CONFERNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL · reelaborado à luz das Novas Diretrizes Gerais da...

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1 CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL BRASILIA - DF 11° PLANO BIENAL DOS ORGANISMOS NACIONAIS 1991/1992 APRESENTAÇÃO O 11º Plano Bienal abrange os trabalhos dos Organismos Nacionais da CNBB no período 1991/1992. Encaminhado em continuidade aos planos do quadriênio anterior, ele foi reelaborado à luz das Novas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral, emanadas da 29ª Assembléia Geral dos Bispos. Neste plano, além do esforço de inserção no espírito das Diretrizes, buscou-se maior rigor na escolha dos projetos que correspondam ao nível próprio do Nacional. Privilegiou- se ainda aqueles que possibilitam maior integração entre linhas e setores. O conjunto de projetos no plano não esgotam toda a atividade dos organismos nacionais. Os projetos se articulam com outras atividades de pastorais e organismos anexos que têm sua programação própria. São ainda indicados no plano as principais atividades permanentes que, por sua própria natureza, escapam a uma quantificação e determinação mais detalhadas. Conserva-se neste plano a mesma estrutura básica dos planos anteriores: programas globais, programas das dimensões, programas das pastorais específicas e programa de coordenação geral. Os programas globais visam responder a grandes temas ou iniciativas que interessam ao conjunto da ação pastoral e devem ser anunciados por todos, em nível nacional, e contam com especial empenho dos Secretariados regionais. O 11º plano define três programas globais: 1. - A Campanha da Fraternidade (anos 1992 e 1993). 2. - Diretrizes Gerais da Ação Pastoral: aprofundamento, divulgação e implementação. 3. - Conferência Latino-americana de Santo Domingo: preparação, participação e conseqüências pastorais. Estes dois últimos programas estão intimamente interligados pelo empenho em concretizar um amplo projeto de Nova Evangelização em nossas Igrejas no Brasil. Os programas das dimensões contêm as atividades das seis dimensões e seus vários setores. São programas que visam a animação das dimensões fundamentais e permanentes da vida e ação da Igreja. Situados cada um em seu campo próprio, eles se abrem, contudo, à interligação e complementariedade das demais dimensões. Os programas das pastorais específicas correspondem a situações pastorais diversas. Mais restritos que os anteriores quanto ao campo de atuação, eles devem, porém, expressar o conteúdo das seis dimensões, para que a ação pastoral seja realmente eclesial. O programa da coordenação geral define as atividades que garantem a organicidade de todo o conjunto.

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CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL BRASILIA - DF

11° PLANO BIENAL DOS ORGANISMOS NACIONAIS 1991/1992

APRESENTAÇÃO O 11º Plano Bienal abrange os trabalhos dos Organismos Nacionais da CNBB no período 1991/1992. Encaminhado em continuidade aos planos do quadriênio anterior, ele foi reelaborado à luz das Novas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral, emanadas da 29ª Assembléia Geral dos Bispos. Neste plano, além do esforço de inserção no espírito das Diretrizes, buscou-se maior rigor na escolha dos projetos que correspondam ao nível próprio do Nacional. Privilegiou-se ainda aqueles que possibilitam maior integração entre linhas e setores. O conjunto de projetos no plano não esgotam toda a atividade dos organismos nacionais. Os projetos se articulam com outras atividades de pastorais e organismos anexos que têm sua programação própria. São ainda indicados no plano as principais atividades permanentes que, por sua própria natureza, escapam a uma quantificação e determinação mais detalhadas. Conserva-se neste plano a mesma estrutura básica dos planos anteriores: programas globais, programas das dimensões, programas das pastorais específicas e programa de coordenação geral. Os programas globais visam responder a grandes temas ou iniciativas que interessam ao conjunto da ação pastoral e devem ser anunciados por todos, em nível nacional, e contam com especial empenho dos Secretariados regionais. O 11º plano define três programas globais: 1. - A Campanha da Fraternidade (anos 1992 e 1993). 2. - Diretrizes Gerais da Ação Pastoral: aprofundamento, divulgação e implementação. 3. - Conferência Latino-americana de Santo Domingo: preparação, participação e conseqüências pastorais. Estes dois últimos programas estão intimamente interligados pelo empenho em concretizar um amplo projeto de Nova Evangelização em nossas Igrejas no Brasil. Os programas das dimensões contêm as atividades das seis dimensões e seus vários setores. São programas que visam a animação das dimensões fundamentais e permanentes da vida e ação da Igreja. Situados cada um em seu campo próprio, eles se abrem, contudo, à interligação e complementariedade das demais dimensões. Os programas das pastorais específicas correspondem a situações pastorais diversas. Mais restritos que os anteriores quanto ao campo de atuação, eles devem, porém, expressar o conteúdo das seis dimensões, para que a ação pastoral seja realmente eclesial. O programa da coordenação geral define as atividades que garantem a organicidade de todo o conjunto.

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2Colocamos este 11º Plano Bienal de Pastoral na mesa da Eucaristia, como parte do ofertório da Igreja no Brasil, empenhada em retomar a missão evangelizadora com renovado ardor missionário. Brasília, 28 de agosto de 1991 Festa de Sto. Agostinho, Bispo da Igreja D. Antonio Celso Queiroz Secretário Geral da CNBB. I. PROGRAMAS GLOBAIS (PG) 1. CAMPANHA DA FRATERNIDADE (PG-1) A Campanha da Fraternidade é um PROGRAMA CONJUNTO da ação pastoral da Igreja no Brasil. Ele exige planificação pastoral e articulação com as atividades permanentes, em todos os setores da ação pastoral da Igreja do Brasil. Estas atividades devem desenvolver-se de forma paralela em articulação com a pastoral, pois decorre da própria natureza da Igreja-Comunhão. Ela favorece o desenvolvimento dos carismas eclesiais, de maneira orgânica. Distribui tarefas e atribuições entre as diversas pastorais, organismos, movimentos e grupos. Envolve o maior número possível de interessados, nas etapas de reflexão, decisão, execução e avaliação. A articulação da CF significa efetiva comunicação entre agentes e instâncias da evangelização e da pastoral. Através de intercâmbio de experiências haverá melhor distribuição de tarefas e de complementação entre todos. Desta maneira, a Igreja local desenvolverá a solidariedade, a fraternidade e a compreensão mútua em todos os níveis. TEMA 1992 - Fraternidade e Juventude LEMA 1992 - Juventude - Caminho Aberto RESPONSÁVEL: Secretário Executivo da CF e Equipe especializada no tema; aprovação do texto: Secretário Geral da CNBB. TEMA 1993 - Fraternidade e Moradia LEMA 1993 - Onde Moras? RESPONSÁVEL: Secretário Executivo da CF e Equipe especializada no tema; aprovação do texto: Secretário Geral da CNBB. Cronograma de Preparação do Material da CF PRAZO DE ELABORAÇÃO: setembro a maio PRAZO DE IMPRESSÃO: junho a setembro PRAZO DE DISTRIBUIÇÃO: setembro a outubro RESPONSÁVEL: Editora Salesiana Dom Bosco. 2. DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO PASTORAL (PG-2) Aprovadas pelo Conselho Permanente da CNBB, em junho de 1991, as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil querem ser um caminho para ligar o Objetivo Geral da pastoral, aprovado na 29a. Assembléia Geral da CNBB, abril de 1991, e a ação pastoral. Desta forma, querem animar a vida pastoral da Igreja no Brasil, de forma orgânica e articulada. As Diretrizes são fruto de ampla consulta aos agentes e organismos de pastoral, às dioceses, bem como de estudos complementares, publicados pela CNBB no livro: Sociedade Brasileira e Desafios Pastorais, em 1990. Foram pensadas como um projeto de evangelização para a Igreja no Brasil, no início dos anos 90.

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3Agora, o que se espera é que, de fato, produzam bons e abundantes frutos para a vida e ação da Igreja, visando a formação do Povo de Deus e a participação na construção de uma sociedade justa e solidária. Para isso é necessário que penetrem profundamente a vida pastoral de nossas Igrejas, comunidades eclesiais, movimentos e pastorais. Neste sentido, esse PG-2 se propõe: 1. Incentivar a divulgação e a assimilação das Diretrizes: a) pela redação das Diretrizes em linguagem simplificada e acessível aos agentes de pastoral; b) pela elaboração de curso de pastoral para agentes, tendo como conteúdo programático as Diretrizes; 2. Profundar temas de especial importância que são abordados nas Diretrizes, para fazer progredir a reflexão sobre a realidade pastoral: a) através de estudos a serem realizados sobretudo nas reuniões mensais da Presidência e CEP da CNBB Nacional; b) por estudos e pesquisas de especialistas sobre temas específicos a serem posteriormente encaminhados à publicação; 3. Implementar as Diretrizes: a) através da elaboração de textos (para a coleção Estudos da CNBB) articulando várias dimensões, setores e pastorais específicas, visando a aplicação das Diretrizes nas diferentes áreas. 4. Acompanhar as iniciativas de divulgação e implementação em nível regional e diocesano, divulgando as principais realizações (tarefa a cargo da subsecretaria de pastoral da CNBB). 3. SANTO DOMINGO - 92 (PG-3) A Igreja na América Latina se prepara intensamente para os 500 anos de evangelização do continente. A Igreja do Brasil não poderia deixar de participar desse grande acontecimento, oferecendo sua contribuição. Tal contribuição situa-se, primeiro, na tarefa de rever o passado do processo de evangelização, no contexto histórico em que ele aconteceu, para dele aprender a superar os desafios do presente. Em segundo lugar, essa contribuição deverá preocupar-se com a tarefa de orientar a evangelização no presente. Para tal, deverá prestar atenção à conjuntura tanto internacional, como seus extremos contrastes entre países ricos e pobres, o processo de transformação por que passa o mundo atual, sobretudo os países do leste europeu, e a nova situação no cenário mundial do 3º mundo, quanto eclesial, no final deste milênio. Em terceiro lugar, será uma contribuição marcada por um penetrante olhar para o futuro, no horizonte do 3º milênio do cristianismo que se aproxima. Essas tarefas exigem da Igreja diligência e atenção especial para o processo de inculturação do Evangelho no continente. Para realizar o objetivo, o PG-3 propõe: 1. Intensificar a preparação da IV Conferência do Episcopado Latino-americano:

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4a) pela divulgação do Documento de Consulta a todo o episcopado e principais organismos da Igreja, e pelo respectivo estudo; b) pela elaboração de síntese e reflexão final do Secretariado da CNBB; c) pelo envio de material ao CELAM (1991); d) pelo estudo do Instrumento de Trabalho (1992); 2. Acompanhar a participação na IV Conferência de Santo Domingo. 3. Avaliar as conseqüências pastorais do documento a ser aprovado em Santo Domingo, promovendo o estudo e a assimilação, através de organismos eclesiais e institutos de teologia ou similares. II. PROGRAMAS DAS DIMENSÕES (PD) PROGRAMA 1: DIMENSÃO COMUNITÁRIA E PARTICIPATIVA (PD-1) É a dimensão que revela a natureza íntima da Igreja, na sua identidade básica. A Igreja é convocada para ser comunhão, pela participação de todos e cada um dos seus membros no mistério da comunhão trinitária. Incorporados a Cristo, todos se tornam filhos de Deus, pelo Espírito Santo, e irmãos, para viverem entre si uma profunda comunhão fraterna. A dimensão comunitária abrange, de um lado, a consciência da presença do Espírito vivificador, que distribui dons e carismas para o bem de todo o Corpo. Por outro, abrange também a vivência de uma crescente comunhão, pela qual, acolhendo e incentivando as diversas vocações e carismas, a Igreja se organiza em estruturas sempre mais participativas, para a construção da unidade orgânica, sinal da comunhão dos homens com Deus e dos homens entre si. A Igreja se caracteriza essencialmente como comunidade. Enquanto tal, ela toma consciência de si mesma, da sua natureza, do que ela é na vida íntima. Inseridas nos mais variados contextos humanos e permanecendo em comunhão entre si e especialmente com a Igreja de Roma, “as Igrejas particulares, formadas à imagem da Igreja universal”, são, por excelência, o sujeito eclesial. “Nelas e por elas existe a Igreja católica, una e única”. Por elas se manifesta o próprio desígnio de Deus. Nelas, as várias comunidades eclesiais, movimentos ou grupos apostólicos, leigos ou religiosos, se reconhecem membros vivos do Povo de Deus pelo batismo e exercem suas vocações e ministérios. A Igreja é convocada para ser comunhão pela participação de todos e cada um dos seus membros, na comunhão trinitária. Essencialmente comunidade, ela se organiza em comunidades com diversidade de vocações e ministérios. 1.1. SETOR VOCAÇÕES E MINISTÉRIOS O Setor Vocações e Ministérios, abrangendo a Pastoral Vocacional, a formação inicial de Presbíteros e Diáconos permanentes e ainda os Ministérios ordenados, a saber: Diaconato, Presbiterato e Episcopado, tem, ultimamente, vivido momentos de máxima atenção. Primeiramente, não muito distante nos encontramos da Visita Apostólica aos seminários diocesanos do Brasil e centros de formação presbiteral, em 1988 e, no momento, estamos acompanhando os seus desdobramentos. É possível que em breve nos venha a orientação, no sentido de proceder a uma adaptação das Diretrizes Gerais da formação presbiteral no Brasil. Mais recentemente aconteceu, em Roma, o Sínodo Universal Ordinário, com o tema da “formação sacerdotal nas circunstâncias atuais” (1990). Estamos diante do mesmo, em clima de expectativa, aguardando pela publicação, pelo Santo Padre, da Exortação Apostólica alusiva ao mesmo.

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5 Mais proximamente ainda, com aprovação pelo Conselho Permanente de junho/91, temos as novas “Diretrizes Gerais da ação Pastoral da Igreja no Brasil”. É no horizonte destes três importantes acontecimentos que o Setor Vocações e Ministérios busca fazer os seus encaminhamentos, reordenar as reflexões para os seus cursos, encontros, assembléias e demais programações. Não é necessário lembrar, aqui, a importância exercida na Igreja pelo ministério ordenado, especialmente o presbiteral e o episcopal, como animadores de toda a vida eclesial. Por outro lado, assiste-se a uma consciência sempre maior, por parte dos leigos, no sentido de sentirem-se participantes e co-responsáveis eclesialmente, na força do sacerdócio comum em Cristo, pelo Batismo. Esta força lhes vem, de modo especial, do Sínodo de 1987, a partir da Exortação Apostólica de João Paulo II: “Christifidelis Laici - sobre a Vocação e Missão dos leigos na Igreja e no mundo”. Tudo isto vem a exigir que cada ministério, ordenado ou não, na Igreja, venha a passar por um profundo ato e hétero-avaliação. Por outro lado, as circunstâncias atuais, sejam elas sócio-econômicas, políticas ou culturais, horizonte no qual a Igreja está chamada a levar a efeito a sua missão, passam por várias transformações. Diante disto, é necessário rever, com realismo e coragem, a formação inicial, e agora, de modo especial, a formação permanente dos ministros ordenados que são chamados a testemunhar e fazer acontecer a comunhão e a participação na Igreja. Esta tarefa busca nova compreensão para a Pastoral Vocacional, o discernimento dos vocacionados, a preparação inicial específica, tanto para presbíteros e diáconos, nos Seminários, Institutos Filosófico-Teológicos, Escolas Diaconais, quanto, agora também, para a formação permanente dos já diáconos permanentes, presbíteros e bispos. Diante disso, as programações do Setor Vocações e Ministérios, deverão inspirar-se nestas orientações da Igreja Universal acima e, de modo especial, nas novas Diretrizes Gerais da CNBB, seja no seu novo Objetivo Geral, seja na compreensão profunda da missão de evangelizar e nas dimensões da mesma (DGs caps. I e II). Igualmente requerem acurada atenção as mudanças na sociedade que impõem sempre novos desafios à missão da Igreja (DGs cap. III). Por outro lado, apareceram “novas acentuações na evangelização” (DGs cap. IV). Tudo isto, finalmente, reclama um olhar para os sujeitos da evangelização (DGs cap. V), que são chamados a fazer frente a tudo isto. E aí se impõe a formação permanente de todos os agentes de pastoral, ordenados ou não. Assim sendo, o Setor Vocações e Ministérios quer estar atento às necessidades da Igreja, preparar bem os seus ministros e servidores, em espírito de comunhão e participação. Atividades permanentes - Incentivar a compreensão da vocação cristã como dimensão de toda pastoral, a ser concretizada nos diversos serviços e ministérios. - Aprofundar a práxis dos ministérios exercidos pelos leigos, como sujeitos do dinamismo evangelizador da Igreja e, como Igreja, se engajar nas transformações da sociedade. - Acompanhar os agentes vocacionais no exercício do seu ministério; garantindo a sua formação, incentivando a organização de equipes vocacionais e oferecendo subsídios para uma compreensão mais profunda da Vocação e da Pastoral Vocacional. - Integrar a Pastoral Vocacional no conjunto da Pastoral Orgânica, privilegiando as pastorais da Juventude, Catequese e Família, organismos (OSIB, CNC e CND), conferências (CRB e CNIS) e movimentos (SERRA).

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6- Incentivar as várias formas de celebração, encontros, seminários para criar um clima vocacional. - Marcar presença nos regionais com vistas a desencadear a Pastoral Vocacional como elemento constitutivo do ser Igreja. - Propiciar iniciativas de promoção vocacional, especialmente no meio urbano e entre os segmentos de “minoria”. - Promover uma Pastoral Vocacional com perspectiva universal, procurando suscitar vocações missionárias para toda a Igreja. - Manter contato com os bispos responsáveis, os assessores e representantes de organismos ligados ao Setor Vocações e Ministérios. - Acompanhar a edição e divulgação do Boletim formativo e informativo “Convocação”, da Pastoral Vocacional. - Animar as Congregações Vocacionistas para que, na vivência do seu carisma, possam ser um serviço à Igreja do Brasil. - Coordenar os Encontros Nacionais, as reuniões do Grupo de Assessoria Vocacional e da Equipe Teológica Vocacional. - Incentivar a Jornada Mundial de Oração pelas Vocações e o mês de agosto como o mês vocacional. - Oferecer condições e estímulo ao ministério episcopal, visando sua unidade, o exercício de sua missão específica e oportunizando formação permanente. - Acompanhar, regularmente, a Comissão Nacional do Clero (CNC), apoiando suas tarefas, encontros, cursos, reuniões, para que possa ajudar a todos os irmãos presbíteros a viverem plenamente a sua vocação, exercerem o seu ministério, em comunhão e participação com seus bispos e com todo o Povo de Deus. - Apoiar e promover experiências de formação permanente para os presbíteros, tão necessária e insistentemente solicitada pelo Sínodo Universal de 1990, dadas as sempre renovadas circunstâncias em que a Igreja é chamada à missão da evangelização, e as novas Diretrizes Gerais...278/1. - Ajudar os presbíteros a que se encontrem no horizonte das novas “Diretrizes Gerais da ação Pastoral da Igreja no Brasil” (1991-1994), fazendo-as conhecidas e assim levando a uma mudança no modo de exercício do ministério. - Ajudar aos formadores de Seminários, por intermédio da OSIB, na modalidade de Cursos, Encontros, Treinamentos, Reuniões para que possam aplicar as novas orientações emanadas do Sínodo Universal de 1990 e a eventual adaptação das “Diretrizes Básicas - Formação dos Presbíteros na Igreja do Brasil” (Doc. 30 da CNBB). - Apoiar o Conselho Nacional de Leigos (CNL) no seu esforço de organização e formação, em nível regional e nacional, para que todos os cristãos, como Igreja, possam testemunhar seu batismo em meio a tantos desafios para a justiça, a fraternidade e a paz. - Acompanhar a Comissão Nacional de Diáconos (CND) apoiando a sua tarefa de animar a vocação ao ministério diaconal e garantir a formação inicial e permanente.

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7- Colaborar com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Conferência Nacional dos Institutos Seculares (CNIS), para que a vida consagrada assuma, na Igreja, a sua vocação específica, como manifestação profética e carismática do Reino. - Dar condições para a capacitação adequada dos formadores dos futuros presbíteros, apoiando Cursos em nível nacional, regional e mesmo internacional. - Implementar, juntamente com a OSIB, instrumentos de aperfeiçoamento da formação presbiteral, tais como a atualização do Catálogo dos Seminários e do Cadastro Geral de Professores dos Institutos Filosófico-Teológicos. - Informar os Seminários e Institutos de Formação Presbiteral do Brasil sobre bibliografia atualizada, no campo da Filosofia e da Teologia, a fim de que os responsáveis pela formação dos novos presbíteros tenham mais condições para desempenhar sua tarefa. - Criar mecanismos de entre-ajuda e intercâmbio de professores e formadores entre os Seminários Maiores e Institutos do Brasil. - Criar oportunidade para formação mais consistente de formadores de Seminários Maiores e Casas de Formação através de um Curso mais prolongado, até de um semestre. - Levar incentivo e apoio à formação presbiteral, inicial e permanente, por meio de visitas aos Regionais, Seminários e Institutos e, na medida do possível, participar, e mesmo assessorar, os seus eventos. - Ajudar a criar uma consciência sempre maior de um trabalho integrado entre Pastoral Vocacional, Formação inicial e permanente dos presbíteros e diáconos, buscando mútuo diálogo entre Organismos e Conferências, tais como: OSIB, CNC, CND, CNL, CRB e CNIS. - Manter fraterno relacionamento com o Departamento de Vocações e Ministérios (DEVYM) do CELAM, bem como com outras Conferências Episcopais, colaborando com suas solicitações, enviando material e até, eventualmente, participando de atividades conjuntas. - Ajudar a criar um espírito de verdadeira comunhão e participação entre todos na Igreja, a fim de que as Novas Diretrizes Gerais da sua ação pastoral possam, antes de tudo, ser testemunhadas por uma nova prática eclesial. Projetos 1. PASTORAL VOCACIONAL 10º Encontro nacional de pastoral vocacional (P.D-1.1) OBJETIVO Dinamizar a Pastoral Vocacional, através da avaliação do biênio, aprofundando a reflexão da vocação e dos ministérios e encaminhando as Linhas de ação para um compromisso conjunto. JUSTIFICATIVA É a convergência de todos os trabalhos realizados em nível nacional e regional, através da formação dos agentes e das equipes vocacionais, da integração com pastorais, organismos, conferências e movimentos, bem como as diversas formas de animação da Pastoral Vocacional. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - Grupo de Assessoria Vocacional

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8- Equipe Teológica Vocacional PRAZO: 9 a 13 de setembro de 1991 Curso de formação de agentes - acompanhamento vocacional (PD 1.2) OBJETIVO Capacitar o Agente de Pastoral Vocacional para que possa exercer bem este ministério, em seu regional/diocese, viabilizando uma ação pastoral integrada no conjunto das pastorais e prestando um serviço aos vocacionados. JUSTIFICATIVA É um curso que vai capacitar o agente vocacional para o papel do Acompanhamento Vocacional. Esta é a terceira etapa, sendo antecedida pela fundamentação em 89 e o discernimento em 90. O específico da Pastoral Vocacional é acompanhar o jovem no seu processo de opção vocacional para que tenha uma consciência madura no momento da opção de vida. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - Grupo de Assessoria Vocacional - Conferência dos Religiosos do Brasil PRAZO: 15 a 22 de setembro de 1991 Reunião do grupo de assessoria vocacional (PD 1.3) OBJETIVO Reunir o Grupo de Assessoria Vocacional para encaminhar as atividades da Pastoral Vocacional e ser o órgão representativo dos regionais e da Equipe Teológica Vocacional. JUSTIFICATIVA Este grupo garante o encaminhamento dos diversos projetos aprovados no Encontro Nacional, delega as responsabilidades para as diferentes atividades e acompanha o processo da Pastoral Vocacional no conjunto da caminhada eclesial. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - Grupo de Assessoria Vocacional PRAZO 1 a 3 de março de 1991 14 a 15 de setembro de l991 1 a 3 de junho de 1992 Seminário sobre ministérios de leigos (PD 1.4) OBJETIVO Aprofundar a reflexão sobre os ministérios leigos na Igreja e abrir novos caminhos para, na prática da pastoral eclesial, ser uma Igreja toda ministerial. JUSTIFICATIVA O seminário quer reunir os setores responsáveis pelos ministérios leigos para uma classificação teológica e eclesiológica dos ministérios leigos e acolher as orientações do Sínodo sobre os leigos, em vista de uma nova prática pastoral. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - Setor Leigos

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9- Setor Pastoral Social PRAZO: 1992 2. SEMINÁRIOS 10º e 11º Cursos para formadores de seminários maiores e institutos do Brasil (PD 1.5) OBJETIVO Qualificar os formadores para poderem fazer frente aos sempre novos desafios da tarefa da formação dos presbíteros, agora no horizonte do Sínodo Universal de 1990 e das novas Diretrizes Gerais da CNBB (1991-1994). JUSTIFICATIVA Primeiramente, o tema destes dois cursos é fruto de votação e decisão da “7ª Assembléia Geral da OSIB” (Ilhéus-BA, julho/90). Vê-se a necessidade dos mesmos, devido serem muitos os formadores jovens, outros iniciando a formação, e tão rapidamente mudarem as circunstâncias em que acontece a formação presbiteral. Os formadores sentem necessidade de constante atualização, qualificação e habilitação para tarefa tão importante na Igreja, diante do fenômeno da Modernidade e, nela, a missão de preparar os novos presbíteros. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - OSIB: Organização dos Seminários e Institutos do Brasil PRAZO “10º Curso...”: 15 a 25 de julho de 1991 “11º Curso...”: 4 a 13 de fevereiro de 1992 3º Encontro nacional de estudos filosóficos e formação presbiteral (PD 1.6) OBJETIVO Proporcionar atualização filosófica, tanto para professores quanto para formadores, a fim de que possam atualizar-se, no tocante às exigências do ensino filosófico em nossos Seminários e Institutos de formação presbiteral, como período de máxima importância para os estudos teológicos. JUSTIFICATIVA Há algum tempo, professores e formadores do nível filosófico solicitam maior atenção a este período da formação presbiteral. Com o tema de “Teologia, Filosofia e Ciências Humanas”, deseja-se articular a passagem da Filosofia para a Teologia, mostrar a pertinência e importância da reflexão filosófica como necessária para a Teologia. Estes encontros só acontecem de dois em dois anos, por decisão dos próprios participantes. A partir da avaliação feita dos primeiros dois encontros e às portas deste terceiro, constata-se que há uma urgência muito grande em dar uma atenção maior a este período da formação presbiteral. Faz-se necessário uma nova consciência sobre a importância dos estudos filosóficos e uma revisão dos currículos, de método e de impostação, diante dos muitos desafios que, hoje, se apresentam na área. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios e OSIB: Organização dos Seminários e Institutos do Brasil. PRAZO: 6 a 10 de maio de 1991 1º Encontro nacional sobre o curso propedêutico (PD 1.7)

