Conforto Ambiental I: Ergonomia e Antropometria · ₋Salubridade - implantação dos edifícios na...

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Conforto Ambiental I: Ergonomia e Antropometria 1º semestre de 2013 Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo Profª Claudete Gebara J. Callegaro Mestranda em Arquitetura e Urbanismo [email protected]

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Conforto Ambiental I:

Ergonomia e Antropometria

1º semestre de 2013

Universidade Ibirapuera – Arquitetura e Urbanismo

Profª Claudete Gebara J. Callegaro

Mestranda em Arquitetura e Urbanismo

[email protected]

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ACÚSTICA INTRODUÇÃO

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Segundo a visão holística contemporânea, a criação de ambientes urbanos plenamente

confortáveis para o ser humano envolve as dimensões

humana, social e ecológica.

CONFORTO AMBIENTAL - ACÚSTICA

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QUESITOS NECESSÁRIOS AO CONFORTO URBANO:

₋Salubridade - implantação dos edifícios na geografia de cada lugar, insolação

₋Conforto Higrotérmico – equilíbrio entre áreas livres e verdes e áreas construídas (extensão e altura), sombras, umidade

₋Conforto Visual – perspectivas, espaços abertos e espaços confinados, diversidade de paisagens humanas e espaciais, diversidade de épocas e culturas, iluminação

₋Conforto Acústico – privacidade, clareza, ruído

₋Qualidade do Ar – ventilação, poeiras, odores

₋ Redução do Impacto Ambiental - energia, resíduos sólidos e gasosos, reuso de insumos, drenagem, áreas sensíveis

₋Mobilidade – deslocamentos, possibilidades de integração, concentração de serviços

₋Acessibilidade – qualidade e tipologia de transporte, desenho acessível

₋Ergonomia – distâncias e posicionamento apropriados para as atividades locais e sócio-urbanas

₋Segurança – controle de velocidade, vida nas ruas (diversidade de movimentação: horários, atividades, grupos)

₋Espaços livres – hierarquia de praças, espaços lineares, infra-estrutura verde (drenagem, lazer, convívio), referenciais urbanos (identidade do lugar).

CONFORTO AMBIENTAL - ACÚSTICA

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Quando se reduz a escala de atuação, passando-se para a edificação, alguns desses quesitos podem ser quase que totalmente atendidos com um bom projeto, como no caso de ergonomia e acessibilidade. Também a redução do impacto ambiental pode ser conseguida pela escolha e quantificação correta de materiais e processos construtivos. Outros quesitos, porém, dependem em graus variados do meio externo, como no caso da salubridade, que está diretamente ligada à radiação solar que incide sobre a edificação, associada aos demais fatores climáticos (temperatura, ventos, umidade do ar, pressão atmosférica).

CONFORTO AMBIENTAL - ACÚSTICA

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O conforto acústico é um dos poucos quesitos necessários para a sensação de conforto que

depende , quase que exclusivamente, da engenhosidade humana,

pois,

nas cidades,

praticamente todo o som é produzido

pelo ser humano.

CONFORTO AMBIENTAL - ACÚSTICA

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APARELHO AUDITIVO

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Somos bombardeados pela energia do meio o tempo todo e estamos sempre buscando equilíbrio energético com o ambiente.

APARELHO AUDITIVO

Um desses tipos de bombardeio é por nós

percebido como som.

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A fonte sonora atua como um corpo que empurra as camadas de ar para frente; esse aumento de pressão das moléculas umas sobre as outras leva ao aumento de densidade e de temperatura. As moléculas empurradas para frente deixam um “vazio” para trás, uma zona rarefeita ou de depressão, de velocidade igual à da zona de pressão. Forma-se, pois, entre essas zonas, uma diferença de pressão. Esse conjunto de zonas densas e de zonas rarefeitas forma o que se chama de “movimento ondulatório”.

APARELHO AUDITIVO

O som é uma sensação produzida pelo movimento organizado das moléculas que compõem o ar

e que nossos ouvidos conseguem detectar.

