Conhecer os hábitos alimentares, o estado nutricional e o ... · Atuando nas séries finais do...
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Conhecer os hábitos alimentares, o estado nutricional e o nível de atividade física
para a educação nutricional de adolescentes
Cileuza Alves de Almeida Fin
Maurício de Castro Marchese (Prof.orientador)
Resumo Esta pesquisa visa a investigação sobre hábitos alimentares e o estado nutricional de um grupo de adolescentes de ambos os sexos, com idade média entre 13 e 16 anos. Foram avaliados características antropométricas, hábitos alimentares e atividade física. A prevalência de sobrepeso foi maior em meninos do que em meninas. Em meninas, observou-se baixa freqüência de atividade física e grande disposição para gastar mais de 4 horas com televisão e computador. Há uma incidência significativa de dietas de restrição alimentar sem o acompanhamento de especialista, entre meninas com sobrepeso. Entre as meninas com peso considerado adequado para a idade, ocorreu o relato de sintomas de transtorno alimentar. Observou-se entre os meninos que apresentaram sobrepeso, uma porcentagem significativa de um número elevado de horas dedicadas a assistir televisão e utilizar computador. O hábito de consumir frituras diariamente chamou a atenção no resultado geral da pesquisa, mas entre meninos e meninas com sobrepeso o consumo diário deste tipo de preparo alimentar foi muito significativo. Palavras-chave: Hábitos alimentares. Obesidade na adolescência . Nutrição do adolescente
Abstract
This research aims to research on diet and nutritional status of a group of teenagers of both sexes, with an average age between 14 + - 1.5 years. We assessed anthropometric characteristics, food habits and physical activity. The prevalence of overweight was higher in boys than in girls. In girls, there was low frequency of physical activity and a great willingness to spend more than 4 hours with television and computer. There is a significant incidence of dietary restriction without the monitoring of food specialist, among overweight girls. Among the girls with weight considered appropriate for the age, was the reporting of symptoms of eating disorder. It was observed among teenagers who had overweight, a significant percentage of a large number of hours spent watching television and using the computer. The habit of consuming fried food daily drew attention in the overall outcome of the research, but among overweight boys and girls with the daily consumption of such food preparation is very significant Keywords: Food habits. Obesity in adolescence. Adolescent nutrition
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Introdução
Atuando nas séries finais do Ensino Fundamental, tenho observado ao longo
dos anos que nossos alunos terminam a 8ª série sem conhecimento básico significativo
sobre educação nutricional. Os livros didáticos propõem poucas discussões que
possam incentivar o interesse pelo tema, o conteúdo curricular de Ciências deixa uma
lacuna na formação do aluno, no que tange ao cuidado com o corpo e a saúde em
geral, e alguns professores ainda não se sensibilizaram sobre a importância da
educação nutricional nos dias atuais. Podemos observar a grande influência do meio
em que o aluno vive sobre seus hábitos alimentares. Além da influência cultural,
biológica e psicológica , ainda existe os meios de comunicação que veiculam ou
produzem notícias, com propagandas, informações e noticiários em que de um lado
estimulam o uso de produtos dietéticos e práticas alimentares para emagrecimento e,
de outro, incentivam o consumo de lanches e salgadinhos altamente calóricos e pouco
nutritivos. Segundo Gambardella (1999), causando em nossos adolescentes
problemas de saúde que tem sido alvo de preocupação.
A disciplina de Ciências pode proporcionar ao educando conhecimentos
necessários para que possa desenvolver atitudes e hábitos saudáveis relacionados à
alimentação através da educação nutricional, recuperando a cultura alimentar, brasileira
ou incentivando o consumo de novos alimentos, reconhecendo os aspectos físicos,
químicos e biológicos, inclusive quanto à presença de antioxidantes, que segundo
Bianchi & Antunes (1999), contribuem na prevenção e até no tratamento de doenças.
Este tema está inserido ao conteúdo estruturante Corpo humano e saúde das
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (DCEs) que busca a
integração entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição,
coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas à
saúde e à sua manutenção. O tema analisado por esta pesquisa, poderá servir para
nortear o plano de trabalho dos professores que poderão adotar métodos onde a
aprendizagem seja mais significativa para que possa ocorrer uma possível mudança de
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comportamento em nossos adolescentes, diminuindo os riscos de distúrbios
alimentares.
Segundo as DCEs:
(...) a sociedade capitalista e suas regras de mercado influenciam as escolhas das pessoas e as subordinam aos apelos publicitários e idolatria do consumo. As regras do mercado também impedem, muitas vezes, que se tenham argumentos para posicionar-se e tomar decisões próprias, de forma consciente. Assim, a escola e, por efeito, o processo de ensino e de aprendizagem de Ciências exercem um papel social fundamental.
1. Adolescência
A adolescência é entendida como um estado intermediário entre a infância e a
vida adulta (Salles,1998). Segundo critérios cronológicos propostos pela Organização
Mundial da Saúde (2005), a adolescência é o período da vida que vai dos 10 aos 19
anos, 11 meses e 29 dias, é marcada por transformações físicas e o surgimento das
características próprias da puberdade, diferentes do crescimento e desenvolvimento
que ocorrem em ritmo constante na infância (Gambardella,1999).
