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1 CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 9º PLANO BIENAL DOS ORGANISMOS NACIONAIS 1987-1988 Brasília - DF APRESENTAÇÃO O 9º Plano Bienal de Pastoral foi elaborado a partir da avaliação global da caminhada da Igreja no Brasil. Essa avaliação iniciada, ao mesmo tempo, nos Regionais e nos organismos nacionais, foi completada na Assembléia Geral da CNBB. Este plano procura responder, na linha de projetos e ação concreta, às principais perspectivas e indicações emergidas desse longo e rico processo. Ele é fruto do trabalho constante da assessoria e dos organismos nacionais que possibilitam a atuação da Comissão Episcopal de Pastoral. E um plano de nível nacional, mas não foi elaborado e nem poderá ser executado à margem dos Regionais. Por isso, em sua elaboração, os Regionais deram substanciosa colaboração; Igualmente, a execução não se fará sem sua participação. O Plano de Pastoral dos organismos nacionais continua sendo bienal, supondo, portanto, a elaboração de dois planos durante o presente quadriênio. Dentro do processo de planejamento, que é ininterrupto, sua publicação não coincide exatamente com a data de sua execução. Muitos dos projetos elencados já foram realizados ou estão em andamento, sobretudo na área das várias dimensões ou linhas de pastoral. O Plano engloba três grandes capítulos de programas e projetos: os programas conjuntos, os programas específicos (dimensões e situações) e o programa de coordenação. Os programas conjuntos foram reduzidos em número mas, seguramente, alargados em abrangência e importância (“Eclesiologia integral” e “Igreja, Evangelização e Cultura”). Além da Campanha da Fraternidade, eles constituem resposta a grandes e numerosas preocupações e solicitações manifestadas na última Assembléia Geral. Sua sistemática está sendo pensada no sentido de permitir uma mais ampla participação. As áreas atingidas pelos destaques, foram, igualmente, trabalhadas em comum e com especial empenho de vários setores. Que a execução do 9º Plano Bienal mereça de todos o mesmo carinho e dedicação empregados em sua elaboração. † Celso Antônio de Queiroz Secretário-Geral da CNBB I. PROGRAMAS CONJUNTOS (PC): ECLESIOLOGIA INTEGRAL, IGREJA, EVANGELIZAÇÃO E CULTURA, CAMPANHA DA FRATERNIDADE PROGRAMAS CONJUNTOS 1 (PC-1): ECLESIOLOGIA INTEGRAL Objetivo

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CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

9º PLANO BIENAL DOS ORGANISMOS NACIONAIS 1987-1988

Brasília - DF

APRESENTAÇÃO O 9º Plano Bienal de Pastoral foi elaborado a partir da avaliação global da caminhada da Igreja no Brasil. Essa avaliação iniciada, ao mesmo tempo, nos Regionais e nos organismos nacionais, foi completada na Assembléia Geral da CNBB. Este plano procura responder, na linha de projetos e ação concreta, às principais perspectivas e indicações emergidas desse longo e rico processo. Ele é fruto do trabalho constante da assessoria e dos organismos nacionais que possibilitam a atuação da Comissão Episcopal de Pastoral. E um plano de nível nacional, mas não foi elaborado e nem poderá ser executado à margem dos Regionais. Por isso, em sua elaboração, os Regionais deram substanciosa colaboração; Igualmente, a execução não se fará sem sua participação. O Plano de Pastoral dos organismos nacionais continua sendo bienal, supondo, portanto, a elaboração de dois planos durante o presente quadriênio. Dentro do processo de planejamento, que é ininterrupto, sua publicação não coincide exatamente com a data de sua execução. Muitos dos projetos elencados já foram realizados ou estão em andamento, sobretudo na área das várias dimensões ou linhas de pastoral. O Plano engloba três grandes capítulos de programas e projetos: os programas conjuntos, os programas específicos (dimensões e situações) e o programa de coordenação. Os programas conjuntos foram reduzidos em número mas, seguramente, alargados em abrangência e importância (“Eclesiologia integral” e “Igreja, Evangelização e Cultura”). Além da Campanha da Fraternidade, eles constituem resposta a grandes e numerosas preocupações e solicitações manifestadas na última Assembléia Geral. Sua sistemática está sendo pensada no sentido de permitir uma mais ampla participação. As áreas atingidas pelos destaques, foram, igualmente, trabalhadas em comum e com especial empenho de vários setores. Que a execução do 9º Plano Bienal mereça de todos o mesmo carinho e dedicação empregados em sua elaboração. † Celso Antônio de Queiroz Secretário-Geral da CNBB I. PROGRAMAS CONJUNTOS (PC): ECLESIOLOGIA INTEGRAL, IGREJA, EVANGELIZAÇÃO E CULTURA, CAMPANHA DA FRATERNIDADE PROGRAMAS CONJUNTOS 1 (PC-1): ECLESIOLOGIA INTEGRAL Objetivo

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2Desenvolver uma eclesiologia como fundamento amplo para a articulação das várias pastorais e movimentos eclesiais na Pastoral orgânica, em conseqüência com as orientações da Igreja no Brasil, na América Latina e da Igreja universal. Justificativa 1. Transformações eclesiais e praticas pastorais Nas duas décadas que se seguiram ao Concílio Vaticano II, foram muitas e profundas as transformações nas estruturas e práticas pastorais da Igreja no Brasil. Sob o impulso de Medellín e de Puebla, e das provocações da realidade sócio-cultural e eclesial, emergiram novas práticas pastorais, enquanto outras se tornaram ultrapassadas. Além disso, caminhamos para o V centenário da Evangelização do Continente. Nesse período, uma nova visão da realidade, na fidelidade ao Espírito, orientou a Igreja e seu agir pastoral na direção dos pobres e de seu mundo. Fez com que ela descobrisse grupos minoritários e situações específicas e articulasse uma ação pastoral mais adequada. Cresceram as CEBs, nasceram e se ampliaram pastorais específicas, movimentos emergentes, dentro de um projeto pastoral mais amplo, orientado pelo Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. Abrindo-se a um mundo cultural e religiosamente policêntrico, a Igreja no Brasil ampliou também seu horizonte na direção de outros grupos religiosos e de culturas minoritárias, reconhecendo-lhes os valores e dispondo-se a um diálogo aberto. Essa atitude, como forma de serviço eclesial ao mundo, tornou-se um sinal de esperança para uma unidade mais profunda. Ao mesmo tempo, a Igreja se depara com um crescente secularismo, de um lado; e com a multiplicidade de grupos religiosos autônomos (seitas), novas formas de manifestação religiosa e de filosofias de vida, de outro. Esse dinamismo de renovação gerou processos novos de evangelização através de uma integração mais profunda entre fé e vida, Palavra de Deus e compromisso histórico, e de um novo tipo de apologia da fé. 2. Desafios e questionamentos Cresceram os desafios. Primeiro, o desafio dos pobres numa sociedade de classes. Segundo, o desafio da pluralidade de visões religiosas e das várias culturas num mundo cada vez mais complexo. Terceiro, o desafio de uma ação pastoral orgânica para cumprir sua missão: evangelizar. A explosão de iniciativas e de atividades, que caracteriza nossa Igreja hoje, traz consigo também o risco não desprezível da dispersão dos objetivos parciais e de perda de uma visão de conjunto, necessária a uma evangelização mais eficaz. Há o risco de setorizar a pastoral na diversidade de iniciativas e atividades, em si legítimas, mas que devem contribuir articuladamente para o objetivo central, a razão de ser da própria Igreja, sua missão. Pode-se, desta forma, diluir a identidade eclesial nas diferentes dimensões e perspectivas não integradas entre si, enfraquecendo os laços de pertença à Igreja e a eficácia missionária da mesma. Desta forma, pastorais setoriais ou movimentos podem não se sentir integrados na pastoral orgânica; a própria Igreja pode ser vista mais como mensagem em concorrência com outras da sociedade, do que como sacramento e mistério da fé. Corre-se o risco de, por um lado, igualar e, por outro, separar perigosamente o processo de libertação e evangelização. Neste sentido, observa-se a penetração de uma tendência espiritualista desencarnada que deixa na sombra a realidade social. Do mesmo modo, o processo pedagógico da apropriação da fé (catequese, pregação, liturgia.) arrisca separar-se do serviço concreto e ativo da caridade.

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33. Pistas para a concretização do objetivo Para responder aos desafios e questionamentos acima, concretizando o objetivo, dever-se-á buscar uma visão de Igreja que possa oferecer maior coerência ao caminhar da Igreja dentro do mundo de hoje. Por isso, esse programa visa: a) conduzir a uma maior consciência daquilo que a todos une: a presença e ação de Cristo e do Espírito na Igreja, Povo de Deus; b) superar a confrontação “clero-laicato” na direção de uma comunhão mais profunda e articulada entre comunidade e ministérios; c) aprofundar o ser batismal de todo cristão, sua dimensão missionária, e a co-responsabilidade de todos os batizados na missão da Igreja; d) valorizar a Igreja particular como lugar de uma comunhão dinâmica de serviço ao mundo e de articulação com as demais Igrejas particulares e a Igreja universal; e) fundamentar a subsidiariedade de serviços na comunhão e co-responsabilidade; f) Apresentar a Igreja, Povo de Deus, em sua dimensão profética frente ao mundo, comprometida com a causa do pobre e da justiça na sociedade. Este programa é pluri-anual, devendo prolongar-se para além deste 9º Plano. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envolvimento de Bispos e Assessores da CNBB Nacional e dos Secretários Regionais para o encaminhamento do programa.

1987, setembro. Secretaria Geral.

Encontro de um Grupo de Trabalho de Bispos, Pastoralistas e Teólogos para buscar a linha eclesiológica unificadora das práticas pastorais.

1988, março. INP Linha 1 Linha 6.

Seminário de Assessores Nacionais, Subsecretários Regionais da CNBB.

1988, maio. Secretaria Geral.

Subsidio para o estudo do tema. Texto de trabalho a ser agosto enviado a Bispos, Regionais, Institutos, Organismos.

1988, agosto. INP Linha 1 Linha 6.

As etapas seguintes serão planejadas para o 10º Plano Bienal da CNBB Nacional.

Eventos e atividades temáticas já incluídos no Plano de Pastoral das Dimensões, Situações e/ou planejadas pelos Organismos Nacionais.

Cf. anexo.

ANEXO: Outras atividades e projetos do plano integrados no programa As atividades abaixo elencadas constam entre projetos previstos em diversas Linhas e Setores da CNBB e deste 9º Plano Bienal e deverão integrar-se no contexto deste Programa Conjunto, uma vez que a reflexão eclesiológica está explicitamente presente. SISTEMÁTICA RESPONSÁVEL 1. Encontro de Bispos recém-ordenados. 2. “Diáconos Permanentes no Brasil”: Publicação de subsídios e encontro nacional das Escolas Diaconais. 3. Encontro da Comissão Nacional do Clero e de Presbíteros. 4. Encontro Nacional de Leigos. 5. Encontro de Coordenadores e Assistentes eclesiásticos de Movimentos Apostólicos organizados e pastorais específicas. 6. Encontros inter-regionais de Leigos sobre as conclusões do Sínodo sobre os leigos. 7. Preparação do 7º Encontro Intereclesial de Base. 8. Aprofundamento da teologia missionária para tornar mais claro o sentido da Missão hoje, a partir da realidade da Igreja no Brasil. 9. Reflexão sobre a situação do ecumenismo e do diálogo religioso

Linha 1 Linha 1 Linha 1; CNC/CRCs CNL CNL Linha 1; Susecretários Regionais Com. de Coordenação

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4no Brasil. 10. Reflexão sobre a Igreja e a realidade negro-brasileira. 11. Reflexão sobre o fenômeno do crescimento dos movimentos religiosos independentes e sobre os desafios pastorais. 12. Igreja e movimento sindical. 13. Encontro nacional de militantes cristãos que hoje estão engajados nos movimentos sociais, políticos e sindicais. 14. Encontro Nacional de articulação das pastorais populares 15. Seminário sobre a Igreja nas grandes cidades. 16. Seminário sobre Igreja e cidade. 17. Seminário sobre a forma própria de ser Igreja no urbano.

Linha 2 Linha 5 Linha 5; Linha 2 Linha 5; CONIC ISER/CEDI Linha 6 CPO Nacional CPO; Assessores da CNBB Regional Nordeste 1 Linha 1; IBRADES IBRADES; Linha 1 IBRADES; Linha 1

PROGRAMA CONJUNTO 2 (PC-2): IGREJA, EVANGELIZAÇÃO E CULTURA Durante a 25ª Assembléia Geral, bem como em outras reuniões, realizadas nos últimos anos, percebeu-se a necessidade de uma séria abordagem do tema “Evangelização e Cultura”. Afloraram, de fato, inúmeros desafios. Desafios do dia-a-dia - impacto da cultura dominante do último quartel do século XX sobre pessoas de culturas pré-modernas (indígenas, migrantes etc.), e da cultura brasileira sobre migrantes de outros continentes; - impacto da invasão cultural dos continentes do norte: - relacionamento saber popular versus saber sistematizado; - massificação cultural em ato em confronto com valores regionais; - cultura muitas vezes encastelada em superestruturas acadêmicas não engajadas na transformação da sociedade; - exigência dos pobres na América Latina e no Brasil como força histórica de transformação e libertação. Desafios emergentes - explosão da informática influindo na cultura, na evangelização, na educação - engenharia genética e seu impacto sobre a vida, a família; - destruição do ambiente, esgotamento dos recursos não renováveis; - implicações éticas do uso da energia nuclear; - impacto dos MCS sobre os valores, a ética, a religiosidade, a educação (cf. CF 1989); - a expansão dos movimentos fundamentalistas (“seitas”), do processo de secularização e dos humanismos imanentistas. Cultura ou Culturas? E um desafio até a própria definição de “cultura”, frente à variedade das realidades e das acepções do termo, e às ideologias subjacentes. Desafios que vêm da História

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5- fé encarnada na cultura peninsular, marginalizando as culturas indígenas e negras (cf. CF 1988); - saber e religiosidades populares longamente ignorados; - distanciamento da Igreja do campo do pensamento leigo, da ciência e da cultura sistematizada; criação de centros paralelos de produção do saber; - na passagem dos 500 anos do início da ocupação das Américas pelos europeus e de sua evangelização, apresenta-se o desafio de uma sincera avaliação global, visando uma conversão e um novo planejamento, na soleira do 3° milênio. Desafio específico da evangelização A cultura reflete o lugar social em que se produz e reproduz; está envolvida pela ambigüidade da história, entre valores e contravalores. A evangelização realiza-se dentro desse processo cultural, numa contínua encarnação no mundo do homem. O grande desafio para a evangelização é o mesmo do Verbo: fez-se carne e plantou seu barraco entre nós, assumiu nossa fraqueza para libertar o homem todo, pessoa e sociedade. Como, então, anunciar a Boa Nova ao homem de hoje, culturalmente identificado, despertando suas energias, seu coração, para que ele assuma livremente o projeto de Deus, conserve sua identidade cultural e purifique do mistério do pecado a cultura, para que o Reino possa, como o fermento, levedar toda a massa da cultura humana. Objetivo do programa Estudar esses desafios, bem como o histórico e a situação da evangelização, à luz da Palavra de Deus e da Igreja, da Teologia e da prática pastoral, e indicar orientações. Dinâmica do programa (1987-1990) O Programa é plurianual e deverá prolongar-se para além deste Plano Bienal, em atividades: a) debate preliminar e planejamento; b) seminários e encontros específicos do projeto; c) iniciativas promovidas pelos organismos nacionais dentro do 9º Plano Bienal; d) reunião da equipe para sistematizar os resultados dos itens b) e c) e produzir um texto de trabalho a ser distribuído e debatido, com retorno à comissão; e) seminário de teólogos e pastoralistas e produção de texto de trabalho a ser distribuído e debatido; f) reunião de um grupo misto de peritos e participantes das atividades descritas nos itens b), c) e e) para elaboração de síntese mais completa, publicação do documento final desta primeira etapa e encaminhamento de atividades para as etapas subseqüentes. Atividades ou projetos do programa (1987-1988) SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1. Discussão e planejamento do projeto. Reunião de Assessores, Subsecretários Regionais e CEP.