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APARELHO AUDITIVO

A função de nosso aparelho auditivo, ou ouvido,

é captar e converter as ondas de pressão (ondas mecânicas)

em sinais elétricos, que são transmitidos ao cérebro

para produzir as sensações sonoras.

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O ouvido é dividido em 3 partes.

IIDA, 2001.

GARGANTA

CÉREBRO

RECEPÇÃO DAS ONDAS DE PRESSÃO

APARELHO AUDITIVO

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Ouvido externo Capta as vibrações do ar (ondas de pressão)

•pelo pavilhão auditivo (orelha) e •pelo conduto auditivo externo.

Nosso pavilhão auditivo não é tão eficiente quanto o de alguns animais, como gato e cachorro, que conseguem até direcionar as orelhas para captar melhor as vibrações. O conduto auditivo externo termina numa membrana chamada tímpano. As ondas de pressão fazem o tímpano vibrar. A pressão na face interna e na face externa do tímpano é mantida mais ou menos constante por um canal que liga o ouvido médio à garganta – a trompa de Eustáquio. Em caso de pressões súbitas, bombas p. ex., deve-se manter a boca aberta para possibilitar o equilíbrio entre a pressão sobre o tímpano vinda pelo conduto auditivo e a pressão que chega pelo tubo de Eustáquio, para evitar que a membrana se rompa.

APARELHO AUDITIVO

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Ouvido interno Transforma as vibrações mecânicas em pressões hidráulicas, dentro de um órgão chamado cóclea (formato de caracol). Dentro da cóclea existem células sensíveis que captam as diferenças de pressão e as transformam em sinais elétricos. Estes, por sua vez, se transmitem ao cérebro pelo nervo auditivo. No cérebro as sensações sonoras são decodificadas. No ouvido interno também se situam os receptores vestibulares, responsáveis pela percepção de posição e de aceleração.

Ouvido médio Transforma as vibrações do tímpano em vibrações mecânicas, por intermédio de 3 ossículos: martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos transmitem as vibrações mecânicas para uma outra membrana fina localizada na janela oval que separa o ouvido médio do ouvido interno. Os ossículos podem amplificar as vibrações em até 22 vezes.

APARELHO AUDITIVO

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MOVIMENTO ONDULATÓRIO

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As ondas variam quanto a:

natureza

propagação da energia

direção

Quanto à natureza, as ondas se classificam em:

• Ondas mecânicas: necessitam de um meio material para se propagar (mar, som, corda)

• Ondas eletromagnéticas: podem se propagar tanto no vácuo (ausência de matéria) como em outros meios (luz solar, ondas de rádio, micro-ondas, raios X).

O som é um tipo de onda mecânica, também chamada de onda de compressão ou onda de pressão,

e necessita de um meio para se propagar.

MOVIMENTO ONDULATÓRIO

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As ondas de pressão chegam a nós como:

•perturbação física - vibração sem som que pode ser captada pela visão, pelo tato e por outros de nossos sentidos relacionados ao equilíbrio,

•sensação sonora, captada por nosso aparelho auditivo. Conforme o meio de propagação, a distância entre as moléculas varia e disso depende a velocidade de propagação do som.

MEIO VELOCIDADE

http://www.ifsc.usp.br/~donoso/fisica_arquitetura/12_som_acustica_1.pdf

MOVIMENTO ONDULATÓRIO

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Quanto à direção de propagação de energia, as ondas se classificam em:

• Unidimensionais: propagam-se em uma única dimensão (cordas, molas);

• Bidimensionais: propagam-se num plano (água num lago);

• Tridimensionais: propagam-se em todas as direções (luz, som).

Quanto à relação entre direção da vibração e de propagação, as ondas se classificam em:

• Ondas transversais: direção de propagação perpendicular à direção de vibração (corda, ondas eletromagnéticas).

