesouro a bancos públicos, redução de crédito subsidiado, revisão de de-sonerações e aumento de impostos.

As medidas visam a reordenar as contas públicas e fazer o setor público voltar a registrar superávit primário. O ajuste fiscal, que en-frenta resistências dentro do gover-no e na base aliada do Executivo, vai impor um cenário restritivo a curto prazo, reforçando o contexto atual de esfriamento da economia.

Ministro Joaquim levy, da Fazenda: “Agora a hora é de ter confiança”

MErCADo/CÂMBio

Bovespa sobe após as manifestaçõesSÃO PAULO, (AE) - A Bovespa

deixou as manifestações de lado e acompanhou o comportamento das bolsas internacionais ontem. Esse movimento se sobressaiu à tarde, uma vez que, pela manhã, o pregão foi mais técnico, com o exercício de opções sobre ações. A bolsa doméstica terminou o dia em alta de 0,52%, aos 48.848,21 pontos. Na mínima, registrou 48.394 pontos (-0,42%) e, na má-xima, 49.205 pontos (+1,25%). No mês, acumula perda de 5,30% e, no ano, de 2,32%. O giro financeiro totalizou R$ 7,725 bi-lhões, dos quais R$ 2,11 bilhões referem-se ao exercício de opções sobre ações.

O mercado de ações abriu em alta, de olho no exterior, e passou a manhã assim, em meio ao vencimento. Os ganhos, en-tretanto, perderam força na hora do almoço e o Ibovespa chegou a virar e registrar mínimas. A queda foi pontual e a trajetória positiva foi reconquistada em seguida, se sustentando até o final.

A queda do dólar no exterior

e no Brasil favoreceu a ‘tranqui-lidade’ da Bovespa ontem. As bolsas norte-americanas acaba-ram terminando com alta firme, após indicadores mais fracos elevarem a expectativa para o resultado do encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) nesta semana. O Dow Jones subiu 1,29%, aos 17.977,42 pontos, o S&P fechou com ganho de 1,35%, aos 2.081,19 pontos, e o Nasdaq teve valorização de 1,19%, aos 4.929,51 pontos.

efeito neutro

O efeito das manifestações sobre o mercado, para os especia-

listas foi neutro. A questão agora é o próximo passo, ou seja, como serão os desdobramentos futuros dos protestos. A resposta imediata do governo foi colocar seus minis-tros na rua para defender o ajuste fiscal e também a prerrogativa de a população reivindicar seus di-reitos. A própria presidente Dilma falou sobre o assunto.

“É uma postura humilde”,

afirmou ao acrescentar que seu governo tem responsabilidade pela estabilidade da economia e defendeu o ajuste fiscal: “É es-sencial para o País”. Para atender ao ‘chamado’ das manifestações, Dilma disse que nos próximos dias anunciará medidas para comba-ter a impunidade. Além disso, o governo estará ‘aberto a ouvir a sociedade para a tomada de ou-tras medidas’.

ajuste fiscal e ações

Destaque ainda para o mi-nistro da Fazenda, Joaquim

Levy, que também defendeu o ajuste fiscal, falou dos cortes já promovidos pelo governo em seus gastos, disse que o Exe-cutivo está dialogando com o Congresso e afirmou que traba-lha para evitar o downgrade e inflação alta.

Petrobras fechou com alta de 1,23% na ON e de 1,93% na PN. Vale ON subiu 0,11% e Vale PNA recuou 0,30%. Bradesco PN subiu 1,49%, Itaú Unibanco PN ficou estável, assim como BB ON, enquanto Santander unit avançou 0,97%.

Em dia de volatilidade,o dólar fecha em baixa

SÃO PAULO, (AG e Reuters) - O dólar teve mais um dia de vo-latilidade ontem e encerrou com leve queda em relação ao real, refletindo o quadro externo mais tranquilo e em um respiro após as expressivas altas das últimas sessões, enquanto investidores digeriam os protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff no fim de semana.

Mas, segundo a Reuters, in-certezas sobre a intervenção do Banco Central no câmbio e em relação à política monetária dos Estados Unidos limitaram o alívio. Na sexta, a moeda chegou à maior cotação em quase 12 anos.

A moeda norte-americana fechou a R$ 3,2445, em baixa de 0,14%. O dia foi instável. Nesta sessão, o dólar chegou a recuar mais de 1% e subir quase 0,5%, segundo a Reuters.

No mês, há valorização acumu-lada de 13,6% e no ano, de 22,03%.

efeito dos protestos

Segundo operadores, investido-res se anteciparam às mani-

festações e correram para buscar proteção na sexta-feira, desmon-tando essas posições ontem de manhã. Os protestos de domingo (15) ocupavam o centro das atenções entre os investidores, mas analistas não sabiam como avaliar o impacto para a situação política e econômica do Brasil, informou a Reuters.

Analistas do Eurasia Group defenderam que os protestos têm impacto “neutro” para as trajetórias de curto e longo prazo do Brasil, mas ressaltaram que os próximos meses devem ser palco de mais manifestações. “As maio-res dificuldades do governo no curto prazo podem vir de traba-lhadores que exigem benefícios específicos ou salários maiores”, afirmaram, em relatório, segun-do a Reuters.

Agência Brasil

Page 7: Conquista Dois prêmios naCionais

Esplanadapor lEandro mazzini

Jornal da Cidade A-7ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015 Brasil

Com Luana Lopes e Equipe DF e SPwww.colunaesplanada.com.brLM ComunicaçãoColuna [email protected] Postal 1980 – CEP 70254-970 – Brasília-DF(61) 30342192 / (61) 99993339 / (61) 78137537

novo Código de ProcessoCivil é sancionado por dilma

Divulgação

Cunha faz seu protesto na av. paulista e ganha o piB

No dia seguinte aos protestos contra a presidente Dilma e o PT que tomaram a Avenida Paulista, o presidente da

Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), maior desafeto do governo, pisou na pista e subiu a sede da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Em almoço com os líderes representantes do maior PIB nacional – muitos financiadores de campanhas eleitorais – Cunha ouviu aplausos demorados e elogios de ‘maior líder político da atualidade’. E emendou para uma rodinha da cúpula: ‘O PT não tem adversários, o PT tem inimigos. O PT não quer aliados, quer servos’.

aliança já era! - ACunha direcionou o discurso e falou o que a turma queria ouvir: desancou o PT, o governo Dilma e a política econômica e fiscal equivocada.

osso duro - Cunha também revelou ser contra o modo como o Governo revê as desonerações a setores, e disse que a presidente terá de negociar muito com o Congresso.

Banquete do poder - A agenda de Cunha extra-Câmara tem priorizado o diálogo com o setor empresarial, o que falta ao Palácio do Planalto, dizem os magnatas e até aliados da presidente Dilma.

anfitrião - Cunha foi ao almoço a convite do aliado peemedebista Paulo Skaf, presidente da Fiesp. O encontro ocorreu uma semana após aplaudido almoço com empresários no Rio.

deCisão sai hoje - Um ônibus fretado com 40 militantes do PSB, entre eles mandatários, chegou de surpresa em Brasília e foi para a sede nacional do partido. O grupo defende o deputado federal Glauber Braga, que briga contra o senador Romário pelo controle do diretório.

lava-pista - Efeito da Operação Lava-Jato no exterior. O governo da Bolívia preteriu as brasileiras e contratou a empreiteira estatal chinesa Sinopec para duplicar rodovia de 58 bkm.

evangéliCos x jean - Apesar de o deputado Jean Wyllys (PSOL) aceitar a vice na Comissão de Direitos Humanos, sofre forte resistência da bancada evangélica. João Campos (PSDB) disse ao presidente Paulo Pimenta (PT) que ele está dando muita bola a um partido pequeno.

texto agiliza os processos e traz mais igualdade nas decisões judiciais

Travados

Os ex-proprietários de bingos estão totalmente desmobilizados. Depois que o presidente Lula

proibiu por decreto as casas em 2003 no Brasil, houve um lobby no Congresso até quatro anos atrás, com propostas pontuais para a volta do negócio em locais restritos, incluídas em projetos de alguns parlamentares. Mas não vingaram.

traBalhistas - Antônio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros, terá nova rodada amanhã com o ministro Manoel Dias (Trabalho) e o Secretário Geral da Presidência, Miguel Rosseto. Vão debater soluções sobre as MPs que limitam o Seguro Desemprego e Abono.

MeMória de MaCiel - Em homenagem, amigos de Marco Maciel, o ex-vice presidente e ex-senador longe da política, sondam escritores para uma biografia do político pernambucano.

euuu!? - Do senador Renan Calheiros, alvo da lista de Janot e do STF, indagado se será voluntário a depor na CPI da Petrobras como Eduardo Cunha: ‘Claro que não!’

ponto final - Acharam 131 obras de arte na casa do detento Renato Duque, ex-Petrobras. Mas a maior deles deve estar guardada num cofre da Suíça.

seM apostas - Quem defende o setor hoje e visita o Congresso Nacional é Magnho José, pesquisador especialista em números dos jogos. Fundou o Instituto Jogo Legal e aponta para parlamentares que a legalização, como bingos e jogo do Bicho, renderiam até R$ 20 bilhões por ano ao Tesouro. Em tempos de tanto aperto, o governo não aposta.

Ira dos delegados

Os federais estranharam o discurso do ministro da Justiça, José Cardozo, sobre o pacote

anticorrupção da presidente Dilma que vem aí. A Associação dos Delegados da PF pede audiência há mais de mês ao ministro, em vão.

ColaBoração - Os delegados tem uma lista de propostas de melhorias para a PF, que podem contribuir no combate à corrupção além do discurso. O Presidente da ADPF, Marcos Leôncio, ressalta que é inviável se discutir isso sem que haja aprimoramento das instituições.

BRASÍLIA, (AG/G1*) - A presidente Dilma Rous-seff sancionou ontem

o texto do novo Código de Processo Civil, aprovado pelo Congresso Nacional em de-zembro do ano passado.

Elaborado por uma co-missão de juristas, o texto promete agilizar o andamen-to dos processos judiciais, trazer mais igualdade nas decisões em casos idênticos e aprimorar a cooperação entre as partes, juízes e advogados.

A presidente Dilma clas-sificou a sanção do novo código como um “momento histórico” porque “democra-tiza ainda mais o acesso à Justiça” e se “identifica com as demandas do novo país”. “O espírito do novo código valoriza a conciliação a busca de entendimentos o esforço pelo consenso como forma de resolver pacificamente os litígios”, disse.

O Código de Processo Civil (CPC) é uma lei que define como tramita um pro-cesso comum na Justiça, com prazos, tipos de recur-sos, competências e formas de tramitação. É diferente do Código Civil – atualiza-do em 2002 –, que define questões como guarda de filhos, divórcio, testamento, propriedade e dívidas. É também diferente do Código de Processo Penal – de 1941 –, voltado para o julgamento de crimes. O atual CPC (lei 5.869/1973) estava em vigor havia 42 anos.

Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), relator da matéria na Câmara, o novo código tem um peso maior por ter recebido a colabo-ração de toda a sociedade. “Este é o primeiro Código de Processo Civil aprovado no período democrático. Foram anos de tramitação no Con-gresso com a participação de toda a sociedade”.

Últimos suspiros O ex-se-nador e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo (PMDB-PB), relator do texto no Senado, o atual processo civil é “moro-so” e possui “traços da dita-dura”. “Hoje, ele dá os seus últimos suspiros de vida”, disse, ao ressaltar o primeiro código nascido “fora dos po-rões do autoritarismo”.

O ministro Luiz Fux, que conduziu a comissão de ju-ristas que reformulou a lei, afirmou que o novo CPC per-mitirá ao Poder Judiciário en-tregar uma resposta judicial “num prazo razoável”.

Entre as inovações do novo Código estão o julga-mento de causas por ordem cronológica; a audiência de conciliação no início do pro-cesso para tentar um acordo e evitar abertura de ação judicial; a cobrança de multa para quem entrar com muitos recursos seguidos; e a deter-minação de que decisões de tribunais superiores devem orientar casos semelhantes.

AmplA defesANa visão do advogado

Paulo Cezar Pinheiro Carnei-ro, jurista especializado no tema que participou de todas as fases de elaboração e revi-são do texto no Congresso, a codificação tem potencial de fazer todas as modificações sem comprometer o direito à ampla defesa e ao contradi-tório, garantidos pela Cons-tituição.

“A finalidade maior do novo Código foi diminuir de um lado o tempo de duração do processo. Ao lado disso, quis prestigiar a isonomia, em igualdade de decisões sobre o mesmo tema jurídi-co, mantendo as garantias const i tuc ionais” , expl ica Carneiro.

O texto já havia sido apro-

vado pelo Senado em dezem-bro de 2010 e pela Câmara dos Deputados em março do ano passado, mas, em razão das mudanças introduzidas pelos deputados, teve de ser submetido mais uma vez à análise dos senadores.

menos recursosDentre as inovações para

dar maior celeridade à trami-tação dos processos de natu-reza civil, destaca-se a redu-ção do número de recursos possíveis durante o processo.

Se antes a defesa podia questionar qualquer decisão do juiz, incluindo a própria tramitação da ação, por meio dos chamados “agravos de instrumento”, agora todos os argumentos são concen-trados numa única peça, observa Paulo Cezar Pinheiro Carneiro.

“Só em hipóteses excep-cionalíssimas serão aceitos agravos de instrumento. As hipóteses em que hoje são usados ficarão para o recurso de apelação no final do pro-cesso”, explica o jurista.

Apesar de o novo Código reduzir as possibilidades de recursos, Carneiro assegura que o texto não prejudicará a defesa dos réus. “O número de recursos previstos no novo CPC é mais que suficiente. O número de recursos vale para você e para a outra parte. O que fizemos foi simplificar a metodologia para evitar que o processo fique parando toda hora. E a pessoa con-tinuar com o direito a ter acesso à segunda instância, ao STJ e ao STF”.

mAis iguAldAdeOutra inovação, voltada

para a isonomia dos proces-sos, é a criação de um me-canismo chamado “incidente de resolução de demandas repetitivas”.

O dispositivo servirá para resolver milhares de deman-das idênticas que tramitam nos tribunais relativos, por exemplo, a serviços telefô-nicos, rendimento da pou-pança, controvérsias tribu-tárias. Assim que identifi-cada uma causa assim, a Justiça, em menos de um ano, poderá fixar uma tese jurídica que passe a valer para todos os casos.

“É difícil para a população entender quando uma pessoa ganha um mesmo tema e outra não sai vitoriosa. Esse prestígio da jurisprudência traz uma certa segurança jurídica, no sentido de que a pessoa sabe se pode ou não buscar aquele direito”, justi-fica Carneiro.

O advogado, no entan-to, pondera que o fato de uma solução única passar a valer para todos os casos semelhantes não deve criar o risco de as particularidades de um caso individual serem ignoradas.

Para ele, isso não deve ocorrer porque o novo CPC

impôs ao juiz a obrigação de, ao fundamentar sua decisão, demonstrar se aquele caso se enquadra ou não na tese já consolidada. Além disso, a própria parte pode pedir ao juiz que reconsidere ex-plicando por que seu caso é diferente e não pode ser de-cidido como os outros.

cooperAçãoUma maior cooperação

entre juízes, advogados e partes também norteou a reforma do CPC, segundo Carneiro. Ele destaca meca-nismos que permitem a um juiz de determinado estado pedir ao outro uma medida necessária para instruir um processo de forma mais rá-pida, por e-mail ou telefone, sem necessidade de uma “carta precatória”, um docu-mento oficial.

O juiz também terá auto-nomia para se fixar na ques-tão principal do processo, ficando dispensado de anali-sar questionamentos prévios ponto a ponto.

Um dos mecanismos, cha-mado “tutela de evidência”, permite que a sentença judi-cial saia já na decisão liminar (provisória) para garantir um direito urgente ou se houver entendimentos firmados por cortes superiores.

inovAçõesEntenda o novo Código de

Processo Civil e suas princi-pais inovações:

Recursos – Retira a pos-sibilidade de agravo de ins-trumento para decisões in-termediárias (sobre provas, perícias, etc). Acabam os em-bargos infringentes (recurso apresentado em decisões co-legiadas com apenas um voto contrário), mas prevê que o caso seja reavaliado por outra composição de juízes. Além disso, a cada nova ins-tância que recorrer e perder, a parte irá pagar as custas do processo e honorários, e não somente no final do processo em caso de derrota.

Ações repetitivas – Pre-vê que uma mesma decisão seja aplicada a várias ações individuais que tratam do mesmo tema. Entre as ações que podem ser beneficiadas estão processos contra planos de saúde e empresas de tele-fonia. Nesses casos, todas as ações de primeira instância serão paralisadas até que a segunda instância tome uma decisão sobre uma amostra de casos.

Vinculação de decisões – Atualmente, apenas as sú-mulas vinculantes do Supre-mo Tribunal Federal devem ser seguidas pelos outros tribunais. O novo CPC prevê que juízes e tribunais devem necessariamente seguir deci-sões do plenário do Supremo em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outros te-mas. Se não houver decisão dos tribunais superiores, a primeira instância neces-sariamente deve seguir a segunda instância (Tribunais de Justiça estaduais ou Tribu-nais Regionais Federais, por exemplo).

Ações coletivas – Outra novidade é que ações in-dividuais poderão ser con-vertidas em ações coletivas. Antes, as partes serão con-sultadas sobre se aceitam a conversão do processo.

Ordem cronológica – Pela regra, os juízes terão que julgar processos pela ordem de chegada. Isso evitará que ações novas sejam julgadas antes de antigas. Situações excepcionais e causas rele-vantes continuam passando na frente.

Conciliação – O código prevê que a tentativa de con-ciliação deve ocorrer no iní-cio de todas as ações cíveis.

Divórcio – Permite a sepa-ração judicial dos casais antes de eles decidirem entrar com pedido de divórcio. Assim, os casais terão a possibilidade de reverter a decisão da separa-ção com mais facilidade, caso desejem. O texto mantém a possibilidade de o casal partir diretamente para o divórcio, o que é previsto pela Cons-tituição desde 2010. Antes, o divórcio só era permitido um ano depois da separação formal ou dois anos após a separação de fato.

Pensão alimentícia – Após a decisão judicial, depósito de pensão deverá ocorrer em três dias. No caso de não pagamento, o devedor será preso no regime no re-gime fechado, mas em cela separada, pelo prazo de 1 a 3 meses.

Reintegração de posse – Determina realização de au-diência pública para ouvir to-dos os lados antes de decidir sobre a reintegração quando o local estiver ocupado por mais de 12 meses.

(*Colaboraram Renan Rama-lho, Filipe Matoso e Fernanda Calgaro, do G1, em Brasília).

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Informe PublIcItárIo A-8Jornal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

A Prefeitura Municipal de Aracaju, além das diversas ações sociais elaboradas para cele-brar o mês de aniver-sário da cidade, pre-

parou, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), uma programação especial para o mês de março, em comemoração aos 160 de anos de Aracaju. Exposições, mostras de cinema, espetácu-los musicais e teatrais, aulas de teatro, rodas de leitura, ciclo de estudos e concertos, são algumas atividades prepa-radas em alusão ao aniversário da capital.

O principal destaque na pro-gramação foi o convênio firma-do entre a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e a cidade portuguesa Fafe – pertencente ao Distrito de Braga, que trouxe espetáculos e aulas encenadas com o dramaturgo espanhol, Moncho Rodriguez, do Teatro de Fafe. As aulas encenadas e as peças portuguesas aconteceram no Teatro João Costa, no Centro Cultural de Aracaju.

O teatrólogo promoveu duas aulas encenadas abertas ao público e teve como aborda-gem a poética do ator. Foram oferecidas 60 vagas, divididas em dois turnos com 30 alunos cada. Já os espetáculos “O labirinto de Amor e morte” e “Enluarandas”, abordam o uni-verso feminino.

Segundo Moncho Rodriguez, é um prazer poder estar neste projeto. “Aracaju é uma terra que cultiva suas tradições e mantém uma riqueza cultural ibérica que aqui permanece viva, pelas ruas, nas falas, nos cantares. Este encontro, com jovens atores e criadores sergipanos, é muito importante, pois abrimos uma conexão de diferentes universos e confrontamos as dificuldades do que é criar e fazer uma arte contemporânea para um espec-tador”, explica.

Álvaro SantoSNa Galeria de Artes Álvaro

Santos foi lançado a XXVI edi-

Funcaju comemora os 160 anos de aracaju com programação especial

ção do Salão dos Novos, que este ano reuniu 55 trabalhos entre pinturas, esculturas e instalações. Esta edição ho-menageia o artista plástico Jenner Augusto. A mostra segue aberta ao público até o dia 4 de abril.

Para o curador da exposi-ção e diretor da GAAS, Luiz Adelmo Soares, os trabalhos inscritos estão melhores a cada edição do evento. “Esse é o sexto Salão que coordeno, e percebo que, ao longo dos anos, houve uma evolução muito bonita e muito signifi-cativa na qualidade das obras, o que prova que Sergipe é um celeiro das artes”, enfatiza. Se-gundo ele, a maior parte dos artistas que estão surgindo em Sergipe, passa pelo Salão dos Novos. “Este evento tem um papel muito importante como fomentador das artes plásti-cas, onde o Poder Executivo

Municipal, prestigia e incenti-va o artista”.

Sarau para CriStinaA Biblioteca Municipal

Clodomir Silva, agora conta com o acervo pessoal da escri-tora sergipana Maria Cristina Gama, que foi divulgado em um evento denominado “Sa-rau para Cristina”. O evento reuniu amigos, familiares e admiradores da poetisa.

Ao todo, são mais de 1.100 títulos de clássicos da literatu-ra sergipana, nacional e mun-dial, com coletâneas de au-tores consagrados como Nel-son Rodrigues, Janete Clair, Charles Bukowski e Friedrich Nietzsche. “Ela sempre teve amor pelos livros e toda essa coleção foi o que inspirou sua própria obra. Como ela gosta-ria que os livros ficassem to-dos juntos, a gente encontrou aqui, na Biblioteca Clodomir

Silva, uma espaço ideal. Para nós está sendo um momento de realização importante, sabendo que a memória dela vai ser sempre lembrada”, ressalta Lícia Hanchaw, irmã da escritora.

Para a diretora da Biblio-teca, Maria de Fátima Góes, é uma alegria abrigar um acervo tão rico como o de Maria Cris-tina Gama. “Esta doação vai acrescentar valores à Bibliote-ca, até porque, muitos desses livros a gente ainda não esta-vam disponíveis na Clodomir. É uma honra enorme receber esta doação”, enfatiza. Sobre o sarau, a diretora ressalta que é uma forma de reconhe-cimento e retribuição. “Pensa-mos no sarau para agradecer à família, principalmente a mãe dela, dona Gláucia Gama, e comemorar, porque a Cristina foi uma poetisa muito impor-tante para Sergipe”.

MoStra de CineMaAinda dentro da progra-

mação do aniversário de 160 anos da capital, o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (Npdov), unidade da Funcaju, realiza a mostra de cinema “Mulheres na direção: O cinema sergipano na ótica feminina”. As exibições foram realizadas no Centro Cultural de Aracaju.

Uma das atrações da Mos-tra foi uma homenagem a Ilma Fontes, a primeira dire-tora sergipana, com a exibição da minissérie “A Última Se-mana de Lampião” (1985). A obra é considerada precursora por ser o primeiro seriado fei-to fora do eixo Rio-São Paulo. Outra produção de destaque foi o aclamado “Caixa D’água: Qui-lombo é esse?”, de Ever-lane Moraes, que participou de diversos festivais interna-cionais de cinema. A progra-

mação também contou com o curta-metragem “O Corpo é Meu”, de Luciana Oliveira, selecionado para o Festival de Cine de La Mujer Marialionza, na Venezuela.

outraS prograMaçõeS

Continuando as programa-ções alusivas aos 160 anos de Aracaju, no dia 16 de março a Biblioteca pública Municipal Ivone de Menezes realiza o evento “Leitura e Cidadania”, um encontro dos personagens e conhecendo os escritores da Literatura Infantojuvenil. Já na Biblioteca Clodomir Silva acon-tecerá a Hora do Conto.

O Centro Cultural de Araca-ju receberá a Trupe da Valdice com a apresentação “Águas de Ará pelos olhos de Zé”. Evento promovido pela Escola de Artes Valdice Teles, unidade da Fun-caju. Concluindo as atividades, o Coral Encanto – Voz e Violão se apresentará.

No dia 18 de março, acon-tecerá a “Jornada de Estudos - A Cidade e sua História”, no Teatro João Costa, do Centro Cultural de Aracaju. O even-to começa a partir das 9h, e segue durante todo o dia com palestras de pesquisadores e professores que abordam vários temas relacionados ao município. As pautas variam entre a mudança da capital sergipana, a passagem do imperador por Aracaju, pa-trimônio cultural, patrimônio imaterial, cultura popular e a paisagem de Aracaju.

No dia 19 de março, a Biblioteca Mário Cabral, no Centro Cultural de Aracaju re-cebe a roda de conversa “Ara-caju sob o olhar de Mário”, que terá a participação do Co-légio Ômega. Além do Recital de Poesia com a participação das Escolas Municipais Presi-dente Vargas, Anísio Azevedo e Freitas Brandão.

A Biblioteca Pública Munici-pal Ivone de Menezes realizará o “Biblioteca vai à escola”, que será de 23 à 28 de março.

Grupo de teatro de portuGal, liderado pelo teatrólogo Moncho Rodriguez, faz parte da programação cultural dos 160 anos

Edinah Mary

o 26º Salão doS NovoS, na Galeria de Artes Álvaro Santos, faz parte das comemorações

Silvio Rocha

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Informe PublIcItárIo A-9Jornal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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Política/NacioNalA-10 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Mais de 1 milhão de pessoas contra dilmaManifestantes vão às ruas em todo o país e analistas e políticos apontam saída para a crise no governo

Acuada pela oposição, por aliados hostis e pelas críticas vindas das ruas

— inclusive de seus próprios eleitores — a presidente Dilma Rousseff enfrenta a maior crise desde que chegou ao Planalto, há pouco mais de quatro anos: tem diante de si a árdua tarefa de superar o isolamento e res-taurar a confiança da população em meio a um escândalo de cor-rupção de grande monta, uma economia fragilizada e ânimos cada vez mais polarizados.

No último domingo, pouco mais de 1 milhão de pessoas (de acordo com as Polícias Militares) saíram às ruas de várias cidades brasileiras para externar sua insatisfação com as políticas do governo, pres-sionando ainda mais a presi-dente que deverá se empenhar em encontrar uma solução para a crise.

A BBC Brasil ouviu lideran-ças sociais, cientistas políticos e parlamentares para entender como a petista pode vencer a prova de fogo por que passa seu governo e assegurar a go-vernabilidade de seu segundo mandato, principalmente após os protestos, a grande maioria a favor de seu impeachment, no último domingo (15).

Segundo eles, a solução passaria por um tripé que inclui recuperar a confiança do seu eleitorado, ampliar o diálogo com a base aliada

“Dilma precisa de apoio político, ou seja, que o PT, o PMDB e a maioria do Con-gresso defendam o governo. Mas parte expressiva dos par-lamentares do PT, o partido da presidente, é contra o ajuste fiscal. O governo errou, prin-cipalmente em tentar isolar o PMDB. Não conversa com nin-guém e quer impor medidas”, disse Ismael.

Para o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do PMDB na Câmara, a discussão tem de ser mais “ampla”.

“O que o PMDB deseja é uma participação efetiva no núcleo institucional decisório do governo, deseja ser ouvido para a tomada das decisões estratégicas, políticas e da refor-mulação das políticas públicas. Mas, infelizmente, não foi dessa forma como esse processo foi conduzido nos últimos tempos”, criticou ele à BBC Brasil.

“O PT exerceu uma posi-ção hegemônica no núcleo de

decisão política do governo, estremecendo as relações entre o Executivo e o Legislativo e desorganizando a base aliada. Agora, essa relação precisa ser recomposta com diálogo e com a consolidação de uma coalizão verdadeira. Se o diálogo for sincero, e essa é a intenção, não vejo dificuldade para que isso ocorra. Do contrário, de fato, não irá avançar”, afirmou.

Já para o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), líder do PSD na Câmara, outro partido da base governista, o Congresso “não pode estar de forma pas-siva analisando as medidas do governo”.

Ouvir mais Opiniões“Queremos uma agenda

positiva e propositiva. A pre-sidente precisa ampliar seu núcleo político. Essa ampliação significa ouvir mais opiniões e pensamentos. Como líder do partido, acredito ser impor-tante o estreitamento entre o

governo e a base aliada”, disse Rosso à BBC.

Na semana passada, o gover-no deu uma indicação de que es-taria aberto a ampliar o diálogo ao incluir ministros de partidos da base, além de chamar outros membros da gestão, para as reu-niões de articulação política.

Nominalmente, Dilma citou os ministros Gilberto Kassab (PSD, Cidades), Aldo Rebelo (PC do B, Ciência e Tecnologia) e Eliseu Padilha (PMDB, Aviação Civil). Na ocasião, a petista apro-veitou para negar a possibilidade de retirada de Aloizio Merca-dante (Casa Civil) da articulação após rumores de que ela estaria insatisfeita com sua atuação.

Embora considerem “pe-quena, quase impossível” a possibilidade de Dilma con-quistar o eleitorado de oposi-ção, especialistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que a re-tomada da economia ajudaria a conter os ânimos exaltados dos opositores.

eleitOradO de OpOsiçãO“A possibil idade de se

aproximar do eleitorado de oposição é muito pequena. Acho que se estabeleceu uma resistência de alguns setores sociais à presidente, ao go-verno e ao próprio PT. Mas o presidente Lula, é preciso lembrar, teve esse apoio em determinado momento. A própria elite se surpreendeu com ele. É claro que Lula fo i favorec ido pe lo bom momento econômico que o Brasil vivia, especialmente em seu primeiro mandato, mas foi muito hábil politica-mente, garantindo uma boa interlocução com setores--chave da economia, como a indústria e os bancos”, afir-mou Melo, do Insper.

“Mas isso requer, sobretu-do, um perfil menos autori-tário. Na política, liderança e blindagem são imprescindíveis. E hoje Dilma não tem nenhuma das duas”, concluiu.

e retomar o crescimento da economia — este último pilar, acreditam, não erradicaria, mas atenuaria as fortes críticas que vem recebendo, sobretu-do, de opositores.

Cilada para si mesma“Dilma montou uma “ci-

lada” para si mesma durante a eleição, ao prometer que não mexeria em algumas das conquistas socioeconômicas ocorridas nos últimos anos. Agora, mudou o discurso e tem dificuldade de explicar o ajuste fiscal que, invariavelmente, se viu obrigada a executar, especialmente, para os seus eleitores”, afirmou à BBC Brasil Carlos Melo, cientista político e professor-adjunto do Insper.

Na última sexta-feira (13), protestos convocados por en-tidades ligadas a movimentos sociais, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimentos dos Traba-lhadores Rurais Sem-Terra) e UNE (União Nacional dos Estu-dantes), tomaram as principais cidades do país para defender “os direitos trabalhistas, a Pe-trobras, a democracia e a refor-ma política”.

Apesar de ter sido chama-do nos bastidores de “Blinda Dilma”, pelas manifestações de apoio à presidente e por ter ocorrido dois dias antes dos protestos de domingo, o ato não foi “nem a favor nem contra o governo”, afirma-ram lideranças à BBC Brasil.

“Queremos registrar nossa insatisfação com o rumo que o governo está tomando. Acha-mos que é necessário fazer ajustes fiscais, mas sem mexer no direito dos trabalhadores. A presidente pedir paciência não resolve o nosso problema. A saída é o diálogo. Não vamos pagar com nosso emprego essa crise que a presidente diz que existe. Ela tem um compromis-so assumido conosco durante as eleições”, disse à BBC Brasil Adi dos Santos Lima, presi-dente da CUT-SP, que defende a retirada das MPs (Medidas Provisórias) 664 e 665 que alteraram as regras de aces-so a benefícios sociais, como seguro-desemprego, auxílio--doença, pensão por morte, entre outros.

pressiOnar O gOvernOPara a UNE, o protesto de

sexta-feira foi uma forma de “pressionar o governo” para rever algumas das medidas tomadas recentemente.

“Nós fomos às ruas e con-quistamos essa vitória. Agora seguimos em frente por mais direitos para garantir os 10% do PIB para a educação e para aprovar uma reforma universitá-ria democrática no nosso país”, afirmou a presidente da UNE, Vic Barros, após a manifestação.

Segundo Ricardo Ismael, cientista político da PUC-Rio, Dilma precisa “urgentemente” reconhecer que “errou”, mas ainda tem dificuldades sobre

qual estratégia de comunicação adotar junto à opinião pública.

“A presidente Dilma não conseguiu explicar por que mu-dou o discurso de campanha nem por que a população deve se submeter a tantos sacrifícios. A insatisfação popular não é pelo terceiro turno; ela é obje-tiva: o governo está tomando medidas impopulares e não resta dúvida de que isso gera uma reação negativa da popu-lação”, disse ele à BBC Brasil.

difiCuldade de diálOgOA dificuldade de Dilma em

dialogar também é motivo de críticas no universo político.