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10OBJETIVO Objetiva-se somar conquistas, partilhando as experiências que já existem, adequá-las aos tempos e necessidades, comungar expectativas e buscar alguns critérios comuns para o seu funcionamento. JUSTIFICATIVA O Curso (Ano) Propedêutico vem sendo implantado em muitos Seminários e Institutos de formação presbiteral, tanto diocesanos quanto religiosos. Em parte, a sua exigência vem da supressão de Seminários Menores e das circunstâncias em que se encontram, hoje, os vocacionados que demandam os Seminários. A CNBB já vem, há mais tempo, urgindo a sua implantação. O recente Sínodo de 1990 sobre a “Formação Sacerdotal nas circunstâncias atuais” também aponta para a sua importância. Igualmente existe um desejo generalizado, de quem já o implantou, querer confrontar o seu êxito e os desafios existentes. De outro, há os que buscam elementos para encaminhá-lo. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios e OSIB: Organização dos Seminários Institutos do Brasil. PRAZO: 2 a 5 de setembro de 1991 8ª Assembléia geral da OSIB (PD 1.8) OBJETIVO Refletir sobre o tema da “Modernidade e formação presbiteral”, porque se impõe como grande desafio do momento (DGs cap. III), estabelecer uma ampla consulta junto aos reitores e formadores dos Seminários Maiores do Brasil, para definir os rumos das atividades e programações da OSIB para o biênio seguinte, e ainda, eleger a nova diretoria. JUSTIFICATIVA É estatutária a Assembléia Geral bienal da OSIB. Ela se faz necessária diante dos sempre renovados desafios que se impõem para a formação presbiteral. Este organismo presta um serviço relevante aos reitores, diretores, formadores e professores de Instituições de formação presbiteral, não sem ouvir, primeiramente, as urgências que se fazem sentir nas bases das instituições afiliadas. A decisão pelas tarefas mais urgentes são tomadas por votação. O tema da Assembléia Geral fecha o ciclo de cursos com tema similar, a saber: “Modernidade e formação presbiteral”, culminando com a publicação de novo “Cadernos da OSIB”, com o resultado da Assembléia Geral e dos Documentos produzidos pelos Cursos no biênio. RESPONSÁVEL - OSIB: Organização dos Seminários e Institutos do Brasil - Setor Vocações e Ministérios. PRAZO: Julho de 1992 5º Encontro de bispos do setor seminários nos regionais e OSIB ampliada (PD 1.9) OBJETIVO Reunindo num só encontro os bispos do Setor Seminário nos Regionais e a “OSIB AMPLIADA” visa dar encaminhamento atualizado à formação presbiteral nos Seminários, à luz da “Exortação Apostólica” do Sínodo de 1990, (sobre “a formação sacerdotal nas circunstâncias atuais”), adaptando-a à realidade brasileira e à luz das Novas Diretrizes Gerais da CNBB. JUSTIFICATIVA Vivemos um momento especial na Igreja no Brasil, concernente à formação presbiteral. De um lado, aconteceu a Visita Apostólica aos Seminários do Brasil e presenciamos aos seus desdobramentos. De outro, com a realização do recente Sínodo Universal sobre a

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11formação sacerdotal (1990), certamente tão logo publicada a Exortação Apostólica alusiva ao mesmo, somos chamados a adequar a formação às novas exigências. Um terceiro acontecimento: o fato da publicação das novas “Diretrizes Gerais da ação pastoral da Igreja no Brasil” (1991-94). Tudo isto vai exigir um esforço redobrado para entender os sinais dos tempos e re-encaminhar a formação dos novos presbíteros. É possível, ainda, que se dê a exigência de adaptar o Doc. 30 da CNBB: “A Formação Presbiteral no Brasil - Diretrizes Gerais”. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios e OSIB: Organização dos Seminários e Institutos do Brasil. PRAZO: 2º semestre de 1992 7º Catálogo dos seminários do Brasil (publicação) (PD 1.10) OBJETIVO Atualizar os dados quanto ao número, natureza, endereço e responsáveis pelos Seminários, Casas de Formação e Institutos de Formação Filosófico-Teológica do Brasil, a quantidade de seminaristas e comprovar as tendências, subsidiando aqueles que se ocupam da formação presbiteral. JUSTIFICATIVA Será a sétima versão do “Catálogo dos Seminários do Brasil”. A publicação acontece de dois em dois anos. Esta se impõe devido à rápida alteração dos dados referente às Instituições de formação presbiteral. Por meio deste instrumento é fácil perceber a tendência numérica dos candidatos ao presbiterato, a situação das instituições que os preparam, bem como a transitoriedade dos responsáveis pelas mesmas ou não. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - OSIB: Organização dos Seminários e Institutos do Brasil PRAZO: 2º semestre de 1991 Cadastro geral de professores de seminários e institutos filosófico-teológicos do Brasil (Publicação) (PD 1.11) OBJETIVO Cadastrar, segundo o “curriculum vitae”, por títulos acadêmicos, especializações e habilitações, os professores dos Seminários Maiores e Institutos de Filosofia e Teologia, a fim de facilitar o acesso a nomes, endereços e respectivas especializações e, deste modo, proporcionar maior intercâmbio entre os Centros de formação presbiteral. JUSTIFICATIVA É crescente o número de professores de Filosofia e Teologia que demandam estudos de especialização, mestrado e doutorado, tanto no país, quanto no exterior. Por outro lado, há Centros de formação presbiteral que se ressentem de um quadro mais amplo de professores. Necessário se faz recorrer a professores de outras instâncias. O Cadastramento Geral, indicando os estudos realizados, as disciplinas que lecionam, os endereços atualizados, em muito contribuirá para fazer frente às necessidades dos centros menos aquinhoados. Há mais tempo se pergunta e se pede por nova publicação, dado que a última remonta ao ano de 1981. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - OSIB: Organização dos Seminários e Institutos do Brasil PRAZO: 1º semestre de 1992

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12A situação dos vocacionados e seminaristas maiores do Brasil (Pesquisa e publicação) (PD 1.12) OBJETIVO Constatar a atual situação dos Seminaristas Maiores do Brasil, confrontá-la com os dados da última pesquisa levada a efeito em 1982, identificar as tendências, estabelecer as urgências, a fim de servir como marco para orientar a formação presbiteral nos tempos atuais. JUSTIFICATIVA Há dez anos (1982) fez-se uma significativa pesquisa junto aos seminaristas maiores do Brasil. De lá para cá houve muita evolução na sociedade, quer do ponto de vista da cultura, da religião, da política, da economia, quer da sociedade em geral. Tudo isto traz profundas influências sobre os atuais candidatos ao presbiterato. Necessário se faz identificar a real situação dos seminaristas maiores para poder-se fazer frente ao desafio da formação nas sempre renovadas circunstâncias. Há uma expectativa pelos resultados desta pesquisa, que se avalia como necessária, cirscunstanciada pela realização recente da Visita Apostólica aos Seminários diocesanos do Brasil e do Sínodo Universal de 1990 sobre a “formação sacerdotal nas circunstâncias atuais” e, em tempos de novas “Diretrizes Gerais da ação pastoral da Igreja no Brasil”. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - OSIB: Organização dos Seminários e Institutos do Brasil e Pastoral Vocacional. PRAZO: 1º semestre de 1992 3. MINISTÉRIO DIACONAL 5º Encontro nacional e 4ª assembléia geral de diáconos (PD 1.13) OBJETIVO Reunir os Diáconos do Brasil, em grande Encontro e Assembléia Geral, para refletir sobre o tema do trabalho, à luz da Doutrina Social da Igreja e da Campanha da Fraternidade de 1991 e divisar novos campos para o exercício do ministério diaconal, e para eleger a nova diretoria da CND para o próximo quadriênio. JUSTIFICATIVA A Assembléia Geral da CND está regulamentada para períodos quadrienais, coincidindo com o mandato da Presidência da CNBB. Para o Encontro são convidados todos os diáconos do Brasil, o que não ocorre para a sua Assembléia Geral, que é composta de delegados eleitores representantes dos diáconos Regionais e mesmo diocesanos. Igualmente se fazem presentes as esposas dos diáconos. Este Encontro e Assembléia Geral da CND têm-se constituído em importante momento de confraternização, de graça e de mútuo estímulo para o reavivamento da compreensão do ministério diaconal e de partilha de novas expressões no seu exercício. RESPONSÁVEL - CND: Comissão Nacional de Diáconos - Setor Vocações e Ministérios PRAZO: 7 a 10 de março de 1991 3º Encontro nacional das escolas diaconais (PD 1.14) OBJETIVO Reunir todos os responsáveis pelas Escolas Diaconais, partilhar e comungar a experiência da formação, divisar os desafios e buscar critérios comuns para a formação inicial e

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13permanente dos diáconos a fim de que possam corresponder, atualizadamente, ao ministério que lhes foi confiado pela Igreja. JUSTIFICATIVA O Ministério diaconal não está ainda reconhecido e implantado extensivamente em todas as Igrejas Particulares do Brasil. Pairam ainda dúvidas, incertezas, tanto de ordem pastoral quanto teológica, para a sua compreensão e efetivação. Diante disso, os encontros bienais se fazem necessários para partilhar as conquistas, os novos espaços que se abrem ao ministério diaconal e mesmo unificar alguns critérios comuns no processo da formação inicial e permanente dos diáconos. RESPONSÁVEL - CND: Comissão Nacional de Diáconos - Setor Vocações e Ministérios de 1992 PRAZO: 14 a 17 de maio 4. MINISTÉRIO PRESBITERAL 4º ENP: Encontro nacional de presbíteros (PD 1.15) OBJETIVO Reunir presbitérios representantes de todas as dioceses do Brasil, para refletir sobre o tema:”Desafios da evangelização para o presbítero hoje”, a fim de compreender os desafios da realidade, apontar pistas pastorais, situar o ministério do presbítero, de modo a estimular sua realização pessoal e promover instrumentos para apoiar a vida e o ministério dos presbíteros. JUSTIFICATIVA Os ENPs acontecem de dois em dois anos. É possível que, a partir deste quarto, seja dilatado o prazo, de um a outro, para três anos. Participam, além da CNC, responsável pelo evento e acompanhamento direto do Setor Vocações e Ministérios da CNBB, delegados eleitos pelos respectivos presbíteros, assessores e convidados de vários organismos como: OSIB, CND, CNL, CRB, e ainda os bispos que acompanham as CRCs (Comissões Regionais do Clero). Os ENPs têm trazido muita riqueza para todos os presbíteros do Brasil, porque o resultado dos ENPs ressoa, nos níveis regionais e diocesanos, em encontros subseqüentes. Pode-se até dizer que se constitui em verdadeira oportunidade de formação permanente. O 4º ENP, por sua vez, acontece em momento muito especial para a Igreja, quando, em nível universal, acaba de se realizar o Sínodo (1990) sobre a “formação sacerdotal nas circunstâncias atuais” e, na Igreja do Brasil, temos as novas “Diretrizes Gerais da ação pastoral...” em cujo horizonte se delineia a temática de reflexão. RESPONSÁVEL - CNC: Comissão Nacional do Clero - Setor Vocações e Ministérios PRAZO: 11 a 16 de fevereiro de 1992 Encontro da comissão nacional do clero ampliada (PD 1.16) OBJETIVO Revisar a caminhada dos desdobramentos do “4º ENP”, pelos regionais e dioceses e, auscultando as mesmas bases acima, dar os primeiros encaminhamentos em vista ao “5º ENP”, não sem dar uma atenção às questões que afetam os presbíteros e seu ministério, a fim de que a CNC possa continuar prestando o seu serviço a todos os presbíteros do Brasil.

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14 JUSTIFICATIVA Percebe-se o quanto de providências são necessárias, não somente para encaminhar os ENPs, mas também para acompanhar o todo do trabalho das CRPs (Comissões Regionais de Presbíteros). Somente uma reunião da CNC, por ocasião das AGs (Assembléias Gerais) da CNBB não é suficiente. Dado este fato, convoca-se a “CNC Ampliada”, isto é, além dos presidentes das CRPs, mais dois membros de cada regional para mais co-responsavelmente poder-se encaminhar as atividades e fazer frente às necessidades dos presbíteros em geral. Um fato que poderá acontecer, contudo, é o de se adiar este projeto para o ano de 1993, porque paira uma possibilidade de se dilatar, de 2 para 3 anos, a realização dos ENPS. RESPONSÁVEL - CNC: Comissão Nacional do Clero - Setor Vocações e Ministérios PRAZO: novembro de 1992 2º e 3º Cursos de formação permanente para presbíteros (PD 1.17) OBJETIVO Visa encaminhar, definitivamente, no Brasil, a Formação Permanente dos Presbíteros, especialmente diocesanos, preparando multiplicadores, tanto para os níveis regionais quanto diocesanos, que possam encaminhar os desdobramentos futuros desta Formação Permanente em outras tantas expressões, encontros, cursos etc. JUSTIFICATIVA Os tempos atuais estão a exigir uma radical e profunda formação permanente dos presbíteros, que atinja o seu ser pessoal, a sua espiritualidade, o todo de sua ação pastoral, bem como os seus múltiplos relacionamentos, quer com seu bispo diocesano, seus irmãos no presbitério, quer com os religiosos e os leigos. Os três primeiros ENPs trouxeram vivamente o desejo da Formação Permanente, contatadas as muitas situações desafiadoras para o exercício do ministério presbiteral, numa Igreja de Comunhão e Participação e diante da Modernidade. A mudança das circunstâncias em que o presbítero exerce o ministério já seria uma razão suficiente para urgir esta formação. No mesmo sentido, o recente Sínodo Universal sobre “a formação sacerdotal nas circunstâncias atuais” veio falar da sua pertinência e necessidade, como ainda as atuais Diretrizes Gerais (cap. III). RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - CNC: Comissão Nacional do Clero PRAZO 2º Curso: 16/6 a 31/7 de 1991 3º Curso: 1/9 a 15/10/ de 1991 1º Semestre sabático para presbíteros diocesanos (PD 1.18) OBJETIVO Proporcionar a presbíteros diocesanos um tempo significativo de reflexão (estudo), oração, partilha de experiências, vida comunitária, descanso etc... que lhes dê oportunidade de poderem re-situar-se diante da vida e buscar novas motivações para a continuidade no exercício do ministério presbiterial. JUSTIFICATIVA No Brasil não se oferece ainda, a presbíteros diocesanos, oportunidade mais prolongada de uma parada de avaliação, de descanso, de estudos, de oração, de modo comunitário. As opções são muito individualizadas. Há mais tempo existe uma solicitação de muitas

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15partes, pedindo que a CNBB ofereça esta chance. Não visa primeiramente uma atualização teológico-pastoral com Cursos, de mestrado, doutorado, como oferecem alguns Institutos Teológicos e Faculdades do Brasil, mas, acima de tudo, um encontro consigo mesmos, com colegas, em vida comunitária, e a busca de uma espiritualidade mais condizente com o todo da vida dos presbíteros. A duração seria, em princípio, de quatro a seis meses. RESPONSÁVEL - Setor Vocações e Ministérios - CNC: Comissão Nacional do Clero PRAZO: 2º semestre de 1992 5. MINISTÉRIO EPISCOPAL 4º e 5º Encontros de novos bispos (PD 1.19) OBJETIVO Proporcionar aos novos bispos, já no início do seu ministério, contatos com a CNBB, sua história, missão e tarefas, sua sede, em Brasília, assessores, serviços que oferece, refletir sobre a teologia do episcopado e o respectivo múnus, a fim de que melhor possam situar-se no Colégio episcopal que começam a integrar, e colegialmente assumir a missão de pastores do rebanho. JUSTIFICATIVA Há mais tempo se ouvia dizer que um presbítero fica bispo e não há curso específico de preparação para assumir este novo ministério, de máxima responsabilidade na Igreja. Fica-se bispo na prática do dia-a-dia. Sentiu-se, então, a necessidade de organizar algo para ajudar a estes novos bispos. Assim, surgiu este Encontro. Os já realizados foram de suma validade para os que deles participaram. O Encontro tenta oferecer o mínimo de condições para os bispos compreenderam a CNBB, a sua história, a sua missão, os desafios que enfrenta e poderem ter conhecimento de todos os serviços que põe à disposição. Além da parte mais operativa na sede da CNBB, reflete-se sobre a teologia e o ministério episcopal à luz dos Documentos Conciliares e do Código de Direito Canônico, bem como um contato com a Nunciatura Apostólica. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios PRAZO 21 a 25 de fevereiro de 1991 Fevereiro de 1992 Encontro dos delegados da cnbb para a 4ª conferência de Santo Domingo (PD 1.20) OBJETIVO Ajudar os bispos delegados do Brasil e demais convidados para a 4ª Conferência em Santo Domingo a buscarem uma reflexão comum, alguns temas de consenso, inteirarem-se de todo o processo de preparação, conheceram e estudarem juntos o “Instrumento de Trabalho” e assim melhor poderem contribuir, a partir da experiência da Igreja no Brasil. JUSTIFICATIVA Pensa-se ser de fundamental importância este encontro para os delegados da CNBB e demais convidados do Brasil para esta 4ª Conferência de Santo Domingo. Ter algumas propostas em comum já será um grande passo dado, quando estas partem de uma consciência de problemas sobre os quais já existem elementos de compreensão e iluminação. Ademais, a Igreja do Brasil tem dado grandes contribuições à caminhada feita na América Latina, em especial por ocasião da 2ª e 3ª Conferências, em Medellin e Puebla, respectivamente.

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16 RESPONSÁVEL - CNBB - Setor Vocações e Ministérios PRAZO: 10 a 14 de agosto de 1992 2º Curso de formação permanente para bispos (PD 1.21) OBJETIVO Visa criar condições e oportunidades de reflexão, de partilha, para melhor compreensão da tarefa da animação da Evangelização nas Igrejas Particulares, diante dos tantos desafios da Modernidade e das propostas pluriformes apresentadas por outras Confissões e mesmo Seitas, para, como bispos, melhor levarem a efeito, colegialmente, o Magistério na Igreja. JUSTIFICATIVA Refletia-se, no Sínodo de 1990, que a Formação Permanente é exigência para todos na Igreja, também para os bispos. Isto, pelo simples fato de mudarem as circunstâncias atuais em que os bispos e os presbíteros exercem o seu ministério de animação, coordenação e governo da Igreja, cada um no seu nível. Diante disto, encaminhou-se este curso a fim de oferecer subsídios de iluminação para missão tão precípua como a de evangelizar. Ter-se-á muito presente as novas “Diretrizes da ação Pastoral da Igreja no Brasil” e a preparação para a 4ª Conferência em Santo Domingo. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios PRAZO: 5 a 9 de agosto de 1991 1.2. LEIGOS O Sínodo sobre a Vocação e Missão do leigo na Igreja e no mundo - (1987) - há vinte anos do Concílio Vaticano II - não só despertou para a valorização do cristão leigo na co-responsabilidade eclesial, como ajudou a aprofundar sua dimensão teológica. A exortação pós-sinodal do Papa João Paulo II, “Cristifidelis laici” (dezembro de 1988), consolidou os princípios fundamentais para a ação do leigo na Igreja e como Igreja no mundo. Acentua a definição positiva do cristão leigo “não só pertencem à Igreja, mas são a Igreja”, mostra as novidades pós-conciliares e a sua responsabilidade na Igreja-Missão: evangelização a serviço da pessoa e da sociedade. É que, em seus serviços e funções próprias, assumindo os ministérios que lhes cabem na Igreja, os leigos são marcados pela “índole secular”, na animação da ordem temporal. Para concretizar esta missão, a “Christifidelis laici” valoriza, de modo especial, as formas associativas de leigos. No Brasil, o clima do Sínodo criou maior dinâmica dos leigos, que se organizam, cada vez mais, em Conselhos diocesanos e regionais. O Conselho Nacional dos Leigos (CNL) toma novas formas, ocupa novos espaços na animação dos seus membros: das Pastorais específicas, dos Movimentos, das Comunidades Eclesiais de Base, das associações... Entre as constantes, neste período, destacam-se a necessidade de formação em todos os níveis, sede de espiritualidade/mística, desejo de engajamento no campo dos sindicatos, da política, dos movimentos populares... E, ainda, a mulher busca assumir sua missão na Igreja, de maneira mais consciente e mais profunda. As novas Diretrizes da ação Pastoral da Igreja no Brasil (1991-94) salientam os cristãos leigos como sujeitos privilegiados da nova Evangelização, apesar da tradição clerical da nossa Igreja. Atividades permanentes

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17- Colaborar com os leigos no aprofundamento da compreensão da vivência de sua vocação e missão como cristãos, na Igreja do Brasil. - Continuar os esforços empreendidos para que os leigos assumam seu papel na Igreja e se articulem em nível diocesano/regional e estejam presentes nas instâncias pastorais correspondentes. - Estimular o engajamento dos cristãos leigos nas várias organizações da sociedade civil, como fermento do Evangelho e co-responsabilidade pela construção de um país humano e solidário. - Oferecer condições ao Conselho Nacional dos Leigos (CNL) para melhor exercer sua missão de animação, organização e formação dos cristãos leigos, a serviço da evangelização do povo brasileiro. - Aprofundar a espiritualidade dos cristãos leigos, de modo especial na relação fé-vida, contemplação-compromisso transformador. Projetos Encontro das direções dos movimentos apostólicos e pastorais específicas (PD 1.22) OBJETIVO Estudar as novas Diretrizes da ação pastoral da Igreja no Brasil (1991-1994), seu relacionamento com as Igrejas Particulares e com o Conselho Nacional dos Leigos (CNL). JUSTIFICATIVA Em continuidade com outros encontros, estão sendo convidados os Dirigentes dos Movimentos apostólicos, Pastorais específicas e associações que estão ligadas ao Conselho Nacional de Leigos (CNL) e/ou às Pastorais específicas da Dimensão sócio-transformadora da CNBB. Além do clima de Comunhão na co-responsabilidade da missão, o objetivo deste encontro é fazermos propostas para a aplicação das Diretrizes, através das várias entidades presentes ao encontro. Deveremos também, nesta ocasião, dialogar com as respectivas entidades sobre suas experiências no relacionamento com as Igrejas Particulares (positivas ou negativas), assim como com o Conselho Nacional dos Leigos. RESPONSÁVEL - Setor Leigos da CNBB e Conselho Nacional dos Leigos (CNL) PRAZO: 28 e 29 de setembro de 1991 Encontro com os bispos que acompanham os leigos nos regionais da CNBB (PD 1.23) OBJETIVO Troca de experiências entre os bispos que acompanham os leigos nos respectivos setores e a equipe executiva do Conselho Nacional dos Leigos (CNL), para refletir sobre a missão, organização, formação, espiritualidade e a missão dos bispos no acompanhamento. JUSTIFICATIVA Há uma nova tentativa de animação e organização dos leigos no Brasil: nas dioceses, nos regionais, em plano nacional.

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18Os Conselhos diocesanos e regionais estão se reestruturando ou se organizando. O Sínodo sobre a vocação e missão dos leigos, em 1987, ofereceu novos desafios e elementos teológicos valiosos. Há uma necessidade de reciclagem quanto à prática e teoria da animação dos leigos. RESPONSÁVEL - Setor Leigos da CNBB - Conselho Nacional dos Leigos (CNL) equipe executiva PRAZO: 10 a 12 de março de 1992 Encontro dos representantes dos centros de formação (PD 1.24) OBJETIVO Avaliar a pesquisa encaminhada pelo CERIS no ano de 1991 sobre os instrumentos de Formação dos Leigos. Os Participantes: equipe executiva do CNL (7 pessoas) e os coordenadores dos Conselhos Regionais de Leigos (13), juntamente com o Setor Leigos da CNBB. JUSTIFICATIVA A Formação dos Leigos na Igreja tem sido apresentada como de máxima urgência e necessidade. Para melhor planejar um trabalho mais orgânico, se tornou necessário conhecer o que já existe: seus conteúdos, suas metodologias, quem assume... Só então, poderemos pensar em promoções para melhor atender os desafios, em plano nacional e regional. Estão previstas etapas preparatórias, através de uma equipe formada pelo Setor Leigos da CNBB e membros do Conselho Nacional dos Leigos. RESPONSÁVEL - Setor Leigos da CNBB - Conselho Nacional dos Leigos (CNL) - Equipe executiva PRAZO: 27 a 29 de novembro de 1992 1.3. SETOR ESTRUTURAS DE IGREJA 1.3.1. CEBs As CEBs podem ajudar, também, a descentralizar e articular melhor a ação pastoral da Igreja local. Radicadas nos ambientes simples, sejam elas fermento de vida cristã e de transformação da sociedade. Sejam instrumento de evangelização e primeiro anúncio, fonte de novos ministérios e, animadas pela caridade de Cristo, cooperem para a superação das divisões. Atividades permanentes - Manter contato com os regionais; participar de encontros sobre temas relacionados com CEBs; assessorar encontros; - acompanhar os Encontros Regionais de sobre CEBs; acompanhar os Encontros Intereclesiais (preparação e realização). Projetos Preparação do 8º encontro intereclesial de comunidades de base (PD 1.25)

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19OBJETIVO Acompanhar, articular, aprofundar a caminhada das CEBs; definir e desenvolver as questões fundamentais do Intereclesial e avaliar o processo de encaminhamento dos Intereclesiais. JUSTIFICATIVA Presença e acompanhamento das reuniões da Comissão Ampliada e da Equipe Central, responsáveis pela preparação do 8º Inter-eclesial. RESPONSÁVEL - Comissão Ampliada - Equipe Central do 8º Intereclesial, sob a coordenação da Igreja Particular em Santa Maria, RS, anfitriã do Encontro PRAZO 15 a 17 /12/90 27 a 30/07/91; 29 a 31/05/92 14 a 16/02/92; 14 a 16/12/92 Realização do 8º encontro intereclesial de comunidades eclesiais de base (PD 1.26) OBJETIVO Refletir, partilhar e celebrar o tema “CULTURAS OPRIMIDAS E EVANGELIZAÇÃO NA AMÉRICA LATINA”, cumo lema “POVO DE DEUS RENASCENDO DAS CULTURAS OPRIMIDAS”. JUSTIFICATIVA Aprofundamento, troca de experiências e vivência da eclesialidade das CEBs que estão em cada Igreja particular. RESPONSÁVEL - Igreja particular em Santa Maria, RS - Comissão Ampliada - Equipe Central PRAZO: 8 a 12 de setembro de 1992 Pesquisa - Comunidades de Base: Quantas, como são, onde estão? (1.27) OBJETIVO Sabe-se que as CEBs existem, conhece-se muito sobre as mesmas, mas não se sabe, com certeza, o que são e nem quantas são. O projeto de pesquisa tem a finalidade de preencher este vazio e estabelecer um novo patamar de conhecimento sobre o assunto. JUSTIFICATIVA Alimentar o trabalho pastoral e a reflexão sobre as CEBs com dados rigorosamente obtidos e processados através de métodos de pesquisa fidedignos. RESPONSÁVEL: CERIS - ISER PRAZO: 1991/1992 1.3.2. PASTORAL URBANA A complexidade e os contrastes da modernidade revelam-se, antes de tudo, no MEIO URBANO, exigindo urgente esforço para pensar e criar uma pastoral adequada ao contexto atual das cidades.

