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ENTREVISTADiretores fazem balanço do Congresso SET 2011

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CARTA AO LEITOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

PRODUÇÃO DE PONTA A PONTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

SEMINÁRIO RÁDIO DIGITAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

RÁDIO-INTERFERÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

TV EDUCATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

UIT NA ANATEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

CONGRESSO ABTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

INSIDE SET . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

LEIA NESTA EDIÇÃO

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SEMINÁRIOSRádio digital é pauta do seminário realizado pelo MiniCom

ANO XIX . NO 122AGO/SET 2011SUMÁRIO

CONGRESSO SET 2011Entidades compartilham da mesma opinião: “Neste

momento, temos que caminhar juntos” .

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Valderez de Almeida DonzelliDiretora editorial - email: [email protected]

CARTA AO LEITOREXPEDIENTE

SET – Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão

Diretora Editorial Valderez de Almeida Donzelli – [email protected]

Vice-diretora EditorialAna Eliza Faria e Silva – [email protected]

Comitê EditorialAlmir Almas

Francisco Ribeiro José Antonio Garcia

José Olairson Márcio Pinto Pereira

Coordenador e Revisor Técnico Alberto Deodato Seda Paduan – [email protected]

Assistente de ProduçãoThiago Leite – [email protected]

Contato para PatrocinioDaniel Calleia – [email protected]

Editora e Jornalista ResponsávelGilmara Gelinski (MTB 032390) – [email protected]

Capa, Projeto gráficoVinicius Montana

www.vinimontana.com

DiagramaçãoVinicius Montana

Impressão e AcabamentoVox Editora

SET - Sociedade Brasileira de Engenharia de TelevisãoRio de Janeiro/RJ

Rua Jardim Botânico,700 – Sala 306 – Cep. 22461-000 Tel.: + 55 (21) 2512-8747 – Fax + 55 (21) 2294-2791

São Paulo/SPAv. Auro Soares de Moura Andrade, 252 – Cj. 11 –  Cep. 01156-001

Tels: +55 (11) 3666 9604 – 3667 – 1121www.set.com.br - [email protected]

A REVISTA DA SET (ISSN 1980-2331) é uma publicação da

Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão- SET –

dirigida aos profissionais que trabalham em redes comerciais,

educativas e públicas de rádio e televisão, estúdios de

gravação, universidades, produtoras de vídeo, escolas

técnicas, centros de pesquisas e agências de publicidade.

A REVISTA DA SET é distribuída gratuitamente aos

associados da SET. Os artigos técnicos e de opinião

assinados nesta edição não traduzem necessariamente

a visão da SET, sendo responsabilidade dos autores.

Sua publicação obedece ao propósito de estimu-

lar o intercâmbio da engenharia e de refletir diver-

sas tendências do pensamento contemporâneo da

Engenharia de Televisão brasileira e mundial.

A edição 122 da Revista da SET traz em des-taque a cobertura do Congresso SET 2011, com uma reportagem preparada por nossa

equipe de jornalismo e artigos especialmente es-critos por especialistas do setor de radiodifusão que participaram do evento.

A reportagem tem início com a cerimônia de abertura e os principais tópicos apresentados pelos membros da mesa, que foi composta por Liliana Nakonechnyj , presidente da SET, Pham Nhu Hai representando o Secretário Geral da UIT Hamadoun Toum Tourré, André Barbosa, asses-sor especial do Ministério da Casa Civil, repre-sentando a Ministra Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, Genildo Lins de Albuquerque Neto, secretário de serviços de comunicação eletrôni-ca representando o Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, Emilia Ribeiro, Conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Apkar Minassian, superintendente de Co-municação de Massa da Anatel representando o embaixador Ronaldo Mota Sardenberg pre-sidente da Anatel, Olimpio José Franco, vice-presidente da SET, Roberto Franco, presidente do conselho deliberativo do Fórum SBTVD e ISDB-T Internacional, Frederico Nogueira, representando João Carlos Saad, presidente da Associação Bra-sileira de Radiodifusores (Abra), Rodrigo Neves, presidente da Associação das Emissoras de São Paulo (AESP), Alexandre Annenberg, superinten-dente da Associação Brasileira de TV por Assina-tura (ABTA) e Paulo Machado de Carvalho Neto da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).

Na sequência, a reportagem apresenta um overview do evento abordando a preparação da temática dos painéis que preencheram a grade do congresso , como o tratamento do espectro radioelétrico, o switch off, canalização digital no Brasil, a importância da flexibilização das normas técnicas, automação, interiorização, Rádio, semi-nário acadêmico , além da nova campanha da TV digital, dos aspectos da Broadcast & Cable e do Prêmio SET 2011.

Nas páginas de entrevista fizemos uma dobradi-nha com a diretora de eventos Daniela Souza e o diretor de marketing Claudio Younis. Eles fazem um balanço do Congresso SET 2011, das parti-cipações dos palestrantes e congressistas, da in-

fraestrutura, do Prêmio SET e falam sobre novos desafios de

suas diretorias para os próximos anos.

A sessão de artigos especiais sobre os temas discutidos no congresso tem início com

“Os bastidores da transmissão do esporte” prepa-rado por Alberto Deodato Seda Paduan, que tam-bém nos conta sobre “As leis e as técnicas que tornam possível a acessibilidade”. Edson Geraldo Benedito nos fala sobre “O sucesso japonês na transição analógico-digital (switch off analógico), Gilvani Moleta discorre sobre cloud computer no artigo intitulado “ Nas Nuvens” e Madrilena Fei-tosa mostra o portal interativo que a EBC apre-sentou no SET 2011, no stand do Fórum SBTVD, entrevistando Emerson Weirich, gerente executi-vo da emissora. “Acessibilidade na TV Aberta” é o tema descrito por Monique Cruvinel Bandeira, MAM como um gerenciador de fluxos de trabalho foi abordado por José Carlos Aronchi e o mercado dos STB’s híbridos por Tom Jones. “Alertas emer-genciais para a radiodifusão” é o tema desenvol-vido por Flavio Archangelo e João Braz escreve sobre “TVs conectadas. TV digital. Interatividade.”

O caderno especial Produção de Ponta a Ponta, traz o tema “Programa Piloto” de autoria de Nadia Hatori, que apresenta diversos tipos de programas pilotos, destacando a importância de cada tipo na avaliação de idéias e projetos, para se transformar num programa regular.

A reportagem “O futuro do rádio digital no Brasil” apresenta o resumo do seminário sobre Rádio di-gital realizado pelo Ministério das Comunicações, que contou com a presença de empresários da radiodifusão, acadêmicos, representantes do go-verno federal e de empresas de tecnologias.

No artigo “Ruído e interferência: flagelos para o rádio”, Ronald Barbosa descreve sobre as fontes de ruídos e interferências, que vão de estações clandestinas até as que operam fora das caracte-rísticas técnicas e que existem soluções possíveis com a adoção de regras básicas.

Com a alteração de regulamentação para as TVs Educativas e em vista do processo de implantação da TV digital, a Amirt e a rede Minas promove-ram um evento especial para este segmento, que contou com a presença do Ministério das Comu-nicações e Anatel, vejam o resumo na reportagem “O avanço das TVs Educativas em Minas Gerais”. Outros dois eventos que aconteceram neste perí-odo também foram relatados por nossa equipe: “Cenário geral de telecomunicações - Brasil e UIT” realizado pela a Anatel abordando principal-mente aspectos de banda larga e o congresso da ABTA com a aprovação do PLC 116.

No Inside SET, o leitor se atualiza com a progra-mação dos próximos eventos regionais do ca-lendário de 2011, o SET Centro - Oeste , o SET Norte e a próxima reunião da diretoria SET, que será realizada em São Paulo. Confira na página da SET: www.set.com.br

Boa Leitura!

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Inseridos sob todos os aspectos, os con-teúdos das palestras do Congresso SET 2011 foram apresentados a partir dos

diversos pontos de vista que envolvem os temas eleitos. À frente da elaboração da programação do congresso, o vice-presi-dente da SET, Olimpio Franco, juntamente com o grupo de tecnologia, procurou abor-dar nos painéis todas as etapas da cadeia de oferta eletrônica de conteúdo audiovi-sual, captação, processamento, armaze-nagem, exibição e distribuição, chegando também às telas grandes e pequenas. Por sua vez, os moderadores buscaram pa-lestrantes representantes da indústria, do governo, da radiodifusão, das teles e de entidades ligadas ao setor, tanto em âmbi-to nacional como internacional.

E isso pôde ser notado na cerimônia de abertura. Os congressistas lotaram o au-ditório para ouvir o que os representan-tes de entidades e governo tinham para falar. Após, uma semana da aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC 116), a presidente da SET, Liliana Nakonechnyj começou seu discurso falando sobre im-pacto que ele dará ao mercado brasileiro

e, consequentemente, trará à engenharia de televisão no setor de radiodifusão. “A entrada das Teles na distribuição de TV paga, certamente, aumentará as ofertas ao consumidor e a demanda por mão de obra especializada na tecnologia de dis-tribuição. A determinação de cotas de conteúdo nacional, tanto por canal como por serviço, e a preservação das etapas de produção e programação para empre-sas brasileiras, seguramente, fortalecerão os mercados de trabalho de serviços e de equipamentos. Tudo isso só aumenta a responsabilidade da SET e seu objetivo principal em difundir as tecnologias mais avançadas de forma a apoiar as melho-ras ofertas à população brasileira. No en-tanto, nosso congresso traz o que há de mais avançado em termos de tecnologia de TV”.

O Brasil está tão à frente com suas tec-nologias que este ano, a União Internacio-nal de Telecomunicações (UIT) enviou um representante para falar, exclusivamente, na abertura do Congresso da SET e par-ticipar de algumas palestras. O coordena-dor de serviço de radiodifusão do Bureau

de radiocomunicação, Pham Nhu Hai, fa-lou em nome do Secretário Geral da UIT Hamadoun Toum Tourré. Em seu discurso reforçou a visão mundial sobre o caminho das comunicações, salientou o progresso do Brasil no desenvolvimento do setor e enfatizou o papel crítico e importante que terá no século 21.

De acordo Alexandre Annenberg, supe-rintendente da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), a cerimônia de abertura foi muito interessante porque ela levantou a maioria dos problemas que todos deverão enfrentar juntos. “A digita-lização e a banda larga modificaram radi-calmente o cenário da radiodifusão e da telecomunicação. E nós temos que traba-lhar juntos para tirar desse instante uma plataforma de inclusões social e digital brasileiras”.

Segundo Paulo Machado de Carvalho Neto da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o Congresso da SET é importante, primeiro pela recicla-gem das pessoas, depois pela oportuni-dade que se tem de discutir assuntos e

CONGRESSO APRESENTOU O QUE HÁ DE MAIS AVANÇADO EM TECNOLOGIA AUDIOVISUAL

Por Gilmara Gelinski

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trocar conhecimento de novas tecnologias e equipamentos”.

Participaram também da mesa, na cerimô-nia de abertura: André Barbosa, assessor especial do Ministério da Casa Civil, repre-sentando a Ministra Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, Genildo Lins de Albuquer-que Neto, secretário de serviços de comu-nicação eletrônica representando o Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, Emilia Ribeiro, conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Apkar Minassian, superintendente de Comuni-cação de Massa da Anatel representando o embaixador Ronaldo Mota Sardenberg presidente da Anatel, Olimpio José Franco, vice-presidente da SET, Roberto Franco, presidente do conselho deliberativo do Fó-rum SBTVD e ISDB-T Internacional, Frede-rico Nogueira, representando João Carlos Saad, presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), e Rodrigo Neves, presidente da Associação das Emissoras de São Paulo (AESP).

Painéis em destaqueEspectro e switch off foram os temas que se destacaram no Congresso SET 2011. Nas salas, durante as palestras, era pos-sível ouvir algo associado, direto ou indi-retamente, aos dois assuntos. O espectro é um tema de interesse total dos radiodi-fusores e que passou a ser vislumbrado

pela área de telecomunicação. O switch off foi recentemente concluído no Japão, definindo assim seu processo de transição para o digital. Uma equipe de brasileiros esteve no Japão e acompanhou o proces-so. E o fator mais impressionante foi o cumprimento do cronograma do switch off japonês no tempo determinado.

Logo no primeiro dia da programação do Congresso, o tema foi debatido na sessão Planejamento de Canalização Digital no Brasil, sob o título “Switch off analógico no Japão”. A consultora da SET e moderado-ra, Tereza Mondino, elogiou as apresenta-ções dos palestrantes. “O painel foi muito interessante. Nós tivemos a representante do Ministério das Comunicações Patricia Ávila, que nos contou como foi o switch off analógico no Japão, incluindo os trabalhos de planejamento, preparação e efetivação, pois eles cumpriram todos os prazos que eles planejaram. Tivemos, também, um balanço sobre o planejamento da TV di-gital. O trabalho dos estudos dos canais foi encerrado em maio e agora a Anatel está processando as consultas públicas e efetivação da inclusão desses canais. A publicação está prevista para setembro ou outubro e em dezembro haverá uma revisão final para contemplar as últimas autorizações”.

Ainda neste painel o consultor da SET,

André Cintra, disse que o Congresso da SET serve como uma prestação de contas dos trabalhos realizados com a TV digital, ressaltou a importância de fazer um pla-no de ajuste após o switch off analógico e enfatizou a importância da flexibilização das normas para acelerar a implantação da TV digital.

Segundo o advogado Édio Azevedo, con-sultor jurídico do Ministério das Comu-nicações em 2010, “a questão é que a legislação da radiodifusão é de 1962. E de lá pra cá a tecnologia mudou com-pletamente. Apesar de existir tentativas de inclusão da reforma das leis da ra-diodifusão, a discussão não segue em frente porque não há interesse de todos os grupos que a legislação seja revisa-da. Enquanto que a leis da Telecomuni-cação estão sempre avançando as de radiodifusão estão estagnadas em 1962. O PLC116, por exemplo, tem um grande mérito que unifica todos os serviços de TV por assinatura – via cabo, satélite e ar – em um serviço só. Possibilita também a entrada dos players de telecomunica-ção do mercado das grandes Teles que poderão fazer TV por assinatura. A expec-tativa deste projeto é que facilite primeiro o trâmite dos processos de TV por assi-natura, diminua os custos vinculados às licenças e possibilite a oferta de serviços à maior parte da população, que não é

Os assuntos das palestras foram tratados sob todos os aspectos.

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contemplada com TV por assinatura. Hoje apenas doze por cento da população tem esse tipo de serviço”.

O superintendente da Anatel, Ara Apkar Minassian em sua consideração final dei-xou duas perguntas aos congressistas: Será que para as emissoras, que estão entrando no ar agora, compensa ter um sinal analógico? Não seria interessante começar a operar já no sistema digital?

No painel “TVD Automação” moderado pelo diretor da regional norte da SET, Ni-velle Daou Jr., a palestra apresentada foi o “Programa na TVD: O papel da Automação ISDB-T: Como comandar o Mux? Dificul-dades? Soluções?”, cada palestrante fa-lou de uma parte da automação e dentro das suas experiências as informações se complementaram. Segundo Nivelle, o ob-jetivo foi mostrar a importância da auto-mação uma vez que estão ficando cada vez mais difíceis os controles manuais. O painel mostrou uma visão bastante geral de todas as fases e o desenvolvimento que existe na área de automação.

Nos painéis dos acadêmicos científicos, o balanço foi positivo. De acordo com o diretor de ensino da SET, Carlos Naza-reth, foram apresentados 12 trabalhos, em dois dias de congresso. “As apresen-tações foram muito interessantes, prin-

cipalmente, ao percebermos em várias delas a necessidade de verificar alguns aspectos que estão sendo discutidos na consolidação da TV digital. Todos os tra-balhos tiveram uma nuance bem interes-sante, mostrando aquilo que realmente existe de importante nas pesquisas atu-ais e que podem impactar numa tecnolo-gia de médio/curto prazos e que vai virar usual do telespectador, que por sua vez, é a fonte de todo trabalho”.

Liliana alertou que o espectro seria no-vamente um dos assuntos mais polêmi-cos. E foi! Para o diretor da regional Sul da SET, Fernando Ferreira, moderador do painel “Espectro – Escasso e Disputado”, este assunto foi bem abordado e com isso foi dado o início a tentativa de buscar um acordo no uso desta canalização de 700 MHZ. Nós envolvemos todos os lados da questão. Nós tivemos Leila Loria da Tele-fônica, Patrícia Ávila do Minicom, Marcos de Souza Oliveira, gerente geral de certi-ficação e engenharia de espectro, Paulo Ricardo Balduíno da Abert, e Marcos de Oliveira da Anatel. Nós sabemos que o es-pectro é um bem finito e todo mundo quer os mesmos canais porque é onde há me-lhor propagação. Esse é um assunto que será muito debatido ainda.

Como não poderia deixar de ser, o Rádio digital também foi pauta do congresso.

Duas sessões mostraram a importância desse meio de comunicação. A palestra “Rádio Digital: Melhorias/DRM: Resul-tados dos testes/RD: Perspectivas no Brasil”, moderado por Marco Tulio da TV Globo, serviu para discutir a situação do Rádio brasileiro e contou com a presença do representante do Ministério das Comu-nicações Almir Pollig que falou sobre os trabalhos que o Governo está realizando em prol do Rádio. “Já estão sendo fei-tos testes com o sistema DRM e Rádio HD nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Belém pela equipe de engenharia do Ministério das Comuni-cações e a previsão é que estes testes sejam concluídos até dezembro, apesar de estar no cronograma a finalização em fevereiro de 2012”.

O moderador Marco Tulio ao final de seu painel enalteceu o valor do Rádio, prin-cipalmente no tocante à transmissão de alertas de emergência e pediu para que o diretor de Rádio da SET, Ronald Barbosa, moderador da sessão seguinte, contasse aos congressistas como o Rádio foi impor-tante quando teve, em agosto, o terremoto nos Estados Unidos. “Durante o terremoto, o único meio de comunicação que con-tinuou funcionando, e por meio dele as pessoas puderam obter informações, foi o Rádio”, relatou Ronald, que acredita que o painel “Sistema de Alerta de Emergência”

No primeiro dia do Seminário Acadêmico um dos artigos abordou a TV digital.

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foi mais um passo que permitiu ouvir as partes envolvidas nesta questão do siste-ma de alertas de emergência.

“O painel serviu para abrir um debate so-bre um tema que tem muito assunto a ser debatido, pois os envolvidos na questão do sistema de alerta querem sedimentar um caminho para que a população tenha aces-so à situação de emergência. A intenção é descobrir que tipo de protocolo é neces-sário para fazer a comunicação não só na radiodifusão, porque o Brasil já tem condi-ções de fazer isso”, afirma.

Nova campanhaAlém das novas tecnologias de interati-vidades apresentadas no estande do Fó-rum SBTVD, este ano também foi lançada durante o congresso, a campanha publi-citária 2011 sobre a TV digital. Segundo Liliana, coordenadora do módulo de pro-moção do Fórum, os indicativos para esta campanha saíram do Fale Conosco do site do DTV. Por isso, a nova campanha tem o objetivo de esclarecer a facilidade de cap-tação do sinal digital para TV aberta, que sua disponibilidade é livre, gratuita e basta ter um televisor com o selo DTV ligado à antena UHF.

Criada pela agência Light Comunicação e produzida pela SPTelefim Produções, a campanha é apresentada em três filmes e já começou a veiculada nas emissoras de TV aberta associadas ao Fórum. Você também pode conhecer a nova campanha publicitária no site: www.forumsbtvd.org.br.

O Fórum Internacional ISDB-T também aproveitou a oportunidade e realizou o se-

gundo encontro presencial dos represen-tantes dos países que adotaram o ISDB-T. De acordo com o presidente do Fórum, Roberto Franco, “neste encontro foi pos-sível perceber que aqueles que adotaram o sistema têm tido o comportamento de auto disposição na implantação do sistema, reforçando o que nós prevíamos, que se o sistema brasileiro fosse adotado em ou-tros países haveria uma implantação mais rápida, visto a facilidade de implantação, estabilidade das normas, confiabilidade da plataforma, além é claro, de a transferência e geração de conhecimento entre os paí-ses”. Dos doze países que formam o grupo, apenas três não estavam presentes.

Feira tecnológicaMais uma vez o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Simi-lares do Vale da Eletrônica (Sindvel), levou para a feira o seu Projeto Comprador e

criou um ambiente para seus participan-tes na feira Broadcast & Cable. Entre as empresas voltadas para a radiodifusão estavam: Ativa, AGTechnologies, Biquad, JWSAT, Ideal Antenas, Teclar e o Instituto Nacional de Telecomunicações (Centro de Competência do Inatel).

O crescimento de 40 por cento de estan-des resultou um aumento de 20 por cento no número de visitantes na comparação à edição anterior. E o último dia de feira, foi o mais concorrido. Nos dois primeiros dias, a Certame, empresa organizadora da feira, contabilizou cerca de 5,9 mil visitan-tes, número que praticamente dobrou na soma final, totalizando quase 12 mil pes-soas. De acordo com Janaina Fardim, co-ordenadora geral do evento, o movimento de visitantes foi bastante positivo e muitos negócios foram fechados durante a Broad-cast & Cable.

Foi no espaço da feira que a Linear apro-veitou para anunciar a fusão entre ela e a japonesa Hitachi. De acordo com o dire-tor da Linear, Robinson Gaudino Caputo, “a princípio a fusão é de 50 por cento, mas há perspectiva de que chegue a 70 por cento Hitachi e 30 por cento Linear”. Apesar de a negociação ter sido anuncia-da agora, segundo o diretor geral da Hi-tachi, Shinji Nakamura, “as negociações ainda estão em andamento, mas podemos entender que a empresa já vai começar a comercializar os produtos da Linear”. “A fusão internacional tem como objetivo cobrir o mercado e tornar a iniciativa a maior empresa de radiodifusão do mun-do”, anunciaram.

Espaço da feira aumentou 40 por cento e com isso o número de visitante cresceu 20 por cento.

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A nova campanha do Fórum SBTVD mostra como é fácil ter um sinal digital.

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PRêMIO SET 2011Não faltaram sorrisos, comemorações, aplausos e agradecimentos à entidade pela realização do Prêmio SET. A noite foi de muita alegria. Os premiados estavam realizados com suas criações e felizes pelo reconhecimento do esforço empregado na geração de um produto, um texto, uma filosofia e pela contribuição que deram ao setor. Ao total foram oito premiados numa noite de festa para todos.

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A Sony faturou dois prêmios este ano. O diretor de marketing da Sony, Izumi Nakajima, recebeu o prêmio de Melhor Lançamento de Produção e Pós Produ-ção com a câmera PMWF3L que oferece uma grande variedade de opções de criação de imagem e, além de outros atributos, integra a tecnologia S-35mm a um preço acessível de forma portátil. O segundo prêmio foi recebido pelo presi-dente Shige Morikawa pelo Melhor Lançamento em Inovação Tecnológica com a linha de Monitores OLED Trimaster que redefine a tecnologia de monitoração de referência com o uso de processamento de imagem inovador desenvolvido para substituir o CRT em aplicações de monitoração e avaliação críticas de imagens.

O diretor Danti Conti, da Transtel, recebeu o troféu de Melhor Lançamento de Transmissão e/ou Recepção pela Antena Slot Elíptica que aumenta a densidade de energia e oportunidade de recepção para uma mesma área de cobertura da emissora. Isto agrega margem no sistema, robustez de recepção e uma maior imu-nidade espacial experimentada pelos receptores fixos em ambientes internos e receptores móveis em am-bientes externos

O engenheiro Cleveland Albuquerque (segundo da direita para esquerda) da TV Globo recebeu o prêmio de Melhor Projeto em Novas Mídias pelo Aplicativo para smartphone e tablets, IOS e Android desenvolvido para acompanhar o Campeonato Brasileiro de futebol 2011. Com esse aplicativo, o usuário pode ler as notícias de todos os times e durante cada jogo pode obter estatísticas da partida.