“Uma das principais falhas

da presidente é, sem dúvida, a falta de articulação políti-ca. Sem apoio no Congresso, Dilma não consegue tomar medidas que possam garantir sua governabilidade, o que acaba impactando sua popula-ridade”, afirmou à BBC Brasil Paulo Baía, cientista político e professor da UFRJ.

“Ela precisa repactuar sua base aliada, que está completa-mente fragmentada, e ter como interlocutor o vice-presidente Michel Temer, que é um ho-mem de bom trânsito em todos os setores do Parlamento. Mas ela não o usa como deveria em grande parte devido a seu esti-lo de governar”, acrescentou.

Na opinião de Ismael, da PUC-Rio, a postura unilate-ral adotada pelo governo, especialmente com o PMDB, explica o impasse político no Congresso, cujo ápice ocor-reu quando o presidente do Senado, Renan Calheiros, devolveu a MP que reduz a desoneração da folha de pa-gamento. Recentemente, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ameaçou pedir demissão caso o Senado derrubasse o veto à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empre-sas do Nordeste.

Luís Guilherme Barrucho - @luisbarruchoDa BBC News

MicheL TeMer durante palestra em almoço na Firjan, no Rio

Governo errou ao isolar o PMDB, diz deputado

Temer sugere ao governo diálogo com humildadeRIO, (AG/G1) - O vice-pre-

sidente da República, Michel Temer, afirmou ontem, no Rio de Janeiro, que, em vez de se assustar com os protestos rea-lizados no domingo (15) nas principais cidades do país, o governo federal tem de “aplau-dir” a iniciativa popular. Duran-te almoço com empresários na sede da Federação das Indús-trias do Rio de Janeiro (Firjan), o peemedebista destacou que a mobilização do último fim de semana demonstra que o Executivo tem de dialogar com “muita humildade” com a po-pulação.

“Não temos que nos assus-tar com o movimento de ontem [domingo], temos de aplaudir. É um sinal de que é preciso fazer modificações e diálogos com muita humildade”, ressal-tou Temer.

Na manhã de ontem, a pre-sidente Dilma Rousseff reuniu o conselho político, formado pelo vice e por parte dos inte-grantes do primeiro escalão, para avaliar o impacto do pro-testos.

Além de Temer, participa-ram do encontro no Palácio do Planalto o assessor especial

legítimas e neCessáriasNa avaliação do vice, as

manifestações, às vezes, são mais do que legítimas, são “até necessárias”. Celebrando o que ele classificou como “extraordinária força popular”, Temer disse que, na avaliação do governo, os atos públicos de domingo não tinham como alvo principal o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em caso de a presidente vir a ser afastada por meio de um processo de impeach-ment, o próprio Temer assu-miria o comando do país, na condição de vice.

“Você sabe que – interes-sante – não nos pareceu que o pedido principal era o impea-chment. Foi a ideia de que uma minoria, evidentemente, que queria a saída da presidente, mas fruto, talvez, da incon-formidade com o governo”, ponderou.

Em meio ao evento na Fir-jan, o governador fluminense Luiz Fernando Pezão e o pre-feito carioca Eduardo Paes, ambos do PMDB, destacaram Michel Temer, presidente na-cional do partido, por sua “ca-pacidade de diálogo”.

da presidente Gilles Azevedo e os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Miguel Ros-setto (Secretaria-Geral), Aloi-zio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), Gil-

berto Kassab (Cidades), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Pepe Vargas (Relações Institu-cionais) e Eduardo Braga (Mi-nas e Energia).

Fala de ministros écriticada por Aécio

PORTO ALEGRE, (AG/G1) - Depois dos protestos em todo o Brasil contra o governo Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB) criticou ontem o pronuncia-mento dos ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secre-taria-Geral da Presidência feitos, na noite de domingo (15). Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele disse que os dois não estavam no planeta Terra e chamou de “patético” o de-poimento.

“Em primeiro lugar, depois dessa manifestação, com essa dimensão, a presidente da República não se dignou a vir olhar nos olhos dos brasileiros, para tentar entender minima-mente o que está acontecendo. Ela escala dois ministros, que parece que não estavam no Brasil ou não estavam sequer no planeta Terra neste último dia, que não entenderam ab-solutamente nada”, afirmou Aécio na entrevista.

O senador criticou ainda a afirmação feita por Rossetto de que quem estava nas ruas eram aqueles que não votaram em Dilma Rousseff.

“Eu me sinto até homena-geado por o ministro dizer que aqueles que foram para as ruas eram meus eleitores. Se fosse assim, certamente eu teria vencido as eleições e o Brasil não assistiria a um depoimento tão patético como esse a que assistimos, acompanhado de um grande panelaço”.

Aécio afirmou ainda que não vê os pedidos de impea-chment da presidente Dilma Rousseff como golpe, mas re-forçou que não está torcendo para que isso ocorra.

“O impeachment demanda de dois componentes. De ordem política, que não está longe de ocorrer, expresso por insatisfa-ção generalizada da população brasileira. Já do ponto de vista jurídico, ainda não está coloca-do. Mas é constitucional. Falar em impeachment não é golpe, mas não torço para que isso ocorra”, avaliou o senador e presidente do PSDB em entre-vista à Rádio Gaúcha.

númerO de manifestantesLevantamento feito por re-

pórteres do G1 em todo o país in-dica que ocorreram protestos em ao menos 160 cidades, que mo-bilizaram, ao todo, 2,3 milhões de pessoas, segundo a PM, e 2,9 milhões, segundo os organizado-res. (Há cidades que não tiveram estimativa de público feita pela polícia ou por organizadores).

Em Porto Alegre, a manifes-tação contra a presidente Dilma Rousseff, o governo, o PT e a favor do impeachment reuniu cerca de 100 mil pessoas no domingo (15), segundo a Brigada Militar. A orga-nização do evento contou 120 mil participantes. O grupo que se reu-niu no Parcão saiu em caminhada pelas ruas da cidade, passou pelo Parque da Redenção e retornou ao Parcão já no fim da tarde, quando começou a dispersão.

Dimensão de protestosBRASÍLIA, (AG, por Gerson

Camarotti, blog) - A presidente Dilma Rousseff recebeu no encontro de ontem com mi-nistros uma análise mais pes-simista que a do dia anterior em relação às manifestações de domingo em várias cidades. Todos demonstraram grande preocupação com os protestos.

Nas palavras de um minis-tro ao Blog, foi importante a presidente ter ampliado a reu-nião para auxiliares de outros partidos, a fim de ter um re-trato mais plural da realidade sobre a onda de protestos.

Internamente, havia minis-tros do PT que ainda insistiam que o movimento era apenas dos que não votaram em Dilma. Os

ministros de outros partidos, po-rém, deixaram claro que há uma insatisfação muito mais ampla e difusa contra o governo do que se imaginava anteriormente.

Na reunião, os presentes per-guntaram ao ministro Gilberto Kassab (Cidades), ex-prefeito de São Paulo, sobre as estatísticas da manifestação na avenida Paulista que, segundo a Polícia Militar, reuniu 1 milhão de pessoas. Ele fez um cálculo com base na metragem e por fotografias e, considerando qua-tro a cinco pessoas por metro quadrado, avaliou em 350 mil a 400 mil o número de mani-festantes presentes. O instituto Datafolha calculou 210 mil manifestantes.

arquivo/ag. Brasil

Beth santos/Divulgação Prefeitura do Rio

DiLMa passa pelo pior momento, pressionada por aliados hostis e pelas críticas vindas das ruas

Page 11: Conquista Dois prêmios naCionais

Forças iraquianas fazem uma pausa no ataque contra os extremistas do grupo Estado Islâmico

Eua/GraVaçÃo/EnTrEVisTa

Milionário confessa assassinatos

FAMÍLIAS FOGEM DE CIDADE LÍBIA APÓS CONFRONTOS COM EI

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[email protected]

JoRnAL dA CIdAdESIRTE, Líbia (Reuters) - Dezenas de famílias fugiram da cidade litorânea de Sirte, na Líbia, ontem, após dois dias de confrontos entre militantes do Estado Islâmico (EI) e combatentes leais ao governo sediado em Trípoli e diante da provável escalada na violência. Testemunhas relataram que famílias lotaram carros e seguiram em direção a Misrata, refúgio do grupo armado Amanhecer Líbio, que apoia o governo autoproclamado que controla a capital do país, Trípoli. Cerca de 20 carros retiraram os funcionários de um hospital.

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Iraque interrompe ofensiva contra o EIretomada de cidade é paralisada até que civis possam fugir e bombas à beira de estradas sejam retiradas

BAGDÁ, (AE) - A ofensiva iraquiana para retomar a cidade de Tikirt, que

está em poder do grupo Esta-do Islâmico, será paralisada até que os civis da cidade natal de Saddam Hussein pos-sam fugir e bombas colocadas à margem de vias possam ser retiradas, informou o minis-tro do Interior, Mohammed Salem al-Ghabban, ontem. As declarações de Al-Ghabban são uma explicação pública do por quê da ofensiva, que começou em 2 de março, ter sido interrompida. Soldados, policiais, milícias xiitas e combatentes tribais sunitas estão apenas na periferia da cidade. A operação é vista como um passo crucial na li-bertação de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque.

O ministro falou com jor-nalistas da cidade de Samar-ra, que fica nas proximidades

Sob controle do EI

Tikrit, a capital da provín-cia de Salahuddin, fica a

cerca de 130 quilômetros ao norte de Bagdá. Já foi a maior cidade iraquiana sob controle do Estado Islâmico e fica no caminho que liga Bagdá a Mo-sul. Sua retomada ajudará as forças iraquianas a recuperar uma importante ligação para uma operação futura de recon-quista de Mosul.

Autor idades mi l i tares norte-americanas disseram que uma missão militar co-ordenada para retomar Mo-sul deve começar em abril ou maio e envolver até 25 mil tropas iraquianas, mas alertaram que se os iraquia-nos não estiverem prontos, a ofensiva pode ser adiada. (Fonte: Associated Press).

de Tikrit. Ele afirmou que militantes do Estado Islâmico instalaram bombas em vias

e prédios no caminho para Tikrit. As forças iraquianas, auxiliadas por conselheiros

iranianos, reduziram a velo-cidade do avanço, declarou Al-Ghabban

“Os militantes estão espre-midos numa pequena parte do centro da cidade”, afirmou ele.

O ministro não deu um prazo para a retomada das ações, afirmando que a de-cisão “foi deixada para os comandantes em campo”. Até o momento, a campanha não recebe auxílio dos ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos, que continuam em outros pontos do Iraque e da Síria. O gene-ral norte-americano Martin Dempsey, chefe do Estado--Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, disse na semana passada que pelo menos 20 mil milicianos participam da ofensiva.

NOVA ORLEANS, (AE) - Ro-bert Durst, um milionário de uma das mais ricas famílias dos Estados Unidos, concordou on-tem a voltar para Los Angeles, onde pode ser condenado a até 15 anos de cadeia pelo assassi-nato de três pessoas. Durante a gravação de um documentário a respeito de suas ligações com as três mortes, ele disse - quan-do estava fora do alcance das câmeras mas com o microfone usado na entrevista - que havia “matado todos eles”.

Durst, de 71 anos, compare-ceu perante um juiz de New Or-leans ontem, depois de agentes do FBI o terem detido, antes de a emissora HBO levar o último capítulo do documentário ao ar, no domingo.

Ele é acusado de ter matado a tiros Susan Berman, filha de um criminoso que atuava como sua porta-voz. Ele também é suspeito da morte de sua esposa, Kathleen Durst, além de ter sido inocentado anos atrás pela mor-te de um vizinho idoso no Texas.

No final do documentário, que as autoridades esperam que finalmente o levará a uma con-denação, ele deixa escapar ter “matado todos eles, obviamente”.

A ex-promotora Jeanine Pirro, que reabriu um dos casos contra Durst anos atrás, disse ontem que as próprias palavras do milionário, gravadas duran-te e após a longa entrevista que ele concedeu à produção do programa, são suficientes para condená-lo.

No final do documentário “The Jinx: The Life and Dea-ths of Robert Durst’’ (Os Jinx: a vida e mortes de Robert Durst, em tradução livre), Durst reconhece semelhanças na letra de uma carta que ele escreveu e outra enviada ano-nimamente para a polícia de

robErT DursT foi descoberto durante gravação de um documentário sobre suas ligações com três mortes

Beverly Hills alertando sobre o cadáver de um amigo. Em seguida, ele foi ao banheiro, ainda usando o microfone.

ALgo InEspERAdoO que aconteceu a seguir foi

algo inesperado. Durst disse, aparentemente para si mesmo, que “é isso, você foi pego” e “Que diabos eu fiz? Matei to-dos eles, claro!”

O programa de domingo terminou com várias perguntas não respondidas.

Não estava claro se o cine-asta Andrew Jarecki chegou a informar Durst sobre as falas gravadas no banheiro nem o que exatamente o milionário quis dizer com elas ou de que forma os produtores do pro-grama colaboraram com as autoridades.

O advogado de Durst, Chip Lewis, disse que houve uma armação. Ele declarou à Asso-

ciated Press que Jarecki não deixou claro a Durst que com-partilharia a informação com a polícia. Lewis também suspeita que o horário em que Durst foi detido no sábado foi coor-denado com as autoridades e com a HBO para que o caso tivesse mais impacto. “É tudo Hollywood”, afirmou Lewis.

Mas a polícia de Los Angeles disse no domingo que a deten-ção aconteceu como resultado de novas informações obtidas ao longo do último ano. Jarecki declarou ao programa “Good Morning America”, da rede ABC ontem que não tinha ideia de que ele seria preso.

Pirro desconsiderou a hi-pótese de que agentes fede-rais poderiam combinar o horário da prisão com a HBO. “O FBI o deteve porque ele estava em Nova Orleans, com um nome falso, e partiria para Cuba, país com o qual não

existe tratado de extradição”, disse ela ao programa matinal “Good Day New York” da Fox TV, também ontem.

“AssustAdoR ouvIR”Jarecki disse ao “Good Mor-

ning America” que só ficou sa-bendo do áudio tempos depois, quando um editor ouviu as falas de Durst. “Foi assustador ouvir”, disse o cineasta.

Pirro afirmou que as pa-lavras podem claramente ser usadas contra o milionário no tribunal. “Foi uma declaração espontânea.”

A família Durst tem pelo menos US$ 4 bilhões, segun-do a lista dos norte-ameri-canos mais ricos da revista Forbes. Robert Durst está afastado de seus parentes des-de que seu pai escolheu seu irmão Douglas para dirigir a empresa da família. (Fonte: Associated Press).

DiPLoMaCia/rEaTaMEnTo

Cuba e EUa retomam conversasHAVANA (Reuters) - Cuba

e os Estados Unidos se reu-niram ontem para conversar sobre o reatamento dos laços diplomáticos, almejando novos progressos rumo a um acordo e, ao mesmo tempo, tentando evitar que suas diferenças em relação à Venezuela impeçam a reaproximação histórica.

A secretária de Estado assis-tente dos EUA Roberta Jacob-son deve se encontrar em Hava-na com Josefina Vidal, chefe de assuntos dos EUA do Ministério das Relações Exteriores cubano, e é possível que o diálogo se es-tenda até esta quarta-feira.

Jacobson e Vidal desfilaram suas respectivas delegações com grande pompa na capital cubana em janeiro e em Wa-shington em fevereiro, mas a nova sessão irá acontecer com equipes menores e, pelo menos até agora, sem o acompanha-mento da mídia.

Os Estados Unidos corta-ram os vínculos diplomáticos com Cuba em 1961, e as rela-ções continuaram hostis mes-mo após o final da Segunda Guerra Mundial.

Mas o presidente norte--americano, Barack Obama, re-verteu a política de isolamento de Cuba, envolvendo o país em 18 meses de conversas secretas que culminaram com o anún-cio conjunto com o presidente cubano, Raúl Castro, em 17 de dezembro, segundo o qual os dois adversários buscariam reatar as relações diplomáticas e ainda iniciar uma troca de prisioneiros.

EmbAIxAdANo dia 2 de março, Obama

declarou à Reuters ter a expec-tativa de que os EUA abram uma embaixada em Cuba antes da Cúpula das Américas, no Pa-namá, entre os dias 10 e 11 de

abril, quando ele e Raúl podem ter seu primeiro encontro face a face desde que trocaram um aperto de mãos no enterro de Nelson Mandela em dezembro de 2013.

Antes de concordar em reatar os laços, Cuba quer ser retirada de uma lista do Depar-tamento de Estado norte-ame-ricano de patrocinadores esta-tais do terrorismo e encontrar um banco disposto a lidar com as transações de seus postos di-plomáticos nos Estados Unidos.

Por sua parte, os EUA de-sejam aumentar o número de funcionários de sua missão em Havana e ter permissão de viagens irrestritas para seus diplomatas na ilha.

Os dois lados ralataram avanços nestes temas depois das duas primeiras rodadas de conversas. No dia 9 de março, os EUA declararam a Vene-zuela, aliada mais próxima

de Cuba, uma ameaça à sua segurança nacional e aplicaram sanções contra sete autorida-des do país.

QuEstão vEnEzuELAnAAutoridades norte-ameri-

canas disseram que a questão venezuelana não deve afetar as conversas com Havana, mas o ministro das Relações Exterio-res cubano, Bruno

Rodríguez, afirmou que qualquer ataque à Venezuela também é um ataque a Cuba, dizendo que Washington “pro-vocou sérios danos à atmosfera no hemisfério na véspera da Cúpula das Américas”.

“Espero que o governo dos EUA entenda que não pode tratar Cuba com uma cenoura (referência à ‘política da vara e da cenoura’) e a Venezuela com um garrote”, disse Rodríguez no sábado, durante visita à Venezuela.

aCiDEnTE/HELiCÓPTEros

Identificados os corposde vítimas na argentinaBUENOS AIRES, (AG e France Presse) - Peritos forenses iden-

tificaram os corpos de oito franceses, incluindo três atletas de elite, e dos dois pilotos argentinos mortos em um acidente de helicóptero na semana passada em La Rioja (noroeste), informou ontem uma fonte judicial. “Foram identificados os corpos de oito franceses e dos dois pilotos. Os corpos ainda estão no necrotério (La Rioja), e vou assinar a autorização para a transferência para Buenos Aires”, declarou a repórteres o juiz federal Daniel Herrera.

O acidente na segunda-feira da semana passada em Villa Castelli deixou a França em estado de choque.

A tragédia matou os dois pilotos argentinos e oito fran-ceses, incluindo a velejadora veterana Florence Arthaud, a nadadora Camille Muffat, campeã olímpica em Londres-2012, e o boxeador Alexis Vastine, medalhista de bronze em Pe-quim-2008.

O acidente também matou cinco membros da produção do programa de televisão “Dropped”, transmitido pelo canal TF1.

Os restos dos pilotos argentinos foram devolvidos às suas famílias.

Trata-se dos pilotos Juan Carlos Castillo, de La Rioja, e Roberto Abate, colega da vizinha Santiago del Estero. Os dois transportavam os produtores e participantes do reality.

“Os corpos dos dois pilotos foram identificados primeiro”, disse à AFP Herrera, encarregado da investigação.

Choque e explosão

As duas aeronaves se chocaram na pequena cidade de Villa Castelli, 1.400 quilômetros a noroeste de Buenos Aires, e os

tanques de combustível explodiram no acidente.As autoridades argentinas continuam a analisar as causas

do choque.“Terminamos o trabalho de campo e iniciamos a fase de

análise laboratorial em colaboração com o Escritório de Inves-tigação e Análise para a Segurança da Aviação Civil (BEA) da França”, indicou em um comunicado a Junta de Investigação de Acidentes da Aviação Civil (JIAAC).

O objetivo do ‘reality’, cujos participantes eram os melhores atletas na França, consistia em abandoná-los em zonas remotas e inóspitas com o desafio de retornar à chamada civilização em menos de 72 horas.

Reuters

Reuters

Page 12: Conquista Dois prêmios naCionais

Informe PublIcItárIo A-12Jornal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Page 13: Conquista Dois prêmios naCionais

A Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) se apresenta no Parque

dos Cajueiros às 19 horas desta terça-feira, 17 de março, dia do aniversário de Aracaju. A apresentação faz parte das ho-menagens à capital no dia em que irá comemorar 160 anos. O “Concerto da Cidade” é pro-movido pelo Governo do Esta-do, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) com apoio das secretarias de Estado da Comunicação (Secom) e Tu-rismo e Esporte (Setesp).

Este será o primeiro con-certo da Orsse em 2015, ante-

cedendo a abertura da tempo-rada oficial de apresentações (que irá de março a dezembro). “Faremos um preâmbulo do que acontecerá durante o ano. O Parque dos Cajueiros é um dos cartões postais da cidade, e esta será uma oportunidade de integrar nossas atividades cul-turais à sociedade aracajuana”, comenta o maestro da Orsse, Guilherme Mannis.

O concerto irá mesclar pe-ças que já compõem o reper-tório clássico da orquestra, como “A Primavera” de Antonio Vivaldi, que terá como solista ao violino o spalla da Orsse,

Márcio Rodrigues. Terá, tam-bém, músicas sergipanas em versão clássica, como ‘Cheiro da Terra’, além de uma rap-sódia sobre a música ‘Meu Papagaio’, composta pelo ser-gipano Daniel Freire. “Será um presente para Aracaju e um or-gulho para todos nós”, garante Mannis.

O concerto terá como regen-te o maestro Guilherme Mannis, Márcio Rodrigues, violino, e Daniel Freire, piano.

ProgramaçãoCésar Guerra-PeixePonteado

Piotr I. TchaikovskySinfonia n.5 em mi menor, Op. 64 IV movimento Antonio VIVALDIA Primavera, RV 289, das “Quatro Estações” Cláudio MiguelCheiro da TerraDaniel FreireRapsódia sobre “Meu Papagaio” Johannes BrahmsSeleção de Danças Húngaras (2, 5, 8 e 9)

[email protected]

Aracaju cresce para a Zona de Expansão e para a região Oeste da cidade

crescimento

Cidades B15 Cidades Jornal da Cidade

Ca

de

RN

O

Beditor: Eugênio Nascimento

sergipanidade

Cacique Chá reabrecom várias novidadesNo dia em que Aracaju comemora 160 anos, um dos símbolos

da capital volta a funcionar: o Cacique Chá reabrirá como restaurante-escola. A reabertura está marcada para às 17h.

Desenvolvido em parceria com o sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, o Cacique Chá funcionará como uma unidade da escola de gastronomia do Senac, no qual os alunos dos cursos de formação de culinaristas, garçonaria, e curso de turismo trabalharão em um espaço que aliará o prazer do encontro com o enriquecimento cultural.

No local funcionará também o Memorial Jenner Augus-to, em homenagem ao artista de maior expressão da história contemporânea de Sergipe. Na galeria de arte montada no restaurante, diversas obras de Jenner serão colocadas em exposição sob a curadoria de Mário Brito, colecionador de obras de Jenner Augusto. O espaço funcionará com equipa-mentos de cozinha de alta tecnologia, para que as obras de Jenner Augusto não sofram desgaste ou danos provocados pelo preparo dos alimentos.

Na ocasião, também será lançado o livro Cacique Chá – Jenner Augusto – Marcos do Modernismo, organizado por Mário Britto. A publicação conta a história do lugar que é considerado o maior ponto de encontro e responsável por momentos de muita alegria para os sergipanos.

Reforma

Em julho de 2014, o Governo do Estado entregou a refor-ma do Cacique Chá, que compreendeu o a recuperação

do imóvel e a restauração dos painéis do artista plástico sergipano Jenner Augusto. A recuperação do prédio foi uma ação executada pelo Estado de Sergipe, com recursos da ordem de R$ 319.653,66, resultado de Convênio firmado com o Ministério do Turismo.

Na ocasião, foi firmado Termo de Autorização de Uso com o Senac para transformá-lo em Café-Escola e Espaço Cultural Jenner Augusto, administrado pelo Senac, no qual as obras de Janner Augusto terão um lugar de destaque. Assim, o prédio passará a ser local de alta gastronomia, ponto turístico e de encontro, mas também um lugar de formação profissional, espaço para as artes e fortalecimen-to cultural do povo de Aracaju.

Cacique Chá

Fundado na década de 1950 como casa de chá, o Cacique Chá era um dos restaurantes mais finos da sociedade sergi-

pana à época. Na década de 1980, o Cacique passou a reduto da boêmia sergipana, quando alcançou seu apogeu por reunir pensadores e artistas consagrados.

ArAcAju terçA 17 e quArtA-feirA 18.3.2015

a apresentação faz parte das homenagens aos 160 anos de Aracaju

Orsse realiza concerto no Parque dos Cajueiros

5 horas - Alvorada festiva nos bairros Santo Antônio, Amé-rica (Igreja São Judas Tadeu), Inácio Barbosa, Orla de Atalaia e no Centro, nos mercados centrais;8h30 - Missa em Ação de Graças na Igreja de Santo Antônio9h30 – Apresentação do

grupo de Metais da Oscar, na Praça Inácio Barbosa10h – Solenidade de aposição de flores no monumento Iná-cio Joaquim Barbosa, funda-dor da cidade, na Praça Inácio Barbosa 11h30 – Entrega de medalha de Mérito Cultural Inácio Bar-bosa, na praça do mini-golfe

13h30 - Aracaju de tó-tó-tó. Confraria do Cajueiro, no con-junto Inácio Barbosa14h – Tarde de lazer no Parque da Sementeira16h às 19h – 32ª Corrida Cidade de Aracaju. Local de chegada na Praça Inácio Bar-bosa (Praça do mini-golfe), em Aracaju.

17h – Projeto Especial Pôr do Sol de Aracaju com apre-sentações de Valtinho do Acordeon, Hélio Lima, Júnior Ferrari e quadrilha junina Chapéu de Couro19h – Orsse apresenta no Par-que dos Cajueiros o Concerto da Cidade

aracaju 160 anos

Confira programação festiva da capital

Page 14: Conquista Dois prêmios naCionais

Hoje, dia 17 de março, bem distante dos idos de 1855, é o momento propício para fazer uma análise sobre a impor-

tância da mudança da capital sergipana de São Cristóvão para Aracaju. Porém, contar a História de Sergipe em alguns milhares de caracteres é tarefa difícil para qualquer escri-tor ou jornalista. Afinal, não dá para resumir 160 anos em uma página sem cometer o quase sacrilégio de deixar de lado algum fato relevante. Isso porque a somação de acon-tecimentos relatados na ordem cronológica correta ajuda a compreender melhor como a história se processou.

O historiador Ronaldo Alves, membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Memória e Patrimônio Sergipano, vai ajudar neste desafio. Ele explica que a resolução 413 da Assembleia Provincial, naquela da data, ele-vou à categoria de cidade o Povoado Santo Antônio do Aracaju na Barra da Cotinguiba, que passou a se chamar “Cidade de Aracaju”. Segundo ele, diferentemente do que muitos falam sobre Aracaju ter nascido na Colina do Santo Antônio, diversos historiadores sergipa-nos discordam da origem da capital.

“Aracaju já nasceu capital e para atender aos anseios e às necessidades as quais diretamente influenciaram na transferência da capital o então presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa (leia box), visando ao crescimento econômico e social que adviria com a mudança, contratou os serviços do engenheiro Sebastião José Basílio Pirro, que com o projeto dele edi-ficou a nova capital na parte baixa do antigo povoado e não na parte alta da então Colina do Santo Antônio”, explica Ronaldo Alves.

Vale destacar que o projeto de Pirro ficou conhecido como o “Quadrado de Pirro” e co-meçou onde atualmente se encontra a Praça Fausto Cardoso. A partir de então, aquela área passou a ser o centro administrativo da capital e logo se edificou o Palácio Olímpio Campos para sediar o Governo Provincial e os outros órgãos necessários na administração. “O projeto de Pirro inspirado em um tabuleiro de xadrez alavancou o crescimento da nova capital no sen-tido Norte/Sul a partir da Praça Fausto Cardoso e aproximadamente onde hoje está localizado o Edifício Estado de Sergipe (conhecido como ‘Maria Feliciana’) e Leste/Oeste a partir da Rua da Frente com seus limites no Morro do Bonfim, atual Rodoviária Velha”, diz o historiador.

Projeto progressista

A historiadora e professora Terezinha Oliva comenta que a mudança da capital deve

ser compreendida como parte de um grande projeto, no contexto da política modernizado-ra do Império e da política de conciliação en-tre os partidos. De acordo com ela, foi, como se dizia à época, um projeto pelo progresso de Sergipe, interpretado como a conquista de bons resultados para a exportação do açúcar, ancorado num momento positivo para a eco-nomia do Império brasileiro.

“Foi uma fase em que novas cidades sur-giram, mudanças de capitais ocorreram e em que um acordo entre conservadores e liberais proporcionou ao País um clima de maior tran-quilidade para o desenvolvimento de projetos de crescimento econômico”, relata a especia-lista, que é professora aposentada do Departa-mento de História da Universidade Federal de Sergipe (UFS), ex-superintendente do Institu-to do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em Sergipe, oradora do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, mestre em História e doutora em Geografia.

Terezinha Oliva destaca ainda que o projeto de Pirro atendeu aos interesses da produção açucareira, o setor mais dinâmico da economia sergipana à época, e foi alçado, pelo governo Inácio Joaquim Barbosa, à categoria de prio-ridade. “Abrir comunicação com os mercados, fazer coincidir o centro político-administrativo da então Província de Sergipe com o seu centro econômico. Essa é a importância histórica da mudança da capital. A cidade, projetada em ga-binete pelo engenheiro Sebastião Basílio Pirro, deveria simbolizar o anseio por progresso: ser moderna, segura e dotar Sergipe de um bom porto”, resume.

Para Terezinha, levando-se em conta o mo-mento histórico, a mudança da capital foi, segu-ramente, positiva para Sergipe. São Cristóvão, a antiga capital, que representou um marco da conquista do território, já era uma cidade com mais de dois séculos de existência e vivia uma fase de estagnação, pois o polo dinâmico da eco-nomia se transferira, desde as primeiras décadas do Século XIX, para a região do Cotinguiba. “Ademais, a antiga capital não dispunha de bom porto, elemento vital para a política de estímulo à exportação do açúcar. “Levar a capital para a região do Cotinguiba atendia aos anseios da nova elite econômica e trazia a capital para uma área mais propícia às comunicações, abria pos-sibilidades para o contato externo”, argumenta.

Evolução urbana

Aliás, segundo Ronaldo Alves, a evolução urbana de Aracaju no Século XIX, que teve

início com o projeto de Pirro, tinha dentro desse

quadrado as famílias mais ricas oriundas da elite canavieira e principalmente do Vale do Cotingui-ba, que edificaram as primeiras residências no local, utilizadas para acompanhar a venda do açúcar no então porto de Aracaju. “Entretanto, ao passar dos anos 1870 o aterro e o esgotamen-to dos mangues e alagados que circundavam a crescente capital contribuíam para a manuten-ção da salubridade pública que naquele momen-to era indispensável”, esclarece.

De acordo com a historiadora Terezinha Oliva, a mudança criava uma experiência ur-bana nova, num espaço conquistado ao mar e ao pântano, independente de um único chefe político ou de uma família, como acontecia com outras cidades do território sergipano. “Mesmo a Igreja, como mostra Fernando Por-to, não tinha no traçado da cidade uma posi-ção central: isso coube aos órgãos do governo, sediados na praça principal, em frente ao Rio Sergipe. Foi, portanto, uma cidade concebida para representar o poder político e o poder econômico, destinada a ser polo comercial e portuário”, descreve. Por isso Aracaju repre-sentou o anseio pelo novo, pelo progresso, a

abertura para o outro, para o mundo exterior, numa Província marcada pelo isolamento e pelas relações endógenas.

Assim, segundo Ronaldo Alves, no curso do Século XX, Aracaju passou a ter ares urbanos. Na cidade, em 1908, foi implantado o abasteci-mento de água da capital. Em 1909, os bondes puxados por tração animal. Em 1913, a instala-ção da luz elétrica e, em 1916, a implantação da rede de esgoto e da rede telefônica, que preconizaram o desenvolvimento urbano da cidade. Entretanto, nos anos 20 Aracaju viveria o maior desenvolvimento dela no que concerne à urbanização, que destacou o governo de Grac-cho Cardoso como impulsionador das grandes mudanças arquitetônicas e urbanas, demanda-das pelo pensamento higienista que permeou a época e que influenciaria de certa forma no processo de urbanização.

Em 1918, o governo trouxe a Aracaju um grupo de arquitetos e escultores italianos que estavam na Bahia com a finalidade de reformar o Palácio do Governo e, assim, acabaram pro-movendo outras obras na cidade. Isso contribuiu para uma nova visão arquitetônica, que passou a

ser empregada nas construções e, assim, remode-laria a cidade. “Com isso, surgiram os palacetes que compuseram a paisagem urbana de Aracaju a partir dos anos 20, como os palacetes da Rua Estância, Rua Itabaiana, da Avenida Barão de Maruim e da Praça Camerino, entre outras ruas que nos dias de hoje exibem poucos exemplares dessa época e que, na maioria, foram demolidos para construção de estacionamentos no centro da capital”, ressalta Ronaldo Alves.