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20Atividades permanentes - Valorização da pessoa e da experiência subjetiva e pessoal da fé. - Presença mais significativa da Igreja na Sociedade. - Vocações e Missão dos Leigos e dos Presbíteros na cidade. - Planificação pastoral para maior articulação entre as atividades pastorais. - Trocar experiências, organizar e desenvolver uma pastoral própria de cidade, seus conflitos, sua dinâmica cultural, os valores da modernidade nela presentes, a necessidade de escutar melhor sua realidade através de seus elementos mais significativos. - Pesquisar, estudar e difundir experiências em busca de uma Pastoral Urbana; apoiar, acompanhar e difundir encontros, seminários sobre as experiências de pastoral sob o enfoque do urbano. Projetos Pastoral urbana (PD 1.28) OBJETIVO Rever a presença e organização da Igreja na cidade. JUSTIFICATIVA O processo de modernização é complexo e se manifesta mais claramente nas transformações técnicas, econômicas e políticas, trazendo uma nova visão do homem e da sociedade. A sociedade moderna difere da tradicional. A Igreja deverá rever e criar novas estruturas eclesiais, valorizar e articular as pastorais, criando mecanismos de comunhão e participação para anunciar o Evangelho na cidade. PARA ISSO: Elaborar e fornecer, aos Regionais da CNBB, subsídios para estudo e troca de experiências sobre: - Subjetividade e experiência religiosa, - Pluralismo cultural, - Pluralismo religioso, - A Igreja na cidade: paróquia x comunidades x pastorais x subjetividade x evangelização x urbano x culturas x pluralismo religioso x ética social. RESPONSÁVEL - Setor Estruturas de Igreja - Pastoral Urbana PRAZO: 1992 Presença e organização da igreja na cidade (PD 1.29) OBJETIVO Trocar experiências, organizar e desenvolver uma pastoral própria de cidade. JUSTIFICATIVA Requer-se uma reflexão profunda, séria e corajosa sobre a realidade da cidade, seus conflitos, sua dinâmica cultural, os valores da modernidade nela presentes, a necessidade de escutar melhor sua realidade através de seus elementos mais significativos. Rever a estrutura da diocese, paróquia e comunidades. Na 1ª etapa, um encontro com as pessoas envolvidas no planejamento pastoral das cidades de S.Paulo, Belo Horizonte e Campinas, para informar-se sobre as experiências pastorais sob o enfoque da Evangelização e repassar às outras Igrejas particulares. RESPONSÁVEL - Setor Estruturas de Igreja

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21- Pastoral Urbana PRAZO: Setembro/Outubro de 1992 PROGRAMA 2: DIMENSÃO MISSIONÁRIA (PD-2) A comunhão exige a missão como seu dinamismo essencial. A Igreja, que se percebe como comunidade de fé, é impelida naturalmente a continuar a missão de Jesus que a convocou, constituiu e enviou. Ela é chamada a assumir ativamente, em todos os seus membros, a mesma missão de Cristo, proclamando o Reino de Deus e testemunhando o Evangelho em todo tempo e lugar, em todas as épocas e nações, reconhecendo a riqueza evangélica das diferentes culturas. A dimensão missionária exprime, pois, um aspecto particular da única e abrangente missão da Igreja, correspondente à primeira evangelização, para despertar a fé nos não-cristãos, integrando novos membros em sua comunhão visível. No âmbito da única missão da Igreja, a Dimensão Missionária caracteriza-se como atividade missionária específica, cuja peculiariedade deriva do fato de se orientar para não-cristãos: a missão “ad gentes”. Esta tarefa especificamente missionária, que Jesus confiou e continua a confiar à sua Igreja, não deve se tornar uma realidade diluída na missão global de todo o Povo de Deus, ficando, desse modo, descurada ou esquecida (cf. RM 33-34)1. A conclamação do Objetivo Geral da Ação pastoral da Igreja no Brasil 1991-1994 para um “renovado ardor missionário” e para uma especial atenção “às diferentes culturas” reafirma a proclamação da “Chegada da HORA MISSIONÁRIA” da Igreja, no Brasil, feita pelos bispos na Assembléia Geral de 1988 (cf. Igreja: Comunhão e Missão, Doc. 40, 114)2. A Igreja no Brasil, nos últimos anos, tem manifestado seu dinamismo por um novo ardor missionário “ad gentes”, não apenas se preocupando com as situações missionárias presentes no país, mas ampliando seu horizonte missionário para “além-fronteiras”. O mundo precisa de uma nova evangelização. O renovado ardor missionário exige que a pregação do Evangelho responda aos novos anseios do povo, no contexto de uma sociedade marcada por rápidas e profundas mudanças. O renovado ardor missionário exige, ainda, dos evangelizadores uma nova disposição que leve a romper com as acomodações e a rotina na ação missionária. Superando a mera atitude de espera, é preciso ir, com coragem evangélica, às pessoas, grupos e ambientes onde o nome de Jesus não foi ainda proclamado ou onde sua ressonância perdeu o vigor. A Dimensão Missionária deve sempre enfrentar o constante desafio da inculturação da fé, procurando encarnar o Evangelho nas culturas dos povos. Os permanentes apelos da realidade e os convites para a missão encontram, por parte do evangelizador e da comunidade eclesial, uma resposta ativa e de serviço pessoal e comunitária; uma atitude de escuta e de seguimento de Jesus, anunciando e testemunhando sua ressurreição (cf. At 1,21-26)3 para construir o Reino. Atividades permanentes A Dimensão Missionária para suas atividades permanentes e projetos fundamenta-se nas Diretrizes Gerais e tem presentes as “Prioridades e Compromissos” do IV Congresso Missionário Latino-Americano, COMLA IV, sob os aspectos de ANIMAÇÃO, FORMAÇÃO e ORGANIZAÇÃO.

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221. Animação missionária Promover a animação missionária de todo o Povo de Deus na América Latina e de cada um de seus setores, para que se sintam cada vez mais comprometidos com a missão “ad gentes”, dentro e fora do Continente. 2. Formação missionária Pôr decididamente em prática os processos formativos e os meios necessários, para que os jovens e adultos, que recebem o dom da vocação missionária, disponham da capacidade adequada para realizá-la com aptidão, criatividade e convicção apostólica. 3. Organização missionária Coordenar os recursos humanos e materiais que fortaleçam os processos de animação, formação, envio, acompanhamento e regresso dos missionários latino-americanos. - Promover a animação de todo o Povo de Deus para que, como batizado, sinta-se cada vez mais comprometido com a missão, dentro e fora do país. - Criar, apoiar e acompanhar os organismos de animação missionária nas paróquias, dioceses e regionais. Para isto, participar de assembléias, encontros, e preparar subsídios de formação missionária. - Cultivar a espiritualidade missionária que se exprime no viver em plena docilidade ao Espírito, na comunhão íntima com Cristo, no amor à Igreja e na caridade apostólica (cf. RMi 87-91)4. “Quem tem espírito missionário sente o ardor de Cristo pelas almas e ama a Igreja como Cristo a amou” (RM 89)5. - Definir melhor o perfil do animador missionário inserido na Pastoral Orgânica. - Promover e realizar cursos e encontros de estudo e reflexão teológico-missionária, e de formação missionária interna e além-fronteiras. - Motivar os formadores dos candidatos ao sacerdócio e vida religiosa para que, desde a formação inicial, a Dimensão Missionária seja parte integrante no processo formativo. - Incentivar os presbíteros, religiosos, religiosas e leigos a participarem de cursos e seminários de missiologia. - Levar ao reconhecimento e ao respeito do valor das diferentes culturas, para que haja uma evangelização inculturada. - Revitalizar, dinamizar e acompanhar o Programa Igrejas-Irmãs, como instrumento de sensibilização, solidariedade e colaboração mútua entre as Igrejas. - Incentivar os COMIREs e COMIDIs a assumirem, corresponsavelmente, o “Projeto Missão Além-Fronteiras” e estimular a celebração do ENVIO MISSIONÁRIO como festa e compromisso de toda a Igreja local. - Manter intercâmbio com os missionários brasileiros que atuam em outros países, acolhê-los no seu retorno ao Brasil e valorizar a sua experiência missionária de além-fronteiras para uma conscientização e animação missionária. - Articular e acompanhar os grupos de missionários leigos na sua organização, formação e iniciativas missionárias, para que respondam à sua vocação específica.

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23- Apoiar o Conselho Missionário Nacional - COMINA (Organismo anexo à CNBB), na realização de seus objetivos específicos, como espaço de encontro e diálogo de todas as forças missionárias, para tornar a Igreja local sujeito da missão. - Promover, em conjunto com o COMINA, encontros dos Organismos e Instituições Missionárias. - Acompanhar e apoiar o Centro Cultural Missionário - CCM (Organismo anexo à CNBB), que se ocupa com animação e formação missionária. Desenvolve suas atividades através dos Departamentos (CENFI, SCAI e CAEM), em especial, nos cursos de formação e de inculturação dos missionários que chegam e dos que partem para além-fronteiras. - Utilizar, de forma eficaz e contínua, a serviço da missão, os diferentes meios de comunicação social. - Participar de atividades ligadas a situações missionárias específicas: índios, negros, assentamentos de trabalhadores rurais etc. Realizar, junto com as Pontifícias Obras Missionárias, a Campanha Missionária do Mês de Outubro, como uma jornada de fé, festa de catolicidade e solidariedade em favor da missão universal da Igreja. Atender os objetivos permanentes da Campanha - compromisso de todos para com as missões, orações e sacrifícios, promoção das vocações missionárias, organização e ofertas - e aprofundar a força evangelizadora desta Campanha comum da ação pastoral. Celebrar, igualmente, o “Dia Mundial das Missões, no penúltimo domingo de outubro. Este dia, “Orientado à sensibilização para o problema missionário, mas também para a coleta de fundos, constitui um momento importante na vida da Igreja, porque ensina como se deve dar o contributo: na celebração Eucarística, ou seja, como oferta a Deus, e PARA todas as missões do mundo” (RMi 81)6. Projetos Animação e ação missionária (PD 2.1) OBJETIVO Promover a animação e ação missionárias das Igrejas particulares, sujeito da missão, mediante a dinamização, criação e acompanhamento dos Conselhos Missionários Regionais (COMIREs), para que a Dimensão Missionária ilumine toda a ação pastoral. JUSTIFICATIVA A animação missionária da Igreja no Brasil é o primeiro objetivo da Dimensão Missionária, Linha 2 da CNBB. Esta prioridade exige a FORMAÇÃO de pessoas que se comprometam na animação e organização, articulação e continuidade da missionariedade da Igreja no Brasil. A ORGANIZAÇÃO missionária Regional concretiza a comunhão e a participação, garante a presença da Dimensão Missionária nos planos pastorais e faz com que esta dimensão seja a alma da ação pastoral, em todos os níveis. É importante programar a criação de COMIREs nos regionais onde ainda não estão formados, dando-lhe apoio e acompanhamento. Visita aos regionais, participação nos encontros, assembléias e eventos, são necessários para o incentivo e apoio aos COMIRES. RESPONSÁVEL - CNBB/L2 Nacional e Regional - COMINA e POM PRAZO: 1991 e 1992

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24Programa igrejas-irmãs (PD 2.2) OBJETIVO Atualizar o panorama da realidade pastoral e missionária das dioceses e prelazias, despertando a sensibilidade apostólica para os diversos apelos e urgentes necessidades e para um renovado testemunho de comunhão intereclesial, na sua dimensão fraterna do “dar e receber”. JUSTIFICATIVA Após 20 anos da criação e implantação do Programa Igrejas-Irmãs, faz-se necessário atualizar o panorama da realidade pastoral e missionária (número, presença de presbíteros, religiosos, religiosas, leigos, recursos...) para uma avaliação, renovada sensibilização e a conseqüente revitalização da co-responsabilidade eclesial. “A Fé se fortalece quando é comunicada”. A intercomunhão eclesial acontece no testemunho concreto do “dar e do receber da própria pobreza”. RESPONSÁVEL - CNBB/L2 e COMIREs (Conselhos Missionários Regionais) PRAZO: 1991 e 1992 Missão além fronteiras (PD 2.3) OBJETIVO Sensibilizar a Igreja no Brasil, sobre a “Chegada da Hora Missionária” e assumir, corresponsavelmente, o Projeto “Missão Além Fronteiras” para atender, de modo concreto, “a validade permanente do mandato missionário”. JUSTIFICATIVA “A maturidade de uma Igreja Local é fortalecida, na medida em que ela se abre a outros horizontes e contextos eclesiais, sociais e culturais, assumindo, corresponsavelmente, o mandato do Senhor de evangelizar todos os povos” (Igreja Comunhão e Missão, Doc. 40 n 118). “Esta é a tarefa mais especificamente missionária que Jesus confiou e continua, cotidianamente, a confiar à sua Igreja” (RM 31)7. A riqueza de nossa fé nos obriga a compartilhá-la, mediante o testemunho e a proclamação, com aqueles que ainda não receberam a Boa Nova de Jesus, o Salvador do mundo” (COMLA IV). RESPONSÁVEL - CNBB/L2 Coordenação do Projeto - POM - CCM PRAZO: 1991 e 1992 Dimensão missionária no processo formativo (PD 2.4) OBJETIVO Integrar a Dimensão Missionária no processo formativo inicial dos seminários e casas de formação, à vida Religiosa, para sensibilizar e preparar presbíteros, religiosos e religiosas disponíveis à missão universal. JUSTIFICATIVA

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25O presbítero é ordenado para “uma vastíssima e universal missão até os confins da Terra e participa da mesma amplitude universal confiada aos apóstolos por Cristo” (PO 10, cf. RM 67)8. “Os religiosos e religiosas, graças à sua consagração, são por excelência, voluntários e livres para deixar tudo e ir anunciar o Evangelho até as extremidades da Terra” (EN 69)9. “O ensino teológico não pode nem deve prescindir da missão universal da Igreja, do ecumenismo, do estudo das grandes religiões e da missiologia. Recomendo que, sobretudo nos seminários e casas de formação para religiosos e religiosas, se faça tal estudo” (RM 83)10. RESPONSÁVEL - CNBB/L2 e L1 - COMINA - OSIB - CRB - POM PRAZO: 1991 e 1992 Grupos de missionários leigos (PD 2.5) OBJETIVO Aprofundar a vocação missionária do leigo cristão e articular os diversos grupos de missionários leigos existentes, para ajudá-los na concretização desta sua vocação específica. JUSTIFICATIVA “Todos os cristãos são chamados a viver a dimensão missionária de sua fé. Muitos desejam testemunhar a própria fé, consagrando-se igualmente à missão dentro e fora do Brasil - e constituem, assim, um desafio à criatividade e organização missionária das Igrejas” (Igreja Comunhão e Missão, Doc. 40, No.129)11. Os grupos de missionários leigos necessitam de articulação, apoio e definição de sua ação específica na evangelização. RESPONSÁVEL - CNBB/L2 - COMINA - POM - linha 1 PRAZO: 1991 – 1992 V Congresso missionário Latino-americano (PD 2.6) OBJETIVO Encaminhar a preparação do COMLA V, a realizar-se no Brasil, em 1995, envolvendo COMIREs, Organismos e Instituições Missionários, para que, desde o início, as Igrejas particulares participem nas etapas de preparação e realização deste Congresso. JUSTIFICATIVA A finalidade do COMLA é a “coordenação dos esforços em nível continental, a fim de animar nossas Igrejas locais, na América Latina, a assumirem sua própria responsabilidade missionária na tarefa de evangelização de todos os povos”. O COMLA V é responsabilidade de toda a Igreja no Brasil. Há necessidade de assumir em conjunto este grande acontecimento missionário, quer em nível de conscientização quer na organização, envolvendo todas as forças missionárias do Brasil. RESPONSÁVEL: CNBB/L2 - POM - COMINA PRAZO: 1991 e 1992

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26 PROGRAMA 3: DIMENSÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA (PD - 3) A Linha 3 pretende continuar a promoção do processo contínuo e sistemático da educação da fé, para levar o povo de Deus a uma constante interação entre a Palavra de Deus, as formulações da fé cristã e as situações da vida, interligando a experiência da fé com o crescimento humano da vida eclesial, nos níveis pessoal, comunitário e social. A dimensão bíblico-catequética busca animar e valorizar a Palavra de Deus e fazê-la ecoar, através de novos métodos, nas pessoas, nos grupos e nas comunidades. Assim, a Palavra de Deus fará crescer a comunidade eclesial na comunhão e participação e no compromisso com a justiça e solidariedade, a serviço da vida e da esperança. Toda esta atuação há de levar em consideração os novos desafios que a Igreja encontra: a vida urbana, a modernidade, a cultura e a inculturação da fé, a emergência dos novos sujeitos históricos, a subjetividade e a experiência própria da fé, os anseios, interrogações e buscas do homem de hoje. Para responder a estes desafios, a Linha 3 assume, como prioridade para o quadriênio, a inculturação da catequese, a catequese na vida urbana, privilegiando os adultos e a juventude, procurando sempre integrar-se com as outras dimensões que têm os mesmos objetivos. Atividades permanentes - Encaminhar as conclusões do 5º Encontro Nacional de Catequese; continuar o processo iniciado pela Mobilização Nacional de Catequese; estimular a fundação de escolas e institutos de catequese, e promover intercâmbio e encontros dos mesmos. - Refletir sobre e elaborar orientações para a catequese urbana, familiar e catequeses especiais. - Estimular a formação catequética do clero e dos seminaristas. - Apoiar as Coordenações Regionais de Catequese, através de contatos permanentes, cartas, circulares, boletins etc. - Reuniões com o GRECAT (Grupo de Reflexão de Catequese) e o GREBI (Grupo de Reflexão da Bíblia). - Acompanhar e apoiar os diversos movimentos de Pastoral Bíblica do Brasil. - Participar dos projetos do Departamento de Catequese (DECAT) do CELAM e do Conselho Internacional de Catequese (CIC) da Sé Apostólica. - Dinamizar a celebração do Dia do Catequista, com fornecimento de subsídios para reflexão e celebração. - Colaborar com a Revista de Catequese e a Folha Catequética, com artigos, notícias, informações etc. - Colaborar na elaboração dos subsídios da Campanha da Fraternidade. Projetos 5º Encontro nacional de catequese (PD 3.1) OBJETIVO

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27Buscar pistas para uma Catequese inculturada, de acordo com as exigências de uma nova Evangelização, à luz dos resultados da Mobilização Nacional de Catequese e das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. JUSTIFICATIVA Os encontros nacionais, de 2 em 2 anos, são de grande importância para animar a Catequese, rever a ação catequética e buscar novas pistas. Dentro da Mobilização Nacional de Catequese, iniciada em 1989, o 5º E.N.C. é um momento importante para se chegar a uma síntese nacional e procurar pistas para uma catequese mais inculturada, conforme as exigências das Diretrizes Gerais da CNBB. Trata-se de um encontro de seis dias, contando com 200 participantes (coordenadores regionais de catequese, bispos responsáveis pela catequese nos regionais, institutos e escolas de catequese, especialistas em catequese etc.) RESPONSÁVEL: Linha 3 PRAZO: 1 a 6 de setembro de 1991 Animação da catequese (PD 3. 2) OBJETIVO Animar a catequese na perspectiva das Diretrizes Gerais da CNBB e no espírito dos documentos da Catequese Renovada e Formação dos Catequistas; continuar o processo da Mobilização da Catequese. JUSTIFICATIVA O grande leque de atuação da Linha 3, tais como catequese de crianças, jovens, adultos, família, grupos especializados como deficientes auditivos e mentais, exige um grupo permanente de reflexão e ação com reuniões sobre temas específicos. Faz-se necessário ampliar a rede de reflexão, o número e a capacitação dos assessores para melhor atender aos diversos campos da catequese. Para isto, o projeto prevê quatro reuniões por ano para tratar dos seguintes temas: - Operacionalização das Diretrizes Gerais da CNBB em chave catequética - Operacionalização do Documento sobre a Formação dos catequistas - Operacionalização do Documento sobre a Catequese da Crisma - Pesquisa sobre a catequese urbana - Troca de experiências sobre os diversos tipos de catequese de adultos à luz do documento do COINCAT (Conselho Internacional para a Catequese) - Cultivar uma integração entre o GRECAT e o GREBI, como também intercâmbio com as outras dimensões de pastoral que têm os mesmos objetivos - Elaboração de subsídios e textos para estudo, programas para escolas e institutos de catequese, manuais etc. RESPONSÁVEL: Linha 3 PRAZO: novembro de 1991, 4 reuniões em 1992 Catequese específica (PD 3.3) OBJETIVO Continuar o contato com o Grupo de Reflexão sobre a Catequese com os deficientes auditivos; aprofundar a catequese com deficientes mentais; iniciar algum trabalho de catequese com presidiários.

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28JUSTIFICATIVA Há muitos grupos que precisam de uma catequese especializada: surdo-mudos, deficientes mentais, presidiários, nômades, acampados, desescolarizados, pescadores, menores abandonados etc. Sendo impossível assumir todos os modelos, opta-se pelos três grupos acima mencionados. Este tipo de catequese precisa de reuniões com grupos que trabalham nestes setores; troca de experiências, elaboração de algumas orientações para uso nas bases. RESPONSÁVEL: Linha 3 PRAZO: 1991/1992 Pastoral bíblica (PD 3.4) OBJETIVO Reflexão, orientação e animação da prática bíblica. JUSTIFICATIVA A Bíblia está ocupando cada vez mais seu lugar na evangelização. Está gradativamente tornando-se presente na vida do povo. Isto leva o povo a ler a Bíblia, alimentando sua fé. Por outro lado, acarreta também algumas preocupações quanto ao seu uso, tipos de leitura etc. Por sua vez, a Catequese se esforça para ser cada vez mais bíblica. Isto requer cuidado maior da formação bíblica dos catequistas. Há a preocupação de colocar a Bíblia em todas as pastorais. A Linha 3 apoia o SAB (Serviço de Animação Bíblica) na elaboração de material, publicação e divulgação do Mês da Bíblia. Mantém contatos com a FEBIC (Federação Bíblica Católica) na A. Latina. A Linha 3 se assessora com o Grupo de Reflexão Bíblica (GREBI), composto por biblistas e pastoralistas; faz duas reuniões por ano. Participa também do Encontro Nacional de Pastoral Bíblica, organizado pelo SAB. RESPONSÁVEL: Linha 3 PRAZO: 1991/1992 Seminário nacional de pastoral bíblica (PD 3.5) OBJETIVO Refletir sobre os métodos usados na pastoral bíblica e como se chegar a maior integração com as outras pastorais. JUSTIFICATIVA No Brasil há uma riqueza de métodos, publicações, cursos para orientar o povo na leitura da Bíblia. Faz-se necessário, porém, um aprofundamento de como se chegar a um certo consenso e pistas para melhorar a leitura, a reflexão e a celebração da Palavra de Deus. Pretende-se reunir os membros do GREBI E DO GRECAT, Assessores das diversas dimensões da CNBB e alguns especialistas no assunto. RESPONSÁVEL: Linha 3 PRAZO: 20 e 21 de fevereiro de 1992

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29Bíblia oficial (PD 3.6) OBJETIVO A confecção de uma tradução oficial do Episcopado brasileiro, de cunho litúrgico-catequético-pastoral. JUSTIFICATIVA Na 29ª Assembléia Geral da CNBB foi votada a edição da Bíblia Catequético-litúrgica, a fim de respeitar o princípio da unidade de tradução na Liturgia e nas atividades pastorais. A Linha 3 ficou encarregada de formar uma equipe de teólogos e biblistas qualificados para concluir a tradução. Prevê-se um prazo de 10 anos para se ter a Bíblia completa. RESPONSÁVEL: Linha 3 PRAZO: 1991/1992 PROGRAMA 4: DIMENSÃO LITÚRGICA (PD - 4) A Liturgia é ação salvífica de Deus em Jesus Cristo, por seu Espírito Santo, como serviço em favor do seu povo ameaçado de morte e que luta pela vida. Expressa a Igreja como comunidade sacerdotal, organicamente estruturada, celebrando os mistérios da fé (DG 91). A Liturgia é memorial da Páscoa de Cristo que incorpora os batizados em Jesus Cristo (DG 91), constituindo-se em fonte e em culminância da vida e da ação da comunidade eclesial inserida no mundo pluralista da cultura, das tensões sociais, políticas e religiosas. Ela é momento significativo de participação e de comunhão eclesial (DG 92). Vivendo e celebrando a atuação do Senhor na história, a Liturgia é, por si só, evangelizadora e exerce um papel importante na ação evangelizadora(DG 93). Daí que a ação litúrgica deverá considerar a nova sensibilidade emergente que vem expressa nos anseios de valorização da pessoa humana, de participação e de compromisso transformador das estruturas sociais em favor da vida(DG 244). Deverá também levar em conta os apelos de uma nova expressão celebrativa que considere o universo simbólico e a religiosidade do nosso povo, num justo e sadio processo de inculturação (DG 95; 189). Sendo a Liturgia dimensão vital e celebrativa da Igreja, ela requer ação pastoral definida e com um instrumental que lhe é próprio, animada e sustentada por profunda espiritualidade evangélica, à luz das diretrizes e inserida na caminhada pastoral da Igreja no Brasil. Atividades permanentes 1. Tradução, Elaboração e Publicações: Liturgia das Horas: Edição em quatro volumes, edição em dois volumes e edição abreviada, com texto oficial. Lecionários: Lecionário Dominical, Lecionário Semanal (ferial), Lecionário Votivo (missas de circunstâncias). Reedição do Missal. Reedição e adaptação dos Livros litúrgicos (Rituais). Batismo de Crianças, Iniciação Cristã de Adultos, Unção dos Enfermos, Ordem, Matrimônio, Exéquias, Confirmação. Documentário Litúrgico (Encherydion). Criação de novos textos litúrgicos. 2. Do Canto e da Música:

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30 Hinário Litúrgico Nacional (3º e 4º Volumes), Campanha da Fraternidade, Música para a Liturgia da Horas, Textos metrificados da Liturgia das Horas e dos Lecionários, Curso de Formação litúrgico-musical. 3. De Assessoria: Regionais e dioceses, Campanha da Fraternidade, Pastoral dos Santuários e Romarias, Congressos Eucarísticos. 4. De Integração: Com a Dimensão Catequética, Com outras dimensões e organismos da pastoral. 5. Participar: de Encontros setoriais, regionais e internacionais, de Encontros de interesse da Linha 4, de Encontros da Pastoral de Santuários, de Encontros da Associação dos Professores de Liturgia. 6. Colaborar: Com os Cursos de Liturgia, Com o Centro de Liturgia ligado à Faculdade Assunção, de São Paulo, Com a Revista de Liturgia e outros, Com a realização do Curso de Formação litúrgico-musical. 7. Diálogo: Com a Sé Apostólica, Com o CELAM, Com outras Conferências Episcopais e outras Instituições. Projetos Equipe de reflexão teológico-litúrgica (PD 4.1) OBJETIVO Aprofundar e alimentar a ação pastoral litúrgica da Linha 4. Refletir, à luz da natureza litúrgica, os desafios que a atualidade brasileira levanta à pastoral litúrgica. JUSTIFICATIVA As grandes questões levantadas pelas Novas Diretrizes serão integradas e assumidas pela Pastoral Litúrgica, em base a uma sólida reflexão teológico-litúrgico-pastoral. A Equipe de reflexão teológico-litúrgica auxiliará a Linha 4 no discernimento e nas opções pastorais, para responder adequadamente aos novos desafios emergentes da caminhada eclesial inserida no mundo moderno. RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO

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31Em princípio, a Equipe reunir-se-á duas ou três vezes ao ano. 9 a 10/08/1991; 8/10/92; julho de 1992 Seminário nacional de pastoral litúrgica (PD 4.2) OBJETIVO Analisar o processo de Pastoral Litúrgica no atual momento da Igreja. Refletir, à luz da natureza da Liturgia e das novas Diretrizes, a Pastoral Litúrgica. Dar continuidade à Animação da Vida Litúrgica no Brasil, através de um projeto de Pastoral Litúrgica alicerçado nas Novas Diretrizes. JUSTIFICATIVA Constata-se uma nova sensibilidade litúrgica nas comunidades inseridas num sério processo de evangelização, as quais reclamam uma adequada expressão celebrativa. A falta de uma proposta clara de Pastoral Litúrgica, que promova de fato a Dimensão celebrativa, no atual momento histórico da caminhada da Igreja, deixa os agentes e as Equipe de Liturgia desprovidos de horizonte e até ineficazes em sua ação. Urge uma proposta pastoral que integre as demais dimensões da pastoral, evidenciando-se a dimensão celebrativa das mesmas. Sendo a Liturgia dimensão vital e celebrativa da Igreja, ela requer ação pastoral definida e com um instrumental que lhe é próprio, animada e sustentada por profunda espiritualidade evangélica, à luz das diretrizes e inserida na caminhada pastoral da Igreja no Brasil. RESPONSÁVEL: Linha 4, em colaboração com INP e Dimensões afins PRAZO: Julho de 1992 Encontro com especialistas em inculturação litúrgica (PD 4.3) OBJETIVO Animar o processo de inculturação litúrgica na atual emergência das culturas e de sua evangelização, dando continuidade aos trabalhos de adaptação dos rituais litúrgicos, à índole e às tradições de nosso povo. JUSTIFICATIVA O processo de inserção da Igreja nas culturas e a crescente consciência da necessidade de enfatizar a evangelização, exigem celebrações litúrgicas encarnadas e, ao mesmo tempo, que expressem significativamente as realidades da vida cotidiana das pessoas e das comunidades cristãs. Para isso, “promova-se maior aproximação entre as celebrações litúrgicas e o universo simbólico das comunidades, através de uma legítima criatividade, adaptação e inculturação” (DG 95 E 189). RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO: 1992 Elaboração de diretrizes para a celebração da Palavra (PD 4.4) OBJETIVO Conhecer a situação concreta da Celebração da Palavra, na ausência do padre. Apresentar orientações pastorais neste campo.