• Ondas longitudinais: direção de propagação coincide com a direção de vibração (líquidos, gases).

MOVIMENTO ONDULATÓRIO

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O número de oscilações completas (compressão e descompressão) por segundo chama-se frequência, que é medida em ciclos por segundo (c.p.s.) ou em hertz (Hz). O tipo de vibração mais simples é aquele de uma única frequência, que é chamado de movimento harmônico simples. Sua representação gráfica é a “senóide”.

SILVA, 1971:36 – Senóide representando Movimento Harmônico Simples.

MOVIMENTO ONDULATÓRIO

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O período T é o tempo entre o pico de pressão de uma onda até o pico de pressão da onda seguinte. O comprimento de onda λ (lambda) é a distância que o som caminha durante uma vibração completa, e é função da velocidade e da frequência do som.

SILVA, 1971:35 – Diagrama de pressões para um ponto qualquer de um recinto, onde o som se propaga por um determinado tempo.

As partículas movimentadas tendem a retornar ao eixo de propagação. A distância média máxima de afastamento dessas partículas em relação ao centro chama-se amplitude, que em geral não passa de 1/400 mm.

MOVIMENTO ONDULATÓRIO

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SOM

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Quanto à duração do som, as vibrações com tempo < 0,1 segundo são de difícil percepção. Além disso sons rápidos parecem diferentes daqueles com duração > 1s.

SOM

Um som é caracterizado por 3 variáveis:

duração (tempo) frequência (altura)

intensidade (volume ou nível)

Os limites de audibilidade dependem da combinação dessas variáveis.

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Quanto à frequência sonora, trata-se do número de vibrações num determinado período de tempo:

•infrassons: f < 20 Hz (ou c.p.s.)

•sons perceptíveis pelo ouvido humano: 20 Hz < f < 20.000 Hz

Sons graves – frequência < 1.000 Hz

Sons agudos – frequência > 3.000 Hz

•ultrassons: f > 20.000 Hz

SOM

O grau de sensibilidade à frequência do som varia com a idade. Os sons da natureza são geralmente constituídos de mistura complexa de vibrações de diversas frequências.

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Um som qualquer pode ter muitos componentes ou harmônicos simples. O tom é a interpretação subjetiva da frequência de um som puro. Quando se trata de sons complexos, essa interpretação é dada pelo timbre. É pelo timbre que conseguimos diferenciar sons de mesma altura e intensidade, emitidos por fontes diferentes. Ele representa uma espécie de “coloração” do som.

GREVEN et al, 2006:10

SOM

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SILVA, 1971:60

Sons graves (baixa frequência, comprimento de onda longo) se propagam em todas as direções a partir da fonte. Sons agudos (alta frequência, comprimento de onda curto) se propagam numa faixa estreita a partir da fonte.

SOM

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A intensidade sonora é medida pela potência que atravessa uma determinada área perpendicular à direção de propagação do som (Watt/cm², dyn/m², etc .). A pressão mínima audível pelo ser humano é de cerca de 0,0002 dyn/cm².

SOM

Quanto à intensidade sonora, ela depende da quantidade de energia despendida para produção do som e pode também ser definida como Nível de Pressão Acústica.

SILVA, 1971:42

Potência sonora é a energia acústica total emitida por uma fonte, por unidade de tempo, medida em watt.

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SOM

RECORDAÇÃO: •watt (W): unidade de potência . •HP (horsepower) ou cv (cavalo de força): unidade de potência que corresponde a 746 W. •dina ou dine (dyn): unidade de força que corresponde à força necessária para provocar aceleração de 1 centímetro por segundo quadrado em um corpo de massa igual a 1 grama. •bar (plural “bars”, símbolo “bar”): unidade de pressão de valor muito próximo ao da pressão atmosférica padrão . 1 bar = 1.000.000 dyn/cm².

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SENSAÇÃO SONORA PERCEPÇÃO SONORA

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SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO SONORA

A sensação de audição aumenta com o estímulo sonoro, ou seja, com o aumento da intensidade do som,

ou ainda, com a energia despendida para a movimentação do ar.