Mais à frente, nos anos 50, com o crescimen-to da população advindo do progresso e da evo-lução da capital, o problema da falta de moradia exigia a ampliação e a adequação de políticas voltadas para a modernização urbana, já que a legislação anterior já não mais atendia aos anseios gerados pelo crescimento populacional. Ocorreram reformas a partir da preocupação com a habitação popular, quando, por pressões sociais e pela própria demanda, o Governo do Estado construiu, em 1953, o conjunto habita-cional Agamenon Magalhães, que surgiu como uma proposta para evitar a proliferação de fave-las na cidade.

Outro evento que marcou a evolução e a modernização urbana em Aracaju, segundo o especialista, ocorreu com a derrubada do Morro do Bonfim, no Centro, para a construção da “Rodoviária Velha”. Isso aconteceu em 1955, no governo de Leandro Maciel, tornando-se uma das mais importantes intervenções urbanísticas da época. O objetivo foi manter a área central inalterada socialmente, o que gerou a formação de núcleos periféricos, levando à intervenção do governo, através da construção dos primeiros conjuntos habitacionais.

Nova configuração

Mais tarde, em 1960, com a instalação da Petrobras, o desenvolvimento urbano de

Aracaju passou por uma nova configuração em virtude da implantação do terminal e escritórios da empresa e da exigência de mão de obra qua-lificada. Com isso, a expansão da cidade ocorria do Centro em direção à periferia, o que gerou um processo de fragmentação territorial. “Entre 1977 e 1989 foram construídos conjuntos habi-tacionais na periferia em parceria com a Cohab, uma medida para impedir o acesso da população pobre à capital e, assim, afastá-la. Já em 1980, os conjuntos Augusto Franco e o Orlando Dantas foram construídos.

Atualmente, Aracaju tem estendido a área territorial dela para o Sul da cidade, na região denominada Zona de Expansão. Contudo, é ne-cessário pensar políticas e reformas na gestão ur-bana democrática, para que, no futuro, possam diminuir a fragmentação e segregação urbana e social decorrentes do processo histórico que ocasionou a fundação de Aracaju.

Por tudo isso é preciso destacar que Ara-caju traz a marca da ousadia e do sonho de progresso, de abertura ao mundo exterior, de ampliação das comunicações, de ocupação racional e harmoniosa do espaço, sonho de melhores dias para os sergipanos. “Essa é a importância e a herança de Inácio Barbosa, que cabe a nós, aracajuanos do presente, pre-servar, cuidando melhor da cidade e evitando as distorções que têm conturbado e traído o sonho original”, sugere Terezinha Oliva.

Sobre Inácio Barbosa

O presidente Inácio Barbosa veio governar Sergipe para estabelecer a política de

conciliação e o processo de modernização implantados pelo governo do imperador D. Pedro II. Assumindo o Governo da Província em 17 de novembro de 1853, dele se afastou em 10 de setembro de 1855, falecendo a 6 de outubro do mesmo ano. São, portanto, dois anos e dez meses fundamentais para a histó-ria de Sergipe.

“O jovem presidente fluminense empre-gou todos os seus esforços na realização do projeto de mudança da capital e de impulso à economia sergipana. Foi dele a responsabili-dade pessoal pelo início do processo. Isto é o que mostram estudos de geógrafos como José Bonifácio Fortes, Fernando Porto e Alexandre Diniz e de historiadores como Felisbelo Freire, Clodomir Silva e José Calazans, entre outros. A comprová-lo dedicou-se o padre Aurélio Vasconcelos de Almeida, na obra intitulada ‘Esboço biográfico de Inácio Barbosa’”, escla-rece Terezinha Oliva.

Segundo ela, esta última obra, particular-mente no segundo volume, mostra a luta do presidente Barbosa, enfrentando os interes-ses de uma política profundamente marcada pelo intrincado mundo de relações familiares – os da elite sergipana – e os melhoramentos materiais que ele implementou, particular-mente em relação às vias de comunicação e de navegação. “A mudança da capital foi um ato corajoso do presidente, pois transfe-ria para uma cidade a construir o centro do poder político e administrativo da Província e, com poucos recursos, iniciava as obras, acompanhando-as pessoalmente. O desgaste pessoal evidente o levaria à morte, na cidade de Estância, para onde se retirara em busca de melhoras”, relata. Não se conhece o rosto de Inácio Joaquim Barbosa. Mas, nesta ci-dade que ele fundou, repousam seus restos mortais, e sua obra ficou para sempre ligada à História de Sergipe.

CidadesB-2 JorNal da CIdadEArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Cidade projetada no gabinete de Pirro e surgiu para atender aos interesses da produção açucareira

aracaju traz a marca da ousadia e do sonho

Laudicéia FernandesDa equipe jc

Praia de Atalaia, na zona Sul da capital, sempre atraiu olhares e muitos visitantes

região dos mercados centrais de Aracaju num tempo em que as ruas eram das charretes e cavalos

vista aérea de Aracaju do passado mostra enormes vazios habitacionais ainda na região central da capital

Fotos: Divulgação

Page 15: Conquista Dois prêmios naCionais

Contando hoje com uma das melhores estruturas para turismo no Nordeste, Aracaju ainda aparenta ser uma cida-

de tranquila e cheia de opções de passeios, oferecendo bons momentos de lazer em rios, mar e terra. É possível se divertir o dia todo sem se cansar, pois a cidade é pequena – tem uma área de apenas 181,857 quilômetros qua-drados e uma população de cerca de 600 mil habitantes – e as opções de lazer estão sempre umas bem perto das outras.

Um bom dia de passeio pela cidade começaria pela Orla da Atalaia, um espaço que há décadas reúne grande parte dos turistas e moradores durante o dia e à noite, com calçadões, quiosques, passeios na região dos lagos, feiras de produtos artesanais, quadras de esportes, fontes de água e até um oceanário, de onde se pode ver um “pedaço” do fundo mar com exemplares da fauna mari-nha. Na mesma orla está locali-zada a Passarela do Caranguejo, onde saborosos pratos típicos regionais são servidos.

Agora, se você estiver em Aracaju nesta terça-feira, quando a cidade com-pleta 160 anos, e seu roteiro continuar sendo ver ou banhar-se ao mar, dá para visitar ainda as praias do Banho Doce, Aruana, Náufragos e Mosqueiro, todas com fácil acesso, fazendo uso da Rodovia José Sarney. Em todas elas pode-se comer boas peixadas, caranguejos, siris, quebra-dos de siris e aratus, camarões, peixes fritos e deliciosos caldinhos de frutos do mar e outros sabores. No litoral norte da capital sergipana, aliás, está a Praia dos Artistas, a preferida dos surfistas e apelidada de “Havaizinho”, e uma área chamada Coroa do Meio em homenagem ao bairro em que está localizada.

Banho de rio

Mas se optar por rios, é possível alugar carros ou pagar para sair de catamarã pelas águas

mornas dos Rios Sergipe e Vaza Barris, curtindo o visual da cidade. O passeio pelo Rio Sergipe, por exemplo, permite apreciar Aracaju de um local privilegiado, iniciando o passeio do Bairro

São José, passando pela área central da cidade, conhecendo, inclusive, a Ponte do Imperador, a região dos mercados, a Ponte Construtor João Alves, mais conhecida como “Aracaju-Barra”, e os manguezais da Barra dos Coqueiros, localiza-do na Ilha de Santa Lúcia. Usando as águas do Vaza Barris, pode-se conhecer a Croa do Goré e as praias do Viral e Coqueirinho, já no município limítrofe de Itaporanga D’Ajuda.

É possível ainda optar por assistir e/ou par-ticipar do passeio de barco chamado “Aracaju de Tototó”. Já consolidado na programação do aniversário de Aracaju, todo dia 17 de março é realizado o projeto “Aracaju de Tototó”, que em 2015, na 12ª edição, vence barreiras mesmo com as dificuldades de concretização. Todos os anos, o Bairro Inácio Barbosa é o ponto de partida das

mais de 20 embarcações a mo-tor, popularmente conhecidas como “Tototós”, que percorrem parte do Rio Poxim e seguem pelo Rio Sergipe, colorindo a paisagem natural de Aracaju até o Município de Barra dos Coqueiros. Nesta 12ª edição, a saída das embarcações está marcada para as 13h30, na Confraria do Cajueiro, no Bairro Inácio Barbosa.

Outras atrações

Você ainda tem como opção visitar os museus, o centro histórico, Colina do Bairro Santo

Antônio, onde Aracaju foi fundada, os Mercados Antônio Franco, Albano Franco e Thales Ferraz. Neles, são vendidos os mais variados produtos, entre eles itens de artesanato, eletrônicos, ali-mentos e roupas. Uma boa pedida é visitar o mercado e aproveitar para almoçar em um dos bares ou restaurantes, onde são servidos delicio-sos pratos típicos,

É possível visitar ainda os Parques Governa-dor Augusto Franco (Sementeira), Governador Valadares (dos Cajueiros) e Governador José Rollemberg Leite (da Cidade). Na Sementeira, pode-se passear de pedalinho, fazer caminha-das, bater papo e relaxar no gramado. No dos Cajueiros, há espaço para boas caminhadas e para as crianças brincar. Já no Parque da Cidade dá para ver animais no zoológico, curtir o visual teleférico, caminhar entre a Mata Atlântica e consumir produtos típicos regionais.

Cidades B-3JOrnal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

folga

População aproveita véspera de feriado Os meses mais procura-

dos pelos turistas para visitar Sergipe são durante o verão e o período junino, informou a presidente da Associação Bra-sileira da Indústria de Hotéis/Sergipe (Abih/SE), Daniela Mesquita. Os turistas elegeram Aracaju como lugar limpo e tranquilo para se morar.

Segundo a presidente da Abih, os turistas que mais frequentam Sergipe são baia-nos, mas a procura de pessoas de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro tem aumentado a cada ano”. Mas neste ano, o período de alta estação, compreendido entre os meses de janeiro e fevereiro, não conseguimos atingir o núme-ro de turistas esperado em Sergipe. Isso se deve à falta de divulgação fora do Esta-do”, aponta.

Ainda de acordo com Mes-quita, o mês de março é con-siderado bem aquecido devido ao movimento do setor coorpo-rativo. “Este ano tivemos uma queda, estamos na metade do mês e não houve movimento. A maioria desses clientes é pres-tador de serviço da Petrobras. Acredito que isso se deve ao momento econômico compli-cado do País. Para os feriadões estamos fechando um convê-nio com várias empresas para intensificar a divulgação do nosso Estado e atrair o público de lazer”, disse.

A paulista e cabeleireira Cristina Dutra conta que já veio à cidade em outras opor-tunidades. “Sempre viajei a trabalho, mas nunca tive tempo para conhecer Aracaju. Dessa vez consegui, achei a cidade linda, tranquila. Acho que vou morar aqui”, afirmou. A contadora Daiane Contiva, de Brasília, resolveu conhecer a cidade graças às indicações de alguns amigos. “Estou aqui desde sexta-feira, achei a ci-dade limpa e bem organizada. Fui a Xingó e Mangue Seco, locais bem distantes, mas que

Ontem foi véspera de feriado na capital e os aracajua-nos ganharam as ruas para aproveitar a folga a fim de

resolver pendências ou fazer compras. O movimento no comércio foi tranquilo.

A estudante Neide Santana conta que para não gastar com transporte costuma ir a pé do Bairro Industrial ao centro da cidade. “Hoje [ontem] o movimento no banco foi tranquilo, porém nas ruas não mudou muita coisa”,

Já a funcionária pública Deise Maria da Silva apro-veitou a segunda-feira para deixar tudo em dia. “Muitos estão aproveitando a véspera de feriado para resolver suas pendências. Eu aproveitei para resolver tudo hoje para amanhã curtir e descansar”, comemora.

Para o gerente de loja Ricardo de Melo Silva, na manhã de ontem o trânsito fluiu melhor por conta das escolas que não abriram, mas as vendas estão deixando a desejar. “Por ser um feriado prolongado, até por conta dos pontos facul-tativos, as vendas estão abaixo do esperado”, disse.

Já no segmento dos cosméticos a expectativa de vendas aumentou, explica Edsonhia Alves, gerente de loja. “Desde de sábado o movimento melhorou bastante e hoje a tendên-cia é superarmos número de vendas” , comemora.

Na capital o comércio funcionou normalmente, as repar-tições públicas que declararam ponto facultativo foram a Assembleia Legislativa e a Defensoria Pública.

aracaju

Turistas destacam limpeza e tranquilidade

valeram muito a pena conhe-cer” , contou.

Para fonoaudióloga Daniela Agonilha, de São Paulo, já que os pais de seu marido moram na cidade há um tempo ficou

fácil escolher o destino da via-gem. “Resolvemos vir até para os avós curtirem um pouco os netos. É a primeira vez que venho aqui e a sensação, perto de São Paulo, é de uma cida-

de tranquila e sem violência. Achei Aracaju uma graça, co-nheci a Orla Pôr do Sol, a Orla de Atalaia e estou cogitando com meu marido até a possibi-lidade de morar aqui”, brincou.

laudicéia fernandesDa equipe jc

Banho nas águas mornas do Vaza Barris e passeio de barco são as boas pedidas neste 17 de marçoCapital de Sergipe oferece muita diversão

a fonoaudióloga Daniela Agonilha, de São Paulo, aproveita a capital sergipana com a família

a contadora Daiane Contiva, de Brasília, resolveu conhecer a cidade graças às indicações de amigos

Passarelado Caranguejo, Palácio-Museu Olímpio Campos, Parque da Sementeira e mercados municipais são alguns pontos bastante visitados

enquanto alguns foram às compras, a servidora pública Deise Maria da Silva aproveitou para resolver pendências

Degustar as Delícias gastronômicas, a exem-plo Das boas peixaDas e caranguejos, é mais uma atração Da “pequena”

jorge Henrique

andré Moreira

jadilson Simões

jorge Henrique

jadilson Simões

jadilson Simões

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Informe PublIcItárIoB-4 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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A dona de casa Josefa Maria Nascimento foi a primeira pessoa a chegar ao Instituto Identificação Dr. Carlos Menezes, na ave-

nida Adélia Franco, às 5h30, na esperança de trocar a carteira de identidade. Aquela quarta--feira era a segunda ida dela por lá, pois no dia anterior, terça, Josefa não havia conseguido atendimento. As enormes filas se tornaram lugar comum, tanto para as pessoas que, de segunda à sexta-feira, procuram o instituto, mas também para os funcionários. Por dia, são atendidas cerca de 300 pessoas e os servidores ainda têm outras obrigações: as solicitações dos demais órgãos de segurança pública e da Justiça Estadual e Federal.

Natural de Pedro Alexandre, na Bahia, Josefa Nascimento ficou na casa da irmã nos dois dias em que precisou para tirar a segunda via da carteira de identidade. Ela disse que precisava atualizar a fotografia, pois a carteira mais antiga mostrava suas feições mais jovem. Josefa tinha duas outras alternativas para renovar o docu-mento: ir para Salvador ou Paulo Afonso, mas optou por Aracaju. Naquele dia, finalmente ela conseguiu o objetivo, mas comenta que o serviço deveria ser mais célere e que aquelas filas no meio da rua, que deixam as pessoas expostas ao sol e a chuva, deveriam acabar.

Ao lado de Josefa Nascimento estava a de-sempregada Eliana dos Santos, 20 anos, grávida de sete meses. Ela saiu de casa, no Conjunto Luiz Alves, em São Cristóvão, às 5 horas, e era a segun-da pessoa na enorme fila. Acordar às 4 para ir ao Instituto de Identificação foi a maneira encontra-da para Eliana tirar a identidade. Questionada se sabia que teria atendimento diferenciado pelo fato de estar grávida, Eliana afirmou que preferia não arriscar, por isso quis chegar o mais cedo possível.

Última

À medida que vai se aproximando o horário de abertura do Instituto de Identificação – que

funciona de segunda à sexta, das 7 às 13 horas –

a fila vai aumentando ao longo da avenida Adé-lia Franco e dobra à direita na Travessa Robson Pereira Santos. Edvânia Santos Castro chegou às 6h40, era a última da fila no momento em que era entrevistada. Ela precisava tirar a segunda via da carteira, pois parte da sua digital estava danificada.

“Não imaginei que a fila fosse tão grande. Estou passada”, contou. Residente no Lamarão, ela saiu de casa às 5h30, “num ônibus lotado”. Edvânia acha que o processo todo deveria ser mais organizado, mas não sabe exatamente como fazer isso.

Pouco antes das 7 horas, a empacotadora Marília Vieira Febrônio estava na fila para que o futuro genro, Rafael Moraes, natural de Salva-dor, tirasse uma identidade em Sergipe, pois pre-tendia ser fuzileiro naval. Algum tempo depois,

Marília já tinha resolvido o problema do rapaz.A fila no Instituto de Identificação é uma

cena corriqueira e que na visão do diretor Everett Ferreira da Silva não vai acabar nunca. As histórias de cada pessoa também continua-rão a ser semelhantes, porque naquele local os serviços oferecidos são os seguintes: expedição da primeira via da carteira para os maiores de 18 anos, e a segunda via para quem perdeu ou foi roubado, ou ainda quem vem de outros Esta-dos. No instituto não há agendamento, mas em alguns casos a pessoa pode ser mandada para os dos Centros de Atendimento ao Cidadão (Ceac) para que seja concluído o processo de expedição do documento. Everett assegura que o trabalho ali é intenso e como nem todos os dados estão cadastrados no sistema e a busca por informação tem que ser feita no arquivo onomástico.

Os funcionários também ficam atentos, pois pessoas com problemas na polícia ou na Justiça tentam tirar uma nova carteira de identidade e acabam sendo flagrados. Everett fica em alerta, ainda, com o tráfico de influên-cias que já existiu. “Já tirei dois ou três funcio-nários que cobravam das pessoas. Isso é ilegal. Se alguém passar por isso, venha denunciar para nós apurarmos e mandarmos essa pessoa embora”, avisou. E diante de uma demanda tão grande os funcionários também ficam vul-neráveis aos destemperos de algumas pessoas, que xingam os servidores quando acham que o trabalho deles está lento.

Isso porque algumas pessoas chegam sem nenhum dado sobre a identidade – o número já ajudaria bastante – e há um trabalho hercúleo para se descobrir se aquela pessoa é realmente quem ela diz ser. Mas o serviço do Instituto de Identificação não se resume a expedir a identi-dade. Todas as pessoas que são presas são iden-tificadas criminalmente. O Instituto alimenta a Rede Infoseg, uma ferramenta que interliga as bases federais e estaduais, consubstanciando-se em um Banco Nacional de Índices, que disponi-biliza dados de inquéritos, processos, armas de fogo, veículos, condutores, mandados de prisão, entre outros, mantidos e administrados pelas Unidades da Federação e órgãos conveniados.

Servidores do instituto também vão a hos-pitais, quando chamados, para fazer exames de papiloscopia (impressões digitais) a fim de iden-tificar pacientes que dão entrada sem nenhum documento. O mesmo trabalho é feito no Insti-tuto Médico Legal, na tentativa de saber quem é aquela pessoa que teve morte violenta – acidente trânsito, suicídio, homicídio – ou mesmo foi víti-ma de um mal súbito e caiu em uma via pública e não portava documentos.

Até que o serviço seja totalmente informa-tizado – uma parte está no banco de dados – e haja biometria, como já ocorre com a carteira de habilitação e o título de eleitor, as deficiências no Instituto de Identificação Dr. Carlos Menezes continuarão, o povo seguirá nas filas contando histórias sob o sol e a chuva.

Cidades B-5Jornal da Cidade

A instalação de um equipamento de fiscaliza-ção eletrônica em determinada rua ou avenida é determinada seguindo uma série de critérios, entre eles o número de acidentes e avanço do si-nal vermelho, por exemplo. Esses e outros fatos são monitorados pela Superintendência Munici-pal de Transporte e Trânsito (SMTT), que, atra-vés da análise desses dados, conclui um estude e define onde e que tipo de equipamento de fiscalização será colocado. Ou seja, a instalação ou não de fiscalização eletrônica é delimitada, na maioria das vezes, pelo comportamento do condutor no trânsito.

O assessor de comunicação da SMTT, Flávio Vasconcelos, esclarece que os equipa-mentos não são colocados de forma aleatória. Muito pelo contrário. É realizado um estudo rigoroso para verificar a viabilidade e justificar a colocação. O que é levado em consideração para a instalação é a redução de acidentes com feridos e as mortes, seja em avenidas, cruzamentos, ruas ou um local de travessia de pedestres. “A SMTT tem em sua estatística to-dos esses locais, e o mapeamento de todos os pontos críticos da cidade onde há alta incidên-cia de acidentes que tem como consequência feridos e mortos”, explicou.

Os locais onde já foram instalados os equipa-mentos em fase de teste são áreas onde perma-necerão caso o processo licitatório, e os radares atendam as especificações técnicas do edital. “Um deles foi instalado na avenida Beira-Mar, na altura no Parque dos Cajueiros. Lá é um local onde há um grande número de pessoas atraves-sando as vias. É um local bastante perigoso e que

é necessário a redução da velocidade para que se evite acidentes. Já a lombada eletrônica foi colocada na avenida Maranhão, próximo a uma escola. Lá também há travessia de pedestres. O outro é o cruzamento da avenida Beira-Mar com Francisco Porto, ali é alto o índice de veículos que avançam o sinal vermelho, e essa infração

resulta muitas vezes em acidentes”, pontuou.Vasconcelos destaca ainda que quem diz

onde a fiscalização deve ser colocada é a estatística, mas ela está diretamente asso-ciada ao comportamento do condutor em determinados pontos da cidade. “Com o re-torno da fiscalização a gente já percebe uma

melhoria imediata na mobilidade urbana, porque as pessoas têm o habito de fechar os cruzamentos da cidade. Os motoristas apro-veitam o resto de sinal amarelo e furam até o sinal vermelho, o que acaba atrapalhando a mobilidade. Mas, com a volta da fiscalização eletrônica, o condutor que fizer isso terá seu veículo notificado”, frisa.

O assessor de comunicação da SMTT infor-ma ainda que processo licitatório ainda ocorre. A empresa que ficou como primeira colocada no processo já instalou um modelo de cada equipamento em três pontos da cidade e que agora estão em fase de testes. Nesse período, a SMTT irá analisar se os equipamentos seguem as especificações técnicas do edital. Caso os equipamentos atendam os critérios, passará para a fase de homologação do contrato e a empresa terá o prazo de 30 dias para iniciar as instalações. “A fiscalização eletrônica tem o ca-ráter educativo, de fazer com que a população perceba que é responsável diretamente pelos acidentes, pelas mortes, e feridos. O órgão de trânsito faz a sua parte mas ele precisa da par-ceria da sociedade”, destaca.

Além dos equipamentos de fiscalização ele-trônica, a SMTT também irá instalar painéis eletrônicos informando as condições do tráfego, seja de acidentes, engarrafamentos, obras na via, etc. “Serão painéis fixos e móveis, eles infor-marão, por exemplo, a movimentação de ruas e avenidas. Esses painéis estarão diretamente ligados a central de monitoramento da SMTT que através dos telas irão orientar e educar os condutores”, concluiu Flávio Vasconcelos.

Cerca de 300 pessoas são atendidas diariamente no órgão que ainda atende solicitações da SSP e Justiça

longa espera no instituto de identificação

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Antônio Carlos GarciaDa equipe jc

fisCAlizAção eletrôniCA

Mapeamento da SMTT define instalação de equipamentos

A redução de acidentes com feridos e mortes é levada em consideração para a implantação de radares

o diretor do Instituto de Identificação, Everett Ferreira, afirma que o trabalho é intenso na unidade

CenA CorriqueirA na avenida Adéllia Franco são as grandes filas formadas nas primeiras horas do dia usuários CheGAm cedo para garantir a retirada de novos documentos, seja primeira ou segunda via

jadilson Simõesjadilson Simões

jadilson Simões

jadilson Simões

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Jornal da Cidade b-7b-6 informe PubliCitário informe PubliCitárioArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015 ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Mesmo sendo a data 17 de mar-ço e s co lh ida como aniversá-rio da capital, a Prefeitura de

Aracaju trabalha todos os 365 dias do ano para come-morar e ofertar melhores serviços para a população. Por isso, completados dois anos de gestão, Aracaju completa 160 anos e a ges-tão presenteia com o de-senvolvimento em todas as áreas da administração municipal. Os efeitos já estão sendo sentidos e os números comprovam que dias ainda melhores virão.

Cada região da nossa cidade tem sido prestigiada com as ações, sejam elas na área do Transporte, da Saúde, da Educação ou Infraestrutura. Todos os bairros foram e continu-am sendo agraciados com obras e ações de relevância para seu desenvolvimento e melhora na rotina dos seus moradores e a expec-tativa é que nos próximos dois anos a realidade seja ainda mais agradável, não só para quem já mora em Aracaju, mas também para seus visitantes que, com toda certeza, poderão ser melhor recepcionados e le-varão consigo a imagem de uma capital a pleno vapor.

rodando no maCioSeja quem mora ou vem

dar apenas um passeio pela capital sergipana, precisa transitar, de carro, de moto, de bicicleta e até mesmo a pé. Independente da forma de condução, a condição das ruas é percebida e co-mentada, estando ela boa ou ruim. No entanto, a PMA tem procurado garantir que as ruas e avenidas da cidade estejam em perfeito estado para a locomoção dos moradores e turistas.

basta algumas voltas pelo Centro da capital, por exemplo, e já se pode perce-ber que o programa Rodan-do no Macio já passou por ali. Mas não só o Centro foi beneficiado. Só em 2014, 150 ruas da cidade foram recapeadas, totalizando cerca de 100 quilômetros.

Em 2015 o ritmo dos tra-balhos das equipes da Em-presa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) não só continuam, como ganharam mais fôlego. Até este mês de março já foram utilizadas sete mil tonela-das de asfalto. Apenas nas primeiras oito semanas do ano, 500 vias tiveram o pavimento recuperado. Já neste mês de março, quase 1.500 toneladas já foram utilizadas na manutenção asfáltica. Foram atendidos os bairros 18 do Forte, Ae-roporto, América, Inácio barbosa, Santa Maria e São Conrado.

CaJu bikeÉ claro que, com a ma-

nutenção asfáltica, todos são beneficiados, também aqueles que estão sob duas rodas. Por isso, quem utili-za bicicleta tem mais uma razão para continuar apro-veitar esse meio de trans-porte prático e que também coopera com a redução de gás carbônico jogado na atmosfera.

Pensando nisso e em outras vantagens, o Caju bike, serviço de aluguel

De ações na Mobilidade Urbana a melhorias na Saúde aPrefeitura de Aracaju beneficia a população nesses 160 anos

compartilhado de bicicle-tas, criado pela PMA atra-vés da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) em 2014, continua fazendo sucesso e agradando os usuários.

O Caju bike contempla 20 estações com disponi-bilidade de 10 bicicletas em cada uma. Até o início de março, foram realiza-dos quase 85 mil passeios, levando a 7.716 passeios por mês. Tudo isso, contri-buiu com mais de 30 mil toneladas de CO² a menos lançados na atmosfera terrestre.

novos ônibusOutra forma de trans-

porte que tem recebido ações positivas é a coletiva. Logo no início da gestão, a frota de ônibus de Aracaju estava, uma boa parte dela, sucateada, levando trans-tornos à população usu-ária. Mas, esta realidade mudou com a renovação dos ônibus. Do início de 2013 para cá, 265 novos

veículos foram colocados nas ruas da capital.

A espera por eles tam-bém melhorou com a ins-talação de novos abrigos. No ano passado, 130 locais foram contemplados e nes-te mês de março mais 32 abrigos serão instalados proporcionando melhores condições de espera pelo transporte público.

ComPlexo domergulhão

Na Zona Sul da cida-de, uma obra mudou a rotina em um dos trechos mais complexos do trânsito. Com o Mergulhão, uma das grandes obras inauguradas logo no início da gestão, o fluxo de veículos foi desa-fogado e aliviou o tráfego nos bairros Jardins, Inácio barbosa e Farolândia, o que dinamizou a mobilidade ur-bana através de corredores que ligam as localidades.

Encontrada paralisada e com problemas no projeto inicial, a obra foi tomada com uma das prioridades da atual administração, que trabalhou para corrigir os entraves, garantir os recur-sos e reiniciar o serviço que foi finalizado com sucesso.

A intervenção é um mo-derno conjunto urbanístico que inclui, além do Mergu-lhão, cuja extensão mede 90 metros, uma ciclovia com 4.300 metros, um ca-nal em concreto armado, implantação de rede de drenagem tubular, pavi-mentação asfáltica e ilumi-nação, além da urbanização do trecho final da avenida Iolanda Pinto barbosa, du-plicação da avenida Paulo VI até a ponte Gilberto Vila--Nova de Carvalho.

Calçadão daPraia formosa

O antigo local de lazer dos aracajuanos da épo-ca das primeiras grandes construções da capital, a Praia Formosa voltará a ser ponto de encontro. É que em cerca de 200 dias a PMA entregará mais uma grande obra.

Além de toda a estrutura necessária de um projeto paisagístico para atender a população, o novo espa-ço também agrega áreas para contemplação, como espelho e túnel d’água, jardim vertical e espaço de convivência sombreado. As crianças e os idosos não fo-ram esquecidos. Serão ins-talados equipamentos para que pessoas da terceira idade possam se exercitar e brinquedos como carrossel e parede de escalada para a garotada. Outra novidade, também anunciada pelo prefeito da capital, foi a rede Wi-Fi com internet gratuita que estará dispo-nível no Calçadão da Praia Formosa e em outras dez praças de Aracaju.

No entanto, esta impor-tante obra só pode ter início depois que a PMA interveio e acabou com um risco que a população corria. Uma contenção de 16 mil metros quadrados hoje separa, de forma segura, o rio Poxim do cidadão que tanto sofria com os transtornos causa-dos pelas ondas e a inse-gurança do local avariado, com risco de desabamento causado pelo descaso das gestões anteriores que não tomaram as devidas provi-dências. A construção tem 640 metros de extensão e seis espigões. O aterro feito entre o molhe e o cais ativo e houve também a execução de drenagem so-bre a calçada.

17 de marçoApós longa paralisação

das obras deixadas pela an-tiga Administração Munici-pal, a Prefeitura, através da Secretaria da Infraestrutura, assumiu toda a urbaniza-ção do bairro, inclusive de setores que eram de res-ponsabilidade do Governo Estadual, para que a popu-lação não fosse ainda mais prejudicada pelos trâmites burocráticos. Neste mês de março, enfim, foi assinada a ordem de serviço para a execução da infraestrutura do local.

infraestruturana Zona norte

Outras regiões de Ara-caju têm recebido bastante atenção da PMA, como é o caso da Zona Norte, locali-dade que antes não recebia tantas interferências e hoje já faz parte do desenvolvi-mento, de fato.

O Marivan, no bairro Santa Maria, recebeu dre-nagem, esgotamento e pavi-mentação asfáltica, realiza-das pela Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb). No total foram mais de 50 ruas do lotea-mento contempladas com a implantação da rede de drenagem pluvial, esgota-mentos sanitários, terrapla-gem, pavimentação asfáltica e paralelepípedo foi orçada em R$ 16 milhões, fruto de uma parceria da Prefeitura de Aracaju com o governo federal, através do progra-ma de aceleração do cresci-mento (PAC2).

Reescrever a história de um bairro através de boas idéias funcionou em Aracaju. Um olhar dife-rente também foi dado ao bairro Coqueiral. Mais de R$ 5 milhões investi-dos transformaram-se em sorrisos com as ações de

urbanização do local para garantir mais mobilidade e uma paisagem urbana mais graciosa e apta a receber visitantes e turistas. O reca-peamento funcionou, assim como a nova iluminação, a drenagem, o esgotamento sanitário.

No Japãozinho não foi diferente. O bairro rece-beu serviços como pavi-mentação, recuperação da rede de drenagem, limpeza e sinalização das vias públicas, entre outras ações que agradaram a população local.

assistênCia soCialNa área da assistência

social, um dos últimos feitos da PMA foi a entrega de dez novos veículos que irão aprimorar os serviços de-senvolvidos pela Secretaria Municipal da Família e da

Assistência Social (Semfas), por meio dos Conselhos Tu-telares, Cadastro Único e da Unidade de referência para as pessoas com deficiência, Centro-Dia.

Com investimento total de mais de R$ 556 mil, a chegada dos novos veículos

Somente no período estendido das nove USFs, quase 50 mil pessoas já foram atendidas em seis meses

André Moreira

na Segunda etapa do 17 de Março os moradores comemoram o início das obras de infraestrutura

Sergio Silva

atravéS do rodando no macio, as vias da cidade ficam cada vez mais fáceis de transitar

Ana Lícia Menezes

a prefeitura já inseriu 265 novos ônibus na cidade, em uma renovação de 50% da frota

Sergio Silva

com oS novoS veículoS entergues pela prefeitura, os serviços sociais estão sendo ampliados para beneficiar a população

Sergio Silva

irá aprimorar as ações so-cioassistenciais realizadas pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Mu-nicipal da Família e Assis-tência Social (Semfas). A unidade móvel do Centro Dia, por exemplo, irá aten-der, em cada residência, um número maior de pessoas com deficiência.

saúde restabeleCida Uma das principais pre-

ocupações da gestão atual logo que assumiu a admi-nistração era a pasta da Saúde. Além da dívida de cerca de R$60 milhões, ou-tras situações careciam de um choque de gestão, o que aconteceu e restabeleceu a Saúde municipal.