1987, setembro, 20 a 24

SECRETARIA Geral, Presidência, CEP, Assessores, Subsecretários.

2. Seminário de levantamento de problemas nas áreas de filosofia, ciências sociais, teologia e pastoral.

1988, maio INP, Peritos.

3.Seminários (Regionais da CNBB ou blocos) sobre Cultura Popular.

1988, 1º semestre INP, Subsecretários, Representantes das Pastorais Populares.

4. Eventos e atividades temáticas já incluídos no Plano das dimensões,

cf. anexo a este projeto.

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6situações e/ou planejados pelos organismos nacionais. 5. Seminário da ABESC sobre “O papel das IESCS na Evangelização da Cultura” (Esta iniciativa se desdobrará em seminários regionais, retomando-se o tema em novo seminário nacional).

1988, maio ABESC, INP.

6. Encontros da Equipe interna da CNBB/INP para síntese dos trabalhos já realizados e elaboração de documento de trabalho.

1988, setembro INP, Assessores.

7. O Planejamento das etapas seguintes será detalhado no 10º Plano Bienal da CNBB.

Nota: A responsabilidade do Programa está confiada ao INP, que poderá delegar a coordenação de cada Projeto ou atividade a Dioceses, pessoas ou organismos

ANEXO: Outras atividades e projetos do plano integrados no programa Eventos e atividades temáticas já previstas em outras áreas ou setores do Plano Bienal que devem ser integrados neste Programa Conjunto. SISTEMÁTICA RESPONSÁVEL 4.1 Adaptação e inculturação da Liturgia Linha 4 4.2 Reflexões sobre a Igreja e a realidade negro-

brasileira Linha 2, Linha 5

4.3 Reflexão sobre as seitas Linha 5 4.4 Valores em jogo na sociedade brasileira

(pesquisa, seminários, grupos...) IBRADES

4.5 Análise da realidade social brasileira à luz da fé

IBRADES

4.6 Pesquisa sobre presença de Igreja nos Meios de Comunicação Social

CERIS/Linha 6

4.7 Inculturação da Liturgia no Ambiente Juvenil e Universitário

PU e Linha 4

4.8 Simpósio de peritos sobre problemas bioéticos

Pastoral da Família, Linha 1, IBRADES

4.9 Valores da Família da classe popular Pastoral da Família, Linha 1 4.10 Encontros e reuniões de migrantes para

debater seus problemas Pastoral do Migrante, Linha 6

4.11 A Igreja nas grandes cidades Linha 1, IBRADES, Regional Nordeste 1

4.12 Igreja e cidade Pastoral Urbana 4.13 A forma própria de ser Igreja no urbano Linha 1, IBRADES, Regionais da

CNBB 4.14 Curso de antropologia e lingüística para

agentes de pastoral indigenista CIMI, Linha 2

4.15 Curso de atualização para agentes de pastoral indigenista

CIMI, Linha 2

4.16 Encontro Nacional de Coordenadores do Ensino Religioso sobre “Ensino Religioso, Fé e Cultura”.

Linha 3

PROGRAMA CONJUNTO 3 (PC-3): CAMPANHA DA FRATERNIDADE A Campanha da Fraternidade, criada em 1964, tornou-se, ao longo desses 25 anos, um privilegiado processo de evangelização nacional durante o período da Quaresma, e passou a ter uma profunda influência, como fio inspirador e condutor do planejamento pastoral do ano todo.

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7 A CF passou a ser também um fator de unidade pastoral, aglutinando as Igrejas locais do Brasil numa mesma proposta de reflexão e ação e cativando a simpatia de várias confissões evangélicas que, aos poucos, assumem a CF em sua ação evangelizadora. Sendo um projeto nacional de tamanha importância, requer um aperfeiçoamento cada vez maior do processo de participação de toda a Igreja em seus diversos níveis e o comprometimento consciente de todas as dimensões ou linhas da ação pastoral. A 23ª Assembléia Geral da CNBB, em abril de 1985, recomendou que se fizesse uma avaliação global da Campanha da Fraternidade, para dirimir algumas dificuldades que ainda persistem e, conseqüentemente, procurar meios para torná-la mais eficaz. Essa avaliação aconteceu ao longo de 1985, com a participação dos Subsecretários Regionais, Coordenadores Regionais da CF e Assessores da CNBB. Em agosto do mesmo ano, o Conselho Permanente dedicou-se a esta avaliação, cumprindo o que lhe fora delegado pela Assembléia Geral. Os resultados foram publicados no Comunicado Mensal da CNBB de agosto de 1985, às páginas 999 a 1.002. O Encontro Nacional de Coordenadores da CF, maio de 1987, solicitou à CNBB o aproveitamento da comemoração aos 25 anos da Campanha da Fraternidade para intensificar a busca de novos processos de animação da CF. Para alcançar este propósito: - A CF passa a ser um PROGRAMA CONJUNTO, assumido pela Presidência e CEP e todos os Assessores Nacionais da CNBB. - Motivar-se-á toda a Igreja no Brasil para que a CF seja, cada vez mais, uma atividade de pastoral ampla, envolvendo todos os grupos e setores da Igreja nas várias etapas do seu cronograma (planejamento, elaboração dos diversos subsídios, treinamento de animadores, realização e avaliação). - Apresentar-se-á um roteiro para a produção e adaptação de subsídios para evangelização e liturgia segundo o espírito da CF em vista de maior criatividade, participação e co-responsabilidade. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL A) Atividades habituais: 1. Acompanhamento da CF 87 1987 Secretário Geral 2. Preparação da Avaliação Nacional.

Assessor Nacional da CF.

3. Encontro Nacional da CF para avaliação da CF 87 e publicação dos resultados.

1987, maio 24 a 26.

Animadores Regionais da CF.

4 Implementação da CF 88: concursos de músicas e cartazes, elaboração de texto-base e subsídios.

1987, setembro.

5. Primeiros passos para a CF 89: escolha do tema, esboço de texto-base do ano seguinte para fundamentação dos concursos de letra etc.

1987 maio dezembro

Assessores Nacionais da CNBB.

6. Coleta e classificação dos subsídios elaborados nas bases.

Subsecretários Regionais.

B) Atividades especiais: 1. Visita do Assessor Nacional da CF a todos os Regionais para um novo processo de animação da CF (um bispo e um animador para a CF em cada Regional, processo participativo na preparação, realização e avaliação da CF; envolvi mento das diversas

1988-1990 Assessor Nacional da CF.

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8modalidades de pastoral, etc.) 2. Estudo e tomada de decisão pela CEP ou CP em relação à sugestão dos Coordenadores Regionais da CF de a CNBB Nacional se encarregar apenas do texto-base, cartaz, letra, música, filmeto de TV, spot para rádio e das homilias, deixando de restante dos subsídios para os Regionais ou outros.

CEP ou CP.

II. PROGRAMAS ESPECÍFICOS (PE) A. LINHAS OU DIMENSÕES PASTORAIS PROGRAMA 1: DIMENSÕES COMUNITÁRIA E PARTICIPATIVA LINHA 1 (PE-1) “É o Espírito que convoca e reúne seu povo para viver em comunidade, conforme o carisma e a missão que a cada um são concedidos, segundo o dom de Deus” (Diretrizes Gerais, 116). Pela dimensão comunitária e participativa, essencial para a vida de fé, a Igreja no Brasil pretende valorizar todas as vocações, carismas e ministérios do Povo de Deus; criar condições para que tais vocações sejam vividas em crescente comunhão e fazer com que suas estruturas possibilitem plena participação de todos para atingir aquela unidade que é gérmen do Reino e sinal para que o mundo creia. Nessa dimensão incluem-se três setores: · Vocações e Ministérios · Leigos · Estruturas de Igreja. 1.1. SETOR VOCAÇÕES E MINISTÉRIOS 1.1.1. VOCAÇÕES E MINISTÉRIOS Orientações para a ação “Aprouve a Deus santificar e salvar os homens não singularmente, sem nenhuma conexão uns com os outros, mas constituí-los num povo...” (LG 9)1. O Povo de Deus se reúne hoje, especialmente, na Igreja. O Plano da Salvação, a formação do Povo de Deus e a constituição da Igreja nascem da própria Trindade divina, daquela comunhão em que estão unidos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por isso, a Igreja, como explicitou Puebla, é essencialmente “comunhão e participação”. Gerada à semelhança da Trindade, a comunidade eclesial é, ao mesmo tempo, perfeita comunhão na igualdade e na realidade ordenada segundo o plano de Deus Pai. Nela, todos recebem os dons do Espírito, ou carismas, e são chamados a fazê-los frutificar em múltiplos serviços e ministérios em benefício da comunidade e, principalmente, em função da missão evangelizadora no mundo. Entre os diversos ministérios sobressaem os apostólicos, consagrados pelo sacramento da Ordem, a serviço da unidade da comunidade e da sua fidelidade à origem apostólica. Há mútua relação entre ministérios e comunidade: aqueles estão em função desta, do seu crescimento, na unidade e dinamismo missionário; ela se expressa através deles, os sustenta, se identifica com eles, até se tornar “toda ministerial”.

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9- Nisto se fundamentam também os critérios da ação pastoral da Dimensão Comunitária e Participativa: - levar todos os cristãos à participação ativa na vida da Igreja e na transformação do mundo; - desenvolver as diversas formas de organização do apostolado e de participação da comunidade na missão da Igreja - fazer com que os diversos ministérios atendam as necessidades da comunidade e da missão; - contribuir para que os ministérios hierárquicos - diaconato, presbiterato e episcopado - realizem sua função de animação e dinamização da vida eclesial, na comunhão de todos os carismas e ministérios, através de um testemunho de vida, que os torne sinal de unidade e autenticidade. O ideal, foi expresso eficazmente por São Bernardo, numa oração em que pede a Deus “que ordene nele aquele tanto de amor que lhe concedeu”: “a fim de que o todo, que a Deus pertence, eu o ame de tal forma que, em cada coisa, eu me preocupe com a parte que me foi confiada na divisão das tarefas, mas sem que isto me impeça de ter um grande amor interior, para as outras tarefas, que não fazem parte da minha função pessoal”. Em outras palavras: cada um deve amar e assumir a sua parte (participação), em comunhão e por amor ao todo, a comunidade inteira. Atividades permanentes - Incentivar e aprofundar a compreensão da vocação cristã como dimensão de toda a pastoral, a ser concretizada nos diversos serviços e ministérios. - Aprofundar o sentido e acompanhar a práxis dos ministérios exercidos pelos leigos, como instrumentos de rejuvenescimento do dinamismo evangelizador da Igreja, dando particular atenção à formação para tais ministérios. - Oferecer condições e estímulo ao ministério episcopal, visando sua unidade e o exercício de sua missão específica. - Acompanhar regularmente a Comissão Nacional do Clero (CNC), apoiando suas tarefas de proporcionar a todos os que vivem a vocação presbiterial elementos para uma vivência de maior participação e comunhão e colaborar para a promoção integral dos presbíteros e seus presbitérios, a fim de que se realizem plenamente conforme sua vocação e missão. - Apoiar o Conselho Nacional de Leigos (CNL) no seu esforço de organização em nível nacional e regional, para que todos os cristãos, como Igreja, possam testemunhar seu batismo, no mundo, diante de tantos desafios para a justiça, a fraternidade e a paz. - Acompanhar a Comissão Nacional de Diáconos (CND), apoiando sua tarefa de animar a vocação ao ministério diaconal e sua formação. - Colaborar com a CRB e com a CNIS, no âmbito das respectivas Conferências, para que a vida consagrada assuma na Igreja a sua vocação específica, como manifestação profética e carismática do Reino. - Dar condições para a capacitação adequada dos formadores dos futuros presbíteros, apoiando cursos em nível nacional e regional. - Acompanhar, através de contatos e reuniões com formadores, a aplicação das Diretrizes Básicas da Formação Presbiterial nos Seminários e Institutos de Formação. - Implementar, juntamente com a OSIB, instrumentos de aperfeiçoamento da formação sacerdotal, tais como a atualização do Catálogo dos Seminários e do Cadastro de Professores dos Institutos de Filosofia e Teologia do Brasil. - Acompanhar e analisar as atividades dos Regionais no campo da promoção e formação vocacional, promovendo o intercâmbio de subsídios e informações, especialmente em preparação aos momentos intensivos de pastoral vocacional. - Incentivar iniciativas de promoção vocacional para a vida presbiteral e a vida consagrada especialmente no meio urbano, entre os operários, universitários e profissionais liberais. - Promover uma pastoral vocacional com perspectiva universal, procurando suscitar vocações missionárias para toda a Igreja.

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10- Manter fraterno relacionamento com o Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM (DEVYM), bem como com os de outras Conferências Episcopais, colaborando com suas solicitações e participando de possíveis encontros internacionais; - Colaborar com a Pastoral da Juventude e Universitária, no que se refere à dimensão vocacional. Projetos PROJETO PE-1.1: Formação espiritual nos seminários maiores Após quatro cursos sobre Formação Participativa nos Seminários Maiores, os formadores, reunidos na 5ª Assembléia da OSIB, solicitaram que se aprofundassem temas específicos, com prioridade para a formação espiritual. Com estes cursos pretende-se criar condições para que os formadores possam avaliar a prática da formação espiritual nos Seminários, considerar as dimensões humano-afetiva e pastoral e suas implicações para a formação espiritual e aprofundar a espiritualidade cristã e, mais especificamente, a presbiteral, abrindo pistas para maior integração entre fé e vida, estudo e oração, contemplação e ação pastoral. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 5º Curso para Formadores. 6º Curso para Formadores.

1987 junho 13 a 21. 1988 janeiro 18 a 5 de fevereiro.

Linha 1: Setor Vocações e Ministérios. OSIB.

PROJETO PE-1.2: 1º Encontro nacional sobre estudos filosóficos e formação presbiteral Os responsáveis pela formação presbiteral têm pedido especial atenção para a etapa dos estudos filosóficos. Com este primeiro encontro, pretende-se refletir sobre as exigências da formação filosófica dos futuros presbíteros, avaliar a situação atual dos Cursos de Filosofia em que os seminaristas estudam, comunicar experiências pedagógicas e didáticas e sugerir orientações para uma formação filosófica mais atualizada e mais integrada na formação presbiteral. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Envio de documento de trabalho em preparação ao Encontro. Realização do 1º Encontro.

1987 maio 1987 julho 13 a 17

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios OSIB. OSIB.