De acordo com Saito (1993), na adolescência o crescimento, principalmente na
fase conhecida como estirão pode variar de 24 a 36 meses, é de aproximadamente 10
cm por ano, podendo haver um acréscimo de 5 a 8 cm durante a fase de
desaceleração até a parada total do crescimento. O indivíduo nesta fase adquire
aproximadamente 50% do seu peso final e cerca de 20-25 % de sua estatura total.
Em relação à personalidade, as grandes mudanças que ocorrem durante a
adolescência, levam a uma profunda valorização de sua imagem corporal, o que
muitas vezes afeta os hábitos alimentares (Albano, 2000), apud Caroba (2002).
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1.1 Hábitos alimentares
A família é a primeira instituição que tem influência sobre a alimentação do
indivíduo. É a família que se responsabiliza pela compra e preparo dos alimentos em
casa, transmitindo seus hábitos alimentares às crianças. (Gambardella, 1999).
Segundo Caroba (2002), as preferências alimentares das crianças refletem a
influência da família, contudo, o adolescente já apresenta algum conflito com relação a
eles, pois são notadamente influenciados pelos comerciais. Os adolescentes tendem
a passar maior tempo fora de casa, na escola e com os amigos que, também
influenciam na escolha dos alimentos e acabam estabelecendo o que é socialmente
aceito (Gambardella, 1999).
Há estudos sobre a alimentação de grupos de adolescentes brasileiros que
indicam uma alimentação pouco equilibrada, com carência de produtos lácteos,
verduras, frutas e legumes e excesso de açúcar e gordura (Gambardella, 1995) e esse
é um dos fatores que predispõem o organismo a risco de doenças crônico-
degenerativas. Alguns adolescentes consomem refeições de modo irregular e tendem a
"pular" refeições, principalmente o café da manhã (Bull, 1988; Andersen et al.,1995).
Costumam apresentar dietas pouco equilibradas em relação a vários nutrientes,
segundo Sargent (1994). Estas alterações alimentares podem resultar em problemas
de saúde como a anorexia, a bulimia e a obesidade.
A obesidade pode acarretar conseqüências biológicas e psicológicas e ainda
prejudicar o auto conceito e, a longo prazo, contribuir para a instalação de doenças
cardiovasculares, hipertensão e diabetes (Ziwian,1999). Damiani et. al., (2000) afirmam
que a televisão acaba sendo um fator que predispõe os adolescentes ao consumo
cada vez mais freqüente de lanches e alimentos industrializados, uma vez que este
grupo é muito vulnerável a influências externas como moda, linguagem,
comportamento e alimentação.
Fisberg et. al., (2000) ressaltam o fato das adolescentes do sexo feminino
freqüentemente seguirem dietas com restrição energética, seguindo os padrões de
beleza e imagens idealizadas e reforçadas pela mídia que supervaloriza a imagem
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corporal de mulheres magras. Essa busca frenética para alcançar o corpo perfeito
pode resultar em ingestão inadequada de nutrientes e transtornos alimentares,
podendo comprometer a saúde na idade adulta.
Pesquisas recentes têm indicado que muitas crianças e adolescentes têm gasto
cada vez menos tempo com práticas de atividades físicas de intensidade intensa ou
moderada e optado por atividades de baixa intensidade e, conseqüentemente, de
baixo gasto energético, como assistir televisão, navegar na Internet, jogar videogame
ou outros jogos eletrônicos durante as horas de lazer e tempo livre. Desse modo,
parece existir uma forte relação entre o crescimento do sobrepeso e da obesidade
infanto-juvenil e as mudanças no estilo de vida dos jovens, visto que, via de regra, a
quantidade de gordura corporal estimada é inversamente proporcional ao nível de
atividade física diária realizada (Ronque et. al.,2005). Cerca de 20% da obesidade
observada em indivíduos adultos parece originar-se na infância, isto significa que o
controle da quantidade de gordura corporal na população jovem pode ser um
importante fator na prevenção da saúde (Ronque et. al.,2005). Para a OMS (2004), a
obesidade está sendo uma preocupação, pois o excesso de gordura corporal
acumulado pode atingir graus capazes de afetar a saúde. A sua ocorrência a nível
mundial é tão elevada que a OMS considerou este problema de saúde como a
epidemia global do século XXI.
O hábito de alimentar-se enquanto assiste televisão ou utiliza o computador é
outro fator que pode contribuir para a obesidade, pois pode haver um maior consumo
de alimentos, além disso, o baixo consumo energético proporcionado por estas
atividades causa um desbalanço entre a energia ingerida e consumida
(Gambardella,1999). A Organização Pan-Americana (2003) afirma que as crianças
sofrem grande influência no que se refere ao consumo alimentar, pois a exposição de
apenas 30 segundos a comerciais de alimentos é capaz de influenciar as escolhas das
crianças por determinado produto.