Um dos pontos altos da melhoria foi a implantação do horário estendido nas Unidades de Saúde da Fa-mília. Essa ação, iniciada no ano passado, continua evo-luindo e hoje se estendeu para nove USFs da capital, o que desafogou, inclusi-ve, o Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). Já fo-ram realizado quase 50 mil atendimentos neste novo horário.

Outra grande melhoria foi a regularização no esto-que de medicamento, tan-to nas USFs, como também nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva e Fernando Franco, localizadas na Zona Norte e Zona Sul, respectiva-mente.

A saúde bucal também foi assistida e continua sendo com a disponibiliza-ção da urgência odontoló-gica na UPA Nestor Piva. O atendimento na odon-tologia é voltado apenas para casos de urgência e emergência, tipo odontal-gia aguda (dor de dente muito forte), drenagens de abscessos dentários e prescrição de medicamen-tos para dor de dente. De segunda a sexta, o aten-dimento é realizado das 19h às 7h. Já nos finais de semana e feriados o atendimento é em tempo integral e não necessita encaminhamento.

um salto naeduCação

No início de 2013, Ara-caju ficou em uma vergo-nhosa colocação em um ranking nacional. A Edu-cação da capital era tida como pior entre as demais do país. Mas a adminis-tração atual sempre teve a Educação como priori-dade, pois entende que é cuidando da formação da infância que se constrói o desenvolvimento futuro.

Desta forma, através de esforços e foco nos traba-lhos, Aracaju ganhou outra posição, mas agora para comemorar. De acordo com Índice de Desenvolvimento da Educação básica (Ideb), a capital passou a ser a se-gunda colocada em desen-volvimento na área.

Ações como a entrega de tablets em todas as 76 unidades de ensino público municipal para compor o programa Diá-rio de Classe é uma das evoluções alcançadas na Educação e que tem trazi-do ótimos resultados, não só para os professores, mas, principalmente para os alunos.

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Um estudo elaborado pelo Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese) mostra que as mulheres estão se preparando cada vez mais para entrar no meio empresarial. Além disso, a pesquisa mos-tra que o Estado de Sergipe também conseguiu aumentar em 40% no período de 2001 a 2011 a participação de mulheres em empreendimentos empresariais, o que levou o Es-tado a ocupar o 3º no lugar no ranking de empreendedorismo no país. Hoje são mais de 96 mil. “Isso é muito bom porque a atividade empresarial passou a ser uma atividade de renda, além de ser uma oportunidade de enfrentar as dificuldades e diferenças no mercado de trabalho”, pontuou Simone Menezes, gestora do Sebrae.

As principais atividades em que as mulheres empreendedoras participam são do comércio de confecções, venda de calçados, acessórios e cosméticos, já as atividades de serviços são os salões de beleza. As mulheres já são responsá-veis pela chefia de 35,8% das micro e pequenas empresas sergipanas. Dez anos antes esse per-centual era de apenas 19,2%. “As mulheres es-tão se destacando nessa área porque estão pro-movendo mudanças na sociedade e de compor-tamento, porque passaram a chefiar também as famílias. Hoje 35.8% dos empreendimentos são liderados por mulheres, e isso para a gente é um avanço muito grande”, ressalta.

A inserção cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho contribui para o desen-volvimento pessoal e social não só de Sergipe, mas também do Brasil. O percentual de pro-prietárias de pequenos negócios que tinham ao menos iniciado o Ensino Médio saltou de 39,3 para 55% nos últimos dez anos.

“Elas estão promovendo mudanças na socie-dade, antes elas ficavam muito em casa e faziam atividades que não a colocavam no mercado de trabalho. Outra questão é que as mulheres estão investindo muito em capacitação, e ela favorece tanto o sucesso da empresa quanto a sobrevi-

vência delas. As mulheres têm se empenhando cada vez mais em fazer capacitações, e aqui, no Sebrae, temos vários cursos, tanto voltados para a gestão de negócios, gestão de finanças, empresarial, marketing, que são temas que são tratados no desenvolvimento das empre-sas. Mas não é só isso, elas es-tão estudando, fazendo cursos superiores”, afirma.

Menezes ressalta que a capacitação me-lhora não só o rendimento da empresa como também a sobrevida dela. “Fazendo cursos, elas ficam preparadas para enfrentar a com-petitividade, e a sobrevida é maior quando ela entende de gestão, conhecendo as ferramentas faz com que ela faça um bom planejamento. As mulheres, além de tudo, sabem ouvir os clientes, elas têm uma intuição que ajudam na tomada de medidas, além da preparação, o que conta muito. Elas estão agindo para melhorar o desenvolvimento da gestão, por isso que os números se tornam favoráveis”, destacou Simone Menezes.

CidadesB-8 Jornal da Cidade

Em 10 anos, o estado de Sergipe aumentou em 40% a participação feminina no meio empresarial

Cresce número de mulheres empreendedoras Grecy Andrade

Da equipe jc

No próximo dia 10 de abril, uma nova lideran-ça empresarial assume a Coordenação do Fórum Empresarial de Sergipe. O atual coordenador da entidade, Ancelmo Oliveira, passa a função ao ex--presidente da Associação Comercial e Empresa-rial de Sergipe (Acese), Alexandre Porto. Diversos empresários já comandaram o Fórum desde sua fundação, em fevereiro de 2000, com o objetivo de discutir os problemas e apontar alternativas para o crescimento do Estado.

“O Fórum Empresarial iniciou em um mo-mento meio difícil que o Estado atravessava. Naquele momento as lideranças empresariais, através de suas entidades, resolveram instalar um órgão que tivesse uma coordenação dos interesses das classes empresariais, respeitando as características de cada uma delas. Esse foi o mote daquela época”, informa Ancelmo Oliveira. Naquela época, 16 entidades participavam do Fórum Empresarial, número que cresceu para 24. “Esta participação se mantém pela importan-te de que se reverte o Fórum através dos anos”, celebra o coordenador.

As demandas das reuniões da entidade, que acontecem a cada quinzena, mudam de acordo com a conjuntura econômica e social do país, bem como o impacto no Estado de Sergipe. “O Fórum Empresarial está em consonância com as deman-das atuais. A cada dia surge uma nova, e que nós procuramos, sempre em acordo com os demais dirigentes de entidades, dar as respostas da classe empresarial. Esse é o papel que tem sido e que acredito continuará sendo”, pontua Oliveira.

O Fórum Empresarial não é uma entidade de pessoas, mas “uma entidade de entidades”. Através de seus representantes, procura catalisar quais são as demandas do setor produtivo e levar ao poder público, aos poderes constituídos. “A escolha dos temas para as palestras está também

em acordo com aquilo que é interesse da classe empresarial no momento. Algumas são ideias do próprio coordenador, de algum membro da Dire-toria ou de algum associado também”, esclarece Ancelmo Oliveira.

Ainda segundo o coordenador, é montada uma agenda que contemple a maioria dos inte-resses empresarias. “Fazemos uma seleção para levarmos aos demais membros, ex-coordena-dores e parceiros aquilo que é de interesse da entidade”, diz Oliveira. Já estiveram em pauta

no Fórum Empresarial assuntos como: Projeto Carnalita, mudanças na tributação brasileira, Meio Ambiente, reforma constituinte, univer-salização do Simples, Eleições, Contribuição de Iluminação Pública, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), dentre outros.

Parceria

O Fórum Empresarial de Sergipe tem man-tido diálogo estreito especialmente com

as secretarias de Estado do Planejamento e da

Fazenda. As reuniões periódicas possibilitam discussões acertadas sobre assuntos de inte-resse mútuo.

Outra entidade que mantém relação direta com o Fórum Empresarial é a Associação Co-mercial e Empresarial de Sergipe (Acese). Antes do período eleitoral, lideranças empresariais entregaram um documento aos candidatos ao Governo do Estado, durante o ´Almoço com Negócios da Acese´. A estrutura do documento foi dividida em três partes: diretrizes gerais, demandas e expectativas do setor produtivo, anexos sobre educação, segurança e tecnologia da informação. Os principais temas abordados foram: preocupação com os gastos do Estado na manutenção da máquina pública, infraestru-tura produtiva, Educação, combate à violência, Desenvolvimento Econômico, Agricultura, Turis-mo, Indústria e Tecnologia da Informação.

Homenagens

Ao final da gestão 2013 do Fórum Empresa-rial, naquela época coordenado pelo em-

presário Roger Barros, os líderes empresariais homenagearam os ex-coordenadores durante a confraternização de final de ano. Na oca-sião, o CEO da Infox, Jorge Santana, também fundador do Fórum Empresarial, agradeceu a homenagem e destacou acreditar na força da entidade. “É um desafio muito bom ser líder de líderes. O Fórum Empresarial tem cumprido seus objetivos”, comemorou.

Para Geraldo Barreto, proprietário da Campo Verde, o cooperativismo é fundamental para o pleno desenvolvimento do empresário moderno. “A convivência com os colegas no Fórum Em-presarial me fez amadurecer muito. Sou grato a esta entidade por tantas conquistas coletivas”, disse Barreto.

Preocupados com o fu-turo de Sergipe, diversos lí-deres de entidades de classe empresariais começaram a se reunir regularmente, des-de meados do ano de 1999, para discutir os problemas e apontar alternativas visan-do o crescimento do estado. Dessa iniciativa, nasceu o Fórum Empresarial de Ser-gipe, entidade de direito privado e finalidade públi-ca, que teve sua assembléia de fundação realizada em fevereiro de 2000.

Durante a assembleia, foram eleitos seus primeiros dirigentes: Ancelmo Oliveira

(Coordenador), Jorge Santa-na de Oliveira (Vice-Coorde-nador), Fernando Carvalho (Secretário) e Antônio An-drade (Tesoureiro). O Fórum tem sede à Rua José do Prado Franco, 557, no Centro de Aracaju.

Segundo seu Estatuto, o Fórum Empresarial de Sergipe tem como objetivos discutir e elaborar propostas para a promoção do desen-volvimento econômico e so-cial de Sergipe, estimular o despertar da consciência de toda a sociedade sergipana para as potencialidades do estado e lutar pelo fortaleci-

mento da atividade empre-sarial. Além disso, sempre que necessário o Fórum tem encaminhado propostas, sugestões e críticas às várias instâncias do poder público, sobre temas de interesse da classe empresarial, dando conhecimento ao conjunto da sociedade.

O Fórum realiza reuniões--almoço quinzenais, ocasiões em que são discutidos os temas do cotidiano do setor produtivo e, regularmente, são recebidos convidados para debates sobre os mais diversos temas de interesse dos empresários.

Desenvolvimento em debate

sErGipE

Fórum empresarial comemora 15 anos de fundação

AncElmo Oliveira destaca a importância da entidade para a discussão de demandas do setor produtivo. A classe empresarial se reúne quinzenalmente para o debate sobre os mais diversos temas

ComérCio de ConfeCções, CosmétiCos e Calçados são atividades que Contam Com a maior partiCpação delas

GEstorA do Sebrae, Simone Menezes aponta as mudanças da sociedade e a inserção da mulher no mercado

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

andré Moreira

Divulgação Divulgação

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Informe PublIcItárIo B-9Jornal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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Jornal da Cidade b-11b-10 Cidades CidadesArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015 ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Divulgação

Marcos Rodrigues

Com 160 anos completados hoje, Ara-caju é uma cidade que vem se moder-nizando conforme seu crescimento

econômico e social. Para acompanhar o desenvolvimento da capital, o Governo do Estado investe no fortalecimento do turis-mo, mobilidade urbana e infraestrutura com obras como o anel viário do Aeropor-to Santa Maria, casas populares no Porto D’Anta, ampliação do Centro de Conven-ções, reforma do batistão e Gonzagão.

aeroportoA modernização do Aeroporto Santa

Maria tem base em prioridades estaduais e regionais. O novo terminal atende ao au-mento da demanda turística e empresarial do Estado. Os cerca de R$ 400 milhões in-vestidos – sendo R$ 90 milhões dos cofres estaduais – dotarão o aeroporto de condi-ções plenas de operação, permitindo que ele cumpra papel estratégico, tornando-se terminal alternativo ao de Salvador.

As intervenções estruturais abrangem a construção de um novo anel viário no entorno do aeroporto, desmonte do que restou no Morro do Avião e a elaboração dos projetos da pista e da estação de passa-geiros. Além de dar suporte ao crescimento do turismo no Estado, as melhorias no aeroporto terão impacto no sistema viário da Zona de Expansão, já que facilitarão a integração dos bairros Atalaia, Aeroporto, Farolândia e Santa Maria.

anel viário Com 90% concluído, o anel viário do ae-

roporto de Aracaju integra a reforma e am-pliação do Aeroporto Santa Maria. Com um investimento superior a R$ 20 milhões, a obra está sendo realizada em três frentes de trabalho. O anel viário interligará diversos núcleos urbanos existentes em seu traçado, criando melhores condições de mobilidade à população, facilitando assim a logística de transporte em direção à zona de Expansão de Aracaju e ao litoral Sul do Estado.

A primeira etapa, realizada no Con-junto Santa Tereza, foi a ampliação e re-vestimento do canal em concreto, numa extensão de 836 metros.

A segunda frente é a duplicação da Avenida Alexsandro Alcino, que vai da Heráclito Rollemberg até a Avenida ObA 2 (ObA - Oleoduto bonsucesso Atalaia). A terceira frente está localizada na Avenida ObA 2, onde está sendo feito o recapea-mento de parte do trecho da avenida. O governador Jackson barreto explicou que o novo sistema viário fortalece a economia e a mobilidade na região. “Toda a primeira eta-pa do sistema viário contará com ciclovia, iluminação e passeios nas avenidas. Uma obra de dimensão grandiosa que fortalece a economia, o desenvolvimento e proporcio-na novos negócios para o Estado”, detalhou.

santa Gleide Para acompanhar o crescimento da ca-

pital, o governo constrói uma nova via de

acesso à cidade: a Avenida Santa Gleide. O novo eixo rodoviário está 50% con-cluído e beneficiará diversas localidades de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, fortalecendo a estrutura urbana das cida-des e permitindo ainda o alívio do fluxo atualmente existente nas avenidas Osval-do Aranha e Tancredo Neves, principais corredores de entrada para quem chega a Aracaju pela bR-235.

Para o governador Jackson barreto, a obra de mais de R$ 19 milhões favorece a mobilidade urbana e valoriza a região. “Essa obra fará uma ligação direta com Nossa Se-nhora do Socorro, beneficiando diversas localidades, trazendo mobilidade urbana e valorizando uma área que se encontrava abandonada”, assegurou o Jackson.

O prolongamento das respectivas vias vai possibilitar a formação de um novo corredor de acesso à capital sergipana, ligando a bR-235 ao centro da cidade através das avenidas Santa Gleide, Mara-nhão e Coelho e Campos. Quem se dirigir à capital pela Rota do Sertão, via bR-235, ou mesmo pela bR-101 Norte, encontrará essa nova via a partir do viaduto de acesso a Itabaiana.

Centro de ConvençõesO segmento turístico de Sergipe come-

mora mais um investimento na ampliação da infraestrutura do setor. O Governo do Estado, junto com Ministério do Turismo, planeja a reforma e ampliação do Centro de Convenções de Aracaju, também conhe-cido como CIC. Orçada em R$ 20 milhões, a obra será executada pelo PAC Turismo e busca sedimentar o turismo de negócios em Aracaju.

Jackson barreto destacou as ações do governo no setor, que atualmente é a segunda atividade que mais gera empre-go no Estado. “Esse é um investimento fundamental para o fortalecimento do turismo de nosso Estado. Nosso governo tem se preocupado e trabalhado para o desenvolvimento da atividade turística. De 2007 para 2012 passamos de 700 mil para 1,4 milhão de passageiros no aeroporto. As obras de infraestrutura executadas pelo nosso governo contribuíram para esse ín-dice crescente de turistas. Temos a Ponte Joel Silveira integrando nosso litoral Sul, a Ponte Gilberto Amado, a recuperação e construção de rodovias, como a Rota do Sertão, e a ampliação do aeroporto de Ara-

caju, entre outras obras importantes para o desenvolvimento do turismo. Estamos fazendo o nosso dever de casa na infraes-trutura turística de nossa terra”, afirma.

Com a reforma, o Centro de Conven-ções da capital dobrará sua capacidade de público, passando dos atuais 1.500 para três mil pessoas e será todo climatizado.

Bairro industrialCom mobilidade urbana e infraes-

trutura turística moderna, os bairros da cidade também passam por um processo de revitalização. É o que acontece com o bairro Industrial, zona Norte de Aracaju. A urbanização da segunda etapa da Orla do bairro Industrial está em andamento e prevê uma série de benefícios que pro-metem tornar ainda mais agradável essa região da cidade. A obra está orçada em R$ 3 milhões.

Os serviços que darão continuidade ao complexo já existente na primeira etapa contemplam, entre outros benefícios, a duplicação da pista de rolamento, num trecho de 150 metros, que passará a ter largura de nove metros e canteiro central com um metro de largura. Após a con-

Grandes obras do Governo do Estado modernizam Aracaju AvenidA SAntA Gleide: novo eixo rodoviário está 50% concluído e beneficiará diversas localidades de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro BAirro induStriAl, na zona Norte de Aracaju, também teve sua infraestrtura revitalizada para melhor mobilidade urbana e recepção aos turistas

eSpAço ganhou nova roupagem após sua completa reforma e, a partir de abril, contará com programação mensal de eventos Anel viário no Conjunto Santa Tereza, cujo investimento foi mais de R$ 20 mi, integra a reforma e ampliação do Aeroporto Santa Maria

clusão, duas pistas com 400 metros de extensão, além de 2,5 metros de estacio-namento, aprimorarão a mobilidade para moradores e visitantes. Uma nova calçada de 400 metros, com largura variando de três a 5,5 metros, vai se estender ao longo do muro de contenção, que também será construído.

BatistãoSímbolo do esporte em Sergipe, o Está-

dio Lourival baptista, popular “batistão”, foi revitalizado pelo Governo do Estado e reinaugurado em fevereiro deste ano. O espaço, que tinha apenas cunho esportivo, ganhou aspecto de Arena e agora vai poder abrigar não só competições futebolísticas, como eventos artísticos.

O governador Jackson barreto realizou a entrega da arena e comemorou o fato de o espaço multiuso ter ganho uma estrutura padrão Fifa, possibilitando assim que o lo-cal receba grandes competições esportivas.

“É um marco na história de Sergipe e na vida do esporte do Estado. É um outro estádio, uma arena, uma bela praça de es-portes à altura de qualquer competição de nível nacional. Praticamente se construiu

um novo estádio. Fico feliz de ter sido no meu governo a entrega desta obra para o conforto da população, desportistas e tor-cedores. Tudo que existe de mais moderno colocamos aqui”, destaca o governador.

vantaGensInaugurado há quase 46 anos, em 9 de

julho de 1969, o espaço nunca havia passa-do por uma ampla reforma. O investimen-to foi de R$ 25.964.934,01, recursos esta-duais e federais que dotaram a principal praça de esportes de Sergipe de modernas instalações atendendo aos padrões discipli-nados pela Fifa. Com a modernização, o es-paço passa a receber um público de 15.575 pessoas dispostas em assentos monobloco com encosto (cadeiras). Com a reforma, o Estado estuda a possibilidade de implantar um museu do esporte no local.

Toda a fachada externa da Arena batis-tão foi revestida com brises metálicos e a iluminação é feita com lâmpadas de LED. No entorno do gramado foi implantado alambrado de vidro. O batistão ganhou um novo e moderno placar full color com 25,60 m². O Governo do Estado realizou ainda a reforma geral dos vestiários, a imperme-

abilização das marquises, a instalação de 21 catracas eletrônicas e a implantação de novo sistema de sonorização. Vestiários, cabines de rádio e televisão, camarotes e sala de comando foram climatizados e foram instalados sistemas de prevenção e combate a incêndio e de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).

A nova Arena batistão conta ainda com bilhetes informatizados. Foi implantado um sistema de acesso moderno e informa-tizado para evitar a evasão de renda. O mesmo sistema foi implantado nas moder-nas arenas multiuso inauguradas no brasil para a Copa do Mundo.

Com a ampliação, o estádio ganhou também três novos degraus de arquibanca-da, proporcionando um aumento de 1.600 lugares sentados na capacidade. Para aten-der aos critérios de acessibilidade, foram construídas rampas e seis banheiros para pessoas com deficiência e implantados piso e mapa táctil. Por fim, foram construídas duas áreas reservadas para cadeirantes, cinco bancos de reserva, dois novos vesti-ários para juízes (masculino e feminino), pórticos nas ruas Campo do brito (princi-pal) e Cedro.

GonzaGãoCom 25 anos de tradição, o Complexo

Cultural Gonzagão faz parte do cenário artístico e histórico da capital sergipana. O espaço abrigou milhares de eventos ao longo desses anos e ganhou nova roupa-gem após sua completa reforma, finali-zada em 2014. Responsável por receber concursos de quadrilhas juninas, o local abriga também iniciativas de diversos segmentos culturais.

A partir deste ano, a ideia é proporcio-nar a realização de eventos mensais, fo-mentando a economia e o setor cultural sergipano. De acordo com o assessor téc-nico da Secretaria de Estado da Cultura, Irineu Fontes, o Gonzagão terá forró não só em meio aos festejos juninos, como durante todo o ano. O projeto está pre-visto para começar em abril e pretende incluir os artistas de Sergipe na produção das ações. “Os eventos acontecerão em toda primeira sexta-feira de cada mês e também aos domingos, com o “Gonza-gão Forró e Arte”, permitindo um espaço para o forró aberto durante todo o ano”, resume Irineu.

O governador Jackson barreto reco-nhece a importância do espaço para a vida cultural da comunidade aracajuana e, em especial, a do Augusto Franco, conjunto onde o centro está situado. “O Gonzagão é a casa de nossa arte mais genuína: o for-ró. Abrir esse espaço para receber artistas locais é um presente não só para nossa cultura como também para os aracajuanos e turistas”, disse Jackson.

reformaEm junho de 2014, no fim de semana

que antecedeu o dia de São João, o Go-verno do Estado entregou aos aracajua-nos o Gonzagão totalmente reformado. A tradicional casa de forró, inaugurada em 1990, demandou um investimento de R$ 484.954,92, que permitiu fa-zer melhorias em sua estrutura para oferecer mais conforto e segurança ao frequentador. A obra foi custeada com recursos de convênio entre o Estado, por meio do Fundo Estadual de Desenvolvi-mento Cultural e Artístico, e o Ministé-rio da Cultura (MinC).

Entre os serviços realizados, esteve a substituição do piso do salão de dança, que passou do assoalho em madeira para piso de alta resistência, e a instalação de equipamentos de combate a incêndio e de sistema de proteção de descargas at-mosféricas (SPDA).

Também foi feita a recuperação da es-trutura metálica da cobertura, a execução de novas instalações elétricas e recupe-ração de instalações sanitárias, além de pavimentação interna com instalação de piso táctil para acessibilidade, recuperação dos quiosques e da bilheteria, execução de drenagem externa, recuperação dos muros externos e pintura geral do imóvel.

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Capital revelou grandes nomes como o ex-governador Marcelo Déda, falecido em dezembro de 2013

aracaju: cidade que respira política

A mudança da capital – de São Cristóvão para Aracaju – foi um ato corajoso de Inácio Joa-quim Barbosa, então presidente da Província

de Sergipe em 1855 (leia matéria nesta edição). Afinal, ele transferiu o centro do poder político e administrativo da Província para uma cidade ainda a construir. Isso significa que desde que foi fundada, em essência, Aracaju é uma cidade que respira polí-tica. Assim, muitos nomes de parlamentares e gesto-res públicos ascenderam a partir dela, tornando-se ícones do cenário político do Estado.

Neste universo, talvez o nome mais emble-mático na atualidade seja o de Marcelo Déda Chagas. Nascido em Simão Dias, o advogado petista seduziu a sociedade sergipana durante anos, usando a oratória impecável e apaixo-nante, aliada a um carisma que não tinha con-corrência. Assim, Déda cultivou uma carreira política invejável, sendo, por exemplo, deputado estadual e federal – na Câmara dos Deputados, em Brasília, inclusive, ele foi eleito o melhor parlamentar do País na ocasião.

Mas foi em 2000 que a ligação de Déda com Aracaju se estreitou. Ele foi eleito prefeito da capital, cargo que ocupou de 2001 até 2006, quando renunciou para disputar o governo esta-dual. Elegeu-se governador de Sergipe naquele ano e foi reeleito em 2010, cargo que ocupou até a morte dele, em 2 de dezembro de 2013, aos 53 anos. Morreu jovem demais e deixou um legado que dificilmente será esquecido.

régua e compasso

No lugar de Déda, ficou Jackson Barreto. O en-tão vice-governador, filiado ao PMDB, assumiu

o Governo do Estado com a incumbência de levar adiante o projeto de seu antecessor. Bem antes, foi prefeito de Aracaju por dois mandatos – de 1986 a 1988 e de 1993 a 1994. Também traz no currículo a experiência como parlamentar: foi vereador por Aracaju, deputado estadual e federal.

Hoje, aos 70 anos e já anunciando a aposen-tadoria para quando finalizar a gestão à frente do Governo do Estado, Jackson Barreto revela que a relação dele com Aracaju é de amor,

iniciada quando, ainda menino, veio morar na capital de Sergipe. A família dele, como muitas outras do interior, saiu de Santa Rosa de Lima para que os filhos pudessem estudar e “serem gente”, como costuma se dizer sobre os que vão para centros urbanos maiores em busca de oportunidades. “Foi Aracaju que me deu régua e compasso para ingressar na vida pública e me ensinou qual o lado em que eu deveria estar nos meus sucessivos mandatos: do lado de quem mais precisa”, assinala o governador.

Durante o período em que atuou na capi-tal, ele afirma que sempre buscou demonstrar todo o amor e o carinho que sentia através do trabalho, que, segundo ele, deixou marcas em toda a cidade, principalmente nas periferias. “Esse trabalho me levou a construir escolas para colocar na sala de aula mais de 14 mil crianças que não tinham a oportunidade de estudar. Drenei e pavimentei inúmeras ruas, tirando milhares de pes-soas da poeira e da lama. Inves-ti em creches e postos de saúde e dei uma atenção especial às causas sociais”, destaca.

Jackson afirma, aliás, que em todo canto de Aracaju há um pedacinho deste trabalho, que agora, como governador, procura dar continuidade, realizando obras e ações que ajudam a melhorar a qualidade de vida da gente desta terra. “A minha história de vida tem muito de Aracaju. Parabéns para a nos-sa capital que completa 160 anos”, deseja.

“Ceboleiros”

Do mesmo modo que Aracaju acolheu Ja-ckson Barreto, também deu boas vindas

a outro parlamentar. Luciano Bispo é o atual presidente da Assembleia Legislativa (Alese). Antes disso, foi deputado estadual, secretário de Estado da Articulação Política no Governo Marcelo Déda e assumiu a Prefeitura de Ita-baiana, a 57 quilômetros de Aracaju, por qua-tro vezes. “No cenário político, as decisões dos aracajuanos acabam influenciando a decisão da política estadual”, referenda.

Segundo Luciano Bispo, mesmo sendo uma cidade considerada de médio porte no cenário nacional, na condição de capital de todos os sergipanos Aracaju é o grande centro de con-vergência. “Nesta cidade temos cidadãos que nasceram em outras cidades, como a minha Itabaiana, a maioria das pessoas da minha geração (leia mais nesta edição)”, ressalta. Co-menta, aliás, que Aracaju tem muitos “cebolei-ros” – como são apelidados os itabaianenses –, que vieram ganhar a vida na capital. Filhos de ceboleiros, inclusive, interessados em estudar nas universidades aracajuanas, bem antes de Itabaiana comportar estabelecimentos de ensi-no superior em suas terras.

Como legislador, porém, Luciano Bispo não se esquiva em falar dos problemas que obvia-

mente existem na capital. Um dos mais visíveis, na opinião dele, é o transporte público de-fasado, que afeta a todos e que ele considera ser um dos gran-des desafios da administração pública municipal. Também destaca problemas comuns aos municípios, a exemplo das difi-culdades nas áreas da saúde e da segurança. “Uma coisa que nós, homens e mulheres que atuamos na vida pública, po-

demos assegurar é a disposição de trabalharmos diariamente para melhorar os serviços públicos da nossa capital”, garante.

em transformação

Provavelmente esse também era o pensa-mento do garoto Vinícius Porto quando foi

militante do extinto PFL Jovem, hoje DEM, partido do qual continua a fazer parte. Hoje, aos 38 anos, ele comanda a Câmara de Ve-readores de Aracaju e revela o orgulho pela cidade onde nasceu. “Aracaju é uma cidade em plena transformação. Vive em constante mutação, cuja demanda por mais mobilidade e infraestrutura urbana impulsionam novos projetos a cada dia”, comenta.

Vinícius destaca ainda que os avanços per-cebidos ao longo dessa história de 160 anos

andam de mãos dadas com os desafios, que, segundo ele, são muitos, mas que, de forma gradativa, são superados com muito trabalho e desempenho. O resultado é uma maior quali-dade de vida para a população, estimada hoje em mais de 600 mil habitantes. Por isso, como vereador, mostra ainda mais orgulho em fazer parte da história da cidade.

“Hoje, 17 de março, é um dia especial para todos os aracajuanos. A capital sergipana com-pleta 160 anos com muita história para celebrar e com uma trajetória marcada pelo desenvolvi-mento e pelo compromisso de um futuro melhor para a sua gente. Parabéns, Aracaju. Parabéns a todos os aracajuanos de nascimento e de cora-ção”, congratula o parlamentar.

Honra e promessas

Se Vinícius Porto salienta todo amor e admira-ção pelas “terras de Ará”, carinho semelhante

também é ressaltado por João Alves Filho, pre-feito de Aracaju e uma das figuras mais presen-tes no cenário político de Sergipe nas últimas décadas. Com quase 74 anos, o engenheiro civil de formação, filiado ao partido Democratas, tem um vasto currículo. Foi prefeito de Aracaju entre 1974 e 1979, ministro do Interior, governador de Sergipe durante três mandatos e gestor eleito da capital em 2012. “É uma honra administrar esta cidade linda, que é Aracaju, e comemorar junto com todos os aracajuanos o aniversário de 160 anos da nossa capital. Aracaju possui uma bela história, com grandes feitos, que compro-vam para todos os visitantes que a nossa gente é batalhadora e guerreira”, diz.

João Alves ressalta, aliás, que a cidade é o reflexo do povo que mora nela. Sendo assim, na opinião dele, Aracaju reflete o trabalho, a beleza e a grandiosidade dos cidadãos que a habitam. “Neste aniversário, desejo a Aracaju um futuro brilhante, que continue assim, linda, sempre crescendo com o amor e o trabalho de quem a quer bem”, espera. Da mesma forma, ele garan-te, a Prefeitura de Aracaju continuará a se esfor-çar para levar cada vez mais melhorias ao povo aracajuano em todos os aspectos necessários para a capital. João, a população vai se lembrar de mais esta promessa, viu?

Laudicéia FernandesDa equipe jc

Cerca de 1.200 pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar (PM), participaram das manifes-tações na orla da Atalaia, em Aracaju, contra a presidente Dilma Roussef (PT). A concentração foi em frente aos arcos da praia, um dos pontos turísticos da capital, e depois as pessoas segui-ram em passeata pela Passarela do Caranguejo e encerraram o ato às 16h30.

A PM colocou 250 militares de prontidão, sendo que parte do efetivo acompanhou os atos e os demais ficaram de prontidão e só seriam acionados caso houvesse necessidade. O coman-dante geral da PM, coronel Maurício Iunes, disse que tudo foi muito tranquilo e que as unidades especializadas – a exemplo da Companhia de Choque – não foram chamadas.

Assim como aconteceu durante o impeach-ment do presidente Fernando Collor, os mani-

festantes pintaram os rostos de verde e amarelo e pediram a saída da presidente Dilma Rousseff. O advogado Evaldo Campos não chegou a pin-tar o rosto, mas disse que não concorda com a corrupção que assola o país e pediu que Dilma Rousseff renunciasse e entregasse ao poder ao povo brasileiro.

“Ou o Brasil resgata a moralidade ou afun-dam o Brasil de vez. O povo é titular do poder e não aceita a continuidade dela (Dilma). Por uma questão de dignidade, ela deveria renunciar e devolver ao povo o mandato que lhe foi conce-dido”, disse Campos.

O também advogado João Fontes, partici-pou das manifestações por entender que o go-verno perdeu credibilidade. Quanto à possibi-lidade de um impeachment da presidente, ele prefere que isso seja conduzido pelo Congres-

so Nacional. Durante os protestos, as pessoas que usaram a palavra disseram que não havia um organizador, mas que aquele movimento era de toda a sociedade brasileira e que foi conclamado pela população insatisfeita com a atual administração.