PROJETO PE-1.3: 2º e 3º Encontros de bispos representantes do setor seminários nos regionais Os Bispos que participaram do 1º Encontro afirmaram a validade de dar continuidade a este projeto, dada a importância da formação presbiteral para toda a Igreja e tendo em vista a necessidade de se aperfeiçoar cada vez mais a formação dos futuros presbíteros. Para o 2º Encontro pretende-se, entre outros temas, aprofundar a formação espiritual nos seminários e para o 3º subseqüentes, assuntos e situações novas que surgem. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 2º Encontro Nacional. 3º Encontro Nacional.

1987 agosto 10 a 12. 1988 agosto 9 a 11.

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios OSIB. OSIB.

PROJETO PE-1.4: 8º Encontro nacional de pastoral vocacional

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11Depois do Ano Vocacional e das repercussões que se seguiram, urge avaliar a caminhada vocacional dos últimos anos, para responder criativamente aos novos desafios que a Igreja enfrenta. Para tanto, pretende-se refletir sobre a história da Pastoral Vocacional no Brasil nos últimos vinte anos e abrir perspectivas para o futuro, através da preparação de um Congresso Vocacional. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Circular para os Regionais com documento de trabalho e roteiro de avaliação. Encontro Nacional.

1987, agosto novembro, 3 a 6

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios.

PROJETO PE-l .5: Encontro de bispos recém-ordenados Pretende-se, com este projeto, prestar um serviço aos Bispos recém-ordenados, visando familiarizá-los com as estruturas e organismos da Igreja, tais como a Santa Sé, a CNBB e outros. Visa, ainda, levar a efeito uma reflexão ao redor das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil e de alguns aspectos da teologia, sobretudo, da Teologia do Episcopado, da Igreja particular e da espiritualidade episcopal. Este projeto buscará também proporcionar uma troca de experiências com outros Bispos de significativo serviço no ministério episcopal. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional. 1988 março14 a 18 Linha 1: Setor Vocações e

Ministérios PROJETO PE-1.6: “Diaconato permanente no Brasil”: publicação de subsídio e encontro nacional das escolas diaconais Com firmeza e sem alardes, o Diaconato Permanente vai crescendo, seja como realidade nas Igrejas Particulares, seja como experiência mais ampla em nível Regional e Nacional. Este projeto pretende chegar a um subsídio colaborando para a compreensão do Diaconato Permanente e das condições para a sua introdução e seu exercício. E, dada a multiplicação das Escolas Diaconais pelos diversos Regionais do Brasil, a CND, em conjunto com a Linha 1 - Setor Vocações e Ministérios, decidiu reuni-las para viabilizar uma orientação mais unitária na formação diaconal. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Grupo de Trabalho sobre o tema, Publicação do texto Encontro Nacional das Escolas Diaconais

1987 1º e 2º sem. 1988 junho, 24 a 26

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios CND

PROJETO PE-l.7: Encontro nacional de reitores e 6ª assembléia da OSIB Neste encontro, respondendo à escolha dos reitores no último Encontro Nacional, pretende-se aprofundar o tema da formação espiritual nos Seminários Maiores. Com a Assembléia da OSIB, pretende-se avaliar, ainda, a gestão anterior, eleger a nova diretoria e indicar propostas para o próximo biênio. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Circular aos Seminários e Institutos com documentos de preparação. Encontro Nacional.

1988 março - julho 1988 junho 24 a 26

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios OSIB

1.1.2. PRESBÍTEROS

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12A programação Pastoral dos presbíteros será assumida pela Comissão Nacional do Clero (CNC), em colaboração com a Linha 1. Orientações para a ação A Comissão Nacional do Clero, órgão subsidiário da CNBB, considera tarefa sua a animação constante da vida e ministério do presbítero, para que ele possa responder com solicitude aos apelos de Deus que nos chama a ser Igreja de Jesus Cristo neste momento de nossa história, em comunhão com o Episcopado, dentro de uma Igreja evangélico transformadora, conforme as “Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil”. E ainda tarefa sua buscar a encarnação de um novo modo de SER PADRE, frente aos novos desafios que se lhe apresentam, abrindo os caminhos necessários para uma feliz realização pessoal de todos os presbíteros. Sinal de unidade, a Comissão Nacional do Clero deve continuar fortalecendo as Comissões Regionais do Clero, como fidelidade às bases, buscando e gerando, num grande esforço de conjunto, “um consenso fraterno e compromissado sobre o que devemos ser, como devemos conviver e atuar, na fidelidade à missão que nos é dada”. Interessa à CNC incentivar os presbíteros e as Comissões Regionais a descobrirem os meios e recursos indispensáveis à sua própria organização. A CNC acompanhará, com vivo interesse, as realizações no campo da Pastoral Vocacional, sobretudo no que se refere à formação do futuro presbítero, cuidando e preparando a sua integração pessoal na pastoral da Igreja local e no ministério presbiteral sem nunca esquecer que a Igreja é toda ministerial. Aberta a todas as iniciativas, a CNC apoiará as experiências pessoais e de grupos de presbíteros que realizam de maneira nova e autêntica a sua vocação eclesial e são portadores de novas e autênticas esperanças para a Igreja no Brasil. A CNC deseja intensamente chegar, através das CRCs, a todos os irmãos presbíteros espalhados neste imenso Brasil, alimentando a sua vida e ministério, oferecendo-lhes subsídios e o intercâmbio de experiências, esclarecendo mais o lugar extremamente relevante do presbítero na Igreja. Após a realização enriquecedora do 1º ENP e o próximo ENP (2º), a CNC se propõe conduzir sua caminhada até uma necessária Assembléia Nacional de Presbíteros, acompanhando e concretizando as decisões aqui assumidas. Atividades permanentes - Assessorar a CEP em assuntos relacionados com a vida e o ministério do presbítero, bem como participar, em nível de CNBB, de todos os encontros abertos à CNC; - Estabelecer contato permanente com as Comissões Regionais do Clero, (CRCs) através de encontros, em diferentes níveis, e relatórios das atividades programadas; - Ampliar o contato com o Conselho Nacional de Leigos, com os vários setores, dimensões pastorais, organismos nacionais, em estreito espírito de comunhão e participação, buscando uma perfeita integração que venha ajudar-nos em nossa missão de presbíteros - Realizar, duas vezes ao ano, encontros com os membros da CNC, empenhando-se pela presença e participação de todos, levando às bases a reflexão desenvolvida por ocasião destes encontros, desejando ser um instrumento de comunicação de experiências e subsídios de cada Regional; - Acompanhar “a reflexão teológico-pastoral iniciada com a publicação dos Documentos de Trabalho preparatórios aos dois Encontros Nacionais de Presbíteros, aprofundando estes temas nos encontros, retiros e reuniões do Clero, a fim de ajudar nossos irmãos no

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13presbitério a viverem o “SER PADRE” diante de novos desafios e de uma vocação que permanece; - Contribuir para que os presbíteros vivam em suas Igrejas o caráter colegial do ministério, como solução realista para que todos se sintam e sejam de fato co-responsáveis, através da partilha das tarefas que procura aproveitar os dons de cada um, mediante uma mudança de mentalidade e o funcionamento efetivo dos mecanismos jurídicos e institucionais de comunhão e participação da Igreja; - Continuar a busca de uma espiritualidade, especialmente do padre diocesano, que seja fundamentada na espiritualidade cristã, encarnada na realidade latino-americana, alicerçada na escuta da palavra de Deus e alimentada pela Eucaristia. Projetos PROJETO PE-1.8: Encontro da comissão nacional do clero Esta reunião acontece por ocasião da Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Itaici, SP, e tem por finalidade preparar o 2.º ENP (Encontro Nacional de Presbítero), assumir o Documento de Trabalho: SER PADRE, novos desafios para uma vocação que permanece” e refletir sobre o objetivo do 2º ENP. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos membros da CNC durante as Assembléias dos Bispos em Itaici.

1987: abril 22 a maio 5 1988: abril 13 a 22

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios CNC

PROJETO PE-1.9: 2º Encontro nacional de presbíteros Este 2º ENP está na continuidade do 1º ENP e tem o seu centro de atenção voltado para a Pessoa do Presbítero, ajudando o padre a se descobrir em meio aos novos desafios que atingem a sua vida pessoal. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Presbíteros com a participação de todas as Dioceses do Brasil.

1987 outubro 20 a 25

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios

PROJETO PE-1.10: Reunião anual da CNC com a participação de outros presbíteros A CNC, no 2º semestre do ano, promove uma reunião, aberta à participação de outros presbíteros de cada Regional da CNBB, com a finalidade de recolher as conclusões dos Encontros Regionais e refletir sobre os passos da caminhada da CNC, principalmente após o 2º ENP. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos membros da CNC com a participação dos outros presbíteros de cada Regional.

1988, novembro, 28 a dezembro, 1

Linha 1 Setor Vocações e Ministérios CNC

1.2. SETOR LEIGOS Orientações para a ação Após a celebração do Sínodo Episcopal extraordinário, em 1985, avaliando a caminhada da Igreja nos 20 anos do Concílio Vaticano II, foi retomado, com grande interesse, na Igreja, o tema específico dos Leigos. Nota-se que aumenta a consciência de que é um

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14aspecto candente no atual momento da vida da Igreja. Na verdade, já não se pode tratar do leigo sem sacudir toda a eclesiologia, e isto dentro da mais autêntica tradição da Igreja, isto é, da Bíblia, dos Santos Padres e do Magistério Eclesiástico. A teologia do Povo de Deus da Lumen Gentium lentamente vai penetrando na prática da Igreja, levando o Padre Congar a usar a expressão “eclesiologia total”, substituindo o binômio “hierarquia-laicato”, por Comunidade-Carismas Ministérios. Passamos da “Teologia do Laicato” para a “Teologia do Batismo”, acentuando mais o que une todos os membros do Povo de Deus. Assim sendo, o tema “leigo” deixa de ser um tema setorial para ser tema eclesial, de muita riqueza para a dinâmica da evangelização. Os leigos assumem seu compromisso no mundo como Igreja: no mundo dos empobrecidos do nosso Continente, do nosso País. A participação dos leigos na Igreja e seu compromisso como Igreja diante do clamor do povo tornam-se expressões de vivência da mesma Igreja, sinal de salvação, através dos cristãos que chamamos “Leigos”. Sem dúvida, a evangelização colocará os cristãos leigos em posição de destaque na transformação de um mundo que se apresenta, cada dia, mais complexo. De fato, em todas as organizações e instituições do Brasil há a presença de cristãos, em sua grande maioria, mesmo praticantes e, por vezes, membros de grupos ou movimentos que os despertam para o social, continuam “ganhando sua vida”, sem pensar na responsabilidade de uma evangelização realmente transformadora, sem abrir brechas nos mecanismos criados pela injustiça institucionalizada, pela opressão. Precisamos fazer uma revisão da vida global, numa avaliação lúcida da prática dos cristãos. A ação evangelizadora dos cristãos, como Igreja, supõe que eles se organizem em conselhos nos vários níveis: paroquial, diocesano, regional e nacional. Supõe que os leigos dos movimentos apostólicos, das pastorais específicas, das comunidades eclesiais de base estejam em sintonia eclesial, em comunhão e participação real para a construção do Reino de Deus. Supõe também que lhes sejam oferecidos os meios adequados para assegurar sua formação social, econômica política e, evidentemente, uma sólida formação teológica a partir da vida e da ação, levando-os a crescer no processo de conversão a Jesus Cristo e, conseqüentemente, na mística missionária. A formação dos leigos deverá, também, contemplar as orientações da ação pastoral da Igreja, explicitadas nas Diretrizes Gerais. Atividades permanentes - estudar, juntamente com os leigos, sua identidade de batizados, em sintonia com as Diretrizes propostas para o quadriênio, a fim de que suas atividades sejam orientadas em conformidade com o objetivo geral e as dimensões da ação pastoral da Igreja no Brasil. - colaborar com os leigos no aprofundamento da compreensão da vivência de sua vocação e missão como cristãos na Igreja do Brasil; - continuar os esforços empreendidos para que os leigos assumam seu papel na Igreja e se organizem em nível diocesano/regional e estejam presentes nas instâncias pastorais correspondentes; - oferecer condições ao Conselho Nacional dos Leigos - CNL) para melhor exercer sua missão de animação, organização e formação dos leigos, a serviço da evangelização do povo brasileiro; - aprofundar a espiritualidade dos cristãos, de modo especial na relação fé-vida, contemplação-compromisso transformador; - encaminhar, de maneira orgânica, durante o próximo quadriênio, as grandes orientações do Sínodo sobre os leigos, a ser realizado em outubro de 1987, dando continuidade ao que fora iniciado no período preparatório. Projetos PROJETO PE-1.11: Encontro nacional dos leigos A preparação do Sínodo sobre os leigos exigiu um encontro mais amplo das várias expressões dos leigos da Igreja no Brasil. Seu objetivo: preparar propostas para o Sínodo.

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15 SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Leigos, representantes das Dioceses, dos Movimentos Apostólicos, das Pastorais Específicas e das Comunidades Eclesiais de Base. Também com a presença dos Bispos, delegados ao Sínodo e do Cardeal Eduardo Pirônio, presidente do Pontifício Conselho dos Leigos.

1987 agosto 7 a 9 Conselho Nacional dos Leigos (CNL), Linha 1 Setor Leigos.

PROJETO PE-1.12: Encontro de coordenadores e assistentes eclesiásticos de movimentos apostólicos organizados e pastorais específicos Este Encontro se propõe apresentar as conclusões do Sínodo sobre os Leigos aos responsáveis diretos dos movimentos organizados, com o objetivo de estudá-las, avaliá-las e levá-las à prática nos seus respectivos meios de atuação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro de Coordenadores e Assistentes nacionais de Movimentos organizados e Pastorais .Específicas.

1988 março 25 a 27 Linha 1 Setor Leigos, Conselho Nacional dos Leigos (CNL).

PROJETO PE-1.13: Encontros inter-regionais de leigos sobre as conclusões do sínodo sobre os leigos Estes encontros, abrangendo as cinco grandes regiões do Brasil, deverão fazer chegar até as Dioceses, as Pastorais Específicas e as Comunidades Eclesiais de Base, as grandes orientações do Sínodo sobre os Leigos, com o objetivo de levar adiante o grande esforço despendido na preparação do evento: tanto no nível da reflexão como diante dos desafios levantados para a ação concreta. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões com a presença de Leigos das várias dioceses da respectiva área, dos Bispos responsáveis pelo acompanhamento dos leigos dos Regionais e coordenadores dos Conselhos Regionais de Leigos.

Norte: Belém 29/4-1/5; Nordeste: Campina Grande, 19-21/2 Sul: Curitiba, 11-13/3; Oeste: Goiânia, julho; Leste: a ser marcado.

Linha1 Setor Leigos CLN Subsecretários Regionais das respectivas áreas.

PROJETO PE-1.14: Formação dos leigos O tema “Formação” é um dos mais constantes nesta fase de preparação do Sínodo nas Assembléias ou nos encontros de leigos. Torna-se um desafio para a Igreja do Brasil. Os leigos querem capacitar-se melhor para melhor atuar como cristãos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento dos centros de formação no país e das metodologias utilizadas a partir da ação. Encontro sobre formação dos leigos, a partir do resultado da pesquisa feita, com o objetivo de analisar a realidade da formação e seus desafios.