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Os cuidados em relação à alimentação deveriam ser maiores por parte de todos os
responsáveis, pois segundo Boog,(2004):
(...) uma alimentação de má qualidade contribui para doenças como câncer, problemas
cardiovasculares, Diabetes mellitus tipo 2, entre outras. Alimentar-se bem é um fator
fundamental na promoção à saúde que por sua vez deve estar nos propósitos do ensino
nas escolas, nos setores sociais, nas empresas, nos campi das universidades, nas
praças de esportes, nas sociedades de amigos, em políticas públicas estabelecendo
conexões com as várias áreas da administração pública.
Uma nova classe de alimentos está sendo estudada, pois além da alimentação ser
importante como fonte de energia e para reposição de nutrientes que o organismo
necessita diariamente, eles fornecem ao organismo substâncias que auxiliam na
prevenção e até no tratamento de doenças. São os alimentos ricos em antioxidantes,
Shami e Moreira (2004).
1.2 Radicais livres
Segundo Pompella (1997), os radicais livres são moléculas instáveis, com meia-
vida curtíssima e muito reativas e a presença destes radicais é crítica para a
manutenção de muitas funções fisiológicas normais. Para Anderson (1996), os radicais
livres podem ser gerados no citoplasma, nas mitocôndrias ou na membrana e o seu
alvo celular (proteínas, lipídeos, carboidratos e DNA) está relacionado com o seu local
de formação. Entre as principais formas reativas de oxigênio o O2- apresenta uma baixa
capacidade de oxidação, o OH. mostra uma pequena capacidade de difusão e é o mais
reativo na indução de lesões nas moléculas celulares. Moléculas de DNA podem ser
danificadas pelo H2O2 que apesar de não ser considerado um radical livre verdadeiro,
é capaz de atravessar a membrana nuclear e induzir danos por meio de reações
enzimáticas (Anderson,1996). O desequilíbrio entre moléculas oxidantes e
antioxidantes que resulta na indução de danos celulares pelos radicais livres tem sido
chamado de estresse oxidativo (Sies, 1993).
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Algumas espécies de radicais livres:
O2 oxigênio singlete
O2- radical superóxido
OH· radical hidroxila
NO· óxido nítrico
ONOO- peroxinitrito
Q· radical semiquinona
Parte do oxigênio que respiramos termina seu ciclo metabólico formando
água, e cerca de 5% são transformados em radicais livres, que se não forem
combatidos adequadamente, ou se estiverem sendo formados em excesso, podem vir a
ser prejudiciais. Esse excesso pode ser causado por fatores genéticos, quando nosso
sistema de defesa não se encontra funcionando adequadamente, e também por fatores
ambientais, como por exemplo, o fumo, pois a cada tragada aspiramos quantidade
incalculável de radicais livres, a radiação (ultravioleta, raios x, etc.), excesso de
atividade física, intoxicações metálicas, ingestão de gorduras, frituras, carne vermelha,
inflamações e infecções, consumo de álcool, estresse físico e mental, etc.
(Robbins,1999).
Várias pesquisas estão atribuindo aos radicais livres como sendo um dos fatores
importantes para a instalação de diversas doenças, como por exemplo o câncer,
aterosclerose, artrite, catarata e enfisema pulmonar. Outras doenças provavelmente
se auto-sustentam na presença de excesso de radicais livres com infecções graves,
diabetes, mal de Parkinson, doença de Alzheimer, enfermidades neurológicas, e a lista
cresce conforme os mecanismos das doenças vão sendo melhor esclarecidos (Tonon &
Cecchini, 1998).
1.3 Antioxidantes
Segundo Mainardi (2005), antioxidantes são substâncias responsáveis pela
inibição e redução de lesões causadas pelos radicais livres nas células, eles podem
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atuar impedindo a formação dos radicais livres, podem interceptar os radicais gerados
pelo metabolismo celular, impedindo o ataque às células e evitando lesões ao DNA.
Podem também promover o reparo de lesões já formadas pelos radicais livres.
Estudos têm comprovado que alguns alimentos fornecem ao organismo
substâncias que auxiliam na prevenção e até no tratamento de doenças. São os
alimentos ricos em substâncias antioxidantes, que têm a capacidade de combater os
temidos radicais livres, que em excesso comprometem o bom funcionamento do
organismo e aceleram o envelhecimento. Uma vez formados os radicais livres, o corpo
pode se livrar deles. Eles podem decompor-se espontaneamente, mas existem
sistemas antioxidantes endógenos ou exógenos (necessitam ser absorvidos pela
alimentação diária, ou como complementos nutricionais) que ou bloqueiam o início da
formação de radicais livres ou inativam os radicais livres já formados. Os principais
podem ser divididos em vitaminas lipossolúveis (vitamina A, vitamina E, beta-carotenos)
vitaminas hidrossolúveis como a vitamina C, os oligoelementos (Zinco, cobre, selênio,
magnésio, etc.), e os bioflavonóides (derivados de plantas),etc. ( Halliwel & Gutteridge,
1989).