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32Fornecer subsídios adequados às comunidades. JUSTIFICATIVA 70% das comunidades eclesiais se reúnem para celebrar o memorial do Senhor, acolhendo sua Palavra e proclamando seu louvor. A celebração comunitária da Palavra tem grande aceitação nas COMUNIDADES: É um amplo espaço de atuação dos leigos e das equipes de Liturgia. É preocupante que tão grande número de Comunidades cristãs estejam privadas da Eucaristia no dia do Senhor (domingo). A maioria sente falta de orientações e subsídios adequados. As celebrações da Palavra aprofundam a vivência da fé e a consciência comunitária ( DG 225). RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO: 1991 e 1992 Curso ecumênico de formação e atualização litúrgico-musical (PD 4.5) OBJETIVO Conseguir uma melhor integração da música na Liturgia, mediante uma preparação adequada dos seus agentes. Promover a função ministerial do canto e da música. Fornecer um suporte musical e litúrgico às pessoas engajadas nas ações litúrgico-musicais. JUSTIFICATIVA A falta de agentes qualificados, nesta área, levou músicos, poetas liturgistas e demais envolvidos com as preocupações litúrgico-musicais a projetarem um Curso de Formação e atualização para pessoas que já trabalham com música e liturgia nas Igrejas e necessitam de um suporte teórico-musical e litúrgico. RESPONSÁVEL Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Instituto Metodista de Ensino Superior (S. Bernardo do Campo SP), Centro de Liturgia da Faculdade de Teologia N. Sra. da Assunção SP. Faculdade de Teologia da Igreja Metodista (São Bernardo do Campo SP). PRAZO: 1ª etapa, 6 a 26 de janeiro de 1992 Encontro com formadores de liturgia nos seminários e casas de formação (PD 4.6) OBJETIVO Reunir os responsáveis pela formação e vida litúrgica nos seminários e casas de formação, para troca de experiências e aprofundamento do processo formativo da Liturgia. JUSTIFICATIVA “É fundamental que os seminaristas se familiarizem com o espírito litúrgico e se preparem bem para presidir as celebrações. A vivência da Liturgia acompanha todas as etapas da vida do formando” (AVLB 190). E “que os irmãos e irmãs religiosos tenham, no programa de seu processo formativo, a preocupação de transformarem a Liturgia em fonte da própria espiritualidade e de se tornarem animadores da celebração litúrgica” (AVLB 192). RESPONSÁVEL: Linha 4 e outros setores e dimensões afins, como OSIB e CRB PRAZO: 1992

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33Encontro de bispos responsáveis por liturgia no regionais (PD 4.7) OBJETIVO Dinamizar a caminhada da pastoral litúrgica da Igreja no Brasil, numa perspectiva de pastoral de conjunto. Avaliar a ação pastoral litúrgica dos regionais da CNBB. Refletir e tomar decisões em face dos temas e situações emergentes do processo pastoral litúrgico. Avaliar e aprofundar as adaptações dos rituais e de outros projetos da Linha 4. JUSTIFICATIVA Os bispos são considerados como “os primeiros agentes” na promoção e animação da pastoral litúrgica da Igreja (cf. CD 15, SC 41)12. Os desafios, que emergem da realidade pastoral no Brasil, requerem reflexão e ação litúrgica planejada em todos os níveis. Estas devem ser incentivadas pelos bispos responsáveis pela Dimensão Litúrgica nos regionais. RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO dias 9 e 10/10/1991 Dias 18 a 21/8/1992 Encontro de presidentes e de secretários das comissões de liturgia da língua portuguesa (PD 4.8) OBJETIVO Manter o intercâmbio de reflexão e ação pastoral litúrgica com os países de Língua Portuguesa. JUSTIFICATIVA Os desafios e a necessidade de intercâmbio entre os países de língua portuguesa, no campo da Liturgia, exigem um maior conhecimento mútuo, assim como a reflexão e a ação comum correspondentes. RESPONSÁVEL: Linha 04 PRAZO Agosto de 1992 Local: Moçambique - África Encontro com os autores e editores de folhetos litúrgicos (PD 4.9) OBJETIVO Promover o Encontro de autores e editores de folhetos litúrgicos. JUSTIFICATIVA Grande número de dioceses sentem a falta de subsídios formativos e celebrativos. Os folhetos litúrgicos exercem significativa influência nas comunidades cristãs; por isso, faz-se necessário trocar experiências e definir critérios que ajudem a formação e a celebração litúrgica das comunidades cristãs. RESPONSÁVEL: Linha 4 PRAZO: 14 e 15 de setembro de 1992

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34 PROGRAMA 5: DIMENSÃO ECUMÊNICA, DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E DIÁLOGO COM NÃO-CRENTES (PD-5) O diálogo, próprio da dimensão ecumênica, acabou se estendendo, nas devidas proporções e formas, às outras religiões e a quantos estão à procura da Verdade, mesmo “às apalpadelas”. 1. Orientações comuns para a dimensão ecumênica, o diálogo inter-religioso e o diálogo com não-crentes Fiel às grandes inspirações do Concílio Vaticano II, ao crescimento do ecumenismo, do diálogo inter-religioso e do diálogo com não-crentes, depois do Concílio, e em resposta ao crescimento do pluralismo religioso no Brasil, a Igreja Católica propõe-se realizar o objetivo de sua ação, em diálogo com os irmãos de outras Igrejas e Comunidades Eclesiais, com adeptos de outras Religiões e de concepções de vida e de mundo fechadas ao transcendente. Entende-se por diálogo não só o colóquio, mas todo o conjunto de relacionamentos positivos e construtivos com quaisquer grupos e comunidades. Esse diálogo, em sentido amplo, visa o conhecimento e auxílio mútuos, a ação comum em prol da unidade do gênero humano, (da qual a Igreja se professa sacramento ou sinal e instrumento - LG 1)13 e, ainda, da conservação da criação inteira. Inspirados no documento do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso: “A atitude da Igreja perante os que seguem outras Religiões. Reflexões e Orientações sobre o Diálogo e Missão”(Pentecoste 1984, L'Osservatore Romano, ed. port. 12/08/84, pp. 4ss), indicamos quatro formas de diálogo: - o diálogo da convivência humana: é o diálogo como espírito e atitude que devem guiar todo o comportamento; - o diálogo da ação comum: é a colaboração em objetivos de caráter humanitário, social, econômico e político que se orientam para a promoção e a libertação humanas; - o diálogo de especialistas, seja para confrontar, aprofundar e enriquecer os respectivos patrimônios religiosos, seja para aplicar os recursos aí contidos, aos problemas que se põem à humanidade no curso da história; - o diálogo de participação na própria vida, oração e ação de outra comunidade, dentro dos limites indicados pela fé e a disciplina da Igreja. Dentro da realidade do Brasil, a Igreja deve estar muito atenta a realizar, em comum com membros de outras Igrejas, de outras Religiões e com não-crentes, todas as iniciativas que visam construir uma sociedade justa e fraterna. À luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja deve prestar especial atenção: - à defesa da dignidade da pessoa humana, mormente dos pobres e marginalizados; - ao “ecumenismo de base” que está acontecendo nos meios populares, como associações de bairro, grupos marginalizados e outros; bem como aos perigos de divisão nestes meios, suscitada por movimentos religiosos contemporâneos (seitas); - aos caminhos para o diálogo com o Evangelismo em meios pobres, como sejam as várias formas de Pentecostalismo, com as Religiões Negro-brasileiras, com expressões populares do Espiritismo e Sincretismo, e ainda, com os “agentes religiosos autônomos” (curandeiros, benzedeiros...), embora nem todos esses grupos estejam abertos ao diálogo com a Igreja Católica. A fim de que a Igreja, em sua ação evangelizadora, seja realmente Igreja do diálogo, merecem especial cuidado:

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35- os cursos do ecumenismo, do diálogo inter-religioso e do diálogo com a não-crença, nos seminários e em outros centros de formação pastoral; - a formação de especialistas em ecumenismo e diálogo inter-religioso; - um mínimo de estrutura para a ação nos regionais e dioceses; - diante da crescente pluralidade cultural, da acentuação da subjetividade e do crescimento do pluralismo religioso, a Igreja deve estar aberta ao fenômeno das expressões religiosas contemporâneas e aos desafios que as mesmas colocam para a Igreja (problema das “seitas”). 2. Orientações especiais para a dimensão ecumênica A divisão entre os cristãos, que tem acontecido na história, e ainda acontece hoje, também no Brasil, e que faz surgir sempre novos grupos separados, “contradiz abertamente a vontade de Cristo, e se constitui em escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa do anúncio do Evangelho a toda criatura” (UR 1)14. Todos os cristãos, obedecendo à ação do Espírito Santo, são chamados a crescerem até aquela plena comunhão que o Senhor deseja para sua Igreja e lhe oferece como dom. Assim, a partir da fé comum, da incorporação em Cristo pelo Batismo validamente administrado e de outros dons que possam ter em comum, os cristãos devem crescer em comunhão, segundo os caminhos que o Espírito abre para a Igreja, colocando-se a serviço do mundo que o Senhor Jesus veio salvar. A fim de que cresçam o espírito e a ação ecumênica da Igreja, deve-se prestar especial atenção: - à presença da dimensão ecumênica em toda a ação pastoral da Igreja, ou seja, impregnar de espírito ecumênico toda ação da Igreja; - ao ecumenismo espiritual ou a uma espiritualidade ecumênica que consiste na conversão do coração, na abertura para o “outro” e na insistente oração pela unidade ou plena comunhão; - ao fortalecimento dos organismos ecumênicos oficiais (CONIC e CESE) e a colaboração com outros organismos ecumênicos existentes no Brasil; - aos acontecimentos ecumênicos significativos em nível mundial e latino-americano; - aos itens já citados nas orientações comuns para os diversos tipos de diálogo. Finalmente, deve-se levar em consideração que o Judaísmo ocupa um lugar especial na própria dimensão ecumênica ou busca da unidade entre os cristãos, em razão das raízes judaicas do Cristianismo: a redescoberta destas raízes é conditio sine qua non para a unidade dos cristãos, ou seja, o caminho para esta unidade passa necessariamente pelo Judaísmo. 3. Orientações especiais para o diálogo inter-religioso A partir de documentos do Vaticano II, da encíclica do Papa Paulo VI “Eclesiam Suam” (06/08/64), da encíclica do Papa João Paulo II “Redemptoris Missio” (07/12/1990) e de documentos do Pontíficio Conselho para o Diálogo Inter-Religioso (antes Secretariado para os Não-Cristãos), a Igreja Católica tem desenvolvido uma visão de fé a respeito das Religiões Não-Cristãs, que constitui a orientação fundamental para o diálogo inter-religioso. Uma síntese desta visão de fé encontramos em dois documentos deste Conselho: o já citado sobre o Diálogo e Missão (1984), e o mais recente, sobre o Diálogo e Anúncio. Este último documento, elaborado pelo Conselho e pela Congregação para a Evangelização dos Povos, tem como subtítulo: Reflexões e Orientações sobre o Diálogo Inter-religioso e o Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo (19/05/91; cf. L'Oss. Rm., ed. port., 7/7/91, p.3-9).

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36Citamos alguns elementos destes documentos. A Igreja abre-se ao diálogo por fidelidade ao homem, mas sobretudo por motivos de fé. Pois, sem diminuir o caráter próprio e único da missão que recebeu, a Igreja descobre o Deus Uno e Trino agindo nas outras Religiões, como instrumentos do seu único plano de salvação. Por esta razão, o diálogo não é estranho ou paralelo à missão, e sim, integrado nela. Nesta visão de fé, o diálogo é diálogo de salvação. No diálogo inter-religioso, ocupa um lugar todo especial o Judaísmo, por motivos históricos: a culpa dos cristãos na história do antisemitismo; por razões de fé: a aliança de Deus com o povo judeu e as raízes judaicas do Cristianismo. Já indicamos, nas orientações especiais para a dimensão ecumênica, que a caminhada dos cristãos para a unidade passa, necessariamente, pelo Judaísmo. O Islã, outra religião abraâmica, merece um lugar especial no diálogo inter-religioso. A história do relacionamento entre Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, os atuais problemas de paz no Oriente Médio e a herança abraâmica comum sugerem, no Brasil, a busca de diálogo entre estas três religiões (uma forma de fraternidade abraâmica). O diálogo com as Religiões Indígenas e Negro-brasileiras, por várias razões históricas e atuais, deve ocupar um lugar de destaque. As várias formas do espiritismo e as novas expressões religiosas não-cristãs (“seitas”) exigem uma atenção especial no diálogo. 4. Orientações especiais para o diálogo com não-crentes A Igreja abre-se ao diálogo com os não-crentes, como foi indicado nas orientações comuns para a ação. O documento do então Secretariado para os Não-Crentes, hoje chamado Pontíficio Conselho para o Diálogo com Não-Crentes, sobre a fé e o ateísmo no Mundo (1987, edição espanhola, em Biblioteca de Autores Cristianos, Madri, 1990), oferece diretrizes para este diálogo. No entanto, este diálogo, no Brasil, praticamente ainda deve começar. Entre nós, a caracterização dos não-crentes apresenta uma dificuldade inicial, pelo fato de não existir uma tradição de cultura atéia organizada e influente. Sem dúvida, existem, no Brasil, muitas pessoas que aderem a uma ou outra forma de ateísmo (ateísmo teórico e prático, agnosticismo, indiferentismo diante da questão religiosa etc.), mas é antes uma atitude de espírito do que um princípio organizativo de uma visão do mundo, ou postulado ideológico que regem as manifestações de determinadas correntes na vida cultural do país. Por outro lado, há uma rejeição quase espontânea no povo, por toda declaração formal de ateísmo, o que faz com que o ateu declarado e confesso tenha dificuldade de fazer-se socialmente reconhecido e legitimado. Atividades permanentes 1. Dimensão ecumênica - Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja Católica (atividades “ad intra”): • apoio à formação ecumênica dos atuais e futuros ministros ordenados, de outros ministros, agentes de pastoral e leigos (com o Setor Vocações e Ministérios da CNBB, com a OSIB e outros organismos relacionados com a CNBB); • apoio à formação de especialistas em ecumenismo; • contato com os Secretariados Regionais, em vista da criação de estrutura para a Dimensão Ecumênica;

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37• contato com organismos da Igreja, em vista da Dimensão Ecumênica de suas atividades (AEC, CIMI, CPT, Centro de Defesa de Direitos Humanos e Cáritas) e com movimentos dentro da Igreja; • estudo das possibilidades de uma Campanha da Fraternidade sobre a dimensão ecumênica e da possibilidade da Campanha da Fraternidade em comum com as Igrejas-membros do CONIC; • maior divulgação da importância da Oração pela Unidade dos Cristãos, especialmente na semana que antecede o dia de Pentecostes (Semana da Unidade); • participação nas atividades da Secção de Ecumenismo do CELAM; • participação em atividades do Pontíficio Conselho para Unidade dos Cristãos; • divulgação de publicações sobre outras Igrejas Cristãs. - Atividades relacionadas com outras Igrejas e Organismos (Atividades “ad extra”): • diálogo com as Igrejas da Ortodoxia; encontro dos bispos da Presidência e CEP com autoridades das Igrejas Ortodoxas (pré-calcedonianas e as de tradição bizantina), encontro este preparado com os bispos católicos de ritos orientais e acompanhado pelos mesmos; • diálogo com as Igrejas Episcopal, Evangélica de Confissão Luterana, Metodista, Presbiteriana e Reformadas; • procura de diálogo com líderes de Igrejas Batistas, Pentecostais e grupos “evangelicais”; • participação em Concílios, Sínodos e Assembléias Nacionais de outras Igrejas, a título de observadores; • participação em atividades do CONIC (assembléias, comissão central, seminários); • participação em atividades da CESE (diretoria, assembléia anual, seminários e encontros); • participação em encontros de Organismos ecumênicos nacionais (atividade conjunta do CONIC e CESE); • contato com a Fraternidade ecumênica de Taizé (Alagoinhas-BA), especialmente em vista de sua experiência em encontros de caráter participativo; com o Conselho Nacional do Dia Mundial de Oração das Mulheres; • colaboração com a Sociedade Bíblica do Brasil (a publicação da Bíblia completa na linguagem de hoje); • contato com organismos ecumênicos: CEDI, CEBI, CESEP, AGEN, pastoral ecumênica do menor e outros; • contato com organizações de educação das Igrejas, em vista de uma ação conjunta; • contato com OSIB e ASTE, em vista de um entrosamento; • contato com organismos inter e transdenominacionais, como Visão Mundial e outros; • elaboração de notícias e informações de caráter ecumênico para os MCS; • contato com o Conselho Latino-americano de Igrejas (CLAI), com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e com Conselhos Nacionais de Igrejas de outros países. 2. Diálogo inter-religioso - Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja (atividades “ad intra”): • apoio à formação dos atuais e futuros ministros ordenados, dos outros ministros, agentes de pastoral e leigos (com o Setor Vocações e Ministérios da CNBB, com a OSIB e outros organismos relacionados com a CNBB); • apoio à formação de especialistas em diálogo inter-religioso. - Atividades relacionadas com outras Religiões (atividades “ad extra”): • apoio à Comissão Nacional de Diálogo Católico-Judaico; contato com os Conselhos de Fraternidade Cristão-Judaica e outras formas de relacionamento com a comunidade judaica; • diálogo com líderes mulçumanos; • estímulo para um diálogo entre líderes judeus, cristãos e mulçumanos;

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38• encontros com líderes de Religiões Indígenas, (com o CIMI) e Negro-brasileiras, (com a Linha 2); • encontro com líderes de Religiões Orientais antigas e novas; • encontros com líderes espiritualistas (espiritismo). • contato com a World Conference on Religion and Peace, em vista do congresso mundial, em 1992. 3. Diálogo com não-crentes Em vista da situação iniciante deste diálogo em nível nacional, limitam-se as atividades neste biênio a: • contato com o Pontifício Conselho para o Diálogo com Não-Crentes e com o organismo correpondente do CELAM; • contato com o Setor de Cultura da CNBB. Projetos Reflexão sobre a situação da dimensão ecumênica, do diálogo inter-religioso e do diálogo com não-crentes no Brasil (PD 5.1) OBJETIVO Conhecer a evolução da Linha 5, em nível nacional e regional. JUSTIFICATIVA Para acompanhar e avaliar a evolução da situação da Linha 5, em seus vários aspectos, é importante reunir anualmente os responsáveis por esta Linha, em nível nacional e regional, com assessoria de especialistas. Uma parte destas reuniões será feita com representantes de outras Igrejas, outras Religiões e - na medida do possível - com Não-Crentes. RESPONSÁVEL: Linha 5 PRAZO: 1991: 29/11 a 1/12 /1992 Publicação, em português, de documentos importantes para a dimensão ecumênica, o diálogo inter-religioso e o diálogo com não-crentes (PD 5.2) OBJETIVO Ter à disposição os mais importantes documentos e relatórios dos vários aspectos da Linha 5: tradução e publicação de documentos da Igreja Católica; tradução e publicação de relatórios de diálogos bilaterais e multilaterais. JUSTIFICATIVA Para que cresça entre nós a vivência da dimensão ecumênica e das várias formas de diálogo, é necessário ter à disposição esses documentos, em português. RESPONSÁVEL: Linha 5 CONIC E CEDI PRAZO: Setembro de 1992 Elaboração de curso sobre ecumenismo, judaísmo, diálogo inter-religioso e diálogo com não-crentes nos seminários (PD 5.3) OBJETIVO Pôr em prática as orientações da Igreja Católica nestas matérias, especialmente na formação dos ministros ordenados, elaborando e indicando fontes e subsídios,

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39oferecendo sugestões de uma adequada carga horária, estimulando e ajudando os professores. JUSTIFICATIVA Os responsáveis pelos seminários encontram dificuldades em pôr em prática as orientações da Igreja, por falta de subsídios. RESPONSÁVEL Linha 5 Setor Vocações e Ministérios da CNBB e OSIB PRAZO: Setembro de 1992 Reflexão sobre a maçonaria e a atitude doutrinário-pastoral da Igreja católica (PD 5.4) OBJETIVO Oferecer subsídios pastorais, em harmonia com as declarações da Congregação para a Doutrina da Fé, de 1974 e 1983, e com a realidade da Maçonaria no Brasil, através de um encontro anual de especialistas, representantes de outras Igrejas e de maçons, e através de outro encontro anual só de representantes da Igreja Católica. JUSTIFICATIVA O diálogo com maçons, iniciado nos anos 70, as declarações citadas da Congregação para a Doutrina da Fé e o fato de que muitos maçons são membros de Igrejas Cristãs exigem a continuação do diálogo e a reflexão pastoral da Igreja. RESPONSÁVEL: Linha 5 PRAZO 1º semestre de 1992, um encontro de diálogo com maçons; 2º semestre, um encontro só de representantes da Igreja. Reflexão sobre o fenômeno do crescimento de movimentos religiosos independentes e sobre os desafios pastorais que o mesmo coloca à Igreja - Problema das seitas (PD 5.5) OBJETIVO Através de pesquisas e de seminários nacionais, oferecer à Igreja Católica subsídios para um conhecimento mais profundo do fenômeno (a extensão, as causas) e para definição de sua ação pastoral diante do mesmo. JUSTIFICATIVA Entre as razões que justificam o projeto, podem ser citadas: - a preocupação com a transmissão integral da mensagem cristã; - a atração sobre um crescente número de católicos e de membros de outras Igrejas; - a pregação e atuação violentamente anti-católicas e alienantes de certos grupos enfraquecem a organização e a ação do povo pobre e marginalizado; - certos movimentos constituem sério perigo à saúde física e psíquica do povo, ou causam verdadeiros atentados à identidade cultural do mesmo; - as implicações políticas (nacionais e internacionais) de certos grupos; - a necessidade de uma análise da profunda crise da sociedade (brasileira e mundial), sob todos os aspectos, e seu relacionamento com o surgimento de expressões religiosas contemporâneas; - a necessidade de uma análise séria da vida e ação da Igreja, a fim de se descobrir fatores internos à mesma, que possam favorecer o surgimento de expressões religiosas alternativas;

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40- o fato de que o fenômeno está suscitando preocupações, estudos e reflexões em todos os níveis (Sé Apostólica de Roma, Conferências Episcopais, CELAM, CONIC, Conselho Mundial de Igrejas e Conselho Latino-Americano de Igrejas). RESPONSÁVEL: Linha 5, em colaboração com organismos da Igreja e outras entidades. PRAZO Realização do II Seminário Nacional, de 3a 6 de fevereiro de 1992, em Salvador; publicação dos resultados de pesquisas e de seminários até setembro de 1992. Pesquisa sobre o fenômeno da não-crença no Brasil (PD 5.6) OBJETIVO Conseguir um conhecimento mais científico sobre a extensão e as causas do fenômeno e descobrir as possibilidades de um diálogo. A pesquisa deve abranger: a) segmentos representantes da cultura superior brasileira (meio universitário, literário, artístico, profissional), b) juventude, c) meio popular. A pesquisa deve cobrir quesitos como: a existência de Deus, fé religiosa, confissão religiosa, tradição cristã, fundamento transcendente da moral e outros. Através da pesquisa, procurar-se-á conhecer as atitudes em relação às tradições religiosas (simples rejeição, aceitação relativa, integração na própria visão do mundo) e descobrir a disponibilidade para um diálogo sob diversas modalidades (organização de seminários e outros encontros sobre “questões disputadas”, a partir da crença e da não-crença em Deus, publicação de livros ou de números de revistas especializadas sobre tais questões, ou a criação de uma comissão nacional de diálogo). Os resultados devem ser estudados e publicados. JUSTIFICATIVA O conhecimento exato do fenômeno é muito limitado, no meio dos responsáveis pela ação pastoral da Igreja. RESPONSÁVEL Linha 5 Setor de Cultura da CNBB, CERIS, ISER, Centro João XXIII. PRAZO: Julho de 1992 Estudo sobre a semana de oração pela unidade dos cristãos (PD 5.7) OBJETIVO Através do envio de um questionário a todas as dioceses do Brasil e mediante a análise das respostas, conhecer melhor a difusão da Semana e seus resultados concretos. O projeto deve ser complementado com estudo semelhante nas outras Igrejas-membros do CONIC, por iniciativa do mesmo Conselho. O estudo deve levar a formular sugestões para uma celebração sempre melhor da Semana. JUSTIFICATIVA Diante da importância do ecumenismo espiritual e apesar dos esforços pela boa realização desta Semana, parece que a oração pela Unidade dos Cristãos não tem, nas comunidades das Igrejas, a repercussão que ela merece. RESPONSÁVEL: Linha V, com a colaboração do CERIS e CONIC. PRAZO: Julho de 1992 PROGRAMA 6: DIMENSÃO SÓCIO-TRANSFORMADORA (PD-6) Embora a Igreja não seja do mundo, está presente no mundo, no meio das sociedades humanas. Por esta presença, ela deve agir como fermento na massa, contribuindo para que a sociedade se organize conforme as exigências e os valores do Reino.

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41Solidarizando-se com as aspirações e esperanças da humanidade, é levada a colocar-se a serviço da causa e dos direitos da pessoa, especialmente dos mais pobres, denunciando as injustiças e violências, e assim, possa surgir uma sociedade justa e solidária. Esta Dimensão da Igreja no Brasil desenvolve-se em três áreas de capital importância para a presença do Evangelho na sociedade: comunicação social, educação e pastoral social. Na atuação dessa Dimensão, a comunidade cristã situa-se e age profeticamente em áreas de fronteira do mundo das comunicações sociais, da educação e, sobretudo, no amplo espectro da realidade social do país (cf. Diretrizes da Ação Pastoral 1991/1884 - n.101; 104). 6.1. SETOR COMUNICAÇÃO SOCIAL Como forma de realizar a dimensão sócio-transformadora, o Setor está inserido no Plano de Pastoral para servir a todas as dimensões da ação da Igreja, tanto no seu interior como no relacionamento com o mundo. A fim de contribuir para a realização do Objetivo Geral, o Setor procura desenvolver sua ação junto aos comunicadores e aos usuários, para que ambos tenham consciência de sua responsabilidade frente às mensagens que emitem e que recebem. É preciso criar sempre mais consciência da importância da Comunicação para a ação evangelizadora da Igreja e o que ela significa dentro da complexidade social. Atividades permanentes - Promoção, organização e animação das Equipes Regionais de Comunicação, a fim de sempre mais integrar e dar sentido de unidade à Pastoral da Comunicação. - Estimular e participar da vida e iniciativas das Entidades de Comunicação (UNDA/BR, UCBC, OCIC/BR etc.). - Preparar subsídios para o Dia Mundial das Comunicações, Mês Vocacional etc. - Promover e participar das reuniões anuais das Editoras Católicas, como forma de entrosamento entre si e com a CNBB. - Promover Encontros anuais com Diretores de Jornais, Revistas Católicas e produtores de meios audiovisuais. - Participar de Congressos, Seminários, Assembléias e Encontros promovidos por entidades de Comunicação, quer nacionais, quer internacionais, especialmente dos promovidos pelo DECOS/CELAM. - Estimular a produção e divulgação de documentos da Igreja, em linguagem popular, nas diversas publicações de Igreja. - Procurar e ocupar espaços nos Meios de Comunicação, para se fazer uma comunicação realmente libertadora. - Descobrir novas formas de contacto com profissionais de Comunicação que têm afinidade com a Igreja, a fim de que sejam uma presença cristã nos Meios de Comunicação “neutros”. - Acompanhar a formação dos profissionais católicos e dos futuros padres. - Produzir e colocar à disposição dos Meios de C. Católicos subsídios sobre temas de atualidade. - Estimular a criação de prêmios de comunicação, em níveis diocesanos e regionais. - Estudar e fazer estudar o código de ética da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT) à luz dos preceitos constitucionais a serem regulamentados. Projetos Presença junto às escolas de comunicação e instituições católicas de ensino superior (PD. 6.1) OBJETIVO Suscitar uma reflexão sobre a identidade e responsabilidade das Instituições Superiores de Ensino, a fim de levar os futuros profissionais a assumirem seus compromissos com a

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42sociedade, de forma responsável, e assim venham a ser agentes de transformação na área de Comunicação. JUSTIFICATIVA Vem se percebendo que nas Instituições Católicas de Ensino Superior deveria haver clareza e compromisso com os grandes princípios e causas da Igreja e da Sociedade. Uma reflexão com os responsáveis pelas mesmas poderia ajudar a rever a origem, identidade e finalidade das Instituições, num momento em que a própria Igreja Universal está preocupada e buscando caminhos de maior compromisso de suas Instituições com a Sociedade. RESPONSÁVEL: Setor de Comunicação juntamente com: Pastoral Universitária OSIB e ABESC. PRAZO Outubro de 1991 2 e 3 de abril de 1992 (realização) Encontro anual dos bispos e coordenadores regionais (PD 6.2) OBJETIVO Formação para a Comunicação, daqueles que assumem esta Pastoral nos regionais. Avaliar os trabalhos feitos nos regionais, ao longo do ano, e elaborar, em conjunto, as principais linhas de ação, a fim de procurar uma atividade integrada que possa marcar mais profundamente a ação da Igreja no Brasil, na área de Comunicação. JUSTIFICATIVA Constata-se que existem muitas atividades nos regionais e dioceses, mas muitas vezes são atividades estanques e isoladas, sem maiores repercussões na ação do conjunto. Esse Projeto, além de procurar formar as pessoas para a atuação na área de Comunicação, quer também criar o espírito de ação conjunta para que todas as atividades tenham maior integração e repercussão na opinião pública. Sem equipe regional, dificilmente existirá a diocesana, com todas as suas implicações. Este Projeto é fundamental para o Setor. RESPONSÁVEL: Setor de Comunicação e Assessoria de Imprensa PRAZO 2º semestre de 1991 (preparação) 2 a 4 de junho de 1992 (realização) Encontro nacional de liturgia de rádio e TV (PD 6.3) OBJETIVO Continuar a reflexão sobre a Liturgia em Rádio e TV, iniciada em 1972 e desenvolvida nos cinco encontros nacionais e latino-americanos já realizados. JUSTIFICATIVA A celebração da missa na televisão e rádio é um fato constatado em muitas Igrejas Particulares. É necessário aprofundar o sentido dessa celebração, a adequação da linguagem ao meio, as conseqüências pastorais e como essa celebração pode ser vivida através da recepção, via meio eletrônico. São todos aspectos a serem refletidos. Percebe-se que é um fato, quase inédito, esse tipo de encontro e reflexão, quer em nível de América Latina quer em nível universal, como o comprova o interesse pelas duas publicações sobre o assunto, na Coleção “Estudos da CNBB”.