1988 1º semestre 1988, novembro

Linha 1 Setor Leigos Subsecretários, Regionais, CNL. Linha 1 Setor Leigos

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16PROJETO PE-1.15: Seminário sobre a relação fé-política Este tema tem sido levantado como desafio especial para os cristãos nos últimos anos. A questão política, tanto no nível mais global (política bem comum) como no nível da política partidária tem sido alvo de muitas interpelações para a prática eclesial, para os cristãos em geral. A Constituinte tem mostrado como os leigos, em geral, estão despreparados para assumir o compromisso político com critérios evangélicos. Este Seminário se propõe aprofundar as grandes questões em torno da relação fé-política. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de um grupo de leigos com experiência no campo da política, com o objetivo de elaborar subsídios para o acompanhamento dos cristãos na prática política.

1988 agosto

Linha 1 Setor Leigo Linha 6 Setor Pastoral Social

1.3. SETOR ESTRUTURAS DE IGREJA 1.3.1. COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE Orientações para a ação As CEBs são obras do Espírito e devem ser afirmadas, apoiadas e multiplicadas com a decisão e o entusiasmo ilimitado que são devidos à causa do Evangelho que nelas é acolhido, anunciado, testemunhado. O Evangelho, porém, nunca é proclamado e vivido em toda a sua pureza. Ele exige, sempre, de todos e em todo lugar, conversão. Por isso, é possível e necessário analisar e discernir, criticar e corrigir alguns dos discursos e práticas em uso nas CEBs. As CEBs são uma Igreja comprometida com os empobrecidos, com os pequenos. São o lugar de partilha, de igualdade, de espírito comunitário. Sua força não está em seu número e, sim, na união de seus membros. Reproduzem aquele ideal primitivo da comunidade dos Atos dos Apóstolos: simplicidade, fraternidade, liberdade de filhos de Deus, oração e celebração comunitária da fé, práticas de libertação, conversão contínua, missionária e testemunho (martírio). Elas são (querem ser) uma Igreja com novo rosto, toda ela ministerial, comprometida com o povo, com base e destaque da leitura e meditação da Palavra de Deus: “A Bíblia é a água que carrega o barquinho das CEBs”. Partilhando o poder em inúmeras instâncias, do conselho comunitário até a Assembléia do Povo de Deus, elas não repetem simplesmente o paradigma preexistente, de uma Igreja centrada sobre o clero e os sacramentos. O serviço está em função da vida da comunidade. A articulação entre fé e vida é uma nota característica e fundamental das CEBs. Já é uma evidência de que a fé está ligada ao compromisso pela justiça, com suas conseqüências na nova maneira de celebrar. Nos últimos anos, houve nas CEBs um significativo crescimento da consciência e da prática político-partidária. As CEBs aprendem mais através de sua prática social do que detendo o correto domínio das teorias políticas. Contudo, há que incrementar a prática social das CEBs, complementada por um mínimo de formação teórica, para que tenham competência e habilitação no campo em que devem atuar, evitando-se, assim, o espontaneísmo, o basismo e o vanguardismo. Quanto à questão partidária, o documento final do Encontro Intereclesial de Trindade assinala que “as CEBs precisam chegar a uma definição mais clara na questão partidária: discutir juntas o programa dos partidos e o perfil dos candidatos e verificar se eles têm um compromisso real com a caminhada do povo”.

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17As CEBs estão colocando algumas tarefas teóricas sérias quanto a: “CEBs, novo modo de toda a Igreja ser”; CEBs e Hierarquia; perfil dos ministérios; novo jeito de celebrar a partir da “Igreja, comunhão e participação” posição dos cristãos frente à questão partidária e as “CEBs sementes de uma nova sociedade”. São questões que necessitam de maior acompanhamento e reflexão. Atividades permanentes - acompanhar os Encontros e Assembléias Regionais de e sobre CEBs, observando, de maneira especial, os seguintes pontos: política partidária e sindical; movimentos e organizações populares; espiritualidade libertadora da fé; catequese e liturgia; funções do agente de pastoral e da hierarquia; - assessorar encontros de CEBs, quando solicitado; - participar de encontros sobre temas relacionados com CEBs; - manter contatos com os Regionais sobre encaminhamentos e vida das CEBs; - manter contato com o Setor Comunicação Social, para que subsidie e apoie a reflexão crítica sobre processos alternativos da comunicação, dada a importância do desafio da comunicação; - solicitar aos Regionais que promovam Encontros de Reflexão Crítica e troca de experiências sobre a comunicação alternativa; Projetos PROJETO PE-1.16: Preparação do 7º encontro interclesial de base O serviço permanente de intercâmbio entre as CEBs é realizado pela Igreja que sedia o Encontro Interclesial. A Igreja em Duque de Caxias, RJ, é a responsável pelo 7º Encontro Interclesial. É de suma importância a presença e o acompanhamento por parte da CNBB. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Presença e acompanhamento das Reuniões da Coordenação responsável pela preparação e realização do 7º Encontro Interclesial.

1987 julho, Duque de Caxias até 1º Encontro 1989 julho

Comissão de Coordenação do 7º Encontro Interclesial de Duque de Caxias.

PROGRAMA 2: DIMENSÃO MISSIONÁRIA LINHA 2 (PE-2) “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15). “É o Espírito quem faz do Povo de Deus um povo que proclama a Palavra e oferece a toda a humanidade os dons de sua fé e pertença eclesial” (Diretrizes Gerais da CNBB, Doc. 38, n. 117). Orientações para a ação Sendo a Igreja missionária por natureza, toda a atividade pastoral deve ser impregnada do espírito missionário. O povo de Deus é enviado para anunciar e testemunhar a todos a Boa Nova do Evangelho, assumindo compromisso especial com as regiões e situações mais carentes, dentro e fora do país e com aqueles povos e grupos onde o Reino ainda não foi suficientemente proclamado. É tarefa da Dimensão Missionária - Linha 2: - contribuir para que a Igreja no Brasil, nos seus vários níveis e nas diferentes dimensões da sua atividade, mantenha viva a consciência de que Cristo, Missionário do Pai é o único Salvador, prolonga, através de nós, a sua missão salvífica; - ajudar comunidades, paróquias, dioceses e regionais a se tornarem, cada vez mais, centros de serviço e de fraternidade para manter viva e eficaz a comunhão com as demais Igrejas e a solidariedade com todos os povos;

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18- estimular os institutos missionários a serem fiéis ao seu carisma “ad gentes” e ajudarem a Igreja local a vivenciar concretamente sua vocação missionária universal; - incentivar a dimensão missionária das CEBs, para que não limitem suas preocupações aos problemas locais e imediatos; - sensibilizar para o dever e a urgência de passar do “receber” ao “dar”, atendendo aos apelos das Igrejas mais necessitadas; - cultivar a espiritualidade missionária, explicitando e aprofundando as motivações evangélicas da missão; - alertar para o discernimento sobre as raízes dos males que oprimem o nosso povo e a humanidade em geral e favorecem os sistemas injustos que impedem a realização do Reino; Atividades permanentes 1. Cabe à Linha 2: - promover e apoiar centros locais e regionais de animação missionária, participar de encontros e preparar subsídios de formação missionária; - incentivar e acompanhar o programa “Igrejas-Irmãs”; · despertando a consciência missionária da Igreja particular; · fomentando o conhecimento e o enriquecimento mútuo numa ótica de co-responsabilidade e partilha; · refletindo sobre a importância de uma integração eclesial entre as Igrejas no Brasil; · estimulando-as a assumirem os desafios no campo social e religioso; - proporcionar o estudo e a reflexão teológico-missionária, hoje, a partir da realidade latino-americana; - promover a formação missionária do clero e dos institutos, incentivando e apoiando cursos de missiologia, regulares ou de pós-graduação.; - estimular e acompanhar os grupos missionários leigos na sua formação e nas suas iniciativas missionárias; - prosseguir no aprofundamento e na reflexão sobre evangelização e culturas; - manter contatos com os missionários brasileiros que trabalham em outros países, enviando correspondências e subsídios; - levando em conta os destaques da 25ª Assembléia Geral da CNBB: · despertar e difundir, através dos MCS, a consciência missionária, que deve atingir as famílias cristãs e todo Povo de Deus; · manter contato com a coordenação da pastoral de juventude, em vista de um empenho comum na formação missionária dos jovens; · estudar, juntamente com a Linha 4 e o centro de pastoral popular, a elaboração de subsídios para uma literatura doméstica, dando a estes subsídios enfoque missionário; - articular-se com as pastorais dos grupos étnico-culturais: · povos indígenas através do CIMI (Conselho Indigenista Missionário); · os negros-brasileiros; · grupos de origem asiática: nipo-brasileiros (PANIB) e outros. 2. Através do COMINA (Conselho Missionário Nacional): - articular e incentivar as iniciativas dos institutos e organismos missionários existentes no Brasil; - ajudá-los a prepararem missionários “ad gentes”; - promover intercâmbio de experiências missionárias e troca de informações, especialmente com as Igrejas da América Latina e África; - assessorar as PP.OO.MM. (Pontifícias Obras Missionárias) na preparação e realização da Campanha Missionária de outubro; - auxiliar na organização e dinamização de COMIREs (Conselhos Missionários Regionais) e de centros de animação missionária em nível diocesano. 3. Através do Centro Cultural Missionário:

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19- Ao Departamento do SCAI (Serviço de Cooperação Apostólica Internacional) compete: encaminhar e acompanhar o processo de entrada e permanência dos missionários estrangeiros que pretendem trabalhar no Brasil, bem como, o processo de saída dos missionários brasileiros destinados a trabalhar fora do país. - Ao departamento do CENFI (Centro de Formação Intercultural) compete organizar cursos de: · primeira aculturação para os missionários estrangeiros que vêm ao Brasil (curso de 4 meses); · preparação para os missionários brasileiros que se destinam a trabalhar dentro ou fora do país (2 semanas) · formação permanente para os missionários (1 mês); · atualização e aperfeiçoamento lingüístico para missionários vindos de outras Igrejas Locais (1 mês). Projetos PROJETO PE-2.1: Articulação dos institutos, organismos e movimentos missionários Este projeto visa incentivar os organismos missionários para uma ação conjunta, à luz das Diretrizes da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, e com eles avaliar e planejar as iniciativas na área da ação e animação nas dimensões internas e externas. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Assembléia Nacional do COMINA. Reunião de Superiores Provinciais de Congregações Missionárias, para rever a caminhada missionária. Reunião Regional dos responsáveis pela animação missionária dos Regionais e Dioceses, para avaliação e planejamento.

1987 novembro 30 a 3 de dezembro. 1988 agosto, 29 a 31. 1988

Linha 2 COMINA. Linha 2 COMINA. Linha 2 COMINA COMIRE PP.OO.MM.

PROJETO PE-2.2: Aprofundamento da teologia missionária, para tornar mais claro o sentido da missão, hoje, a partir da realidade da Igreja no Brasil Nos encontros e cursos que a Linha 2 vem promovendo nos últimos anos, têm surgido algumas questões que permanecem abertas. Sente-se a necessidade de aprofundar esses aspectos da teologia missionária; para tornar mais claro o sentido da missão no contexto social e eclesial do País. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros da Equipe de Reflexão.

1987 e 1988, fevereiro, abril, agosto, novembro, 2ª quinzena.

Linha 2

PROJETO PE-2.3: Articulação dos responsáveis pelos grupos missionários estrangeiros que trabalham no Brasil A presença numerosa de missionários diocesanos e outros não dependendo de Congregações ou Institutos, vindos de outras Igrejas, inseridos na ação pastoral, exige uma articulação dos grupos, para uma atuação conjunta em sintonia com a Igreja do Brasil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros com os responsáveis dos grupos.

1987, novembro, 16 a 18; 1988,

Linha 2

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20março, 15 a 17.

PROJETO PE-2.4: Articulação dos grupos de missionários leigos Nos últimos anos, tem-se verificado um crescente surgimento de grupos missionários leigos. A Linha 2 prestará, neste biênio, um serviço no sentido de articular esses grupos e estudar com eles, modalidades mais viáveis de preparação para o trabalho missionário. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros de formação para missionários leigos, em nível regional e/ou nacional.

1987, novembro, 28 a 29; 1988, fevereiro, 13 a 17, junho, 29 a 3 de julho.

Linha 2, regionais, OMIL.

PROJETO PE-2.5: Encontro de formadores missionários Neste momento em que está acontecendo um despertar missionário na América Latina e, particularmente no Brasil, as Congregações e Institutos Missionários sentem a necessidade de revitalizar e aprofundar o aspecto missionário no processo formativo, através de estudos, reflexões e troca de experiência dos formadores. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos formadores missionários.

1987, Setembro, 28 a 1 de outubro; 1988, setembro, 19 a 22.

Linha 2, COMINA.

PROJETO PE-2.6: Curso de formação e atualização missionária Considerando-se a necessidade de uma atualização e renovação missionária dos Padres, Religiosos e leigos que atuam nas regiões ou situações missionárias do país, e dos responsáveis pela animação missionária nos Regionais da CNBB, Dioceses, Institutos e outros organismos da Igreja, a Linha 2, através do Centro Cultural Missionário, proporciona-lhes um curso anual de formação missionária. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Curso de formação missionária. 1987, janeiro, 12 a 2 de fevereiro

1988, janeiro, 9 a 5 de fevereiro Linha 2, PP.OO.MM.

PROJETO PE-2.7: Programa “igrejas-irmãs” Cada Diocese deve redescobrir sua própria dimensão missionária manifestando aos que estão distantes uma solicitude semelhante à que se tem para com seus próprios membros. O Programa Igrejas-Irmãs é um projeto em que duas Igrejas, ou Regionais, em espírito de solidariedade e mútua ajuda, se unem para levar a efeito a obra da evangelização. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões Regionais de avaliação com os responsáveis do programa Igrejas-Irmãs nas Dioceses, em vista de uma re-animação.

1988 Linha 2: Regionais.

PROJETO PE-2.8: Curso de formação para missionários “Ad Gentes” A Linha 2, desejando responder às solicitações das Dioceses, Congregações e Institutos Missionários, promove o Curso para missionários “ad gentes”, oferecido a todos os que são destinados a servir a outras Igrejas fora do Brasil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Curso para missionários “ad gentes”. 1987, dezembro, 6 a 20 Linha 2, PP.OO.MM.