Segundo BianchiI & Antunes (1999), a utilização de compostos antioxidantes
encontrados na dieta ou mesmo sintéticos é um dos mecanismos de defesa contra os
radicais livres que podem desencadear doenças degenerativas. Os antioxidantes que
são agentes responsáveis pela inibição e redução das lesões causadas pelos radicais
livres nas células. Os estudos sobre os antioxidantes têm ressaltado, principalmente, o
uso de nutrientes isolados no tratamento e prevenção de doenças. Entretanto, nos
alimentos são encontrados uma grande variedade de substâncias que podem atuar em
sinergismo na proteção das células e tecidos (Jacob, 1995; Niki et al., 1995; Hercberg
et al., 1998) apud Bianchi & Antunes. Mais do que nunca os pesquisadores estão
comprovando a importância da alimentação na vida das pessoas. Os maiores
especialistas em nutrição e medicina são unânimes em concordar que certos alimentos
são capazes de prevenir e até mesmo controlar doenças. Bianchi & Antunes ( 2004)
orientam que seria necessário estimular o consumo de alimentos fontes de licopeno,
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bem como de frutas e vegetais ricos em antioxidantes de maneira geral, procurando
suprir as necessidades diárias, para evitar o estresse oxidativo e os danos celulares.
Tabela MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Alimentar para a População Brasileira.
Brasília: Ministério da Saúde, 2005
1. Algumas fontes de antioxidantes da dieta. Bianchi & Antunes (2004) Alimentos Antioxidantes Alimentos Antioxidantes Mamão B- caroteno Uva ácido elágico Brócolis flavonóides Salsa flavonóides Laranja vitamina-C Morango vitamina-C Chá catequinas Curry curcumina Vinho quercetina Noz polifenóis Cenoura B-caroteno Espinafre clorofilina Tomate carotenóides Repolho taninos
1.4 Educação nutricional
A educação nutricional, a longo prazo,pode ampliar a conscientização dos
escolares sobre a tomada de decisões quanto ao consumo de alimentos, e a sua
relação com a saúde e o bem-estar (Caroba, 2002), é importante valorizar o recurso da
educação nutricional como conteúdo do ensino de ciências. Para Boog, (2004) a
Educação Nutricional pode resgatar o gosto no ato de cozinhar e fortalecer, nas
comunidades e no seio das famílias, a disposição para despender tempo e atenção
com a alimentação. Muitos aspectos da alimentação podem ser trabalhados:
revalorizar comidas naturais, incentivar a culinária típica, explorar a biodiversidade,
desenvolver senso crítico em relação ao consumismo e aos apelos mercadológicos.
A Educação Nutricional deve contemplar aspectos nutricionais e padrões culturais
para que a criança conheça e aprenda a apreciar e valorizar a cultura alimentar da
região e do país.Trata-se de fomentar o gosto pelas coisas da sua terra.
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Freqüentemente podemos nos deparar com pessoas que se propõem a pagar por um
refrigerante fabricado numa indústria em vez de fazê-lo por uma fruta Boog, (2004)
A escola é o espaço ideal para o desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e
habilidades. Quanto mais cedo se iniciar a Educação Nutricional, maior será a
probabilidade de se influir favoravelmente na formação de hábitos desejáveis. É preciso
minimizar o efeito da propaganda e da mídia em geral, que veicula um padrão de
consumo alimentar comprometido com os interesses dominantes. Deve-se deixar à
disposição dos alunos, os conhecimentos sobre esta área e esperar que eles se
apropriem desses conhecimentos, analisando-os, para um comportamento alimentar
reflexivo e autônomo Mainardi (2005). A motivação dos alunos em relação ao tema
educação nutricional está relacionada à capacidade do professor de inovar no aspecto
de estratégias de ensino. Experiências de implantação de lanches comunitários e feiras
educativas são exemplos de experiências de boa integração dos escolares com o tema
(Pipitone, 2000) apud Caroba 2002. A merenda escolar, a educação nutricional e a
cantina são alternativas a serem melhor exploradas por educadores e pais
(Pipitone,1999) apud Caroba 2002.
Os professores precisam informar-se bem quanto as orientações da pirâmide
alimentar em relação à qualidade e quantidade de alimentos a ingerir, para poder
discutir o assunto com mais propriedade em salas de aula. É importante que nossas
escolas ofereçam uma educação comprometida com uma cidadania ativa, onde os
alunos sofram influência do meio, podendo também interferir (Mainardi, 2005).
O ato de alimentar-se envolve diferentes aspectos que expressam nossa história,
nossa identidade cultural, organização social, poder político e econômico. Assim, as
pessoas, ao alimentar-se não buscam apenas suprir suas necessidades diárias de
nutrientes. Através da alimentação expressamos desejos e afetos e, cuidando dela,
promovemos saúde e fortalecemos os vínculos sociais, o sentimento de pertencer a um
grupo e expressa nossa forma de ser no mundo (Boog, 2004), por isso, é importante
preservar a autonomia de escolha de seus próprios alimentos, garantindo o acesso à
informação. Então, o ensino fundamental é um excelente espaço social para se atuar
nesse sentido orientando sobre o valor nutricional e função dos alimentos,
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proporcionando aos educandos a construção, a análise e a familiarização da
pirâmide alimentar, ampliando a conscientização dos escolares sobre a possibilidade
de mudanças de hábitos e decisões quanto ao consumo de alimentos, e a sua relação
com a saúde e o bem-estar, é importante valorizar o recurso da educação nutricional
como conteúdo do ensino de ciências.