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Gilmara é editora da Revista da SET. E-mail: [email protected]

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Os engenheiros Salustiano Fagundes e Paulo Feres receberam o prêmio de Melhor Projeto Interatividade pelo aplicativo HXD de interatividade desen-volvido para a MG TV DTVi. Trata-se de uma iniciativa pioneira, por ser o primeiro telejornal na TV aberta do país a ter um aplicativo DTVi compatível com as normas do ISDB-T.

A Melhor Apresentação do Ciclo Acadêmico Científico foi dos alunos da Universidade Mackenzie pelo trabalho: “Análise objetiva HDTV do H.264 x MPEG-2 com e sem perda de pacotes”. Os engenheiros Eduardo Santos Bueno, Cristiano Akamine, Renato de Mendonça Maroja e Gustavo de Melo Valeira são os responsáveis pela tese.

O engenheiro Nelson Faria levou o prêmio de Melhor Apresentação do Con-gresso em 2010 pelo painel “Novos Equipamentos de Captação de 35 mm para Produção de Televisão”.

Pela segunda vez, Alberto Paduan foi o vencedor de Melhor Artigo Publicado na Revista da SET nas edições 2010 e 2011 até junho, com o artigo Produção e Pós Produção de Vídeo - partes 1 e 2.

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ENTREVISTA

A diretora executiva da AD Digital, Daniela Souza, foi convidada para ser diretora de even-tos pelo excelente trabalho que desenvolveu no comitê de eventos na gestão do presidente Roberto Franco. “O que me leva a ser diretora da SET é o fato de poder contribuir com a nossa Sociedade”.

O diretor da Eletro Equip, Claudio Younis, participa, ativamente, da SET desde 1992 quando entrou para o conselho editorial, tendo atuado na diretoria de marketing pelos últimos dez anos. No ano passado foi eleito diretor de marketing para o biênio 2010/2011. “Uma característica comum da grande maioria dos diretores da SET é a paixão pela tecnologia e pelo mercado”.

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visão da atualidade. Mais uma vez citando a conselheira da Anatel, que sugeriu a nós, encontrarmos uma alternativa para cami-nharmos juntos, ou os radiodifusores terão muita dificuldade pela frente. Só o fato de colocar isso em discussão já é super relevante. O representante da União Inter-nacional de Telecomunicações, Pham Nhu Hai, também nos sugeriu a união. O outro ponto é o desenvolvimento tecnológico. Nós estamos vendo o movimento das ope-radoras em busca de novas alternativas para distribuição de conteúdos. Por sua vez, as emissoras de TV, além da criação dos aplicativos em múltiplas telas, estão buscando novos modelos de negócio com base em seu conteúdo. E voltando da IBC eu me dei conta que a revolução tecnológi-ca está acontecendo e nós temos que fazer parte dela.

Como você avalia a participação e o interesse dos palestrantes em contri-buírem com seu conhecimento, inte-grando a grade do Congresso?Claudio: O Congresso SET tem um conteú-do de ótima qualidade, fruto de um trabalho árduo da diretoria SET e dos moderadores dos painéis na elaboração da temática e na escolha dos palestrantes convidados.

Daniela: Eu fiz alguns convites e recebi bons retornos. Entre os meus convidados estava a vice presidente da Data Direct Networks, Laura Thommen, que participou do painel sobre cloud computing, modera-do por Emerson Weirich. Esta profissional trabalha numa empresa que só provem in-fraestrutura de armazenamento de dados e ela viaja o mundo levando o seu conhe-cimento, mas nunca tinha participado da Broadcast & Cable como empresa e nem do congresso. Quando eu apresentei o nosso evento, ela ficou super interessada

e aceitou o convite porque achou espe-tacular vir ao Brasil para fazer uma apre-sentação. Até mesmo porque, a crise, que afeta a Europa e Estados Unidos, amplia e direciona a visão dos investidores para os países em desenvolvimento. Toda vez que falamos e mostramos que o Brasil tem massa crítica, pessoas com excelente ní-vel técnico e uma economia crescente, o mercado se interessa. E mais uma vez eu pude ver isto na IBC, que tem um espaço e pessoas destinadas a falar, exclusivamen-te, aos brasileiros.

Como você avalia a participação dos congressistas? Claudio: Nosso público é bastante inte-ressado e respeitoso com os palestrantes, resultando em um fórum de extrema rele-vância para a discussão das aplicações e tendências da tecnologia neste mercado.

Dos temas apresentados, algum em especial provocou maior interesse? Por quê?Claudio: A temática do congresso é bas-tante diversificada e atende múltiplos in-teresses, logo vários temas são bastante procurados pelos congressistas.

Daniela: Temas como OTTs, Cloud Com-puting, TVs Conectadas são muito impor-tantes. Mas, eu destaco também as novas soluções para o 3G, na área do jornalismo para que o conteúdo chegue de uma forma mais rápida, e a gestão de conteúdo que é um tema fundamental porque as emissoras cada vez mais precisam entender que não lidamos mais com matéria física e sim com arquivos/conteúdos localizados dentro de um ambiente para serem controlados pela gestão de conteúdo. Para o próximo ano podemos abrir mais a discussão sobre as redes sociais, que está crescendo muito. Aqui no Brasil nós temos a primeira expe-

ENTREVISTA

O balanço do Congresso SET foi positivo em todos os aspectos. Desta opinião compartilham os diretores da SET Claudio Younis, de marketing, e Daniela Souza, de eventos. De acordo com Daniela, muitos assuntos discutidos no congresso fazem parte da agenda mundial. Para Claudio, a ótima qualidade do conteúdo do congresso é fruto do trabalho árduo da diretoria SET e dos moderadores

dos painéis. Ambos são responsáveis por duas diretorias ligadas diretamente a área de comunicação e nesta entrevista à Revista da SET falam do trabalho que desenvolvem na entidade, das discussões para elevar o patamar da Sociedade e das ações que devem ser feitas para aumentar a relação com a indústria, para incrementar a receita. Para eles a SET precisa ser preservada ao longo dos anos e isso requer investimentos. Suas trajetórias são parecidas, ambos chegaram à entidade através de convites e ficaram porque se envolveram e desenvolveram projetos para contribuir com o setor.

Por Gilmara Gelinski

Qual o balanço que você faz do Con-gresso SET 2011?Claudio: Mais uma vez tivemos um exce-lente público prestigiando apresentações de especialistas de diversas áreas da produção e distribuição de conteúdo eletrônico.

Daniela: A SET vem melhorando a cada ano. E o que eu senti é que nós ampliamos nossa base de discussão, pensando em novos modelos de negócio para os radio-difusores - com relação à TVs conectadas, múltiplas telas, avanço da mobilidade – principalmente, em função da expectativa da expansão da banda larga. O fato de termos na abertura do Congresso a partici-pação da conselheira da Anatel, Emilia Ri-beiro, foi muito importante porque ela teve um posicionamento muito firme ao nos di-zer: “Olha, nós entendemos a batalha que os radiodifusores vivem nesse momento, de preservar o espaço e o que sempre foi dos radiodifusores, mas nós temos uma legislação muito antiga, e não tem jeito, e isso vai mudar”. Eu acabei de voltar da IBC, participei do congresso em Amsterdã, e o que eu percebi é que a agenda mundial é justamente esse “cabo de guerra” entre a indústria de telecom e a radiodifusão. Essa questão é a agenda econômica e tecnoló-gica do mundo, e eu notei que a SET está aberta para esta discussão.

Existe algum ponto que marque a di-ferença do Congresso SET 2011 com relação aos anos anteriores?Claudio: Não. Acho que o evento está em continua evolução.

Daniela: Eu penso que o primeiro ponto é essa abertura que a SET vem promovendo. Tanto que no congresso nós tivemos re-presentantes do governo, das entidades do setor, da indústria, dos radiodifusores, da telecom, justamente, para ampliar a nossa

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riência da transmissão ao vivo de um jogo de futebol - entre Real Madri e Barcelona - no Facebook, por um canal brasileiro. Eles tiveram 500 mil acessos no mundo duran-te o jogo. É fantástico!

Sobre as instalações do congresso. Houve melhoras em relação aos anos anteriores?Claudio: Existe uma limitação muito gran-de de espaços na cidade que permitam a realização de um congresso do porte do nosso simultaneamente à feira de equi-pamentos e serviços que tem crescido de forma consistente. Dentro deste cenário temos conseguido oferecer aos congres-sistas instalações adequadas e procurado pressionar o pavilhão a melhorar todos os anos a infraestrutura existente. Além de estarmos sempre trabalhando na melho-ria dos recursos multimídia, tais como a sinalização digital com a programação de todas as salas.

Daniela: A SET está sempre melhorando, e este ano não foi diferente. Foi nota dez. Na sala de apoio, melhoramos a adequa-ção para os palestrantes. E nós tivemos melhorias na questão de cobertura com várias revistas do mercado. E acredito que isso causou certa representatividade para SET.

Que efeito você considera que provo-cou a nova comunicação visual elabo-rada para este ano, que buscou uma identidade 3D?Claudio: Trabalhamos com uma progra-mação visual diferenciada neste ano com o objetivo de permitir melhor visibilida-de para os nossos patrocinadores. A SET é uma entidade sem fins lucrativos, que depende dos nossos leais patrocinadores para sua perpetuação e para poder ofere-cer melhores serviços aos associados e ao mercado. Deste modo queremos trabalhar para melhor reconhecer nossos parceiros e acreditamos que a nova comunicação visu-al tenha atingido este objetivo.

Daniela: A comunicação visual dos even-tos tem a ver com os temas abordados. Este ano, por exemplo, tinha a ver com a TV conectada e múltiplas telas. A idéia foi ampliar a questão do digital, do 3D para falar dessas novas tecnologias através das imagens. E se para o próximo ano o assun-to for pautada em diversos painéis, então, nós temos que incluir este tema nas peças

publicitárias também. A cada ano a SET se renova como imagem porque ela deve re-fletir nosso momento.

Em sua opinião o que precisa ser me-lhorado com relação à divulgação do evento? Claudio: Precisamos ampliar os canais de divulgação e o trabalho de assessoria de imprensa para uma maior divulgação do evento ao novo público interessado neste mercado, tais como: empresas de sof-tware e telecomunicações. Pretendemos também continuar ampliando a presença internacional do nosso evento que já conta com muitos palestrantes internacionais e expositores de diversos países, mas que ainda pode ter uma maior participação de congressistas estrangeiros, principalmen-te, dos países da América do Sul. Esta par-ticipação já tem acontecido, mas pode ser ampliada.

Daniela: Primeiro , nós poderíamos ter para o próximo ano, uma assessoria de imprensa da SET. Segundo, ter mais ativi-dades da SET nas redes sociais, ainda mais agora, que nós estamos no Facebook, no Twitter. Nós temos que ser muito ativos como membros da diretoria, como SET, e isso vai nos ajudar na divulgação do evento. Com relação ao Prêmio SET, ele é um even-to que, além de premiar os melhores pro-fissionais e soluções tecnológicas, promove de uma forma descontraída a integração e a troca de informações entre os participan-tes do Prêmio, congresso e da feira.

Quais são as ações que devem ser toma-das?Claudio:Temos trabalhado junto aos ór-gãos regulamentadores e às associações de categoria dos países sul americanos, e, desde o início da atual gestão, temos uma diretoria Internacional focada neste objeti-vo. Quanto à ampliação da divulgação na imprensa, estamos trabalhando na implan-tação de um acordo de apoio de mídia que deve ampliar os parceiros de imprensa no evento do próximo ano.

Daniela: Nós pretendemos divulgar, bre-vemente, toda a grade de eventos da SET em 2012, até mesmo para darmos subsí-dios às empresas para incentivá-las a in-vestir nos eventos da SET. Começar nossa divulgação antecipada, promover pacotes especiais para quem investir mais nos pro-dutos da SET. Com isso poderemos ante-

cipar nosso trabalho de divulgação. Outro ponto que temos discutido muito é se a re-vista pode virar um meio eletrônico ou não.

E o Prêmio SET veio para ficar? Como está sendo o trabalho para que o Prê-mio seja uma tradição no congresso?Claudio: Acredito que podemos dizer que o Prêmio SET, ainda na sua segunda edi-ção, conquistou as empresas e profissio-nais do setor que certamente esperam a próxima edição e a oportunidade de serem indicados e premiados. Vamos trabalhar para ampliar a premiação e para a próxima edição estaremos abrindo inscrições ante-cipadas através do site da SET para que sejam apresentados projetos e/ou produ-tos indicados para algumas das categorias. Ver a emoção dos premiados deste ano foi um prêmio que recebemos pela idealiza-ção e realização do prêmio.

Vimos que diversas empresas apro-veitaram indicação ou premiação para promoverem suas empresas e/ou pro-dutos. Como você avalia a participa-ção das empresas no Prêmio SET?Daniela: Esse é um movimento que tem que ser da SET, em primeira mão. É ótimo as empresas utilizarem a indicação para o marketing delas. Até mesmo falar da sua empresa em função do Prêmio SET, colo-cando indiretamente a SET em evidência.

Existem novos projetos para elevar ainda mais o patamar da SET e difundi-la em âmbito nacional e internacional?Claudio: A SET está estruturada em dire-torias Regionais que propõem e coorde-nam atividades e grupos de trabalho vol-tados as necessidades de cada região. No âmbito geral, temos mantido a frequência de um seminário regional que busca levar a cada região um fragmento do Congresso SET mais ajustado às demandas da própria região. Deste modo massificamos conheci-mento e atendemos a mais pessoas dentro do mercado, garantindo uma maior demo-cratização da informação no setor. Inclu-sive temos trabalhado para manter estes seminários regionais gratuitos para os as-sociados assegurando a universalização do acesso ao conteúdo. Mais uma vez agrade-cemos os nossos leais patrocinadores que viabilizam a continuidade deste trabalho.

Daniela: Nós sempre discutimos a situa-ção da SET, principalmente, do ponto de vista internacional. Agora, em outubro,

ENTREVISTA

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nós teremos uma reunião de diretoria. E a discussão sempre gira em como a SET pode ser mais eficiente, ou como a própria revista pode ser um meio de divulgação. No começo de junho, eu participei de um evento em Buenos Aires com diversos pa-íses do cone sul, levei exemplares da edi-ção especial em espanhol da revista SET e foi um sucesso! Os exemplares esgotaram e eu percebi muitas pessoas lendo a revis-ta. Isso mostra que a SET tem massa críti-ca, tem conteúdo a ser divulgado. Porém, nós temos obstáculos a vencer e é difícil chegar a esta equação de quanto podemos investir em relação a resultado.

Como você avalia a participação das empresas no tocante a patrocínio dos eventos e produtos da SET? Claudio: A SET depende dos patrocínios para a viabilização de seus projetos e para a perpetuação da entidade. Temos somen-te a agradecer nossos parceiros que estão sempre presentes em nossos projetos e juntos conseguimos manter vivo este tra-balho de difusão de conhecimento e fórum de discussões dos profissionais do setor.

Daniela: A SET tem condições de expan-dir muito a área de atuação comercial, no que se refere a patrocínio, principalmente, com essa nossa revisão do olhar para este momento de convergência da indústria de radiodifusores com a da Telecom e com a indústria de tecnologia de informação. Nós temos grandes empresas no mercado e são poucas as que são patrocinadoras. O volume de negócios que o nosso mercado movimenta, o valor dos nossos patrocínios se justificam em função dos negócios ge-rados. Nós temos parcerias muito fortes, porém precisamos ampliar. Nos eventos regionais, por exemplo, as empresas ad-quirem uma cota de patrocínio para se apresentarem nas palestras regionais e falarem sobre tecnologia e, não apenas, sobre os produtos de suas empresas. É um modelo que deu super certo.

Paralelamente ao congresso SET 2011, aconteceu a exposição de equipamen-tos Broadcast & Cable. Como você ava-lia esta parceria entre SET e Certame? Claudio: A exposição de equipamentos e serviços é realizada pela Certame, mas em uma iniciativa conjunta com a SET. Esta é uma parceria de 20 anos e que neste ano teve ainda mais brilho com um grande crescimento em função do bom

momento econômico do setor e da eleva-da atratividade internacional do Brasil. Ti-vemos pavilhões internacionais como o da Inglaterra e da China, além de uma grande diversidade de expositores de diversos segmentos da indústria. A exposição e o congresso se combinam no maior evento da América do Sul nesse setor.

Daniela: Eu gosto muito da parceria SET e Certame. É claro que existem reivindica-ções que fazemos ao longo destes anos, e de uma maneira geral o organizador da feira José Carlos Mascarenhas sem-pre atende a SET. O que nós temos que discutir um pouco mais é a ampliação da ocupação da área da feira. Mas aí, tem uma dificuldade da estrutura de área de eventos que não tem na cidade. Eu vejo a Certame como um parceiro que sempre caminhou junto.

Para os congressistas ter a “feira de equipamentos” acontecendo simulta-neamente ao Congresso é um ponto que determina sua participação no evento? E para os expositores?Claudio: Entendo que a co-existência do Congresso e da Feira é fundamental para atender o interesse do público e se com-plementam de forma importante.

Daniela: O Congresso da SET é forte por si, que independentemente da feira, ele aconteceria, não sei se com o mesmo vo-lume de congressistas. Muitos dos parti-cipantes, que vêm ao congresso, estão ali em função da discussão tecnológica junto aos expositores. Em contrapartida, a feira também conseguiria caminhar sozinha, po-rém, talvez não tivesse o mesmo número de visitantes.

No geral, como a SET vem cumprindo seu papel social, técnico e de associa-ção de profissionais do setor de radio-difusão?Claudio: A SET é uma entidade de profis-sionais e seu principal objetivo é ser um fórum para a discussão dos problemas, necessidades e tendências do setor, difun-dindo conhecimento aplicado a seus as-sociados e auxiliando no desenvolvimento dos profissionais e do setor. Acredito que a SET tenha um papel extremamente rele-vante neste sentido e sua participação nas definições das tecnologias e das normas que regulamentam este mercado tem sido cada vez mais importante.

Daniela: Nós cumprimos alguns papéis. Nós temos os grupos técnicos dentro da SET, entre eles o de Loudness. Com rela-ção à formação de profissionais, eu acho que nós deveríamos apoiar. Penso que po-deríamos nos associar a alguns parceiros e ser uma espécie de chancela em alguns cursos. A entidade tem como missão aju-dar nessa formação. Até mesmo porque nós temos dentro da nossa sociedade os principais profissionais do mercado. São pessoas que formam opinião, que esco-lhem tecnologia, são profissionais que fazem com que as emissoras estejam no ar. Eu viajo o Brasil inteiro, e a realidade das regiões afastadas é muito diferente se comparadas aos grandes centros. Elas precisam avançar muito.

O que pode ser melhorado?Claudio: Tudo pode sempre ser melhora-do. Todavia esta evolução está diretamen-te ligada ao crescimento da Sociedade e da disponibilidade de mais recursos para poder realizar mais atividades e ampliar o alcance da própria Sociedade. Precisamos mais associados e mais patrocinadores que se engajem no crescimento e desen-volvimento deste mercado.

Pode-se considerar um desafio ser diretor de marketing e evento de uma entidade tão importante quanto a SET?Claudio: O desafio de ser diretor desta entidade é que temos que dedicar muito trabalho e tempo a uma atividade que não é nossa atividade principal, pois somos profissionais e temos as responsabilidades dos nossos trabalhos. Uma característica comum da grande maioria dos diretores da SET é a paixão pela tecnologia e pelo mercado que nos impele a participar ativamente da SET e poder contribuir com nosso conhecimen-to e experiência para o desenvolvimento do setor.

Daniela: É sim. Além de ser um desafio porque todos nós somos profissionais de mercado e cada um tem suas atividades paralelas e como o mercado está crescen-do em todos os níveis, o trabalho de todos tem aumentado muito ultimamente. Então, eu tenho uma responsabilidade e um com-promisso muito grande com a SET. Eu que-ro que as coisas funcionem bem e dêem certo. Eu gostaria de dedicar muito mais tempo do que dedico. Para mim, além de ser um desafio, é uma honra.

ENTREVISTA

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CONgRESSO SET 2011

OS BASTIDORES DA TRANSMISSÃO DO ESPORTEPor Alberto Deodato Seda Paduan

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Uma das palestras do dia 23 de agosto foi sobre o tema “Esportes”, modera-da pelo diretor de cinema da SET Alex

Pimentel e proferida por Sven Schaeffner, da Fédération Internationale de Football Asso-ciation – Federação Internacional de Futebol (Fifa), Bart Utterbeeck, da Newtec e Rubens Ortiz, da Rede Bandeirantes.

Alex abriu os trabalhos apresentando os participantes e os respectivos temas a se-rem abordados.

Bart abriu o ciclo apresentando o case “Tour de France - Cobertura de um evento itine-rante”, uma famosa prova de ciclismo que acontece, anualmente, no mês de julho, na França, coberta pela TV francesa VTM através de contribuições ao vivo e off-line num pro-grama diário, transmitido no horário nobre da emissora chamado “In het wiel van de tour” (Na roda do tour), poucos minutos após o final de cada etapa.

Trata-se de um dos mais prestigiados tours ciclísticos da Europa que acontece desde 1903. É um longo evento esportivo com du-ração de três semanas, contendo dois dias de descanso, disputado por etapas percorrendo 3.600 Km em vias públicas e estradas ao redor da França e atingindo alguns países vizinhos como Espanha, Bélgica, Suíça, Ale-manha e Itália. A irregularidade do circuito dificulta de forma absurda o trabalho das equipes da emissora.

Há alguns anos, a Irlanda, Inglaterra e países baixos são incluídos no percurso. Por isso, os dois dias de descanso durante a prova são aproveitados para o transporte dos ciclistas devido às grandes distâncias e dificuldades de acesso entre o local de uma etapa e a seguinte.

O palestrante, de início, contou algumas curiosidades sobre o evento. Uma delas é com relação às cores das camisas que identi-ficam os líderes, entregues aos competidores ao final de cada etapa, numa cerimonia espe-

cial. A camisa amarela, por exemplo, é entre-gue ao primeiro corredor em tempo individual na classificação geral, portanto a mais impor-tante; a camisa verde é a do melhor colocado na classificação individual por pontos de cada etapa; a camisa branca com bolas vermelhas é dada ao primeiro competidor a chegar ao topo de cada montanha. Existem outras cores de camisetas atribuídas às classes individuais da competição, tendo cada uma delas suas histórias e motivos de adoção.

Outra curiosidade é com relação aos torcedo-res que acompanham todo o trajeto, muitos deles com roupas e bicicletas malucas, tal e qual acontece na nossa famosa São Silvestre.

Acompanham também a prova muitos car-ros e motos de serviço, fornecendo alimen-to, água, assistência médica e mecânica aos participantes, sendo que alguns deles aten-dem a todos os corredores e outros, somente, às próprias equipes.

O que sobra nessa prova são os acidentes. Só para ter uma idéia, na sua primeira edição, em 1903, 60 participantes iniciaram a prova e apenas 21 a terminaram. Tanto que dizem que o Tour de France é sangue, suor e lágri-mas para os atletas.

Cada final etapa é transmitida ao vivo pela te-levisão e exibida através de um telão. Nesse

momento, são também transmitidas ao vivo as entrevistas oficiais com os corredores a partir de um estúdio de TV. Com tudo isso, dá para se imaginar as dificuldades e desafios encontrados pelas emissoras de TV nessa cobertura.