A percepção dos sons depende da sensação auditiva e de outros fatores de ordem ambiental e pessoal.

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SENSAÇÃO SONORA

O aumento da sensação de audição é diretamente proporcional à intensidade do som.

Essa proporcionalidade não é

aritmética (soma de razão fixa), nem geométrica (multiplicação de razão fixa),

mas logarítmica (função exponencial).

O nível de intensidade sonora é definido como log (l / lo) onde lo = menor intensidade de som audível (Io =1/10¹² W/m²) l = intensidade do som que se quer determinar

Para facilitar a medição da sensação de audição, foi criada uma unidade de pressão sonora chamada bel (B). Esta, contudo, é pouco usada dando lugar ao

decibel (dB) = 0,1 B.

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O ouvido humano é capaz de perceber sons de 20 a 120 dB. Os sons mais comuns (lar, tráfego, escritórios, fábricas) estão entre 50 e 80 dB. Sons acima de 120 dB causam desconforto. Ao alcançarem 140dB, causam dor (“umbral da dor”).

GREVEN et al, 2006:12

O decibelímetro é o aparelho que mede o nível de som, ou, em outras palavras, a intensidade sonora, ou, ainda o nível de pressão acústica. Por meio de filtros, ele simula o comportamento do ouvido humano, baseado em “bandas”, que são agrupamentos de frequências perceptíveis por nós em maior ou menor proporção. O filtro mais usado é do tipo A, que corresponde aos níveis baixos (até 40 dB) e, em função disso, a medida dada pelo decibelímetro é o dB(A).

SENSAÇÃO SONORA

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GREVEN et al, 2006:13

SENSAÇÃO SONORA

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GREVEN et al, 2006:12 e 14

SENSAÇÃO SONORA

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A perda de acuidade auditiva, ou seja, a diminuição da capacidade do indivíduo de distinguir maiores ou menores diferenças de intensidade do som, é medida em decibéis.

SILVA, 1971:64 – Pesquisa feita em 1940 nos E.U.A.

Ocorre naturalmente com a idade e pode ser acelerada pelas atividades exercidas e pela qualidade do ambiente em que a pessoa vive.

PERCEPÇÃO SONORA

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A interação entre frequência, intensidade e duração do som produz fenômenos que interferem diretamente na

qualidade de um determinado ambiente para uma determinada atividade.

Dentre os fenômenos mais importantes para a acústica arquitetônica temos:

•frequência e intensidade •reflexão •reverberação •mascaramento •ruído

Existem outras relações que nos influenciam psicologicamente, como as isossônicas ou isofônicas (medida em fones) ou as de intensidade psicológica (medidas em sones), que ficarão para outra ocasião.

PERCEPÇÃO SONORA

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Relação entre frequência e intensidade. Um som de determinada frequência pode não ser ouvido numa determinada intensidade, mas conseguirá sê-lo se essa intensidade aumentar. SILVA, 1971:61

O contrário também ocorre, ou seja, um som de baixa intensidade pode ser ouvido quando numa frequência alta e pode não o ser em frequência baixa. (Quando alguém não nos ouve, aumentamos o volume de voz, ou a tornamos mais estridente para nos fazermos entender.)

Existem faixas auditivas em que a capacidade auditiva é boa para música e não o é para a palavra. Outras faixas são boas para as duas coisas e outras não servem para nenhuma delas.

PERCEPÇÃO SONORA

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Reflexão do som (bate e volta) As ondas sonoras quando incidem sobre uma superfície perfeita (lisa, indeformável, plana) sofrem uma reflexão (como um espelho). Nesse fenômeno, a energia sonora se mantém no ambiente. Reverberação do som Em decorrência das imperfeições e das formas das superfícies construídas, dos múltiplos elementos e materiais que compõem um ambiente, a reflexão do som raramente se dá de maneira pura e simples. O som emitido em ambientes construídos normalmente se reflete em direções diversas e por muitas vezes consecutivas. Nesse fenômeno, a intensidade sonora decresce, ou seja, a energia inicial se transforma, e essa redução do nível sonoro é medida em dB.