A disciplina de Ciências pode proporcionar ao educando conhecimentos
necessários para que possa desenvolver atitudes e hábitos saudáveis relacionados à
alimentação através da educação nutricional, reconhecendo os aspectos físicos,
químicos e biológicos dos alimentos, recuperando a cultura alimentar regional que
contém alimentos nutritivos e com poder antioxidante que contribuem na prevenção
e até mesmo no tratamento de doenças.
Dada a importância indiscutível da alimentação, é fundamental conhecer o estado
nutricional, o nível de atividade física e a prática alimentar de adolescentes em relação
ao consumo dos alimentos da pirâmide alimentar, que constitui objetivo deste estudo.
Método
Estudo realizado em duas turmas de 8ª série, totalizando 65 alunos,
adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 13 e 16 anos, pertencentes à região
sul da cidade de Londrina. Foi realizado inquérito alimentar utilizando questionário auto-
aplicativo com questões fechadas. Os questionários foram aplicados pelos professores
das turmas. Como critério para a análise qualitativa da prática alimentar habitual desses
estudantes, considerou-se os alimentos da pirâmide alimentar. Para a análise da
população desta pesquisa, foram tomadas as medidas de peso e altura, realizadas por
um professor de educação física, que utilizou uma balança da marca Mallory com
capacidade para até 150 quilogramas e sensibilidade de 100 gramas. Para a altura foi
utilizado uma fita métrica afixada na parede e um esquadro que assegurava a posição
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correta. Os alunos estavam com roupas leves, descalços e em posição ereta. Foram
avaliados variáveis antropométricas, consumo alimentar e nível de atividade física.
Para a avaliação dos adolescentes quanto ao estado nutricional, foram utilizados
os seguintes indicadores antropométricos: Índice de Massa Corporal (IMC) onde o peso
em quilogramas (Kg) foi dividido pelo quadrado da altura, medida em metros (Kg/m2). A
classificação dos adolescentes em relação aos valores de IMC, realizou-se por meio da
curva de distribuição, segundo percentis, (IMC< 5) desnutrição, (IMC P5-P15) risco para
desnutrição, (IMC P 15 – P 85) eutrofia, (IMC > 85) sobrepeso e(IMC > 95) obesidade,
para cada sexo e idade, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde-
OMS (WHO, 1995). Em adolescentes é utilizado o IMC por idade como o melhor
indicador do estado nutricional, pois foi validado como um índice que reflete o conteúdo
da gordura corporal total.
Foi utilizado um questionário de freqüência alimentar, que tem como objetivo
obter a quantidade dos alimentos ou grupo de alimentos que são consumidos durante
um período de tempo. O método possibilita a obtenção de informações e análises
qualitativas, segundo VILLAR (2001) o questionário de freqüência alimentar é um
método prático e informativo sobre a ingestão dietética.
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Resultados e discussão
Tabela 1. Freqüência do consumo de alimentos energéticos, carboidratos e frituras (%). Alimentos 1 a 2 x por 3 a 4 x por Todos os dias Nunca semana semana Arroz 1,55 11,0 85,9 1,55 Pão 28,0 35,0 35,44 1,56 Massa 67,2 25,0 6,25 1,56 Tubérculos 80.0 14,0 ___ 6,0 Doces 28,57 33,33 31.74 6,36 Frituras 17,46 44,44 34,92 3,18
Tabela 2. Freqüência do consumo de alimentos fontes de proteínas (%). Alimentos 1 a 2 x por 3 a 4 x por Todos os dias Nunca semana semana Feijão 11,0 18,72 65,6 4,68 Ovo 59,4 17,2 ___ 23,4 Carne 14,06 39,06 42,2 4,68 Leite 14,06 26,56 48,44 10,94 Iogurte 56,25 23,44 4,68 15,63 Queijo 35,94 7,81 1,56 54,69
Examinando os resultados da tabela 1, verifica-se que o carboidrato consumido
com maior freqüência é o arroz. Deve-se considerar que a maior freqüência de citações
pelos escolares relativos ao consumo de arroz e feijão (85,9% e 65,6%
respectivamente), pode ser um indicativo de recurso para garantir a reposição
energética e protéica necessária para o atendimento das intensas demandas
específicas desse estágio de vida (Gambardella, et al., 1999).
Nota-se que entre os alimentos ricos em proteínas o feijão é apontado como o
alimento presente diariamente no prato de 65,6% dos alunos. O leite que também é
uma fonte de cálcio para os adolescentes, é consumido diariamente por 48,44% dos
alunos. Já o iogurte e o queijo 4,68 % e 1,56 % respectivamente, não fazem parte da
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dieta diária da maioria dos adolescentes. Este resultado pode ser um alerta, uma vez
que a atual recomendação de produtos lácteos que se encontra no guia alimentar para
a população brasileira é de três porções diárias, o que equivale a 800mg de cálcio
(Andrade, 2007).