Bart também falou sobre a tecnologia empre-gada. É um evento itinerante, sem infraestru-tura fixa, ou seja, tudo tem que ser montado e improvisado a todo o momento, na maioria das vezes na base de improvisação, com um mínimo de planejamento, com pouco tempo para efetuar uma coordenação com a matriz, dispondo de pouco espaço e em lugares re-motos.

As transmissões realizadas pela Vlaamse Televisie Maatschappij (VTM) - principal es-tação de televisão comercial do norte da Bélgica de língua alemã - são feitas ao vivo do campo, num trabalho que envolve muita eficiência, pois emprega uma equipe peque-na, trabalhando através de acessos à internet e e-mails, com contribuições de arquivos via Fast News Gathering (FNG), com soluções compactas, de fácil instalação e bastante confiáveis.

No campo não é possível a utilização de ban-da larga, embora na França já esteja disponí-vel o 3G, pois o sistema fica completamente congestionado devido ao enorme uso feito

Seminário de “Esportes” moderado pelo diretor da SET Alex Pimentel

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CONgRESSO SET 2011

pelos torcedores e componentes das equipes. As comunicações e contribuições são feitas via ASI nas transmissões ao vivo e IP para a internet e FNG, envolvendo equipamentos e técnicas de transporte DualFlow.

A utilização do FNG possibilita um aumento substancial da eficiência e na velocidade de produção de conteúdo, reduzindo o “time to air” num trabalho realizado por um número menor de pessoas, onde os próprios jornalis-tas gravam e arquivam o conteúdo, fazendo o voice-over, a edição não-linear, etc. Traba-lhando num ambiente totalmente informa-tizado. O objetivo é “ser novidade”, sendo o primeiro a chegar com contribuições curtas e soluções compactas.

O transporte via DualFlow envolve conexão, transporte e interatividade entre o ASI e o IP da seguinte forma:• Conexão:suportaambasasinterfaces(IP

e ASI), permitindo às emissoras a realiza-ção da transição entre elas, no momento mais conveniente;

• Transporte:possibilitaàsemissorasotrans-porte dos sinais ao vivo a transferência de arquivos de maneira eficiente via satélite;

• Interatividade:oDualFlowviabilizaaconexãoem duas vias através do satélite, introduzin-do novos serviços interativos nos processos de broadcast melhorando a produtividade.

Essa comunicação pode ser realizada através de três configurações selecionáveis do sis-tema. A primeira, para transmissão de TV ao vivo, pelos métodos tradicionais de transmis-são MPEG. A segunda para envio de arquivos pela transmissão de dados IP. A terceira pela transmissão simultânea de Transport Stream (TS) e serviços IP.

Esses equipamentos DualFlow estão insta-lados nas Digital Satellite News Gathering (DSNG) que são operadas pelo departamento de Tecnologia da Informação (TI) e possuem capacidade satelital através da European News EXchange (ENEX) - organização sem fins lucrativos para a troca de noticiários e serviços de transmissão entre emissoras de televisão). A VTM possui 800 kHz always-on (24 horas/7 dias por semana) e n x 3.8 MHz slots para uso ocasional.

A VTM utiliza duas configurações para o even-to. Uma delas, para transmissão de conteúdos off-line e log-in iNews, enviar traduções, ler e enviar e-mails, fazer coordenação, pesquisar e enviar dados. A outra configuração é para a

transmissão de vídeo em multistream e para priorizar o conteúdo ASI sobre o conteúdo IP.

Os benefícios alcançados com essa tecno-logia são a redução do Capital Expenditures (CAPEX) – total dos investimentos realizados na aquisição e instalações de equipamentos para manter um serviço ou para manter em funcionamento um negócio ou um determina-do sistema -, uma vez que o transporte de ví-deo e IP é realizado pelo mesmo equipamento e, ainda, com a possibilidade de enviar vários canais de vídeo e dados pelo mesmo equipa-mento; o aumento da produtividade fazendo da DSNG um escritório remoto com acesso à internet, serviço de e-mail, navegador e transferência de arquivos; implementação de novos fluxos de trabalho com possibilidade de operação multi-câmeras com transmissão das imagens em paralelo, envio de metada-dos e download de arquivos e edição local.

Em seguida, o palestrante, Rubens Ortiz, con-tou sobre a experiência da Band na cobertu-ra do evento INDY-SP300 em São Paulo em 2010 e 2011. A TV Bandeirantes foi a Host Broadcast da corrida, distribuindo o sinal para mais de 200 países do mundo.

Rubens explicou que tiveram que trabalhar com quatro situações: um sinal de áudio e vídeo internacional (para todos os países), um sinal de áudio e vídeo especial para os Esta-dos Unidos (Sinal Versus) e um sinal especial para o Brasil (Sinal Brasil).

Para o vídeo internacional foram utilizadas 32 câmeras de circuito, oito câmeras on-board, uma BeautyCam, um Ultra Slow-Motion tra-balhando com mil frames por segundo para a reta final, um helicóptero com câmera HD, três câmeras especiais no chão da pista, três câme-ras remotadas sob a passarela, uma câmera instalada no topo do hotel com lente 100X e oito EVS de quatro canais. Tudo isso alimentando um routing switcher em cuja saída havia um swi-tcher para os cortes de câmeras do vídeo inter-nacional, outro switcher para o corte dos replays internacionais e mais oito EVS de quatro canais.

O sinal especial dos EEUU, Sinal Versus, foi formado pelo Sinal Internacional mais duas câmeras wireless para repórteres e PIT e oito câmeras on-board para destaques, alimen-tando o Switcher Versus que tinha nas suas saídas um SNG-USA com redundância.

O Sinal Brasil, teve o Sinal Internacional ali-mentando o Switcher Band mais seis câme-

ras para reportagem, PIT e camarotes e duas câmeras para cabine e camarote. A saída do switcher alimentava um SNG com redundân-cia. O grafismo americano foi inserido nos Estados Unidos e o grafismo brasileiro foi feito durante a transmissão através de dois geradores de caracteres.

Para o áudio internacional foram utilizados 32 microfones de câmeras de circuito, oito áu-dios de câmeras on-board, três microfones de câmeras de pista, três microfones de câme-ras de passarela, áudio do helicóptero e áudio de comunicação pilotos-boxes. Esses sinais alimentavam o routing switcher que enviava para a saída o áudio internacional 5.1 canais.O áudio Versus tinha, além do áudio inter-nacional, oito áudios de câmeras on-board e dois microfones de repórter - PIT. O áudio Brasil foi composto pelo áudio internacional mais oito áudios de câmeras on-board, seis microfones de repórter PIT mais dois microfo-nes de camarote, além do áudio de cabine. A equipe técnico-operacional foi composta por 400 profissionais.

Além da transmissão da corrida, a Band foi a responsável pela contratação de serviços de monitoração (painéis de LED e televisores dos camarotes), montagem de circuito fechado de TV com imagens da transmissão, chamadas e comerciais, alimentando os painéis de LED e os televisores e pela viabilização de streaming para alimentação da internet.

Segundo Rubens, em 2010, o circuito era para eles muito complicado e quase que in-definido, provocando um grande trabalho de engenharia, planejamento e estratégia para a cobertura. No ano seguinte, já com certo know-how os trabalhos transcorreram com mais tranquilidade.

Encerrando o ciclo de palestras, foi a vez de Sven Schaeffner, gerente geral da Fifa TV - escritório Brasil -, falar sobre as atividades operacionais da Fifa na Copa de 2010. Iniciou exibindo um vídeo sobre a transmissão da Copa Fifa 2010.

Disse que para cada um torcedor assistindo o jogo no estádio existiam 10 mil vendo pela TV, e que mais de 95 por cento do que é visto na TV é produzido pelo Host Broadcaster, a produtora anfitriã ou produtora oficial do sinal internacional.

O papel do Host Broadcaster é bastante com-plexo. Sua tarefa é organizar as operações

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CONgRESSO SET 2011

de TV e Rádio da Copa do Mundo; produzir o sinal internacional dos 64 jogos do even-to; oferecer todos os serviços e facilidades de produção para os licenciados dos direitos conformes suas necessidades individuais; desenvolver, construir e gerenciar o Interna-tional Broadcast Centre - Centro Internacional de Transmissão (IBC) e se responsabilizar pe-las operações relacionadas à imprensa.

Falou que o processo de escolha e geren-ciamento do IBC 2010 teve muitos desa-fios, porém o resultado foi compensador, tendo sido um dos melhores IBCs de todos os tempos. Na área das telecomunicações desse IBC, a missão do Comitê Organizador e do HBS era assegurar uma infraestrutura suficiente para atender os requerimentos da Fifa. As preparações começaram em 2007 e foram entregues sem absolutamente ne-nhuma falha. No quesito Plataforma Móvel, os principais obstáculos foram o processo de venda e a estrutura joint venture com al-guns licenciados de direitos. Também foi um absoluto sucesso resultando na entrega de 64 jogos ao vivo. Com relação ao 3D, foi lan-çado seis meses antes da abertura da Copa, mas apresentou um resultado de 25 jogos produzidos e distribuídos mundialmente.

O IBC é o cérebro das operações globais. Ope-ra 24/7, ou seja, 24 horas por dia durante os sete dias da semana. Atua com cerca de 3 mil profissionais, 106 emissoras numa área de 30 mil m² e é o centro de produções da HBS para programas multi-feed SD e HD, produção 3D, equipes de reportagem (ENG) da Fifa TV, pro-dução para plataforma móvel e servidor Fifa Max (centro de dados com alto conteúdo de informações para utilização aberta).

A distribuição do World Feed envolve, em cada sede dos jogos, uma unidade móvel de produção, um sistema de comunicação e um sistema backup de up-link para um satélite doméstico, visando prever falhas provenien-tes do IBC como uma que ocorreu há cerca de três anos. No IBC, esse sinal é recebido, produzido e novamente enviado para outro satélite para contribuição World Feed.

O Comitê Organizador previu também feed para plataformas móveis, incluindo gráficos adaptados para telas pequenas, uso de uma câmera dedicada na plataforma principal misturada com outros ângulos utilizados pelo diretor de TV, disponibilização de comentários guia em inglês e disponibilização no IBC com gráficos SD e HD.

Em 2010, a Fifa executou cobertura ostensi-va com 40 equipes de reportagens da Fifa TV fornecendo conteúdo diversificado dos times nos centros de treinamentos, forneceu con-teúdo adicional no dia anterior ao jogo (treino oficial, entrevista à imprensa, etc) e enviou aproximadamente 18 horas de material ao IBC todos os dias.

Para o 3D, a decisão foi tomada em 2009 e foi anunciada durante o sorteio final, em dezembro de 2009, que, em parceria com a Sony, seriam transmitidos 25 jogos da Copa de 2010 em 3D. A partir daí, foram feitos nove testes, utilizando oito câmeras e feito um fil-me oficial divulgando o evento.

Acrescento que, para isso, a Sony desenvol-veu um projeto combinando processadores, switcher, lentes e plataformas de câmeras. Tudo foi montado numa carreta da T16 HD da produtora Telegenic, do Reino Unido e também numa outra carreta da Car8 HD da produtora AMP, da França. As duas carretas foram embarcadas para a África em aviões Antonov (foto). A unidade da AMP produziu os eventos em Johanesburgo, nos estádios Ellis Park e Soccer City. A unidade móvel da Tele-genic fez os jogos em Durban, Cape Town e Port Elizabeth.

A Fifa, em conjunto com a Africa Union of Broadcasting (AUB), desenvolveu um pro-grama de ensino para a comunidade de emissoras africanas que foi lançado em abril de 2009 com o objetivo de formar, de uma maneira sustentável, jornalistas esportivos de nível internacional como um instrumento profissional para obter uma cobertura de futebol mais rica e ensinando

técnicas para produzir novas e mais inte-ressantes imagens e reportagens sobre a Copa Fifa de futebol na África. Como resul-tado, a final da Copa Fifa da África alcançou uma audiência de mais de 900 milhões de telespectadores em casa e mais de um bi-lhão incluindo a audiência externa.

Tendo exibido um vídeo institucional da FIFA com cenas belíssimas (Media Circus Promo), Sven disse que aquelas imagens justificam os investimentos tão altos numa copa do mundo de futebol. Revelou que o IBC do Brasil será no Rio Centro, no Rio de Janeiro, e também que não pode assegurar que a nossa Copa Fifa seja realizada em 3D, encerrando assim sua apresentação.

Alex Pimentel abriu a sessão de perguntas e respostas, questionando o que mais estaria por vir nas três modalidades esportivas apre-sentadas durante as palestras (ciclismo, cor-rida automobilística e futebol). Sven Schaeff-ner foi o primeiro a emitir sua opinião e disse que no futebol a única coisa onde ele acha possível haver um incremento é no vídeo, principalmente com relação ao 3D. Rubens Ortiz concordou com Sven, mas falou que, tecnicamente, as coberturas estão no auge. Para Bart Utterbeeck, em termos de trans-missão, a tecnologia tem como mudar sim, principalmente, no campo das fibras ópticas.

Os apresentadores foram bastante aplaudidos, revelando assim o grau de satisfação da plateia com a qualidade dos painéis apresentados.

Alberto é Supervisor de Projetos da TV Cultura de São Paulo, diretor da Adeseda – Consultoria e Pro-jetos e Coordenador e Revisor Técnico da Revista da SET. E-mail: [email protected]

Unidade móvel da AMP sendo embarcada no Antonov. Fonte: “Fifa World Cup Aims to Score Ambitious Stereoscopic 3D Goal”escrito por Carolyn Giardina http://www.createas-phere.com/En/insider-view/1935-fifa-world-cup-3d.html

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A diretriz dos palestrantes foi a Legisla-ção da Acessibilidade, composta pela lei número 10.098 de 19/12/200 que

“estabelece normas e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”, que produziu a Norma N° 001/2006 de 27/06/2006 sobre os “recursos de aces-sibilidade, para pessoas com deficiência, na programação veiculada nos serviços de radio-difusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão”, e também das portarias n° 310, de 27/06/2006; n° 466, de 30/07/2008; n° 661, de 14/08/2008; n°188, de 24/03/2010, que alteram as disposições da Norma 001.

A palestra foi iniciada com o painel apresenta-do por Ricardo Fontenelle que dissertou sobre a adoção do padrão EIA 608, estabelecendo que o Closed Caption deve ser inserido para trans-missão na linha 21 do Intervalo de Apagamento Vertical dos sistemas de televisão. Listou em se-guida alguns problemas típicos do CC relaciona-dos à compressão da imagem, à configuração de encoders, IRDs e processadores de sinal e sobre os monitores com sub-set de recursos.

Ricardo falou sobre os modos de inserção do CC, tais como a transcrição em tempo real, o mais complicado deles, e também à transcrição com o texto pronto inserido em tempo real e pré

inserido. Mostrou o diagrama de um sistema de inserção em tempo real.

Segundo o palestrante, existem alguns bugs de codificação de Closed Caption em receptores analógicos que tendem a aumentar com o in-cremento da complexidade do DTV. Com relação às normas de CC relativas aos sistemas de DTV, as principais são:ABNT NBR 15606-1Arib B24 (codificação)Arib B37 (transporte)

O segundo painel foi conduzido por Monique Cruvinel que dissertou sobre a Acessibilidade na TV aberta de uma maneira geral, contemplando os recursos de acessibilidade como a “legen-da oculta”, que é uma forma de transcrição, a “audiodescrição”, uma forma de tradução, a dublagem, outra forma de tradução e a LIBRAS, também uma forma de tradução.

Falou sobre o trabalho de legislação da aces-sibilidade e seu andamento, dando um desta-que especial à legislação da audiodescrição (AD), mencionado no início dessa matéria, cujo conteúdo pode ser acessado integralmente no endereço www.mc.gov.br. Explicou a dificuldade dos deficientes visuais para acessar conteúdos através da tela da TV, facilitado atualmente pelos controles remotos dedicados a essas pessoas, com teclas específicas para esse tipo de acesso.

Algumas reclamações que ocorrem com fre-quência são com relação aos equipamentos de recepção que não permitem a execução do Closed Caption, com relação à capacitação de profissionais para esse tipo de produção e também que, embora seja possível, não é obri-gatória a inserção da legenda oculta (Closed Caption) em one-seg.

Monique frisou que a obrigatoriedade de trans-missão da audiodescrição existe, atualmente, apenas para as geradoras digitais. Disse ainda que, sendo a audiodescrição um tipo de tra-dução, transmitindo num canal de áudio (SAP) os aspectos do vídeo relacionado, não pode de forma alguma imprimir um senso crítico da ima-gem transmitida. Atualmente, a legislação exige

das geradoras duas horas semanais de audio-descrição.

Falou sobre as quatro fases abrangidas pela produção, que são:• o roteiro, ou seja, a tradução do vídeo

para o áudio;• ainserçãodaAD,porlocutores,atoresou

dubladores;• amixagemfeitapelosoperadoresdesom;• osconsultores,quelevantamaimportân-

cia do público alvo.

Alguns problemas que mais afetam a utilização da AD são a falta de certificação de profissionais para a sua execução; a existência de cursos com duração de cerca de 40 a 50 horas, porém muito caros; e que nem todos os programas conseguem ter uma boa AD.

Sobre a LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), Monique disse que a inserção já está em vigor e é obrigatória para todos os partidos políticos e campanhas de instituições políticas. Ressaltou que todos esses recursos precisam ser simultâ-neos e que também devem ser disponibilizados em one-seg.

O terceiro palestrante, Raphael Barbieri, abordou o Closed Caption numa visão mais operacional para as emissoras. Explicou o que vem a ser o CC, suas formas de geração e as diferenças com relação à legendagem. Falou ainda sobre os equipamentos necessários para a sua ge-ração. No sinal analógico o CC é definido pelo protocolo CEA 608, e no digital pelo Arib STD-B24 Part 3.

Foram mostrados dois cenários de equipamen-tos utilizados com o sinal digital ISDB-T

B. Disse

que até 2016 o CC deverá ser transmitido tanto no sinal analógico como no digital.

Como último palestrante do painel, Augusto Magalhães dissertou sobre as formas de pro-dução do Closed Caption baseados em voz e os outros tipos de CC que são o Off-line e o On-Line. Destacou os tempos de preparação e a quantidade de informação que cada um desses tipos exige.

AS LEIS E AS TÉCNICAS QUE TORNAM POSSÍVEL A ACESSIBILIDADEPor Alberto Deodato Seda Paduan

No primeiro dia do Congresso SET 2011, dia 22 de agosto, aconteceu a palestra denominada “TVD: Acessibilidade”. O painel moderado pelo integrante do comitê da SET Re-gional Nordeste, Esdras Miranda, contou com a atuação de Augusto Costa da CPL, Monique Cruvinel da Abert, Raphael Barbieri da EITV e Ricardo Fontenelle da TV Globo.

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Mostrou um breve histórico sobre o Closed Caption dizendo que o projeto foi iniciado em 1960 pela IBM/CIA como um sistema de tra-dução automática de outro idioma qualquer para o inglês.

Descreveu o equipamento utilizado na este-notipia mostrando suas qualidades e modo de trabalho com digitação de códigos ao invés de caracteres, como forma de agilizar a digitação. Mostrou também a dificuldade do trabalho e a consequente extensão dos cursos de prepara-ção dos estenotipistas.

Augusto abordou ainda as características ne-cessárias para o locutor de CC, como a fala contínua versus fala discreta e o uso dos voca-bulários (vocabulário curto-central telefônica e vocabulário extenso). Explicou o funcionamento de um sistema de reconhecimento de voz, deta-lhando sua conversão analógico-digital, a que-bra de palavras em fonemas e a comparação dos fonemas com as palavras do dicionário.

Segundo Augusto, a precisão inicial do sistema é de cerca de 70 a 75 por cento de tudo o que é dito pelo usuário, índice esse que é aumen-tado através do treinamento e uso contínuo do sistema, fornecendo mais dados para a rede

neural. Esse índice de 70 a 75 por cento seria mais bem explicado na sessão de perguntas e respostas como sendo o “ajuste inicial do sis-tema”, cuja precisão final atingiria 98 por cento que é o exigido pela ABNT para o sistema.

Augusto explicou que no sistema baseado em voz o locutor fica instalado numa cabine com ruído controlado, ouvindo e repetindo o que está sedo dito para depois ser digitado. Apresentou, ainda, o funcionamento do que ele chamou de módulos que visam auxiliar a locução:• módulo de locução: constituído por um

motor de reconhecimento de fala e de teclas especiais de atalho para executar comandos como identificação do falante, nota musical ou clear, por exemplo;

• módulo de validação: recebe todo o tex-to gerado na estação de locução e valida toda a informação;

• módulo de texto pronto: importa arquivos de texto em formato .txt, exibe em modo roll-up e pop-on e prevê o uso de, por exemplo, posicionamento, nota musical, etc.

• módulo de teleprompter: recebe os dados do teleprompter, filtra esses dados e exibe.

Para esse tipo de trabalho é exigido do operador bastante treinamento e capacitação. O treina-

mento é geralmente rápido (cerca de uma se-mana) e com um mês de trabalho o operador estará produzindo com eficiência.

Como um panorama geral, Augusto disse que o aperfeiçoamento dos sistemas de reconhe-cimento dos sistemas de voz trouxe uma nova perspectiva para o mercado americano e que o Brasil está seguindo a mesma tendência.

Terminadas as explanações, foi aberta a sessão de “perguntas e respostas”. Algumas questões foram levantadas a respeito da aplicação do exigido pela Legislação da Acessibilidade, em vista de dificuldades encontradas nos sistemas de televisão já em operação e também com relação ao tempo de inserção dos recursos versus tempo de programação das emissoras. Depois de respondidas pelos palestrantes, dois funcionários do Ministério das Comunicações pediram a palavra e explicaram que as nor-mas podem ser aprimoradas e pediram que as dúvidas e dificuldades sejam informadas ao Ministério para que possam ser estudadas possíveis adaptações e alterações.

Alberto é Supervisor de Projetos da TV Cultura de São Paulo, diretor da Adeseda – Consultoria e Pro-jetos e Coordenador e Revisor Técnico da Revista da SET. E-mail: [email protected]

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O SUCESSO JAPONêS NA TRANSIÇÃO ANALÓGICO-DIGITAL (SWITCH OFF ANALÓGICO)Por Edson Geraldo Benedito

O que está programado para o ano de 2016 no Brasil já aconteceu em praticamente 100 por cento do território japonês. No dia

24 de julho de 2011 foi finalizado o chamado swi-tch off, com pequenas exceções de áreas atingi-das pelo terremoto e pelo tsunami - que o acom-panhou - e que estão ainda sendo atendidas pelo sistemas analógico em caráter provisório.

Segundo a palestra desenvolvida por Fumihiko Numata, representante do Ministério das Comu-nicações do Japão, as transmissões oficiais de TV digital em seu país tiveram início em dezem-bro de 2003 e durante, aproximadamente, oito anos, as transmissões analógicas e digitais con-viveram juntas até 24 de julho de 2011, quando foram encerradas as transmissões analógicas.

Países como Bélgica, Holanda, Finlândia, Suécia, Suíça, Alemanha, Estados Unidos da América, Dinamarca, Noruega e Espanha também já de-sativaram suas transmissões analógicas. Ainda este ano, estão progamadas as desativações no Canadá e França. O Reino Unido já tem uma parte desativada e pretende concluir os trabalhos até o final de 2012, assim como, a Coréia e ou-tros países.