O dentista Samuel Andrade Teles levou um cartaz da filha de sete anos (Maria Virgínia) onde ela desenhou uma bandeira do Brasil de cabeça para baixo. “Hoje de manhã ela me mos-trou o cartaz e disse que era desse jeito que ela via o Brasil. Não pude trazê-la ao ato porque ela está com problemas na garganta. Mas me emo-cionei muito com a atitude dela”, disse Samuel, que na época do impeachment de Fernando Collor ele pintou o rosto de verde e amarelo e foi para a rua protestar. Ex-petista, Samuel lembra que no passado recebeu um convite para ir para

Cuba, mas acabou não indo. “Foi a melhor coisa que fiz”, contou. Agora, com o rosto pintado, novamente ele foi para as ruas pedir a saída de Dilma Rousseff e da administração petista.

Embora os manifestantes, nos carros de som, tenham dito que a manifestação não tinha par-tido, os políticos não deixaram de participar, a exemplo do deputado estadual pastor Antônio dos Santos (PSC), que disse estar ali como um cidadão que não concorda com a corrupção que existe no País atualmente.

Durante a madrugada, assim como nas primeiras horas de domingo, choveu bastante em Aracaju. Mas isso não intimidou as pessoas que foram à Praia da Atalaia carregando carta-zes com os dizeres Fora Dilma e Luta Sergipe. Depois da caminhada que fizeram na Orla da Atalaia, os manifestantes se dispersaram.

protesto

Sergipanos caminham na atalaia em ato contra dilma

maniFestação reuniu,

segundo a PM, 1,2 mil pessoas

que levaram bandeiras, cartazes e

'modelitos' para demonstrar indignação

contra a corrupção

marCeLo Déda, Jackson Barreto, o prefeito João Alves, o presidente da Assembleia Legislativa, Luciano Bispo, e o presidente da Câmara de Vereadores de Aracaju, Vinícius Porto, falam do seu amor e respeito por Aracaju

“Foi ArAcAju que me deu réguA e compAsso pArA entrAr nA vidA públicA”, governAdor jAckson bArreto

Fotos: jorge Henrique

Fotos: arquivo jc

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Aracaju não é mais uma cidade pequena. Cresce a cada dia, ganhando ares de me-trópole, apesar da pequena extensão terri-

torial, se comparada a outras Capitais do Brasil. Infelizmente, cresce de maneira desordenada, sem o devido planejamento, como sonham ar-quitetos e urbanistas de ontem e de hoje. Tanto é que, nos últimos anos, a Capital sergipana tem se expandido não somente para a Zona Sul, como previam os especialistas.

Devido a problemas técnicos e judiciais re-lacionados à Zona de Expansão, onde fica, por exemplo, o Bairro Aruana, a população – em es-pecial, a indústria imobiliária – se viu estagnada, à espera de uma macrodrenagem cara que – pare-ce – não vem. Assim, uma nova “Zona de Expan-são” surgiu e começou a ganhar força: o Bairro Jabotiana, mais especificamente no Conjunto Santa Lúcia, onde empreendimentos imobiliários e desenvolvimento caminham de mãos dadas, dando a tônica do crescimento de Aracaju.

Vale salientar, inicialmente, que, quando o engenheiro civil Sebastião José Basílio Pirro apresentou o projeto para a construção da cidade de Aracaju, para ser Capital da Pro-víncia de Sergipe, planejou que os aterros, as aberturas de ruas, o risco das praças e, enfim, a definição das quadras simétricas que davam ao centro, hoje reconhecido com o “Quadrado de Pirro”, seria igual nas três direções: o norte, o oeste e o sul. Os Bairros Santo Antônio e In-dustrial surgiram ao norte, o Siqueira Campos ao oeste, o São José e a Fundição romperam as fronteiras desafiantes dos córregos e pântanos para levar a cidade ao sul.

Além disso, foi o crescimento do Bairro São José, para além dos limites dele, que deu a Aracaju novas áreas, finalmente conquista-das, como o Grageru, que se transformou de um lugar de pequenos sítios em uma região ocupada com indústrias, empresas comerciais, edifícios e condomínios residenciais, ligando, em definitivo, tais áreas ao Centro e a outras regiões aracajuanas. E – claro – passados 160 anos desde a fundação, Aracaju não para de crescer. Evoluindo a passos largos, alcançando, inclusive, a Zona de Expansão.

Especula-se que Aracaju teria terrenos em quantidade suficiente para expandir por cerca de 20 anos. No entanto, a efervescência da in-dústria imobiliária, assinalada com o “boom” de imóveis há alguns anos e ressaltada pela deman-da por habitação, ditou um ritmo muito acele-rado para a edificação de empreendimentos na cidade, obrigando as empresas a construírem mais e mais. Em consequência disso, acredita--se, o “prazo” de duas décadas foi drasticamente reduzido. Detalhe: como consequência desse “boom”, houve a especulação imobiliária exage-rada, elevando os preços dos imóveis às alturas, e, mais recentemente, a escassez de terrenos em regiões mais centrais também fizerem disparar os valores.

Jabotiana

Já se vão quase 20 anos des-de que a Impacto Construto-

ra lançou o primeiro conjunto de casas, o Anexo 1, no Con-junto Santa Lúcia, no Bairro Jabotiana. De lá para cá, a região vem se destacando, ganhou status de “Zona de Ex-pansão” e se transformou numa das áreas mais valorizadas de Aracaju. Não é à toa que novos lançamentos e outras tantas entregas pipocam a cada ano num frenesi imobiliário que motiva construtores e atrai mais e mais adquirentes. Prova disso é que tudo que se põe à venda ali se vende – e rapidamente.

O engenheiro civil Marcus Vinícius Rollem-berg Côrtes, diretor-administrativo da Impac-to, sintetiza a opinião unânime de quem edifi-ca ali. “O Santa Lúcia é fascinante”, adjetiva o empresário. E complementa, orgulhoso: “Des-de que a Impacto lançou o primeiro conjunto de casas, o numero de lançamentos na região não parou de crescer. Isso porque acreditamos no potencial da região”.

Acredita-se que uma das razões para o crescimento na região do Bairro Jabotiana é o fato de reunir a tranquilidade esperada de uma cidade de médio porte e, ao mesmo tempo, a proximidade de tudo o que uma Capital, como Aracaju, dispõe. De fato, é uma região tranquila, bucólica até, com toda a infraestrutura urbana. Há de tudo: supermercados, escolas, padarias,

farmácias, igrejas e com boas avenidas de es-coamento. Há, inclusive, quem acredite que o bairro está crescendo de forma ordenada, com empreendimentos cada vez mais modernos, áre-as verdes e com praças. Além de ser a região de menor índice de ocorrência criminal da Capital sergipana. Diante de tudo isso, há, de fato, um grande potencial de valorização imobiliária.

Essa valorização, no entanto, faz questionar qual será o futuro, quais as perspectivas para o Bairro Jabotiana nos próximos anos. Será que essa expansão acentuada vai “esgotar” muito rapidamente os terrenos ali? Na ótica dos cons-trutores, não. Todos concordam que existem

terrenos suficientes para a ex-pansão imobiliária da região. O Conjunto Santa Lúcia, por exemplo, tem uma ampla área de crescimento e, portanto, a perspectiva é de evolução contínua.

Planejamento

Destaque que a cidade é uma construção que nunca

tem fim. Afinal, trata-se de um organismo vivo em constante desenvolvimento social. Há, também, o crescimento da popula-ção exigindo uma contínua expansão da malha urbana. Inicialmente, esta ocupação era predo-minantemente horizontal e ocupou quase que totalmente o interior da malha urbana e, hoje, em Aracaju, há uma ausência de áreas desocu-padas. Além disso, a mobilidade residencial das famílias está associada à busca de satisfações individuais, necessidades e desejos provenientes de alterações de renda, incorporação, novos há-bitos. E o mercado imobiliário deve estar atento e se adequar a estas mudanças.

Na opinião do arquiteto e urbanista Ricardo Nunes, diante de toda essa conjectura, há uma necessidade de planejamento sério, inteligente e comprometido. “Caso contrário, vamos cami-nhar para as tragédias urbanas que vemos nas grandes cidades. Aracaju ainda é uma cidade de médio porte. É uma cidade nova. Está entrando na adolescência. E, como todo adolescente, é im-pulsiva. Se não colocar limites, está condenado a uma série de dificuldades no futuro, quando estiver adulta”, compara.

Segundo o arquiteto, se a Prefeitura de Ara-caju não criar uma estrutura de planejamento para receber essa demanda, que não é muito grande e que não vai parar, está impedindo a cidade de expandir para a Zona Sul, apesar de haver estudos e projetos de macrodrenagem pensados e definidos há quase 15 anos na Zona de Expansão, sem que nada tenha sido feito até agora. Isso explica, porque o cresci-mento vem ocorrendo para a Zona Oeste, em direção a São Cristóvão. “É natural. A cidade precisa crescer, e as construtoras, trabalhar. Então, a Prefeitura precisa usar mecanismos para acompanhar esse desenvolvimento, senão a cidade cresce impulsivamente sem limites”, reforça.

Dentro desse contexto, há ainda o fato de que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PDDUS) continua na Câmara de Vereadores sem a devida revisão. Sem isso, sem o devido planejamento e sem decisão política de planejar tudo se complica. A Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário de Sergipe (Ademi/SE), inclusive, tem se mobilizado durante os últi-mos anos no sentido de viabilizar o PDDUS. “Tivemos envolvimento direto com a elabora-ção do novo documento que vai direcionar o desenvolvimento de Aracaju. E, obviamente, vamos continuar dando nossas sugestões para o Plano Diretor. Também queremos con-solidar a questão dos terrenos de marinha”, destaca César Silveira, vice-presidente Finan-ceiro da Ademi/SE.

É importante ressaltar que a atividade imo-biliária tem importância vital na construção de uma sociedade. Dedica-se à tarefa de abrigar as populações em residências, significando para aqueles que ali habitam proteção e segurança. Para a maioria das pessoas, poder adquirir a casa própria é muito mais do que a realização de um grande sonho. É considerada uma das prioridades entre os principais objetivos das vi-das das pessoas. O crescimento natural de Ara-caju, por exemplo, deveria se dar em direção à Zona de Expansão. Por isso, investimentos – tanto públicos quanto particulares – devem gerar sustentabilidade urbanística e ambiental naquela região, para que haja qualidade de vida para os moradores.

Cidades B-15Jornal da Cidade

Jabotiana tem sido o bairro preferido do mercado imobiliário, que destaca a tranquilidade local

a 'Pequena' se expande pela Zona oeste

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Laudicéia FernandesDa equipe JC

EspEcula-sE quE ara-caju tEria tErrEnos Em quantidadE suficiEntE para EcrEscEr por cErca dE 20 anos

Há quem acredite que o Jabotiana está crescendo de forma ordenada, com empreendimentos modernos Boom imoBiLiário teve como consequência uma especulação exagerada que elevou preços dos imóveis

energia

Milhares de famílias perdem o benefício da tarifa social

Mais de duas mil famílias beneficiadas e clientes da Companhia Sul Sergipana de Eletricidade (Sulgipe) per-deram nos últimos meses o benefício do Programa Tarifa Social de Energia Elétrica. A Energisa informa que 44.892 mil clientes passaram pela mesma situação e a informa-ção é que eles deixaram de atender aos critérios exigi-dos pela resolução do setor.

A Sulgipe possui 120 mil clientes, sendo que 50 mil eram beneficiários do progra-ma. Hoje este número redu-ziu para 47 mil. A empresa faz a distribuição de energia elétrica para 14 municípios, sendo 12 na região Sul do Estado de Sergipe e duas na região Nordeste do Estado da Bahia.

No Grupo Energisa, do universo de 712.821 clientes

214.176 eram beneficiários do Tarifa Social. O grupo con-trola 13 distribuidoras, loca-lizadas nos Estados de Minas Gerais, Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocan-tins, Paraná e São Paulo, em uma área de 142.385 km². A estimativa das empresas leva em conta a mudança nos critérios de concessão do be-nefício por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo informações do assessor de Comunicação da Energisa, André Brito, parte desses clientes que perderam o benefício poderão voltar a ter o desconto da tarifa social de energia, desde que atendam aos critérios da reso-lução 414 da Aneel e refaçam o recadastramento junto às prefeituras.

Critérios

Para ter direito à tarifa social, as famílias devem estar inscritas

no Cadastro Único com renda de até meio salário mínimo per capita ou que tenham algum componente beneficiário do Be-nefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).

Famílias indígenas e qui-lombolas que estão inscritas no Cadastro Único e possuem renda per capita de até meio salário terão direito ao des-conto de 100% na conta de energia elétrica, até o limite de consumo de 50 KWh/mês.

As famílias inscritas no Ca-dastro Único com renda mensal de até três salários mínimos que tenham entre seus membros pes-soas em tratamento de saúde, que necessitam usar continua-mente aparelhos com elevado consumo de energia, também recebem o desconto.

o grupo Energisa, que conta com mais de 700 mil clientes, tinha quase 215 mil beneficiários do Programa Tarifa Social

Jorge Henrique

arquivo JC

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Informe PublIcItárIoB-16 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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Informe PublIcItárIoB-16 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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Informe PublIcItárIo B-17Jornal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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CidadesB-18 Jornal da Cidade

De acordo com a Sedetec, cerca de 70% das 175 empresas atraídas para o Estado estão fora da capital

Se atrai novas indústrias para o interior

Desde 2014 até o momento, foram aprova-dos 55 empreendimentos industriais no Estado, grande parte deles no interior de

Sergipe. De acordo com informações da Secreta-ria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), cerca de 70% das 175 empresas atraídas desde 2007 para Sergipe se instalaram em municípios do interior, a exemplo de Estância, Itabaiana, Itaporanga D’Ajuda, Si-mão Dias e Tobias Barreto, entre outros.

Os empreendimentos estão nas áreas de confecção, cerâmica, fertilizantes, embalagens plásticas, embalagens de alumínio, bebidas, mobiliário, calçados, fabricação de móveis e colchões e laticínios, entre outros. A localização favorável, próximo dos Estados de Pernambuco e Bahia, e uma malha viária moderna fazem com que os custos da distribuição de produtos ou insumos a partir daqui sejam menores para outras regiões. Com isso, Sergipe tem se desta-cado no Nordeste na atração de empresas para seu parque industrial.

“Tendo como uma de suas metas a inte-riorização do desenvolvimento, o Governo do Estado aposta no tripé que abrange incentivos fiscais competitivos, ambiente de negócios simplificado, favorável e acima de tudo ético, e localização geográfica estratégica para celebrar o sucesso alcançado nos últimos anos, com a chegada de grandes empreendimentos para Sergipe”, disse o secretário Francisco Dantas.

Multinacionais

Uma dessas empresas, a Indústria Vidreira do Nordeste (IVN), está em obras na cidade de

Estância e promete ser a quarta e mais moderna empresa da Verallia no Brasil, fábrica de emba-lagens de vidros da multinacional Saint-Gobain. A previsão de início das atividades é dezembro

deste ano, com geração de 195 empregos quan-do atingir o pleno funcionamento, a partir de um investimento de mais de R$ 250 milhões.

Outro grande empreendimento, o grupo empresarial M. Dias Branco, assinou protocolo de intenções com o Governo do Estado para ins-talar uma unidade de produção de cimento em Sergipe em local a ser definido e por meio da subsidiária Cimento Apodi. O investimento será de R$ 1 bilhão e o projeto industrial será consti-tuído de uma unidade de produção de cimento, operando desde a mineração até o ensacamen-to do produto e com capacidade de produzir quatro mil toneladas/dia. De acordo com o secretário, somente durante a construção da fábrica serão ge-rados dois mil empregos. Já na fase de funcionamento, devem ser criados 383 novos postos de trabalho diretos. A unidade atenderá os mercados sergi-panos e de outros Estados do Nordeste. Atualmente, Sergipe possui três fábricas atuando no mercado: Grupo Votorantim (Laranjeiras), Itaguassu (Nos-sa Senhora do Socorro) e Mizu (Pacatuba).

“O principal projeto industrial que vem sendo realizado em Sergipe, a implantação da primeira indústria automobilística do Estado, a montadora de veículos Amsia Motors, deverá co-locar o Estado em uma posição de vanguarda no ramo com a produção de veículos não poluen-tes, movidos à eletricidade e utilizando o que existe de mais moderno e inovador no mundo em termos de tecnologia automotiva”, ressaltou Francisco Dantas. A montadora vai produzir veículos automotores híbridos e elétricos, com expectativa de gerar aproximadamente quatro

mil empregos diretos, onde será investido um montante aproximado de R$ 1 bilhão. A planta industrial deverá ser instalada no Município de Barra dos Coqueiros, num terreno próximo ao Parque Eólico, nas imediações do antigo projeto do Pólo Cloroquímico, e no momento os investi-dores estrangeiros estão tratando do registro na Junta Comercial de Sergipe do empreendimento produtivo, que tem o potencial de mudar a es-trutura industrial de Sergipe.

interiorização do gás

Para atender as demandas dos empreendi-mentos que pretendem fixar suas unidades

de produção no interior do Estado, o Governo de Sergipe, através da Sedetec, já iniciou as conversas com os dirigentes da Sergás, a fim de ampliar a oferta de gás natural para as indústrias. “O Governador Jackson Barreto colocou como prioridade levar mais investi-mentos ao interior e estamos trabalhando para levar o pro-duto para os municípios, visto

que até os próximos cinco anos a previsão é de que a disponibilidade em Sergipe aumente de 3 milhões m³ de gás/dia para 18 milhões m³ gás /dia”, informou o secretário Francisco Dantas.

Ainda de acordo com o secretário, a econo-mia sergipana deu um salto quantitativo e qua-litativo nos últimos anos. Além do crescimento fundamentado na evolução econômica do país e do estado, o parque industrial renovou-se, am-pliando o número de indústrias e diversificando as linhas de produção. “Atualmente Sergipe abriga empresas dos setores de telemarketing, artefatos plásticos, metalurgia, fabricação de

colchões, beneficiamento de arroz, confecção, curtume, artefatos de cerâmica, fabricação de especiarias, molhos e condimentos, comércio e indústria de cabos elétricos para fins automoti-vos, tecelagem de fios de algodão, artefatos de cimento, minerais não metálicos, produtos quí-micos, dentre outros”, detalhou Francisco Dantas ao afirmar que Sergipe continuará crescendo.

Conselho de desenvolvimento

Responsável pelo assessoramento do Gover-no estadual na formulação e execução da

política do desenvolvimento industrial de Ser-gipe, o Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI) reúne mensalmente seus representantes para deliberar projetos que objetivam receber os benefícios previstos no Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI) que é administrado pela Companhia de Desenvolvi-mento Econômico de Sergipe (Codise). Presi-dido pelo vice-governador Belivaldo Chagas e tendo como vice-presidente o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ci-ência e Tecnologia (Sedetec), Francisco Dantas, o CDI é responsável por discutir a deliberação e aprovação de projetos para empreendimen-tos - instalação ou implantação de atividades industriais em Sergipe - que pretendam obter incentivos fiscais e locacionais do Governo do Estado. Além da Sedetec, participam do conselho órgãos e entidades do Estado como a Federação das Indústrias, Federação dos Tra-balhadores nas Indústrias, Banese, Associação dos Empresários de Obras Públicas e Privadas, bem como as secretarias de Estado do Planeja-mento, Orçamento e Gestão; da Agricultura e do Desenvolvimento Rural; da Infraestrutura e do Desenvolvimento Energético Sustentável; da Fazenda; e do Turismo.

show Da cariDaDe

igreja deseja arrecadar 4t de alimentos

Os agentes comunitários e de endemias dos municípios de São Cristóvão e Barra dos Coqueiros realizam as-

sembleias nas respectivas cidades. Os servidores de São Cristóvão reivindicam o pagamento do retroativo dos salá-rios de julho de 2014 a janeiro de 2015 e, segundo o presi-dente do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto, não há mais diálogo com a prefeitura. O piso nacional da categoria é R$ 1.014, mas eles recebem apenas R$ 778.

Em São Cristóvão, a assembleia acontecerá por volta das 7 horas desta quarta-feira, em frente ao prédio onde funcionava a prefeitura da cidade. “Nós fizemos um acordo com a prefeitura, que só pagou o mês de fevereiro. Falta o retroativo de junho a dezembro do ano passado”, explicou Couto, ao acrescentar que o problema atinge 170 servido-res. “Cancelamos várias manifestações, mas agora não tem volta”, completou Couto.

“Os agentes estão agora aquartelados nas suas uni-dades de trabalho, aguardando até a assembleia que a prefeitura pague, pelo menos, o retroativo de janeiro com a folha suplementar. Se pagar iremos desmobilizar a categoria”, anunciou Couto, em comunicado oficial.

Na Barra dos Coqueiros, a assembleia acontecerá por volta das 13 horas e o problema atinge 120 servidores. Nesse caso, os agentes querem o retroativo de junho do ano passado. Os assessores da Barra dos Coqueiros e São Cristóvão não foram localizados para se pronunciar a respeito do assunto.

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

A Arquidiocese de Aracaju espera arrecadar, hoje, cerca de 4 toneladas de alimentos não perecíveis que serão distri-buídas para famílias carentes da capital, durante o “Show da Caridade 2015”, que acon-tecerá das 18 às 22 horas, na Paróquia Sagrada Família, no Loteamento Pauferro. A Igreja Católica pede que as pessoas que tiverem condições, doem um quilo de alimento.

A festa será animada por quatro bandas católicas: Filius Mater Dei, Profetas que Can-tam, Comunidade que Canta e Alowvadeira. Um dos orga-nizadores do show e vocalista da Comunidade que Canta, Marcos Simões, explica que a ideia do show surgiu para comemorar o aniversário de Aracaju – que hoje completa 160 anos – e também como um chamamento à comunidade para a caridade.

Por conta disso, as bandas se uniram e decidiram não co-brar cachê para realizar a festa, dando, cada uma, a parcela de

Barra e são cristóvão

Trabalho de agentes de Sáude pode parar

comuniDaDe que Canta é uma das quatro bandas católicas que participarão do show em comemoração aos 160 anos de Aracaju

colaboração para ajudar as famílias carentes. A Arquidio-cese vai anunciar, posterior-mente, que comunidades rece-berão as doações. “Nós vamos divulgar na mídia onde vamos distribuir os alimentos”, afir-mou Marcos Simões.

Ele explicou que já foram feitos outros show no Paufer-ro, uma comunidade muito animada. Ma essa é a primeira vez que a Arquidiocese faz um show dessa magnitude na lo-calidade. “Estamos no ano da caridade e a Igreja nos pede

um ato concreto. Já organi-zamos tudo e vai dar super certo”, assegurou Simões. “Também estamos esperando caravanas de outros locais para assistirem a essas bandas que são referências aqui em Sergipe”, completou.

OS empreendimen-tOS eStãO na área de cOnfecçãO, cerâmica, bebidaS, laticíniOS e fa-bricaçãO de móveiS

segunDo o seceretário Francisco Dantas, o governo aposta no tripé que abrange incentivos fiscais competitivos, ambiente de negócios e localização geográfica

Divulgação

Fotos: Divulgação

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O número de pessoas que vieram de outros Estados para morar em Sergipe aumen-tou nos últimos anos. Para se ter ideia,

de acordo com o Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foram 222.890 imigrantes – a maioria de São Paulo, Alagoas e Bahia. Mas também há minei-ros, goianos, cearenses, pernambucanos, brasi-lenses e muitos outros que escolheram o menor Estado da Federação para morar. Neste contexto, milhares se transferiram para Aracaju, a capital do Estado, que figura como uma das cidades que mais receberam imigrantes atualmente, um crescimento que varia entre 15% e 30%. E muitas são as razões para atraí-los a fincar resi-dência nas “terras de Ará”.

Vale destacar que Aracaju foi a capital do Nordeste que mais cresceu na última década e, junto a João Pessoa, na Paraíba, e São Luís, no Maranhão, teve o maior crescimento demo-gráfico metropolitano entre as capitais nordes-tinas. Segundo o IBGE, a população estimada em 2014 é de 623.766 habitantes em 0,79% do território do Estado.

Aracaju também é apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste brasileiro e como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do País, a exemplo do menor índice de fumantes, segundo o Ministério da Saúde. Tam-bém é responsável pela maior parte do comércio sergipano, detém 47% da frota de veículos, me-tade das importações do Estado e 30% da cor-rente de comércio de exportações dos produtos mais importantes.

Diante de tantos atrativos, há os quem vêm para Aracaju encantados ainda pelas belezas naturais ou aqueles que sonhavam em garantir uma aposentadoria tranquila na cidade conhecida em todo o Brasil por ser calma, um misto de metrópole e cidade do interior, onde os índices de violência, inclusi-ve, ainda são baixos em comparação a outras metrópoles, como São Paulo ou Rio de Janei-ro, por exemplo. E mais: existem também os que vieram morar na capital sergipana por questões de trabalho, porque passaram em algum concurso público, ou de estudo, para vivenciar o sonho de cursar uma faculdade ou fazer algum mestrado ou especialização.

A maioria destaca o privilégio de estar à beira do rio e do mar, de ter boa gastronomia à dispo-sição e de poder usufruir do jeito de viver hospi-taleiro do aracajuano e da qualidade de vida tão ressaltada nos últimos anos. “Aqui há um misto de cidade pequena com tudo que o progresso pode dispor. Isso diferencia Aracaju de qualquer outra capital, transformando-a num lugar ímpar para se morar”, resume Cláudio Santos Rocha, 46 anos, professor de Geografia.

Novo umbigo

A jornalista Acácia Mérici, 34 anos, é um des-ses casos de quem largou tudo no Estado de

origem para vir em busca dos objetivos em Ser-gipe. Em 1999, com apenas 18 anos, ela saiu de Bom Jesus da Lapa, no Oeste da Bahia e distante mil quilômetros de Aracaju, para fazer a facul-dade de Jornalismo, na Universidade Tiradentes (Unit), na capital sergipana. “Na verdade, foi Aracaju que me escolheu”, entrega a jornalista.

Segundo ela, o fato de a cidade ser de-senvolvida, tranquila, ter mobilidade urbana e contar com a presença da família materna, que já morava aqui, foram alguns dos motivos que deixaram os pais da baiana mais seguros e convictos da vinda dela para Aracaju. “Em pouquíssimo tempo já estava habituada e já tinha feito muitos amigos. Já são 16 anos em que, literalmente, criei um novo umbigo com a cidade”, declara Acácia.

Após concluir a faculdade, surgiram diversas propostas de emprego em outros Estados – uma delas Acácia chegou até a aceitar, porém não durou cinco meses. Então, ela arrumou as malas e voltou a Aracaju para trabalhar e fazer espe-cializações. De lá para cá, não saiu mais. E, ao longo desse tempo, os dois irmãos dela também vieram para estudar e trabalhar e permanecem com êxito nas atividades profissionais deles.

“Ao longo desse tempo, já recebi propostas tentadoras de trabalho em outros lugares, mas não consigo deixar Aracaju. Aqui encontramos tudo que queremos e ainda, para mim, é uma cidade tranquila e gostosa de viver. Não me vejo em outro lugar. Fiz e mantenho grandes amigos aqui. E onde chego sei que posso contar com

eles. O fato de dizer que em Aracaju todo mun-do se conhece é real. Aqui as pessoas são muito acolhedoras”, complementa a jornalista.

E parece que Acácia realmente criou raízes em Aracaju. A lapense de nascimento e araca-juana por adoção destaca que em Aracaju con-seguiu se fixar profissionalmente e conquistou muitas coisas. Mas ela fala especialmente do futuro que a espera na capital do Estado. “Aqui

vou casar e criar meus filhos. Aracaju tem tudo que eu quero e preciso e recomendo a todos que desejam um dia morar aqui. Minha vida é aqui”, sintetiza.

À primeira vista

Outro baiano que se encantou por Aracaju foi o publicitário João Victor Torres da

Silva, 26 anos, que hoje trabalha na Insight

Propaganda. Vindo de Ilhéus, onde nasceu, ele veio, inicialmente, a convite de alguns amigos para passear. “Quando cheguei aqui me bateu uma sensação tão boa.... Me deparei com a Orla [da Atalaia] e com muitas pessoas fazendo atividades distintas à noite; bares cheios; shop-ping com pessoas de muitos estilos diferentes; jovens andando em grupo, mas todos em har-monia, sem conflitos, qualquer que seja ele e com respeito acima de tudo. Enfim, tudo isso me motivou a pensar: ‘Poxa, ainda volto a este lugar’”, rememora.

E João Victor voltou. Poderia ter optado por estudar Publicidade em Salvador, onde até ficaria mais próximo da família. Mas sonhava experimentar outras culturas, vivenciar outras experiências. Desde então, já se foram cerca de oito anos e hoje ele mora no Bairro Luzia. Para João Victor, Aracaju é capital, mas tem um “quê” de cidade do interior, onde é possível sentir aconchego e adaptação. “É muito tranquila, e o custo de vida ainda é barato em relação às de-mais capitais”, compara.

O publicitário também destaca a receptivi-dade dos aracajuanos e o carinho que eles têm pela cidade e pelas pessoas. Descreve ainda que o respeito que eles demonstram ter entre si, com a própria cultura e com as pessoas que chegam de fora, é algo de muita sensibilidade e uma das características mais atraentes das “terras de Ará”. “Particularmente, gosto muito de caran-guejo – não mais do que de acarajé – e as pes-soas aqui amam caranguejo, principalmente à noite. Outro costume que trouxe comigo e que aqui é muito forte também é uma cervejinha acompanhada com amendoim. Muito bom!”, ressalta. Não é à toa que ele destaca o merca-do municipal como o lugar que mais gosta em Aracaju, por envolver de tudo em um só lugar: pessoas, cultura, costumes, culinária.

Apesar de tudo isso, ele acredita que a gran-de desvantagem em Aracaju é o “crescimento” natural, mas que, receia, está ocorrendo de forma desordenada. “Acredito que pode perder muito da essência da terra. Acho que as desvan-tagens começarão a vir com esse crescimento. E ainda mais se ele vier sem muito planejamento e respeito, principalmente com as estruturas da cidade em si”, opina.

Encantamento diário

Inglyds Stephannie Costa Amorim Fontes é uma alagoana de 29 anos que também

tem uma história de amor por Aracaju. “Amo muito morar aqui. Às vezes estou dirigindo e fico admirando a cidade e o quanto eu amo estar aqui. Passo pelo Parque da Sementeira [Parque Augusto Franco], pelo Parque dos Cajueiros, pela Orla, e penso: ‘É muito linda esta cidade!’”, revela “Gui Fontes”, como é mais conhecida. Entre os inúmeros locais que Gui ama em Aracaju, ela aponta tam-bém a Orla Pôr do Sol. Considera um lugar lindo, com muitos encantos, mas que poucas pessoas conhecem. “Sempre que alguém vem visitar Aracaju eu levo lá e todos ficam encantados”, assinala.

A médica veterinária e agora estudante de Gastronomia é casada com Murilo Fontes e mora em Aracaju há oito anos. Vinda de Maceió, cidade de belezas naturais extraor-dinárias, conhecida, inclusive, como Paraíso das Águas e Caribe Brasileiro, Gui lamentava morar na metrópole alagoana com deficiên-cias em infraestrutura e segurança. “Aqui vi que podia ter tudo isso em uma cidade linda, com fácil deslocamento. Em 15 ou 20 minu-tos saio da minha casa na Aruana e chego ao Centro. Isso é maravilhoso”, assegura.

Detalhe: Gui conheceu Aracaju por causa do pai, que já morava na cidade por causa do trabalho. Ele passou em um concurso público e ela sempre vinha visitá-lo. “Então decidi transferir o curso de Medicina Veterinária, que já fazia em Maceió, para Aracaju”, explica. Destaque que, tempos depois, ela largou a Ve-terinária para se dedicar à Gastronomia, uma paixão na vida dela. “Hoje eu conto com um apoio surreal da galera de Aracaju”, comenta. Por outro lado, Gui lamenta que, por ser uma cidade pequena, Aracaju não disponibiliza alguns ingredientes importantes na arte gas-tronômica. Um pequeno dissabor diante das inúmeras alegrias que Aracaju tem propor-cionado não somente a Gui, mas aos milhares de moradores – nascidos ou não em Aracaju – nesta terra pequena quando se fala em territó-rio, mas grande em desenvolvimento, cultura e belezas naturais.

Cidades B-19JorNal da CidadE

Muita gente vem de outras cidades e adota a capital sergipana como lar, por causa do trabalho ou estudo

aracaju, um lugar ímpar para morar ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Laudicéia FernandesDa equipe JC

A jornAListA ACácia Mérici saiu de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e chegou em Aracaju para estudar

PArA o PubLicitário João Victor Torres, também baiano, a capital sergipana tem um "quê" de cidade do interior

A veterináriA alagoana Gui Fontes revela sua história de amor com a cidade e não esconde sua admiração

Fotos: Divulgação

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Informe PublIcItárIoB-20 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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Informe PublIcItárIoB-21 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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CidadesB-22 Jornal da Cidade

No dia em que a capital sergipana completa 160 anos, população destaca os seus encantos

Moradores expõem o seu amor à cidade

Aracaju, Salvador, Natal, Recife. Não im-porta a origem de quem mora na capital de Sergipe. Em menor ou em maior grau,

os elogios à cidade se multiplicam. Especial-mente neste dia 17 de março, quando a “pe-quena” completa 160 anos e os louvores a ela

ganham cores e tons mais fortes e apaixonados. Natural, afinal Aracaju encanta – simplesmen-te. E acolhe quem por aqui resolve torná-la moradia e refúgio permanentes.