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211988, dezembro 6 a 20

PROGRAMA 3: DIMENSÃO CATEQUÉTICA LINHA 3 (PE-3) “É o Espírito quem faz crescer continuamente o Povo de Deus, mediante o aprofundamento e a vivência na fé, na esperança e na caridade, ensinando-o a ler os acontecimentos cotidianos à luz da Palavra e da Vida de Jesus Cristo e a participar eficazmente na construção de um mundo justo e fraterno” (Diretrizes Gerais, Doc. 38, n. 118). Orientações para a ação A terceira dimensão da vida cristã e, portanto, da Ação Pastoral da Igreja, é a CATEQUÉTICA. Sua importância em vista de se alcançar o Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil é, fundamental, dado que “sempre mais se impõe uma educação permanente da fé que acompanhe o homem por toda a vida e se integre em seu crescimento global” (CR, 129)2 e dado ainda que, conforme escreve João Paulo II em CT, 63, “se a catequese for bem feita nas Igrejas locais, tudo o mais será feito com a maior facilidade”. Consciente disso, o Papa insiste para que se estabeleça por toda parte uma “organização adaptada e eficaz que empenhe na atividade catequética as pessoas, os meios e os instrumentos e também os recursos financeiros necessários”, “de modo a suscitar e a alimentar uma verdadeira paixão pela catequese” (CT, 63)3. Dentro desse espírito, a CNBB aprovou e publicou o documento “Catequese Renovada, Orientações e Conteúdo”, em 1983, e dedicou todo o quadriênio 1983-1986 a torná-lo conhecido, operacionalizado e, sobretudo, assumido como referência e parâmetro para a renovação da Catequese no Brasil. Como ponto alto desse processo, aconteceu o Ano Nacional da Catequese (1986) e a Primeira Semana Brasileira de Catequese (outubro de 1986), que traçaram orientações para o prosseguimento da tarefa e que constam nas “Conclusões e Desafios da 1ª SBC”. A avaliação do quadriênio, realizada pela Linha 3, detectou também algumas urgências a serem consideradas no próximo quadriênio (cf. Comunicado Mensal de dezembro 1986, p.1728-1732). Ao longo do quadriênio 1983-1986, a Catequese redescobriu a importância de sua vinculação estreita com as demais dimensões da Ação Pastoral, comunitário-participativa, missionária, litúrgica, ecumênica e profético-transformadora. Toda a catequese deve vivenciar, o mais plenamente possível, estas dimensões e perpassá-las em todas as modalidades da pastoral. Para o próximo quadriênio, a Igreja no Brasil escolheu, em nível nacional, três destaques: Comunicação, família e juventude. Os responsáveis nacionais pela Catequese deverão envidar esforços para que a Catequese assuma, de modo muito especial, estes três destaques, em nível de reflexão e de animação da práxis catequética. O mesmo há de se fazer em relação à Campanha da Fraternidade e aos Programas Conjuntos do Plano Bienal. Nestes últimos anos, foi-se delineando uma distinção cada vez mais clara e acentuando ao mesmo tempo a complementaridade entre Catequese, Ensino Religioso e Pastoral Bíblica, no processo de educação pessoal, comunitária, permanente, orgânica, ordenada, sistemática e transformadora da fé do Povo de Deus. É importante dar continuidade à reflexão sobre esse tema e, simultaneamente, subsidiar, a partir do nacional, a renovação da catequese da comunidade, do ensino religioso nas escolas e da pastoral bíblica com grupos comunitários. A capacitação de coordenadores diocesanos de Catequese e de professores para as escolas de Catequese foi uma das necessidades que mais se evidenciou ao longo do processo de operacionalização do documento “Catequese Renovada” e, portanto, deve

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22merecer especial atenção da assessoria nacional de Catequese e dos regionais nos próximos anos. O mesmo se deve dizer e fazer com relação aos coordenadores do Ensino Religioso, para que tenham condições de investir na formação dos professores de Ensino Religioso. Outra necessidade evidenciada refere-se à dimensão catequética de toda modalidade de pastoral na Igreja. Infelizmente, ainda é dominante o reducionismo da catequese à fase infantil e em vista da preparação aos sacramentos. Urge investir na mudança dessa mentalidade e dinamizar o processo catequético comunitário e permanente do interior de cada setor da pastoral, nos movimentos e nos grupos. Isso redundará num imenso benefício a toda a Igreja, visto que os fiéis estarão continuamente aprofundando sua fé, sistematizando seus conhecimentos religiosos e estabelecendo a interação entre fé e vida enquanto se consagram à pastoral na qual estão engajados. Atividades permanentes - Dar continuidade ao estudo e à operacionalização do Documento “Catequeses Renovada, Orientação e Conteúdo” (Doc. CNBB, n. 26 - Ed. Paulinas)4, prevendo uma avaliação em fins de 1990. - Empenhar todos os esforços a fim de que as Conclusões da 1ª SBC sejam postas em prática. - Apoiar as Coordenações Regionais de Catequese, através de contatos permanentes, cartas, circulares, boletins, subsídios, visitas, presença nas programações catequéticas, intercâmbio entre os Regionais. - Desencadear “um processo de contatos inter-regionais, a fim de chegar a um maior intercâmbio entre institutos e escolas catequéticas. - Dinamizar o GRECAT (Grupo de Reflexão de Catequese - CNBB) como assessoria especial à Linha 3, principalmente para a reflexão crítica sobre a caminhada da Catequese Renovada. - Dinamizar o GRERE (Grupo de Reflexão sobre Ensino Religioso Escolar), tanto das escolas da rede oficial como da particular, para acompanhamento, reflexão, troca de experiência, análise de textos, promoção de seminários, fornecimento de orientações, acompanhamento da elaboração das leis complementares dos Estados etc. - Dinamizar a GRECAT-DA (Grupo de Reflexão de Catequese com Deficientes Auditivos) e o GRECAT-DM (Grupo de Reflexão de Catequese com Deficientes Men tais): levantamento de situação, estudo, intercâmbio, promoção de encontros e seminários. - Acompanhar, apoiar os diversos movimentos de Pastoral Bíblica do Brasil, articulando-se com as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral, a Catequese Renovada e orientações de CELAM-FEBICAM. - Participar dos projetos do Departamento de Catequese (DECAT) do CELAM e do Conselho Internacional de Catequese (CIC) da Sé Apostólica. - Empenhar-se na articulação com as outras assessorias da CNBB, para um trabalho de maior integração. Dar ênfase, sobretudo, aos destaques de nível nacional e aos programas conjuntos. - Dinamizar a celebração do Dia do Catequista com fornecimento de subsídios para reflexão e celebração. - Incrementar a produção e distribuição de subsídios catequéticos sobretudo em linguagem popular, segundo os critérios da Catequese Renovada. - Integrar a reflexão que se está fazendo no Brasil sobre os santuários e a religiosidade popular, ressaltando os aspectos catequéticos presentes. - Levantar dados, articular experiências e refletir sobre catequese com menores abandonados, anciãos, enfermos, deficientes auditivos, deficientes mentais e outras situações (cf. CR, 143)5. - Investir de modo especial na atualização catequética do clero e na formação em Catequese e em Ensino Religioso de seminaristas e estudantes de congregações religiosas. - Colaborar nos cursos, escolas e institutos de Catequese, articulando experiências, currículos, professores e estágios etc.

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23- Realizar intercâmbio e reflexão sobre Catequese familiar, para incrementar esse processo catequético no Brasil. - Participar da reflexão e das experiências sobre evangelização através dos Meios de Comunicação Social e Meios de Comunicação Grupal, sobretudo de índole popular. - Colaborar em revistas especializadas em pastoral com artigos, notícias, informações, entrevistas, etc. Dar atenção prioritária à “Folha Catequética e a “Revista de Catequese”; - Subsidiar a renovação da catequese paroquial para que assuma a “catequese permanente, progressiva e orgânica”, interligando os sacramentos, não parando na Primeira Eucaristia. - Colaborar na elaboração dos subsídios da Campanha da Fraternidade, Natal em Família, mês das Missões etc. Projetos PROJETO PE-3.l: Encontro nacional de coordenadores estaduais de ensino religioso nas escolas oficiais A elaboração da nova Constituição do Brasil faz o Grupo Nacional de Reflexão sobre Ensino Religioso (GRERE) da CNBB agilizar ainda mais seu trabalho. Terminou de escrever e entregou à editora o livro “O Ensino Religioso nas Constituições do Brasil, nas Leis de Ensino e nas Orientações da Igreja”. Mobilizou os Coordenadores e Professores do Ensino Religioso para participarem dos trabalhos da Constituinte e forneceu-lhes, para isso, orientações e a proposta a ser incluída na nova Constituição sobre o assunto. Um dos meios utilizados pelo GRERE para a dinamização desse processo é o Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais de Ensino Religioso nas Escolas Oficiais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Elaboração de instrumento de trabalho. 6º Encontro Nacional. 7º Encontro Nacional: Ensino Religioso: Fé e Cultura; Ensino Religioso e Leis complementares; Formação dos Professores de Ensino Religioso.

1987, março. 1987, maio, 4 a 7. 1988, setembro/ outubro

GRERE. Linha 3, AEC, Linha 6: Setor Educação. Linha 3, AEC, Linha 6: Setor Educação.

PROJETO PE-3.2: Catequese e pastoral bíblica O documento “Catequese Renovada” evidenciou a Bíblia como o livro de Catequese por excelência (CR n.154)6. No Brasil, os diversos movimentos bíblicos e as CEBs possibilitaram uma crescente apropriação da Bíblia por parte do povo. Verifica-se que um dos grandes meios de re-evangelização e de catequese dos adultos é a reflexão comunitária da Palavra de Deus. Multiplicam-se as traduções da Bíblia e a produção de subsídios populares de pastoral bíblica. Diante desse florescer de interesse pela Bíblia, os catequistas manifestaram, na Primeira Semana Brasileira de Catequese, a necessidade de um grande investimento na formação bíblica. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Convenção e preparação do Encontro. Encontro Nacional sobre Catequese e Pastoral Bíblica. Publicação dos resultados;

1987 1987, maio, 25 a 6 de junho; 1988. 1988, junho.

Linha 3, Regionais CNBB SAB (Serviço de Animação Bíblica); CEBI (Centro de Estudos Bíblicos).

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24acompanhamento da ação-avaliação do processo. Elaboração de um estudo sobre Pastoral Bíblica no Brasil.

1987, outubro a 1988, novembro.

GRECAT.

PROJETO PE-3.3: Formação de catequistas segundo a “Catequese Renovada” Uma das prioridades apontadas pela 1ª SBC refere-se à formação de catequistas para se atender ao que a Igreja pede em seu documento “Catequese Renovada”. A Linha 3 dinamizará um processo de reflexão, troca de experiências e produção de subsídios neste sentido, principalmente com os coordenadores regionais e diocesanos de Catequese, Institutos e Escolas de Catequese, Seminários, Institutos de Teologia e Casas de Formação das Congregações Religiosas (cf. Puebla 1003)7. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Elaboração de estudo sobre formação de catequistas (Instrumento de Trabalho, consultas, emendas, redação, publicação na coleção verde).

1987, agosto 1988, novembro.

Linha 3, GRECAT, Institutos de Catequese.

PROJETO PE-3.4: Encontro nacional de catequese A cada dois anos, a Linha 3 da CNBB congrega os Coordenadores Regionais de Catequese, alguns representantes de escolas e Institutos de Catequese, editores e autores de livros, para um Encontro Nacional. Após uma visão panorâmica do processo de renovação permanente da catequese no Brasil, aprofunda-se um tema previamente escolhido e preparado com antecedência, traçam-se algumas linhas de ação a seguir e, se necessário, tomam-se decisões. Em 1987, o Encontro terá três assuntos prioritários: “Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil e Catequese; Formação de Catequistas; O próximo quadriênio (1987-1990) à luz da lª Semana Brasileira de Catequese”. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Preparação Prévia do Encontro Nacional (circulares, subsídios...). Realização do Encontro Nacional. Publicação dos Resultados. Acompanhamento e Avaliação.

1987, 1º semestre 1987, outubro, 1 a 4. 1988

Linha 3, Coordenadores de Catequese. GRECAT

PROJETO PE-3.5: Seminário sobre catequese com deficientes auditivos Na evangélica opção pelos pobres, o educador da fé deve dedicar especial carinho e tempo a fim de animar com métodos, conteúdos e pedagogia adequados aos deficientes auditivos. A CNBB, através da Linha 3, está dando apoio ao GRECAT-DA (Grupo de Reflexão sobre Catequese com Deficientes Auditivos). Dois encontros nacionais nestes últimos anos dinamizaram a reflexão e a troca de experiências sobre a educação da fé com os deficientes auditivos. Educadores da fé desta pastoral especializada necessitam dessa instância de apoio e intercâmbio, pois o trabalho é muito difícil e ainda não suficientemente articulado e assumido pela Pastoral Orgânica. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Preparação do Encontro.

1987.

GRECAT-DA, Linha 3, Linha 6: Setor

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25Realização do mesmo. Relatório. Acompanhamento e Avaliação.

1987, fevereiro 1 a 7 1988

Educação.

PROGRAMA 4: DIMENSÃO LITÚRGICA LINHA 4 (PE-4) “É o Espírito que reúne o povo em assembléias para a escuta da Palavra de Deus e para celebrar a Palavra feita carne e alimento e, em união com o mesmo Cristo, oferecê-lo como oblação pura, e assim comprometer-se a viver mais intensamente a fraternidade” (Diretrizes Gerais, Doc. 38, n. 119). Orientações para a ação A dimensão litúrgica da vida cristã foi declarada pelo Concílio Vaticano II cume e fonte de toda a ação da Igreja (cf. SC, 10)8. Assim, o Concílio nos deu uma indicação sobre o lugar e a importância desta dimensão, também nas atividades pastorais da Igreja no Brasil, em nível nacional. No decorrer de quase 25 anos após a publicação da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, implantou-se, também no Brasil, a liturgia-pós-conciliar. Os livros litúrgicos foram publicados em língua portuguesa. Fizeram-se, igualmente, sobretudo na primeira década depois do Concílio, grandes esforços para a formação litúrgica em todos os níveis. Deve-se reconhecer, no entanto, que os livros litúrgicos traduzidos também deverão ser adaptados à índole do povo. A formação litúrgica ainda deixa a desejar. A liturgia da Igreja no Brasil procura integrar, como o Concílio Vaticano II o exige, o que há de válido nas tradições do nosso povo, como, por exemplo, nas Comunidades Eclesiais de Base, nas Paróquias, na piedade popular e em outros grupos de oração. São riquezas de expressão que deveriam ser aproveitadas para criar uma liturgia realmente renovada e adequada à Igreja no Brasil. Nos últimos anos, sobretudo a partir do levantamento sobre a situação da vida litúrgica no Brasil, feito por ocasião dos 20 anos da Sacrosantum Concilium (cf. Estudos da CNBB, n.42), vem se desencadeando um novo impulso à renovação litúrgica. Notam-se, contudo, mais aprofundada dos agentes de Pastoral em todos os níveis; a busca da identidade da Liturgia no confronto entre fé e vida, no contexto da evangélica opção preferencial pelos pobres, na caminhada profética e transformadora da Igreja no Brasil e a adaptação e inculturação da Liturgia na índole do povo brasileiro. Atividades permanentes - Traduzir, elaborar e publicar livros e subsídios litúrgicos a) Liturgia das Horas: · Edição em quatro volumes · Ofício das Leituras b) Lecionários c) Missal e Lecionário Marianos d) Rito de Coroação de Imagens de Nossa Senhora e) Edição adaptada e definitiva dos livros litúrgicos: · Missal Romano, conforme a segunda edição típica, que foi publicada em 1975 · Rito de Iniciação Cristã de Adultos · Rito do Matrimônio · Rito do Batismo de Crianças · Cerimonial da Igreja · Ritual de Bênçãos em duas versões: presididas por ministros ordenados e presidida por ministros leigos · Edição simplificada e outra popular da Liturgia das Horas · Músicas para a Liturgia das Horas

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26· Hinário Litúrgico Nacional · Documentário Litúrgico · Criar novos textos litúrgicos - Assessorar a) Campanha da Fraternidade b) Regionais e dioceses c) Centro de Pastoral Popular (Liturgia Doméstica), em Brasília d) Acompanhar a Pastoral dos Santuários e Romarias - Participar a) de encontros setoriais, regionais, inter-regionais e internacionais de Liturgia b) de outros encontros de interesse da Linha 4, por exemplo: CEBs, religiosidade popular e movimentos de oração. - Colaborar a) com o curso de pós-graduação e especialização em liturgia, de São Paulo; b) com a Revista de Liturgia “A Vida em Cristo na Igreja” e outras revistas. - Dialogar com a Sé Apostólica, CELAM, Conferências Episcopais e outras instituições. Projetos PROJETO PE-4.l: Novo impulso para a renovação litúrgica no Brasil O levantamento sobre a situação da Liturgia no Brasil, por ocasião dos 20 anos da “Sacrosantum Concilium”, revelou grandes desafios para a pastoral litúrgica e já desencadeou um processo de renovação que exige o prosseguimento de uma ação adequada, levando avante o processo. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Incentivo a atividades de formação litúrgica, através dos Bispos responsáveis pela Liturgia nos Regionais. Ano intensivo de formação litúrgica, culminando com a celebração dos 25 anos da SC, em 1988, com a perspectiva de um documento oficial da CNBB sobre Liturgia (Uma caminhada como se fez com a Catequese Renovada). Incentivo à organização da Pastoral litúrgica nas Dioceses, integrando-a na Pastoral Orgânica, sobretudo por meio dos Regionais.