Veja com foi o cronograma elaborado pelos ja-poneses para realizar o switch off. Em outubro de 1998 foi quando o governo japonês anunciou o plano para a digitalização das transmissões de TV digital aberta através do "Terrestrial Digital Broadcasting Council”. Em julho de 2001, de-pois de uma revisão do “Radio Act” formulada em junho deste mesmo ano, foi decidido que as transmissões analógicas seriam desativadas em 24 de julho de 2011.

Em 01 de dezembro de 2003 tiveram início as transmissões de TV digital terrestre nas três maiores áreas metropolitanas do território japo-nês. Em 01 de abril de 2006 entrou em operação normal o serviço de um segmento, ou seja, sinal de TV digital nos celulares, nos veículos automo-tores, trens, etc? No dia primeiro de dezembro de 2006, todo o território japonês já era suprido com sinais de TV digital. Como já foi mencionado em 24 de julho de 2011 as transmissões de TV analógicas tiveram seus sinais desligados com exceção de algumas áreas afetadas pelo terre-moto e tsunami de 11 de março de 2011.

O Japão foi o primeiro país a ter os sinais de TV analógicos desligados em larga escala e o fez com sucesso. Mais 120 milhões de pesso-as podem assistir transmissões terrestres de TV aberta e o número de estações de TV, entre geradoras e retransmissoras, é mais de 10 mil. Numa comparação com os Estados Unidos po-demos constatar que a densidade no Japão é cinco vezes maior. Senão vejamos: A população dos Estados Unidos é 308.750.000 habitantes e o número de estações de TV é de 2.218. No Ja-pão, a população é de 128.056.026 habitantes e as de estações de TV somam mais de 10 mil. Até julho de 2011 o Japão tinha aproximada-mente 15 mil estações de TV analógicas de VHF e UHF nos canais 1 a 61. Esse número baixou para aproximadamente 11 mil estações de TV digital a partir de 24 de julho de 2011.

Esclarecimentos à populaçãoO Ministério das Comunicações elaborou um plano de divulgação e esclarecimentos à popu-lação sobre a transição (DTTB). Em todo territó-rio, foram montados centros de esclarecimen-tos, call centers, divulgação publicitária, avisos radiofônicos, seminários e publicação específi-cas para tirar dúvidas e auxiliar os cidadãos ja-poneses. Também foram criadas comissões es-peciais para os idosos e pessoas de baixa renda.

Com um veículo equipado, foram feitos testes de cobertura e medidas de recepção, para ter controle sobre a condição da cobertura, ou seja, onde teria boa cobertura e onde seriam necessá-rias providências a respeito.

Suportes temporáriosAntes, durante e após a transição, no período de 15 de junho a 26 de agosto de 2011, foram disponibilizados pelo governo em diversos locais, agências para esclarecimentos de dúvidas e serviços, assim como os procedimentos e como executá-los.

Os contatos podiam ser feitos pessoalmente ou por telefone e seriam transferidos para o setor que melhor lhes esclarecessem a dúvida. Em paralelo foi feita publicidade por rádio e outros meios de comunicação, e por vezes visitas domi-ciliares caso os problemas persistisse.

Foi também colocado em disponibilidade um

telefone direto que redirecionava o cidadão para a agência central caso em sua agência local não houvesse ninguém da equipe técnica para atendê-lo.

Metas da migraçãoA capital Tókio, as cidades de Osaka e Nagoya, assim como, suas respectivas áreas metropolita-nas iniciaram as transmissões digitais em 2003. As demais regiões tiveram o início da digitaliza-ção da TV em 2006. Para esses eventos foram utilizadas, sempre que possível, infraestrutura já existente. Por exemplo torres, estações transmis-soras, estações retransmissoras, links, etc.

Suporte e padrão para a digitalizaçãoEm áreas remotas cuja recepção nas residên-cias se tornou difícil devido a obstáculos naturais como montanhas ou colinas, foram instaladas antenas em locais altos (morros), feita a conver-são do sinal de TV e distribuído o sinal para as residenciais através de cabos.

Em edifícios que usavam antenas para recepção de VHF, foi acrescentada uma antena de UHF no sistema de antena coletiva desde que os mora-dores entrassem em consenso.

Onde a recepção se tornava fraca devido à som-bra ocasionada por prédio ou outro tipo de cons-trução, instalou-se antenas sobre as referidas e com cabos de descida o sinal era distribuído. Em recepção normal a orientação foi acrescen-tar uma antena de UHF e demais equipamentos como: misturador, receptor digital caso a TV fosse analógico splitter (divisor) no caso de mais de um receptor, etc. Nos casos de TV a cabo, a própria empresa se encarregou de fazer as adaptações.

Nas áreas onde os sinais não tinham condições de recepção por nenhum meio terrestre, o Mi-nistério das Comunicações e os radiodifusores estão transmitindo temporariamente até março de 2015 a programação normal por satélite.

Popularização dos receptores digitais Com o objetivo de promover a popularização e distribuição dos receptores digitais mais simples foram desenvolvidos e produzidos produtos mais baratos. Um simples receptor conectado a um aparelho de TV analógico era o necessário para receber o sistema digital em SDTV (Standard Definition TeleVision). Em 2008 o valor de um

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receptor estava em torno de 19.800 yens. Agora os preços caíram 80 por cento e estão custando perto de 3.950 yens.

A NHK na transiçãoO diretor Takayuki Ito, representante da NHK - emissora pública no Japão - nos relatou que em 24 de julho de 2001 através de uma emenda na lei radiofônica foi efetivada uma data – dez anos a partir daquele momento - para o término das transmissões analógicas da emissora.

Em 01 de dezembro de 2003, a NHK seguindo as diretrizes começou a transmitir os sinais di-gitais em três das maiores áreas metropolitanas do Japão juntamente com as outras emissoras. Em 01 de abril de 2006 tiveram início os serviços de one-segment (um segmento) para celulares, veículos, trens, receptores manuais e afins. Em 01 de dezembro de 2006 os sinais digitais foram expandidos para todo o território japonês. Em 24 de julho de 2011 foram desligados os sinais analógicos em toda a nação com exceção dos territórios de Miyagi, Fukushima e Iwate devido às complicações causadas pelo terremoto segui-do do tsunami de março de 2011.

Durante a transição a largura de banda ocupada por todos os canais era de 370 MHz sendo que os canais 1 a 3 ocupavam a banda baixa de VHF (90 a 108 MHz), os canais 4 a 12 ocupavam a banda alta de VHF (170 a 222 MHz e os canais 13 a 62 de UHF ocupavam de 470 a 770 MHz num total de 300 MHz.

Finda a transição, a largura de banda foi dimi-nuída para 240 MHz; a banda de VHF, canais 1 a 12 (90 a 108 e 170 a 222 MHz), foi alocada para novos serviços (Multimídia broadcasting, aplicações em controles de desastres naturais, etc.); a parte alta da banda de UHF, canais 53 a 62, também será usada em novos serviços, provavelmente em telefonia móvel, e em de-senvolvimento para segurança de transportes rodoviários, além de outras aplicações. A faixa de transmissão ficou com 39 canais do canal 13 ao canal 52 com uma banda total de 240 MHz.

A expansão de serviço de TV digital no território japonês teve um crescimento significativo desde a sua implantação, em 2003 a área coberta atin-gia 3,25 por cento do território, em 2004 já co-bria 10,40 por cento, em 2005 superava os 25 por cento, em dezembro de 2006 a cobertura era de 82,85 por cento e em julho de 2011, 98 por cento do Japão já recebia os sinais de TV digital.

Na totalidade de 52 milhões de residências, em torno de 51 milhões (98 por cento ) recebem sinal de TV digital por cobertura direta ou indireta, 800 mil residências em áreas rurais recebem o sinal por recepção comunitária, ou seja, o sinal é recebi-

Fatores críticos de sucessoEstratégias para a implantação total e desligamento

Deve-se levar em conta o cumprimento dos prazos de consignação e licenciamento do canal digital;

Disponibilização de recursos que garantam o financiamento para implantação ou atualização da infraestrutura necessária para transmissão do sinal digital;

Segmentação e análise das regiões do país tendo em vista as diversas características de cada uma delas;

Disponibilização de centros de atendimentos aos cidadãos para apoio as dúvidas e problemas de recepção;

Adoção de medidas que garantam o recebimento do sinal digital;

Identificação das áreas de sombra;

Instalação de estações reforçadoras de sinais (Gap Fillers) e, caso necessite, também a estação alimentadora de energia elétrica;

Antenas de recepção em locais de difícil captação do sinal (áreas remotas, zonas rurais e locais com sombras de prédios;

Distribuição do sinal por cabo ou por fibra ótica para áreas remotas de difícil captação do sinal;

Conversores nas residências;

Antenas coletivas para recepção em condomínios e apartamentos;

Atendimento temporário por satélite em locais remotos e de difícil acesso;

Disponibilização no mercado de conversores (set- top box)com os requisitos mínimos necessários para o recebimento do sinal digital a preços populares;

Incentivo a aquisição de aparelhos de TV digital com conversores integrados;

Distribuição de conversores (set-top box) à famílias de baixa renda;

Pesquisa de opinião sobre grau de informações a respeito do desligamento e sobre a penetração dos receptores;

Aparelhos receptores de TVs populares com preços mais acessíveis;

Realização de testes prévios de desligamento analógico;

Divulgação ostensiva do desligamento final do sistema de TV analógico

Articulação junto ao Fórum associações representativas do setor;

Cumprimento dos prazos para pedidos de consignação de canal digital;

Licenciamento de 100% das retransmissoras que tiverem interesse até 30 de maio de 2012;

Disponibilizar mecanismos de financiamento pelo BNDES

Realização de estudos em relação à possibilidade de inclusão no plano de incentivo de governo para desoneração na aquisição de novos transmissores digitais;

Expectativa de consignação de todas as transmissoras e retransmissoras até 2015;

A segmentação do desligamento por regiões;

Disponibilizar informações sobre o desligamento para a população em geral;

Como já foi citado, realização de testes prévios;

Campanha publicitária incentivando a adesão dos consumidores ao sistema digital;

Obrigatoriedade da divulgação da data do desligamento final;

Divulgação dos locais de “call centers” para atendimento ao cidadão;

A regulamentação da interatividade para os radiodifusores com prazos para oferecimento de recursos interativos;

Proposta de parceria com IBGE e IPEA objetivando uma política de estatística em comunicações estabelecida;

do em local alto e distribuído por cabos; e o restan-te, em torno de 200 mil que perderam o sinal com o evento da TV digital, recebe agora a cobertura da programação normal através de satélite.

Através de levantamento realizado no Japão che-gou à conclusão que 23 milhões de lares têm cobertura por sinais diretos, 17 milhões possuem cobertura por antenas coletivas ou recepção co-munitária e 8 milhões de lares têm coberturas indiretas, pois sofrem sombras causadas por algum tipo de obstáculo no caminho do sinal (prédios, árvores, montanhas, etc.).

Enfim, o Japão fez seu desligamento analógico e a conclusão foi bem sucedida.

Switch-off no Brasil: a experiência japonesa

A engenheira Patrícia Ávila, do Ministério das Co-municações do Brasil, esteve no Japão durante o switch-off japonês e comentou a experiência na qual participou, e a comparou com o que deve acontecer no Brasil em 2016.

A estratégia japonesa constou do desenvolvi-mento cooperativo entre governo, radiodifusores, fabricantes e instaladores, para que a implemen-tação do projeto do switch-off da TV analógica

japonesa fosse concretizada. Entre os itens ana-lisados estavam:

Implementação de plano de ação para a implan-tação com metas e cronogramas definidos;

Acompanhamento de como estava sendo a pe-netração e aceitação dos receptores nos lares;

Comunicação das ações realizadas e dos resul-tados alcançados em estatísticas;

De acordo com Patrícia, o objetivo é garantir que todas as regiões do país recebam a cobertura dos sinais digitais.

Analisando o sucesso japonês no switch off, e estudando as premissas expostas para o nosso caso que deve ser muito mais difícil devido a ex-tensão de nossas fronteiras e o tamanho do nos-so território a ser coberto, estamos torcendo para que também tenhamos sucesso quando chegar a nossa vez que está marcado para 2016 exata-mente no ano das Olimpíadas no Brasil.

As Olimpíadas com certeza vão acontecer, será que o “switch-off” também?

Edson é supervisor técnico de Manutenção de RF da TV Cultura em São Paulo. Email: [email protected]

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CONgRESSO SET 2011

NAS NUVENSPor Gilvani Moleta

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O termo “Cloud Computer” ou computação em nuvem já há algum tempo é a expres-são do momento no mundo da tecnologia

testificada assim pela Gartner Group, importante empresa de consultoria na área de Tecnologia da Informação (TI). Hoje a computação em nu-vem alcança também o mercado de radiodifu-são através de aplicações fascinantes e redução de custos consideráveis em algumas tarefas. Sem dúvidas é um atrativo sem precedente para este mercado.

ConceitoO conceito da computação em nuvem é a utiliza-ção de memória, capacidade de processamen-to, armazenamento de servidores compartilha-dos e integrados através da internet ou intranet. Tudo isso é possível através da evolução dos meios e das conexões, proporcionando assim aumento de velocidade e maior disponibilidade dos serviços “on-line”. Os dados armazenados na nuvem podem ser acessados de qualquer local, sem barreiras geográficas. Um exemplo que afeta nosso dia a dia é a conta de e-mail’s. Não precisamos mais armazená-los em nosso computador pessoal e rodar um aplicativo de gerenciamento para visualizá-los. Eles podem ser mantidos na nuvem, inclusive com geren-ciamento do próprio provedor. Esta é a grande evolução, a possibilidade de rodar aplicativos na nuvem não necessitando nenhuma instalação no computador de acesso.

Modelo de implantaçãoExistem muitos tipos de nuvens que atendem diferentes necessidades, assim como qualquer tipo de aplicação um bom estudo inicial é essen-cial para alcançar o sucesso do projeto.

Nuvem PrivadaA nuvem privada pertence a um único usuário que pode contratar um datacenter ou construir sua própria estrutura de sof-tware e hardware, tendo o controle sobre aplicações, gerenciamento de arquivos e processos, gerenciamento de automações e virtualização, ficando muito próximo de um datacenter tradicional.

Nuvem PúblicaA nuvem pública é àquela caplicação, platafor-ma e infraestrutura são executadas e coordena-das por terceiros, assim como o gerenciamento do fluxo de dados.

Nuvem em ComunidadeÉ quando um grupo ou uma comunidade com interesses em comum compartilham uma infra-estrutura de nuvem, podendo ser administrada por terceiros ou pelas organizações.

Nuvem HíbridaÉ uma composição entre os modelos de nu-vem pública e privada, compartilhando fluxos de dados, aplicações e armazenamento entre esses modelos.

Radiodifusão e a computação nas nuvensComputação em nuvem é a convergência de aplicativos e infraestrutura visando melhor aproveitamento de utilização. Este modelo pre-vê melhor investimento em hardware, conso-lidando esses recursos, podendo ser aprovei-tados ao máximo com melhor gerenciamento, possibilitando melhor distribuição da capacida-de computacional, proporcionando economia de investimentos.

Segundo Clifton Ashley, diretor da Google Enter-prise para a América Latina, os departamentos de TI no modelo tradicional gastam 80 por cento do seu tempo com a manutenção de sistemas, no gerenciamento de dados e manutenção dos aplicativos em operação. Segundo ele é jogar di-nheiro fora, o que é inaceitável nos dias de hoje. A maioria das empresas não tem como ativi-dade principal a gestão de TI, então é coerente contratar sob demanda a computação na nuvem como apoio nos processos de gestão. Há várias aplicações e possibilidades para o mercado de radiodifusão e muitas especulações de produtos que podem agregar o workflow das emissoras. Grandes empresas de TI que desen-volvem produtos para este meio, estão traba-lhando na concepção e melhoria de produtos, que vão desde o gerenciamento dos arquivos de baixa resolução até o produto finalizado. Um exemplo de workflow utilizado por algumas emissoras é a transcodificação de vídeo de alta definição para resolução compatível para inter-net. Um dos grandes provedores para esse tipo de serviço é a Amazon, que oferece a preços bem atraentes e qualidade excepcional.

Esta empresa de varejo para suportar a deman-da das datas de pico de vendas investiu em po-derosos parques de hardwares que, por sua vez, ficavam ociosos em outros períodos. Há quase 10 anos, a Amazon vem investindo na prestação de serviços, como o S3 “Simple Storage Solu-tion”, que permite ao usuário comprar espaço de armazenamento, e o EC2 “Elastic Computer Cloud”, que possibilita usar máquinas virtuais e servidores de alto desempenho com aplicativos destinados para diferentes fins.

EC2 – “Elastic Computer Cloud”É um serviço que proporciona capacidade de processamento dinâmico na nuvem. Se existir necessidade por maior processamento este pode ser contratado, automaticamente, sob demanda. Um modelo tradicional fora da nuvem, a infraestrutura deverá sempre con-templar o cenário mais crítico, pois a escala-bilidade, nesse caso, gera custos e demanda muito tempo de implantação, desperdiçando energia e investimento desnecessários nos períodos de ociosidade.

Seminário de Gestão Digital de Conteúdo moderado por Emerson Weirich

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Nas aplicações de radiodifusão o contrato de processamento sob demanda pode reduzir cus-tos se executados na nuvem. Por exemplo, ren-derização de um programa, renderização de ob-jeto 3D ou transcodificação de formato de vídeo.

S3 “Simple Storage Solution”O S3 é o serviço de armazenamento para in-ternet. Os provedores desse serviço garantem disponibilidade e segurança para os dados lá armazenados, trabalham com políticas de pas-tas e usuários como se o servidor estivesse na própria empresa. Também de forma escaloná-vel, pode ser contratado espaço sob demanda. A proposta é ser um sistema confiável, rápido, econômico e simples. O fator mais crítico desse sistema é a seguran-ça, considerando que os dados ficam on-line o tempo todo. Mesmo com a garantia dos prove-dores ainda levará um tempo para as emissoras começarem utilizar esse serviço integralmente.

ConclusãoA Computação em nuvem futuramente será sinônimo de computação, pois esse modelo é motivado pelo melhor aproveitamento dos re-cursos computacionais e consequentemente dos recursos naturais, pois é mais eficiente. É uma revolução que ainda não evoluiu até seu

clímax, pois depende da qualidade e disponibili-dade da conexão de internet.

Esse modelo não requer bom processamento nas pontas para acessar as aplicações, pois este está a cargo da nuvem. O usuário final precisa apenas de um terminal com boa conexão de internet, tornando-se mais acessível às classes desfavorecidas.

Computação na nuvem não tem somente liga-ção com desenvolvimento tecnológico, mas sim com negócios. A agilidade desse modelo pro-porciona valor comercial, reduzindo custos e ge-rando novas oportunidades. No modelo tradicio-nal a infraestrutura e softwares são adquiridos antecipadamente mediante um projeto baseado em suposições, sem a certeza de retorno. Na computação em nuvem os projetos podem ser concebidos sob demanda, reduzindo o risco de aquisições desnecessárias.

Para o mercado de radiodifusão, creio que au-mentarão as ofertas de produtos sob demanda, tais como, plug-ins que poderão funcionar em um arquivo na nuvem por “x” vezes ou por um determinado tempo, licenças de softwares on-line. Armazenamento temporário de grande vo-lume de acervo, proporcionando, por exemplo, a

substituição das LTOs (Linear Tape-Open) pelo armazenamento em nuvem, que hoje já tem o custo mais atraente.

A maior vantagem da computação em nuvem é a possibilidade de utilizar aplicativos sem que estes estejam instalados no computador, melho-rando muito a administração e a manutenção dos terminais, tornando-os simples e seguros.

Em breve o futuro repetirá o passado, quando os “terminais burros”, aposentados na final da década de 80, voltarão a ativa com nova rou-pagem, mas esses agora acessarão grandes datacenters com capacidade de processamento e armazenamento quase imensuráveis.

Gilvani é Coordenador de Engenharia EBC – SP. Email: [email protected]

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Por Madrilena Feitosa

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O estande do Fórum do Sistema Bra-sileiro de TV Digital (SBTVD) mos-trou, com exclusividade para os

participantes do Congresso da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão –SET 2011, o primeiro protótipo de portal interativo que a TV Brasil vai disponibilizar aos telespectadores brasileiros. O modelo está em fase de testes e será lançado, em breve, pela Empresa Brasil de Comunica-ção (EBC), primeiramente no Rio de Janei-ro, São Paulo e Brasília, onde a TV Brasil tem transmissão digital, segundo informou Emerson Weirich, gerente-executivo de Engenharia da TV Brasil, em entrevista à Revista da SET, durante o evento.

O portal vai oferecer interatividade local com notícias em tempo real, informações sobre as áreas de maior lentidão no trá-fego, previsão do tempo, sobre a política de comunicação da EBC e a filosofia que deram origem à empresa, além de intera-tividade plena, que permitirá ao telespec-tador, por exemplo, usar o canal de retorno para participar de enquetes, acessar ser-viços bancários, Previdência Social e ou-tros órgãos, obtendo resposta sobre infor-mações acerca dos benefícios, podendo, também, enviar vídeos à emissora.

Segundo Weirich, através desse portal interativo, a EBC pretende ampliar seus canais de comunicação e promover maior interlocução com a sociedade, utilizando a convergência midiática. O portal de inte-ratividade da TV Brasil fará interface com outras plataformas que estão na esfera administrativa da EBC, como a TV NBR, TV Brasil Internacional, Agência Brasil de notícias e mais oito rádios, expandindo a participação social nas diversas mídias gerenciadas pela empresa. A seguir o gerente-executivo nos dá uma explicação

mais detalhada de como foi a apresenta-ção do conceito e novidade do portal, du-rante o evento.

Quais novidades o portal da TV Brasil trará aos telespectadores e em que se diferencia de outros canais?O protótipo é uma versão beta, mas que gera todos os conceitos da interatividade no padrão brasileiro Ginga. O portal conta com aplicativos com interatividade local, manda informações pela radiodifusão, pela transmissão, pelo espectro, que po-dem ser lidas, abertas e interagem local-mente no aparelho. Disponibiliza, também, a interatividade plena, na qual, através de um canal de retorno, via telefone, internet, SMS, o usuário manda uma requisição, uma informação de volta para o radiodi-

fusor. É um protótipo que explora os dois modelos. É um portal e é diferente do con-ceito que a maioria das empresas está trabalhando. É um aplicativo mestre de in-teratividade que carrega outros aplicativos dentro dele. Como somos um veículo de comunicação, temos alguns menus nes-se protótipo que interagem com nossos veículos internos de comunicação. Por exemplo, o menu da Agência Brasil, que é um veículo de comunicação da EBC, que por sua vez já é um veículo convergente, multimídia e a gente trouxe esse concei-to convergente para dentro do aplicativo. Pois a EBC tem rádio, TV, internet, várias plataformas. E como essa informação já esta pronta, nós simplesmente acessa-mos de uma forma automatizada o banco de dados. O banco de dados da EBC está

TV BRASIL APRESENTA SEU PRIMEIRO PORTAL INTERATIVO NO SET 2011

No estande do SBTVD público interagiu com aplicações dos portais das TVs.

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pronto e fizemos uma ferramenta interna que busca as notícias e as coloca dentro do transmissor local.

Que tipo de interatividade foi possível realizar no estande do SBTVD, através desse protótipo da TV Brasil?Durante o Congresso da SET, o transmis-sor da TV Brasil, em São Paulo, recebia através do ar - uma informação da nossa ferramenta. É uma interatividade local e automatizada. Por exemplo, durante o Congresso da SET, podemos ver quais são as últimas notícias publicadas no site da TV Brasil, de uma forma automática. Não tem uma equipe produzindo apenas para o serviço interativo. Podemos ver também os dois menus EBC e TV Bra-sil que estão no portal interativo e que são mais institucionais, com a filosofia da empresa. A TV Brasil tem um botão amarelo no qual se vê onde assistir a TV Brasil, ou seja, todas as cidades onde há canal digital e analógico.