Claro que mazelas comuns a uma capi-tal existem. E ninguém está com os olhos vendados diante das dificuldades na área da saúde, da violência crescente, dos pro-blemas na educação e do transporte público

defasado. Apesar de tudo isso, quem vive na menor capital do País não esconde seu amor por ela. Na verdade, age como quem ama e quer o melhor para o ser amado, exigindo dos gestores públicos o trato decente que ela tanto merece.

Assim, neste dia de homenagens, alguns moradores – nascidos ou não nas terras de Ará – ou mesmo quem não reside mais aqui,

mas morre de saudade – descrevem em poucas palavras a relação de amor confesso a esta cida-de, contando um pouco das próprias histórias. Relatam o que Aracaju proporcionou na vida delas, revelando-a como cidade das oportuni-dades. Destacam as belezas naturais e enalte-cem o povo trabalhador que contribui para o desenvolvimento e o progresso dela. Confira nos depoimentos.

Laudicéia FernandesDa equipe jc

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

pré-uNiversitário

Seed divulga resultado do processo seletivo dia 18 O resultado do processo seletivo do Pré-Univer-

sitário da Secretaria de Estado da Educação (Seed) será divulgado nesta quarta-feira, no site www.seed.se.gov.br, e as aulas começarão no dia 30 de março.

Um total de 6.300 alunos concorreu às 4.800 va-

gas distribuídas em 36 polos em todo o Estado. Para a diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), Zelita Brito, as reais chances de conquistar uma vaga no ensino superior foram os principais motivos da alta concorrência.

“O sucesso do nosso pré-universitário pode ser verificado na constatação do gran-de índice de aprovações”, disse a diretora. O cursinho é coordenado pelo Dase e as provas seguem as matrizes de referências do

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “A credibilidade do pré-universitário é grande. A cada ano que passa aumenta o número de alunos que nos procura para participar do curso”, disse.

FaLa povo

“Mais um aniversário da nossa querida Aracaju. Desta vez, a comemoração é ainda mais especial. Afinal, são 160 anos de história. Durante esses dias, estamos homenageando aquelas e aqueles que, no dia a dia, lutam para tornar a capital sergipana um lugar bom para se viver. Eu desejo a Aracaju e aos aracajuanos força para continuar enfrentando as desigualdades sociais que aqui existem; coragem para manter viva a nossa rica cultura, principalmente a do mangue, dos pescadores, dos extrativistas tão castigados pela ação do dito “progresso”; e felicidade, leveza para tornar os nossas dias ainda melhores.” agatha Cristie, estudante de Jornalismo da universidade Federal de sergipe (uFs) e moradora do Conjunto augusto Franco

“Passar pela Rua da Frente antes de iniciar um dia de trabalho – desde que não esteja em horário de ‘rush’. Tirar um dia no fim de semana para ver o sol se escondendo na Orla Pôr do Sol. Caminhar sem pressa pela Augusto Maynard – talvez, muitos não vejam nada de mais nessa avenida. Mas já contou quantas árvores ela tem? Reunir amigos para o ritual terapêutico do ‘quebrar caranguejo’. De fato, o arquiteto tem a cabeça no mundo. Precisa viver cidades grandes, respirar novidades, absorver novas culturas. Mas, para mim, nada melhor do que viver tudo isso nas grandes metrópoles e, depois, poder retornar a estas pequenas coisas e costumes que fazem de Aracaju um grande lugar para viver”. Gilvan acciolli, arquiteto e residente no Bairro salgado Filho

“Adoro esta cidade. Sempre que viajo tenho mais certeza do quanto. E é tão bom voltar. Cidade linda, calma – se bem que já nem tanto assim, é verdade, mas ainda bem mais calma se comparada à loucura das outras capitais. Aqui é aconchegante, é pequena – ‘um ovo’, como costumamos dizer –, mas é esse o diferencial de Aracaju. Aqui sempre encontramos um conhecido, um amigo do amigo, que também é nosso amigo. Aracaju está crescendo sem perder o charme de uma cidade acolhedora”.Camilla Gentil, professora e moradorado Conjunto augusto Franco

“Nasci em Aracaju em 11 de agosto de 1954, nos conturbados dias que antecederam o suicídio do presidente Getúlio Vargas e as nuvens negras que tomaram conta do País depois do dia 24. Meus pais moravam ainda em Itaporanga D’Ajuda [no interior do Estado]. Mas somente vim morar em definitivo na capital aos sete anos, em 1961, quando eles vieram em busca de uma melhor educação para os filhos". Lúcio prado Dias, médico e morador do Bairro 13 de Julho.

“Eu amo Aracaju, porque, mesmo sendo a capital do menor Estado da Federação, a gente dela é grandiosa. Nossa riqueza não está apenas nos cartões-postais tão conhecidos – Orla da Atalaia, Igreja da Colina Santo Antônio, Mirante da 13 de Julho –, mas também na garra e na fibra deste povo lutador, que trabalha com vontade de vencer e de ser grande. Grande nas conquistas; grande na simplicidade; grande na fé; grande no amor e na alegria que tanto cativa os turistas". Cristina santana, secretária e residente no Conjunto augusto Franco

“Costumo dizer que desde que saí de Aracaju para morar em Brasília, voltar se tornou uma micareta. Porque, para mim, mais importante do que qualquer praia ou badalação é rever as pessoas que amo. E haja tempo para estar com todo mundo! Aracaju é aconchego, é luz, é água salgada. É também crescimento desordenado e tudo o que ele traz. Mas é, sobretudo, um lugar que me energiza e me deixa feliz!" rodrigo rocha, jornalista e atualmente residente em Brasília

“Quem me conhece sabe do meu encantamento por Aracaju. Moro aqui há cerca de nove anos, desde que vim estudar Jornalismo, e ainda não consegui voltar – mesmo amando muito a Bahia, minha terra natal. Todos dizem que Aracaju é uma capital com ares de interior. Mas a verdade é que Aracaju é uma cidade com características muito próprias e marcantes, que não se assemelha a muitos lugares. Desde a – planejada – arquitetura até o modo de vida das pessoas, passando, é claro, pelas belíssimas belezas naturais – com redundância mesmo –, é uma cidade tranquila, sem muitas pretensões, e que, talvez por isso, se destaca cada vez mais". tanuza oliveira, jornalista e moradora do Conjunto augusto Franco

“Eu nasci e ainda hoje resido nesta linda e acolhedora cidade. Aracaju, como é bom estar contigo em mais um aniversário. Cidade de todos, onde a locomoção é facilitada pelo relevo e traçado sem igual. Suas curvas e silhuetas banhadas pelos Rios Sergipe e Poxim completam e ampliam a beleza que, do alto da Colina do Santo Antônio, impressiona os visitantes. Palco de muitas alegrias, celeiro de grandes eventos do presente e do passado. Por onde passo, somente ouço falar bem de você, orgulho de todos nós sergipanos. Poxa, Aracaju, como é bom desejar a você meus sinceros parabéns!”vagner Ferreira Freitas, corretor de imóveise morador do Bairro inácio Barbosa

“Aracaju é uma cidade muito gostosa, que nos proporciona desde uma caminhada para manter a forma no belíssimo Parque da Sementeira até tomar uma cervejinha com os amigos nos muitos bares charmosos que temos. Sem contar a possibilidade de bater um papinho com os vizinhos na porta de casa. Coisas de cidade do interior. Muita paz, muita beleza, harmonia e qualidade de vida, tudo isso descreve Aracaju em minha vida!”Luciana Leandro rezende, esteticista, microempresáriae moradora do Bairro Grageru

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jadilson Simões arquivo pessoal arquivo pessoal

Mário Sousa arquivo pessoal arquivo pessoal

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ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015 B-23Jornal da Cidade OpiniãO

Os 30 anos que mudaram o Brasil

Rita Do ValCoordenadora do Curso de graduação em relações InternaCIonaIs

da FaCuldade santa marCelIna – Fasm – são Paulo-sP

antonio linDValDo SouSaProFessor do dePartamento de HIstórIa da uFs

Os sons e a história da capital sergipana

WalfRan SoaReSPublICItárIo e Poeta - [email protected]

Foi um dia que passou nas entrelinhas...

Os sons que nos referimos aqui não são os relacionados à história da música na capital sergipana. São

aqueles que surgiram como parte do incipiente processo urbano industrial de Aracaju das décadas de 1880 às de 1930. Enfocaremos algumas sonoridades ligadas à fase em que a cidade começou a passar por melhoramentos urbanísticos e incorporou, na sua espacialidade, fábri-cas de tecidos.

As badaladas dos sinos das igrejas católicas interferiam no dia a dia das pessoas ao longo dos séculos, principal-mente no período colonial e imperial. O sino era um dos símbolos que mais imperava naquele tempo. Eles estavam fixados em torres que também têm seu sentido simbólico. Todos sabiam o ho-rário da missa, quem morreu e tantas outras formas de referências à religiosi-dade cristã e às sociabilidades daqueles tempos.

No final do século XIX, novos sons apareceram nas cidades e passaram a dis-putar a supremacia dos sinos. Um deles é o "barulho" renitente dos "apitos" das fábricas de tecidos.

Aracaju começou a fazer parte dessas mudanças a partir da fundação da Sergi-pe Industrial em 1882, por iniciativa de João Rodrigues da Cruz e com a Fábrica Confiança, inaugurada em 1907, tendo como sócios José Ribeiro e Manoel Tei-xeira Chaves. A cidade não era mais a mesma com o funcionamento dessas fá-bricas. As mudanças se complementaram com o aparecimento de mais equipamen-tos urbanos como: a água encanada; o surgimento do bonde de tração animal e, depois, elétrico; o cinema. Também incluem-se as mudanças que ocorreram nas margens do rio Sergipe, região co-nhecida como “rua da Frente” ou Aurora (depois modificada para Ivo do Prado). Nessa rua vários sons revelavam o frene-si da chegada e saída de mercadorias (o

açúcar e o algodão, por exemplo) para outros Estados do Brasil e fora dele. Nas margens do rio havia um vai e vem de navios e pequenos barcos. Os apitos dos navios mercantis corroboravam com um novo cenário que se emergia.

Mas nenhum desses sons se compa-ravam aos das fábricas. Os das "Sergipe Industrial" e "Confiança” foram sonori-dades renitentes e que se escutavam em várias das localidades da nova capital. O soar dos mesmos anunciava o horário da entrada de um novo ou o fim de um "turno" para os seus trabalhadores e pro-prietários. Também começou a fazer parte da cidade, da vida de quem não estava trabalhando nas mesmas.

Compreendemos a importância des-sa sonoridade no cotidiano da gente do tecido lendo trechos do livro “Os Co-rumbas” de Amando Fontes. Nesse livro é possível termos a sensação de que os sons rasgavam o final da madrugada ou o início do anoitecer remexendo há-bitos e disciplinando todos que faziam parte da fábrica e até os seus familia-res e vizinhos. Uma personagem desse livro, a Sra. Sá Josefa Corumba, antes mesmo desses apitos soarem, já estava acordada e, incessantemente, gritava para suas filhas operárias: “acordem...” E ela mais ainda bradava: “deixem de moleza…” Uma ou outra filha, ainda na cama, reclamava a vida que tinha... E a mãe insistia em dizer que quem não tra-balhava era preguiçoso e que o trabalho dignificava o homem. Ela ainda gritava: “daqui a pouco a sergipana apita e vo-cês irão perder o “turno” e como vamos sobreviver?”. Elas, com muita pressa, logo estavam, seguindo outras operá-rias, que adentravam as ruas em direção ao bairro industrial, que no passado era conhecido como Chica Chaves.

O apito da fábrica funcionava como relógio. Simbolizava o movimento da vida, do trabalho, da produção... O

relógio também fazia parte dessa vida cotidiana que aparecia na nova cidade dos sergipanos. Ambos são símbolos da sociedade industrial. Homens e mu-lheres, pobres ou ricos, durante vários séculos, acordavam ou dormiam com o nascer ou o pôr do sol. A noite era para o descanso. Em casa, no conforto do lar, trancado, o ser humano estava protegido contra as feras que rondavam a noite. Na cidade, por sua vez, o sol foi, paulatinamente, substituído pelo relógio ou apito das fabricas. O dia se prolongou com o uso da noite. Tudo gi-rava em torno do movimento do tempo, da produção, da riqueza, em função do progresso. Essa roda não parava.

Esse tempo surgiu, primeiramente, nos países mais industrializados. Mas, pouco a pouco, passou a fazer parte de outras localidades do mundo. Isto ocor-reu no Brasil e em cidades como o Rio de Janeiro, São Paulo e se espalhou para o resto do país, com características indi-viduais em cada localidade que buscava seguir esse modelo de sociedade.

Os apitos das fabricas de tecidos não eram os únicos sons no cotidiano da capital sergipana. O som do bonde também marcou sua presença no coti-diano de Aracaju. Antes puxado a cava-los, o novo veículo percorria o "traçado de Pirro", parte do perímetro urbano das primeiras décadas do século XX. Muitos maquinistas balançavam um "badalo" ou soavam um "apito” anun-ciando a nova parada do bonde. Mas de longe se ouvia as vozes dos pas-sageiros. Todos pareciam se encantar com o movimento de deslocamento de uma região para outra. Os sons dos trilhos, do vento, das vozes humanas, projetavam uma nova sensação: a de que a cidade estava em movimento, o progresso começou a chegar...

Um novo tempo se apregoava: o da "bela época" da capital sergipana.

Chegou que chegou os l60 anos de Aracaju! Vai ter festa com bolo e tudo mais que uma aniversariante tem direito! Só não escolheram ainda o melhor local onde vão cantar os parabéns pra você. No centro da cidade não vale, nem no alto da colina do Santo António. Esse ângulo já está por demais saturado. A missa tudo bem, pode até ser lá, na mesma igrejinha. Mas os comes e bebes devem ser num bairro bem afastado – bem esquecido pela prefeitura. (Lá onde o diabo perdeu as botas). Lá onde o povo não sabe e nem conhece o prefeito. É lá que se deve apagar as velas – pra ver se dá sorte - e cortar o bolo com faca cega. E o primeiro pedaço deve ser para uma Maria qualquer mãe de família que de tal habitat. O resto pode ser distribuído entre as autoridades e todos os (bichos e insetos) que povoam o ambiente inóspito - hospedeiro número (hum) do mosquito da dengue. Nesse dia, pelo menos, para dar melhor exemplo, é de bom alvitre lembrar ao (pessoal) para recolher os restos do lixo que sobrarem da festa. Melhor mesmo é já deixar um

carro com (torre) de plantão, mostrando prudência e transferindo confiança – por-que vai ter sobras demais, do nada! O povo da periferia, tanto come como des-perdiça –, ainda não aprendeu como se comportar com serenidade diante da far-tura (...) Depois disso, dessa grande ação (singular) e contando com a presença de todos os (bemfeitores) que, nestas datas acompanham o “dono da efeméride”, se posicionarão - em quase posição de sen-tido -, para ouvir as palavras repetidas de um discurso enfadonho (prolixo) que nem piada venha de palhaço de circo sem lona e, ao mesmo tempo, vão ensaiando palmas de aplausos, para justificar o que foram fazer lá - se nunca lá foram. E, com certeza, não vai haver problema não (nem haveria de ter) afinal, o povo degustou, se empanturrou e se inebriou com o suco de caju (fruto /desconhecido/ símbolo da cidade), e assistiu os convi-dados Vip de (plantão) comerem o bolo que era pequeno e mal projetado, propo-sitadamente (para não dar o que falar). Portanto, tudo rapidamente vai chegar

ao fim (pra não deixar vestígio de desperdício) porque o lugar escolhido (pois não tinha outro) era próximo a um canal que exalava um mal cheiro (muito pior que do nosso mercado central), principalmente nos corredo-res dos pescados, mariscos e etc. No outro dia, vai ser um zum-zum-zum! a população agradecida vai pronunciar por vários dias o extraordinário feito. Todos vão dizer cheios de esperança: “dessa vei o prefeito num esqueceu de noi, só deveres de tê feito um bolo mais grande, que sobrasse um restinho pra gente tamém... só fartou isso. E óia qui esse nosso bairro aqui não é nem de Aracaju não!!! Quanto mais se fora...” - Logo mais à noite os veículos de comu-nicação vão estar anunciado: “Prefeito Desinformado, Comemora 160 Anos Em Bairro De Outro Município”.

OBS: e o pessoal da zona de expansão, vai ficar sem entender (nadica) nada! Só se perguntando pra si próprio: “esse pre-feito tá caduco mesmo!”. 160 anos é assim mesmo juventude...! Querem mais o que?!

Ruy MaRtinS altenfelDeR SilVaPresIdente do ConselHo de admInIstração do CIee, da aCademIa PaulIsta de letras

JurídICas (aPlJ) e do ConselHo suPerIor de estudos avançados (Consea) da FIesP

O grande combateSempre atento à sua missão filantrópi-

ca de assistência social, o CIEE se empenha constantemente em ampliar sua contribui-ção para aprimorar as condições que asse-gurem a correta formação pessoal e pro-fissional dos jovens brasileiros. Para tanto, alinha-se a órgãos e programas de governo envolvidos na rede nacional de proteção à juventude, expandindo sua atuação para além do seu eixo central de atuação, que é a oferta de oportunidades de inclusão profissional por meio da aprendizagem e do estágio. Não é diferente no caso das drogas lícitas e ilícitas, que projetam uma sombria perspectiva sobre o futuro de par-cela da população estudantil. Nossa inspi-ração principal vem do item III do artigo 4º do capítulo I da Lei 11.343/2006, que define os objetivos do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad): a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhe-cendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros compor-tamentos correlatos. Foi com esse espírito que, em 2000, o CIEE aceitou coordenar a Campanha Nacional sobre Drogas nas

Escolas Superiores e a realizar palestras de informação e prevenção a pais das perife-rias profundas da capital paulista, em pa-ralelo a ações locais de encaminhamento a vagas de estágios e aprendizagem.

A partir da vivência estreita com os jo-vens, o CIEE não alimenta qualquer dúvida sobre os malefícios das drogas ilícitas e lí-citas, incluindo o álcool e o tabaco, sobre a saúde física e mental do usuário. Isso sem falar nos prejuízos para os estudos, a em-pregabilidade e as perspectivas de carreira futura, e nos efeitos desestruturantes sobre a família, os estudos, o círculo de amigos e outras relações socioafetivas.

Como lembra o desembargador Paulo Rangel, coautor do livro Leis das drogas, Yoko Ono, viúva de John Lennon (aliás, um dos ícones da contracultura dos anos 1960/70), diz que droga é o segundo copo de água quando o primeiro já lhe saciou a sede. Uma forma poética para a definição da Organização Mundial da Saúde, segun-do a qual drogas são substâncias ou produ-tos capazes de causar dependência. Essa é a principal razão que leva o CIEE a rejeitar os argumentos em favor da descriminalização

da maconha, que tem um anteprojeto de lei tramitando no Senado. Ora, se estudos e pesquisas científicas apontam para os danos causados pelo uso do álcool e do tabaco, como endossar a ampliação da lista das drogas lícitas com a inclusão da maconha, reconhecidamente a porta de entrada para o vício em substâncias mais potentes, como cocaína, crack e drogas sintéticas? E, o que é pior, uma droga que hoje é vendida em portas de escolas a crianças de 10 anos ou menos, com evidente comprometimento de seu desenvolvimento.

O que o CIEE busca, como uma casa que alia educação e trabalho, é garantir aos jovens a oportunidade de inclusão pro-fissional, capacitando-os para conquistar o primeiro emprego ou seu negócio próprio. Como consequência, quer contribuir para reduzir as tristes filas de usuários que vi-vem nas ruas ou que esperam uma difícil vaga em centros de reabilitação. Em outras palavras, o nosso forte engajamento no grande combate contra as drogas objetiva preparar novas gerações de cidadãos men-tal e fisicamente sadios, pois eles são o melhor legado para o futuro do país.

Comemoramos, neste dia 15 de março, o início do processo de redemocratização do Brasil. O marco dessa transição é a posse de José Sarney, controverso político ma-ranhense, eleito como vice pelo Colégio Eleitoral na chapa de Trancredo Neves e empossado após a morte deste.

Mesmo diante do cenário trágico que marcou essa transi-ção, o País deixava para trás os duros anos de ditadura militar e rumava para o novo, o diferente, para escrever outra história de sua vida política.

Após o golpe de 1964 e a publicação, nos anos seguin-tes, dos atos institucionais – AI, que cassaram direitos políticos e as garantias individuais e coletivas e que cer-cearam as competências do Poder Legislativo, as eleições para a Presidência da República passaram a ser indiretas, realizadas no âmbito de um colégio eleitoral constituído pelos membros do Senado e da Câmara dos Deputados. O processo era muito viciado, considerando que os partidos de oposição foram praticamente extintos e que, no Senado, havia parlamentares “biônicos”, nomeados pelo governo. Todos os presidentes eleitos na ditadura eram generais. Na década de 1980, foi escolhido aquele que seria o último presidente do regime, João Batista Figueiredo.

Em 1984, a sociedade brasileira foi às ruas, num movi-mento chamado Diretas Já. Políticos da oposição, intelectuais, representantes de organizações sindicais e a população em ge-ral pediam por eleições diretas para o cargo de Presidente da República. Porém, a emenda constitucional Dante de Oliveira, que restabeleceria o pleito direto, foi derrotada no Congresso Nacional. O mandato do general Figueiredo chegava ao final. O candidato à sucessão do partido do governo, o PDS (antiga Arena), majoritário no Colégio Eleitoral, era Paulo Maluf. Po-rém, houve uma ruptura no partido. Ala liderada pelo então senador José Sarney, que daria mais tarde origem ao PFL, fez acordo com a oposição, constituindo chapa para enfrentar o candidato oficial: Tancredo Neves, do PMDB (ex-MDB), candidato a presidente, e Sarney, vice. Em sessão com voto aberto, a oposição venceu. Porém, devido a uma diverticulite, Tancredo morreu antes da posse, que seria em 15 de março de 1985. Como não houve posse, deveria assumir o presidente da Câmara dos Deputados, então Ulysses Guimarães. Entretanto, outro acordo político permitiu que José Sarney assumisse a Presidência da República.

O Brasil respirava esperança. Uma nova Constituição seria escrita. A Assembleia Nacional Constituinte, em 1987, com-posta por políticos e representantes da sociedade organizada, recebeu a missão de produzir um texto que assegurasse a pro-teção dos Direitos e Garantias Fundamentais e que pudesse fa-zer do Brasil um Estado Democrático de Direito. Promulgada em 05 de outubro de 1988, a Constituição da República Fede-rativa do Brasil ficou conhecida como a Constituição Cidadã.

Elegemos Fernando Collor pelo voto direto, mas o Con-gresso Nacional votou o seu impeachment por improbidade, em processo previsto na nova Constituição. Ele foi sucedido pelo vice, Itamar Franco. Em 1994, elegemos Fernando Hen-rique Cardoso, grande intelectual, que nos falou do complexo de vira-latas e que colocou o Brasil num novo patamar no cenário internacional. A estabilidade econômica mudou a imagem do País no mercado externo e o brasileiro passou a ser também consumidor e sujeito de direitos.

Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente em 2002, e o povo brasileiro mostrou ao mundo que na democracia todos podem participar da vida política. Dilma é a primeira brasileira a ocupar a Presidência da República, a primeira mu-lher a chegar ao mais importante posto da política brasileira. Conquista da nossa sociedade.

O Brasil é hoje um Estado Democrático de Direito e, gra-ças à democracia, podemos conhecer e ver serem punidos os envolvidos em ações de corrupção e em crimes contra o patri-mônio público. Podemos sair às ruas e protestar, enviar men-sagens de insatisfação nas redes sociais e organizar panelaços.

Já vão longe os trinta anos decorridos desde a posse de José Sarney e, indiscutivelmente, o Brasil não é o mesmo país. É melhor! Ainda há muito o que fazer. Há investimen-tos e ajustes, e só o processo democrático pode garantir que sigamos na construção de um país para todos os brasileiros. A democracia é o instrumento.

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Informe PublIcItárIo B-24Jornal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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Informe PublIcItárIoB-25 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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EsportEsB-26 Jornal da CidadeArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

Técnico Muricy Ramalhocom problema na escalaçãoTricolor precisa de vitória para não ficar em situação desconfortável

Divulgação

BOTAFOGO

Jogadores destacammelhora no 2º tempo

TécnicO Muricy Ramalho ainda não sabe se escalará Luiz Fabiano, quarta-feira contra o San Lorenzo

São Paulo (SP) o São Paulo pode ter proble-mas na escalação para a

partida contra o San lorenzo, nesta quarta-feira, pela Copa libertadores da américa. De-pois da vitória sobre a Ponte Preta, no domingo, o técnico Muricy Ramalho explicou que têm dúvidas por conta de pro-blemas clínicos.

Como levou um elenco re-pleto de reservas para Cam-pinas, o treinador colocou os jogadores poupados para tra-balhar na manhã de domingo, mas alguns não tiveram con-dições de ir a campo no CT da Barra Funda.

“o grande problema do luis Fabiano é que ficou muito tempo sem treinar. Não treinou domingo de manhã e me pre-ocupa muito, porque tem que estar muito bem fisicamente para jogar, senão tem dificul-dade. Não ter treinado pesa muito”, comentou o treinador, que completou.

Muricy Ramalho lamenta por luis Fabiano ainda não ter voltado aos treinos no Tricolor

“o Souza também não trei-nou, assim como o Centurión. Por isso que resolvemos mes-clar (contra a Ponte), senão chegaríamos na quarta sem muita gente. Estamos com muitas dúvidas. a parte tática é sempre definida, com dois meias e dois atacantes, para pressionar bem o adversário no Morumbi”, explicou.

luis Fabiano ainda se recu-pera de contratura na coxa es-querda, enquanto Souza sofreu um problema na coxa direita. Já Centurión reclama de dores na coxa esquerda, e Dória faz tratamento de uma entorse no tornozelo esquerdo.

o lateral esquerdo Reinal-do também sentiu incômodo muscular e dificilmente será liberado para quarta, mas

pelo menos o técnico tem Car-linhos pronto. o ex-jogador do Fluminense, que se recu-perou recentemente de uma tendinite no joelho esquerdo, foi preservado contra a Ponte justamente para não ter qual-quer problema para quarta--feira. os meias Michel Bastos e Ganso também ficaram fora contra a Macaca por opção da comissão técnica.

o treino de ontem à tarde, começou a desvendar para Muricy Ramalho quem terá condições de jogar contra o San lorenzo. Com uma vitó-ria (sobre o Danubio) e uma derrota (para o Corinthians) nesta libertadores, o Tricolor precisa do triunfo em casa sobre os argentinos para não ficar em situação muito des-confortável.

VAScO

Dagoberto exalta estreia com golDivulgação

O MAiS nOVO reforço do Vasco, atacante Dagoberto, marcou em sua estreia com a camisa cruzmaltina

GazETa PRESS - Rio de Janeiro (RJ) o Vasco segue na liderança do Campeonato Carioca após golear por 5 a 1 o Nova Iguaçu. a grande atração da partida foi a estreia do atacante Dagoberto. o jo-gador teve atuação discreta, mas contribuiu com o placar com um gol, ainda no primeiro tempo. Ele comemorou o bom início de trajetória com a ca-misa cruzmaltina.

"Tínhamos conversado mui-to durante a semana. agradeço muito ao Doriva por ter me co-locado desde o início. Ele sabe do meu estado físico e quanto é difícil essa situação. Escolhi estar aqui e estou muito feliz pela estreia. Foi muito além do que eu esperava. o grupo me apoiou muito, com os outros voltando para marcar. Fiquei muito cansado, senti um pouco de cãimbra", disse.

Dagoberto fez questão de exaltar o elenco vascaíno pela boa recepção no clube e apoio nos treinos. Segundo o ata-cante, o elenco atual tem tudo para brigar por títulos nesta temporada.

"Estou muito feliz, com o grupo, que me acolheu muito

bem. São grupos como esse que dão alegrias a torcida e espero que seja assim no Vas-co", declarou.

o Vasco terá a semana livre para trabalhar visando o clássico do próximo domingo, contra o Flamengo, no Maracanã. Para esta

partida, o técnico Doriva deverá contar com força máxima, pois terá o retorno do zagueiro Rodrigo, que cumpriu suspensão nesta rodada.

FLUMinEnSE

Time lamenta derrota para o MacaéGazETa PRESS - Macaé

(RJ) - o Fluminense foi der-rotado pelo Macaé por 1 a 0, domingo, e deixou o G4 do Campeonato Carioca. os tricolores sofreram com os des-falques e vão ter que buscar a recuperação na competição. o lateral direito Wellington Silva demonstrou a irritação pelo re-vés e destacou que o momento é de trabalhar visando a volta ao grupo de classificação para as semifinais do Estadual.

“Foi um lance de bola pa-rada, mas uma vez. Estamos indignados com essa derrota e vamos correr atrás. Temos que

acertar e treinar mais, todo mundo. Temos que fazer o pos-sível e impossível”, disse.

Já o zagueiro Gum, que fez sua primeira partida como titular na temporada, também lembrou que a derrota veio em um lance de bola parada. o de-fensor afirmou que os tricolores têm que manter a calma para se recuperar na próxima rodada.

“Foi um jogo bem difícil. Infelizmente, uma bola parada decidiu um jogo. Poderíamos ter feito melhor. Temos de continuar trabalhando, enten-dendo que o grupo estava des-falcado, mas não foi uma má

partida de todo, não. Sabemos que temos de melhorar e voltar ao G4, pois o nosso objetivo é passar de fase”, declarou.

o Fluminense volta a campo no próximo sábado, contra o Tigres, no Maracanã. Para esta partida, a tendência é a de que Cristóvão Borges possa contar com todos os jogadores que desfalcaram a equipe domingo.

a derrota para o Macaé neste domingo caiu como uma bomba no Fluminense. Fora do G4 do Campeonato Carioca após os resultados da rodada, o Tricolor terá pela frente dois confrontos diretos nas últimas cinco roda-

das da Taça Guanabara para garantir sua classificação.

ambas as decisões aconte-cerão na penúltima e última ro-dada. Primeiramente, a equipe das laranjeiras terá o clássico com o Flamengo que, atual-mente, ocupa o terceiro lugar. No compromisso final, o time enfrenta o Madureira, a zebra da competição que ultrapassou o Flu e está em quarto.

antes, no entanto, o Trico-lor duelará com adversários teoricamente “mais fáceis”, já que estão na parte de baixo da tabela. São eles Tigres, Cabo-friense e Barra Mansa.

GazETa PRESS - Rio de Janeiro (RJ) o Botafogo segue rumo à classificação e, neste domingo, passou pelo Re-

sende por 3 a 0, no estádio Nilton Santos. Mais uma vez, os alvinegros sofreram na etapa inicial, mas se recuperaram e chegaram à vitória na etapa final. o volante William arão reconheceu a dificuldade da partida, mas ressaltou a tran-quilidade da equipe para buscar os três pontos.

“Não conseguimos marcar no primeiro tempo, mas continuamos persistindo no segundo tempo. Foi mais uma vitória que construímos, não foi fácil, mas fizemos com que o jogo ficasse tranquilo”, disse.

o goleiro Jefferson criticou a atuação da equipe na eta-pa inicial, mas exaltou a melhora no segundo tempo. “No primeiro tempo nossa equipe deixou um pouco a desejar, mas no segundo se acertou, aproveitou as oportunidades e conseguimos uma bela vitória”, declarou.

o Botafogo volta a campo no próximo domingo, quando vai encarar a Cabofriense, em Macaé.

Jóbson comemora boa fase Com seis gols marcados no Campeonato Carioca, Jóbson

manteve protagonismo neste domingo em vitória por 3 a 0 sobre o Resende. o camisa 7 do Botafogo foi às redes mais uma vez e liderou as jogadas ofensivas da equipe. o polêmico atacante comemora a boa fase com uma explicação simples.

“Estou muito feliz e esta é uma das melhores fases da minha carreira. Está saindo um gol atrás do outro”, resu-miu Jóbson. apesar da maior concorrência com a volta de Rodrigo Pimpão e a chance aproveitada por Tássio – ambos marcaram neste domingo –, Jóbson mantém força nesta briga com dribles, velocidade e gols.

“os gols estão saindo e isso é muito bom. o nosso ataque está bem e temos uma briga sadia. Faz o botafogo vencer e fortalece nosso grupo”, destaca o atacante, sem medo dos adversários que brigam por uma posição de titular no ata-que alvinegro.

após um 2014 apagado, Jóbson recupera prestígio e aproveita o bom momento com a torcida. Ele lembra episó-dio ruim na campanha ruim da equipe na última tempora-da, que culminou no rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

“Estou dando a volta por cima após aquele pênalti que perdi. Espero que a torcida tenha esquecido isso”, comple-mentou Jóbson. Com a vitória sobre o Resende, o Botafogo chega aos 25 pontos e ocupa a segunda colocação do Cam-peonato Carioca. o alvinegro segue na cola do Vasco, que lidera o torneio com um ponto a mais.