1987; 1988 1988, junho e dezembro

Linha 4.

PROJETO PE-4.2: Liturgia nos regionais Os desafios que a situação da liturgia no Brasil apresenta, exigem reflexão e ação em todos os níveis, as quais devem ser incentivadas pelos Bispos responsáveis pela Liturgia nos Regionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros Nacionais dos Bispos responsáveis pela Liturgia nos Regionais. Encontro Ampliado.

1987, julho, 13 a 17

Linha 4.

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27Encontro com Assessores para 1988 sistematizar os resultados do agosto Ano intensivo, a partir das reuniões nas Paróquias, Dioceses e Regionais.

1988, agosto

PROJETO PE-4.3: Orientações litúrgico-pastorais para domingos, semanas e meses temáticos A fim de evitar a instrumentalização na celebração litúrgica do Dia do Senhor, por temários superpostos, e garantir uma compreensão mais verdadeira do sentido e alcance pastoral dos “temáticos”, são necessárias orientações litúrgico-pastorais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Análise do assunto, por grupo de peritos, a ser encaminhada ao futuro Documento de orientação pastoral da CNBB.

1988 Linha 4.

PROJETO PE-4.4: Orientações para celebrações dominicais presididas por leigos Muitas comunidades, no domingo, não celebram a Eucaristia, mas reúnem-se para celebrações presididas por leigos. Serão, pois, necessárias orientações para uma celebração autêntica do Dia do Senhor, a partir das Diretrizes a serem baixadas pela Sé Apostólica. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Análise do assunto, por grupo de peritos, a ser encaminhada ao futuro Documento de orientação da CNBB.

1988, outubro. Linha 4.

PROJETO PE-4.5: Folhetos litúrgicos Dada a grande influência e uso dos folhetos litúrgicos, é necessário trocar experiências e elaborar orientações e princípios que possam levar as assembléias a celebrar o Mistério Pascal encarnado na vida das comunidades. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Autores e Editores de Folhetos Litúrgicos.

1988, agosto, 2 a 4 Linha 4.

PROJETO PE-4.6: Adaptação e inculturação da liturgia Trabalhar na adaptação e inculturação da liturgia à índole e tradições do povo brasileiro, conforme o espírito da “Sacrosanctum Concilium”, usando de assessoria qualificada no campo da piedade popular, das expressões religiosas, das comunidades paroquiais, das CEBs e de outros grupos de oração. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Estudos de grupo para adaptação do Missal, do Ritual do Matrimônio, do Ritual da Iniciação Cristã de adultos, do Ritual do Batismo de crianças e da edição popular da Liturgia das Horas.

1987 1988

Linha 4.

PROJETO PE-4.7: Reflexão sobre a teologia e práxis litúrgica Sendo que a Linha 4 não tem condições de refletir suficientemente sobre a teologia e a práxis da liturgia no Brasil, é necessário assessoramento para se conseguir maior ligação entre Liturgia e vida.

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28 SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros da Linha 4 com Equipes de reflexão de peritos e estudiosos.

1987, março, novembro 1988, março, novembro

Linha 4.

PROJETO PE-4.8: Música litúrgica em nível inter-regional Por causa da dificuldade de muitos músicos de participarem de encontros nacionais, é preciso possibilitar o contato deles entre si e com a CNBB, em encontros inter-regionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros Inter-Regionais de Coordenadores e Compositores de Música Litúrgica.

1988 Linha 4.

PROJETO PE-4.9: Encontro dos presidentes e secretários das comissões nacionais de liturgia dos países de língua portuguesa Os problemas comuns e a necessidade de formas comuns na liturgia dos países de língua portuguesa exigem um maior conhecimento mútuo, assim como reflexão e ação comum correspondentes. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Internacional em Lisboa. 1988, junho, 7 a 9 Linha 4. PROGRAMA 5: DIMENSÃO ECUMÊNICA E DE DIÁLOGO RELIGIOSO LINHA 5 (PE-5) “É o Espírito quem impulsiona a Igreja a viver a unidade, fazendo-a superar as divisões, crescer para a plena comunhão em Cristo e abrir-se para o diálogo religioso” (Diretrizes Gerais, Doc. 38, n. 120). Orientações para a ação 1. Orientações comuns para o ecumenismo e o diálogo religioso Fiel às grandes inspirações do Concílio Vaticano II, ao crescimento do ecumenismo e do diálogo religioso depois do Concílio e em resposta ao crescimento do pluralismo religioso no Brasil, a Igreja Católica propõe-se realizar o objetivo geral de sua ação em diálogo com os irmãos de outras Igrejas e Comunidades Eclesiais, com adeptos de outras Religiões e de Concepções de vida e de mundo, fechadas ao Transcendente. Entende-se por diálogo não só o colóquio, mas todo o conjunto de relacionamentos positivos e construtivos com quaisquer grupos e comunidades. Esse diálogo, em sentido amplo, visa o conhecimento, enriquecimento e auxílio mútuos e, ainda, a ação comum em prol da unidade do gênero humano, da qual a Igreja se professa sacramento ou sinal e instrumento (LG. 1)9. Inspirados no documento do Secretariado para os Não-cristãos (A atitude da Igreja perante os que seguem outras Religiões. Reflexões e Orientações sobre o Diálogo e Missão, Pentecostes 1984, L'Osservatore Romano ed. port. 12/08/84, pp. 4ss)10, indicamos quatro formas de diálogo: - O diálogo da convivência humana: é o diálogo como espírito e atitude que devem guiar todo o comportamento. - O diálogo da ação comum: é a colaboração em objetivos de caráter humanitário, social, econômico e político que se orientam para a promoção e a libertação humanas.

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29- O diálogo de especialistas, seja para confrontar, aprofundar e enriquecer os respectivos patrimônios religiosos, seja para aplicar os recursos, aí contidos, aos problemas que se põem a humanidade no curso da história. - O diálogo de participação da própria vida, oração e ação de outra comunidade, dentro dos limites indicados pela fé e a disciplina da Igreja. Estas quatro formas, de diálogo valem também, e a fortiori, para o relacionamento com irmãos de outras Igrejas e Comunidades Eclesiais. À luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja em seu relacionamento com Igrejas/Comunidades cristãs, com outras Religiões e com grupos humanistas fechados ao Transcendente, deve prestar especial atenção: - à defesa da dignidade da pessoa humana, mormente dos pobres e marginalizados; - ao “ecumenismo de base” que está acontecendo nos meios populares, como CEBs, associações de bairro, grupos marginalizados e outros; bem como aos perigos de divisão nestes meios, suscitada por movimentos religiosos contemporâneos (seitas); - aos caminhos para o diálogo com o Evangelismo em meios pobres, como sejam várias formas de Pentecostalismo, com as Religiões Negro-brasileiras, com expressões populares do Espiritismo e Sincretismo, e, ainda, com os “agentes religiosos autônomos” (curandeiros, benzedeiros...); embora nem todos esses grupos estejam abertos ao diálogo com a Igreja Católica. A fim de que a Igreja, em sua ação evangelizadora, seja realmente Igreja do diálogo, merecem especial cuidado: - os cursos de ecumenismo e de diálogo religioso nos seminários e outros centros de formação pastoral; - a formação de especialistas em ecumenismo e diálogo religioso; - um mínimo de estrutura para a ação nos regionais e dioceses. 2. Orientações especiais para o ecumenismo A divisão entre os cristãos, que tem acontecido na história, e ainda acontece hoje, também no Brasil, e que faz surgir sempre novos grupos separados, “contradiz abertamente a vontade de Cristo, e se constitui em escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa do anúncio do Evangelho a toda criatura” (UR, 1)11. Todos os cristãos, obedecendo à ação do Espírito Santo, são chamados a crescerem até aquela plena comunhão que o Senhor deseja para sua Igreja e lhe oferece como dom. Assim, a partir da fé comum, da incorporação em Cristo pelo Batismo validamente administrado e de outros dons que possam ter em comum, os cristãos devem crescer em comunhão, seguindo os caminhos que o Espírito abre para a Igreja, colocando-se a serviço do mundo que o Senhor Jesus veio salvar. A fim de que cresçam o espírito e a ação ecumênica da Igreja, deve-se prestar especial atenção: - o ecumenismo espiritual que consiste na conversão do coração e na insistente oração pela unidade ou plena comunhão; - ao fortalecimento dos organismos ecumênicos oficiais (CONIC e CESE) e colaboração com outros organismos ecumênicos existentes no Brasil; - aos acontecimentos ecumênicos significativos em nível mundial e latino-americano; - aos itens já citados nas orientações comuns para o ecumenismo e diálogo religioso - ao fenômeno das expressões religiosas contemporâneas e aos desafios que as mesmas colocam para a Igreja (problemas das “seitas”). 3. Orientações especiais para o dialogo religioso

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30A partir da encíclica do Papa Paulo VI “Ecclesiam Suam” (6/8/1964), de documentos do Vaticano II e do Secretariado para os Não-Cristãos, a Igreja Católica tem desenvolvido uma visão de fé a respeito das Religiões Não-Cristãs, que constitui a orientação fundamental para o diálogo religioso. Uma síntese desta visão de fé encontramos no documento do Secretariado para os Não-Cristãos, já citado (Pentecostes de 1984), no qual a Igreja apresenta sua posição perante os que seguem outras religiões e oferece reflexões e orientação sobre Diálogo e Missão (DM). Citamos alguns elementos deste documento. A Igreja abre-se ao diálogo por fidelidade ao homem (DM, 20)12, mas sobretudo por motivos de fé (DM, 22)13. Pois, sem diminuir o caráter próprio e único da missão que recebeu (DM 9 10, 11)14, a Igreja descobre o Deus Uno e Trino agindo nas outras Religiões, como instrumentos do Seu único plano de salvação (DM 22, 23, 24)15. Por esta razão, o diálogo não é estranho ou paralelo à missão, e sim integrado nela. A missão da Igreja, única mas complexa e articulada, se expressa em várias formas: simples presença e testemunho de vida cristã, empenho no serviço dos homens e toda atividade de promoção social vida litúrgica, oração e contemplação, diálogo, anúncio e catequese. Tudo isso faz parte do conceito amplo da missão (DM, 13)16. Nesta visão de fé, o diálogo é diálogo de salvação. No diálogo religioso, ocupa lugar especial o Judaísmo, por motivos históricos (a história do anti-semitismo) e mais ainda por motivos de fé (a aliança de Deus com o povo judeu; as raízes judaicas do cristianismo). A terceira Religião Abraâmica, o Islã, é outra que merece um lugar especial no diálogo religioso. A história do relacionamento entre judaísmo, cristianismo e islamismo e os atuais problemas de paz no oriente médio, sugerem, no Brasil, a busca de diálogo entre as três religiões abraâmicas, uma espécie de “triálogo”. O diálogo com as Religiões Negro-brasileiras, por várias razões históricas e atuais, deve ocupar um lugar de destaque. As várias formas do espiritismo e as novas expressões religiosas (seitas) exigem uma atenção especial no diálogo. Atividades permanentes Dimensão Ecumênica - Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja (atividades “ad intra”): · apoio à formação ecumênica dos futuros presbíteros, outros ministros e agentes de pastoral (subsídios para cursos) - com a OSIB; curso para Bispos; · apoio à formação de especialistas em ecumenismo; · contato com os Secretariados Regionais, em vista da criação de estrutura para a Dimensão Ecumênica; · contato com organismos da Igreja, em vista da Dimensão Ecumênica de suas atividades (AEC, CIMI, CPT, Centro de Defesa de Direitos Humanos, movimento Focolari e outros); · estudo das possibilidades de uma colaboração ecumênica na Campanha da Fraternidade; · propagação da Oração pela Unidade dos Cristãos, especialmente na semana que antecede o dia de Pentecostes · participação nas atividades da Seção de Ecumenismo do CELAM · participação em atividades do Secretariado para a Unidade dos Cristãos. - Atividades relacionadas com outras Igrejas e Organismos (Atividades “ad extra”): · diálogo com as Igrejas da Ortodoxia com autoridades das Igrejas Ortodoxas (pré-calcedonianas e as de tradição bizantina), encontro este preparado com os Bispos Católicos de ritos orientais e acompanhado pelos mesmos;

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31· diálogo com as Igrejas Episcopal, Evangélica de Confissão Luterana, Metodista e Presbiteriana; · procura de diálogo com líderes de Igrejas Batistas, Pentecostais e grupos “evangelicais”; · participação em Concílios, Sínodos e Assembléias Nacionais de outras Igrejas, à título de observadores; · participação em atividades do CONIC (assembléias, comissão central, seminários); · participação em atividades da CESE (diretoria, assembléia anual, seminários e encontros; · participação em encontros de Organismos ecumênicos nacionais (atividade conjunta do CONIC e CESE); · contato com a Fraternidade ecumênica de Taizé (Alagoinhas-BA), especialmente em vista de sua experiência em encontros de caráter participativo; com o Conselho Nacional do Dia Mundial de Oração; · colaboração com a Sociedade Bíblica do Brasil (a publicação da Bíblia completa na linguagem de hoje); · contato com organismos ecumênicos: CEDI, CEBI, CESEP e outros; · contato com organismos inter e transdenominacionais: Visão Mundial do Brasil e outros; · elaboração de notícias e informações de caráter ecumênico para os MCS; · contatos com o Conselho Latino-americano de Igrejas (CLAI), com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e com Conselhos de Igrejas de outros países (dos EUA, do Canadá, Conferência de Igrejas do Caribe). Diálogo Religioso Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja (atividades “ad intra”). · apoio à formação dos futuros presbíteros, outros ministros e agentes de pastoral, para o diálogo religioso com a OSIB; · apoio à formação de especialistas em diálogo religioso · colaboração com a Linha 2 em suas atividades relacionadas com a realidade negro-brasileira · apoio à Comissão Nacional de Diálogo Católico-Judaico · diálogo com líderes muçulmanos; · estímulo para um diálogo entre líderes judeus, cristãos e muçulmanos (o “triálogo”); · contato com a Igreja da Unificação (seita Moon) · encontros com líderes de Religiões Negro-brasileiras; · encontros com líderes de Religiões Orientais antigas e novas; · encontros com líderes espiritualistas (espiritismo). Projetos PROJETO PE-5.1: Reflexão sobre a situação do ecumenismo e do diálogo religioso no Brasil Para acompanhar e avaliar a evolução da situação do ecumenismo e do diálogo religioso no País, é importante reunir, anualmente, especialistas, responsáveis pela Linha 5 nos Regionais e representantes de outras Igrejas e Religiões. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro anual de especialistas, responsáveis regionais, representantes de outras Igrejas e Religiões.