Esse serviço já está disponibilizado nas capitais onde a EBC está transmi-tindo em sinal digital?É o nosso próximo passo. Ainda é um protótipo e não entrou no ar em caráter definitivo. As experiências estão come-çando onde temos transmissão digital, que é Rio de janeiro, São Paulo e Bra-

sília e logo estaremos expandido para Belo Horizonte e Porto Alegre, que são as cidades para onde está crescendo a transmissão digital da TV Brasil.

Há possibilidade de antes de 2016 as cidades com sinal analógico transmi-tirem em sinal digital?O ano de 2016 eu diria que é meta obriga-tória. Nós teremos que transmitir digital nes-sas capitais. Mas depende de investimentos. Quando houver disponibilidade desses inves-timentos nós faremos essas implantações.

A prioridade, por enquanto, é expandir a TV Brasil em todo território brasi-leiro, mesmo que analógica, e um se-gundo passo seria a digitalização?Na verdade não. Por exemplo, em Belo Horizonte e Porto Alegre já estamos en-trando diretamente em digital. Somente em digital. Estamos vendo que os brasilei-ros estão adquirindo aparelhos de TV com set-top boxes embutidos (conversores) e os brasileiros já estão se preparando para receber o sinal digital e por isso estamos dando prioridade para transmissões digi-tais nas grandes cidades.

Quem desenvolveu esse sistema inte-rativo?Esse protótipo foi criado pela EBC, no de-partamento de engenharia.

Quando os brasileiros terão essa inte-ratividade no ar?Muito em breve. Estamos fazendo uma sé-rie de testes antes de colocar a aplicação no ar. Temos um laboratório de testes, uma pequena estação de TV, de radiodifusão, onde nós colocamos várias tevês, vários receptores com diferentes implementações de middleware Ginga e fazemos o teste de implementação. Hoje, nem todas as ver-sões de middleware estão 100 por cento implementadas nos aparelhos vendidos nas lojas e algumas versões que entraram no mercado são antigas e nosso aplicativo tem que funcionar em todos os aparelhos de TV. Uma plataforma aberta e uniformi-zada. Então fazemos essa bateria de testes antes de colocar o aplicativo no ar porque a intenção é que o usuário de TV digital tenha boa experiência. Essa é a preocupação da EBC, do Fórum SBTVD e da SET. Todos es-tão comprometidos para que o usuário da TV digital tenha boa experiência.

Mas vejo que esse protótipo não ofe-rece muitos serviços aos cidadãos.Na verdade, o portal tem duas partes. Uma parte é da EBC. A comunicação que a EBC já realiza, estamos trazendo para esse portal. A outra parte é de serviços ao cidadão. Alguns chamam de T-Gov. Temos várias parcerias. Vamos disponibilizar os voos da Infraero, informações sobre trân-

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“Um Novo Conceito em Antenas para Radiodifusão”

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sito, Previdência Social, Caixa, Banco do Brasil. São parcerias que estabelecemos porque temos trabalhado junto a outros órgãos de governo que têm se motivado a desenvolver soluções no padrão Ginga. Então vamos trazer para o portal serviços que eles têm hoje em outras plataformas, utilizando essa tecnologia. É como se fos-se um sub-menu, onde carregamos outros aplicativos, dentro do nosso aplicativo. Por isso esse conceito de portal. Um exemplo é uma versão de laboratório, em funcio-namento, que oferece informações sobre voos da Infraero e órgão do Governo Fede-ral. Tem aplicativos para outras platafor-mas como Android, internet, Iphone e tem uma plataforma que está sendo desenvol-vida para interatividade. No que se refere à previsão de tempo, temos informações do Instituto Nacional de Meteorologia (In-met), do Ministério da Agricultura. São in-

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Primeiro portal interativo da EBC foi apresentado na SET 2011

Portal da EBC faz interface com outras mídias e serviços da EBC

Cidadão terá informações sobre tráfego, através do portal da EBC

cantes e todos estão abertos para fazer o Ginga funcionar.

Independentemente da marca e mo-delo de set-top box? A implementação do middleware, o sof-tware Ginga que é carregado nos recep-tores, cada um faz a sua implementação. Uniformizar o comportamento desta im-plementação é atender todos os requisitos da norma e isso requer bateria de testes e simulações que nem sempre é possível, pois muitos fabricantes querem lançar logo o produto no mercado. Têm versões 1.0, 1.1, 1.2 dos produtos. Qualquer pro-duto e sistema operacional têm várias ver-sões, o up-grade. Isso é normal. Nada dis-so é motivo para inviabilizar o sistema. Os aplicativos estão aqui, estão funcionando, não são mais protótipos, são reais, estão funcionando em receptores comerciais. Os produtos o estande do Fórum SBTVD já são produtos de mercado e comercializa-dos em larga escala e os aplicativos fun-cionam. O que acontece é que às vezes alguma função em nível de programação, linha de comando de programação, código de programação de alguns televisores não está funcionando ou tem um comporta-mento diferente. Por exemplo, o menu não cai na posição que a gente queria. Mas é só adaptar o código de programação que ele vai se comportar.

Qual a possibilidade de expansão dos serviços básicos do portal da TV Brasil? Haverá espaço para patrocínio cultural? Essa é uma discussão que está acontecen-do na EBC. Estamos no primeiro estágio, que é o que estamos trazendo ao congresso da SET e mostrando no estande do Fórum SBTVD. Na verdade trata-se de um estágio técnico, que explora todas as funções tec-nológicas da plataforma. Nós exploramos a parte dos veículos de comunicação da EBC, aplicativos com serviços públicos, a parte de interatividade local, interatividade plena, com canal de retorno. É um aplicativo com-pleto que explora todas as possibilidades. Agora, vamos discutir quais as novidades que podemos implementar na plataforma. O menu “aplicativos” que já consta no por-tal é justamente para ser um laboratório de ferramentas de comunicação pública, que é um dos grandes objetivos do Ginga. Então há grande espaço para expansão.

Madrilena é jornalista/TV UFPB. Mestre em TV Di-gital/Unesp-SP. Email: [email protected]

formações públicas. Todas as informações fazem interface com os serviços ofereci-dos ao cidadão pelos órgãos governamen-tais. No que se refere ao trânsito, tem uma inovação que trazemos nesse protótipo de interatividade. Em cada cidade existe um órgão público que toma conta do trânsito e mantém uma comunicação com os ve-ículos de mídia, informando os gargalos do trânsito e pontos de maior congestio-namento. Nós conversamos com a Com-panhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo e trouxemos para o portal infor-mações, em tempo real, dentro do concei-to de radiodifusão que é TV aberta gratui-ta. São informações que o cidadão recebe, gratuitamente, tendo o receptor (set-top box) com Ginga embarcado. Não precisa ter acesso à Telecom, pago, para ter essa informação. Temos mais aplicativos públi-cos. Esse aplicativo da Previdência.

É o aplicativo TV digital Social desen-volvido pela Dataprev?Eles fizeram parceria conosco porque esse órgão tem como fazer um desenvolvimento e uma simulação teórica no computador. Mas fazer uma transmissão broadcast en-volve outros requisitos e daí é necessário um laboratório como o da EBC de radiodi-fusão que simula uma transmissão e daí o aplicativo precisa ser adaptado. O aplica-tivo foi desenvolvido em parceria conosco e está adequado para ser não somente um protótipo, mas um aplicativo que fun-ciona na TV. Eles trouxeram o aplicativo e adequamos às normas da TV digital. Um aplicativo para TV não é como um aplica-tivo de computador, de internet, em que o ambiente é o computador. No aplicativo de interatividade o ambiente não é o compu-tador. Você não pode simplesmente usar as ferramentas de desenvolvimento para simular. Você tem que fazer realmente todo o circuito, colocando no carrossel de da-dos, testando a recepção com receptores que estão no mercado, porque o telespec-tador vai usar set-top box de mercado, TVs de mercado. Então nosso laboratório tem diálogo, um intercâmbio com todos os fa-bricantes. Por isso, quando temos dúvidas sobre os receptores os consultamos.

Há certa resistência entre fabricantes de set-top boxes no sentido de padro-nizar os equipamentos para atender à norma Ginga?Acredito que não há resistência. Sempre temos canal aberto com todos os fabri-

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Quando a legislação sobre a aces-sibilidade, instituída pela Portaria 310 do Ministério das Comunica-

ções, foi assinada em 2006, já havia pas-sado quase seis anos desde o início da vigência da Lei 10.098, que estabeleceu as normas e critérios básicos para a pro-moção da acessibilidade.

A portaria aprova a Norma 001/2006 so-bre os recursos de acessibilidade para a TV aberta, mas seus itens ainda causam dife-rentes interpretações e, mesmo depois da alteração dada pela Portaria 188 ainda há divergências e discussões.

Os quatro recursos tratados são a legen-da oculta, a audiodescrição, a janela de LIBRAS e a dublagem. De acordo com a norma da ABNT NBR 15290, os recursos podem ser definidos como:

• Dublagem: Tradução de programa originalmente falado em língua estran-geira, com a substituição da locução original por falas em português, sin-cronizadas (no tempo, entonação, mo-vimento dos lábios das personagens em cena etc.).

• LIBRAS: Língua de natureza visual-espacial, com estrutura gramatical pró-pria, que constitui o sistema linguístico de comunidades surdas do Brasil.

• CC (closed caption): Legenda oculta em texto que aparece opcionalmente na tela do televisor, a partir do acio-namento do dispositivo decodificador, interno ou periférico. Disponível so-mente em televisores que possuam decodificador. Concebida originalmen-te para surdos.

• Descrição em áudio de imagens e sons (audiodescrição): Narração des-critiva em voz de sons e elementos visuais-chave – movimentos, vestuário,

gestos, expressões faciais, mudanças de cena, textos e imagens que apare-çam na tela, sons ou ruídos não literais – despercebidos ou incompreensíveis sem o uso da visão.

Apesar de já amplamente divulgada e utili-zada, a dublagem entra nessa norma, espe-cialmente, para incluir a audiodescrição em seu canal. Assim, o cronograma de dubla-gem + audiodescrição (sendo a dublagem já cumprida pela totalidade das emissoras) passa a ser limitado pelo cronograma de audiodescrição. Isto é, quando necessário a audiodescrição deve ser mixada junta-mente ao som dublado do programa e não ao original.

A obrigatoriedade da janela de LIBRAS é restrita aos programas institucionais e polí-tico-partidários, sendo o encargo da produ-ção e superposição da janela do órgão go-vernamental ou partido político responsável pela peça publicitária. Aos participantes do fórum de TV digital, que ajudam no projeto de desenvolvimento e implementação da TV digital no Brasil, cabe a incumbência de pesquisar uma solução técnica para o acio-namento opcional da janela.

A legenda oculta e, agora, a audiodescrição são os recursos mais visados no momento. O primeiro pela ampliação do horário obri-gatório, que fez com que muitas geradoras locais tenham que introduzir o closed cap-tion em sua linha de produção para abarcar os programas regionais, e o segundo pelo início do seu cronograma nas geradoras di-gitais licenciadas.

Os posicionamentos aqui destacados são dados pela Associação Brasileira de Emis-soras de Rádio e Televisão – Abert – e foram baseados em três princípios: a pru-dência, o caráter social da radiodifusão e a viabilidade técnica e econômica. Utilizando-se desse posicionamento, a leitura das por-tarias e da norma pode ser resumida em alguns aspectos principais:- A transmissão do recurso da Legenda

Oculta (Closed Caption) é obrigatória a todas as estações seguindo o mesmo cronograma.

- A transmissão do recurso da audiodes-crição é restrita às estações digitais. O cronograma é diferenciado para cada emissora, a partir da data de licencia-mento da estação. Apesar de o licen-ciamento ser base para a contagem do

Por Monique Cruvinel Bandeira

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A TV ABERTA NA ERA DA ACESSIBILIDADE

Legenda Oculta Audiodescrição

Geradora Analógica 8 horas diárias*+ Não se aplica

Geradora Dwigital 8 horas diárias* 2 horas semanais**

Retransmissora Analógica 8 horas diárias*+ Não se aplica

Retransmissora Digital 8 horas diárias* Ainda não existentes

*4h de recurso entre 8h-14h e mais 4h entre 18h-2h.

- Para emissoras que necessitam substituir equipamentos de Legenda Oculta para a correta transmissão fiquem atentos ao calendário de adequação de equipamentos no item 9.1 da norma.

**2h de recurso semanal entre 6h-2h. Válido apenas para geradoras já licenciadas. Para aquelas ainda não licencia-das o primeiro prazo (2h semanais) deve ser contato a partir da data de licenciamento.

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prazo, a Abert aconselha às suas asso-ciadas que o prazo seja contado a partir da autorização de uso de radiofrequên-cia, dado pela Anatel, para evitar dife-rentes interpretações.

A estenotipia e o reconhecimento de voz são as duas técnicas mais conhecidas para a produção da legenda oculta. A pri-meira baseia-se em um sistema em que um operador escuta o programa (ao vivo ou pré-gravado) e digita em um teclado especial – chamado estenótipo – as pa-lavras ou mesmo frases com uma quanti-dade muito inferior de cliques, permitindo que a velocidade de escrita acompanhe a dinâmica da fala em programas ao vivo. Já a segunda técnica, atualmente, baseia-se em outro sistema em que o operador es-cuta o programa (ao vivo ou pré-gravado) e repete as mesmas falas para o aparelho de captura de voz. Graças ao pré-treina-mento do sistema, ele é capaz de reco-nhecer a voz do operador e transformá-la em texto.

Apesar da contínua importância da este-notipia, especialmente para os programas ao vivo, os sistemas de reconhecimento de voz tem ganhado espaço especialmente pelo aprimoramento visando a diminuição da porcentagem de erros. Outra inovação que se pretende nessa área é o estabele-cimento de sistemas de reconhecimento de voz que independam da voz do operador, isto é, que utilizariam apenas o áudio do programa para transformá-lo em texto. Es-ses sistemas ainda não se encontram em fase comercial, mas há muitas promessas para o futuro.

O grande trabalho atual do fórum de TV digital neste campo é a padronização do tráfego da legenda oculta em vídeo banda-base. O padrão conhecido como ARIB-B37 é o padrão de transmissão e já se encontra em utilização nos sistemas de transmissão digitais. Para sua utiliza-ção algumas emissoras optaram por uma solução de engenharia onde o texto da le-genda oculta é retirado do vídeo por um text grabber (depois de já ter sido inserido pelo encoder) e novamente inserido, com a ajuda de um playout, ao MUX. Para evitar essa inclusão de equipamentos e aprovei-tar as próprias características do padrão B37 – mais amplas que dos atuais pa-drões EIA-608 e EIA-708 – o padrão para tráfego em banda-base já se encontra em

fase de finalização e, assim, o processo pode ser tornar mais econômico.

Diferentemente da transcrição que aconte-ce na legenda oculta, os outros três recur-sos tratados na Norma 001/2006 do Minis-tério das Comunicações são baseados na tradução. Enquanto que para a dublagem esse caráter é percebido imediatamente, para LIBRAS e audiodescrição pode não ser tão direto.

A Linguagem Brasileira de Sinais possui gramática e organização específica que a caracterizam como língua própria e, portan-to, a passagem do português para LIBRAS requer mais do que a transcrição de cada letra ou palavra por um símbolo, necessita de uma adaptação (tradução) da fala à es-trutura específica da linguagem de sinais.

Em outro conceito de tradução, para que a comunidade brasileira de cegos possa melhorar sua percepção dos programas de televisão é necessária uma adaptação do conteúdo visual em falas. Um bom proces-so de fabricação de audiodescrição requer algumas fases. Elas podem ser resumidas entre o roteiro, a produção em estúdio, a mixagem e a consultoria.

Enquanto o roteiro carrega o estudo e a própria tradução das características visu-ais, a produção em estúdio preza pela pro-dução de um áudio específico que não visa ser narrador ou interferente na obra, mas justamente um instrumento de percepção para os cegos da mesma maneira que os olhos o são para aqueles que veem. Pas-sando a mixagem, é importante tomar nota que a audiodescrição deve ser incluída nos espaços entre as falas das pessoas/perso-nagens, isso significa que som ambiente, barulhos e, algumas vezes, partes iniciais de falas devem ter seu volume ajustado a fim de comportar o recurso. Por fim, a con-sultoria tem por objetivo a confirmação da qualidade do trabalho por um representan-te da comunidade cega. Apenas ele poderia ratificar que a inclusão do recurso permitiu a compreensão mais abrangente da obra.

São as limitações do processo de produção da audiodescrição, em especial o pouco tempo entre falas e a grande quantidade de informação visual, que não permitem a sua inclusão de forma tão abrangente nas grades de programação como a legenda oculta. Mas apesar disso, as principais ge-

radoras já se colocaram à frente do cro-nograma da portaria oferecendo mais do que as duas horas semanais de recurso em uma tentativa de oferecer uma grade um pouco mais ampla para a comunidade, que ainda sofre com a baixa quantidade de materiais adaptados em todos os setores e não somente na TV aberta.

Por outro lado, novas dúvidas surgem: com um canal adicional de áudio, como fazer para trafegar internamente, transmitir e armazenar tantos canais? As adaptações nas emissoras passarão pela necessida-de de mesas e equipamentos que supor-tem 16 canais de áudio (dois áudios 5.1 e dois áudios estéreos); e o sistema de armazenamento terá que se organizar para guardar, em mídias de oito canais, os três tipos diferentes de áudio que alguns pro-gramas agora comportam: original, dublado e dublado+audiodescrito.

Em uma linha paralela as emissoras se preocupam pelo alto custo que a inclusão da legenda oculta e da audiodescrição terá em suas linhas de produção. O setor requer mais fornecedores que possam oferecer os recursos a um preço mais acessível ao avanço gradativo do cronograma. Além dis-so, o fato da inexistência de um certificado para profissionais audiodescritores diminui a confiabilidade da produção para esse se-tor e, no padrão atual de qualidade da TV brasileira, é difícil imaginar que as redes permitam que materiais de baixa qualidade sejam transmitidos.

A acessibilidade na TV aberta brasileira busca superar níveis colocados por países como Reino Unido, Estados Unidos, Austrá-lia e Japão. A digitalização da TV possibi-litará que mais recursos sejam inseridos aos programas já conhecidos. As barreiras sociais podem começar a ser quebradas se, governo, fornecedores, entidades repre-sentativas e emissoras trabalharem juntos não apenas por um mundo ideal, mas com metas e situações reais que possam ser al-cançadas. Infelizmente, a sociedade ainda terá que esperar para que o setor amadu-reça, pois alguns entraves ainda são tecno-lógicos. No meio tempo, resta às emissoras tentar entender melhor o que a comunidade precisa e a ela resta entender a dificuldade e o tempo de adaptação que os processos de atualização tecnológica necessitam.

Monique é assessora de engenharia da ABERT.Email: [email protected]

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MAM NÃO É SÓ UM PRODUTO. É UM GERENCIADOR DE FLUXOS DE TRABALHO

Por José Carlos Aronchi

O debate da mesa Gestão de Ativos Digitais teve como enfoque o work-flow de mídias digitais em emisso-

ras de TV, produtoras e empresas ligadas ao audiovisual, envolvendo produção, exi-bição e arquivamento. O grande número de arquivos que chega pela internet passa a exigir soluções integradas. Um dos pro-blemas é a contribuição cada vez maior dos formatos web para radiodifusão e que estão sendo utilizados no conteúdo da produção e no jornalismo. Para isso, o MAM – Midia Asset Manager é uma fer-ramenta que converte e padroniza a en-trada e o gerenciamento dos arquivos e promove a integração desde o input até o playout. Darcio Pascale, da AD Digital aponta que “o master playout é umas das questões mais importantes para as TVs”.

Está evidente a tendência do cloud sys-tem, com o conteúdo em algum lugar do mundo, objetivando a adoção do tapeless e promovendo a economia de energia dentro da filosofia green is good. Porém, ao utilizar um sistema de armazenamen-to externo, o MAM também se encarrega desse gerenciamento e move o espaço alocado para arquivamento permanente a um local remoto. Isso permite que se te-nha, ao invés de servidores dedicados, um único servidor. A integração da produção de notícias e programas com o sistema de armazenamento está focado na rapidez, otimização e versatilidade promovida pelo MAM, através de um arquivo integrador HSM que também faz o auto delete.Para Tim Walker, da Miranda, a dúvida é: “o cloud é mais barato do que storage?”

Sua resposta firma a questão da segu-rança quando se tem um conteúdo estra-tégico ou sigiloso. Por exemplo, o último capítulo da novela, furos de reportagem ou mesmo imagens captadas com fins legais pela polícia federal armazenadas em um servidor externo e sobre o qual a emisso-ra não tem domínio da segurança. Walker ainda valoriza a redundância como ponto importante para ser adotado pelo sistema e uma funcionalidade que é o tratamento de áudio que pode ser dado ao conteú-do, garantindo maior qualidade. Ele ain-da chama a atenção para o backup que ainda é feito em LTO, pois esse é um tipo de armazenamento consolidado, inclusive utilizado por bancos, com vida útil prevista para 30 anos, ao passo que os DVDs tem uma duração prevista para cinco anos. A necessidade de migração do sistema de armazenamento em mídia para o MAM é uma exigência e dá como exemplo o fator tempo. A cópia de uma fita leva o tempo real, e no storage a cópia é imediata.

Por todas essas funcionalidades, para Fa-bio Tsuzuki, do Media Portal “o MAM não é produto – é um gerenciador de fluxos de trabalho”. O produto apresentado trabalha com tecnologia aberta e sua arquitetura apresenta três camadas, o que ele chama de “caos organizado”. O exemplo dessa aplicação é no fluxo de dublagem, que pode gerenciar a exibição do conteúdo em várias línguas.

Flávio Longoni, da CISBRASIL, resume as tendências de mercado e as soluções trazi-das pelo MAM com as funções básicas de:

armazenamento de mídia, armazenamento de metadados, função de busca, navega-ção no conteúdo, controle de acessos, implementação de fluxo do trabalho, entre outras. Por isso, “é um casamento, pois o MAM não é apenas um produto. É uma aposta em um fabricante ou em várias so-luções de ingest, produção e transmissão.

Novos modelos de negócios estão sendo planejados com a chegada de conteúdo oriundo de contribuições caseiras. Por isso, a empresa precisa desvendar soluções para fazer a integração entre os setores in-gest e a distribuição de arquivos leves. Isso aponta para a necessidade de formação de novos profissionais dedicados ao gerencia-mento de mídia “pois eles dão muito retor-no para as emissoras”, afirma Longoni.

Marcio Pereira conclui o debate lembran-do o que, atualmente, é inimaginável para uma emissora: correr fita por fita ou mes-mo imagens em DVD, procurando conteú-do. O produtor descer andares ou se dirigir a outro prédio para buscar uma fita, pre-encher a requisição ou ainda esperar a fita bruta na ilha de edição para ser utilizada por outro programa. Definitivamente, o MAM veio para enterrar essas tarefas. De-ve-se agilizar o processo e permitir que o acesso ao conteúdo seja multiplicado para vários usuários simultâneos, de maneira segura e sem desgaste físico para ambos, os profissionais e os equipamentos.