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43RESPONSÁVEL: Setores de Comunicação e Liturgia PRAZO Outubro de 1991 (preparação) 23 a 26 de julho de 1992 (realização) Pesquisa sobre a presença das Igrejas nos MCS (PD 6.4) OBJETIVO Ver o que a Igreja está fazendo e como está atuando junto e através dos Meios Comunicação, especialmente nos próprios, para, a partir desse levantamento, assumir um trabalho mais profissional e ser presença constante e eficaz nos meios próprios e não-próprios. JUSTIFICATIVA Sabe-se que há muitos programas em rádios, muitas publicações regionais e locais. Mas não se sabe, exatamente, o que é feito e como é feito. Este Projeto quer ser uma tentativa de perceber o que há e, a partir de então, elaborar outros Projetos na área de capacitação das pessoas, para uma ação mais eficaz. RESPONSÁVEL: Setor de Comunicação CERIS PRAZO: 1991/1992 Prêmio anual “Margarida de Prata” (PD 6.5) OBJETIVO Continuar promovendo as produções cinematográficas nacionais, estimulando, assim, os cineastas para produzirem novos filmes perpassados de valores humanos, cristãos, artísticos e culturais. JUSTIFICATIVA Este prêmio vem sendo concedido pelo Setor, há mais de 20 anos. É muito valorizado pelos cineastas, que vêem nele um reconhecimento da Igreja ao seu trabalho. É uma forma também de a Igreja entrar nesse meio da produção cinematográfica, estimulando produtores, cristãos ou não, a realizarem obras que contribuam para a cultura e memória histórica de nosso povo. Nos últimos anos, muitas produções em torno da questão dos direitos humanos, terra, negro, índio, foram produzidos; alguns certamente estimulados pela ação da Igreja. RESPONSÁVEL: Setor de Comunicação OCIC/BR PRAZO 1991/1992 Juri - julho de 1991 Entrega - 27de novembro de 1991 Juri - maio de 1992 Entrega - 25 de novemvro de 1992 Reuniões da equipe de reflexão do setor (PD 6.6) OBJETIVO Ter uma Equipe de Assessoria na área da Comunicação, que ajude a refletir sobre os Caminhos da Comunicação no país e, ocasionalmente, também a produzir algum subsídio. É também um importante espaço de troca de experiências por parte dos integrantes da Equipe, em relação às Entidades que representam ou às áreas de Comunicação em que atuam. JUSTIFICATIVA

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44A experiência com esta Equipe de Reflexão tem 12 anos e é um dos Projetos mais importantes do Setor. Dada a complexidade da área de Comunicação em relação à ideologia e tecnologia, seria impossível levar adiante algumas iniciativas, sem essa Equipe. É uma experiência que já vem sendo iniciada também por outros países da América Latina e também por outros Setores da Pastoral na Igreja do Brasil. RESPONSÁVEL: Setor de Comunicação PRAZO 1ª reunião: 24/02/1992 2ª reunião 26/06/1992 3ª reunião: 28/11/1992 Diálogo com responsáveis maiores pelas televisões no Brasil (PD. 7) OBJETIVO Estudar a possibilidade de encontrar caminhos para que a TV seja uma contribuição humanizadora da sociedade brasileira. JUSTIFICATIVA Diante da inegável influência da TV na opinião pública, e em face da complexidade desse moderno meio de comunicação e da pouca familiaridade da Igreja nesta área, queremos iniciar uma busca de diálogo. Terá importância especial neste Projeto a participação da União Brasileira de Radiodifusão Católica (UNDA/BR) já que seu objetivo é atuar junto ao Rádio e à Televisão. RESPONSÁVEL Setor de Comunicação Presidência da CNBB UNDA/BR PRAZO: Junho de 1992 6.2. SETOR EDUCAÇÃO Nosso país atravessa uma longa crise, não só de estruturas e práxis política, mas de cultura, de valores e de modelos. Sofre uma transição sócio-cultural, uma complexificação social que investe contra a existência pessoal e comunitária e reflui sobre a escola e a pedagogia. A educação enfrenta os problemas decorrentes dessa transformação, buscando, através de um projeto de sociedade e de homem, assim como intervenções educativas que levem a um crescimento humano e cristão. “A tarefa educativa torna-se, ao mesmo tempo, mais difícil e mais necessária para ajudar a criança e o jovem a adquirir uma personalidade coerente, madura, capaz de opções firmes e de discernimento crítico dos valores” (Diretrizes, 134). Dentro de seus limites e possibilidades, as instituições educacionais investigam como melhorar o teor da vida, não só por maior acesso ao saber e às tecnologias, mas sobretudo, através de uma educação completa que ajude a sustentar a busca de um sentido global da existência individual e comunitária. Através da Pastoral da Educação, a Igreja do Brasil propõe a todos os educadores um repensamento crítico e, ao mesmo tempo, prospectivo, para encontrar os novos caminhos da educação nacional. Aí estão, como subsídios, o documento pastoral: Educação, exigências cristãs e a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a serviço da formação cristã e para o crescimento da democracia e da cidadania. Atividades permanentes - Trabalhar em conjunto com a CRB, ABESC, AEC, MEB, visando um esforço articulado para a dinamização da Pastoral da Educação em todos os campos.

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45- Incentivar a criação e assessorar as coordenações de Pastoral da Educação nos regionais da CNBB e nas dioceses. - Colaborar na Pastoral do leigo educador, seu comprometimento como agente da Pastoral da educação, presença da Igreja nas instituições de ensino, sua articulação com o Conselho Nacional de Leigos. - Dar apoio às coordenações estaduais de Ensino Religioso nas Escolas; estimular as equipes de Pastoral da educação nas paróquias e dioceses. - Acompanhar as iniciativas no campo da educação popular, especialmente formas alternativas de educação de jovens e crianças. - Promover atividades conjuntas com outros setores e dimensões da Pastoral da Igreja do Brasil, à luz das Diretrizes Gerais. - Assessorar o estudo e aplicação do documento Educação, exigências cristãs e da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - Participar dos encontros, seminários e reuniões que interessam diretamente ao setor de uma educação completa, que ajude a sustentar a busca de um sentido global da existência individual e comunitária. - Colaborar na preparação do XIV Congresso Nacional de Educação, da AEC. Movimento de educação de base (MEB) OBJETIVO GERAL: Cooperar na formação do homem (adulto ou adolescentes), nas áreas em desenvolvimento do país, no sentido de levá-lo a tomar consciência de sua dignidade como criatura humana, feita à imagem de Deus e redimida por Cristo, Salvador do Mundo e, como conseqüência, transformá-lo em agente de criação original de cultura de um povo. Esta conscientização importa: a) na afirmação de um Deus criador, de quem tudo depende e a quem todos estão subordinados; b) na afirmação de ser o homem um valor em si mesmo, superior a toda ordem temporal e subordinado a Deus; c) na afirmação de que todos os homens têm o mesmo valor essencial e as diversidades entre eles só são admissíveis na medida em que não se transformem na dominação de um homem sobre outro; d) na afirmação de que cada homem tem o dever e o direito de empenhar-se na aquisição de condições de vida que lhe permitam, cada vez mais, realizar-se dignamente; e) na afirmação de que o homem é, por natureza, um ser social e, por conseguinte, sua promoção só pode realizar-se devidamente em atividades comunitárias que redundem na integração do indivíduo na comunidade; g) na afirmação de que a integração do homem na comunidade deve realizar-se através de opções conscientes e livres, cuja variedade lhe deve ser proposta, sem que nenhuma lhe possa ser imposta. Atividades Sua linha de ação dá-se no trabalho de assessoria aos movimentos populares e sindical, embasado em dois elementos fortes: alfabetização de jovens e adultos e comunicação popular. Alguns departamentos trabalham, ainda, com saúde e agricultura alternativas. Projetos Seminário nacional de educação (PD 6.8) OBJETIVO Repensar a presença educadora da Igreja na atual conjuntura brasileira, para torná-la mais coerente com os princípios evangélicos, mais articulada e mais eficaz.

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46 JUSTIFICATIVA O grave quadro da educação no país e a preocupação em responder a essa situação levaram a CNBB a entregar ao debate dos educadores o texto Educação, Exigências Cristãs. O seminário proposto terá como pano de fundo o conjunto de idéias e propostas oferecidas pelos bispos, mas seu objetivo maior é mobilizar interesses e energias, buscando encontrar aspectos-chave da educação cristã na conjuntura vivida hoje. RESPONSÁVEL Setor de Educação - Linha 6, Presidente da CRB, Presidente da ABESC, Presidente da AEC, Secretário Geral do MEB PRAZO: 15 a 18 de julho de 1991 Encontros regionais: educação, família e meios de comunicação (PD 6.9) OBJETIVO 1. Assessoramento às instituições educacionais: família, escola, comunidades, visando maior proveito dos recursos educacionais oferecidos pela “media”. 2. Confronto crítico do tipo de cultura proposto pelas agências de educação, pela família e pela “escola paralela”, constituída pelos MCS. 3. Propostas corajosas e concretas que contribuam para desencadear uma renovação educativa familiar, escolar e dos MCS, dando nova fisionomia à educação. 4. Preparação, em nível regional, ao Seminário Nacional de 1993. JUSTIFICATIVA A comunicação é fator fundamental na educação. Os grandes Meios de Comunicação apresentam recursos, fontes alternativas de conhecimento, de aprendizagem, de modelos que muito contribuem para a educação. A força deles sobre a formação de jovens adolescentes e crianças tem sido motivo de preocupação para a família e para os educadores. Enquanto pedagogicamente se busca a educação libertadora e personalizante, os MCS provocam a “standardização anônima”, a difusão de contra-valores e a subordinação da vida pessoal a interesses da produção econômica. Este encontro terá o início do trabalho conjunto de educação para a consecução dos objetivos da missão da Igreja: evangelizar educando e educar evangelizando. RESPONSÁVEL Trabalho conjunto com os regionais. Bispos, Assessores dos Setores: EDUCAÇÃO, FAMÍLIA E COMUNICAÇÃO PRAZO: Opção dos regionais Encontros do GRERE (PD 6.10) OBJETIVO Reflexão sobre a caminhada do Ensino Religioso Escolar, com a perspectiva de uma pertinente renovação metodológica e pastoral. Fundamentação do diálogo interdisciplinar que suscite a convergência de conceitos transespecíficios das ciências para a educação religiosa de jovens, adolescentes e crianças.

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47JUSTIFICATIVA A visão atualizada e aberta da dimensão religiosa da educação exige uma adequada atuação pedagógica. O GRERE se encarregará de manter a reflexão, diante do pluralismo cultural e ideológico no campo educativo, subsidiando as coordenações e professores do Ensino Religioso Escolar. RESPONSÁVEL Bispo responsável pelo setor Assessores Membros do GRERE PRAZO Outubro de 1991 Abril de 1992 Novembro de 1992 Encontros regionais - 9º ENER (PD 6.11) OBJETIVO Estabelecimento de espaço para troca de experiências entre os coordenadores estaduais de Ensino Religioso, visando uma prática mais eficiente. Continuidade do processo de busca de identidade do Ensino Religioso na Escola, tendo em vista a dimensão religiosa da educação. Empenho na formação dos agentes do Ensino Religioso em todos os níveis. Formação de grupos para a Pastoral da Educação nas dioceses e paróquias. JUSTIFICATIVA O Ensino Religioso na escola quer proporcionar aos educadores e educandos experiências, informações e reflexões ligadas à dimensão religiosa da vida, que os ajudem a abrir-se ao sentido profundo da existência e à transcendência. Daí a necessidade da preparação de coordenadores e professores que enfrentarão os desafios culturais de classes heterogêneas e que deverão ter um desempenho em sintonia com o projeto de cidadania consciente e com o projeto de uma sociedade nova. RESPONSÁVEL GRERE Coordenações estaduais PRAZO 1991: junho - setembro - novembro 1992: setembro - outubro 9º ENER 17 a 22 de maio de 1992 6.3. SETOR PASTORAL SOCIAL O objetivo e as diretrizes gerais da CNBB inspiram o programa específico de atividades do Setor Pastoral Social. Esse programa visa colaborar com todas as demais dimensões de atuação eclesial, para que estejam atentas e sensíveis à transformação social, econômica, política e cultural pela qual passa o povo brasileiro, atentas e atuantes para que essa transformação se realize com a participação solidária de todos, objetivando a libertação integral do homem e a construção de uma sociedade justa e fraterna, segundo o Espírito de Jesus. O Setor Pastoral Social procurará evitar paralelismos entre evangelização, promoção humana e ação organizadora para a transformação de estruturas. O referencial supremo no qual vai buscar essa unidade é Cristo e seu Evangelho, a cuja luz toda a análise da

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48realidade, reflexão e ação serão efetuadas, verá também nas CEBs um exemplo dessa unidade entre fé e vida, oração e ação. Como procedimento metodológico, tratará inicialmente de obter uma compreensão adequada e crítica da realidade de modo a permitir a formação de um julgamento ético sobre a situação e a formulação de linhas de ação. O Setor Pastoral Social procurará dinamizar e ampliar suas atividades, através da criação de espaços para o encontro de pessoas e instituições interessadas em participar num processo de análise e reflexão global e continuada sobre o que se poderia chamar de “a sociedade que queremos”. Além de se tratar de algo importante para a vida da Igreja e do país, isso viria responder a uma necessidade sentida por muitos construtores da sociedade nova e pluralista. Um desafio para o qual se deve encontrar uma resposta é de como manter esse processo articulado com os movimentos populares e de como divulgar os resultados desta reflexão. Incentivará, ainda, a formação de pessoas que revelam dons de liderança. Busca-se uma formação mais continuada, mais exigente, tanto em colocar questões teóricas como na atuação prática. Enfim, uma formação que siga um método progressivo e grupal. O Setor Pastoral Social atua através de vários organismos que fazem parte da sua estrutura, mas que têm vida e dinamismo próprios. Maior articulação entre esses organismos é importante. O Setor Pastoral Social quer ser um espaço onde isso possa acontecer, como quer também abrir-se para articulações com outros organismos, com objetivos afins. Procurar-se-ão formas para colocar em prática esse objetivo, e isso com a criatividade e participação de todos esses organismos que já compõem o Setor Pastoral Social. Espera-se, com esse esforço, chegar a aperfeiçoar os métodos de trabalho de cada organismo, a promover ações verdadeiramente conjuntas e a elaborar um atualizado conceito de pastoral social que sirva de plataforma comum para a ação de todo o setor e da Igreja em geral. Atividades permanentes - Analisar a problemática nacional e questões sociais de atualidade e refletir, à luz da fé, sobre os resultados dessa análise. - Analisar e avaliar a pastoral da Igreja no campo social, para uma renovação dessa ação. - Estudar e divulgar o ensino social da Igreja universal e também das Igrejas particulares, principalmente da América Latina, Estados Unidos e Canadá. - Apoiar iniciativas de Pastoral Social da Igreja, em nível regional e diocesano. - Apoiar grupos e movimentos de Pastoral Social, sobretudo de caráter popular e voltados para a defesa dos interesses das classes mais necessitadas. - Apoiar sistematicamente as pastorais de setores mais marginalizados da população: camponeses, peões, bóias-frias, marítimos e pescadores, mulher marginalizada, doentes, idosos, menores abandonados, encarcerados, nômades etc. Projetos Semana social (PD 6.12) OBJETIVO Abrir novas vias para uma interação e diálogo da Igreja com a atual realidade nacional, visando a construção de uma sociedade justa e fraterna. Propiciar o diálogo da Igreja com os diversos setores da Sociedade Brasileira envolvidos na questão do mundo do trabalho. Analisar a realidade sócio-econômico-política brasileira, a partir do mundo do trabalho, à luz do Ensino Social da Igreja, procurando sensibilizar a Igreja e a Sociedade Brasileira

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49para os desafios levantados pela situação dos trabalhadores e dos que são excluídos do mercado de trabalho e do processo produtivo. Buscar, em conjunto com aqueles que vivem o mesmo desafio no mundo da política e da cultura, pistas que apontem para a possibilidade de uma organização sócio-econômico-política brasileira da sociedade onde o trabalho tenha a primazia sobre o capital. RESPONSÁVEL SETOR PASTORAL SOCIAL Será montada uma secretaria específica para a semana e sua organização. PRAZO: 4 a 8 de novembro de 1991 Reunião do setor pastoral social (PD 6.13) OBJETIVO Aprofundar a articulação das pastorais e organismos do Setor Pastoral Social. JUSTIFICATIVA: Continuar algo que já vem sendo feito com muito proveito. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1991 e 1992 Reunião de bispos responsáveis do setor pastoral social (PD 6.14) OBJETIVO Reunir os bispos responsáveis pela Pastoral Social, organismos e pastorais específicas nos regionais. JUSTIFICATIVA Organizar e articular mais o Setor Pastoral Social nos regionais, e preparar Santo Domingo. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1991/1992 Divulgação da pastoral social no exterior (PD 6.15) OBJETIVOS Assessoria às entidades externas na inventariação de critérios para subsidiar a elaboração de suas políticas de ajuda para o Brasil, na área do trabalho social. JUSTIFICATIVA Distantes da realidade brasileira e dispondo de recursos limitados, as entidades externas se ressentem, muitas vezes, de informações e critérios bem fundamentados para informar suas decisões quanto à aplicação dos recursos disponíveis. Nossa assessoria, neste sentido, tem sido freqüentemente solicitada pelas próprias entidades externas e será baseada, entre outras iniciativas, no próprio trabalho social desenvolvido por diferentes pastorais sociais. RESPONSÁVEL Setor Pastoral Social, Coordenado pelo CERIS PRAZO: 1992

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50III. PROGRAMAS DAS PASTORAIS ESPECÍFICAS (PPE) A. PASTORAIS PASTORAL DA JUVENTUDE (PPE-1) A Pastoral da Juventude é a ação organizada dos jovens que são Igreja, junto com seus Pastores e com toda a comunidade, para aprofundar a vivência de sua fé e evangelizar outros jovens a fim de que se transformem em homens e mulheres novos e agentes de construção de uma Nova Sociedade, pela vivência do Evangelho, a caminho do Reino definitivo. Para isso, a Pastoral da Juventude tem o jovem como sujeito e como “apóstolo dos outros jovens”, assumindo as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, articulando-se nos vários níveis com coordenações, planejamento e acompanhamento e integrando-se nas comunidades e com as demais pastorais na construção de uma Pastoral de Conjunto. Quer ser uma pastoral inserida na realidade e que responda às aspirações e necessidades dos jovens, promova seu encontro pessoal com Cristo e seu Projeto Libertador para um compromisso na Comunidade de Fé e na transformação da sociedade. É comunitária e participativa, onde se ensaiam novos relacionamentos, mas também missionária, levando a todos os jovens, pela palavra e pelo testemunho de vida, a novidade do Evangelho. Metodologia para uma Formação Integral O instrumento pedagógico principal da PJ tem sido os pequenos Grupos de Base, onde se confronta a vida com o Evangelho e se formam lideranças jovens para um engajamento apostólico na comunidade eclesial e na sociedade. O método principal é o Ver-Julgar-Agir-Rever-Celebrar, que garante a interação entre a formação teórica e a prática, a fé e a vida, o grupo e a comunidade que o envolve. A evangelização dos jovens e a formação de lideranças se dá através de um processo gradual que exige respeito às etapas: Convocação e Nucleação (anúncio a novos jovens e criação de grupos), Iniciação (formação progressiva e intensiva) e Militância. Para ser integral, essa formação busca atender às dimensões pessoal, social, política-cultural, teológica-teologal e metodológica. Urge, portanto, atenção a três aspectos principais: uma “PASTORAL EXTENSIVA” e missionária, visando o anúncio ao conjunto da juventude e seu despertar para a proposta cristã, através de encontros, atividades massivas, meios de comunicação e utilização da linguagem artística; o ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO INTENSIVO DE FORMAÇÃO INICIAL, especialmente nos grupos de base, através de assessores e coordenadores capacitados, cursos e retiros complementares, fornecimento de subsídios etc; o ACOMPANHAMENTO AOS MILITANTES, cujo nível de consciência e engajamento e os desafios levantados à fé, nos seus meios de atuação, exigem especial atenção. PRIORIDADES Nos próximos anos, a Pastoral da Juventude do Brasil pretende dar especial atenção às seguintes necessidades permanentes e novos desafios colocados pela realidade e pelas Diretrizes da Ação Pastoral da Igreja no Brasil: Formação: * Acompanhamento aos grupos de jovens para que aconteça o processo de formação integral, especialmente mediante a elaboração de planejamentos mais sistemáticos e publicação de subsídios adequados, além da busca de novas alternativas metodológicas.

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51* Formação de assessores religiosos e leigos para esse acompanhamento. Metodologia: * Elaboração de um projeto pastoral mais eficaz para atingir a maioria dos jovens (pastoral extensiva), especialmente levando em conta o processo de urbanização e outras mudanças culturais que atingem a juventude e que exigem nova linguagem e métodos. Organização: * Fortalecer as coordenações em todos os níveis, ajudando aquelas dioceses e regionais que ainda não estão articulados, garantindo o planejamento pastoral participativo, agilizando a comunicação e buscando alternativas para a carência de recursos materiais e financeiros em todos os níveis. * Rever a estrutura organizativa da PJ em vista da eficácia de seu serviço às bases e, fortalecendo as Pastorais de Juventude de Meios Específicos, aprofundar suas especificidades e relação com a Pastoral Orgânica de Juventude. Pastoral de Conjunto: *Promover maior inserção da PJ na Pastoral de Conjunto em todos os níveis, maior integração com as pastorais afins, especialmente Vocacional, Familiar e Catequese e maior intercâmbio com as pastorais sociais. * Estreitar o conhecimento e diálogo com os Movimentos que atuam no meio da juventude, ajudando-os a assumirem as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral e visando uma Pastoral Orgânica e eficaz. Atividades permanentes O Setor Juventude propõe-se, para o biênio 1991-1992, como atividades permanentes: - Colaborar no fortalecimento das coordenações regionais de jovens e comissões de assessores, realizando visitas para conhecimento da realidade e assessoria ao planejamento. - Apoiar a realização de encontros e seminários de assessores e jovens, promovidos pelos regionais, além dos Seminários Nacionais. - Apoiar a opção preferencial da PJ pelos jovens empobrecidos, garantindo seu protagonismo em todos os níveis de decisão. - Colaborar na articulação das Pastorais específicas de Juventude (Rural, Estudantil, Universitária e do Meio Popular) e garantir sua integração na Pastoral orgânica. - Apoiar a reflexão que busca descobrir novos métodos para atingir a massa juvenil, especialmente a elaboração de um projeto eficaz para a PJ nos centros urbanos. - Ajudar na superação de tensões e conflitos entre grupos e movimentos, jovens e hierarquia, mediante o diálogo e conhecimento. - Contribuir na elaboração de um Plano Sistemático de Formação para grupos de jovens e na elaboração de subsídios para sua implementação. - Apoiar o desenvolvimento de formas de articulação e de acompanhamento dos militantes jovens que atuam nos organismos intermediários da sociedade; - Incentivar a formação de assessores em nível diocesano, regional e nacional, colaborando na realização de cursos, seminários e outras atividades com esse objetivo. - Contribuir na preparação e realização da Campanha da Fraternidade/92, sobre “Juventude”, e na preparação da PJ para a continuidade e frutos da CF. - Ajudar na elaboração dos subsídios para o Dia Nacional da Juventude, e na elaboração do subsídio para grupos de jovens da CF de cada ano. - Manter e agilizar a comunicação permanente com e entre as diversas instâncias de coordenação da PJ do Brasil.