PERCEPÇÃO SONORA

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Quando a reverberação persiste por longo tempo, altera a percepção do ouvinte. Essa alteração pode ser benéfica ou perturbadora.

P. ex., para a palavra falada num discurso, os sons diretos e as multirreflexões se sobrepõem, se misturam, “embaralhando” os sons e tornando difícil a compreensão das palavras.

Por outro lado, se receptor e fonte estiverem muito distantes e a intensidade do som não for suficiente para que seja audível, algumas reflexões poderão ser benéficas, pois prolongarão o tempo de percepção da mensagem.

Há casos em que a reverberação é desejada para ampliar o som emitido pela fonte e torná-lo mais complexo, mais “rico”, como no caso da música orquestrada.

(A música fica muito mais interessante numa igreja, em que o som reverbera por muito tempo, do que num ambiente aberto, p. ex.)

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PERCEPÇÃO SONORA

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Mascaramento Ocorre quando um componente do som atua como interferência, perturbando a compreensão do conjunto. Reduz, assim, a sensibilidade do ouvido para os demais componentes sonoros ou para um específico, essencial para a interpretação do que se ouve. P. ex., uma fala de 40 dB pode ser ouvida numa sala silenciosa; porém, numa rua com tráfego com ruído de 50dB, é necessário que se aumente a intensidade da fala em até 20 dB acima do ruído ambiental para que se possa compreender, passando-se, pois, de 40 para 70 dB.

SILVA, 1971:69

Na frequência em torno de 3000 Hz ocorre o maior mascaramento. Nas demais frequências, pode haver o mesmo índice de mascaramento para duas frequências distintas.

PERCEPÇÃO SONORA

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Ruído A noção de ruído depende de quem o percebe, pois se trata de uma sensação psicológica, resultante de um ou mais sons desagradáveis ao ouvido humano. P. ex., para um adorador de boleros, o rock de garagem do vizinho pode parecer ruído. Moradores de regiões com discotecas sem o devido tratamento acústico, vizinhos de adoradores de karaokê, felizardos de terem à frente de sua casa veículos estacionados com seus alto-falantes potentes no máximo volume, têm seu ritmo biológico perturbado. Por outro lado, os festeiros se divertem, mesmo submetidos a intensidades sonoras próximas do limiar da dor. Os problemas humanos físicos e psíquicos mais comuns decorrentes dos ruídos são:

•redução de produtividade, •desconforto acústico, •ausência de privacidade.

PERCEPÇÃO SONORA

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

A acústica é um dos fatores de qualidade do conforto dos ambientes construídos e depende: da fonte de produção do som,

da posição dessa fonte em relação ao edifício (entorno),

das características materiais do próprio edifício quanto à isolação e transmissão do som,

das funções do edifício,

do usuário (aspectos fisiológicos e psicológicos)

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

Auditório Ibirapuera. São Paulo. Arq. Oscar Niemeyer. http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=653677

Conforme a finalidade do edifício, o estudo do som pode definir todo o partido arquitetônico:

estrutura, forma, sistema construtivo, implantação.

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

Sala São Paulo. São Paulo. Restauração e adaptação do Grande Hall da Estação Ferroviária Júlio Prestes como sala de concertos. Arq. resp. Nelson Dupré. http://www.swu.com.br/wp-content/uploads/2013/01/sala.jpg

Em auditórios e teatros, p. ex., o que se busca é a qualificação do som que chega aos ouvidos da plateia. Para isso, é necessário que se saiba qual o objetivo do

ambiente: música, palestra, encenação.