José Carlos é jornalista e doutor em Comunica-ção e consultor de Desenvolvimento e Inovação em Novos Negócios do Sebrae-SP.E-mail: [email protected]

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CONgRESSO SET 2011

A REALIDADE DO MERCADO DE STBS HÍBRIDOSPor Tom Jones Moreira

Antes de falar sobre o painel de set-top bo-xes híbridos, gostaria de compartilhar com vocês uma visão única desse importante

evento que foi o Congresso SET 2011 passada para mim pela atenciosa Anna Lucia, da SET.

Podemos dizer que a digitalização dos ser-viços tem contribuído para que pessoas de todo o país venham até ao congresso e feira não só para ouvir, mas também para dar sua contribuição no que tange a regionalização do sinais digitais. Podemos ver palestrantes não só mais das principais capitais (Rio de Janei-ro e São Paulo), mas também de cidades pe-quenas com depoimentos importantíssimos de soluções adotadas para a digitalização e distribuição do sinal ISDB-T. Isso é uma forma única e democrática de disseminar o conheci-mento, e todo o mérito cabe aos organizado-res do congresso, que com empenho ímpar, promoveram esse encontro entre mentes heterogêneas, tirando a idéia de que apenas o eixo Rio/São Paulo é o grande detentor do conhecimento e das novidades. Hoje, com a digitalização dos serviços se espalhando cada vez mais e mais por todos os cantos do Brasil, temos um panorama de informa-ção e de soluções mais rico e homogêneo. A beleza do Congresso da SET 2011 está em agregar todo esse conhecimento e permitir a interação de pessoas que se não fosse por esse evento jamais teriam a oportunidade de compartilhar sua vivência, suas experiências e suas soluções. Deixo aqui o meu sincero agradecimento de ter tido a oportunidade de participar de um momento tão gratificante para a história do conhecimento no Brasil.

O painel sobre “Receptores Set-top Boxes Híbridos” contou com a participação dos especialistas da indústria Ricardo Minari, da Visiontec e Leonardo Fonseca Netto, da Ka-threin. A academia esteve presente na figu-ra ilustre do professor Gunnar Bedicks, da Universidade Mackenzie, e representando as operadoras de TV a Cabo estava o executivo Claudio Borgo da NET .

O painel comandado pelo experiente Enio Jacomino, vice-diretor Internacional da SET, procurou mostrar aos presentes uma visão global do que podemos esperar da evolução dos set-top boxes e de sua convergência com todos os modelos de entrega de conteúdo (IP,Cabo, Satélite, Terrestre). Para isso cada um dos representantes deu seu ponto de vista a respeito dos prós e contras dos receptores híbridos. Para complementar essa visão trago informações de uma recente pesquisa publi-cada pela Consultoria Infonetics Research (1).

O mercado global de set-top boxes caiu 10,2 por cento no primeiro trimestre deste ano, para US$ 3,1 bilhões. Porém, segundo a consultoria Infonetics Research, acredita-se que o resultado não é motivo para alardes, pois este declínio é atribuído à tendências sazonais. A consultoria ainda informa que deve haver um novo cresci-mento daqui para frente em STBs híbridos.

Essa expectativa se deve aos operadores que se encontram em fase inicial de implementação de redes híbridas IP, para oferecerem melho-res serviços OTT (Over The Top) e on-demand, combinados à transmissão de serviços, seja por cabo ou satélite. Dessa forma acredita-se que o segmento de híbridos do mercado terá um gran-de crescimento nos próximos anos.

Outros números importantes para o setor dizem respeito à demanda por serviços OTT que permanecem fortes no primeiro trimes-tre de 2011, e neste mesmo período os STBs

híbridos representaram oito por cento da receita. A pesquisa constata ainda que a Ne-tgem é a fabricante que lidera o mercado de híbridos IP/Over The Air; enquanto a Motorola lidera em híbridos IP/QAM; e a ADB lidera em híbridos IP/DVB-S.

Como é sabido, entre todos, a Motorola e a Pace continuam a disputa pela liderança glo-bal do mercado de STBs, sendo que a Mo-torola é líder em receitas e a Pace líder em vendas unitárias. Não podemos esquecer da Cisco que é a líder em participação de mer-cado tanto em receitas quanto em volume de vendas no mercado de STBs IP.

Para finalizar faço minhas, as palavras de Ricardo da Visiontec, que inquiriu durante sua palestra:

“Paramos por aí? Para onde vamos? Esta bom desse jeito?

“Por que o STB não pode se aproveitar do perfil dos usuários para montar a programação? “

Esses são questionamentos que com certeza esses líderes do mercado devem procurar res-ponder se quiserem continuar como líderes.

Fonte: • http://www.infonetics.com/pr/2011/1Q11-

STB-Market-Highlights.asp

Tom Jones é consultor para a Tecsys do Brasil, membro do FORUM SBTVD e Membro da Diretoria de Ensino da SET . E-mail: tvdigitalbr@gmail .com

Os palestrantes deram uma visão global sobre a evolução dos STBs e de sua convergência

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CONgRESSO SET 2011

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ALERTAS EMERGENCIAIS PARA A RADIODIFUSÃO

Por Flávio Aurélio Braggion Archangelo

O Congresso da SET tratou de um tema tecnológico socialmente relevante: como a radiodifusão pode, adequa-

damente, disseminar alertas emergenciais gerados pelos governos a fim de auxiliar as populações a se prepararem e responderem imediatamente às catástrofes naturais. Para tanto uma mesa específica foi desenvolvida com a participação de especialistas.

Yasuji Sakaguchi, engenheiro da NHK e asses-sor para o sistema de televisão digital no Peru, tratou do EWBS – Emergency Warming Broad-casting System ou Sistema de Alerta Emergen-cial em Radiodifusão - desenvolvido dentro do âmbito do ISDB-T. Ele mostrou vídeos e ima-gens do sistema em operação antes, durante e, imediatamente, depois do trágico terremoto e tsunami na costa nordeste japonesa ocorri-dos no início de 2011.

As ondas sísmicas sinalizadoras de um terre-moto – chamadas “Ondas P” (primae) – an-tecedem em alguns segundos as “Ondas S” (secundae), replicadas como “Ondas L” (longae), entre outros tipos responsáveis pela maioria dos abalos em superfície. Tão logo a Agência de Meteorologia do Japão detecta as primeiras ondas de choque, um alerta é gerado automaticamente na rede de TV estatal NHK, o

EEW – Earthquake Early Warming. Este alerta é visual e sonoro, ocupa parte da tela, inclui um mapa com a localização do epicentro e áreas a serem afetadas. A programação da TV segue ao fundo sem interrupção. Caso este terremo-to seja intenso e com probabilidade de causar tsunamis, é disparado um segundo alerta de maior gravidade, interrompendo a programa-ção e ativando toda rede de TV, One-Seg e Rádio. Orientações são transmitidas seguida-mente em inglês, chinês, coreano/hangul e o português brasileiro nos canais estéreo, junto com o japonês.

Segundo Sakaguchi, o ISDB-T também ofe-rece um interessante recurso permanente de informações, o Local Datacast Service, onde o usuário acessa dados úteis e práticos sobre a situação do tráfego local, transporte público, centros médicos, distribuição de água potável, voluntariado, situação da rede elétrica, etc.

A engenheira Ana Elisa comunicou como o Fórum Sistema Brasileiro de TV Digital deseja incorporar e adaptar o EWBS para o Brasil, tra-balhando em três frentes junto com a ABNT: na sinalização de emergência no receptor (flag), nas especificações para restrição de áreas e no descritor de informação emergencial em texto como um segundo closed caption.

O engenheiro Almir Pollig, coordenador geral da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do Minicon, comentou sobre a ne-cessidade do Brasil dispor de um sistema hie-rárquico de distribuição destes alertas utilizan-do todos os meios possíveis de comunicação eletrônica baseado em protocolo único.

Um exemplo de protocolo comum é o CAP – Common Alert Protocol, desenvolvido pela Organization for Advancement of Structured Information Standarts (OASIS), aprovado na UIT-T e em implementação nos Estados Uni-dos e Canadá. Autoridades como a NOAA, FEMA, FCC e DHS são as responsáveis pelo envio de alertas CAP através do IPAWS – In-tegrated Public Alert and Warming System ou o Sistema Integrado de Alertas Públicos. Os alertas são convertidos e distribuídos auto-maticamente para múltiplas plataformas de comunicação, da radiodifusão analógica à telefonia celular, utilizando o OPEN – Open Plataform for Emergency Networks ou a Pla-taforma Aberta para Redes Emergenciais.

As estações de rádio nos Estados Unidos estão fisicamente integradas em situações emergenciais pelo EAS – Emergency Alerting System. Estações chave (Primary Entry Points - PEP) mantêm conexão via internet, satélite

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Exemplo do alerta de terremoto (EEW) inserido na tela da rede NHK no dia 11 de março de 2011. Um minuto após o alerta, tremores começaram a ser sentidos na capital Tóquio.

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01m26s após o EEW, toda programação foi interrompida. O jornalista repetidamente informa-va as áreas a serem afetadas e solicitou: “Por favor não desliguem seus rádios e televisores”.

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CONgRESSO SET 2011

e/ou Rádio terrestre com o OPEN. Ao recebe-rem um alerta CAP (EAN – Emergency Action of Notification), as programações são ime-diatamente interrompidas para transferência da mensagem convertida em áudio, imagem, vídeo ou texto.

A hierarquia é flexível e permite geração de alertas por autoridades estaduais, municipais ou locais. O EAS foi localmente acionado em várias ocasiões de clima extremo como fu-rações e tempestades, inclusive através da

NPR – KIPO orientando o deslocamento da população costeira do Havaí antes das ilhas receberem os reflexos do tsunami gerado pelo terremoto japonês de 2011. As plataformas tecnológicas são abertas para facilitar a inser-ção da indústria no desenvolvimento de inter-faces e softwares.

Por fim o engenheiro Alfredo Pisani, coorde-nador regional da Defesa Civil do Estado de São Paulo, fez uma profunda explicação sobre o funcionamento do sistema de alertas con-

tra enchentes gerados pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) na Grande São Paulo e colocou-se à disposição para ampliar parcerias com as emissoras de Rádio, TV e serviços de telecomunicações. O engenheiro Domingos Kiriakos Stavridis, gerente de P&D da Samsung, também tratou dos desafios da indústria nacional para produzir receptores aptos a decodificar adequadamente os alertas.

Flávio é Doutor em Comunicação pela UMESP.E-mail: [email protected]

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Em menos de dois minutos após o primeiro alerta, as primeiras imagens externas ao vivo de Tóquio foram exibidas com a cidade sofrendo fortes abalos.

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03m17s: surge o alerta de tsunami. Informações de áudio em diferentes idiomas e um forte sinal digital são emitidos para acionar outros sistemas de alarme.

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03m50s: aparecem as primeiras tabelas com altura estimada das ondas e horários de chegada.

Cinco diferentes imagens ao vivo de alta definição vindas de três províncias foram exibidas pela NHK menos de seis minutos após o primeiro alerta.

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Áreas de coberturas das estações de Rádio estadunidenses PEP em rede EAS.

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Fluxo de informações do sistema IPAWS segundo a FEMA (EUA).

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CONgRESSO SET 2011

TVS CONECTADAS. TV DIGITAL. INTERATIVIDADE.Por João Braz Borges

No Congresso SET 2011 tivemos o maior número de palestras e painéis de todos os tempos. A qualidade dos

mesmos irreparáveis. Além dos painéis, acon-teceu o primeiro encontro do Fórum Mundial do ISDBT representado por quatorze países. A solenidade de abertura do congresso foi bas-tante concorrida e prestigiada.

Como queremos melhorar a cada ano, tivemos a oportunidade de assistir painéis sobre OTT, TVs Conectadas, TV digital e interatividade, mediados pelos engenheiros da TV Globo, Ray-mundo Barros, diretor de tecnologia da SET e Carlos Fini, diretor de interatividade da SET.

Foram painéis bastante concorridos e repre-sentativos, com debatedores de Televisão aberta, fechada, DTH, CNPq, academia e ou-tras entidades. Ao final das duas palestras o debate acabou não acontecendo em função de tempo, porém quero compartilhar com os companheiros um fato que me intrigou bas-tante: Ninguém abordou os riscos de hackers e vírus em nosso sistema de TV digital, inte-ratividade em jogos eletrônicos ou programas

de TV. Sabemos que algo está sendo feito, pois uma das primeiras coisas praticadas por estes criminosos virtuais é o roubo de conte-údo. E o segundo, talvez o pior, seja a possi-bilidade de apagar o que as emissoras de TV e produtoras têm: o seu acervo de conteúdo.

Acredito que deve ter várias barreiras de proteção nas emissoras, com senhas, contra senhas, liberação de senha superior e siste-mas de antivírus bastante robustos. Talvez por segurança não se tenha falado do assunto, mas sem entrar em pormenores deveriam ter falado que seus sistemas têm uma boa prote-ção nestes itens. Sem exageros, pois se falou tanto na segurança do “Titanic” e o final todos sabe: virou um amor de inverno.

Vamos torcer que seja apenas uma estratégia não tratar da pertinência dos hackers e vírus, pois o avanço e criatividade de nossas produ-ções não podem naufragar em mentes destrui-doras.

João é advogado especialista em telecomunicação e é Assessor Institucional da SET. E-mail [email protected]

Palestra OTT e TVs conectadas moderada por Raymun-do Barros

Palestra TVs conectadas, TV digital e Interatividade mode-rada por Carlos Fini

21.0_x_9.5_cm.indd 1 15/09/11 09:28

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PRODuçãO DE PONTA A PONTA

Por Nadia Hatori

A produção de programas para televisão requer altos investimentos por parte de emissoras e produtoras. As produtoras precisam “emplacar” seus projetos e as emissoras exibido-ras precisam ter retorno financeiro com inserção de publicidade comercial, patrocínios

e outras modalidades de captação de recursos que são diretamente proporcionais ao sucesso que tais programas obtêm junto à audiência. A avaliação das ideias e projetos para novos programas é uma preocupação constante de todos os profissionais que dirigem uma empresa de comunicação de massa como é a televisão. Um dos instrumentos utilizados por eles é o programa piloto.

pesquisa de opinião que é a internet. Em-bora a utilização da web para este fim ain-da não esteja devidamente sistematizada, seus usuários já criaram as próprias redes de troca de informação sobre as progra-mações das emissoras de TV. Nos Estados Unidos o TVGuide.com continua a expan-dir suas características de social TV com o lançamento do Social Power Rankings, uma lista atualizada constantemente dos mais comentados programas de TV com dados obtidos via Internet e usando vários aplicativos. (Fonte: http://www.lostremote.com/2011/09/08/tvguide-com-launches-social-tv-power-rankings/)

Spin-offUm spin-off é, genericamente falando, al-guma coisa desenvolvida a partir de outra coisa já existente. Pode ser um novo pro-duto que utiliza a marca de outro produto bem conhecido ou mesmo uma transação empresarial na qual uma empresa é gera-da a partir de outra. O conceito de spin-off é muito conhecido nos meios de entreteni-mento; são produtos midiáticos criados a partir de outros que já existem e que conservam um ou mais personagens ou cenários do produto original. Desta forma histórias em quadrinhos se transformam em filmes, livros em séries de TV, séries de TV em games e por aí afora. Estimuladas pelos canais de televisão as produtoras se incumbem de gerar inúmeros spin-offs que

alimentam as programações. Neste caso, a série original acaba funcionando como piloto para a criação de outra série, ex-traindo da primeira os elementos que foram melhor avaliados e mais bem aceitos pelo público telespectador.

O reallity A Fazenda comprado pela Rede Record foi criado pela Strix Television uma produtora sueca e vendido para mais de 40 países. No Chile tornou-se La Granja na primeira temporada, La Granja VIP na segunda e Las Granjeras protagonizado só por mulheres, na terceira temporada. O seriado Law & Order é um campeão de spin-offs. Mas, isso nem sempre é ga-rantia de sucesso. Joey é um spin-off da série de enorme sucesso, Friends, da NBC porém, não obteve o resultado esperado e saiu do ar abruptamente após a segunda temporada . (Fonte: http://www.crazya-bouttv.com.html)

Os diretores artísticos das emissoras usam de várias estratégias para testar uma ideia, um formato, um personagem ou um apresentador. É comum escalarem como convidado de uma ficção um ator ou uma atriz cogitado para estrelar um pró-ximo projeto.

Piloto demo ou piloto para “pitching” Pitch é uma palavra do inglês relaciona-da ao ambiente comercial e diz respeito

O programa piloto ou simplesmente “pi-loto” é um programa de televisão que dá inicio (ou não) à produção de um número maior de programas. Não se trata do pro-grama de estreia, mas sim de um progra-ma produzido e gravado para fins de ava-liação, dependendo de aprovação para se transformar em série ou programa regular de uma grade de programação. Existem diferentes tipos de programas pi-lotos. Vejamos alguns.

Piloto teste de audiência Um piloto pode ser utilizado por uma emissora de televisão com a finalidade de sondar a reação da audiência. Neste caso um determinado programa é levado ao ar e os índices de audiência obtidos são utilizados para medir o interesse do público por aquele produto. Se os índices forem favoráveis, a emissora passa en-tão a investir na produção de um número maior de programas e planejar a sua es-treia como programa regular da grade de programação. Além da medição feita pelos institutos de pesquisa de audiência, o programa pode ser avaliado por um focus group (grupo de discussão). Este tipo de pesquisa oferece dados mais detalhados sobre a percep-ção do público e pode orientar mudanças, aperfeiçoamentos ou até mesmo o aban-dono do projeto. Os produtores atualmen-te dispõem de outro recurso potencial de

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PROGRAMA PILOTO

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PRODuçãO DE PONTA A PONTA

aos argumentos utilizados para valorizar um produto no ato da venda e persuadir alguém a comprá-lo.

No caso da televisão, consiste de uma apresentação a um grupo de diretores de uma emissora de um ou mais projetos de programas de TV pelos seus criadores, ro-teiristas ou diretores artísticos.

Não é da tradição das emissoras de radio-difusão brasileiras a compra de programas realizados por terceiros. Esta realidade, entretanto, vem mudando paulatinamente, primeiro com a concessão de exploração de canais a cabo e por satélite na década de 1990 e, mais recentemente, com a digi-talização de sinais de televisão que permi-tiu a ampliação expressiva do número de canais, acirrando ainda mais a disputa pela audiência. Neste novo cenário do mercado de telecomunicações no Brasil (e em várias partes do mundo) o barateamento dos cus-tos, a criação de novidades, e o estímulo à produção independente têm movimentado o mercado de produção audiovisual.

Veja o anúncio publicado recentemente pela TV Brasil em seu site:

Quando os projetos são aprovados num pitching as produtoras investem, então, na realização de um programa piloto que passará ainda por outras avaliações para finalmente obter o apoio financeiro total ou parcial, em sistema de co-produção, para realização de um determinado nú-mero de programas (geralmente treze) que serão exibidos numa primeira tem-porada. Dado os custos elevados de pro-dução, o programa piloto demonstração ou “demo” tem entre 15 e 20 minutos de duração. Na etapa do programa piloto, a proposta inicial pode ser aperfeiçoada ou modificada de acordo com as orienta-ções da direção da emissora que aceitou o projeto.

Nos Estados Unidos, onde o mercado de produção para televisão é muito forte, a temporada de “pitching” acontece principalmente no outono (setembro/outubro) logo após as estreias que ocor-rem nesta época. Este é um período de muita movimentação no mercado de

TV Brasil lança pitching para a série Nova África

A TV Brasil lançou nesta segunda-feira, 22 de agosto, o Edital do Concurso/Pitching para a produção da segunda temporada da série de programas jornalísticos intitulada “Nova África”. [...] A série será composta por 26 episódios de 26 minutos de duração cada um. As inscrições podem ser feitas a partir desta terça-feira, 23 de agosto, até o dia 6 de outubro de 2011. Os programas deverão retratar a realidade.

(Fonte: http://tvbrasil.org.br/pitching/)

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PRODuçãO DE PONTA A PONTA

entretenimento daquele país e as dispu-tas por bons projetos, bons roteiristas, bons diretores e por elencos qualifica-dos movimentam milhões de dólares. Estima-se que para 300 pitches reali-zados, cerca de 50 roteiros são autori-zados e apenas de seis a dez pilotos são efetivamente produzidos. (Fonte: h t t p : / /www.museum. t v /eo t vsec t i on .php?entrycode=pilotprogram)

Piloto não intencionalAcontece, com certa frequência, de um programa exibido como “ especial”, ser muito bem aceito pelo público, funcionar como um programa piloto não intencional e transformar-se em série ou programa da grade de programação de uma emissora. A série humorística Batendo Ponto, estre-lada por Ingrid Guimarães, se originou de um especial exibido pela rede Globo no fim de 2010. Enquadrado no formato de série, o programa estreou no dia 3 de abril e durou pouco mais de um mês no ar de-vido à baixa audiência que obteve. (Fonte: http://www.odiario.com/blogs/tvtudo/tag/batendo-ponto/)

Às vezes apenas parte de um programa é reaproveitada para gerar um novo progra-ma, outras vezes é um personagem ou um participante que cai no gosto do público que pode tornar-se o astro principal de uma nova série ou de um novo programa.

O caso do humorista Tom Cavalcante pode nos dar bom exemplo desta situação. O sucesso de seus personagens João Ca-nabrava, no humorístico Escolinha do Pro-fessor Raimundo e Ribamar, o porteiro da série Sai de Baixo, ambos da Rede Globo, o guindaram a protagonista de um progra-ma solo chamado Megatom.

Mais recentemente a atriz Andrea Beltrão passou a protagonizar Sueli no seriado Tapas & Beijos, criado por Claudio Paiva para a Rede Globo, a partir de sua per-sonagem Marilda em A Grande Família – série que já teve o mesmo Claudio Paiva como roteirista. “Brinco que a Marilda era o balão de ensaio de Tapas e Beijos”, disse o roteirista à jornalista Heloisa Tolipan que o entrevistou para o Jornal do Brasil.

Programa piloto/ avaliação finalA idéia de um novo programa foi aprova-

da pelos executivos da emissora de TV. O diretor já foi escalado. A mais recente versão do roteiro está pronta. O elenco foi selecionado. A produção está trabalhando sobre o roteiro. O projeto cenográfico está em execução. O pessoal de marketing está no mercado à procura de apoios, patrocí-nios, anúncios, permutas. A data de estréia foi decidida. Agora é hora de concretizar aquilo tudo que se pensou, criou e plane-jou. É hora de gravar o programa piloto. Mas, será que isto é mesmo necessário? Será que não é perda de tempo? Afinal, já se falou tanto sobre o assunto, muitas reuniões foram feitas, pequenas e grandes discussões aconteceram... Será!?...

A resposta é sim. É necessário e é pru-dente gravar um piloto porque a partir da avaliação artística, de conteúdo e da análise cuidadosa dos procedimentos de cada uma das equipes – produção, opera-cional e técnica -, durante a execução do piloto, podemos obter o melhor resultado para uma série de programas, pelo menor custo possível.

O que os responsáveis pelas áreas envol-vidas devem observar durante a execução de um piloto? Comecemos pelo diretor do programa que é a figura que deve liderar o processo de gravação e posteriormente de finalização (edição, sonorização) do piloto sendo ele o responsável pela parte artísti-ca do trabalho.