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52- Manter relacionamento com os Setores de Juventude do Pontifício Conselho para os Leigos, do CELAM e de outras Conferências Episcopais da América Latina. - Prestar assessoria permanente à Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude (CNPJ) e aos regionais que a solicitarem, com ajuda da Comissão Nacional de Assessores. - Apoiar e incentivar o trabalho, e divulgar os subsídios feitos pelos Centros, Institutos de Pastoral da Juventude e Casas da Juventude. Projetos Assembléia nacional da pastoral da juventude (PPE 1.1) OBJETIVO Avaliar, planejar e celebrar a caminhada da PJ do Brasil; aprofundar seu Marco Doutrinal; preparar-se para a CF-92 e para o Congresso LA de Jovens e contribuir para a 4ª Conferência do CELAM. JUSTIFICATIVA Para garantir a organicidade da Pastoral da Juventude e o protagonismo dos jovens como sujeitos da mesma, faz-se necessário abrir espaço para um processo representativo e participativo de planejamento onde se reflita sobre os grandes desafios lançados pela realidade à PJ do Brasil, definam-se prioridades, programem-se atividades e se revise sua correspondência às necessidades dos regionais. As Assembléias Nacionais têm sido espaço especial para isso. RESPONSÁVEL: Setor Juventude-CNBB com a CNPJ PRAZO: 12 a 18 de julho de 1991 Coordenação nacional da pastoral da juventude (CNPJ) (PPE 1.2) OBJETIVO Avaliação e planejamento da PJ Nacional segundo as prioridades definidas em Assembléia; preparação de atividades do planejamento anual; deliberação sobre questões urgentes; JUSTIFICATIVA A Coordenação Nacional, além de assegurar o protagonismo e participação dos jovens na tarefa evangelizadora, exerce papel fundamental no acompanhamento dos regionais e no aprofundamento das questões relacionadas com a caminhada da PJ. Tem, ainda, o papel de encaminhar os documentos e decisões da Assembléia Nacional e preparar as atividades de âmbito nacional. É composta por um jovem de cada regional e Pastoral Específica, além do Secretário e Assessor Nacional e o bispo responsável pelo setor. Reúne-se, ordinariamente, duas vezes ao ano. RESPONSÁVEL: Setor Juventude CNBB e CNPJ PRAZO: 4 a 7/7 e 21 a 24/11/1991; abril e novembro de 1992 Comissão nacional de assessores da pastoral dda juventude (CNAPJ) (PPE 1.3) OBJETIVO Contribuir com o assessor nacional e bispo responsável pelo Setor, na reflexão e encaminhamento das questões urgentes da PJ Nacional, preparar subsídios e seminários nacionais para formação de assessores. JUSTIFICATIVA A CNAPJ é a equipe de reflexão e de apoio ao assessor nacional e bispo responsável pelo Setor no acompanhamento da PJ Nacional. É instância de reflexão sobre as questões

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53complexas que surgem, a partir dos desafios levantados pela caminhada da PJ, colocando, à disposição do Setor, dos assessores e dos jovens, subsídios para seu encaminhamento. RESPONSÁVEL: Setor Juventude CNBB e CNAPJ PRAZO: 22 a 25 de abril e 28 a 31de outubro de 1991; maio e novembro de 1992 Reunião conjunta CNPJ-CNAPJ (PPE 1.4) OBJETIVO Estudo e revisão em conjunto e encaminhamento da programação da PJ do Brasil. JUSTIFICATIVA A rapidez das mudanças ocorridas no meio da juventude, os desafios pastorais que surgem e o volume de atividades encaminhadas em nível nacional, exigem um momento intermediário entre as Assembléias Nacionais bienais, para avaliação e encaminhamentos. RESPONSÁVEL: Setor Juventude e CNPJ PRAZO: Julho de 1992 Seminário nacional sobre “juventude e fraternidade” (PPE 1.5) OBJETIVO Capacitar assessores dos regionais para apoiarem as dioceses na preparação e realização da CF-92. JUSTIFICATIVA Nos regionais e dioceses, poucos são os que dominam a temática da próxima CF. A maioria das dioceses solicitarão assessoria para a preparação e realização da mesma. Há necessidade de capacitar assessores das diversas regiões do Brasil para esse serviço. RESPONSÁVEL: Setor Juventude CNBB PRAZO: 2 a 7 de julho de 1991 Projeto: dia nacional da juventude (PPE 1.6) OBJETIVO Proporcionar, às coordenações e grupos da PJ, uma oportunidade especial de ação missionária em meio à massa juvenil, a partir da celebração do seu dia e do debate e manifestação pública sobre um tema que desperte o interesse da juventude. JUSTIFICATIVA O trabalho intensivo de formação nos pequenos grupos requer a contrapartida de atividades massivas e de anúncio da proposta cristã para o conjunto da juventude. O DNJ tem sido uma experiência válida de mobilização da massa juvenil e de ação missionária para os jovens engajados nos grupos. RESPONSÁVEL: Setor Juventude CNBB, CCJ - POM PRAZO: 6 de outubro de 1991 e 25 de outubro de 1992 Congresso Latino-americano de jovens (PPE 1.7) OBJETIVO

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54Incrementar um maior compromisso cristão da juventude para a construção de uma nova civilização no Continente. JUSTIFICATIVA Aos responsáveis nacionais de Pastoral da Juventude da América Latina, reunidos anualmente por convocação do CELAM, pareceu oportuno pedir a realização do Congresso como oportunidade de intercâmbio, reflexão sobre a realidade e sobre a missão da juventude no Continente, para reforçar a articulação da PJ latino-americana e o protagonismo juvenil, além de dar uma contribuição específica à IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. RESPONSÁVEL Setor Juventude CNBB Sección Juventud del CELAM PRAZO: 28 de dezembro de 1991 a 5 de janeiro de 1992 Forum internacional de juventude e encontro mundial de jovens com o Papa (PPE 1.8) OBJETIVO Expressar a comunhão da PJ do Brasil com a Igreja Universal e com o Santo Padre; trocar experiências e celebrar, com os jovens do mundo inteiro, o compromisso apostólico. JUSTIFICATIVA O intercâmbio com as diversas experiências e situações de juventude, bem como a expressão da comunhão e solidariedade, em nível de Igreja universal, fazem crescer a PJ e enriquece nossa juventude. RESPONSÁVEL: Setor Juventude - CNBB / Pontifício Conselho p/ Leigos PRAZO: 7 a 15 de agosto de 1991 Seminário nacional de assessores (PPE 1.9) OBJETIVO Formação de assessores e reflexão de tema de interesse da PJ Nacional, para publicação. JUSTIFICATIVA A formação de assessores é necessidade urgente, que o Setor Juventude busca suprir. Os Seminários Nacionais são um espaço privilegiado para formação, além de produzirem uma reflexão teórica e pistas de ação que são colocadas à disposição da PJ, mediante publicação. RESPONSÁVEL: Setor Juventude CNBB e CNAPJ PRAZO: Julho de 1992 Publicação de documentos da pastoral da juventude (PPE 1.10) OBJETIVO Oferecer, às coordenações, grupos de jovens e à Igreja, material de formação e informação sobre os temas e eventos oficiais da PJ do Brasil. JUSTIFICATIVA A carência de agentes liberados para o acompanhamento e assessoria aos grupos e coordenações e a necessidade de formação tornam mais urgente a publicação de

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55subsídios que possam suprir essa necessidade, bem como garantir uma reflexão e caminhada conjunta da PJ. RESPONSÁVEL Setor Juventude - CNBB Centros de Juventude PRAZO: 1991/1992 Pastoral da juventude e realidade urbana (PPE 1.11) OBJETIVO Elaborar um Projeto de Pastoral de Juventude para os Centros Urbanos. JUSTIFICATIVA Como toda a Igreja, a PJ tem dificuldade de evangelizar os centros urbanos. É fraca sua organização nas cidades maiores e falta uma metodologia adequada para atingir a juventude que vive nas cidades e assimila mais rapidamente o modo de vida da cultura moderna e pós-moderna. Há necessidade de um estudo específico da questão, além da participação na reflexão mais global desencadeada pelas Diretrizes Gerais. RESPONSÁVEL Setor Juventude - CNBB Centros de Juventude PRAZO: Julho de 1991 a outubro de 1992 Encontro L.A. de responsáveis nacionais de PJ (PPE 1.12) OBJETIVO Trocar experiências e refletir sobre questões comuns, em vista de uma ação integrada da PJ em nível latino-americano. JUSTIFICATIVA Os oito encontros latino-americanos já realizados criaram um projeto comum de Pastoral da Juventude e fortaleceram a articulação de uma Pastoral Orgânica no Continente, como sugeria Puebla. O Congresso Latino-americano de Jovens é mais um marco importante nesse sentido. Há necessidade de avaliar e aprofundar essa experiência de integração. RESPONSÁVEL Setor Juventude CNBB Seção Juventude do CELAM PRAZO: Outubro de 1992 Encontro nacional de militantes da pastoral da juventude (PPE 1.13) OBJETIVO Possibilitar aos militantes da PJ uma oportunidade de intercâmbio, reflexão e aprofundamento de sua identidade e prática cristã. JUSTIFICATIVA Os jovens militantes, especialmente aqueles que militam nos organismos de transformação da sociedade, enfrentam desafios que colocam em risco sua vivência de fé. O acompanhamento a esses militantes é uma urgência da PJ e da Igreja. O Encontro quer ser um espaço para discutir a questão, a partir da experiência de vida dos próprios militantes. RESPONSÁVEL: Setor Juventude CNBB e CNAPJ

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56 PRAZO: Dezembro de 1992 SETOR PASTORAL UNIVERSITÁRIA (PPE-2) A redescoberta da universidade como campo específico de atuação cristã por parte dos universitários e intelectuais; a nova situação política (canais próprios de expressão e atuação); a redescoberta da religiosidade no meio universitário (intimista, privatizada, sincrética) mistura elementos das grandes tradições religiosas, orientalismo, ecologia, psicologia, ocultismo, astrologia para formar uma espécie de híbrido místico para “uso” individual); a necessidade de uma linha comum de atuação, de um referencial mínimo para a pastoral universitária pluralista; a necessidade de atuar em um mundo onde a mensagem evangélica encontra uma receptividade muito grande, diretamente proporcional à desconfiança nas grandes instituições religiosas e suas práticas. Tudo isso motiva a atuação da Pastoral Universitária, no momento presente (Diretrizes Pastorais nºs 105 a 166). A experiência subjetiva e a resposta livre e gratuita do homem (Diretrizes nº 172) fundando uma participação ativa na sociedade, de acordo com a vocação específica de leigos (nºs 227 e 259) são objetivos da ação cristã, no mundo universitário, no qual os desafios da modernidade (DG nºs 105-166) são mais urgentes. Atividades permanentes A “Pastoral Universitária” propõe-se, para o biênio 1991-1992, as seguintes atividades permanentes: 1. Em nível da Pastoral Universitária de Estudantes (P.U.) - Acompanhar as várias experiências de Pastoral Universitária, buscando sua unidade e assegurando o crescimento na espiritualidade, na revisão de vida, na formação teológica, na dedicação pastoral. - Assessorar indiretamente, por meio de seus secretariados e assessores nacionais, os movimentos que existem no âmbito da PU, ou seja, o movimento Comunhão e Libertação (CL ou CUB's), e o Movimento de Cristãos Universitários (MCU). - Assessorar mais diretamente a P.U. de linha diocesana, em nível nacional, regional e mesmo local, dentro do princípio de subsidiariedade. - Promover a expansão da P.U. de linha diocesana, em nível local e regional, sempre de acordo com as coordenações regionais. - Participar dos encontros nacionais das três experiências, bem como dos encontros estaduais e regionais da P.U. de linha diocesana. - Colaborar na promoção de cursos de Sagrada Escritura, Eclesiologia, História da Igreja e outros campos da Teologia; seminários, retiros, encontros de espiritualidade e outros, que auxiliem os estudantes universitários da P.U. a superarem os desafios do ambiente universitário e do Movimento Estudantil e a refazerem sempre de novo a síntese com os dados da fé. - Promover encontros entre assessores da P.U., bem como o entrosamento, a troca de experiência, a capacitação, o crescimento da vocação específica dos assessores. - Realizar visitas aos regionais da CNBB, visando realizar a “regionalização” da P.U. e principalmente da P.U. de linha diocesana, ou seja, sua organização em nível regional, com o apoio e assessoria dos regionais da CNBB. - Realizar visitas às Igrejas locais e a seus bispos, quando necessário, visando propiciar o diálogo, que a experiência demonstra ser nem sempre fácil, entre eles e os grupos de P.U. - Trabalhar em estreito contato com a Pastoral da Juventude e com o Setor Leigos, com os quais a Pastoral Universitária possui uma ampla faixa de objetivos e interesses comuns. - Manter contato com o Departamento de Educação do CELAM, bem como com os setores correspondentes de outras Conferências Episcopais; manter contato com o Secretariado Latino-americano (SLA), Movimento Internacional de Estudantes Católicos (MIEC) e Juventude Estudantil Católica Internacional (JECI), visando uma troca de experiência

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57com a Pastoral Universitária e seus movimentos de universitários em outros países da América Latina e propiciando um maior contato, formal ou informal, entre MIEC e P.U./P.U. - Sentir e suscitar, em todos os níveis e instâncias, as preocupações e os cuidados pastorais para com a grande massa de quase um milhão e meio de universitários brasileiros, muitos dos quais não receberam ou não aceitam mais a mensagem evangélica e/ou não a praticam, e pouquíssimos vivem como cristãos ativos no ambiente universitário. 2. Em nível de Instituições de Ensino Superior Católicas (IESCs) e de outras Instituições da Pastoral da Universidade: - Manter o contato com a Associação Brasileira das Escolas Superiores Católicas (ABESC), entre outras coisas, participando em seus encontros e reuniões. - Promover a reflexão e a revisão sistemática sobre os objetivos e métodos das IESCs, sobretudo do ponto de vista pastoral; inclusive por meio de um grupo permanente misto de bispos e reitores das Instituições de Ensino Superior Católicas (IESCs). - Favorecer, nas IESCs, o aprimoramento da qualidade da pesquisa e do ensino, o desenvolvimento do estudo e da reflexão de temas interessantes para a ação pastoral da Igreja, a formação de grupos de pós-graduação “sensu stricto” e “sensu lato” em áreas julgadas importantes do ponto de vista filosófico, teológico, ético, humanístico e, em geral, importantes do ponto de vista pastoral. - Visitar as Paróquias Universitárias e os Departamentos de Pastoral Universitária e assemelhados das IESCs. - Promover o contato freqüente, de parte da CNBB, com problemas pastorais do mundo universitário e, de parte da ABESC e das IESCs, com as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil e com o Plano Pastoral da CNBB. 3. Em nível dos “vazios pastorais” na área: - Apoiar um levantamento de dados sobre grupos de professores universitários, de administradores e funcionários da Universidade, bem como de profissionais e intelectuais ligados à Igreja. - Promover a criação de grupos de professores universitários, no estilo da ação transformadora de ambiente e de revisão de vida. - Promover o desenvolvimento e/ou a instituição de grupos de profissionais e intelectuais ligados à Igreja, e em colaboração com o Setor Leigos. 4. Em nível de Pastoral da Universidade, em geral: - Trabalhar para unificar sempre mais, em nível de reflexão e de ação pastoral, todas as instituições, movimentos e experiências atuantes na área da Pastoral da Universidade, para se chegar a uma pastoral abrangente na área, na qual todos os esforços aconteçam em espírito de unidade e caridade e dentro de um plano pastoral orgânico. Projetos Seminário nacional sobre pastoral universitária (PPE 2.1) OBJETIVO Avaliação geral da PU, em âmbito nacional. JUSTIFICATIVA Discutir o problema da identidade cristã (que é ser cristão no meio universitário, ou melhor, como viver e expressar a fé no mundo universitário, “centro” por excelência dos desafios da modernidade; como evangelizar neste mundo universitário?). RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional da P.U.

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58PRAZO: 9 e 10 de novembro de 1991 Encontro nacional de pastoral da universidade (PPE 2.2) OBJETIVO Troca de experiência e de reflexões sobre a pastoral nas IESCs. JUSTIFICATIVA A ABESC tem sentido, de forma crescente, a necessidade de priorizar os aspectos pastorais das IESCs, e juntamente com a CNBB, promove encontros periódicos sobre o tema. O encontro procura reunir os responsáveis pela P.U., pelas paróquias universitárias e assessores de Pastoral das Universidades, para reflexão, troca de experiências e busca de um programa de ação comum para que as escolas superiores católicas possam responder aos desafios que enfrentam no cumprimento de sua missão evangelizadora. RESPONSÁVEL ABESC Assessoria Nacional da P.U. PRAZO: 1992 VI Encontro nacional de assessores de pastoral universitária (PPE 2.3) OBJETIVO Aprofundamento das linhas de ação da Pastoral Universitária. JUSTIFICATIVA Encontro realizado a cada dois anos de assessores de todo o país, para a troca de experiências, reflexão e aprofundamento visando a definição de uma linha comum de assessoria centrada na comunhão eclesial, expressa no objetivo e nas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional da Pastoral Universitária PRAZO: 10, 11 e 12 de outubro de 1992 II Encontro nacional de profissionais e intelectuais católicos (PPE 2.4) OBJETIVO Reunir cristãos engajados no meio intelectual. JUSTIFICATIVA Realizado em conjunto com o Setor Leigos, procura ser uma resposta à necessidade de uma maior presença articulada dos cristãos nesse meio. Ao mesmo tempo, procura uni-los em âmbito regional, estadual e local, em nível de grupo de reflexão, sobre os problemas da vivência da fé no meio profissional. É também uma resposta aos ex-participantes de P.U. formados, que não encontram um organismo específico de participação na vida da Igreja. RESPONSÁVEL: Setor Leigos, Assessoria Nacional de Pastoral Universitária, Coordenação específica PRAZO: Agosto de 1992 IV Encontro nacional de pastoral universitária (PPE 2.5) OBJETIVO: Discussão da Pastoral Universitária de estudantes. JUSTIFICATIVA

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59Encontro bienal de delegados dos grupos de Pastoral Universitária de todo o Brasil, para formação, troca de experiências e eleições da Coordenação Nacional e Assessoria Nacional. RESPONSÁVEL: Coordenação Nacional da Pastoral Universitária (CNPU) PRAZO: Janeiro de 1992 PASTORAL FAMILIAR (PPE-3) A família é, na sociedade, a célula básica. Sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está profundamente ligado à família, a Igreja sente, de modo vivo e veemente, a sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família, para lhes assegurar a plena vitalidade e promoção humana e cristã, contribuindo assim para a renovação da sociedade e do próprio Povo de Deus. Atividades permanentes - Continuar o diálogo e a reflexão entre os movimentos familiares e participar de seus Encontros, Assembléias Regionais ou Nacionais. Apoiar e ajudar a encaminhar o processo de pastoral familiar nos ambientes populares e favorecer o entrosamento da família nas CEBs, PO. - Com os regionais: suscitar a organização sistemática da Pastoral Familiar, em nível regional, diocesano e paroquial e favorecer o entrosamento da pastoral familiar e dos movimentos familiares com a pastoral orgânica. - Com os demais organismos da CNBB: entrosar-se com os outros setores da CNBB cujas atividades tocam uma ou outra dimensão da ação pastoral, em relação à família: Catequese, Liturgia, Comunicação Social, Ministérios, Leigos, Juventude, Ecumenismo, Pastoral Social, Educação (em particular, a popular). - Com os organismos do governo: continuar os contatos com os Ministérios da Saúde, da Cultura, da Educação e da Ação Social. - Com Centros de Planejamento Familiar: acompanhar os Centros de Planejamento Familiar e promover novos Centros. Fortalecer a Pastoral da Vida. - Formação dos Agentes de Pastoral Familiar: suscitar, promover e acompanhar a formação dos agentes de Pastoral Familiar, principalmente pelo estudo e a assimilação dos documentos doutrinais e pastorais da família. - Pastoral dos casos difíceis: o matrimônio experimental, as uniões livres de fato, os católicos unidos em matrimônio civil, os separados e os divorciados sem segunda união, os divorciados que contraem nova união, os sem famílias. - Pastoral dos Anciãos: apoiar e acompanhar a Pastoral dos Anciãos. - Estudos Sociológicos da Família: continuar o estudo da família no Brasil. - Criar e manter ativa: - uma equipe de reflexão - uma Comissão Nacional de Assessores, - uma Comissão de Coordenação Nacional de Pastoral Familiar. - Semana da Família: suscitar, em nível regional e diocesano, a Semana da Família. - Publicações: propiciar publicações científicas ou populares, no campo de preparação ao matrimônio; espiritualidade conjugal e familiar, educação sexual dos adultos, adolescentes, crianças; pastoral dos anciãos; direitos da família.

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60 Projetos Estudo multidisciplinar da problemática familiar (PPE 3.1) OBJETIVO Reunir periodicamente uma equipe de peritos em disciplinas diversas, que têm relação com a família, para que estudem e publiquem os resultados de suas pesquisas, reflexões e experiências. Cada participante está convidado a estudar um tema comum para todos, desde a perspectiva da sua especialização. Após uma discussão entre todos, busca-se um consenso, e se publica. JUSTIFICATIVA Os problemas das famílias são complexos e numerosos; numa sociedade em rápida mudança, as famílias recebem o impacto da evolução social, de uma maneira brutal. RESPONSÁVEL Setor Pastoral Familiar IBRADES PRAZO: Outubro 1991; abril 1992; outubro 1992 III Encontro de coordenação nacional da pastoral familiar (PPE 3.2) OBJETIVO - Aprofundar a integração e animação das pessoas que trabalham no campo da Pastoral Familiar. - Animar os vários níveis da Igreja para o desenvolvimento e organização da Pastoral Familiar. - Refletir e aprofundar conteúdos e fundamentos de Pastoral Familiar. - Propor meios concretos para formação de agentes de Pastoral Familiar. - Elaborar propostas concretas e projetos, levando em conta diretrizes 1991 - 1994. JUSTIFICATIVA - A estruturação nacional, regional e diocesana da Pastoral Familiar exige que os principais agentes se conheçam, estudem juntos, e elaborem propostas comuns. - A criação da Comissão Nacional quer reunir as lideranças e proceder democraticamente as eleições. - Os agentes precisam de subsídios e enriquecer-se das experiências vividas por outros. RESPONSÁVEL Setor Família Comissão Nacional PRAZO: 26 a 28 de julho de 1991 Seminário sobre a exortação apostólica “Familiaris Consortio” dez anos após (PPE 3.3) OBJETIVO O texto mais completo sobre a Pastoral Familiar, fruto de um Sínodo Episcopal mundial, deve ser aprofundado e enriquecido pela reflexão teológica e pelas experiências da pastoral prática dos últimos dez anos.

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61 Este seminário quer propiciar esta reflexão, recolher as experiências e promover as atividades pastorais mais urgentes e mais adaptadas à realidade das famílias brasileiras, à luz das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil 91 - 94. JUSTIFICATIVA A experiência pastoral ensina que o conteúdo da “Familiaris Consortio” é pouco conhecido pelas famílias e pelos agentes de Pastoral Familiar. O seminário quer dar a conhecer a “Familiaris Consortio” e a nova evangelização das famílias e pelas famílias, na linha das novas Diretrizes da Pastoral apresentadas pela CNBB. RESPONSÁVEL Setor Família Delegados dos regionais Movimentos, Institutos e Serviços Familiares Peritos PRAZO: 8 a 10 de novembro de 1991 Reunião sobre a pastoral familiar na classe popular (PPE 3.4) OBJETIVO A maioria das famílias brasileiras é de classe popular. A Pastoral Familiar, até agora foi mais desenvolvida na classe social média. É preciso refletir sobre como pensar, organizar e aplicar a Pastoral Familiar nos âmbitos populares. JUSTIFICATIVA Nos últimos anos, dois intentos de projetos sobre este tema fracassaram. É preciso convidar poucas pessoas que trabalham nos âmbitos populares e que tenham experiências de Pastoral Familiar Específica. A reunião será preparada por um questionário destinado aos participantes, para conhecer com maior precisão as condições de vida das famílias populares, os valores positivos encontrados, as dificuldades principais, as linhas de ação mais indicadas. Entre os participantes, pessoas que tenham experiência de CEBs, de Paróquias, de Movimentos e Serviços Familiares. RESPONSÁVEL: Setor Família - Pastoral Operária - CEBs - Cáritas PRAZO: 18 a 20 de novembro de1991 Seminário sobre o documento: “A serviço da vida” (PPE 3.5) OBJETIVO Estudar, aprofundar, difundir, aplicar o documento “A Serviço da Vida”, do Conselho Pontifício para a família. JUSTIFICATIVA O “massacre do aborto” é um drama mundial. Os católicos são também vítimas da mentalidade anti-vida, estendida no mundo inteiro. Os problemas da transmissão e do respeito à vida exigem claridade doutrinal e aplicações pastorais adequadas. RESPONSÁVEL Setor Família Comissão Nacional de Pastoral Familiar

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62Peritos Grupos pró-vida PRAZO: 16 a 18 de março de 1992 Revisão dos cursos já existentes, de preparação próxima ao casamento (PPE 3.6) OBJETIVO Durante o X Plano Bienal, este projeto começou, mas por várias razões, a redação final não terminou. Agora, trata-se de terminar a redação e de publicar na coleção Estudos da CNBB. JUSTIFICATIVA - Os agentes de preparação próxima para o casamento precisam de uma orientação clara, exata, completa. - Num mundo em mudanças rápidas e profundas, torna-se indispensável incentivar a revisão dos instrumentos educativos, oferecendo estímulos e condições que permitam uma avaliação permanente. RESPONSÁVEL Setor Família - Perito Movimentos Familiares PRAZO: Março de 1992 a agosto de 1992 Encontro nacional de coordenação da pastoral familiar (PPE 3.7) OBJETIVO Reunir os delegados dos diferentes grupos que trabalham na Pastoral Familiar, para estudar temas doutrinais ou espirituais; refletir sobre a organização nacional, regional, diocesana e paroquial; promover intercâmbio de experiências e propor meios de formação para os agentes de Pastoral Familiar. JUSTIFICATIVA Trata-se de convidar delegados dos regionais, das dioceses que tenham a Pastoral Familiar organizada, dos Movimentos, Institutos e Serviços Familiares, das CEBs. Alguns temas específicos da Pastoral Familiar são tratados por palestristas convidados, e discutidos pelos participantes (painéis). Os textos das palestras e os resultados das discussões são remetidos aos participantes, para uso e difusão em seus respectivos lugares de ação. RESPONSÁVEL Setor Família - Comissão Nacional de Pastoral Familiar - Peritos - Macro-regional Sul PRAZO: 19 a 21 de junho de 1992 Curso sobre a formação de agentes de pastoral familiar (PPE 3.8) OBJETIVO Existe uma grave falta de formação dos agentes de Pastoral Familiar. Esta reunião tem como finalidade convidar os delegados dos regionais, das dioceses, das paróquias, das CEBs, dos Movimentos, Institutos e Serviços Familiares, para uma semana completa de formação. O curso inspira-se nas Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. JUSTIFICATIVA - A formação dos Agentes é uma prioridade reconhecida por todos. - As linhas diretrizes da CNBB precisam ser divulgadas num contexto global, a partir de uma leitura específica da parte dos agentes de Pastoral Familiar.

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63 RESPONSÁVEL: Setor Família - Movimentos, Institutos e Serviços Familiares (Peritos) PRAZO: Junho de 1992 Semana nacional da família (PPE 3.9) OBJETIVO Várias dioceses preparam e celebram, cada ano, a sua “Semana Nacional”. A finalidade seria de reunir os autores destas semanas e organizar uma semana que teria um enfoque nacional. JUSTIFICATIVA - Em várias dioceses, a Semana da Família produz excelentes resultados. - A partir destas realizações positivas, reunir algumas pessoas particularmente competentes para estender a Semana da Família a nível regional e nacional, oferecendo subsídios. RESPONSÁVEL Setor Família - Comissão “Ad hoc” Peritos PRAZO: Agosto de 1992 PASTORAL DOS SANTUÁRIOS E ROMARIAS (PPE - 4) A peregrinação é um sinal muito ao gosto do nosso povo. Basta ver o grande número de santuários, em todo o Brasil, e considerar as multidões de peregrinos. O Santuário de Aparecida destaca-se dentre todos. Algumas vezes, são motivos interesseiros que levam os romeiros à peregrinação: para pedir graças e pagar promessas. Freqüentam templos, santuários, túmulos, monumentos e lugares de manifestações extraordinárias do divino. Parte dos peregrinos são cristãos que não participam ativamente da vida de nossas comunidades. O santuário é, para muitos, o único lugar onde ouvem a Palavra de Deus e recebem os sacramentos. Daí a necessidade de uma atenção especial à Pastoral dos Santuários, a fim de que sejam lugares de verdadeira evangelização e se integrem na Pastoral de Conjunto. Faz parte da natureza do homem o “ser peregrino”. O homem está sempre à procura do infinito, que é Deus. Insatisfeito consigo mesmo, esmagado, muitas vezes, pela rotina do cotidiano, ele suspira por alguém que o possa libertar. Todo homem se sente como um ser a caminho. Sua vida é uma caminhada à Pátria definitiva, à Casa do Pai. O sentido cristão da palavra peregrinar ou fazer romaria é, antes de tudo, caminhar pela estrada, ser alguém que passa, como Cristo passou pelas estradas da Palestina. É só abrirmos a Bíblia e logo percebemos figuras de grandes peregrinos, por exemplo: Abraão, Moisés, Elias, David e entre eles, Jesus, que foi o maior. Desde o início do cristianismo, a terra do nascimento, da vida, da morte e da ressurreição de Jesus, bem como o túmulo de São Pedro, em Roma, tornaram-se lugares de peregrinação. Em 1936, a Santa Sé deu orientações pastorais para as peregrinações aos santuários, recomendando que as romarias sejam consideradas e realizadas como atos de piedade cristã, isto é, revestindo-se de um caráter verdadeiramente religioso, visando à conversão e ao aprimoramento da vida cristã. Paulo VI e João Paulo II, em várias oportunidades, mostraram o valor das peregrinações, sobretudo como ocasião de intensificação de oração, reencontro com a misericórdia divina, “um lugar privilegiado para a evangelização de nossa cultura”.