1987, dezembro 2 a 3 1988, data a marcar.

Linha 5.

PROJETO PE-5.2: Publicação em português de documentos importantes para a dimensão ecumênica e o diálogo religioso

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32O Projeto visa responder à necessidade de ter à disposição os mais importantes documentos, estudos e relatórios no setor do ecumenismo e do diálogo religioso. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Tradução e publicação de Documentos da Igreja Católica. Tradução e publicação de relatórios de diálogos bilaterais e multilaterais.

1988, novembro. Linha 5. Linha 5, CONIC.

PROJETO PE-5.3: Elaboração de publicações sobre outras igrejas e religiões O projeto pretende atender aos crescentes pedidos de informações sobre outras Igrejas e Religiões. As publicações terão duas edições diferentes: uma para ministros e outros agentes pastorais da Igreja, outra, em estilo mais simples, para o povo (sugestão da avaliação do Destaque Ecumenismo e Seitas, na 25ª Assembléia Geral da CNBB). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Elaboração de publicações informativas e orientadoras sobre outras Igrejas e Religiões.

1988 até novembro. Linha 5 Grupo de Colaboradores.

PROJETO PE-5.4: Elaboração de um curso sobre o judaísmo para seminários O projeto tem a finalidade de pôr em prática as orientações da Igreja Católica sobre o judaísmo, especialmente na formação dos futuros ministros da Igreja. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Cursos experimentais em Seminários. Elaboração de um Manual.

1988 até novembro. Linha 5 Com. Nacional de Diálogo Judeu-católico.

PROJETO PE 5.5: Reflexão sobre a maçonaria e a atitude doutrinário-pastoral da Igreja Católica O diálogo iniciado com maçons nos anos 70, as declarações da Congregação para a Doutrina da Fé, de 1974 e 1983, exigem a continuação da reflexão, tanto sobre a Maçonaria no Brasil, quanto sobre a atitude doutrinário-pastoral da Igreja Católica. A reflexão, iniciada em 1985, será feita com a colaboração de representantes de outras Igrejas Cristãs e participação de maçons. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros de especialistas, representantes de outras Igrejas, maçons membros de Igrejas Cristãs.

1987 dezembro, 4 1988, data a marcar.

Linha 5

PROJETO PE-5.6: Reflexão sobre o fenômeno do crescimento de movimentos religiosos independentes e sobre os desafios pastorais que o mesmo coloca à(s) igreja(s) problemas das seitas - a atração sobre um crescente número de católicos e outros cristãos; - a pregação e atuação violentamente anti-católicas e alienantes de certos grupos enfraquecem a organização e ação do povo pobre e marginalizado; - certos movimentos constituem sério perigo à saúde física e psíquica do povo, ou causam verdadeiros atentados à identidade cultural do mesmo; - as implicações políticas (nacionais e internacionais) de certos grupos; - a necessidade de uma análise da profunda crise da sociedade (brasileira e mundial), sob todos os aspectos, e seu relacionamento com o surgimento de expressões religiosas contemporâneas;

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33- a necessidade de uma análise séria da vida e ação da Igreja, a fim de descobrir fatores internos à mesma que possam favorecer o surgimento de expressões religiosas alternativas; - o fenômeno está suscitando preocupações, estudos e reflexões em todos os níveis (Conferências Episcopais, Secretariados da Sé Apostólica de Roma, CELAM, CONIC, Conselho Mundial de Igrejas, Conselho Latino-Americano de Igrejas(*) SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Participação nos dois Seminários Ecumênicos sobre o fenômeno. Continuação de pesquisas. Elaboração de informativos sobre os vários grupos.

1987, julho, 3 a 4; novembro, 11 a 13. 1988, até novembro. 1987 e 1988

Linha 5, CONIC, execução: ISER, CEDI. Linha 5, Colaboração: CERIS, ISER, CEDI, INP. Linha 5, Grupo de Colaboradores.

PROGRAMA 6: DIMENSÃO PROFÉTICA E TRANSFORMADORA LINHA 6 (PE-6) “É o Espírito quem anima a vida do Povo de Deus para que atue no meio da sociedade como fermento, sal e luz, transformando-a pelo testemunho e ação, para que seja mais justa, solidária e fraterna, anunciando dessa forma os valores do Reino definitivo” (Diretrizes Gerais, Doc. 38, n. 121). A Igreja, como Povo de Deus, em seu conjunto hierarquia, religiosos e leigos, fiéis individualmente ou em grupos, instituições e organizações, está presente na sociedade, influencia e sofre influência, interage, anuncia profeticamente o Reino e denuncia os contraventores à luz da fé, que é dom gratuito de Deus, e segundo a missão recebida de Jesus Cristo. Ela é luz, sal, fermento. E como tal ausculta e assume os anseios, aspirações e apelos de todos, principalmente dos pequeninos e dos pobres, e empenha-se numa ação transformadora da situação de injustiça na sociedade ainda não comprometida com a promoção do Bem comum. A dimensão profética e transformadora se operacionaliza através dos setores: · Comunicação Social · Educação · Pastoral Social. 6.1. SETOR COMUNICAÇÃO SOCIAL Orientações para a ação Como forma de realizar a dimensão profética e transformadora, o Setor de Comunicação Social está no Plano Pastoral para servir a todos os setores da ação da Igreja, quer no seu interior, quer no seu relacionamento com o mundo. Pois “a comunicação é ato criador de cultura, concebida como expressão dos valores essenciais e identificadores do povo, os quais deverão ser base e centro de sua realização em busca também de uma Nova Ordem” (Nova Ordem Mundial de Informação e Comunicação NOMIC, Brasil, 1982). No esforço de contribuir para a realização do Objetivo Geral da Igreja no Brasil, o Setor Comunicação Social procura fazer com que tanto os comunicadores como os usuários tenham consciência da realidade e da sua responsabilidade diante da mesma. Dessa maneira, intenta provocar transformações, visando a libertação integral do homem e da sociedade. Porém, isto só será possível mediante uma Pastoral da Comunicação, que se realiza em três momentos:

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34 - ATRAVÉS dos meios de comunicação, buscando expressar-se com linguagem do veículo, da área e do receptor, sendo voz dos que não têm voz e abrindo espaço aos que não o têm. - NOS meios de comunicação, levando a Igreja a ser uma presença evangelizadora entre os profissionais, procurando conseguir “uma ordem mais humana e mais justa na Comunicação” (NOMIC, 1982). - DIANTE dos meios de comunicação, promovendo a formação do povo para que tenha uma atitude crítica em face do impacto das mensagens ideológicas, culturais e publicitárias. Neste sentido, é de importância continuar apoiando e assessorando grupos especializados que atuam junto a escolas, oferecendo elementos que facilitem o trabalho de formação da consciência crítica dos alunos. Além desses três elementos, uma nova ação será desenvolvida pelo Setor: - busca de integração dos Meios de Comunicação da Igreja; - presença de Igreja junto aos grandes Meios de Comunicação. Puebla nos diz que a “evangelização não pode prescindir, hoje em dia, dos meios de comunicação social” (1064)17. De fato, a evangelização é comunicação (cf. 1063)18. São inúmeros os espaços de que a Igreja dispõe nesses meios. Uma Pastoral adequada capacitará seus agentes a usar esses espaços com a técnica e a linguagem próprias de cada veículo. Por isso, é preciso retomar as propostas pastorais de Puebla: “Urge que a hierarquia e os agentes pastorais em geral conheçam, compreendam e experimentem mais a fundo o fenômeno da Comunicação Social, a fim de que se adaptam às respostas pastorais a esta nova realidade e se integre a Comunicação na Pastoral de Conjunto” (1083)19. Como, também, a afirmativa de que a tarefa de formação no campo da Comunicação é tarefa prioritária, quer para os aspirantes à vida sacerdotal ou religiosa, que devem ter programas específicos em seus estudos, quer para os sacerdotes, religiosos, religiosas e agentes de pastoral que devem ter programas de formação permanente (1085)20. A Comunicação leva a liturgia a ser momento privilegiado da comunhão e participação para uma libertação integral. E importante que a Missa e outras celebrações de rádio e TV sejam momentos fortes, geradores dessa comunhão participativa. A comunicação grupal e popular já é bastante vivida pela Igreja no Brasil. Importa tomar consciência do seu valor e da necessidade de integrá-la no conjunto da Pastoral da Comunicação. Um passo importante a ser dado é, sem dúvida, a constituição e dinamização de Equipes Regionais de Comunicação, marcando presença de Igreja nos meios de comunicação locais. Para que esta presença seja adequada; os agentes de Pastoral precisam conhecer a importância do uso dos meios de comunicação na evangelização hoje e convencer-se da necessidade de se capacitarem para transmitir a mensagem dentro da linguagem própria de cada instrumento. Atividades permanentes 1. Promover a organização e/ou animação dos Setores Regionais, com a finalidade de integrar sempre mais a Comunicação na Pastoral de Conjunto, colaborando na organização das atividades nos vários níveis. 2. Fortalecer e estimular no cumprimento de seus objetivos as Entidades de Comunicação (UCBC, União Cristã Brasileira de Comunicação; UNDA, União de Radiodifusão Católica; OCIC/BR, Organização Católica Internacional de Cinema e outras) e sua função na irradiação do pensamento e da ação da Igreja.

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353. Estimular a conquista e o aproveitamento de espaços nos Meios de Comunicação, para uma comunicação verdadeiramente libertadora, avaliando constantemente as produções religiosas católicas, numa visão crítica dos conteúdos veiculados; 4. Estudar meios para a retomada, divulgação e aplicação dos Documentos sobre comunicação da Igreja no Brasil, na América Latina e universal. 5. Permanecer em contato com associações de pesquisa, centros, agremiações e sindicatos ligados à Comunicação, para um mútuo intercâmbio de informações e experiências, engajando-os na ação libertadora e evangelizadora da Igreja no Brasil. 6. Manter correspondência ativa com os Regionais e as Instituições de comunicação (UCBC, UNDA, OCIC, UCLAP, DECOS e outras afins) no Brasil e no exterior. 7. Preparar subsídios para o Dia Mundial da Comunicação, da Paz, bem como para as Campanhas da Fraternidade, das Vocações, da Bíblia e das Missões. 8. Incentivar, através de contatos freqüentes, os Meios de Comunicação para a divulgação dos momentos fortes da atuação pastoral da Igreja no Brasil, como a Campanha da Fraternidade, Dia Mundial das Comunicações, da Paz, Mês das Vocações, da Bíblia, das Missões e outras, com o envio de subsídios adequados (artigos, filmes, discos). 9. Estimular a divulgação, em linguagem popular, dos documentos da Igreja, em boletins, revistas, jornais, programas de rádio e de televisão. 10. Conferir o prêmio “Margarida de Prata” ao melhor filme brasileiro do ano. Encaminhar o estudo e a viabilidade de outorgar prêmios semelhantes nas demais áreas de comunicação (teatro, rádio, televisão, imprensa, literatura e outros). 11. Continuar promovendo a formação da consciência crítica diante dos Meios de Comunicação Social, em todos os níveis, visando a superação da sociedade consumista. 12. Promover, gradativamente, na comunidade eclesial, a consciência da realidade, importância e implicações da informática e novas tecnologias na Pastoral. 13. Realizar reuniões trimestrais com a Equipe de Reflexão, para um acompanhamento sistemático das atividades e projetos do Setor, e motivar os Regionais para que também constituam suas equipes, em nível regional, na área da Comunicação; 14. Levar adiante as reuniões semestrais das Editoras Católicas e acompanhar a aplicação das resoluções que eventualmente forem nelas tomadas. 15. Dar continuidade aos encontros anuais de diretores de Jornais e Revistas Católicas, a fim de que as publicações sempre mais se insiram nas Diretrizes Gerais da Ação da Igreja no Brasil. 16. Participar de encontros regionais, nacionais e internacionais promovidos por entidades afins e que tenham relacionamento com o Setor de Comunicação. 1 7. Participar em todo o processo de preparação e realização da Campanha da Fraternidade de 1989, colaborando na elaboração das diversas peças de reflexão e divulgação. Projetos PROJETO PE-6.1: Presença junto às escolas de comunicação das instituições de ensino superior católico (IESCs)

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36A carência de comunicadores comprometidos com a transformação da realidade numa visão eclesial e a exigência das próprias escolas de Comunicação, que gostariam de ter um posicionamento pastoral mais claro de seu papel, exigem que se leve as Faculdades Católicas de Comunicação a questionar sua identidade e seu papel na formação de agentes de Pastoral e de lideranças no Campo da Comunicação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Contatos com a ABESC e UCBC para um trabalho em conjunto.

1987, 2º semestre Linha 6: Setor Comunicação Social.

Pesquisa para conhecer a realidade das Escolas de Comunicação.

1988, 1º semestre

Realização de um Encontro com os diretores.

Agosto, 2ª quinzena.

Possível elaboração de diretrizes comuns.

PROJETO PE-6.2: Encontro nacional com os responsáveis regionais dos MCS O papel que a Comunicação tem na informação e difusão da ação pastoral da Igreja hoje e a necessidade, sempre de novo expressa, de os regionais se sentirem entrosados e unidos ao Nacional, aconselham o fortalecimento dos Regionais através de incentivo mútuo e elaboração de pistas comuns de trabalho, respeitadas as características locais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Pesquisa para levantar a realidade. Envio de pistas de reflexão sobre os objetivos e coleta das respostas.

1987, 2º semestre Linha 6: Setor Comunicação Social.

Realização do Encontro. 1988, março 8 a 11. Acompanhamento e avaliação da aplicação das conclusões.

1988.

PROJETO PE-6.3: Curso para professores de comunicação nos seminários e institutos de formação Em muitos Seminários não se observa a norma conciliar, solicitada também em Puebla e na publicação da Congregação para a Educação Católica, em 1986. Orientações para a Formação dos Futuros Sacerdotes acerca dos Instrumentos da Comunicação Social, por falta de pessoas capacitadas. A necessidade de inserir a Comunicação no currículo teológico e a importância da Comunicação na Pastoral de Conjunto urge a preparação de elementos capacitados para aplicar o programa elaborado na etapa anterior (85/86). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento de candidatos. 1988, julho Linha 6: Setor Comunicação Social com

colaboração da Linha 1: Setor Vocação e Ministérios; OSIB -PUC/MG.

Realização do Curso. 1988, 1ª quinzena.

Acompanhamento para a atualização constante de bibliografia.

1987, 1988

PROJETO PE-6.4: Realização do 6º encontro nacional de liturgia de rádio e televisão: aprofundamento do tema “assembléia eletrônica, comunhão e participação” A necessidade de dar continuação aos Encontros anteriores, de estudar o fato das missas de Rádio e Televisão e analisar até que ponto esse “fato” cria novas Assembléias

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37Litúrgicas e interfere na pastoral orgânica, o estudo das possibilidades de outras Assembléias Eletrônicas que não sejam missa, justificam este Encontro. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Estudo, análise e complementação, por peritos, do material do 5º Encontro.

1988, abril. Linha 6: Setor Comunicação Social.