O espaço onde a gravação se desenvolve deve ser uma das primeiras e grandes preocupações de um diretor de progra-ma e merece uma análise muito cuida-dosa porque, além da beleza e da função dramática, este espaço tem de estar voltado para a funcionalidade. O tamanho do cenário deve ser proporcional ao ta-manho do estúdio para permitir a correta movimentação de talentos e câmeras, a colocação de trilhos, grua, microfones, iluminação de solo, monitores, produ-tores, pessoal operacional e de apoio. Se estas coisas estiverem atrapalhando umas às outras é sinal de que alguma coisa está errada e precisa ser corrigida. Nas gravações externas, realizadas em locações, o espaço cênico é mais crítico. Neste caso o diretor deve visitar o local com antecedência, acompanhado de uma equipe composta de um coordenador de externa, de um cenógrafo e de um pro-dutor experiente. Maquiagem e figurinos

fazem parte do espaço cênico, portanto devem ser observados também.

O próximo ponto focal da atenção do diretor deve estar posto no desempe-nho de atores, animadores de auditório, dançarinos, narradores, manipuladores de bonecos, dublês, enfim, de todos os tipos de “ talentos” que podem fazer parte de uma produção. Muita gente pensa que esta preocupação só ocorre nos programas dos gêneros show ou fic-ção, mas isto não é correto. Os progra-mas tipo jornalísticos e os educacionais devem receber igual atenção por parte de seus diretores e o desempenho de âncoras, repórteres e apresentadores, frente às câmeras, deve ser criteriosa-mente avaliado, principalmente, porque a naturalidade, a postura, a segurança demonstradas contribuem para dar cre-dibilidade aos programas.

Sem luz não há imagem, portanto ava-liar a iluminação é fundamental. Uma luz bem feita pode contribuir muito para o bom resultado de um programa, ou pode derrubá-lo; portanto, foco na iluminação. O iluminador responsável deve preparar um mapa de luz para que numa próxima gravação ela seja repetida sem erros mes-mo que o profissional escalado seja outro.

A mesma importância deve ser dada à captação do som. Embora possamos reali-zar verdadeiras obras de arte com apenas poucos sons ou até mesmo sem eles, isto não é o usual em televisão e fica restrito às obras de ficção. Então, ficar “de orelha em pé”, é obrigatório.

Para resumir, tudo que entra na safe area do monitor que o profissional está utili-zando para se orientar durante as grava-ções É IMPORTANTE. Seja o monitor do estúdio, seja o monitor do switcher, seja o da externa.

A safe area é uma área delimitada no viewfinder das câmeras de forma a garan-tir que tudo aquilo que está alí enquadrado será visto pelo telespectador. Essa garan-tia se baseia na convenção que cerca de dez por cento da imagem mostrada no viewfinder não será vista nos receptores domésticos.

Na figura 01, a imagem delineada pelo retângulo branco será vista na maioria

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PRODuçãO DE PONTA A PONTA

dos monitores. O retângulo amarelo ga-rante que a imagem nele inserida será vista por todos os monitores, e dentro dessa área deverão estar todos os textos relativos à imagem.

Nas produções de ficção é comum que a equipe conte com um diretor de fotogra-fia, que é o profissional responsável pela qualidade artística da imagem, aquele que trabalha afinado com o diretor do programa no planejamento das tomadas, dos planos e ângulos de câmera e do resultado da iluminação e da paleta de cores de cenários e figurinos no vídeo. Como são muitos os aspectos que devem ser observados durante a gravação de um piloto, não dá para confiar apenas na memória, portanto é aconselhável que o diretor tenha ao seu lado um assistente que anote todas as modificações e cor-reções que devem ser feitas, inclusive, possíveis ajustes do roteiro.

O diretor de TV ou diretor de imagem faz a seleção das imagens captadas em estúdio, externa ou locação. Cabe a ele orientar os operadores de câmera nas diversas tomadas que são feitas e inse-rir no programa, via switcher, todas as imagens complementares geradas por outras fontes. Como é ele quem organiza todos os elementos visuais, pode per-ceber muito claramente onde ocorrem os “furos” numa gravação e apontá-los aos responsáveis pelas áreas envolvidas. O diretor ou coordenador de produção

trabalha nas três etapas de realização de um programa – na pré-produção, na produção e na pós-produção. Durante o período de pré-produção ele e sua equipe devem se empenhar no planejamento da execução do projeto, criando cronogra-mas realistas e executáveis, orçamento detalhado, mecanismos de controle de gastos, entrosamento entre as equipes artísticas, operacional e técnica entre ou-tras atividades. No período de captação do programa piloto a equipe de produção atuará para que todos os recursos pre-vistos no orçamento estejam disponíveis para utilização, solucionando problemas de última hora dando, desta maneira, boas condições de trabalho a todos os envolvidos no projeto. Desnecessário será dizer que o coordenador de produ-ção deve registrar minuciosamente todas as ocorrências e posteriormente tomar as providências para corrigir as possíveis falhas. Como em muitas outras ativida-des tempo é dinheiro e em televisão esta é uma verdade incontestável.

A colaboração da equipe técnica e ope-racional num programa piloto é fun-damental desde o início, ainda no pe-ríodo de pré-produção. A participação nas reuniões de produção, onde são fornecidas explicações detalhadas do roteiro, habilita os responsáveis pelas áreas técnicas a terem os equipamen-tos requisitados preparados, revisados e à disposição daquele projeto. Alguns cuidados, no entanto, são cruciais. Nas

gravações em estúdio, especial atenção deve ser dada para a quantidade de câ-meras necessárias, microfones, VTs ou servidores para gravação e reprodução de matérias. O material de iluminação deve ser muito bem dimensionado, prin-cipalmente quando há mudanças rá-pidas de cenários evitando-se perdas de tempo que prejudiquem o fluxo da gravação. É importante ressaltar que, de todos os recursos de produção, a captação em estúdio é o mais dispen-dioso e por isso o mais controlado pela direção da emissora. Regra básica para todos os envolvidos no programa piloto: não deixem para “inventar“ no estúdio. Lembrem-se de que o piloto deve ser um referencia real do que será gasto no programa. Em gravações externas atenção para o número necessário de baterias e recarregadores, quantidade suficiente de monitores ajustados no mesmo padrão, cartões de memória para armazenamento, microfones, parque de luz. Na escolha de locações é muito im-portante a avaliação técnica dos pontos de fornecimento de energia elétrica que serão utilizados.

Hoje em dia, muitos programas ao vivo utilizam recursos de interatividade para se comunicar e interagir com o públi-co. Além do tradicional telefone, temos a internet , incluindo as redes sociais, e os serviços de mensagens da telefo-nia móvel. Ainda em implantação, a web TV e a interatividade da TV digital. Es-tes são recursos técnicos que precisam ser muito bem avaliados e testados pela equipe de engenharia e TI da emissora. Um excesso de fluxo, seja no sistema de telefonia ou rede de dados da emissora, pode levar a panes nos sistemas com danos imprevisíveis.

Como podemos notar, o trabalho para realização de programas pilotos para te-levisão é exigente, necessário e sem o qual podemos colocar em risco todo um projeto de renovação e de identidade de uma programação. Ao entregar o produto finalizado para avaliação dos dirigentes da emissora a equipe deve ter a certe-za de que fez o melhor trabalho possível com os recursos que foram oferecidos.

Nádia é professora/orientadora de Projeto Experi-mental na FAITER/FOC-FACULDADES OSWALDO CRUZ. Email: [email protected]

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Figura 01 – Imagem mostrada por um viewfinder de câmera

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SEMINÁRIO RÁDIO DIgITAL

A escolha de um padrão digital para o Rá-dio brasileiro começou a ser discutido na década de 1990. Em 1996 foram esta-

belecidos alguns critérios para a escolha de um sistema. Em 2008 houve o início de testes com a tecnologia. Porém, neste período as dis-cussões andaram a passos lentos. Agora, de-pois do sucesso da implantação da TV digital, o tema voltou a ser discutido com mais afinco. De acordo com diretor de Rádio da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) e de Tecnologia da Associação Brasileira de Rá-dio e Televisão (Abert), Ronald Siqueira Barbo-sa, é muito importante que a digitalização do Rádio no Brasil esteja na pauta de prioridades.

No Congresso SET 2011, foi tema de dois pai-néis. Uma semana depois, a Secretaria de Ser-viços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações promoveu o Seminário de Rádio Digital com o objetivo de debater os pa-drões de sistemas existentes - com destaque para as implicações práticas para radiodifusores -; propriedade intelectual, royalties e exploração de marcas e patentes e impactos na gestão do espectro de radiofrequência. Também foi feito um balanço dos trabalhos já realizados.

O secretário executivo do Ministério das Co-municações, Cezar Alvarez, afirmou: “Quando avaliarmos as opções, deveremos considerar os aspectos econômicos do padrão, porque não podemos ter um equipamento que seja muito caro e se torne inacessível para a popu-lação. Nos Estados Unidos, por exemplo, um

Por Gilmara Gelinski

O FUTURO DO RÁDIO DIGITAL NO BRASIL

aparelho receptor custa, em média, US$ 49. Valor relativamente alto”, considerou.

Representando a academia, o professor Gunnar Bedicks, da Universidade Presbiteriana Macken-zie, defendeu a possibilidade de o Brasil desen-volver um sistema próprio de Rádio digital, com adaptações. Assim como foi feito com o sistema nipo-brasileiro de TV digital, o ISDB-T

B, que hoje

ganha adesão de vários países. O professor lem-brou que a adoção do padrão de Rádio digital deve levar em consideração as particularidades da radiodifusão brasileira, com destaque para as rádios AM, de Ondas Tropicais e de Ondas Curtas. “Não é a adoção de uma tecnologia que vai transformar uma AM. É preciso outros inves-timentos, como equipamentos.”

Sistemas em testesPara definir o sistema de transmissão digi-tal a ser adotado no país, o Minicom realiza testes das diferentes tecnologias, entre elas, com a norte americana In Band on Chanel (IBOC) – também conhecida como HD Radio - e a europeia Digital Radio Mondiale (DRM). O trabalho consiste em avaliar critérios rela-cionados à área de cobertura, condições de propagação específica das regiões brasilei-ras, robustez do sinal, qualidade do áudio e adequação do sistema à portaria que criou o sistema brasileiro de Rádio digital.

Os testes da tecnologia DRM devem terminar até março do próximo ano. E os com a tecnologia HD Radio ainda estão por iniciar. De acordo com Ce-

zar Alvarez, todas as avaliações serão divulgadas, somente, depois de concluídos os testes. “O ob-jetivo é aplicar maior isenção à testagem e evitar conflitos de interesses entre os proprietários dos padrões a serem testados”, explicou.

Segundo Almir Pollig, coordenador geral da Se-cretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério, o órgão fez parceria com o Ins-tituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para realizar os próximos testes. “A intenção é formular e aplicar o melhor critério científico possível. Além disso, as avaliações não serão feitas de forma a definir a superioridade de uma tecnologia em relação à outra. O objetivo é verificar como elas funcionam em diferentes cenários. Também levaremos em conta a função social e econômica dos sistemas e não descartamos, inclusive, o desenvolvimen-to de uma tecnologia nacional e autônoma”, declarou o representante do Ministério, durante sua apresentação no painel do SET 2011.

Como uma das preocupações do MiniCom em relação à realização dos testes é a questão geográfica no Brasil, os equipamentos passa-rão por avaliações em cidades com diferentes características de relevo, como Rio de Janei-ro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. "O rá-dio digital no Brasil respeitará os parâmetros da União Internacional de Telecomunicações (UIT)”, completou Alvarez.

Segundo o secretário de Comunicação Ele-trônica do MiniCom, Genildo Lins, o próximo

Para escolha do novo sistema deverão ser considerados aspectos econômicos do padrão

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SEMINÁRIO RÁDIO DIgITAL

passo dos trabalhos será juntar todos os da-dos e informações, fazer um relatório e pesar os prós e contras de cada solução e só então ver qual a melhor solução para o Brasil.

DRM ou HD Radio?As principais características técnicas dos sistemas de Rádio digital norte americano e europeu foram apresentadas pelos represen-tantes das empresas DRM e Ibiquity.

O representante da Fraunhofer IIS – Consórcio DRM -, Alexander Zinn, destacou a compatibi-lidade do modelo com o sistema brasileiro e reforçou a flexibilidade do produto, que é ca-paz de transmitir o sinal analógico e o digital de maneira simultânea, nas faixas AM e FM.

O diretor de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Ibiquity, John Schneider, destacou a vantagem do modelo americano de transmitir sinais híbridos, que transportam as informações tanto de maneira digital quan-to analógica, utilizando a mesma frequência. Schneider revelou que mais de 80 por cento do território dos Estados Unidos já está coberto com o sinal de rádio digital e que o México de-cidiu pela adoção do sistema em junho.

Conclusões finaisEm todas as apresentações a importância do Rádio foi destacada. Ele está presente nas pe-quenas cidades e nas regiões mais afastadas do país. A Amazônia foi o exemplo dado por Alvarez. “Nesta região grande parte da população usa o rádio para ter acesso a informações. O rádio é o meio de comunicação por excelência, porque supera as fronteiras geográficas e sociais”, disse.

O representante da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço), José Soter, defendeu a adoção de um sistema brasileiro, mas demonstrou preocupação com as inter-ferências nas transmissões com dois padrões de rádio digital.

Para a diretora do Departamento de Acompa-nhamento e Avaliação de Serviços de Comu-nicação Eletrônica do MiniCom, Patrícia Ávila, além de conhecer as características, funciona-lidades, compatibilidades e vantagens da tec-nologia norte americana e da europeia DRM, o painel permitiu discutir o que é importante para o radiodifusor e para o ouvinte. "O Seminário serviu para nos dar uma ideia do que fazer da-qui para frente como política pública de Rádio digital para o país", ressaltou.

O assessor especial da Casa da Civil, An-dre Barbosa, ressaltou que o mercado esta migrando para plataformas "novas", e o Rádio precisa entrar no mundo digital, com mais qualidade e boa cobertura. "Se não agregarmos valor ao conteúdo de áudio, através do display dos receptores, geração de podcasts, perderemos competitividade e ficaremos defasados".

Alvarez destacou a importância do rádio para pequenas cidades e também para regiões mais afastadas. Ele citou o exemplo da Ama-zônia, onde grande parte da população obtém informações sobre o que está ocorrendo no país e no mundo por meio das emissoras de rádio. “O rádio é o meio de comunicação por excelência, porque supera as fronteiras geo-gráficas e sociais”, disse.

O Seminário de Rádio aconteceu no dia 1º de setembro, em Brasília, e contou com a presença de empresários da radiodifusão, acadêmicos, representantes do governo fe-deral e de empresas de tecnologias.

Gilmara é editora da Revista da SET. E-mail: [email protected]

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RÁDIO-INTERFERÊNCIA

Por Ronald Barbosa

RUÍDO E INTERFERêNCIA: FLAGELOS PARA O RÁDIO

Todos nós sabemos os graves problemas que o ruído e a interferência causam em serviços regularmente autorizados. Essas

causas são as mais diversificadas possíveis, de estações clandestinas a estações que operam fora de suas características técnicas, passando por trólebus a produtos disponíveis nas resi-dências e nas empresas. Conhecidos como ‘gadgets’ temos uma infinidade de fontes de ruídos e interferências.

No mundo inteiro têm produtos que não são certificados, pois ou fazem parte do grupo de radiação restrita ou operam em faixas de ra-diofrequências sem serviços definidos e sem licenciamentos.

Por exemplo, na Europa existe uma tendência para a desregulamentação no licenciamento por serviço e na atribuição de faixas de fre-quências definidas para novos serviços. Isso favorecerá algumas tendências tecnológicas a operarem de forma oportunística em determi-nadas faixas, como é o caso do rádio cogniti-vo. E isso, caso não se tenha um cuidado com serviços de grande relevância social mas com baixa condição de defesa na recepção, como é o caso da radiodifusão sonora, haverá, segura-mente, um alto risco de interferência por esses novos serviços.

Estudos estão sendo conduzidos pela UIT e em outras partes do mundo por institutos de pesquisas e universidades, mas até agora não concluíram seus trabalhos sobre os efeitos de novas transmissões em espaços existentes nas faixas de frequências regularmente atribu-ídas e licenciadas que carecem de tempo para comprovação da não interferência.

É muito importante para o radiodifusor ou o profissional da radiodifusão ter sempre in-formações atualizadas da qualidade do sinal em sua área de cobertura. Particularmente, sempre que ocorrer um sinal de interferência é oportuno que se saiba quando e onde ela co-meçou e como está ocorrendo. Pois, um sinal conhecido - como é o caso da interferência -

tem um poder ofensivo maior sobre os recep-tores usados na radiodifusão, principalmente, o rádio que recebe essa interferência em seu sinal e que trabalha no limiar de recepção entre o sinal protegido e um sinal interferente conhe-cido numa determinada distância, mas em fai-xa de grande facilidade como é o que ocorre na Onda Média, na Onda Tropical e na Onda Curta.

Outro fator importante é o tipo do sistema que afeta os diferentes receptores de rádio, pois existe um número muito grande de tipos de re-ceptores, e é importante que essa interferência afete a maioria dos receptores para caracteri-zar uma interferência no serviço.

É muito comum encontrar produtos fabricados pela indústria, que geram ruído radioelétri-co. Esse ruído não pode ser confundido com interferência, mas causa um transtorno na recepção dos sinais do rádio, impedindo a re-cepção dos sinais das emissoras. O cuidado na identificação do tipo do sistema facilitará futu-ramente conhecer melhor os graves problemas de interferência que afetam nossas emissoras através dos receptores espalhados em sua área de cobertura.

A multiplicação de receptores móveis nos grandes centros com serviços de acesso à internet móvel quer seja por smartphones, ta-blets e outros, forçarão naturalmente a existên-

cia de estações rádio-base que dependendo da faixa que operarem causarão interferência em receptores fixos e móveis da radiodifusão.

Alguns países já destinaram uma faixa para a banda larga móvel. A Inglaterra, por exemplo, o fez através da Ofcom, seu órgão regulador, que estabeleceu a porcentagem de receptores da radiodifusão afetados nessa transição com a interferência do serviço banda larga móvel, além dos dos requisitos para salvaguardar es-ses receptores.

Receptores da Radiodifusão que poderão ser interferidos

Receptores interferidos que não terão solução por filtragem

3% 0,1%

No Brasil, até 2016, com dois grandes even-tos esportivos, espera-se uma explosão de receptores digitais, considerando que em cida-des como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte, estima-se que número de receptores de televisão fixos e mó-veis chegue a 37 milhões nessa data. Assim, teríamos, seguindo as porcentagens da tabela acima, um número aproximado de 1,1 milhão aparelhos afetados por interferência e cerca de 37 mil aparelhos não poderiam ter seus casos resolvidos por alguma filtragem no receptor. Ver quadro a seguir com dados considerados apenas como estimativas.

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O número de TV Digital por meios não convencionais tende a aumentar e deve ser acrescido a quantidade convencional

Dados em milhões

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RÁDIO-INTERFERÊNCIA

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Com o Rádio, essa vulnerabilidade é mais que aparente, mesmo com uma possível inclusão dos canais cinco e seis para a radiodifusão so-nora, mesmo em FM a quantidade de ‘gadgets’ operando em VHF, pode-se dizer que o PLC (Power Line Communications - comunicações através de linha de força) é o carro chefe do nível exagerado de ruído e interferência, pois produzirá um efeito sobre a área de cobertura da emissora que equivalerá em porcentagem algo acima de 35 por cento.

Segundo o professor e pesquisador,Flávio Ar-changelo, em março de 2011 a British Broad-casting Company (BBC) desenvolveu estudo sobre interferências PLC, particularmente em VHF, em redes caseiras, internas e externas. Utilizaram receptores analógicos convencio-nais e receptores digitais no padrão Digital Audio Broadcasting (DAB), com antenas inter-nas telescópicas e antenas externas.

O resultado divulgado é o que, realmente, assusta, pois redes PLC prejudicam a ra-diodifusão e, particularmente, a radiodifu-são sonora quer seja analógica ou digital em sua área de cobertura, mesmo tendo algoritmos, códigos contra erros de decodi-ficação, redundância e diferentes formata-ções para se tornar mais robusta contra as variações de propagação.

Outra importante observação vem do Secre-tário-Geral da UIT que no dia 02 de junho de 2011 declarou: “Há produtos PLC no mer-cado que não estão em conformidade com as normas de compatibilidade eletromagné-ticas e isso é muito preocupante”.

Alguns países preocupados com critérios de in-terferência reservam parte do espectro, como é o caso da Inglaterra, para atender a demanda por novos serviços e também o grande tráfego de dados e de informação.

A discussão gira em torno de como pros-seguir na avaliação de ruído e interferência gerados por esses novos serviços, em outros que utilizam a mesma faixa em outros países, e que ainda vão demorar no processo de mi-gração tecnológica.

O PLC é um grave problema que precisa ser entendido e ter solução para a sua convivência com o serviço da radiodifusão. Outro flagelo que ameaça a recepção da radiodifusão é o Rádio Cognitivo que muitos até falam que se iniciará pelo interior dos países, ou será viável apenas no interior dos países, onde não faltam

frequências e o seu uso poderia ser dado de forma menos oportunística.

A Conferência Mundial de Radiocomunicações, que ocorrerá em Genebra, em janeiro de 2012, decidirá uma importante regra para a discus-são do Rádio Cognitivo mundialmente. Se for aprovada uma resolução na conferência ela terá que estabelecer todos os requisitos de convivência do novo serviço, inclusive respei-tando as regras do Regulamento de Radioco-municação (RR).

Mas, se por acaso a conferência decidir que a UIT estude o caso através de seus grupos de estudo, então, as administrações terão oportu-nidade de amadurecerem seus planejamentos vis-à-vis o desenvolvimento das pesquisas, que já começaram e, em alguns casos, não terminarão antes de 2015.

No Brasil a discussão está tomando corpo e o órgão regulador, a Anatel, tem conduzido esse trabalho sempre chamando a atenção para a necessidade de regulamentação para o serviço, a necessidade de avaliação do uso eficiente do espectro e a busca constante dos resultados das experimentações que têm sido desenvolvidas em todo o mundo, para que se faça uma avaliação de paradigmas. Existem al-guns serviços que a própria UIT tomou a inicia-tiva de criar condições de proteção inicial e a Conferência Mundial partirá obedecendo esse pressuposto da UIT.

É sempre bom lembrar que serviços que têm relevância constitucional, como é o caso da radiodifusão, precisam ser mais bem conside-rados para que não haja mudanças de para-digmas pelas simples questões de quantida-des de bits a serem transmitidos e o espectro necessário, de modo que essas não sejam as variáveis mais importantes da equação.

O fato é que ruído e interferência vão continuar existindo, mas é necessário que, digamos as-sim, ao se criar um novo serviço haja necessi-dade de convivência com outros serviços, que sempre estudos e testes de compatibilidades sejam exaustivamente elaborados para a cer-teza do correto processo regulatório.

Com o advento da digitalização do rádio é necessário que todos os setores envolvidos busquem aprimorar suas bases para que o rádio seja beneficiado em sua transmissão. Tornando-se imune ao ruído e a interferência, e que se busque reconhecer receptores com nível bom de qualidade e robustez.

Os produtos que geram radiofreqüências - que nunca passaram pelo crivo da Agência Reguladora chegando às residências e ge-rando ruídos e interferências prejudiciais ao serviço da radiodifusão - tenham a partir de agora um mecanismo de avaliação do grau de ofensa aos diferentes serviços que usam o espectro e foram aprovados em suas res-pectivas faixas de frequências.

Ao mesmo tempo, os dados levantados, testa-dos e constatados de radio-interferência, que o Grupo Permanente de Radio-interferência – GPRI -, da Anatel, em seu trabalho constante e incansável, sejam objetos de divulgação e informação para fabricantes, usuários e a po-pulação em geral.