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64 A evangélica opção preferencial pelos pobres, assinalada por Puebla e assumida no Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, torna-se imperiosa nos Santuários, porque a eles acorrem pobres, marginalizados, enfermos, abandonados e aflitos, que formam a maioria da população de nosso Continente. Atividades permanentes - Incentivar uma melhor preparação das romarias e a continuidade das mesmas, num esforço para que haja maior interação da fé com a história do nosso povo. - Motivar, para que a Liturgia seja sempre momento forte da vida dos santuários, sobretudo o anúncio da Palavra de Deus e as celebrações dos sacramentos da Eucaristia - como centro e ápice da vida cristã - e da Reconciliação, como ocasião forte de conversão. - Apoiar o trabalho da Pastoral dos Santuários, valorizando o Conselho de Reitores de Santuários do Brasil e sua ação. - Participar dos Encontros Nacionais e do Cone Sul, sobre Pastoral dos Santuários e das reuniões do Conselho de Reitores de Santuários do Brasil (CRSB). - Incentivar os responsáveis pelos santuários para que os ajustem às orientações do novo Código de Direito Canônico. - Colaborar para que as Diretrizes Gerais para os Santuários, elaboradas pelo CRSB, cheguem a todas as dioceses e sejam postas em prática. PASTORAL DOS GRUPOS ÉTNICO-CULTURAIS (PPE-5) No Brasil, não existe um só povo e uma só cultura: aqui convivem e, freqüentemente, se mesclam diversos povos e diversas culturas. Os fatores históricos e sociais, que estão na origem dessas diferenças, determinam diversas visões e vivências da fé. Para que a Igreja chegue a ser um povo unido e harmônico, sem, porém, destruir a legítima identidade das minorias étnicas, é preciso refletir sobre a problemática, a partir de um diálogo sincero e respeitoso entre Evangelho e cultura. De modo particular, deve-se prestar atenção aos desafios de evangelização dos afro-brasileiros, dos índios, das minorias étnicas de origem asiática presentes no país. Nos últimos tempos, verifica-se um incremento notável, qualitativo, da consciência de uma identidade afro-brasileira, as quais encontram suas principais manifestações em iniciativas não somente recreativas e folclóricas, mas especialmente de caráter associativo, no campo cultural, social e religioso. A Igreja não pode deixar de estar presente neste processo de tomada de consciência. Atividades permanentes - Refletir sobre as situações étnico-culturais do país, e acompanhar os movimentos e programações, em vista de uma presença de solidariedade por parte da Igreja nas problemáticas: indígena (CIMI), afro-brasileira e de outras minorias étnicas. - Acompanhar e assessorar os missionários que atuam junto às comunidades indígenas, na reflexão e aprofundamento teológico. Para isto, está sendo encaminhada a formação de uma comissão específica, por teólogos e antropólogos. - Acompanhar a assessoria das comunidades e organizações indígenas, através de pequenos encontros locais e regionais, por uma equipe de advogados liberados nas diversas regiões.

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65 - Desenvolver a relação de colaboração e entreajuda com as Igrejas Evangélicas e organismos indigenistas que buscam a autodeterminação dos povos indígenas. Esta entreajuda inclui permuta de assessorias e outros serviços. Aprofundar e ampliar a colaboração e entreajuda com as Igrejas, em nível latino-americano. A IGREJA E A REALIDADE DO NEGRO BRASILEIRO (PPE 5.1) Considerando: - os 500 anos de evangelização da América Latina, e tendo em vista a nova evangelização; - em continuação à Campanha da Fraternidade de 1988 sobre o tema “Negro”; - a continuação da marginalização do negro, depois de 100 anos de “Lei Áurea”; - o racismo latente: a presença do negro, negada na prática; - estamos vivendo um momento de conscientização étnico-cultural, faz-se urgente para a Igreja a participação neste processo, assumindo a realidade do povo negro em sua busca da cidadania; - a questão do negro, acenada em Puebla, desencadeou um processo que ganha consciência e participação e que está a exigir maior aprofundamento na medida que a Igreja caminha para a 4ª Conferência Episcopal latino-americana (1992); - a evangélica opção-preferencial pelos pobres significa opção especial pelos negros brasileiros; - várias pastorais especiais da Igreja do Brasil atingem particularmente a população negra, como, por exemplo, pastoral das favelas, pastoral de menores abandonados, da mulher marginalizada, pastoral carcerária, movimentos populares e outros; - o Vaticano II exige maior inculturação da fé; - a realidade negro-brasileira está fazendo exigências a todas as dimensões da vida e ação da Igreja no Brasil; - presença nas dimensões: atuação crescente nas CEBs; número crescente em seminários e institutos de vida consagrada; formação dos agentes de pastoral negros, para atender sua relaidade específica. CIMI - CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO (PPE 5.2) OBJETIVO Na prática diária de evangelização libertadora, assumindo os desafios do diálogo inter-religioso da atitude ecumênica, apoiar o processo de afirmação da autonomia dos povos indígenas no Brasil, como povos étnica e culturalmente diferenciados, fortalecendo suas organizações, suas articulações e suas alianças com os movimentos populares, em vista da construção de um projeto político popular. Terra e subsistência - Contribuir na luta dos povos indígenas pela integridade de seus territórios, exigindo a demarcação no prazo constitucional, de acordo com os limites que cada comunidade estabelece. - Apoiar as iniciativas que levam os povos indígenas à autogestão, a partir de cada realidade: • criando oportunidades de formação de uma consciência crítica em relação às formas de ação e omissão do Estado; • promovendo discussões com os povos e organizações indígenas, na busca de alternativa para as questões de subsistência, saúde e educação; • buscando formas de assessoria e apoio. Organização indígena - Intensificar o apoio e incentivo às legítimas organizações indígenas locais, por regiões e situação afins, por etnias e culturas, respeitando suas metas e prioridades.

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66 - Contribuir para que as organizações locais e regionais firmem sua legitimidade, através de sua articulação com as formas tradicionais de organização, com as comunidades e as lideranças dos diferentes povos. - Contribuir para o contato e articulação das organizações indígenas com movimentos populares e sindicais em nível nacional e internacional, tendo em vista consolidar as alianças e superar as eventuais contradições existentes. - Assessorar, quando solicitado, e apoiar os povos indígenas e suas organizações no debate, formulação e lutas pela conquista e garantia de suas reivindicações e direitos, de modo especial no atual momento histórico, diante da política indigenista e na elaboração da legislação indigenista, em respeito à sua autonomia. - Considerar, no assessoramento e apoio às lutas dos povos e organizações indígenas, a dimensão educativa e mobilizadora. Formação dos missionários - Dar continuidade à política de formação dos missionários do CIMI com os critérios e formas hoje desenvolvidas pela Articulação Nacional de Formadores. - Consolidar a Articulação Nacional de Formadores para que ela seja uma referência junto à diretoria, regionais e equipes. - Garantir uma formação qualificada dos missionários, que responda às finalidades do CIMI e às demandas apresentadas pelas comunidades, lideranças e organizações indígenas, bem como pela conjuntura atual. Inculturação e diálogo inter-religioso - Proporcionar aos missionários um instrumental para aprofundar teoricamente, e pelo confronto da prática, os desafios da inculturação e do diálogo inter-religioso. - A partir do contexto histórico, cultural e conjuntural de cada povo indígena, promover uma avaliação geral da prática missionária. Esta avaliação será feita pelos missionários e solicitada às comunidades indígenas. - Estimular as comunidades indígenas a assumir suas vivências religiosas, em respeito à sua autonomia. A dimensão continental da causa indígena - Assumir plenamente a campanha “500 anos de Resistência Indígena e Popular”, promovida em todo o Continente e Caribe: • mobilizando as bases do CIMI para a participação crítica nessas atividades (materiais de divulgação, mobilizações etc.); • apoiando as iniciativas das organizações indígenas; • assumindo uma atitude profética dentro da Igreja e perante a sociedade envolvente. - Aprofundar a articulação da prática do CIMI com outras experiências afins na América Latina, fomentando e fortalecendo a troca de experiências entre entidades indigenistas e organizações indígenas (encontros, visitas etc.). - Apoiar a articulação das organizações indígenas com organizações populares e entidades de apoio da América Latina, visando a troca de experiências e o fortalecimento da solidariedade às suas lutas. B. PASTORAIS COORDENADAS PELO SETOR PASTORAL SOCIAL

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67 COMISSÃO PASTORAL DA TERRA - CPT (PPE 6) OBJETIVO I. - Viver, na solidariedade e com criatividade, o serviço pastoral de nossas Igrejas aos pobres da terra, para que a possuam em paz e com seus frutos. II. - Promover e valorizar o direito à plena cidadania dos socialmente excluídos e o reconhecimento do seu direito à diferença. III. - Acolher o grito novo de esperança do povo e celebrar, em comunidade, a fé no Deus da Terra e da Vida. 1. Luta pela terra a) Animar a luta pela terra, como resistência, conquista e permanência, e colaborar numa Reforma Agrária nova, como processo de uma transformação social integral, garantindo a plena cidadania dos trabalhadores e trabalhadoras da terra. b) Valorizar, incentivar e interligar formas alternativas de organização, produção, comercialização, saúde, educação, contrapostas à lógica capitalista do lucro pelo lucro. c) Promover a solidariedade aos trabalhadores e suas famílias nos conflitos, e denunciar a violência, apoiando a prevenção, autodefesa e segurança da vida. d) Promover campanhas e ações que visem o julgamento e a condenação dos responsáveis pelos crimes e pela violência no campo, acabando com a impunidade. e) Dar atenção ao meio ambiente, obra do Criador e indispensável à preservação da vida dos povos da terra, especialmente à região Amazônica, vítima de um desenvolvimento destruidor dos povos que nela habitam. 2. Luta dos trabalhadores a) Reforçar as formas próprias já existentes de organização dos trabalhadores, como sindicatos, associações, cooperativas e movimentos. b) Apoiar o movimento e a luta das mulheres trabalhadoras rurais. c) Promover o diálogo entre as várias entidades e movimentos engajados na luta pela terra. d) Apoiar e desenvolver um trabalho com assalariados rurais e trabalhadores sazonais, com vista à sobrevivência e organização que lhes é própria, e aprofundar a discussão da importância da conquista da terra. 3. Formação e informação a) Continuar a formação dos trabalhadores, trabalhadoras rurais e agentes considerando as situações, as culturas e as dimensões da pessoa humana, com especial atenção à juventude rural. b) Recolher e divulgar, especialmente entre os trabalhadores e trabalhadoras, experiências alternativas de vida e resistência na luta pela terra, produção, comercialização, organização, educação, saúde e outras. c) Incentivar as diversas manifestações populares, como resgate de identidade cultural. 4. Fé e ecumenismo a) Aprofundar a leitura bíblica, a partir da vida dos pobres da terra, como fonte e motivação da caminhada. b) Valorizar a mística e a religião do povo como força de resistência e transformação profética da sociedade, apoiando as celebrações de fé próprias dos pobres da terra. c) Atuar em conjunto com as comunidades cristãs de base e as pastorais populares. d) Dinamizar a colaboração e integração entre as Igrejas para que sejam serviço aos pobres da terra, visando o crescimento e aprofundamento da fé, a partir de suas lutas.

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68 5. Solidariedade ativa com os outros povos da América Latina e Caribe a) Promover encontros e ações que incentivem a solidariedade. b) Abrir espaços em nossas assembléias, encontros e boletins para outros povos do Continente. c) Celebrar as datas marcantes da caminhada de libertação da América Latina e Caribe. Atividades permanentes - FORMAÇÃO: curso de formação para agentes da CPT, em três etapas de três semanas (Julho 91,92, e 93). Cursos de formação, em nível das cinco Grandes Regiões da CPT (programado por elas). Seminário sobre elaboração e avaliação de projetos financeiros (Outubro 91). - Documentação dos conflitos no Campo e análise da realidade agrária do Brasil: organização da documentação da Imprensa ou vida dos regionais. Banco de Dados no computador. Elaboração anual de relatório sobre essa realidade. - Divulgação e denúncia, através da Imprensa e para entidades. - Assessoria Metodológica às equipes da CPT e outros agentes de pastoral no campo, prestada de forma permanente aos grupos que pedem. - Assessoria aos movimentos populares, sindicais e à política agrícola: é oferecida essa assessoria a pedido dos regionais ou de movimentos nacionais. - Assessoria jurídica sobre violência no campo, questões agrárias e organização sindical ou cooperativas. - Assessoria pastoral e ao ecumenismo: ajuda os regionais a aprofundarem as questões mais teológicas, pastorais e de relacionamento das Igrejas, a partir do trabalho no campo. COMISSÃO PASTORAL OPERÁRIA - CPO (PPE-7) OBJETIVO GERAL: “Queremos contribuir e participar, como classe trabalhadora, na construção da nova sociedade e da nova Igreja, sinal e antecipação do Reino, testemunhando na luta e nas organizações dos trabalhadores os valores da nova humanidade”. Atividades permanentes - Foi definida, na última Assembléia Nacional da CPO, duas prioridades nacionais e suas linhas de ação: - PRIORIDADES NACIONAIS: - Grupos de Base: é o fundamento da PO. É um espaço privilegiado, onde o trabalhador tem condições de aprofundar a relação entre fé e vida e, ao mesmo tempo, amadurecer a consciência de classe. - CF-91 - Mundo do Trabalho: assumir a luta dos trabalhadores pela justiça social como eixo central da evangelização. Enfrentar a realidade urbana, na sua complexidade, a partir das relações de trabalho. - LINHA DE AÇÃO - como Igreja: realizar um trabalho de inserção na pastoral de conjunto, em cada Igreja local, chamando a atenção para a realidade do mundo do trabalho e seus desafios emergentes.

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69- Como Classe Trabalhadora: ser presença intensa da Igreja junto ao movimento sindical, popular e político. Apoiar iniciativas dos trabalhadores e suas organizações. Projetos São projetos permanentes da PO suas reuniões de executiva nacional, coordenação e assembléia. Realizam-se também atividades extraordinárias (Veja calendário de Planejamento anexo). SERVIÇO PASTORAL DOS MIGRANTES - SPM (PPE - 8) OBJETIVO Evangelizar o mundo das migrações com renovado ardor missionário, testemunhando Jesus Cristo, em comunhão fraterna, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para formar o Povo de Deus, através da acolhida aos irmãos migrantes; no combate a todo tipo de migração forçada; na luta pela Reforma Agrária e Reforma Urbana; e participar da construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida e da esperança, nas diferentes culturas, a caminho Reino definitivo. Atividades permanentes - Promoção anual da “Semana do Migrante”, que se realiza em torno do “Dia do Migrante”, dia 25 de junho. O SPM produz, para esta atividade, subsídios especiais: cartaz, texto-base, círculos bíblicos, camiseta e roteiro de celebração. O tema da “Semana do Migrante” é o mesmo da Campanha da Fraternidade. - Junto aos “migrantes sazonais” (temporários): ligação entre a origem e destino, através de encontros de migrantes, “missões populares”, apoio ao movimento sindical e aos projetos alternativos de resistência à migração forçada, “rompimentos” das fronteiras, das dioceses e prática de uma “Igreja peregrina com os migrantes, formação de lideranças, debates sobre a modernização da agro-indústria e sua repercusão junto aos migrantes etc. - Junto aos “migrantes latinos” (hispano-americanos): formação de grupos de acolhida, ajuda na documentação, atividades culturais e religiosas, em espanhol, luta pela mudança na Lei dos Estrangeiros, em benefício dos migrantes pobres, encontro de migrantes etc. - Junto aos “migrantes na fronteira agrícola” (RO-AC-MT...): criação de cooperativas e organizações populares para resistir à “remigração”, encontro de migrantes, pesquisas regionais sobre fluxos migratórios, luta por uma política agrícola em benefício dos pequenos agricultores etc. - Junto aos “migrantes nos centros urbanos”: formação de grupos de acolhida, contribuição com a pastoral urbana e de conjunto, encontro de migrantes, atividades culturais etc. Projetos - ASSEMBLÉIA NACIONAL DO SPM: eletiva da Coordenação Nacional, Outubro de 1991 (bienal). - ASSEMBLÉIA NACIONAL DOS MIGRANTES LATINOS: organização dos migrantes, Julho de 92 (bienal). - ENCONTRO NACIONAL DOS MIGRANTES SAZONAIS: organização dos migrantes, Julho de 92 (bienal).

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70- ENCONTROS DE MIGRANTES NA FRONTEIRA AGRÍCOLA: organização dos migrantes (anual). - ENCONTRO DE BRASIGUAIOS: organização dos migrantes (anual). - ENCONTRO DOS MIGRANTES NOS CENTROS URBANOS: organizações dos migrantes (anual). - PROJETO DE INTERCÂMBIO COM O VALE DO JEQUITINHONHA: implantação de um trabalho conjunto do grupo de migrantes residentes em São Paulo com a região de origem, tendo por eixo a luta pela saúde e a resistência à migração forçada. PASTORAL DA MULHER MARGINALIZADA - PMM (PPE -9) OBJETIVO O serviço à Mulher Marginalizada tem como objetivo: - Divulgar e incentivar a luta em prol da defesa à VIDA da mulher marginalizada, caminhando ao lado da mais empobrecida e explorada pela PROSTITUIÇÃO. - Assessorar e colaborar com os vários grupos de Mulheres, a favor de seus direitos, enquanto pessoas humanas e filhas de Deus. - Edição da Revista, “MULHER LIBERTAÇÃO”. - Acompanhamento aos regionais e conselhos estaduais, presença nas reuniões da CNBB. Art. c/ diversos grupos de Mulheres e as PASTORAIS SOCIAIS (Os Marginalizados). Atividades permanentes - Visitas - ir ao encontro/conhecimento da realidade, reuniões e cursos. - Caráter promocional. - Lutas reinvindicatórias - caráter libertador - trabalho com elas, articulação com as Pastorais dos Marginalizados: Menor, Negros, Carcerária, Migrante, Saúde, Deficientes, Sofredores de rua, Moradia e outras... - Atuação direta, frente à Entidade como tal. - Manter comunicação com as coordenadoras regionais e a base, através da revista. - Manter contato com as coordenadoras regionais e os grupos de mulheres na base, através de visitas, correspondência, circulares, relatórios e reuniões. Projetos 1. - Formação de Agentes da PMM no nacional e regionais; 2. - Reavaliação da Revista “Mulher Libertação”. CONSELHO PASTORAL DOS PESCADORES - CPP (PPE-10) OBJETIVOS a) Ser presença de gratuidade evangélica no meio dos pescadores, cultivando, assim, as sementes do Reino que existem no meio deles. b) Movido pela força libertadora do Evangelho, colaborar com os pescadores nos justos anseios de suas vidas, respeitando sua cultura, estimulando suas organizações, tendo em vista a libertação integral e construção de uma nova sociedade. c) Animar, formar e articular fraternalmente os que trabalham a serviço dos pescadores nesta pastoral. d) Lutar por todos os meios necessários, para a preservação do meio ambiente. PASTORAL DOS NÔMADES - PN (PPE - 11)

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71OBJETIVO A Pastoral dos Nômades visa a promoção humana e cristã das pessoas e grupos que integram o povo nômade, com as seguintes características: ciganos, pessoal de circo e parques de diversões. O serviço da Pastoral dos Nômades deve ser entendido como um conjunto de atividades e estruturas voltadas para o “conseguimento” dos valores religiosos, pedagógicos, culturais e sociais dos povos nômades. Para realizar isso, as pessoas comprometidas com a PN deverão se caracterizar pelo espírito de encarnação evangélica no contato direto e até o convívio com o mundo nômade, evitando-se qualquer forma de paternalismo. Atividades permanentes - Convívio com o grupo Calão e pessoal de circo. - Atividades de alfabetização com o grupo Calão. - Apoio nas Escolas de Circo (pedagógico-catequético). - Apoio às atividades sindicais dos circenses. - Luta para conseguir espaço alternativo para idosos circenses, aos invés de Asilos. - Contatos com os regionais da CNBB. Projeto ASSEMBLÉIA NACIONAL DA PN - (Dias 15 e 18 de Julho de 1992 em Anchieta - ES) PASTORAL CARCERÁRIA - PC (PPE-12) OBJETIVO A Pastoral Carcerária é a mais gratuita de todas as pastorais. Ela é a imagem de Jesus que vem salvar e morrer, sem nada receber. Presença da Igreja em todos os cárceres do Brasil: penitenciárias, cadeias de delegacias ou outros... pela humanização e pelo “AMOR”. Que a Igreja viva nos cárceres: “é pela união que os reconheceram como os meus”. Atividades permanentes - Visitas de conscientização a todas as Igrejas regionais (quando convidados). - Visitas de humanização, conscientização e evangelização aos presos e presidiários... - Formação de uma rede de responsáveis e coordenadores, nas diversas províncias eclesiásticas, dioceses e estados. - Promover, em nível de munícipio, estados ou até nacional, encontros entre a Pastoral Carcerária e autoridades civis encarregadas do sistema penitenciário. - Incentivar a formação em todas as cadeias de “Conselho de Comunidade”. - Formação de Agentes competentes de Pastoral Carcerária... - Incentivar a visita às famílias dos presos. - Implicação dos municípios na solução do problema carcerário. - Mapeamento de todo o Brasil carcerário. - Fazer com que a sociedade se implique mais na solução do problema carcerário. Projetos

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72 MAPEAMENTO Saber o que existe, ou não, conhecer as forças e as fraquezas, através do mapeamento HUMANO, SOCIAL, ANTROPOLÓGICO e RELIGIOSO. Comunicar isso a todos os bispos, para estimular os responsáveis da pastoral. Finalmente, incentivar uma futura Campanha da Fraternidade. RESPONSÁVEL Padre Geraldo Mauzeroll e os outros coordenadores. ARTICULAÇÃO de todos os elementos de Pastoral Carcerária por dioceses, estabelecimentos penais, províncias eclesiásticas, estados. FORMAÇÃO mais agenciada e mais metódica de todos os agentes da Pastoral. ENTROSAMENTO maior com todas a Secretarias da Justiça de cada Estado. Articulação, formação e entrosamento estão a cargo de todos os coordenadores. PASTORAL DA CRIANÇA - PÇa (PPE -13) OBJETIVO “Para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10)15. Atividades - Coordenação Nacional para viabilizar a operacionalização das atividades de campo. - Assessoria aos regionais e às dioceses. - Participação em seminários e encontros. - Publicação trimestral do Informativo da Pastoral da Criança. - Elaboração, impressão e distribuição de materiais educativos. - Implementação dos instrumentos para acompanhamento e avaliação das ações básicas de saúde, em nível nacional. - Avaliação do impacto sobre a mortalidade infantil e a desnutrição, através do desempenho do trabalho dos agentes de pastoral. Projetos 1. Comunicação e Formação de Recursos Humanos - Encontro sobre as Diretrizes Gerais e o objetivo da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. - Encontro das coordenadoras estaduais para avaliação, planejamento e aprofundamento de áreas a serem estudadas. - Seis encontros regionais de equipes de coordenação diocesana, para troca de experiências, aprofundamento, avaliação, reciclagem e consolidação da Pastoral da Criança nas dioceses. - Seminários para treinamento e reciclagem de coordenadores diocesanos e paroquiais. - Encontros diocesanos de coordenadores paroquiais - em cada diocese, para troca de experiência, aprofundamento, avaliação, reciclagem e consolidação da Pastoral da Criança nas paróquias. - Encontros com o clero, religiosos e agentes de pastoral. - Cursos sobre alimentação e saúde. - Cursos sobre a prevenção de AIDS e acidentes domésticos.

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73- Encontros sobre a afetividade e sobre a sexualidade. - Cursos de alfabetização de jovens e adultos, - Programa de rádio sobre a saúde preventiva. 2. Projetos Alternativos de Apoio às Ações Básicas de Saúde - Incentivo na área de nutrição: hortas comunitárias, microcooperativas de alimentos alternativos e outros. - Na área de geração de rendas da mulher: Clube de Mães e outros. 3. Luta por melhores condições de vida - Nos encontros nacionais, diocesanos, paroquiais e nas comunidades, estudo do estatuto sobre a Criança e o Adolescente, com o objetivo de levar a informação e incentivos às populações menos favorecidas, ao debate e à luta pelos seus direitos. PASTORAL DA SAÚDE - PS (PPE-14) OBJETIVO Contribuir na Promoção, Prevenção e Recuperação da saúde de todas as pessoas, dentro de sua realidade, para que tenham vida em abundância, que caracteriza a realização do Reino de Deus no mundo. Será dada prioridade à Pastoral da Saúde Comunitária, em função da realidade sócio-econômica. Atividades permanentes 1. Trabalho Específico: - Fortalecer a conscientização sobre os direitos à vida e deveres de lutar por condições dignas de viver: terra, trabalho, salário justo, habitação, alimentação, lazer e transporte, educação, saneamento básico e participação no poder de decisão. - Ajudar o povo a ser agente de sua saúde (e não objeto). - Capacitar o povo para desenvolver ações básicas de saúde; formação de agentes de saúde, de pessoas indicadas pela comunidade. - Apoiar a organização do povo na reivindicação de seus direitos. - Articular a saúde comunitária, com instituição da saúde, movimentos e organizações que promovem a vida. - Resgatar e valorizar a sabedoria popular, sua fé e religiosidade. - Centrar todo esforço na educação transformadora, a partir da comunidade, sob o critério de três dimensões: Justiça, Solidariedade e Mística. - Preparar agentes de saúde para anunciar a Boa Nova ao homem, diante do confronto com o sofrimento, a doença e a morte. - Proporcionar assistência psico-espiritual aos enfermos internados e a domicílio. - Relacionar-se com Instituições (Ministérios, Secretarias, Hospitais, Escolas, Editoras) que exercem atividades ou tomam decisões no campo da saúde, a fim de defender a vida. 2. Encontros das Pastorais Sociais - Encontros das Pastorais Sociais, em Brasília, por ocasião da CEP; reunião da Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde, duas vezes por ano (Junho e Dezembro); permanência de atendimento, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas, na Avenida Pompéia, 1214 - 05022 São Paulo - SP. - Fone: (011) 864-6255. Acompanhar, na medida do possível, os trabalhos nas dioceses. Projetos

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741. Seminário Nacional de Saúde (Cachoeira do Campo - MG, 21 a 26 de Junho de 1991) sobre Atenção Primária e aspectos teológicos e pastorais. Promoção: CNBB e CRB. Financiamento: CNBB e MEMISA (Holanda) 2. Produção de um folheto explicando o que é Pastoral da Saúde. Financiamento: MEMISA (Holanda) 3. Encontros regionais dos coordenadores diocesanos de Pastoral da Saúde. 4. Montar uma infra-estrutura para atendimento e secretariado. PASTORAL DO MENOR - PM (PPE - 15) OBJETIVO À luz do Evangelho e da consciência crítica, estimular um processo que visa a conscientização e sensibilização da sociedade como um todo, na busca de uma resposta global, unitária e integrada à situação do menor. Atividades permanentes - Reforçar a articulação da Pastoral do Menor, no âmbito dos regionais, com vistas a fortalecer a articulação nacional. - Planejar, avaliar e programar as atividades em seu conjunto, de maneira participativa. - Dar continuidade ao processo de formação de agentes, em nível nacional e regional, dentro de uma pedagogia alternativa, criando cursos e equipes itinerantes, fluxos de informação, trocas de experiências e elaboração de subsídios. - Desenvolver ações alternativas e alterativas de combate às formas de violência e de promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. - Incentivar e viabilizar a formação de Centros de defesa dos direitos da criança e do adolescente. - Buscar uma melhor articulação com as diversas pastorais sociais, especialmente a dos marginalizados. - Buscar aliados comprometidos e competentes para unir forças, tanto na sociedade civil, através dos movimentos sociais e entidades, como no Executivo, Legislativo e Judiciário. - Participar de reuniões junto à CNBB. - Manter representação da Pastoral do Menor junto ao Fórum DCA (fórum de entidades não-governamentais de defesa da criança e do adolescente) bem como a outros organismos (sobretudo aos conselhos estaduais e municipais). - Manter a participação na elaboração de leis complementares e regulamentações, viabilizando a operacionalização das já conquistadas. - Cuidar do resgate e sistematização das conclusões de eventos promovidos pela Pastoral do Menor. Projetos Reuniões ordinárias da Comissão Nacional de Articuladores

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75PRAZO: Janeiro e julho de 1991 RESPONSÁVEL: Comissão Nacional de Articuladores Redação do Marco teórico referencial PRAZO: Novembro de 1991 RESPONSÁVEL: Secretariado Nacional Assembléia da Pastoral do Menor PRAZO: Julho de 1992 RESPONSÁVEL: Comissão nacional; Articulação e Secretariado Nacional Seminário nacional PRAZO: Julho de 1991 RESPONSÁVEL: Equipe local, Secretariado nacional e Comissão Nacional de Articulação Semana Ecumênica do Menor PRAZO: Setembro de 1991 e setembro de 1992 RESPONSÁVEL: Comisões Ecumênicas do Menor - Regionais e nacional Curso de Formação (2ª e 3ª etapas) PRAZO: Janeiro e julho de 1991 RESPONSÁVEL: Comissão Nacional da Pastoral do Menor Apoio aos encontros regionais PRAZO: Durante o período RESPONSÁVEL: Comissão Nacional de Articulação e Secretariado Nacional C. ORGANISMOS COORDENADOS PELO SETOR PASTORAL SOCIAL IBRADES (OG - 1) O IBRADES, organismo anexo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organiza anualmente (desde 1969) vários Cursos e Seminários para formação de agentes de pastoral, lideranças cristãs, religiosas e leigas, engajadas na área social ou desejosas de dar uma dimensão social ao seu trabalho pastoral ou ao seu compromisso cristão, em todo o território nacional. O campo específico de ação do IBRADES é na área social (sócio-econômica, sociopolítica, sociocultural, sócio-religiosa), mediante a análise da realidade, assessorias e a formação de agentes de transformação social. A Doutrina Social da Igreja ocupa um lugar importante nos nossos cursos, como um ponto essencial de referência tanto para a análise quanto para a busca de modelos alternativos de sociedade que se inspirem em valores cristãos. Atividades permanentes Em 1991 e 1992, o IBRADES oferece as seguintes oportunidades para a formação de lideranças na área social: 1. Curso longo: No primeiro semestre de 1992, o IBRADES oferecerá, no Rio, um curso de formação social de três a quatro meses de duração, para pessoas mais qualificadas que já ocupem cargos de responsabilidades nas pastorais da Igreja ou em entidades e movimentos de inspiração cristã. 2. Curso breve: de três a cinco dias de duração, organizados em diversos estados do país, a pedido de regionais da CNBB, de dioceses ou grupos de dioceses e de outros organismos ou movimentos vinculados, de algum modo, com a Igreja. Dar-se-à preferência a cursos destinados a lideranças cristãs leigas que ocupam posições de responsabilidade, seja na pastoral da Igreja, seja na área econômica, social ou política...