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

Teatro Municipal de Vila Real de Tras os Montes (Portugal). Arq. Filipe Oliveira Dias. http://www.filipeoliveiradias.pt/

Isolar as salas principais do restante do edifício e do meio externo pode ser fundamental ...

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

GRUNOW, 2008: 31. Teatro Abril Paramount. São Paulo. Arq. Aflalo e Gasperini. Tratamento acústico Akkerman.

... assim como evitar as interferências internas decorrentes da reverberação dos sons diretos e da movimentação de plateia e bastidores.

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA Noutras vezes, o que se busca é o isolamento de determinados equipamentos ...

GRUNOW, 2008:53. Edifício Residencial Lindenberg Melo Alves. São Paulo. Arq. Adolfo Lindenberg. Tratamento acústico Akkerman.

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

GRUNOW, 2008:20-21. Edifício Eldorado Business Tower. São Paulo. Arq. Aflalo e Gasperini. Tratamento acústico Akkerman.

... seja para evitar que as vibrações produzidas no interior atinjam o exterior...

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA

GRUNOW, 2008:24-25. Edifício Eco Berrini. São Paulo. Arq. Aflalo e Gasperini. Tratamento acústico Akkerman.

... seja para evitar que vibrações externas interfiram no ambiente interior.

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ACÚSTICA ARQUITETÔNICA No caso de conforto acústico nas cidades, a situação fica mais complexa, pois

as variáveis aumentam e são mais difíceis de se controlar.

GRUNOW, 2008:56-57. Proteção Acústica – Vila Ipanema 0 Cidade de Ipatinga – Estrada de Ferro Vitória-Minas. Obra da empresa Vale S. A. (mineradora). Tratamento acústico Akkerman.

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ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

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ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

O conforto acústico demanda tratamento geral das vibrações.

Para isso, há que se cuidar de todo o percurso entre a entrada de energia no ambiente e sua saída:

desde a fonte sonora (interior e exterior) e

o caminho do som (meio) até o ouvinte ,

até as reflexões decorrentes do choque das ondas de pressão contra as superfícies (ambiente e entorno) até a transformação completa da energia contida nas ondas mecânicas iniciais em outras formas de energia.

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ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

As estratégias arquitetônicas de tratamento desses fatores podem ser resumidas em:

absorção do som e

isolação do ambiente.

Nos projetos, essas ações podem ser compostas de maneira a se obter:

•enclausuramento da fonte sonora, quando a mesma produzir ruídos indesejados (máquinas, tubulações, discotecas) e for possível seu isolamento;

•controle da passagem de sons entre interior e exterior (nos 2 sentidos), preservando sossego, saúde, capacidade de trabalho, privacidade;

•condicionamento acústico, enaltecendo determinadas características desejáveis para a boa audição e abafando outras, de acordo com a finalidade prevista para o ambiente.

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DICA: Os materiais com maior capacidade de absorção acústica são os que oferecem menores níveis de isolamento, sendo necessário estudar as especificidades de cada situação para então se definir a melhor estratégia para o caso.

P.ex., o forro de fibra mineral comum absorve os sons, mas não impede que eles vazem para outro ambiente. O contrário também é verdadeiro; o forro executado com gesso evita o vazamento do som (desde que alguns cuidados sejam tomados com as divisórias e os dutos), mas propicia a reflexão (ou reverberação) do som. O desenvolvimento de novas composições de materiais é contínuo e já existem forros que conciliam as duas características.

ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

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DICA: O respeito à orientação de cada fabricante é fundamental.

P. ex., as recomendações construtivas para paredes com gesso acartonado (dry wall) são muito diferentes para paredes simples entre ambientes pouco ruidosos de um mesmo conjunto, ou para paredes de separação entre 2 apartamentos residenciais. Neste último caso, além de não se conseguir controlar por completo o comportamento dos moradores, é necessário que se garanta a privacidade das famílias.

ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

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DICA: No caso de escritórios, p. ex., a especificação dos materiais leva em conta:

•o uso do espaço •as dimensões (área, altura, conformação), •o nível de absorção e de isolamento sonoros desejado.