Muitos problemas de ruído e interferência poderiam ser resolvidos simplesmente se al-gumas regras básicas fossem adotadas, in-clusive pela população que adquire um bem. Essas regras básicas são ditadas no mundo inteiro, como a verificação da qualidade do sinal que está recebendo; a segurança da instalação do equipamento de recepção; se os produtos utilizados estão gerando radio-frequências desconhecidas.

Aliados a isso, um programa do órgão regu-lador para facilitar a identificação e classifi-car os produtos que são disponibilizados no mercado e seu poder em gerar ruído será bem vindo, tornando necessário um selo de qualidade ou outra identificação qualquer para o produto criado pelo órgão regulador.

É uma preparação ao terreno para uma nova era que chega ao setor da radiodifu-são e como diz o sábio Comandante Djalma Silveira Ferreira, “interferência é problema da recepção e não da transmissão. Cuide-mos, pois dos nossos receptores.”

Não importa se hoje temos streaming de vídeo ou áudio, serviços de informação de trânsito, etc., o importante é que to-dos esses serviços precisam de confia-bilidade em suas operações e caso não tenhamos sucesso no controle do ruído e da interferência, mais espectro será necessário para uma redundância cada vez maior dos bits de proteção, em detri-mento dos bits de informação nessa era digital que mal começou.

Ronald é diretor de rádio da SET e diretor de tec-nologia da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Email: [email protected]

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TV EDuCATIVA

O AVANÇO DAS TVS EDUCATIVAS EM MINAS GERAISPor Gilmara Gelinski

“As TVs educativas de Minas Gerais têm um papel determinante na con-solidação dos valores mineiros de forma homogenia em todos os can-

tos de Minas”, assim definiu o trabalho das TVs educativas, o vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, durante o I Seminário de TVs Educativas do Estado de Minas Gerais. Promovi-do pela Rede Minas de Televisão com o apoio da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt), o evento foi destinado à discussão sobre a parti-cipação e o intercâmbio das instituições de todas as regiões inseridas na programação da Rede Mi-nas e a capacitação de profissionais de TV.

Para o presidente da Amirt, Agostinho de Rezen-de Campos, o encontro cumpre com o papel de integração da associação. “É com grande satis-fação e orgulho que a Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt), participa e apoia este I Seminário realizado pela Rede Minas de Televi-são. Não nos custa lembrar que quando criamos nossa diretoria de TVs, imaginamos realizar em Minas Gerais um modelo de gestão entre nos-sas TVs diferenciando, criando o conceito da integração entre as diferentes regiões de nosso Estado, com troca permanente de conteúdos, além da divulgação ampla das notícias mineiras de forma integrada e compartilhada em todas as regiões de nosso Estado, cumprindo o papel de uma rede educativa e integradora”.

“O 1º Seminário abriu caminho para novas par-cerias entre a Rede Minas e as afiliadas, forta-lecendo o jornalismo mineiro e a variedade da grade de programação, tanto pela capacitação de pessoal no interior, quanto pelo bom resultado do intercâmbio de reportagens e produções en-

tre as emissoras”, afirmou Hugo Teixeira, diretor executivo da Associação de Desenvolvimento da Radiodifusão de Minas Gerais (ADTV).

De acordo com Rosália Dayrell, coordenadora de comunicação integrada da Rede Minas, “em outras gestões também aconteceram esses eventos, mas não eram pontuais. A idéia é fazer outros seminários e inseri-los no calendário da Rede Minas. Com uma programação pré definida poderemos discutir previamente a pauta para a próxima edição, visando sempre as necessida-des, principalmente, no tocante a TV digital, que no interior ainda não aconteceu”.

A programaçãoDurante dois dias, foram apresentadas sete palestras com temas voltados para TVs edu-cativas ministradas por representantes de en-tidades do setor, do governo federal e diretores da Rede Minas.

O diretor de Outorga do Ministério das Comu-nicações, Dermeval da Silva Júnior, em sua palestra “Legislação e Processo de Digitalização da TV Educativa” falou sobre o arcabouço nor-mativo que delineia a radiodifusão educativa até a portaria 256/2011 que estabelece o processo administrativo seletivo para a análise de outor-gas de concessão, permissão e autorização do serviço. Sobre TV digital ressaltou os prazos limi-tes para manifestação das emissoras Geradoras – 31 de dezembro de 2011 - e retransmissoras – 31 de dezembro de 2012 - para apresenta-ção de projeto, instalação e licenciamento. Ele também alertou para o não cumprimento dos prazos que demonstra desinteresse da emissora na continuidade da execução do serviço - itens

da portaria MC 652/2006. Apresentou também as ações do Ministério para a análise do esto-que de processos e do planejamento do switch off. “Foi um evento muito interessante, no qual tive oportunidade de interagir com o radiodifusor mineiro, no intuito de entender suas dificuldades e angústias”.

A TV digital também foi pauta do seminário. Sob o tema “Implantação de TV Digital Ter-restre”, o diretor técnico da Rede Minas, Luiz Meireles, abordou todos os aspectos técnicos que envolvem o processo de implantação do sistema terrestre. Em outra palestra, o diretor também falou sobre o Sistema de Transferên-cia de Arquivos e de Mídia (FTP), buscando uma uniformização na troca de matérias e conteúdos entre a Rede Minas e suas afiliadas.

Bons resultadosO I Seminário superou as expectativas dos organi-zadores. Cerca de 80 representantes de trinta TVs educativas do interior de Minas Gerais compare-ceram ao evento. Outro ponto positivo foi a trans-missão ao vivo pela internet. O site da Rede Mi-nas registrou 840 visualizações em tempo real e o tempo médio de visitas à página da emissora foi de 5 minutos. Foram visualizados acessos a partir de Belo Horizonte, Brasília, Carmo do Paranaíba, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Espírito Santo do Pinhal, Guaxupé, Januária, Juiz de Fora, Patos de Minas, Presidente Olegário, Rio de Janeiro, São Paulo e São Sebastião do Paraíso.

Na opinião de todos, o seminário foi uma boa oportunidade para esclarecer dúvidas dos ra-diodifusores do interior e saber melhor sobre as normas vigentes, que regem a TV educativa. O encontro foi uma oportunidade para que os profissionais discutam a legislação e o proces-so de digitalização das TVs educativas.

O Seminário aconteceu entre os dias 28 e 29 de agosto em Belo Horizonte e contou também com a presença de representantes do Ministério das Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),do governo estadual, da Fundação TV Minas Cul-tural e Educativa (FTVM), Amirt e ADTV.

Gilmara é editora da Revista da SET. E-mail: [email protected]

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O evento é uma boa oportunidade para esclarecer dúvidas e trocar informações.

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uIT NA ANATEL

Por Gilmara Gelinski

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“Cenário geral de telecomunicações - Brasil e UIT -” esse foi o tema da palestra ministrada pelo secretário

geral da União Internacional de Telecomunica-ções (UIT), Hamadoun Touré, e pelo presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg. A palestra organiza-da pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aconteceu no dia 15 de setembro, no Espaço Cultural da Agência, em Brasília.

Durante sua apresentação, Ronaldo Sardenberg falou sobre a evolução dos serviços de telecomu-nicações no país e a atuação da Anatel, inclusive no plano internacional, para atingir os objetivos que considera essenciais como a ampliação da oferta e universalização do serviço; a promoção da competição e de novos investimentos; a satisfação dos consumidores; e a modernização regulatória.

A evolução do setor de telecomunicações do Brasil e a atuação regulatória da Anatel foram elogiadas por Touré, que também falou sobre

a estrutura e as atividades da UIT - órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) - e apresentou os temas que estão no foco da agência: ampliação da banda larga; aumento da segurança cibernética; proteção às crianças na internet; mudanças climáticas; elaboração de indicadores mundiais; serviços de emergência; e superação da divisão digital.

A UIT aproveitou o momento e divulgou o relató-rio sobre um estudo recente da entidade para as-suntos de telecomunicações - Medindo a Socie-dade da Informação - Índice de Desenvolvimento das TICs 2011. Em destaque está o crescimento da banda larga fixa brasileira, que de 70ª passou para 56ª posição no quesito qualidade. O relató-rio mostra que os preços dos serviços de teleco-municações têm diminuído no Brasil. No entanto, segundo Hamadoun Touré, a carga tributária é o maior impasse para o crescimento dos serviços de banda larga no país.

Durante em outro encontro promovido pela As-sociação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), Touré disse que as emissoras de Rádio e TV no Brasil já estão fazendo a sua parte ao conectar as pessoas de diferentes classes sociais, levando a elas informação e conhecimento.

Fonte: Assessoria de imprensa da Anatel

Gilmara é editora da Revista da SET. E-mail: [email protected]

O secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, e o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, na palestra "Cenário geral de telecomunicações - Brasil e UIT".Sardenberg abordou

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SECRETÁRIO GERAL DA UIT ELOGIA AÇÕES DA ANATEL

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CONgRESSO ABTA

COM NOVO MARCO REGULATÓRIO ABTA DEBATE O CENÁRIO BRASILEIRO

“O Congresso da ABTA foi excelente!”, revelou Alexandre Annenberg, supe-rintendente da Associação Brasileira

de TV por Assinatura (ABTA). “A cada ano nós temos um congresso mais importante, mais in-teressante, uma feira com espaço cada vez maior com um número muito grande de estandes inter-nacionais. Entre eles, chineses, tailandeses e co-reanos”. Esta edição registrou um total de 10.600 participantes, 30 por cento a mais de inscritos pagantes com relação ao ano passado. Só no primeiro dia foram três mil pessoas visitando os espaços do evento.

De acordo com o superintendente, “o congres-so levantou as questões mais candentes e mais importantes, que precisam ser discutidas, princi-palmente, com a aprovação do Projeto de Lei da

Por Gilmara Gelinski

Câmara no116. Agora nós teremos que redesenhar todo o cenário de marco regulatório, que deve nos guiar nos próximos anos. E esse não é um trabalho trivial, é extremamente sério e importante. Nós sabemos que estão em discussão algumas te-ses, algumas posições polêmicas, que precisam e exigem um aprofun-damento muito grande e que com a aprovação do PLC116 possamos en-

carar tudo isso”, avaliou Alexandre, durante sua participação no Congresso SET.

O congresso e feira ABTA 2011 são um evento de TV por assinatura, mídia eletrônica e telecomu-nicações. Divulgado pela assessoria de imprensa da ABTA, a TV por assinatura no Brasil já chega a 11,1 milhões de domicílios, ou 18,5% do merca-do brasileiro. Considerando-se o número médio de pessoas por domicílio, divulgado pelo IBGE (3,3 pessoas), o serviço chega a mais de 36,6 milhões de brasileiros. No primeiro semestre de 2011, o crescimento do setor foi de 13,7 por cen-to. As novas licenças para TV a cabo e a nova re-gulamentação para o setor devem colaborar para que estes números cresçam ainda mais rápido.

O encontro, promovido anualmente pela ABTA e organizado pela Converge Comunicações aconteceu nos dias 9, 10 e 11 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. A 19ª edição contou com a presença de 200 empresas distribuídas em 97 estandes, sendo sua maioria internacional, com origem da China, Estados Uni-dos, Coreia, Peru, Japão, Reino Unido, Espanha, Argentina, França e Taiwan. Com relação ao ano passado, o número de expositores estrangeiros, no evento, aumentou 50 por cento. São fornece-dores de equipamentos e programadoras interes-sadas no mercado brasileiro, um dos que mais crescem no mundo.

Na cerimônia de abertura, estiveram presentes o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo,

o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, o presidente executivo da ABTA, Alexandre An-nenberg, além dos senadores Eduardo Braga e Walter Pinheiro.

Divididos em quatro painéis e treze sessões, os debates foram sobre mercado, regulamentação e tecnologias. Os palestrantes abordaram questões sobre o grande crescimento pelo qual o setor de TV por assinatura vem passando nos últimos seis anos e tentaram responder: Quais os melhores caminhos para ampliar o ritmo de crescimento do mercado a partir de agora? Quais as inovações em serviços e produtos que surpreenderão o con-sumidor nos próximos anos? Como serão distri-buídos os papéis entre os players deste mercado? E como se dará a competição a partir de agora?

Nova parceriaFoi durante o Congresso da ABTA que a Rede Telecine e a Disney Media Network Latin Ameri-ca anunciaram o acordo que fecharam. A partir de outubro, a Rede Telecine exibirá o conteúdo cinematográfico da Walt Disney Company, que de acordo com Alberto Pecegueiro, da Globosat, o peso do mercado brasileiro definiu a nova es-tratégia da empresa. O contrato concede à rede os direitos exclusivos de transmissão na TV por Assinatura brasileira das produções da Walt Dis-ney Pictures, Dreamworks, Marvel, Miravista, Pa-tagonik, Disneynature e Pixar.

Segundo João Mesquita, presidente dos canais Telecine, o acordo não aumentará os custos dos pacotes para o cliente final. Com os filmes da Dis-ney, a rede passará a ter filmes de seis dos oito estúdios de Hollywood. A estreia ocorrerá no dia 1 de outubro com o filme Carros 2, no Telecine Pipoca e Premium.

Com a nova adesão, segundo Mesquita, o Tele-cine passará a deter 78 por cento da audiência em filmes da TV paga brasileira, contra os atuais 60 por cento. Para Fernando Barbosa, represen-tante da Disney Media Network, como o Telecine tem uma base de assinantes maior, o acordo é importante porque significa mais dinheiro para os estúdios Disney.

Gilmara é editora da Revista da SET. E-mail: [email protected]

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Os debates foram sobre mercado, regulamentação e tecnologias.

Fernando Barbosa (Vice Presidente da Disney Media Ne-tworks) e João Mesquita (Diretor Geral Telecine)

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CONCLUSÃO DOS TRABALHOS REALIZADOS EM 2011

INSIDE SET

Por Gilmara Gelinski

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Ainda faltam dois eventos regionais – SET Norte e SET Centro Oeste - e a terceira reunião geral da diretoria, para

a SET concluir sua agenda de 2011. Todos estão em ritmo de preparação dos eventos para fechar o ano com balanço positivo.

A convite da presidente da SET, Liliana Nako-nechnyj, diretores, vice-diretores, membros de comitês, conselhos fiscal e de ex-presidentes se reunirão para realizar a último encontro de 2011. Entre os assuntos a serem discutidos estão à avaliação do Congresso SET 2011 e o planejamento das atividades em 2012. Uma tradição na gestão de Liliana, estes encontros são de extrema importância para a SET, pois nestes momentos são feitos: o balanço dos trabalhos realizados entre uma reunião e outra, a elaboração e aprovação dos projetos de cada diretoria da SET. A terceira reunião deste ano acontecerá no dia 29 de outubro, a partir das 09h00 horas, no Hotel Estanplaza Ibirapuera.

Eventos Regionais O espaço Cultural da Anatel, em Brasília, será palco para o evento SET Centro Oeste que acon-tecerá entre os dias 18 e 19 de outubro. Com uma carga horária de 16 horas, os participan-tes poderão assistir ao Seminário de tecnologia de Televisão - que abordará o gerenciamento, produção, transmissão, distribuição de conteúdo eletrônico multimídia, interatividade, mobilidade - e palestras de tecnologia com demonstrações de casos. Sob a coordenação do diretor regional Centro Oeste, Emerson Weirich, o evento é reali-zado em parceria com a EBC do Distrito Federal.

A seguir os temas que fazem parte da programa-ção do evento:

A diretora executiva da AD Digital, Da-niela Souza, falará sobre o conceito ta-peless e apresenta-rá os diversos fluxos de sistemas, casos reais implantados no Brasil e o pro-cesso de trabalho anterior e posterior à implantação. Para

concluir falará sobre as tendências da tecnologia da informação para os próximos anos.

O palestrante João Paulo Quérette, da Image-nharia, abordará o tema “Edição 2.0”, mostrando como será o futuro da edição não-linear. Para ele, a edição não-linear ainda segue o modelo das ilhas lineares, com seus conceitos e paradigmas refletidos no modo de trabalhar e na interface dos softwares.

A interiorização para a TV digital no Brasil e gap fillers funcionando com canais adjacen-tes será abordada por um representante da Linear, que mostrará os desafios de levar a TV digital para o interior e opções para rea-lizar esta cobertura com baixo custo. Sergio Constantino, da Panasonic, falará sobre novas tecnologias. E o palestrante Luiz Tadeu Navar-ro, da Star One/Embratel, mostrará as aplica-ções dos satélites em radiodifusão. O tema da Screen do Brasil será “TV Digital – Rumo ao Interior”. O diretor da empresa, Fabrizio Reis, falará sobre os futuros desafios do sistema de transmissão de TV digital.

As tecnologias e desafios para produção se-rão abordadas pelo palestrante Erick Soares, da Sony. Ele dará uma visão geral das tec-nologias hoje disponí-veis para o mercado de produção, desde a captação, monitoração, armazenamento até o arquivo. Na palestra “Iluminação Cênica”, Walter Zucchini, da Te-lem, explicará a impor-

tância da iluminação e a crescente tecnologia em softwares e equipamentos de luz.

O compartilhamento e otimização de instalações de RF será tema da palestra de Guillermo Alva-rez-Cienfuegos, da Spinner Munique. Ele falará sobre o planejamento de uma estação de trans-missão de TV e sobre soluções compartilhadas por vários transmissores. O palestrante Bruno Amo, da Rohde & Schwarz, falará sobre o im-pacto da eficiência dos transmissores digitais na economia de energia e no meio ambiente. Neste painel serão discutidos as técnicas de cálculo de eficiência dos transmissores digitais e os reais benefícios de uma boa eficiência, resultando em muita economia de energia.

Felipe Andrade e Carlos Moura, da Grass Val-ley, falarão sobre a evolução dos codecs e das tecnologias tapeless. O convidado Salustiano Fagundes, da HXD, apresentará o tema “Alava-cando a audiência com o uso da interatividade em multiplataformas de TVs”. Ele mostrará al-guns dos dispositivos que estão sendo utiliza-dos para enriquecer a experiência televisiva. E para finalizar o ciclo de palestras a Harris falará sobre novas tecnologias.

Os eventos das regionais são gratuitos para os associados da SET e têm vagas limita-das. Para mais informações acesse a página: www.set.com.br

Na próxima edição da Revista da SET, você poderá conferir a programação do SET Norte, que acontecerá em novembro, em Manaus, e uma matéria especial sobre a participação da SET na IBC 2011.

Gilmara é editora da Revista da SET. E-mail: [email protected]

SET Norte 2010

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SET Centro - Oeste 2010

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DIRETORIA

GALERIA DOS FUNDADORESAMPEX – CERTAME – EPTV/CAMPINAS – GLOBOTEC – JVC/TECNOVÍDEO – LINEAR – LYS ELETRONIC

PHASE – PLANTE – RBSTV – REDE GLOBO – REDE MANCHETE – SONY – TEKTRONIX - TELAVO

REVISTA DA SETA SET – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE TELEVISÃO, é uma associação sem fins lucrativos, de âmbito nacional, que tem por finalidade a difusão, a expansão e o aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos, operacionais e científicos relativos à engenharia de televisão e telecomunicações. Para isso, promove seminários, congressos, cursos, teleconferências e feiras internacionais de equipamentos, além de editar publicações técnicas visando o intercâmbio e a divulgação de novas tecnologias.

PRESIDêNCIA

PresidênciaPresidente: Liliana Nakonechnyj Vice-Presidente: Olímpio José Franco Assessoria Institucional: João Braz BorgesAssessor: Romeu de Cerqueira LeiteDiretoria ExecutivaDiretor Executivo: José MunhozConselho Fiscal Antonio Carlos de Assis BrasilGilberto Mendes FernandesMaria Eloisa Ferreira dos SantosRicardo Fonseca de KauffmannRoberval Freitas PinheiroConselho de Ex-PresidentesAdilson Pontes MaltaCarlos Eduardo de Oliveira Capellão Fernando Bittencourt José MunhozOlímpio FrancoRoberto Dias Lima Franco

DIRETORIAS OPERACIONAIS

EditorialDiretor: Valderez de Almeida DonzelliVice-Diretor: Ana Eliza Faria e SilvaComitê:Almir Almas Francisco Ribeiro José Antonio Garcia José Olairson Márcio Pinto PereiraInternacionalDiretor: Herbert Baptista FiuzaVice Diretor: Enio Sergio Jacomino

Comitê:David WoodJuan Carlos GuidobonoJuan Pablo AlvizOsamu YamadaLuiz PadilhaEnsino Diretor: Carlos NazarethVice-Diretor: Eduardo de Oliveira BicudoComitê:Carla Pagliari Frederico Rehme Rodrigo Arnault Tom Jones Moreira

Valdecir BeckerMarketing Diretor: Cláudio Eduardo YounisVice-Diretor: Raul Ivo FallerComitê:André AltieriGabriel GonçalvesFlavio LangoniSalustiano FagundesMarcos MandaranoEventosDiretor: Daniela Helena Machado e Souza Vice-Diretor: José Fernando PelégioComitê:Amaury P. da Silva Filho Danilo Garcia Leonardo Scheiner Lindália M. Junqueira Reis Silvino AlmeidaTecnologiaDiretor: Raymundo Costa Pinto Barros Vice-Diretor: Alexandre Yoshida SanoComitê:Cícero Legname Marques Domingos Stavridis Jacques VaraschimPaulo Henrique de Castro CoronaRodrigo Cascão

DIRETORIAS DE SEGMENTO DE MERCADO

Cinema DigitalDiretor: Celso Eduardo de Araújo SilvaVice-Diretor: Alex R. dos Santos PimentelProdução de ConteúdoDiretor: Nelson Faria Junior Vice-Diretor: Paulo Mitsuteru KaduokaIndustrialDiretor: José Marcos Freire MartinsVice-Diretor: Moris ArdittiRádioDiretor: Ronald Siqueira Barbosa Vice-Diretor: Carlos Antonio CoelhoTV por Assinatura e Novas MídiasDiretor: Antônio João Filho Vice-Diretor: Marcello de Lima AzambujaInteratividadeDiretor: David Britto Vice-Diretor: Carlos Fini

TV AbertaDiretor: José Marcelo AmaralVice-Diretor: Luiz Eduardo Leão de Carvalho

DIRETORIAS REGIONAIS

NorteDiretor: Nivelle Daou Junior Vice-Diretor: Henrique CamargoComitê: Aguinaldo Silva Belarmino Afonso Stein Carlos Geraldo de Britto Feitoza Denis Corrêa Brandão Ricardo Alberto Pereira SallesSudeste Diretor: Geraldo Cardoso de MeloVice-Diretor: Paulo Roberto Monfrim CannoComitê:Edson Siquara José Francisco Valencia  José Raimundo Cristóvam Luiz Fausto Vanessa LimaNordesteDiretor: Luiz Carlos de Melo GurgelVice-Diretor: Flavio Marcio MauroComitê:Anderson Fernandes Antonio Roberto Paoli Esdras Miranda de Araújo José Augusto Almeida Tatiana Aires TavaresSul Diretor: Fernando Fernandes Ferreira Vice-Diretor: Felisberto Barbosa da SilvaComitê:Ivan Miranda Pedro Bertolino Roberto Dimas AmaralSady Ros Vicente RossiCentro OesteDiretor: Emerson Weirich Vice-Diretor: Antonio Celso Berbel

Comitê:Edson Barros Gilberto Fagundes Humberto Abdalla Junior Luiz Antônio Botelho da Cruz  Toshihiro Kanegae

DÉCIMA SEGUNDA DIRETORIA SET - BIêNIO: 2010 -2012A Diretoria da SET é composta por profissionais que atuam nas diversas áreas relacionadas com a criação e distribuição de conteúdo, sendo eleitos pelos associados SET, em assembléia geral ordinária realizada a cada dois anos.

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