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76 3. Curso de média duração: No segundo semestre de 1991 e de 1992, o IBRADES também organizará, se houver candidatos aptos, um curso de aperfeiçoamento para um grupo mais homogêneo e qualificado de lideranças cristãs, de seis a quinze dias de duração (no Rio ou em outro lugar, dependendo das circunstâncias). 4. Além dos três tipos de cursos acima descritos, o Centro João XXIII, que dirige e administra o IBRADES, também organiza os chamados “Seminários para Peritos”, isto é, seminários de trabalho para estudar e debater, com pessoas qualificadas, temas da atualidade. Tanto os cursos longos, como os cursos de média duração constituem meios aptos para a capacitação de “formadores” na área da pastoral social, isto é, de pessoas que possam, mais tarde, organizar e administrar cursos para agentes de base, em nível local ou regional. Os participantes devem ser pessoas já engajadas, com um certo nível de formação, experiência e liderança (local, regional ou nacional) que possam ter um efeito multiplicador. Geralmente não aceitamos cursos para grupos locais ainda pouco qualificados e inexperientes, já que a sua formação pode ser feita melhor, com recursos humanos já existentes na região. Os agentes de pastoral precisam de formação. Mas hoje também existe uma necessidade de formação de um laicato cristão que possa assumir, responsavelmente, sua tarefa evangelizadora, na esfera secular ou temporal. Desejamos que esses leigos tenham um espaço cada vez maior nos nossos cursos. - Curso longo: Nos anos pares, de março a junho (4 meses). - Cursos de média duração: Anualmente, no decorrer do ano (2 a 3 no máximo, por ano, sendo que, nos anos pares, são realizados no 2º semestre somente). Os Seminários para Peritos reúnem grupos interdisciplinares de peritos, para desenvolver os temas propostos. Responsáveis: Os pesquisadores do Centro João XXIII, na respectiva área de pesquisa: Política, Família e Valores, Ecologia, Doutrina Social da Igreja... Período de Duração: Realizam-se de quatro a seis seminários por ano, com a duração de três a quatro dias cada um. CERIS (OG -2) O CERIS - Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais - é organismo ligado à Pastoral Social para estudos, pesquisas e apoio a Projetos Sociais. Atividades permanentes - Assessoramento às organizações de ajuda externa na inventariação de critérios prioritários para a aplicação de seus recursos, em apoio a projetos sociais no Brasil, em conformidade com as linhas de ação da Igreja no país. - Análise de projetos de trabalho social, encaminhado a organizações externas de ajuda, em vista de sua integração com as linhas de atuação da Igreja no Brasil. - Avaliação de projetos sociais em curso. - Realização de pesquisas integradas para grupos locais que buscam conhecer melhor sua realidade.

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77 - Apoio ao intercâmbio de iniciativas e experiências de trabalho social, na área rural e periferia das cidades. - Estímulo e acompanhamento a projetos inovadores no campo social. - Estímulo a atividades locais e intercomunitárias de promoção social, através do apoio e do diálogo crítico com grupos de base. CÁRITAS (OG - 3) Realizar um programa de formação sistemática, permanente e integral, para criar uma consciência crítica da realidade, tornando as pessoas capazes de assumir opções transformadoras, democráticas e solidárias, abertas ao avanço tecnológico, às diversas culturas e religiões, em vista do processo libertador. Desenvolver um serviço de ajuda às comunidades em situações de emergência, para animar a sua organização, em vista de opções transformadoras. Vivenciar uma espiritualidade libertadora, integrando fé e vida para fundamentar o relacionamento consigo mesmo e com os outros, no amor-doação, na amizade verdadeira e na celebração dos acontecimentos libertadores na vida do povo. Fortalecer a articulação com os diversos níveis de ação pastoral, com as CEBs, com as organizações comunitárias, com os segmentos sociais e movimentos populares, para promover a prática da Caridade Libertadora, a comunhão e a participação. Procurar, de forma participativa e criativa, a auto-sustentação econômico-financeira para garantir a autonomia e a solidariedade na luta pela transformação social. Participar do debate e da solução dos problemas da vida nacional e da Igreja, para contribuir crítica e politicamente na construção de uma sociedade justa e solidária. Promover a partilha para desenvolver e intensificar a solidariedade humana. Atividades permanentes A Cáritas Brasileira, através do Secretariado Nacional e dos seus Regionais, mantém, como atividades permanentes de sua atuação: - Assessoria de formação e capacitação de agentes de Pastoral Social. - Divulgação de calendário nacional de cursos e encontros relativos à Pastoral Social. - Treinamento e atualização de assessores para a Pastoral Social. - Assessoria, apoio e acompanhamento aos projetos alternativos de trabalhos que fortaleçam as organizações comunitárias. - Realização de seminários sobre projetos alternativos. - Assessoria permanente para o atendimento às situações de emergência, naturais e político-sociais. - Contatos e ligação com outros órgãos públicos e outras entidades afins, relacionadas com emergência. - Elaboração de informes sobre situações de emergência

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78- Preparação e distribuição de subsídios de orientações para as situações de emergência. - Articulação com entidades e organismos que militam na promoção e reflexão sobre a Reforma Agrária, educação política e organização dos trabalhadores. - Acompanhamento e apoio aos movimentos de reinvindicações, denúncia, resistência e solidariedade aos empobrecidos, oprimidos e marginalizados. - Integração e articulação com os Organismos da Linha 6 da CNBB, em todos os níveis. - Assessoria e participação em cursos, encontros, seminários e simpósios sobre a Pastoral Social. - Preparação de subsídios e estudos relativos à Pastoral Social. - Publicação de boletins informativos e de relatórios de atividades. COMISSÃO BRASILEIRA JUSTIÇA E PAZ - CJP/Br (OG - 4) O objetivo da CJP/Br é interpretar dados e informações a respeito de problemas concretos da realidade brasileira; oferecer pistas para a solução dos mesmos e atuar concretamente neste sentido. Projetos A Ação. Desenvolve-se em duas linhas principais: - por meio de pesquisas, seminários, encontros, publicações, procura formar pessoas que possam contribuir, de imediato, na defesa de vítimas de violação de direitos e, em prazo mais longo, contribuir para a renovação cristã das estruturas sociais; - por meio de campanhas, procura esclarecer a opinião pública e, ao mesmo tempo, assume a defesa concreta de injustiçados, inclusive perante o Judiciário. Atividades permanentes - O atendimento às vítimas da repressão policial-militar, e às suas famílias, oferecendo-lhes assistência jurídica, apoio moral e material, e assistência jurídica a pessoas enquadradas na Lei de Segurança Nacional, quando solicitada. - Os Refugiados Políticos, provenientes do Sul do Continente, mereceram particular atenção da CJP que, inclusive, contribuiu, com seus apelos, para a presença do ACNUR - Alto Comissariado para os Refugiados, da ONU, no Brasil. - O Menor Abandonado é motivo de atuação concreta, principalmente das CJP/São Paulo e CJP/Sta. Catarina. - A Violência Policial é objeto de ação da CJP, destacando-se a ação que desenvolvem as CJP de São Paulo e de Recife. - A Lei dos Estrangeiros foi objeto de estudos e de campanhas de esclarecimento da opinião pública, além de, hoje, constituir o objetivo de plantões, para atendimento de interessados, em várias CJPs. IV. PROGRAMA DE COORDENAÇÃO GERAL - (CG) 29ª e 30ª ASSEMBLÉIA GERAL DA CNBB (CG - 1)

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79DESCRIÇÃO: Reuniões plenárias, grupos regionais e inter-regionais, comissões integradas especiais; reuniões por grupos de estudo. RESPONSÁVEL: Presidência; CEP; Secretariado Geral PRAZO: 10 a 19 de abril de 1991; 28 de abril a 8 de maio de 1992 CONSELHO PERMANENTE (CG - 2) DESCRIÇÃO: Reuniões plenárias. RESPONSÁVEL: Presidências; CEP; Secretariado Geral PRAZO: 25 a 28/6/1991 e 26-29/11/1991; 25 a 28/8/1992 e 24-27/11/1992 PRESIDÊNCIA E CEP (CG - 3) DESCRIÇÃO Reuniões privativas dos bispos, por dimensões de ação pastoral e sessões de estudo RESPONSÁVEL: Secretariado Geral PRAZO 19-21/2/91 - 19-21/3/91 - 09/4/91 - 20-22/5/91 - 24-6/91 27-29/8/91 - 24-26/9/91 - 11/10/91 - 25/11/91 - 25-27/2/92 24.26/3/92 - 27/4/92 - 26-28/5/92 - 23-25/6/92 - 24/8/92 22-24/9/92 - 27-29/10/92 - 23/11/92 COMISSÃO EPISCOPAL DE DOUTRINA (CG - 4) DESCRIÇÃO Reuniões da Comissão, publicação de cadernos de orientação doutrinal, contatos com a Congregação para a Doutrina da fé, acompanhamento doutrinário à Presidência, reflexão sobre a evangelização por ocasião do 5º centenário, acompanhamento da coleção “Teologia e Libertação”. RESPONSÁVEL: CED e assessoria teológica PRAZO 26 a 28/02/1991 - 27 a 29/05/1991 - 11 a 13/09/1991 4 a 6/11/1991 de 1992 - 4 reuniões SUBSECRETÁRIOS REGIONAIS (CG - 5) DESCRIÇÃO: Encontros Nacionais de Subsecretários Regionais. RESPONSÁVEL: Secretariado Geral PRAZO 15 a 17/5/1991 - 22 a 24/11/1991 21 a 23/5/1992 - 18 a 19/9/1992 CONSELHO FISCAL E CONSELHO ECONÔMICO (CG - 6) DESCRIÇÃO Acompanhamento da administração econômica e financeira da CNBB; o Conselho Econômico reúne-se por ocasião da reunião da CEP e o Conselho Fiscal, em Março de cada ano.

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80ASSEMBLÉIA DOS ORGANISMOS DO POVO DE DEUS (CG-7) DESCRIÇÃO: Encontro de Representantes da CNBB, CRB, CNL, CNIS, CND, CNC. RESPONSÁVEL: Presidências dos Organismos PRAZO: 1 a 4 de junho de 1991. _______________________________ Nota:1 cf. RM 33-34: “33. As diferenças de atividade, no âmbito da única missão da Igreja, nascem não de motivações intrínsecas à própria missão, mas das diversas circunstâncias onde ela se exerce. Olhando o mundo de hoje, do ponto de vista da evangelização, podemos distinguir três situações distintas. Antes de mais nada, temos aquela à qual se dirige a atividade missionária da Igreja: povos, grupos humanos, contextos socioculturais onde Cristo e o seu Evangelho não é conhecido, onde faltam comunidades cristãs suficientemente amadurecidas para poderem encarnar a fé no próprio ambiente e anunciá-la a outros grupos. Esta é propriamente a missão ad gentes. Aparecem, depois, as comunidades cristãs que possuem sólidas e adequadas estruturas eclesiais, são fermento de fé e de vida, irradiando o testemunho do Evangelho no seu ambiente, e sentindo o compromisso da missão universal. Nelas se desenvolve a atividade ou cuidado pastoral da Igreja. Finalmente, existe a situação intermédia, especialmente nos países de antiga tradição cristã, mas, por vezes, também nas Igrejas mais jovens, onde grupos inteiros de batizados perderam o sentido vivo da fé, não se reconhecendo já como membros da Igreja e conduzindo uma vida distante de Cristo e de seu Evangelho. Neste caso, torna-se necessária uma nova evangelização, ou re-evangelização. 34. A atividade missionária específica, ou missão ad gentes, tem como destinatários os povos ou grupos que ainda não crêem em Cristo, aqueles que estão longe de Cristo, entre os quais a Igreja não está ainda radicada, e cuja cultura ainda não foi influenciada pelo Evangelho. Distingue-se das outras atividades eclesiais por se dirigir a grupos e ambientes não-cristãos, caracterizados pela ausência ou insuficiência do anúncio evangélico e da presença eclesial. Vem a ser, portanto, a obra do anúncio de Cristo e de seu Evangelho, da edificação da Igreja local, da promoção dos valores do Reino. A peculiariedade da missão ad gentes deriva do fato de se orientar para os não-cristãos. É preciso evitar, por isso, que esta tarefa especificamente missionária, que Jesus confiou e continua, cotidianamente, a confiar à sua Igreja, se torne numa realidade diluída na missão global de todo o Povo de Deus, ficando, desse modo, descurada ou esquecida. De resto, os confins entre o cuidado pastoral dos fiéis, a nova evangelização e a atividade missionária específica não são facilmente identificáveis, e não se deve pensar em criar entre esses âmbitos barreiras ou compartimentos estanques. Não se pode, no entanto, perder a tensão para o anúncio e para a fundação de novas Igrejas entre povos ou grupos humanos, onde elas ainda não existem, porque esta é a tarefa primeira da Igreja, que é enviada a todos os povos, até aos confins da Terra. Sem a missão ad gentes, a própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada de seu significado fundamental e de seu exemplo de atuação. Registre-se, também, uma real e crescente interdependência entre as diversas atividades salvíficas da Igreja: cada uma influi sobre a outra, estimula-a e a ajuda. O dinamismo missionário permite uma troca de valores entre as Igrejas, e projeta, para o mundo exterior, influência positiva, em todos os sentidos. As Igrejas de antiga tradição cristã, por exemplo, preocupadas com a dramática tarefa da nova evangelização, estão mais conscientes de que não podem ser missionárias dos não-cristãos de outros países e continentes, se não se preocuparem seriamente com os não-cristãos da própria casa: a atividade missionária ad intra é sinal de autenticidade e de estímulo para realizar a outra, ad extra, e vice-versa”. Nota:2 cf. Igreja: Comunhão e Missão, Doc. 40, 114: “Finalmente chegou para a América Latina a hora de intensificar a ajuda mútua entre as Igrejas particulares e de se abrir para além de suas próprias fronteiras: 'Ad gentes'. É verdade que também nós precisamos de missionários. Porém, devemos dar de nossa pobreza”. Nota:3 cf. At 1,21-26: “Há outros homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor vivia no meio de nós, desde o batismo de João até o dia em que foi levado ao céu. Agora, é preciso que um deles se junte a nós para testemunhar a ressurreição. Então eles apresentaram dois homens: José, chamado Bársabas e apelidado o Justo, e também Matias. Em seguida fizeram esta oração: Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra-nos qual destes dois tu escolheste para ocupar, no serviço do apostolado, o lugar que Judas abandonou para seguir o seu destino. Então tiraram a sorte entre os dois. E a sorte caiu em Matias, que foi juntado ao número dos onze apóstolos”. Nota:4 cf. RM 87-91: “Tal espiritualidade exprime-se, antes de mais nada, reviver em plena docílidade ao Esp´rito e em deixar-se plasmarinterinamente por ele, para se tornar cada vez mais semelhante a Cristo”. Nota:5 RM 89: “Quem tem espíriuto missionário sente o ardor de Cristo pelas almas e ama a Igreja como Cristo a amou”. Nota:6 RMi 81: “O Dia Mundial das Missões, orientado à sensibilização para o problema missionário, mas também para a coleta de fundos, constituí um momento importante na vida da Igreja, porque ensina como se deve dar o contributo: na elevação Eucarística, ou seja, como oferta a Deus e para todas as missões do mundo”. Nota:7 RM 31: “Esta é a tarefa mais específicamente missionária que Jesus confiou e continua, cotidianamente, a confiar à sua Igreja”. Nota:8

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81PO 10: “10. O dom espiritual que os padres recebem na ordenação não os restringe a uma missão precisa e limitada, mas os orienta para a missão da salvação em toda a sua amplidão e universalidade, até os confins da terra (At 1,8), pois, todo o ministério sacerdotal é participação da missão universal confiada por Cristo aos apóstolos, em toda a sua amplidão. O sacerdócio de Cristo, de que os padres participam, está necessariamente voltado para todos os povos de todos os tempos e não se limita de forma alguma pelos laços de sangue, de nação ou de idade, como já o prefigurava o sacerdócio de Melquisedeque. Tenham os sacerdotes no coração a preocupação com toda a Igreja, de tal forma que as dioceses com clero mais numeroso estejam prontas a ajudar as que têm menos padres, por iniciativa ou autorização da própria autoridade local, enviando sacerdotes missionários ou para exercer as funções que carecem de ministros. Revejam-se, pois, as normas de encardinação e excardinação de tal modo que, mantida esta instituição antiqüíssima e venerável, venha a corresponder melhor às exigências da atualidade. Quando houver uma razão apostólica, deve-se não apenas facilitar a redistribuição dos sacerdotes, mas criar obras pastorais adaptadas às diversas categorias de pessoas, de acordo com sua região ou nação. Com esse objetivo, podem-se organizar seminários internacionais, dioceses ou prelaturas pessoais e outras iniciativas congêneres que, preservando-se sempre o direito das autoridades locais, permitam que por seu intermédio se possam encardinar padres, para o bem de toda a Igreja. Contudo, os padres, sobretudo se sozinhos, não sejam enviados a regiões cuja língua e costumes desconhecem. Seguindo o exemplo dos discípulos de Cristo, sejam ao menos dois ou três, para que se prestem mútuo auxílio. Cuide-se particularmente de sua vida espiritual e de sua saúde, tanto corporal como mental. Na medida do possível, preparem-se locais de trabalho levando em consideração as circunstâncias pessoais de cada um. É importante que os que se dirigem a um novo país conheçam bem não só a língua, mas a índole psicológica e social do povo a que vão servir de maneira a estar em íntima comunhão com eles, a exemplo do apóstolo Paulo, que podia dizer: Sendo livre, tornei-me escravo de todos para a todos lucrar. Fiz-me judeu com os judeus, para ganhar os judeus... (1Cor 9,19s)”. cf. RM 67: “Colaboradores do bispo, os presbíteros, por força do sacramento da Ordem, são chamados a partilhar a solicitude pela missão: “o dom espiritual, que os presbíteros receberam na Ordenação, prepara-os não para uma missão limitada e restrita, mas para uma vastíssima e universal missão de salvação ‘até aos confins da Terra’, uma vez que todo o ministério sacerdotal participa da mesma amplitude universal da missão confiada aos apóstolos por Cristo”. Por isso, a própria formação dos candidatos ao sacerdócio deve procurar dar-lhes “aquele espírito verdadeiramente católico que os habitue a olhar para além dos confins da própria diocese, nação ou rito, indo ao encontro das necessidades da missão universal, prontos a pregar o Evangelho por toda a parte”. Todos os sacerdotes devem ter um coração e uma mentalidade missionária, estar abertos às necessidades da Igreja e do mundo, atentos aos mais distantes e, sobretudo, aos grupos não-cristãos do próprio meio. Na oração e, em particular, no sacrifício eucarístico, sintam a solicitude de toda a Igreja pela humanidade. Especialmente os sacerdotes, que se encontram em áreas de minoria cristã, devem sentir-se movidos por um singular zelo e empenho missionário: o Senhor confia-lhes não só o cuidado pastoral da comunidade cristã, mas também e, sobretudo, a evangelização de seus compatriotas que não fazem parte de seu rebanho. ‘Não deixarão de estar concretamente disponíveis ao Espírito Santo e ao bispo, para ser enviados a pregar o Evangelho para além das fronteiras de seu País. Isto exigirá deles não apenas maturidade na vocação, mas também uma capacidade, fora do comum, para se afastarem da própria pátria, etnia e família, bem como uma particular idoneidade para se inserirem, com inteligência e respeito, nas outras culturas’”. Nota:9 EN 69: “Os religiosos, por sua vez, têm na sua vida consagrada um meio privilegiado de evangelização eficaz. Pelo mais profundo do seu ser, eles situam-se de fato no dinamismo da lgreja, sequiosa do Absoluto de Deus e chamada à santidade. É dessa santidade que dão testemunho. Eles encarnam a Igreja desejosa de se entregar ao radicalismo das bem-aventuranças. Eles são, enfim, pela sua mesma vida, sinal de uma total disponibilidade para Deus, para a Igreja e para os irmãos. E em tudo isso, portanto, têm os religiosos uma importância especial no quadro de testemunho que, conforme frisamos anteriormente, é primordial na evangelização. Este seu testemunho silencioso, de pobreza e de despojamento, de pureza e de transparência, de entrega à obediência, pode tornar-se, ao mesmo tempo que uma interpelação para o mundo e para a própria Igreja, uma pregação eloqüente, capaz de tocar o coração mesmo dos não-cristãos de boa vontade, sensíveis a certos valores. Com uma tal perspectiva, fácil se torna adivinhar o papel desempenhado na evangelização pelos religiosos e pelas religiosas consagrados à oração, ao silêncio, à penitência e o sacrifício. Outros religiosos, em grande número, dedicam-se diretamente ao anúncio de Cristo. A sua ação missionária dependerá, evidentemente, da hierarquia e deve ser coordenada com a pastoral que a mesma hierarquia deseja pôr em prática. Mas, quem é que não avalia a imensa quota-parte com que eles têm contribuído e continuam a contribuir para a evangelização? Graças à sua consagração religiosa, eles são por excelência voluntários e livres para deixar tudo e ir anunciar o Evangelho até as extremidades da terra. Eles são empreendedores, e o seu apostolado é muitas vezes marcado por uma originalidade e por uma feição própria, que lhes granjeiam forçosamente admiração. Depois, eles são generosos: encontram-se com freqüência nos postos de vanguarda da missão e a arrostar com os maiores perigos para a sua saúde e para a sua própria vida. Sim, verdadeiramente a Igreja deve-lhes muito!”. Nota:10 RM 83: “A formação missionária é obra da Igreja local, com a ajuda dos missionários e de seus Institutos, bem como dos cristãos das jovens Igrejas. Este trabalho não deve ser visto como marginal, mas central na vida cristã. Mesmo para a “nova evangelização” dos povos cristãos, o tema missionário pode ser de grande proveito: o testemunho dos missionários mantém, efetivamente, seu fascínio sobre os que se afastaram e os descrentes, e transmite valores cristãos. As Igrejas locais, pois, insiram a animação missionária, como elemento fulcral, na pastoral ordinária das dioceses e paróquias, das associações e grupos, especialmente juvenis.

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82Para este fim serve, antes de mais nada, a informação, através da imprensa missionária e dos vários subsídios audiovisuais. Seu papel é extremamente importante, enquanto dão a conhecer a vida da Igreja, a palavra e as experiências dos missionários e das Igrejas locais, junto daqueles para quem trabalham. É necessário, pois, que nas Igrejas mais novas, as quais ainda não podem possuir um serviço de imprensa e outros subsídios, a iniciativa seja assumida pelos Institutos missionários que, para tal, dedicarão o pessoal e meios necessários. Para tal formação estão chamados os sacerdotes e seus colaboradores pastorais, os educadores e professores, os teólogos, especialmente aqueles que ensinam nos seminários e nos centros para leigos. O ensino teológico não pode nem deve prescindir da missão universal da Igreja, do ecumenismo, do estudo das grandes religiões e da missionologia. Recomendo que, sobretudo nos seminários e nas casas de formação para religiosos e religiosas, se faça tal estudo, procurando, também, que alguns sacerdotes, ou alunos e alunas, se especializem nos diversos campos das ciências missiológicas. As atividades de formação sejam sempre orientadas para seus fins específicos: informar e formar o Povo de Deus para a missão universal da Igreja, fazer nascer vocações ad gentes, suscitar cooperação para a evangelização. Não podemos, de fato, dar uma imagem que reduz a atividade missionária, como se esta fosse principalmente auxílio aos pobres, contributo para a libertação dos oprimidos, promoção do desenvolvimento, defesa dos direitos humanos. A Igreja missionária está empenhada também nestas frentes. Porém, sua tarefa primeira é outra: os pobres têm fome de Deus, e não apenas de pão e de liberdade, devendo a atividade missionária testemunhar e anunciar, antes de mais nada, a salvação em Cristo, fundando as Igrejas locais que serão, depois, instrumento de libertação integral”. Nota:11 Igreja Comunhão e Missão, Doc. 40, No.129: “f) Aprofunde-se a reflexão sobre “o envio missionário” de cristãos-leigos. Todos os cristãos são chamados a viver a dimensão missionária de sua fé. Muitos desejam testemunhar a própria fé, consagrando-se igualmente à Missão dentro e fora do Brasil – e constituem assim um desafio à criatividade e organização missionária das Igrejas. Importa aprofundar a reflexão missionária. Compreendê-los e apoiá-los. Elaborar com eles e com as Igrejas interessadas, projetos concretos de serviço missionário. Selecionar e formar, de maneira adequada, os eventuais candidatos à Missão. Estudar a formação de uma eventual coordenação dos Organismos Missionários leigos”. Nota:12 cf. CD 15: “Os bispos são portanto os principais ministros dos mistérios de Deus e de toda a vida litúrgica da Igreja, de que são responsáveis como moderadores, promotores e vigilantes”. SC 41: “O bispo seja tido como grande sacerdote, em seu rebanho, de que deriva e, de certa maneira, depende, a vida dos seus fiéis, em Cristo”. Nota:13 LG 1: “O concílio deseja ardentemente iluminar todos os homens com a claridade de Cristo, luz dos povos, que brilha na Igreja, para que o Evangelho seja anunciado a todas as criaturas (cf. Mc 16,15). A Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da união com Deus e da unidade de todo o gênero humano. Insistindo no tema dos concílios anteriores, ela quer manifestar, tanto aos fiéis como ao universo inteiro, com redobrado vigor, sua natureza e sua missão universal. Nos dias de hoje, os homens estão profundamente ligados uns aos outros pelos laços sociais, pela interdependência técnica e pela cultura. Torna-se então mais urgente o dever que tem a Igreja de promover a unidade perfeita de todos, em Cristo”. Nota:14 UR 1: “Essas divisões, evidentemente, contrariam a vontade de Cristo, são um escândalo para o mundo e prejudicam enormemente a pregação do Evangelho a toda a criatura”. Nota:15 cf. Jo 10,10: “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”.