Existem fatores subjetivos que aos poucos são pesquisados. Especialistas em tratamento acústico na arquitetura recomendam que os escritórios tenham ruído de fundo entre 45 e 50 decibéis. Isso porque “num ambiente muito silencioso, qualquer barulhinho é facilmente percebido e isso é desconfortável”. (SRESNEWSKY, AKKERMAN, NEPOMUCENO, 2007) A música de fundo que ouvimos em supermercados e outros espaços visa preencher essa necessidade e mascarar ruídos que não devem ser percebidos.

ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

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ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

DICAS FINAIS E IMPORTANTÍSSIMAS:

É essencial que o profissional se atualize sobre as novidades a cada novo projeto acústico que venha a fazer.

O critério de preço para definição de materiais só pode ser aplicado quando a estratégia já foi tecnicamente definida.

A comparação de preços de tipos de materiais de fabricantes diferentes demanda uma anterior equiparação de características técnicas dos produtos de cada um.

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FÓRUM TRABALHISTA DE SÃO PAULO Arquitetos Décio Tozzi e Karla Albuquerque

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/decio-tozzi-e-karla-albuquerque-forum-trabalhista-20-05-2004.html

ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

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FÓRUM TRABALHISTA DE SÃO PAULO Tratamento das paredes e dos tetos para evitar reverberação.

Fotos de Claudete Gebara J. Callegaro

ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

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FÓRUM TRABALHISTA DE SÃO PAULO Tratamento das paredes e dos tetos para evitar reverberação.

Fotos de Claudete Gebara J. Callegaro

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FÓRUM TRABALHISTA DE SÃO PAULO Tratamento das paredes e dos tetos para evitar reverberação.

Fotos de Claudete Gebara J. Callegaro

ESTRATÉGIAS ARQUITETÔNICAS

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NBR 10151:2000 Versão Corrigida:2003. Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade - Procedimento NBR 10152:1987 Versão Corrigida:1992. Níveis de ruído para conforto acústico – Procedimento NBR ISO 31-7:2006. Grandezas e unidades. Parte 7: Acústica

ACÚSTICA – LEGISLAÇÃO E NORMAS

Portaria 3214 de 8/06/1978 – Aprova as Normas Regulamentadoras – NF – do Capítulo V do Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) NR-8 Edificações NR-9 Programa de Prevenção de Riscos ambientais (PPRA) NR-15 Atividades e operações insalubres

Anexo 1 – Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Anexo 2 – Limites de tolerância para ruídos de impacto Anexo 3- Limites de tolerância para exposição ao calor Anexo 4 – Revogado

NR-17 Ergonomia NR-18 Obras de construção, demolição e reparos (Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção) (PCMAT) NR-21 Trabalho a céu aberto NR-23 Proteção contra incêndios NR-24 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho NR-26 Sinalização de segurança

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GREVEN, Hélio A.; FAGUNDES, Hilton A. V.; EINSFELDT, Alan A. ABC do Conforto Acústico. S/ local, 2006: Knauf do Brasil Ltda. http://www.knauf.com.br_folder_abc_pdf_abc.pdf.

GRUNOW, Evelise. Acústica Questão Ambiental: Akkerman Projetos Acústicos. São Paulo: Editora C4, 2008.

SILVA, Péricles. Acústica Arquitetônica. Belo Horizonte: Edições Engenharia e Arquitetura, 1971.

http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/alexandre-sresnewsky-davi-akkerman-jose-augusto-nepomuceno-conforto-acustico-10-09-2007.html

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/decio-tozzi-e-karla-albuquerque-forum-trabalhista-20-05-2004.html http://www.filipeoliveiradias.pt/

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=653677

http://www.ifsc.usp.br/~donoso/fisica_arquitetura/12_som_acustica_1.pdf

http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/classificacao.php

http://www.infoescola.com/fisica/ondas-mecanicas/

FONTES PESQUISADAS