JEFFERSOn disse que o time deixou a desejar no primeiro tempo

ATLéTicO (PR)

Técnico é demitidoGazETa PRESS - Curitiba

(PR) - Claudinei oliveira não é mais técnico do atlético--PR. o treinador foi demitido neste domingo, após a derrota em casa, por 2 a 1, de virada, diante do Maringá, na partida válida pela 9ª rodada do Cam-peonato Paranaense.

Em nota oficial, o clube agradeceu aos trabalhos pres-tados pelo treinador:

"Em reunião realizada entre o técnico Claudinei oliveira e a direção do Clube atlético Paranaense, no CaT do Caju, foi decidido que o treinador deixará o comando técnico da equipe profissio-nal. o CaP agradece Clau-dinei oliveira pelo trabalho

realizado e deseja sucesso em sua carreira profissional".

Claudinei oliveira chegou ao clube em setembro de 2014, no dia seguinte após deixar o rival Paraná. Em 2015, o treinador levou o elenco para disputar amistosos e treinar na Europa, enquanto a equipe sub-23 dispu-tou o Campeonato Estadual.

Com a má campanha da equipe de base na compe-tição, a direção chamou o treinador e colocou o time profissional em campo. Em quatro jogos, entretanto, o Furacão não venceu e, está na 9ª colocação da competi-ção. Com a posição, a equipe disputaria, hoje, o quadran-gular contra o rebaixamento.

FLAMEnGO

Time tem sete vitóriasRIo DE JaNEIRo (RJ) Na vitória por 3 a 1 sobre o Tigres,

Vanderlei luxemburgo voltou a escalar o Flamengo com meio-campo povoado. Márcio araújo, Jonas e Canteros fizeram a contenção do setor, mas o técnico nega ter usado formação excessivamente cautelosa no estádio los larios.

“No Brasil se critica muito, e o técnico vai ser sempre contes-tado. Eles (críticos) analisam o que está sendo feito, não o que eu estou fazendo. Isso vai ser um confronto eterno”, contemporiza luxa, que jura ter dado liberdade para o trio ajudar também ofensivamente. “Não são três volantes, são três jogadores com dinâmica entre eles, que vão se revezando”, argumenta.

as alegações de luxemburgo têm lá seu fundamento. o meio--campo, ainda que sem um armador de origem, não foi mal na vitória em Duque de Caxias. Com gols de alecsandro e Marcelo Cirino (2), o Rubro-Negro alcançou sua sétima vitória no Carioca. o próximo desafio é pela Copa do Brasil, contra o Brasil de Pelo-tas, nesta quarta-feira.

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eSPORTeSJornal da Cidade

ArAcAju terçA 17 e quArtA-feirA 18.3.2015

BCADERNO

Editor: Paulo Roberto [email protected]

Demitido do Flamengo no início de 2015, o goleiro Felipe espera a chance de atuar novamente por uma grande equipe. O atleta – que atualmente treina com uma equipe particular – se disse ansioso pela ligação de um grande clube, convidando-o para jogar.

goleiro felipe de 31 anos espera por chances

cidade de aracaJU

prova reunirá mais de 1700 atletas

sergipe não sai do empate ese complica no campeonatocarlos rabello entrega o cargo e Elenilson Santos assume

André Moreira

no batistão

confiança ganhoudo coritiba no sábado

Divulgação

no francão

boca Junior sai vitorioso

carlos rabello não resistiu a mais um fiasco do Sergipe

Um novo tropeço foi a gota d’agua que faltava para se confirmar o que estava

prestes a acontecer, no Sergipe: a queda do técnico Carlos Rabello. Foi o que aconteceu no sábado passado, após o empate do time rubro com a Boquinhense, por 2 a 2, em pleno Estádio João Hora de Oliveira, resultado que fez a equipe rubra descer uma posição na tábua de classificação do Gru-po B, passando de segundo para o terceiro lugar, e classificação para o quadrangular decisivo do campeonato ameaçada.

Desgastado com as cobran-ças e, principalmente com o resultado da partida com o time da Terra da Laranja, Carlos Rabello conversou com o presi-dente Sílvio Santos, após o jogo, colocou o cargo à disposição e, de pronto, teve seus serviços profissionais dispensados. Para a suprir a baixa na comissão técnica, a diretoria colorada andou rápido e, ainda, no sá-bado, acertou a contratação de Elenilson Santos, ex-treinador do clube, em 2008, que foi apre-sentado, ontem à tarde.

Nas quatro linhas, o Sergipe até que começou melhor, mas

coube à Boquinhnse abrir a contagem, por intermédio de Diego Renato, quando decor-riam 31 minutos do primei-ro tempo. Mas dois minutos depois, foi a vez de o Mais Querido investir forte e, com o artilheiro Diego Neves, marcar o gol de empate.

Na etapa complementar, o Sergipe reapareceu mais de-terminado, mas só conseguiu ficar à frente do marcador aos 32 minutos, com um gol marcado por Jonathan, que havia substituído Cris. O gol de empate da Boquinhense foi assinalado por Matheus aos 34, quando a equipe colorada era melhor, em campo, em buscava o terceiro o gol.

Com o empate de sábado, o Sergipe, que era vice-líder, passou para a terceira posição com 13 pontos, atrás do Lagar-to e Socorrense que somam um ponto a mais cada. O Sergipe volta a campo, no próximo sábado, enfrentando o Con-fiança, no Batistão, e a Boqui-nhense, no mesmo dia, o Boca Junior, no Francão, na nona rodada da primeira fase do Estadual da Série A-1 de 2015.

paraibano Flávio Pereira participará da Corrida Cidade de Aracaju

A largada para a 32ª Cor-rida Cidade Aracaju está mar-cada para às 16 horas dessa terça-feira 17 de março. Este ano, o evento inscreveu 1.788 atletas, número considerado recorde pela organização. O valor da premiação, o per-curso principal e a inserção dos percursos de cinco e dez quilômetros foram os motivos apontados pelos organizadores para a competição inscrever este ano cerca de 50% a mais que o ano passado. Serão dis-tribuídos quase R$ 100 mil em prêmios. Apesar de este ano a prova ter três percurso, o local de chegada é um só – a Praça do mini-golfe, em Aracaju.

A Corrida Cidade de Ara-caju integra as comemorações dos 160 da Capital. O principal percurso percurso de 25 km parte da Praça Getúlio Vargas (Praça da Igreja Matriz), segue a avenida João Bebe Água com destino à Praça Inácio Barbo-sa (Mini Golf). A previsão de chegada desta prova, que teve 803 corredores inscritos, é às 17h15. O campeão vai levar R$ 6.300. Também serão pre-miados os cinco primeiros na categoria geral, cinco primeiros sergipanos, cinco servidores municipais, os três primeiros em 20 categorias, além do mais idoso e mais idosa. Lembrando

após o viaduto da avenida Tancredo Neves, nas proximi-dades do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar (CFAP/PM) . Nesta categoria não haverá premiação em dinheiro, ape-nas medalha e troféu para os primeiros colocados.

Corrida em números - Dentro da prova, ocorrerá a 3ª Corrida da Juventude, com 23 participantes e a 11ª Corrida de pessoas com Defi-ciência com 47 inscritos. No geral, estarão participando da 32ª Corrida Cidade de Aracaju 405 mulheres, 1.171 homens e 142 servidores municipais. Participarão da prova 1.520 sergipanos e 268 corredores provenientes 12 Estados, divididos entre Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito San-to, Paraná, Paraíba, Pernam-buco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Mostrando todo o carinho com os participantes, na maior e mais charmosa corrida de rua de Sergipe, serão distribuídos nos dez postos montados ao longo do percurso água e água de coco. Assim que os corredo-res completarem o percurso, receberão um kit lanche e um energético para repor as ener-gias gastas durante a prova.

que os prêmios valem para masculino e feminino.

Na prova de 10 km, os 395 atletas inscritos largarão da rótula de acesso ao conjunto Eduardo Gomes. Receberão a premiação os cinco primeiros colocados na categoria geral,

três primeiros servidores e todos os primeiros colocados em 20 categorias, masculino e feminino.

Completando a festa, a prova de 5 km sairá da subida da avenida Dr. José da Silva Ri-beiro Filho (avenida da UFS),

galo

atlético Mineiro comemora goleada

Uma vitória sofrida, mas muito importante. É o que se pode afirmar da conquistada pelo Confiança em cima

do Coritiba, por 2 a 1, na noite do último sábado, no Estádio Batistão pela oitava rodada do Estadual da Série A-1 de 2015. Com o resultado, o time proletário segue firme na liderança do Grupo A, com 17 pontos, seguido pelo Estanciano, 14; Itabaiana, 12; Boquinhense 11; e Amadense, nove pontos.

Os gols, que deram o triunfo ao campeão do Estado, foram marcados por Leandro Kível que, finalmente, inter-rompeu um longo jejum sem balançar as redes adversárias. Aganaldo anotou o tento de honra coritibano, hoje, com passaporte carimbado para o seu retorno à Segunda Divisão do futebol sergipano, na próxima temporada.

Com vaga, praticamente, segurada nos jogos decisivos do campeonato, o Confiança, agora, tem sua atenção voltada para a partida de amanhã à noite, no Estádio Barradão, em Salvador, quando enfrenta o Esporte Clube Vitória, pela sexta e última rodada da Copa do Nordeste de 2015.

Com apenas cinco pontos positivos na tábua de classi-ficação do Grupo A da competição regional, a equipe ser-gipana, ainda, tem chance de classificação para a segunda fase. Para isso, terá de superar o rubro-negro baiano (9) e torcer para que o América, de Natal (7), seja superado pelo Serrano, de Vitória da Conquista (5), na Arena das Dunas, na capital potiguar.

Após a apertada vitória, diante do Coritiba, os jogadores se reapresentam, na manhã de ontem, no Sabino Ribeiro. Os que enfrentaram o Coxa participaram de um trabalho de reforço muscular, e os demais de um trabalho com bola. A delegação alviazul viaja para Salvador, nesta terça-feira.

leandro Kível foi o autor dos dois gols da vitória de seu time

O Boca Junior derrotou o Amadense, por 3 a 1, no

último sábado, no Estádio Francão, em Estância, mas continua longe da equipe que o presidente Gilson Behar pensava ter prepara-do para o Estadual da Série A-1 de 2015. Somando sete pontos positivos nos jogos que realizou, até a rodada do fim de semana, a tarefa da agremiação da Cidade Jardim, daqui para frente, é aguardar os dois últimos compromissos, para ir a campo cumprir o que deter-mina a tabela.

O Amadense até que pa-recia disposto a entrar na briga por uma vaga no qua-drangular decisivo do cam-peonato. Prova disso foi que iniciou o jogo mais aplicado, mas somente até inaugurar o placar por intermédio do

estreante Chulapa. Após isso, o time caiu de produção e ofereceu chance ao adversá-rio alcançar o empate, ainda, no primeiro tempo.

No período f inal do jogo, a expectativa era que o Leão do Rio Real voltas-se melhor. Puro engano. Quem passou a comandar as ações dos 45 minutos finais do encontro foi o Boca Junior que, com o atacante Osvaldo, marcou mais dois gols.

A equipe da cidade de Tobias Barreto, além de der-rota, perdeu o seu treinador, Itamar Bernardes, que foi dispensado do cargo. Na nona rodada, programada para o próximo sábado, o Boca enfrenta a Boquinhen-se, no Francão, enquanto o Amadense receba a visita do Socorrense, no Brejeirão.

corinthians

tite elogia vagner loveGAzETA PRESS - São Paulo (SP) - Vagner Love já não

ouve mais ressalvas do técnico Tite sobre a sua forma física ou falta de ritmo de jogo. “Saltei como se tivesse sido gol em um chute dele”, sorriu o técnico quando comentava o empate sem gols com o Red Bull Brasil, no sábado, talvez o melhor dia do atacante vestido com o uniforme do Corinthians.

- O Vagner está melhorando a cada momento, dando novas opções à equipe. Ele já foi bem melhor agora do que em outros jogos. Criou duas ou três oportunidades reais à base de movimentação. O técnico também passa a conhecê--lo - comentou Tite.

O treinador esperava aprender mais sobre as caracte-rísticas de Vagner Love para poder utilizá-lo ao lado de Guerrero. A dupla foi testada pela primeira vez na vitória por 3 a 0 sobre o Mogi Mirim e não funcionou. Contra o Red Bull, o recém-chegado substituiu o volante Cristian no intervalo e soube se posicionar para criar as melhores chances de gol do Corinthians.

- Coloquei os dois enfiados, mas vi que não conseguiam sair da marcação. Então, chamei o Vagner na beira do campo e falei para ele atuar como fazia com o Adriano no Flamengo, movimentando-se atrás do Guerrero - contou Tite, obcecado com a ideia de fazer a parceria funcionar.

GAzETA PRESS - Belo Ho-rizonte (MG) - Os jogadores do Atlético-MG ficaram satis-feitos com a goleada por 4 a 0, aplicada em cima da URT, e já pensam no duelo contra os co-lombianos do Santa Fé, pela Li-bertadores, que pode definir o futuro do Galo na competição. O zagueiro Edcarlos afirma que a vitória de domingo foi im-portante para dar moral para a sequência atleticana.

- O nível do jogo que vamos encontrar lá é bem diferente do que tivemos aqui. Foi muito importante ter jogado, vencido bem, e isso é importante para nosso íntimo. Foi importante o

desempenho de todos. Mais que correr, hoje teve equilíbrio, teve tranquilidade para fazer aquilo que o professor vem pedindo, e o mais importante foi a movimen-tação que faltou no último jogo - declarou.

Com Lucas Pratto em campo, o futebol do Atlético-MG ganha em qualidade, e neste domingo, o argentino retornou ao time após um período lesionado e anotou um dos gols do Galo. Assim como Edcarlos, o avante afirma que o triunfo foi essencial para dar confiança para o jogo de quarta-feira, na Colômbia.

- Foi um jogo para recu-perar a confiança depois de

quinta-feira. Hoje entramos com atitude ganhadora. Foi importante jogar bem e ganhar por 4 a 0 - disse Lucas Pratto que garante que está inteiro para jogar na Libertadores.

- Estamos bem, 100% para ajudar o Atlético-MG em um jogo na Colômbia que será muito im-portante para o grupo - afirmou.

VictorJogar no Estádio El Campín

não é novidade para o Atlético--MG. O clube mineiro vai enfren-tar o Santa Fe pela terceira vez em seis anos em Bogotá. No due-lo pela Libertadores do ano pas-sado, o goleiro Victor foi o nome

do jogo. Eleito o melhor em cam-po pela Conmebol, o camisa 1 do Atlético foi o grande responsável pelo resultado de 1 a 1. No retor-no a Bogotá, Victor vai se tornar o jogador do Atlético com mais jogos pela Libertadores.

O arqueiro vai completar diante do Santa Fe 24 jogos pelo clube alvinegro no torneio. Atu-almente ele está empatado com o atacante Jô, com 23 partidas. O volante Pierre aparece na ter-ceira colocação, com 22 apari-ções. Ser o atleticano com mais jogos na Libertadores é apenas uma marca, já que Victor mira mesmo é o segundo título da competição pelo clube.

Jorge Henrique

Page 39: Conquista Dois prêmios naCionais

Informe PublIcItárIo B-28Jornal da Cidade ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015

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vARIEDADES Jornal da Cidade

ArAcAju terçA 17 e quArtA-feirA 18.3.2015

CCADERNOCássio Gabus revivepar com Glória Pires:

“Olho no espelho e agradeço”

televisão

VARiEDADEs C2

editor: Eugênio Nascimento [email protected]

suyene CorreiaDa EquipE JC

Já consolidado na programação do aniversário de Aracaju, nascia há 12 anos, o projeto Aracaju de Tototó. Tendo como ponto de partida o Bairro Inácio Barbosa, a barqueata composta de cerca de 20 embar-

cações a motor, popularmente conhecidas como Tototós, percorre parte do Rio Poxim e adentra no Rio Sergipe, colorindo a paisagem natural de Aracaju até o município de Barra dos Coqueiros.

Nesta 12ª edição a saída das embarcações está marcada para às 13h30, na Confraria do Cajueiro, no Inácio Barbosa. De acordo com o jornalista, ambientalista e coordenador do projeto Aracaju de Tototó, Osmário Santos, o evento tem como objetivo alertar para a preser-vação dos rios Poxim e Sergipe. “O nosso Rio Sergipe tem importância não só histórica, mas econômica e geográfica para o Estado. O pro-jeto é um alerta que o evento não é apenas um passeio, mas sim uma maneira de conscientiza-ção ambiental”, explica o comunicador.

Professores, estudantes, artistas, jornalistas, arquitetos e populares unem-se à causa ambi-ental, nesse dia de comemoração. “Vale ressal-tar que o Aracaju de Tototó é a consolidação de uma proposta ambientalista e social em defesa do Rio Sergipe. Quando começamos, já sabía-

mos de nossa responsabilidade em mantê-lo, porque para salvar o Rio Sergipe, não é de uma hora para outra, é preciso fazer uma história aos poucos”, afirma Osmário.

O colunista do JORNAL DA CIDADE de-staca o apoio da deputada estadual Ana Lú-cia, que abraçou a causa desde as primeiras edições do Aracaju de Tototó. “Ela nos apoia da maneira que pode, o que engrandece nosso evento, a exemplo do projeto de autoria da deputada Ana Lúcia, que institui o meio de transporte Tototó como patrimônio cultural e imemorial do Estado de Sergipe, reforçando sua importância na história da população ara-cajuana. São esses incentivos que nos dão for-ça para lutar pelo Aracaju de Tototó”, finaliza.

Comunidade Bahá’íCeleBra ano novo

No próximo dia 21, mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo celebram o Naw-Rúz, o Ano Novo Bahá’í, que marca o início do ano 172 da Era Bahá’í. A data é um dos nove dias sagrados bahá’ís e é celebrada no equinócio, único dia do ano em que o sol ilu-mina a Terra da maneira igual nos dos hemis-férios, fazendo com que recebem a mesma quantidade de luz. Em Aracaju, a celebração será no dia 20 de março, às 19h30, no Centro Educacional Bahá’í “Dr. Masoud Jalali” (Rua Duque de Caxias, 297).

O calendário Bahá’í teve início em 1844, e foi estabelecido pelo Báb (profeta precursor da Fé Bahá’í). É composto por 19 meses de 19 dias, e cada mês e dia recebeu o nome de um atibuto de Deus. O ano de 172 da Era Bahá’í equivale ao ano de 2015/2016 do calendário gregoriano, utilizado para marcar a Era Cristã e começa a com Naw-Rúz.

Os bahá’ís acreditam que Bahá’u’lláh é o Messias prometido pelo Báb. Ele reafirmou o calendário e instituiu o Naw-Rúz como dia sagrado. De acordo com seus ensinamentos, o Naw´Rúz ocorre no dia seguinte ao tér-

mino do jejum bahá’í e, está associada ao Máximo Nome de Deus.

No Brasil, aproximadamente 70 mil bahá’ís espalhados em todos os Estados, festejam a data. Apesar de ter origem ira-niana, a Fé Bahá’í é uma religião mundial e valoriza os costumes locais. Por isso, todas as datas comemorativas são cel-ebradas de acordo com as características culturais da região, além de contar com a participação de pessoas de diferentes ori-entações religiosas, já que os eventos são abertos ao público.

Projeto Aracaju de Tototóchega com sucesso à 12ª edição

ArAcAju de ToToTó chama a atenção para a preservação dos rios sergipe e Poxim

Amanhã, a partir das 19h, o Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda será palco da maior série de música clássica do Brasil na atualidade. Trata-se do pro-jeto Música no Museu que estará em turnê pelo Norte e Nordeste brasileiro e, após dois anos, retorna a Sergipe com o programa “Os Imor-tais da Música Brasileira” em homenagem aos 160 anos de Aracaju. A apresentação, real-izada com o apoio do Instituto Banese e do Museu da Gente, acontecerá no auditório do museu, numa exaltação à obra da compositora e mae-strina Chiquinha Gonzaga.

O repertório composto inteiramente por músicas da artista será interpretado pelo Duo formado pela pianista Maria Luisa Lundberg, que representa Chiquinha, e pela soprano Neti Szpilman. Du-rante a apresentação musical, o Duo faz uma retrospectiva política e social da época, em um bate-papo com a pla-teia, revivendo as ousadias e vitórias da grande musicista.

O projeto Música no Mu-seu, iniciado no ano de 1997, tem o patrocínio dos Correios e foi reconhecido pelo Rank-Brasil como a maior série de música clássica do Brasil. Todos os concertos do pro-jeto são gratuitos, englobando diversos gêneros musicais, contemplando desde a Música Antiga até a Contemporânea, com uma variação enorme de intérpretes e seus respectivos instrumentos, trazendo ainda um caráter didático de forma-ção de plateia. A outra pecu-liaridade é a valorização de

Museu da Gente Sergipana será palco para o Projeto Música no Museucompositores brasileiros con-temporâneos, além de nomes internacionais e nacionais já consagrados.

Sobre as artistas- A soprano Neti Szpilman iniciou sua car-reira cantando em musicais como West Side Story, possui vasta experiência camerística e dedica-se, principalmente, ao canto lírico. Szpilman tem em seu currículo apresentações em vários países, a exemplo de

Israel e da Alemanha, e partici-pações como solista em grandes produções, a exemplo de “As Bodas de Fígaro”, “O Condor”, “Viúva Alegre” e “La Traviata”.

Com um histórico musical também muito rico, a bacharel em piano Maria Luisa Lundberg tem na sua carreira profis-sional, trabalhos em diversas produções como “Carmina Burana” de Carl Orff, no qual foi pianista solista sob direção

de Ueslei Banus. Foi diretora artística e pianista da obra “Domitila” de João Guilherme Ripper, além de vencer impor-tantes concursos e receber prê-mios, a exemplo do de melhor interpretação de música do século XX, com a “Sonata para flauta e piano” de Prokofieff.

A apresentação no Museu da Gente Sergipana é gratuita. O museu está localizado à ave-nida Ivo do Prado, 398- Centro.

LuisA Lundberg e Neti szpilman apresentam-se amanhã, às 19h, no museu da gente

Jadi

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Divulgação

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VariedadesArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015 Jornal da CidadeC-2

TV PROGRAME-SE

TV aberta A programação é de total responsabilidade das emissoras

TV Sergipe/Globo Canal 4

Fone: (79) 3179-1315

06:00h - Sergipe em Debate08:00h - Esquadrão Sobre Rodas08:30h - Um Menino Muito Maluquinho09:00h - A Turma do Pererê09:30h - Bill Tampinha e sua melhor amiga Corky10:00h - Castelo Rá Tim Bum10:30h - Janela Janelinha11:00h - Faixa Especial Aperipê 4 Anos Biografia11:30h - A Turma do Pererê12:00h - Um Menino Muito Maluquinho12:30h - Catalendas13:00h - Dango Balango13:30h - Castelo Rá Tim Bum14:00h - Cocoricó14:15h - Curta Criança14:30h - Vila Sésamo15:00h - Sem Censura16:30h - Rede Jovem Cidadania17:00h - Estúdio Móvel17:30h - Karkú, Uma galera atrevida18:00h - Faixa Especial Aperipê 4 anos Biografia18:30h - Notícias Aperipê19:00h - Bola em Jogo

Fone: (79) 3226-2600

06:30h - Balanço Geral Sergipe - HD07:35h - Você em Dia - HD08:30h - Fala Brasil - HD10:00h - Hoje em Dia - HD12:00h - Atalaia Esporte - HD12:15h - Jornal do Estado 1ª Edição - HD12:35h - Camara em Ação

Fone: (79) 3249-5505

24:00h - O Amor Vencerá01:00h - Ele está no meio de nós03:00h - Sorrindo pra Vida04:00h - A Bíblia no Meu dia-a-dia04:30h - Nossa Missão é Evangelizar05:30h – Ofício da Imaculada05:55h – Santo do Dia06:00h - Terço06:30h – Evangelizando com Davi06:40h – Em Sintonia com meu Deus06:55h – Palavra de Vida Eterna07:00h – Santa Missa08:00h – Sorrindo pra Vida09:00h – Quinta-feira de Adoração13:00h – Evangelizando com Davi13:30h – Quinta-feira de Adoração14:30h – Juntos Somos Mais15:30h – Igreja Viva16:00h – Santa Missa17:55h – Angelus17:00h – Terço18:30h – Cantinho da Criança19:00h – Deus Proverá19:20h – Que todos sejam um20:00h – Minha Família é assim20:35h – Evangelizando com Davi22:30h – Direção Espiritual23:30h – Academia do Som

Aperipê TV/TV Brasil Canal 2 TV Canção Nova Canal 13

TV Atalaia/Record Canal 8

20:00h - Repórter Brasil21:00h - A Era Lula21:45h - Noel Rosa - Poeta da Vila e do Povo22:15h - Especial Débora Colker22:45h - Roda Viva0:15h - Cacuete - a incrível performance De Crendices0:30h - Faixa Especial Aperipê 4 Anos - Folclore

Fone: (79) 3045-4400

05:00h - Hora Um05:58h - Bom Dia Sergipe07:30h - Bom Dia Brasil09:00h - Mais Você10:16h - Bem Estar10:52h - Encontro com Fátima Bernardes12:00h - SE TV - Primeira Edição12:47h - Globo Esporte13:20h - Jornal Hoje13:57h - Vídeo Show14:45h - Sessão da Tarde "Um Encontro com seu Ídolo!"16:15h - Vale a Pena Ver de Novo "Cobras & Lagartos"17:57h - Malhação18:27h - Sete Vidas19:11h - SE TV - Segunda Edição19:31h - Alto Astral20:30h - Programa Político-Partidário20:40h - Jornal Nacional21:29h - Babilônia22:44h - Big Brother Brasil 1523:55h - Profissão: Repórter00:37h - Jornal da Globo02:15h - Corujão "Proposta Indecente" 03:50h - Mentes Criminosas

Novelas

12:45h - A8 na TV - André Barros13:10h - Tolerância Zero - HD14:30h - Programa da Tarde - HD17:20h - Cidade Alerta19:55h - Jornal do Estado 2ª Edição - HD20:40h - Jornal da Record - HD21:30h - Novela: Vitória - HD22:30h - Repórter Record Investigação23:30h - Série: Grimm (2ª Temporada inédita)

Babilonia (Globo)

Samantha é obrigada a se casar com o sultão. Marcos avisa a Sueli que conseguirá se livrar de Caíque para sempre. Itália finge para César que lhe dará outra chance. Israel conta a Bia que está apaixonado por Liz e pede ajuda para se aproximar da amiga. Pepito desmaia ao saber que terá que se casar com Layla. Marieta comenta com Suzana e César que está preocupada com o sumiço de Samantha. Marcelo encontra os remédios de Úrsula fechados no armário.

Alto Astral (Globo)

Malhação (Globo)

Vitória (Record)Sem saída, Clarice decide pedir para a delegada. Sabrina diz que não pode permitir a liberação de Iago, apesar da súplica de Clarice e Bernardo. Katia provoca e William ameaça matá-la caso continue fazendo insinuações sobre ele. Sabrina decide auto-rizar a prisão domiciliar de Iago no Arminho. Clarice e Bernardo se empolgam com a notícia. Re-voltada, Katia recrimina a atitude de Sabrina. Priscila aproveita o descuido de Camila para rendê-la e pede a presença do informante

Sete Vidas (Globo)

A Feia Mais Bela (SBT)

Beatriz se surpreende ao saber que Cristóvão não era cúmplice de Inês. Beatriz pensa em ajudar Homero na empresa e Inês fica radiante. Teresa conversa com a professora de Rafael. Regina fala com Evandro e conhece Beatriz.

Cirilo conta aos colegas que ganhou um beijo da professo-ra Helena. Ao conversar com Maria Joaquina, Helena per-gunta se a garota tem algum problema com Cirilo e pede para ela dar uma chance a ele. Jaime fala aos meninos que as mulheres são muito chatas. Valéria defende as mulheres e diz que elas estão à frente dos homens. Paulo chega e solta um arroto na cara das meninas. Olivia pergunta a Matilde se professora Helena se deu bem com os alunos. Jaime, Adriano, Daniel e Cirilo decidem entrar numa casa abandonada.

Dandara confidencia a Mari que acredita que esteja grávida de Gael. Gael descobre que Wallace e Karina estão inscritos no campe-onato Warriors sem a sua aprova-ção. Bianca decide reassumir seu papel de Julieta no espetáculo da Ribalta e Henrique comemora. Gael confronta Lobão e Karina afirma que está preparada para disputar o campeonato. Wallace se prepara para pedir a permissão de Gael para lutar. Lobão provoca Gael, que agride o rival e acaba sendo detido pela polícia.

de Iago no cativeiro. Camila liga para William e inventa uma des-culpa para atraí-lo até a cabana.

Carrossel (SBT)

Miguel conta para Lauro que perdeu parte de sua memória quando foi resgatado. Pedro co-memora com Lígia os seis meses de Joaquim. Lauro leva Miguel para ver Lígia, Pedro e Joaquim de longe. Marta critica Júlia por ter concedido entrevista a Estela. Edgard decide ir com Júlia à casa de Pedro. Caio comenta com Lígia sobre a falta de paciência de Irene com Joaquim. Iara reclama de Vicente. Isabel se preocupa com Lauro. Lígia deixa Joaquim com a babá e sai com Vicente para trabalhar.

Homero é transferido para Dubai. Regina, Diogo e Dora mudam de casa. Beatriz afirma a Estela que não precisa mais se preocupar com Inês. Inês guarda uma cópia do vídeo que fez de Beatriz e Cristóvão.

Lety fica muito nervosa, porque Fernando a escuta falar como Aurora. Fernando confessa a Lety que está interessado em Aurora. Lety se comove ao ver Fernando chorar e decide contar toda a verdade. Fer-nando diz a Lety que não se atreva a olhar os seus olhos e percebe que ela usa a peruca de Aurora. Aldo pede a Lety para acompanhá-lo em um encontro com Carmina, para falar sobre o iate. Lety diz que não está de bom humor. Julieta pede para Aldo ficar longe de Lety para que ela possa ser feliz.

reTorNo

Silvio Santos voltou de férias e já retomou seu trabalho

Cássio Gabus revive par com Gloria Pires: “Olho no espelho e agradeço”

Divulgação/TV Globo

DomiNgo De proTesTos

Audiência cai, e Record suspendeas transmissão de manifestações

Após três meses nos Estados Unidos, chegou ao fim as férias de Silvio Santos. O animador e dono do SBT retorna ao tra-balho na última segunda-feira (16), o que poderá gerar tensão nos bastidores e novidades na emissora - algo que acontece praticamente todos os anos.

Em 2015, o SBT foi a única das grandes redes a não lançar novos projetos e promover contratações. Já sua maior concorrente, a Record, por exemplo, estreou o novo pro-grama de Gugu e contratou Xuxa Meneghel, movimentan-do o mercado.

Como tradicionalmente acontece há muitos anos, Silvio Santos passa alguns meses de férias em sua casa na Flórida, Estados Unidos, onde aproveita para viver como um anônimo, limpando a casa, andando na rua e fazendo compras nos su-

permercados da região. Quando re-torna, costuma vir com ideias e um pacote de novidades que acompa-nha no país norte-americano. Desta vez, Silvio antecipou sua volta em algumas semanas e já deve gravar seu "Programa Silvio Santos".

Em tempoEnquanto estava de férias, um

de seus programas previamente

gravados fez muito sucesso. No dia 22 de fevereiro, durante o quadro "Jogo das Três Pistas", Silvio Santos fez uma propa-ganda gratuita da Netflix, ge-rando uma enorme repercussão a ponto do presidente global da empresa lhe oferecer uma assinatura vitalícia.

Em determinado momento, Silvio disse que não assistia "A Praça é Nossa" por ser tarde e ele que trabalha em televisão não quer chegar em casa e continuar trabalhando: "Não assisto televisão".

Logo depois, afirmou que acompanha filmes e séries, e perguntou à personagem Nina se ela já tinha assistido ao se-riado "A Bíblia". A resposta veio com uma negativa.

Então, o Patrão fez a pro-paganda, virando notícia em sites e viralizando nas redes sociais.

silVio saNTos retorna ao trabalho

Divulgação/SBT

A TV que deu o maior espaço para as manifestações contra o governo Dilma Rousseff no último domingo (15) foi uma emissora da "base aliada" do governo. Controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus, que domina o PRB (Partido Republi-cano Brasileiro), integrante da coligação que reelegeu Dilma em 2014, a Record foi a única emissora que alterou sua grade de programação para transmitir os protestos. Dedicou quase três horas e meia de cobertura ao vivo, cortando dois programas competitivos, mas parou as trans-missões quando viu a audiência cair e a vice-liderança, ameaça-da. As concorrentes Globo e SBT apenas transmitiram flashes nos intervalos e boletins.

A cobertura da Record não escondeu que os protestos eram contra Dilma Rousseff. O âncora da cobertura, Reinaldo Gottino, no entanto, talvez pelo excesso de tempo no ar, insistia que as manifestações também eram pela "liberdade de impressa e de expressão". Mas, no geral, fez uma apresentação correta, sem exageros nem omissões.