Moura & Sonati (1998) realizaram estudo e constataram elevada ingestão de
lipídios na dieta de um grupo de 194 crianças e que 22,8% destas crianças
apresentaram colesterol plasmático acima de 170mg/dl. Então, a freqüência do
consumo diário de frituras desta pesquisa 34,92 %, é uma preocupação, pois segundo
Andrade (2007) uma alta ingestão de energia pode acarretar uma tendência excessiva
de gordura total, açúcar, sódio e colesterol, componentes que em excesso podem ser
prejudiciais à saúde.
Tabela 3. Freqüência do consumo de alimentos fontes de vitaminas, fibras e sais minerais (%). Alimentos 1 a 2 x por 3 a 4 x por Todos os dias Nunca semana semana Frutas 30,8 47,7 18,5 3,0 Legumes e 14,0 46,9 29,7 9,4 Verduras Os resultados desta pesquisa indicam baixo consumo diário de frutas, legumes e
verduras 18,5% e 29,7% respectivamente, entretanto, nota-se um maior consumo de
legumes e verduras em relação às frutas. O grupo das frutas, legumes e verduras tem
sido apontados por diversas pesquisas como ricos em agentes antioxidantes, tais como
vitaminas C, E e A, a clorofilina, os flavonóides, carotenóides, a curcumina e outros que
são capazes de inibir danos em células e reduzir o desenvolvimento de doenças (Fotsis
et al., 1997). A OMS recomenda o consumo de pelo menos 400g de frutas e hortaliças
por dia para a redução do risco desenvolvimento de câncer, pois estudos sugerem que
o risco de câncer de cavidade oral, esôfago e estômago pode ser diminuído através de
uma alta ingestão destes alimentos (WHO,2003).
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Tabela 4. Distribuição da porcentagem de atividades dos indivíduos segundo variáveis de estilo de vida Variável Freqüência % Permanência diária/TV 1h a 2h x dia 39,68 3h a 4h x dia 9,52 + de 4h x dia 23,8 Não assisto 27,0 Permanência diária/ 1h a 2h x dia 17,46 computador 3h a 4h x dia 30,16 + de 4h x dia 49,2 Não utilizo 3,18 Atividade física 1h a 2h x semana 36,5 3h a 4h x semana 17,4 Todos os dias 35,0 Não pratico 11,1
Muitos dos adolescentes estudados praticam atividades físicas todos os dias 35%,
e 17,4% o faz de três a quatro vezes por semana, mas cerca de 11,1% destes
adolescentes relataram não praticar atividades físicas diárias e 36,5% realizam
atividades físicas duas vezes por semana. Estes resultados são preocupantes, pois os
adolescentes relataram que ficam até mais de 4 horas diárias assistindo televisão ou
utilizando o computador 23,8 % e 49,2 % respectivamente. Segundo Damiani et
al.,(2000), há uma nítida relação entre obesidade e o hábito de ver televisão e que o
risco de uma criança tornar-se obesa é diretamente proporcional ao número de horas
diárias em que ela assiste televisão e Gambardella (1995), destaca que o sedentarismo
é um dos fatores importantes para o desenvolvimento da obesidade. Para Wong e col.,
(1992), o tempo excessivo dedicado a assistir televisão mostra-se como um sinal
mundial para a identificação de adolescentes inseridos em estilos de vida que
valorizam inadequados hábitos alimentares e inatividade física, além disso a televisão
tem uma influência muito grande sobre as decisões dos escolares, pois segundo Doyle
e Feldman (1997), 83% dos adolescentes residentes na região norte do Brasil
apontaram a TV como responsável por suas preferências alimentares.
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Tabela 5. Distribuição da porcentagem de adolescentes sobre dieta para emagrecer e aparência física Variável % Dieta para Já fiz, sem acompanhamento 20,63 Emagrecer de especialista Já fiz, com acompanhamento 3,17 de especialista Nunca fiz 76,20 Tabela 6. Distribuição da porcentagem de adolescentes a aparência física Variável % Me considero Magro 20,0 Gordo 22,0 Normal 58,0 Entre os adolescentes estudados, 20,63% disseram já ter se submetido a dietas
de restrição alimentar sem acompanhamento de especialista, médico ou nutricionista.
Uma aluna fez uma anotação, onde declara que foi “parar no hospital”, por causa de tal
atitude. Outra aluna descreveu os sintomas de bulimia onde explica que, quando não
consegue mais “vomitar até sair uma água branca”, toma até quatro comprimidos
para provocar diarréia.
Os adolescentes são bombardeados pelos meios de comunicação que segundo
Serra e Santos (2003), veiculam ou produzem notícias, representações e expectativas
nos indivíduos com propagandas, informações e noticiário em que se por um lado
instigam o consumo de lanches tipo “fast food”, por outro lado, estimulam o uso de
produtos dietéticos e práticas alimentares para emagrecimento, podendo haver uma
diminuição do aporte calórico, pois, o adolescente também é levado a se preocupar
com sua imagem corporal e acaba “cedendo” à estética corporal atual, que privilegia o
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corpo esguio e esbelto, o que poderá ter como conseqüência o desenvolvimento de
transtornos alimentares.
