Congresso aep sucesao empresarial artigo ve

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3ª Edição actualizada com as alterações

introduzidas pela Lei nº 53/2011, de 14

de Outubro

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AEP apresentou “Livro Branco da Sucessão Empresarial”

FERNANDA SILVA TEIXEIRA

[email protected]

O “Congresso Europeu da Sucessão Em-presarial”, que decorreu esta semana no cen-tro de congressos da Exponor, em Matosi-nhos, foi o palco escolhido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) para a apre-sentação dos resultados do projeto “Sucessão nas Empresas”.

Foi também apresentado o “Livro Branco da Sucessão Empresarial”.

A questão da sucessão empresarial “não é uma questão nova”, mas “começa agora a mostrar a sua importância”, sobretudo, quan-do se sabe que “uma esmagadora maioria das empresas familiares não consegue ultrapassar o desafio da segunda geração, sendo ainda mais raras as que chegam à terceira” – afir-mou José António Barros, presidente da AEP, durante a apresentação do “Livro Branco da Sucessão Empresarial”, manual de diagnósti-co e de terapêutica.

Segundo o mesmo responsável, este pro-jeto permitiu chegar a duas conclusões. A contribuição, por um lado, para a regenera-ção do tecido empresarial nacional, através da sensibilização e do estímulo ao empreende-dorismo dos potenciais novos gestores, e, por outro lado, o apoio ao desenvolvimento sus-

tentado, sobretudo das empresas familiares de menor dimensão, e o combate preventivo às falências e ao desemprego através de uma maior estabilidade e qualificação dos titulares dos seus órgãos de decisão.

No entanto, os especialistas internacionais presentes revelaram que este é um problema transversal às economias ocidentais, embora existam alguns exemplos de sucesso conse-guido, como recordou Francisco Negreira del Rio, graças à necessidade ditada pelo fantas-ma do encerramento. O gestor, doutorado em ciências empresariais pela Universidade de Santiago de Compostela, chamou desde logo a atenção para o facto de “por regra a família ser muitas vezes o principal inimigo da empresa” e salientou que as empresas fa-miliares “têm uma grande representativida-de na economia europeia, mas também nos EUA”, recordando ainda o peso relativo deste tipo de empresas. “Na Finlândia são cerca de 91%, em Espanha 85%, em França 83% e nos EUA 95%. Já em Portugal são 80%, e geram 60% do Produto Interno Bruto e 50% do emprego”, destacou.

Marko Curavic, responsável da Comissão Europeia pelo departamento de empreende-dorismo, realçou, por sua vez, a crescente im-portância das empresas familiares (a grande maioria são PME) pelo facto de, nos últimos cinco anos, serem responsáveis pela criação de 85% dos novos empregos. Diz este especialis-ta que, passada a época da improvisação, “a sucessão depende de um racional e atempado planeamento que, para além dos fundadores, envolva os novos líderes, tendo estes a obriga-ção de ter uma melhor preparação académica para as funções”.

Marko Curavic garantiu ainda que a Co-missão Europeia está atenta ao problema, enalteceu a iniciativa da AEP em liderar este processo em Portugal, e propôs a criação de um programa Erasmus para empreendedo-res. E justificou: “Será a forma mais eficaz de dotar os empresários com uma nova fer-ramenta chamada troca de conhecimentos”.

Já a especialista holandesa Ilse Matser acrescentou que “a sucessão é um longo e di-nâmico processo que, para ser bem-sucedido, não pode estar limitado a uma sucessão den-tro da família”.

Opinião unânime entre estes especialistas é a de que, agora mais do que nunca, as mu-lheres devem ter um papel mais relevante na sucessão empresarial, havendo uma boa per-centagem de casos de sucesso no processo em que elas estiveram envolvidas.

Fundos de investimento destroem rosto das empresas

Igualmente presente no evento, o presi-dente do conselho de administração da Jeró-nimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, lamentou que as pessoas se tenham trans-formado em números e culpou os fundos de investimento por destruírem o rosto das empresas.

“O rosto da empresa é importante, seja ele quem for”, referiu Soares dos Santos, acres-centando que “as pessoas viraram números”, o que é de lamentar, uma vez que “uma em-presa é feita por pessoas para pessoas”.

Salientando que “a informação é funda-mental nas empresas familiares, o empresário disse ainda que “hoje não há patrão, nem pode haver”, uma vez que a dispersão do capital por diversos investidores eliminou os rostos das empresas.

Francisco Negreira del Río (prof. especialista em empresas familiares), Luís Ferreira (AEP), Ilse Matser (Inst. Holandês de Empresas Familiares), Tawfiq Rkidi (Pres. da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Marroquina).

José António Barros, presidente da AEP.

Paulo Nunes da Almeida, vice-presidente da AEP.

ATUALIDADE

10 SEXTA-FEIRA, 3 FEVEREIRO DE 2012

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