A Record teve bons momen-tos no Ibope com a cobertura. Começou a transmitir ininter-ruptamente às 12h55 e chegou a liderar em vários momentos. Às 13h39, por exemplo, tinha 11,7 pontos contra 8,1 da Globo, segundo dados preliminares. Às 14h53, a Record interrompeu o plantão de jornalismo para "pagar" intervalos comerciais e merchandisings do reduzi-do Domingo Show, de Geraldo Luís. Mesmo assim, continuou apresentando flashes das mani-festações.

A emissora voltou a cobrir as manifestações ininterrupta-mente às 15h30. Fez o apresen-tador Rodrigo Faro trabalhar em pleno domingo, para "costurar" o jornalismo com a entrada de quadros gravados do programa Hora do Faro. Estava preparada para ir ao vivo da avenida Pau-lista até as 18h, mas cessou a cobertura às 16h19.

Motivo? O púb audiência caiu de uma média de 12 para 10 pontos. A Record viu o programa de Eliana, no SBT, ameaçar sua vice-liderança. No domingo ante-rior, o programa de Rodrigo Faro

estava dando mais audiência na faixa das 16h do que os protestos de domingo.

As manifestações praticamen-te sumiram da Record. Voltaram apenas em um flash às 16h38. Na média das quase três horas e meia de transmissões ao vivo, a Record registrou 10 pontos, apenas um décimo a mais do que no domingo passado. No mesmo horário (13h55/16h19), a Globo registrou 12 pontos (12,2 no domingo anterior) e o SBT, 7,4 pontos (5,7 em 8 de março).

A Globo optou por uma cober-tura mais "econômica", com flashes nos intervalos dos programas, ancorados por Poliana Abritta. Os repórteres da emissora, contudo, informavam o tempo todo que os manifestantes pediam o impeach-ment de Dilma Rousseff. O SBT fez flashes nos intervalos e um boletim de 25 minutos a partir das 16h37.

Na Globo, chamou a atenção a má qualidade das imagens geradas por mochilinks. Como na cobertura das manifestações de junho de 2013, as emissoras foram cautelo-sas. Temendo agressões, poucos re-pórteres se aventuraram a cobrir os protestos do chão, junto ao público.

Cássio Gabus Mendes e Gloria Pires vivem casamento de interesse em "Babilônia"

Vinte e seis anos após o sucesso de "Vale Tudo", Gloria Pires e Cássio Ga-

bus Mendes repetem um par unido por um casamento repleto de interesses e trapaças em "Ba-bilônia", nova novela das nove.

O ator vive Evandro, um homem rico e sedutor que, após ficar viúvo, casa-se pela segunda vez com Beatriz (Gloria Pires). Interesseira e golpista, ela casa para enriquecer e passa a co-mandar a construtora do marido. Desta forma, o empresário cor-rupto fica com o tempo livre para aproveitar a vida sem limites, com direito a envolvimentos se-xuais com outras mulheres.

"Trabalhar com a Gloria mais uma vez é um prazer, ela é uma companheira de cena ímpar e uma atriz, que dispensa comen-tários. Me olho no espelho e agradeço todos os dias por ser um cara de tanta sorte", contou Cássio ao UOL. O clima nos bastidores, segundo ele, é muito agradável, graças ao bom humor de Gloria Pires, que permite fazer piadas e brincadeiras nos interva-los de gravações.

"É uma parceria longa. Ela tem senso de humor, a nossa ami-zade é uma delícia e torna tudo mais agradável, já que passamos muitas horas gravando".

Bonita e inteligente, Beatriz é uma mulher ambiciosa e mau caráter. Com uma sexualidade voraz, ela coleciona uma lista generosa de amantes. Para o

ator, gravar muitas cenas de sexo com Gloria é algo encarado com muita naturalidade.

"A intenção é muito mais for-te que a ação. Não tem o menor problema. É a nossa profissão e estamos habituados com isso", explica ele, que também traba-lhou com Gloria na novela "Dese-jos de Mulher", em 2002.

O casal de "Vale TudO"Em “Vale Tudo”, Gloria Pires

interpretou a inesquecível vilã Maria de Fátima, capaz de tudo para enriquecer. Cansada da vida humilde, ela arma um plano, com a ajuda do amante César (Carlos Alberto Ricelli), e se casa com Afonso Roitman, vivido por Cássio, para dar um golpe nele. Para isso, ela nem se importa em separá-lo da namorada, que é sua amiga Solange, interpretada por Lídia Brondi, esposa do ator, que está afastada da televisão desde 1991.

“Ela está bem, não veio por-que está em São Paulo. Adoro mi-nha mulher”, disse Cássio ao ser questionado sobre Lídia durante a festa de lançamento de “Babilô-nia”, que aconteceu no Copacaba-na Palace no último sábado (7).

GLÓRIA SEXY“A primeira vez que Gloria

Pires faz papel de mulher sexy vai marcar a novela. Sempre quero botar a Gloria em algum papel. A gente pensou: o que ela nunca fez? Mulher sexy, que é o que ela é. A Beatriz é

meio tarada. Não chega a ser ninfomaníaca, é quase. Mas ela vai ter um amor sério, vai se apaixonar pelo Diogo, isso vai desestabilizá-la. Ela come todo mundo, mas nunca se apaixonou. Dessa vez vai ser diferente”, adianta o autor.

Irmão de Regina, Diogo é também filho de Cristóvão (Val Perré), outro amante de Beatriz, que é morto por ela no primeiro capítulo da novela. Para se safar, a vilã põe a culpa em Inês, que, por sua vez, tem provas da traição da arquiteta e chantageia a rival. Os embates entre as duas prometem incendiar o horário nobre. “É interessante porque, às vezes, as duas são cúmplices. Mas, ao mesmo tempo, elas se odeiam”, explica o escritor.

Mas os métodos pouco ortodoxos com que Beatriz e Inês conseguem o que querem não são exclusividade das duas grandes vilãs da novela: o folhetim vai abordar relações escusas entre empresas e políticos, bem como acontece na vida real. Muitos negócios da Souza Rangel, por exemplo, são feitos ilegalmente, e Evandro não tem nenhuma crise de consciência com isso. E o prefeito Aderbal Pimenta (Marcos Palmeira), da cidade fictícia de Jatobá, que entrou na política apenas para encher os bolsos de dinheiro, sintetiza o que é corrupção.

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Ruas de maRço Quem vestiu amarelo para a passeata anti-Dilma, no domin-go de manhã, em Copacabana, foi Arnon Collor de Mello, filho do ex-presidente Collor.Levou junto o filho.

sabedoRia populaRDiálogo de duas pessoas hu-mildes que trabalham no Ae-roporto de Congonhas, em São Paulo:— A coisa tá feia, mas estão pa-gando direitinho?— Claro! — Então, amigo, segura. Quem tem emprego é melhor segu-rar...

o nome da cRisePara José Serra, a crise é Dilma. “Ou ela muda seu comporta-mento ou a crise vai persistir.”O tucano repete FH, na época senador, que atribuía a Sarney as crises do governo entre 1985 e 1990, a ponto de dizer que “a crise viajou” ao ser informado que o então presidente estava fora do país.

É muito dinheiRo“O senhor dos anéis”, trilogia de J. R. R. Tolkien que fez sucesso nos cinemas, vai virar peça aqui.O MinC autorizou a Tempo En-tertainment a arrecadar até R$ 12.354.370, dinheiro meu, seu, nosso, pela Lei Rouanet.

diáRio da JustiçaA 40ª Vara Cível do Rio deter-minou que o Yahoo indenize em R$ 50 mil sete desembargado-res. É que o site divulgou repor-tagens nas quais os magistrados eram ofendidos por um advoga-do que perdera um processo.

holofotes em polanskiNa sexta, quando o ministro Juca Ferreira discursar na aber-tura do Salão do Livro de Paris, quem estará chegando à festa é Roman Polanski. O cineasta polonês deve atrair to-das as atenções de jornalistas em busca de declarações sobre o pe-dido de extradição feito, este ano, pela Justiça dos EUA, por sedução e estupro de menor em 1977.

‘tá’ todo mundo em paRisA Cinemateca Francesa inaugu-ra, amanhã, uma retrospectiva do cinema brasileiro com cem filmes. Cacá Diegues é convidado de honra.

eu pRometo falhaRO português Pedro Chagas Frei-tas confirmou sua presença na Bienal do Livro do Rio, este ano. Ele é autor de um dos maiores sucessos de Portugal, “Eu pro-meto falhar”, que será lançado aqui pela Novo Conceito.

ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015Jornal da Cidade C-3Variedades

ancelmo goiscom ana cláudia guimaRÃes, DANIEL BRUNET, JORGE ANTÔNIO BARROS E MÁRCIA VIEIRA agência o globo

libRa (23/09 a 22/10) Como sempre, o que é proibido é mais tentador do que for óbvio, fácil e disponível. É um mistério, mas nossa humanidade sempre fez isso e não há sinal de que no futuro as coisas sejam diferentes. O proibido atrai mais.

touRo (21/04 a 20/05) Sem dilemas nem dúvidas, aproveite toda e qualquer oportunidade de obter prazer, mesmo que em doses mínimas. Há suficiente tensão no mundo, a vida não está fácil para ninguém, por isso, o prazer é mais do que um direito.

gêmeos (21/05 a 20/06) Se o melhor de você continua oculto, como, então, você pretenderia que a vida oferecesse também seu melhor a você? Enfim, não precisa expor-se de imediato, mas programar-se para sair da caverna e aceitar a vida.

sagitáRio (22/11 a 21/12) Cuide com carinho de todas suas coisas, não deixe esse cuidado na mão de terceiros, mas faça-o com as suas próprias mãos. Você verá que esse retorno ao trabalho artesanal do cuidado infundirá ânimo e alegria em você.

cânceR (21/06 a 21/07) Encontrar as pessoas com que sua alma se sente conectada, isso seria uma boa ideia para um dia como hoje. Esse encontro faria com que você sentisse novamente alegria suficiente para continuar enfrentando as penúrias.

capRicóRnio (22/12 a 20/01) Atreva-se a reclamar o direito ao prazer e ao regozijo, pois só assim você comprovará que esse tipo de experiência esteve sempre ao seu alcance, mas oculto por trás das preocupações com as questões cotidianas.

leÃo (22/07 a 22/08) Sinais de facilidade e ajuda no meio das tormentas. Aproveite! Ainda que tudo indique que não seja de todo confiável essa ajuda, aproveite-a assim mesmo, ninguém merece viver sob tensão e dificuldade o tempo inteiro.

ViRgem (23/08 a 22/09) Boas ideias serão sempre um bom começo de caminho, mas só. Boas ideias, quando não praticadas, ou pelo menos experimentadas, acabam se transformando em decepções, pois entopem o coração com entusiasmo que não dá em nada.

peixes (20/02 a 20/03) Haverá momentos de sossego e prazer também, apesar de tudo e de todos. Por isso, tenha cuidado para não se prolongar nas queixas e lamentos, porque as lágrimas nos olhos podem fazer com que você não enxergue o Sol.

aquáRio (21/01 a 19/02) Em sua casa ou no lugar onde você passa a maior parte do tempo, no lugar que lhe seja mais familiar, você acabará encontrando um momento de respiro, algo lhe oferecerá regozijo, algo como um oásis num deserto infinito.

Astral internet: www.quiroga.net E-mail: [email protected]

áRies (21/03 a 20/04) Apesar dos pesares e de todas as dificuldades e complexidades do momento atual, você conhecerá momentos de regozijo e conseguirá, também, administrar bem certos aspectos das finanças que vinham se tornando preocupantes.

escoRpiÃo (23/10 a 21/11) A juventude alegra a alma, mas na verdade acontece que, independentemente da idade que você tiver, você só será jovem quando alegre. Por isso, aceite contagiar-se com alegria, mesmo que não haja motivo para isso.

Ficou ainda mais difícil

oscar Quiroga

Data Estelar: Vênus ingressa em Touro; Lua míngua em Aquário. Já estava difícil qualquer acordo ou entendimento e a partir de agora fica mais difícil ainda, pois

não há qualquer aceno de concessão, só exigências e sustentação de posições adversárias. Os adversários produzem adversidades, essa é a regra do jogo,

porém, como em toda guerra, não há verdadeiros vencedores, só perdedores, já que todos os recursos são destinados à produção de adversidades. Enquanto isso, pelas beiradas nossa humanidade busca sossego, busca momentos mansos e tranquilos que atualizem a sensação de a vida valer a pena, porque há pena de sobra. Sem pudor, lança mão dos pequenos prazeres que equilibrem o jogo, faz isso para voltar depois ao terreno de tua parte particular nessa grande guerra

que leva os conflitos à exaustão para só então clamar por harmonia.

Cinema

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estReias

golpe duplo (Focus). EUA, 2014. Direção de Glenn Ficarra e John Requa. Com Will Smith, Margot Robbie e Rodrigo Santoro. Trapaceiro profissional começa a treinar uma novata na profissão, até os dois se apaixonarem. 105m, 14 anos. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão dublada, sessões às 14h30, 16h30, 18h30 e 20h30. Riomar, versão com legendas, sessões às 12h10, 14h30, 16h50, 19h10, 21h30. Jardins, versão dublada, sessões às 11h20, 13h50, 16h20, 18h50, 21h20. Versão com legen-das, sessões às 19h50 e 22h20.

mortdecai, a arte da trapaça (Mort-decai). EUA, 2014. Direção de David Keopp. Com Johnny Depp, Gwyneth Paltrow, Ewan McGregor. Negociador de arte procura um quadro roubado, no qual foi escondido um tesouro nazista. 107m, 12 anos. Jardins, versão dublada, sessões às 11h50, 14h20, 16h50 e 19h20. Versão com legendas, sessões às 21h50 e 23h50.

o sétimo filho (Seventh Son). EUA, 2014. Direção de Sergei Bodrov. Com Ju-lianne Moore, Jeff Bridges, Olivia Williams. O sétimo filho terá que enfrentar uma ter-rível e poderosa bruxa, que escapou do seu confinamento. 12 anos, 102m. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão dublada, sessões às 14h45, 16h45, 18h45, 20h45. Jardins, versão 3D, dublado, sessão às 11h40, 14h10, 16h40 e 19h10. Versão 3D, com legendas, sessão às 21h40. continuaçÕes

kingsman serviço secreto (Kings-man). Inglaterra, 2014. Direção de Mat-thew Vaughn. Com Colin Firth, Michael Caine e Samuel L. Jackson. Agente veterano ajuda jovem recrutado poor uma escola britânica de espiões. 16 anos, 128m. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão dublada, sessões às 18h20, 20h40. Riomar, versão com legendas, sessões às 15h10, 17h50 e 20h30. Jardins, versão dublada, sessões às 11h30, 14h30, 17h20. Versão com legen-das, sessão às 20h10.

Renascida do inferno (The Lazarus Effect). EUA, 2014. Direção de David Gelb. Com Mark Duplass, Olivia Wilder, Sarah Bolger. Pesquisadores sobre o cérebro hu-mano, estudantes matam acidentalmente uma colega. 14 anos, 83m. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão dublada, sessão às 14h. Jardins, versão plana, dublado, sessões às 16h10 e 18h20. Versão com legendas, sessão às 20h40.

para sempre alice (Still Alice). EUA, 2014. Direção de Richar Glatzer, Wash Weestmoreland. Com Julianne Moore, Alec Baldwin, Kristen Stewart. Pofessora de linguística começa a esquecer palavras. É o Alzheimer chegando. 99m, 12 anos. Rio-mar, sessões às 13h40, 16h, 18h30 e 21h.

simplesmente acontece (love rosie). EUA, 2014. Direção de Christian Ditter. Com Lilly Collins, Sam Claflin. Rosie e Alex são amigos desde a infância, mas se recu-sam a admitir o óbvio: estão apaixonados. 14 anos, 100m. Jardins, versão dublada, sessões às 14h25, 17h10 e 19h40. Versão com legendas, sessão às 22h10.

superpai. Brasil, 2014. Direção de Pedro Amorim. Com Danton Mello, Dani Ca-labresa e Thogun Teixeira. Uma reunião de velhos amigos, 20 anos depois, toma rumos inesperados. 86m, 14 anos. Jardins, sessão às 14h.

a teoria de tudo (The Theory of Everything). EUA, 2014. Direção de James Marsh. Com Eddie Redmayne, Feicity Jones e Emily Watson. 123m, 10 anos. Um jovem astrofísico, Stephen Hawkins, faz descober-tas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a jovem Jane. Jardins, versão com legendas, sessões às 15h10, 18h00 e 21h.

tinker bell e a lenda do monstro da terra do nunca (Tinker Bell and the Legend of the Neverbeast). EUA, 2014. Direção de Steve Loter. Animação. Fada torna-se amiga de gigantescos monstros para preocupação de Tinker Bell. 76m, Livre. Cine Sercla (Shopping Prêmio), ses-são às 14h20. Jardins, versão plana, du-blada, sessões às 13h40, 15h40, 17h50.

sniper americano (american sniper). EUA, 2014. Direção de Clint Eastwood. Com Bradley Cooper, Sienna Miller, Kyle Gallner. A história real de Chris Kyle, um atirador de elite da Marinha americana. 133m, 16 anos. Riomar, versão com le-gendas, sessões às 14h20, 17h10 e 20h.

50 tons de cinza (Fifty Shades of Gray). EUA, 2014. Direção de Sam-Taylor. Com Dakota Johnson, Jamie Dorman, Jennifer Ehle. 125m, 16 anos. Estudante de litera-tura de 21 anos inicia um relacionamento baseado no masoquismo com um po-deroso magnata. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão plana, dublado, sessões às 16h20, 18h40, 21h. Riomar, versão com legendas, sessões 18h20, 21h10. Jardins, versão plana, dublado, sessões às 15h, 17h40, 20h30.

o Jogo da imitação (The Imitation Game). EUA, 2014. Direção de Morten Tyldum. Com Benedict Cumberbatch, Ke-eira Knightley. Biografia de Alain Turing, que tinha conhecimentos inestimáveis de matemática, mas conflitos com sua ho-mossexualidade. 115m, 12 anos. Riomar, versão com legendas, sessão às 18h30.

bob esponja, um herói fora d´agua. EUA, 2014. Direção de Paul Tibbit. Com Antonio Bandeeras, Clancy Brown. Pirata procura a última página de um livro cheio de premonições, que está com Bob Esponja no fundo do mar. 92m, livre. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão 3D, dublado, sessão às 16h20. Riomar, versão plana, dublado, sessão às 14h. Versão 3D, dublado, sessões às 16h10. Jardins, versão 3D, dublado, ses-são às 12h30.

extRa

detona Ralph. Animação. Riomar, sessão as 11h30. Jardins, versão dublada, livre, sessão às 12h.

cine VitóRia

Em exibição hoje no Cine Vitória:

como na canção dos beatles, norwegian Wood (Norwegian Wood). Japão, 2010. Direção de Tran Anh Hung. Com Ringo Kikuchi. Kizuki, melhor amigo de Toru, comete suicídio, deixando a noi-va Naoko, por quem Toru é apaixonado. 133m, 14 anos. Sessão às 14h.

happy happy (Idem). Noruega, 2014. Direção de Anne Sweitsky. Com Agnes Kittelsen. Kaja é uma eterna otimista, mas tem um companheiro que não lhe retribui a atenção. 85m, 14 anos. Sessão às 17h.

calma, gente!Veja como os nervos ficam exaltados em tempos de Fla x Flu político. O síndico do edifício da Rua das Laranjeiras, 102, no Rio, pôs este cartaz aí no alto, com crítica a Dilma, numa área comum do prédio, o que, convenhamos!, não é o lugar mais adequado para manifestações políticas. A fotógrafa Christina Bocayuva, moradora, não gostou e tirou o cartaz da parede. Irritado, o síndico telefonou, e, segundo ela, ameaçou agredi-la. O caso foi registrado na 10ª DP

Ana Cláudia Guimarães

Sergio Abranches, so-ciólogo - A manifestação mandou um grave recado da sociedade a Dilma. O governo respondeu, primeiro em de-clarações pouco coerentes dos ministros Rossetto e Cardozo. A resposta da presidente co-meçou burocrática, e, no final, ensaiou o tom certo, falando de democracia e direito de ma-nifestação. Na coletiva, irritou--se, como usual. Dilma recebeu um voto de confiança e foi insincera. Isso o povo nunca perdoou. Passou da hora de encarar a sociedade com fran-queza e verdade. Também não é o caso de lançar pacotinhos requentados. É hora de mudar o governo, demitir os ministros e recompor sua coalizão.

as Ruas de maRçoVeja a seguir a opinião de quatro pensadores sobre as manifestações:

José Murilo de Carvalho, historiador - Pelo lado posi-tivo, impressionou a natureza pacífica e não partidária das demonstrações; pelo lado negativo, a reação pífia dos re-presentantes do governo: um disse velharias, o outro só fal-tou atribuir as dificuldades do país ao imperialismo ianque.

Isabel Lustosa, histo-riadora - As manifestações de domingo misturam as bandeiras do impedimento da presidente, o apelo aos militares e os ataques ao PT, a Dilma e a Lula. São mais do contra com clamores que remetem aos idos de 1964. Há até uma bandeira que menciona Cuba, similar à uma da Marcha da Família. As do dia 13 me pareceram mais autênticas e emotivas, com chances de estimular a união dos movimentos so-ciais em torno de bandeiras que melhor atendem aos in-teresses do povo brasileiro.

Jairo Nicolau, cientista político - É sintomático que no dia dos 30 anos de início de redemocratização tenha-mos visto manifestações de rua sem a participação explí-cita dos partidos. Acho que o sistema de partidos criado nos anos 1980 está chegan-do ao fim. Um quadro seme-lhante ao que houve com a operação Mãos Limpas, na Itália. Com ou sem reforma política, teremos uma recon-figuração do quadro partidá-rio brasileiro.

no mais

Há controvérsias.

Elis Regina faria 70 anos hoje. É da Pi-mentinha esta frase, que merece uma reflexão: “Aprendi que a vida é feita de dois lados. Você pre-cisa conhecer o lado torto para conhecer o lado bonito.”

Ponto final

‘o pica do sete’ Por falar na Terrinha, tem o nome de “O pica do sete” uma música do CD que o português António Zambujo lança aqui, em abril, pela Som Livre/MPB.É que “sete” é o número do trem e “pica”, o nome que se dá ao picotar do bilhete/passagem. A canção fala da paixão entre um passageiro e sua musa, que circula sempre no mesmo trem, o tal do “sete”. Ah, bom!

‘saio da Vida paRa entRaR...’ O terceiro andar do Palácio de Catete, incluindo o quarto onde Getúlio Vargas se matou, em 1954, lugar mais procurado pelos visitantes, foi fechado. Os dutos do ar-condicionado estragaram parte do forro, que começou a ceder colocando em risco os visitantes.

piJama...A direção do Museu da Repúbli-ca resolveu, enquanto as refor-mas não terminam, transferir o pijama (foto) e a arma que Var-gas usou no suicídio na exposi-ção “Saio da vida para entrar na memória”, sobre os 60 anos da morte do presidente.Fica no primeiro andar do museu.

isto pode, paes?Duas das dez lonas culturais da prefeitura espalhadas pelas zonas Norte e Oeste não podem mais receber shows: a de Bangu, fecha-da há dois anos, e a de Realengo. As duas lonas foram destruídas por chuvas de granizo.

Rebatizado A Justiça do Rio autorizou um menino de 7 anos a trocar o nome de batismo (Aniceto) por conta de bullying na escola.O pai, que também se chama Aniceto, registrou o menino como David Luiz.

e poR falaR...Semana passada, um bebê foi registrado no cartório do Catete com nome de Kal-el. Para quem não se lembra, esse é o nome de Clark Kent, o super--homem, quando era bebê em Krypton, antes de chegar à Terra.Caraaaaaaamba!

Page 43: Conquista Dois prêmios naCionais

C-4 ArAcAju, terçA 17 e quArtA-feirA 18 de mArço de 2015 Jornal da CidadeVAriedAdes

Fotos: Divulgação

osmário santos E-mail: [email protected] /// site: www.osmario.com.br

OsmáriO

Dr. Coruja na Casar-sE 2015A banda multiestilos Dr. Coruja estará no 9º Workshop CASAR-SE, que acontece de 20 a 22 de março, no Centro de Convenções de Sergipe. Será uma oportunidade única de contratar shows da banda a preços especiais, com a garantia de animação e profissionalismo. No stand da Dr. Coruja, noivos e noivas que planejam festas inesquecíveis também poderão encontrar pacotes promocionais com sonorização e iluminação da Top Light. Vai perder?

O jovem Gustavo de Andrade Moreira Rosado (ladeado por seus pais empresária Gina Rosado e industriário Wilson de Jesus Rosado) está aniversariando hoje. O evento será comemorado na residência dos seus genitores à rua Professor S. Sobrinho, 66, bairro Inácio Barbosa, ocasião em que Gustavo receberá os parabéns dos seus familiares e amigos.

Conquista Dois prêmios naCionais 1- O reconhecimento de um trabalho é uma maneira eficiente de manter as ações

produtivas. No caso das instituições, esse argumento pode ser multiplicado pela quantidade e qualidade das atividades desenvolvidas no cotidiano. A ONG Ciclo Urbano vem mostrando, ao longo de sete anos de experiência, que é possível aliar comprometimento social com habilidade e competência.

2- Nesta semana, representantes da entidade foram informados que irão receber o “Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicletas no Brasil” (organizado pela Transporte Ativo

(http://transporteativo.org.br/), uma associação, reconhecida internacionalmente, voltada para o incentivo ao uso de transportes à propulsão humana. É uma honra receber esse prêmio e mostrar ao público como o nosso trabalho vem sendo reconhecido”, destacou Luciano Aranha, presidente da ONG Ciclo Urbano.

tEmpo DE BrilharInesquecível. Essa é a palavra que resume bem a realização de Tempo de Brilhar, evento produzido pela Cristão em Foco, no último sábado, 14, no Teatro Tobias Barreto. O show gospel, que reuniu centenas de pessoas lotando toda a estrutura do TTB, teve como atração principal a cantora Daniela Araújo, além, de Esther de Jesus e Prisca Borba. Poeta, Daniela Araújo emocionou a todos com suas músicas que expressam fé e amor. Ficou na história.

Edu Almeida/Divulgação

anivErsário Do hospital são joão DE DEus1-O prefeito de Laranjeiras, José de Araújo

Leite Neto (Juca de Bala), acompanhado da equipe de governo e servidores do Hospital São João de Deus, participou no sábado, 14, de uma Missa em Ação de Graças em comemoração aos 151 anos do Hospital São João de Deus, celebrada em frente à unidade de saúde.

2-Para o prefeito, celebrar mais um aniversário do hospital é reviver a

história e enfatizar que até hoje a unidade é referência não só para os laranjeirenses, mas também para pacientes das cidades circunvizinhas. “A história de mais um século e meio do Hospital São João de Deus nos faz voltar ao passado e saber que até hoje esta unidade atende a toda essa população”.

32ª CorriDa CiDaDE DE araCaju1-Sucesso de público em 2015, com a

participação de 1.788 inscritos, a 32ª Corrida Cidade de Aracaju também contará com a presença de quatro esportistas do Aracaju Bolsa Atleta, programa desenvolvido pela Secretaria da Juventude e Esporte (Sejesp). Rômulo Menezes, do triathlon; Danilo Serrano e Garcez Freitas, do atletismo; Ulisses Freitas e Tiago Alves, do ciclismo paraolímpico, farão parte do evento que comemora o aniversário de 160 anos da capital, no dia 17 de março.

2- Um dos grandes diferencias da competição neste ano, a criação de dois

novos percursos, de cinco e dez km, que se juntaram a já tradicional rota de 25 km, foi fator determinante para a participação desses atletas. Mais inclusiva, essa mudança possibilitou à prova receber pessoas com diferentes níveis de preparo físico, ampliando, assim, as possibilidades de atuação.

aDotou o nomE artístiCo DE BuDahDurante o período que morou na cidade canadense de Toronto, o jovem Rafael Corcínio resolveu seguir o amor que sempre teve pela música. Adotou o nome artístico de Budah Moderno e, em 19 de abril de 2009, fez sua estreia no Canadá como Dj profissional.Agora, às vésperas de completar seis anos de carreira, Budah prepara uma séria de novidades, que vão do lançamento do blog Pista 1, que abordará o mundo da música e eventos, a um novo estilo de se apresentar, com direito a dançarinos e show pirotécnicos. A chegada aos seis anos de pick-ups culminará com uma imperdível festa, como não poderia deixar de ser. Vamos aguardar mais detalhes.

EntiDaDEs lojistas A FCDL/Sergipe, a CDL/Aracaju e o Sindilojas (Sindicatos dos Lojistas) enalteceram o gesto do prefeito de Aracaju, João Alves Filho, e do governador do Estado, Jackson Barreto, ao não decretarem ponto facultativo hoje, 16 de março, dia anterior ao feriado de 17, aniversário da capital sergipana.

FunCionamEnto Das uniDaDEs DE saúDE No dia 17 de março, data em que comemoramos mudança da Capital sergipana de São Cristóvão para Aracaju, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), funcionarão normalmente. Já as Unidades de Saúde da Família (USFs) estarão fechadas, já a Urgência Odontológica (na UPA Nestor Piva) vai manter o plantão.

instituto FEDEral DE sErgipE1-O Instituto Federal de Sergipe (IFS)

acaba de publicar o edital do Processo Seletivo 2015.1 para cursos técnicos de nível médio subsequentes nos campi Propriá e Tobias Barreto.

2-Ao todo, estão disponíveis 132 vagas, sendo 60 para o curso de Redes de

Computadores, no Campus Propriá, e 72 para o de Informática, no Campus Tobias Barreto. As inscrições devem ser realizadas de 23 de março a 24 de abril, presencialmente, no campus em que o candidato irá pleitear uma vaga.

araCaju summEr mix1-Junto com o fim da estação mais quente

também é encerrado o projeto que colocou por dois meses milhares de pessoas para se exercitar com as aulas, o Aracaju Summer Mix. A iniciativa da Secretaria Municipal de Juventude e Esporte (Sejesp), por meio da Coordenação de Lazer, contou com a parceria da Rádio Mix Fm e de 25 academias que aderiam ao projeto.

2- Para deixar todos os participantes com um gostinho de quero mais, foram

realizadas simultaneamente aulas nos dois polos do projeto, o Mirante da 13 de Julho e a Praça José Andrade Gois, no 18 do Forte, contando com a participação de sete academias parceiras que embalaram o público nesta sexta-feira, 13. Finalizando as atividades com chave de ouro na zona sul, se apresentaram o grupo de dança A Mulekada e uma banda Cover fazendo tributo a Legião Urbana.

partiCipa DE rEuniõEs téCniCas no pará1-A Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis) esteve presente nos últimos

dias 12 e 13 da 109ª Reunião do Fórum de Diretores Técnicos e da Reunião de Gerentes Técnicos, que ocorreram em Belém (PA). Os encontros, realizados pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep), tiveram a participação do diretor de Tecnologia da Emgetis, Francisco Varella; do gerente de Projetos da Empresa, Ricardo Torres, e do assessor de Planejamento Estratégico, Mário Vasconcelos.

2- Uma das grandes contribuições da Emgetis ao evento foi a apresentação do planejamento de implantação da Universidade Corporativa Uniabep, cujos objetivos principais para o serviço

público são promover a valorização e desenvolvimento do servidor; fortalecer as organizações e elevar os níveis de qualidade, eficiência, eficácia e efetividade dos serviços prestados.

soFrE maus-tratos DE prEFEito E DE vErEaDorEs1-Nestes 160 anos da capital de todos

os sergipanos o Fórum em Defesa da Grande Aracaju emite esta nota de felicitações, mas destacando os grandes problemas causados à cidade e à população. O atual prefeito, João Alves Filho, e quase 20 dos 24 atuais vereadores têm adotado posturas de pessoas que não se preocupam com a nossa cidade.

2-Entre as propostas de governo do então candidato João Alves Filho e a prática

na prefeitura há um grande abismo. O prefeito propunha resolver os problemas de inundações, de canais de águas pluviais, de esgotamento sanitário, de pavimentação das vias, de agressão ao meio ambiente, de mobilidade, de acessibilidade, de transporte coletivo, de avenidas, de pontes e de viadutos. João prometeu ainda colocar controle por cartão magnético e guarda municipal em todas as escolas municipais, acabar com os problemas das unidades de saúde, dos médicos, dos dentistas, dos demais profissionais da saúde, das consultas, dos exames. Nada do que está elencado acima foi realizado pelo prefeito João Alves Filho.

ExposiçãoComeçou no último sábado,14, e segue até o próximo dia 28, na Galeria J. Inácio, em Aracaju, a exposição A Diversidade sob o olhar artístico”. O Evento cultural celebra o mês do artesão e apresenta trabalhos de artistas do município de Areia Branca.

tuBErCulosENo próximo dia 24 de março celebra-se o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. Para pontuar a data, a Saúde de Aracaju começará nos próximos dias a realizar diversas atividades para enfatizar a importância da prevenção e do tratamento correto.Tanto os profissionais do Programa Municipal de Controle de Tuberculose quanto os servidores das 43 Unidades de Saúde da Família estarão empenhados em disseminar informações e contribuir para facilitar o acesso dos cidadãos ao maior número possível de conhecimento sobre a doença.