Tabela 7. Percentis de IMC para idade: adolescentes do sexo feminino com idade entre 14 – 17 anos, no total de 37 meninas. Idade Percentil Nº % 14 < 5 1 2,7 14 5 até 85 21 56,7 14 > 85 3 8,1 14 > 95 2 5,4 15 5 até 85 4 10,8 16 5 até 85 5 13,5 17 5 até 85 1 2,8 TOTAL 37 100 Tabela 8. Percentis de IMC para idade: adolescentes do sexo masculino com idade entre 13 – 16 anos, no total de 24 meninos. Idade Percentil Nº % 13 5 até 85 1 4,2 13 > 85 1 4,2 14 5 até 85 13 54,0 14 > 85 2 8,3 15 5 até 85 3 12,5 15 > 85 1 4,2 16 5 até 85 1 4,2 16 >85 1 4,2 17 5 até 85 1 4,2 TOTAL 24 100 Participaram do cálculo de IMC, 61 alunos em decorrência de faltas no dia da aferição de medidas. A ocorrência de sobrepeso apresentou-se em um percentual mais alto em meninos do que em meninas (20,8% e 8,2% respectivamente) conforme tabela 9 e 10. Entre as meninas houve a ocorrência de 2,7 % de desnutrição e 5,4 % de obesidade, fato que não ocorreu entre os meninos desta pesquisa. Ramos e Filho (2003), constatou uma ocorrência maior de sobrepeso em meninos do que em meninas. No estudo realizado por Balaban e col. (2001) em uma escola da rede privada de Recife, encontrou-se maior prevalência de sobrepeso e obesidade nos meninos, sendo seus percentuais bem mais elevados em comparação com os dados deste estudo (sobrepeso: 35,7% e obesidade: 9,7%).
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Tabela 9. Total dos percentis de IMC dos adolescentes do sexo feminino, no total de 37 meninas. Percentil Nº % < 5 1 2,7 5 até 85 31 83,7 > 85 3 8,2 > 95 2 5,4 TOTAL 37 100 Tabela 10. Total dos percentis de IMC dos adolescentes do sexo masculino, no total de 24 meninos. Percentil Nº % 5 até 85 19 79,2 >85 5 20,8 TOTAL 24 100 Ações como a Lei 14423, publicada no Diário Oficial Nº 6743 de 03/06/2004 são
muito bem vindas, uma vez que não se vêem nas cantinas das escolas, frituras,
refrigerantes e outros alimentos muito calóricos e pouco nutritivos. Mas, modificar os
hábitos alimentares e incentivar práticas de atividades físicas entre os adolescentes
requer um intenso trabalho. Entre as meninas desta pesquisa que apresentam
sobrepeso e obesidade, 50% nunca consomem doces e 50% consomem 2 vezes por
semana. Os refrigerantes são consumidos diariamente por 33,3% das meninas e 66,7
% consomem menos de três vezes por semana. Já o consumo de frituras chamou a
atenção, pois 66,6% consomem todos os dias e 33,4% consomem uma vez por
semana. Outro resultado preocupante, 50% das meninas que apresentam sobrepeso, já
fizeram alguma dieta de restrição alimentar sem acompanhamento de especialista, 16%
fizeram com acompanhamento médico e 34% nunca fizeram dieta para emagrecer,
apesar de 100% das meninas se considerarem acima do peso. Um fator que pode estar
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contribuindo para o sobrepeso dos alunos é a baixa freqüência de atividade física,
pois 50% das meninas responderam que nunca fazem atividade física e 67% destas
meninas ficam mais de 4 horas assistindo televisão ou no computador.
Entre os meninos que apresentam sobrepeso e obesidade, 20% consomem doces
4 vezes por semana e 80% consomem menos de três vezes por semana. Refrigerantes
são consumidos 4 vezes por semana por 20% dos meninos e 80% o consomem menos
de três vezes. Assim como as meninas, os meninos (80%), também consomem muita
fritura diariamente e 20% dos meninos consomem menos de três vezes por semana.
Esta pesquisa constatou que 100% dos meninos com IMC que indica sobrepeso se
consideram acima do peso, mas fazem menos dietas do que as meninas, pois 80%
nunca fizeram uma dieta de restrição alimentar e 20% já fizeram, com
acompanhamento de especialista. A atividade física é melhor aceita pelos meninos, já
que 20% praticam alguma atividade 4 vezes por semana e 80% o fazem menos de
três vezes por semana. O tempo que gastam assistindo televisão e utilizando
computador, também é superior ao das meninas, pois 100% dos meninos com
sobrepeso, disseram ficar mais de 4 horas nestas atividades.
Conclusão
Os resultados deste estudo reforçam a necessidade de implementação de
programas de divulgação e estudo da pirâmide alimentar, de uma reeducação
alimentar, do incentivo a prática de atividade física relacionados à promoção da saúde
no ensino fundamental. Observou-se a prevalência de sobrepeso em meninos e uma
preocupação com a auto-imagem pelas meninas que querem atingir um corpo perfeito
por meio de hábitos alimentares inadequados. Novos estudos são importantes para
avaliar com mais profundidade os hábitos alimentares dos adolescentes, bem como a
ocorrência de obesidade em adolescentes que ficam muito tempo no computador ou
assistindo televisão. No entanto, os dados gerados por este estudo já são suficientes
para alertar pais, educadores e profissionais de saúde sobre o comportamento
alimentar e o perigo das dietas de restrição alimentar que muitos adolescentes se
submetem, por não terem hábitos alimentares adequados.
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Agradecimentos Gostaria de agradecer ao Prof. Orientador Maurício de Castro Marchese, à Prof.
Márcia Greguol, ao Colégio Maria José Balzanelo Aguilera, na pessoa do diretor
Norberto Giacomini e aos funcionários André de Freitas e Gilson Rosendo Alves, que
auxiliaram na reprodução de material e no suporte à informática.
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Anexos
QUESTIONÁRIO
IDADE: ______
SEXO:______
PESO:______
ALTURA:______
1) Quantas vezes por semana você come ARROZ?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d) 4 vezes por semana
e) Todos os dias
f) Nunca
2) Quantas vezes por semana você come PÂO?
a.1 vez por semana
b.2 vezes por semana
c.3 vezes por semana
d.4 vezes por semana
e.Todos os dias
f.Nunca
3)Quantas vezes por semana você come MASSA?
a.1 vez por semana
b.2 vezes por semana
c.3 vezes por semana
d.4 vezes por semana
e.Todos os dias
f.Nunca
4) Quantas vezes por semana você come TUBÉRCULOS (mandioca, batata, batata-
doce, inhame, mandioquinha, etc)?
a.1 vez por semana
b.2 vezes por semana
c.3 vezes por semana
d.4 vezes por semana
e.Todos os dias
f.Nunca
5) Quantas vezes por semana você come RAÌZES (beterraba, cenoura, rabanete
etc)?
a.1 vez por semana
b.2 vezes por semana
c.3 vezes por semana
d.4 vezes por semana
e.Todos os dias
f.Nunca
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6) Quantas vezes por semana você come FRUTA?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
7) Quantas vezes por semana você come VERDURA?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
8) Quantas vezes por semana você come FEIJÂO?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
9) Quantas vezes por semana você come OVO?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
10) Quantas vezes por semana você come CARNE?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
11) Quantas vezes por semana você toma LEITE?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
12) Quantas vezes por semana você toma IOGURTE?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
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13) Quantas vezes por semana você come QUEIJO?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e.Todos os dias
f. Nunca
14) Quantas vezes por semana você come FRITURA?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
15) Quantas vezes por semana você come DOCE?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
16) Quantas vezes por semana você toma REFRIGERANTE?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
17) Quantas vezes por semana você come CHIPS?
a. 1 vez por semana
b. 2 vezes por semana
c. 3 vezes por semana
d. 4 vezes por semana
e. Todos os dias
f. Nunca
18) Quantos copos de ÁGUA você toma por dia?
a. 1 copo
b. 2 copos
c. 3 copos
d. 1 litro
e. 2 litros
f. Não tomo
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19) Quantas vezes por semana você come vegetais vermelhos como: uva, goiaba,
tomate, ameixa ou amora ?
a. 1 vez por semana d. 4 vezes por semana
b. 2 vezes por semana e. Todos os dias
c. 3 vezes por semana f. Nunca
20) Quantas vezes por semana você come vegetais amarelo- alaranjados como:
cenoura, mamão, manga ,etc ?
a. 1 vez por semana d. 4 vezes por semana
b. 2 vezes por semana e. Todos os dias
c. 3 vezes por semana f. Nunca
21) Quantas vezes por semana você come vegetais verde-escuros como: couve,
espinafre, brócolis, etc?
a. 1 vez por semana d. 4 vezes por semana
b. 2 vezes por semana e. Todos os dias
c. 3 vezes por semana f. Nunca
22) Você se considera:
( ) Magro ( ) Normal ( ) Gordo
23) Já fez alguma dieta para EMAGRECER ?
a. Sim, com acompanhamento médico ou nutricionista.
b. Sim, sem acompanhamento médico ou nutricionista.
c. Não.
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24) Quantas horas por dia você assiste TELEVISÃO ?
a. 1 hora d. 4 horas
b. 2 horas e. Mais de 4 horas
c. 3 horas f. Não assisto televisão
25) Quantas horas por dia você utiliza o COMPUTADOR ?
a. 1 hora d. 4 horas
b. 2 horas e. Mais de 4 horas
c. 3 horas f. Não utilizo computador
26) Quantas vezes por semana você pratica ATIVIDADE FÍSICA ?
a. 1 vez por semana d. 4 vezes por semana
b. 2 vezes por semana e. Todos os dias
c. 3 vezes por semana f. Nunca
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