Elaboração de um instrumento. 1º semestre Linha 4. Realização do Encontro. agosto. Acompanhamento e avaliação da aplicação das conclusões.

2º semestre

PROJETO PE-6.5: Curso para produtores de roteiro para videocassete O Vídeo começa a desenvolver-se no Brasil com utilização na ação pastoral. Algumas Instituições de Igreja possuem recursos técnicos para produzir material de boa qualidade. Mas sente-se a falta de pessoas capacitadas pastoral e profissionalmente para produzir os conteúdos em linguagem adequada ao meio. Urge, portanto, capacitar produtores de roteiros que, a par do conteúdo evangelizador, dêem também a forma à mensagem. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento de candidatos. 1987, 2º semestre Linha 6: Setor

Comunicação Social do Sistema Salesiano de Vídeocomunicação.

Realização do Curso 1ª etapa. 1987, novembro, 16 a 20.

Elaboração de Roteiro sobre as Diretrizes por um grupo de cursistas.

1987, dezembro e 1988, janeiro.

2.ª etapa do Curso. 1988, 1º semestre PROJETO PE-6.6: Pesquisa sobre presença da igreja nos meios de comunicação social Para um trabalho mais objetivo e eficaz, requer-se um conhecimento da realidade da comunicação na Igreja. Nesta pesquisa, dois aspectos deverão ser considerados: a Igreja e os seus próprios meios e a Igreja nos Meios que não lhe pertencem. Há necessidade de se fazer esta pesquisa para uma ação mais integrada e objetiva neste campo, dando prosseguimento ao levantamento feito pelo Setor em 1981. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento dos dados e divulgação dos resultados.

1987 1988.

Linha 6, Setor Comunicação Social, CERIS.

6.2. SETOR EDUCAÇÃO Orientações para a ação Toda ação evangelizadora, enquanto converte a consciência pessoal e coletiva das pessoas, sua atividade, seu meio concreto (cf. EN, 18)21 é educativa. A educação eclesial, no entanto, se concretiza, particularmente, seja na educação da fé promovida de maneira sistemática na catequese, seja em outras formas de educação, que visam colaborar nas tarefas da promoção humana e cultural. Todos os cristãos são chamados a empregar seus esforços na tarefa de criar a nova educação (cf. Medellín 4,II,2)22 exigida para a formação do homem novo, em vista da nova sociedade (cf. Puebla 1308)23. Ao Setor Educação cabe animar a Pastoral da Educação, tendo presente posições que decorrem das Diretrizes da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, da natureza da educação e

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38dos apelos da realidade. Isto supõe a criação e/ou dinamização de organismos regionais e diocesanos de Coordenação da Pastoral da Educação. Em estreita relação com os demais setores da CNBB, a Pastoral da Educação tentará criar condições para que, nas diversas situações e instituições de educação, se concretizem todas as dimensões da vida eclesial. Neste sentido, deverão continuar recebendo especial atenção: o acompanhamento da pastoral do educador leigo, o apoio à formação de assessores de pastoral da juventude, o desenvolvimento de uma pastoral vocacional nas instituições escolares, a reflexão sobre a dimensão pedagógico-educativa das CEBs, dos movimentos populares e associativos, a irradiação da pastoral das escolas para a Pastoral da família, a inclusão da dimensão do trabalho no próprio processo educativo-escolar. A pastoral da Educação contribui para que o processo educativo, visando a promoção das pessoas - a pessoa toda e todas as pessoas - seja, ao mesmo tempo, expressão de um compromisso real com a formação de “homens novos”, evangelicamente críticos e criativos, com espírito fraterno e compromisso social, capazes de encontrar alternativas para uma nova sociedade (cf. Puebla 1308)24. A atuação do Setor incentiva e favorece uma educação libertadora-evangelizadora em todas as situações. Tal educação se realiza a partir da análise - iluminada pela fé - do próprio fenômeno educativo, dentro do contexto sócio-político-econômico, em que ele se processa e não a partir de uma visão idealista que pouco compromete. É preciso ter presente o engodo que representa uma preocupação puramente técnico-pedagógica, desvinculada da dimensão sócio-política da educação. A educação libertadora evangelizadora desafia os conteúdos, as metodologias, as relações educativas, o educador e as instituições, exigindo a revisão de práticas educativas que, por vezes, favorecem as desigualdades sociais, a eliminação dos mais pobres, reforçando o individualismo, a competição e o próprio sistema injusto que se denuncia verbalmente. A opção pelos pobres, ao mesmo tempo em que canaliza recursos e esforços para a educação das classes populares, exige uma pedagogia evangélica libertadora para todos os setores da sociedade. E a partir da causa dos pobres e de seu projeto histórico que deve ser constantemente repensado o processo educativo, tanto na educação formal como na educação não formal. A própria maneira de encaminhar e realizar a ação na Pastoral Educativa deve ser um constante “questionamento crítico e construtivo” do sistema educacional vigente (cf. Puebla 440)25. “Ser educador, hoje, exige contínua disponibilidade e abertura às novas situações. Quem se propõe a tarefa de educar deve educar-se, também, continuamente, a si mesmo” (Mensagem do Santo Padre aos participantes do XI Congresso da AEC, 1983). Nesta perspectiva, impõe-se a formação permanente do educador e a valorização dos movimentos e grupos de leigos educadores. As atividades permanentes abaixo previstas constituem estratégias de ação, visando possibilitar estimulo e assessoria a atividades e projetos de nível regional, facilitando ou reforçando a organização e atuação da Coordenação Regional do Setor. Os projetos dizem respeito a situações específicas que requerem atuação especial do Setor Educação da CNBB, neste biênio. Atividades permanentes

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39- Manter ligação com a AEC, ABESC, MEB e outras entidades de Igreja, de cunho nacional, que atuem no campo da educação, visando uma ação conjunta na dinamização da Pastoral da Educação. - Promover a reflexão sobre a dimensão pastoral da educação e sobre a dimensão educativa de toda a pastoral, divulgando o Documento de Estudos da CNBB: “Para uma Pastoral da Educação” e assessorando encontros regionais ou inter-regionais com uma proposta de “reflexão-ação” em torno do tema. - Incentivar e assessorar a criação e/ou o fortalecimento de organismos de coordenação da Pastoral da Educação nos Secretariados Regionais da CNBB e favorecer o intercâmbio entre esses organismos. - Incentivar a articulação de centros, movimentos, instituições e associações de educação católica com a Pastoral Orgânica e com instituições similares de outras Igrejas e da sociedade civil. - Colaborar na dinamização da Pastoral do Leigo Educador, sua formação cristã, seu comprometimento como agente da Pastoral da Educação, presença da Igreja nas instituições de ensino, sua organização em nível regional e nacional e sua articulação com o Conselho Nacional de Leigos. - Desenvolver, com a AEC, um programa de assessoramento à transformação curricular, à revisão das estruturas de poder e econômicas das escolas católicas e à busca de novas estruturas participativas e de novas formas de manutenção das mesmas, em vista da educação na e para a justiça (opção pelos pobres). - Criar condições para que se efetue uma presença evangelizadora, através de educadores leigos e de escolas católicas no trabalho educativo das escolas mantidas pelos poderes públicos, na linha da reflexão, animação e disponibilidade de recursos. - Promover iniciativas em vista da Pastoral da e na Universidade, e colaborar com a ABESC para “desencadear um processo de reflexão e formação de agentes educativos e de revisão da ação das IESCs, em ordem a um Projeto Educativo que encarne a missão evangelizadora à luz das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil” (Conclusão do Seminário Nacional CNBB-AEC). - Acompanhar iniciativas no campo da educação popular, especialmente formas alternativas de educação de crianças e jovens, e promover a articulação dessas iniciativas com a educação formal convencional, em nível de reflexão e de ação. - Avaliar as iniciativas de educação popular da Igreja, em especial do MEB, colaborando no processo avaliatório, sempre que solicitado. - Acompanhar criticamente a elaboração da nova Constituição e das leis complementares, no que diz respeito à educação. - Oferecer aos Regionais, particularmente através da AEC, condições para assessorar e dinamizar as Campanhas da CNBB, em especial a CF e as Promoções Vocacionais e Missionárias nas escolas e nos movimentos de educação. - Promover atividades conjuntas com outros setores e dimensões da CNBB, em especial com a Catequese, a Juventude, os Leigos, a Família, a Comunicação Social e as Estruturas de Igreja. - Entrosar-se com a CRB, sobretudo em aspectos relacionados com a Educação; - Manter contato e colaborar com organismos de educação em nível nacional e internacional, particularmente com a Sagrada Congregação para as Escolas Católicas e com o Departamento de Educação Católica do CELAM. - Participar de encontros que interessam diretamente ao Setor. Projetos PROJETO PE-6.7: Igreja - Constituição - Diretrizes básicas da educação A Educação brasileira passa por um dos momentos mais ricos e, ao mesmo tempo, mais conturbados de sua história. A elaboração da nova Constituição Nacional deverá seguir-se a promulgação de leis complementares. O Setor Educação deverá concentrar sua atenção no acompanhamento desse processo, que afetará toda a atuação da Igreja no campo da educação, seja nas suas escolas próprias, seja nas escolas da rede oficial. As questões básicas afetam todas as escolas vinculadas à Igreja, ainda que as

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40manifestações dos problemas sejam diferenciados para as escolas de 1º a 2º Graus e para as Universidades ou Escolas Superiores Católicas. Por isso, se propõe uma atuação conjunta com programações diferenciadas para o tratamento de problemas específicos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Acompanhamento da Constituinte no tema Educação e contatos permanentes com os Constituintes.

1987, 1988. Linha 6: Setor educação, AEC/ABESC.

Elaboração de proposta específica e encaminhamento de emenda popular; Seminário Nacional.

1987, 1º semestre AEC, Linha 6: Setor Educação.

Encontro de grupo de trabalho de Bispos, Reitores e representantes da AEC e AHESC.

1987, dezembro, 14 a 15.

Linha 6: Setor Educação, AEC/ABESC.

Encontro Nacional de responsáveis por Escolas Católicas (1º e 2º Graus), com Bispos e Provinciais, para estudo da nova Constituição e encaminhamento de novas ações.

1988, após divulgação da nova Constituição

Linha 6: Setor Educação, AEC/ABESC.

PROJETO PE-6.8: Pastoral orgânica e pastoral da educação A caminhada da Pastoral da Educação já é uma realidade em número significativo de Dioceses. Muitas delas já contam com um organismo específico na sua organização pastoral para a pastoral da Educação (diferente e mais abrangente que o grupo de apoio ao ensino religioso nas escolas públicas). Sente-se, porém, que tal caminhada deve ser mais fortalecida. A necessidade de maior cultivo do professorado católico, quer atue em escolas públicas ou em escolas católicas ou outras, é inegável. Por outro lado, é preciso dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos em todo o Brasil através de seminários e vários encontros, e que resultaram na publicação do Livro “Para Uma Pastoral da Educação”, na coleção de Estudos da CNBB, n.41. Há necessidade de criar e fortalecer uma consciência cada vez mais viva, do significado e papel da Pastoral da Educação, na Missão Evangélica da Igreja. O Seminário Nacional, com representantes dos vários Regionais da CNBB e da AEC, propõe-se a dar continuidade a esse trabalho. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário Nacional com representantes dos Regionais da CNBB e das Seções da AEC e Bispos responsáveis pela Educação nos Regionais.

1988,2º semestre

Linha 6: Setor Educação AEC/ABESC.

Elaboração de subsídios de apoio para incentivar o estudo e aplicação do Livro “Por Uma Pastoral da Educação”.

1988. Linha 6: Setor Educação, AEC.

Apoio à criação de Organismos de Pastoral da Educação nas Dioceses que solicitarem em todos os Regionais da CNBB.

1988 Linha 6: Setor educação AEC.

PROJETO PE-6.9: Desencadear um processo de organização dos pais em vista da educação formal de seus filhos Torna-se necessário realizar um trabalho de conscientização e de aglutinação dos pais de alunos que estudam nas escolas católicas. São eles os primeiros interessados na defesa do pluralismo na educação. Da mesma forma, é a eles que cabe defender a igualdade de condições de acesso ao ensino fundamental para todos os brasileiros, assim como a

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41liberdade de a escola confessional poder estabelecer seus objetivos, metodologia, organização, conforme sua própria especificidade. Por outro lado, cabe aos pais, cujos filhos estudam na escola pública, organizar-se para defender a qualidade da educação e a eficiência do trabalho pedagógico destas escolas. Num primeiro momento, o projeto pretende fazer um levantamento dos movimentos e organizações já existentes nos diversos níveis e nas várias regiões do Brasil e estabelecer um primeiro contato com os grupos ou associações já em atuação. Posteriormente, poderá pensar-se na organização de algum tipo de encontro Nacional, regional e/ou nacional. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Levantamento junto às Dioceses, Seções da AEC, Núcleos, Associações, movimentos e escolas. Primeiros passos de contato com os responsáveis, em vista de uma articulação maior nos vários níveis.

1988 LINHA 6 Setor Educação AEC.

PROJETO PE-6.10: Ensino religioso nas escolas católicas de 1º e 2º graus Como conseqüência de promoções já realizadas em Planos anteriores, em conjunto com a AEC, foi criado um grupo de coordenação e articulação de atividades sobre o ensino religioso na escola católica. Neste biênio será promovido o 2º Encontro Nacional de responsáveis estaduais pela dinamização do ensino religioso na escola católica e, com a colaboração das bases, será elaborado subsídio específico. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de responsáveis regionais capazes de dinamizar um trabalho conjunto nas escolas católicas.

1987, julho, 1º semestre

Linha 6: Setor Educação AEC, Linha 3

Elaboração de texto de trabalho como subsídio sobre o tema.

1988 AEC, Linha 6: Setor Educação

Movimento de Educação de Base (MEB) Orientações para a ação Como conclusão de um longo processo de auto-avaliação, em vários níveis e através de numerosos estudos, questionários e encontros, o MEB realizou um Encontro Nacional, em Outubro de 1986. Participaram deste encontro quase todos os Bispos de área MEB, todos os Coordenadores das 31 equipes de base que atuam em 26 Dioceses do Norte, Nordeste e Extremo Oeste e os membros da Equipe Nacional. Nesse Encontro, foram definidas algumas diretrizes básicas que deverão nortear, a partir de agora, toda a ação do MEB. O MEB define-se como instrumento da Igreja a serviço da educação popular nos meios rurais e nas periferias urbanas. Toda sua ação, portanto, deverá ser marcada pelo Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil e deverá inserir-se na pastoral da Igreja local. Preservando sua identidade de movimento de educação popular, com características próprias, o MEB deverá articular-se com outros grupos que atuam na mesma região. Deverá manter sua vocação especifica de ser movimento (que não pode ficar estagnado), de ser educacional (onde a preocupação básica é caminhar junto com o povo, em busca de uma crescente compreensão da realidade e da apropriação dos instrumentos necessários para agir na realidade de maneira madura e com plena consciência de cidadania), e de ser base (agindo nas áreas carentes, onde há falta de outros serviços, junto às populações pobres e com uma vocação prioritária para as zonas rurais).

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42O MEB procura fazer um trabalho de educação popular dentro de uma perspectiva de transformação social que respeita o ritmo do povo como “agente de seu próprio crescimento”. Ao mesmo tempo, as equipes do MEB procuram atuar como serviço de apoio educacional que oferece subsídios a articulação dos movimentos e organizações populares. Através de um trabalho educativo, o MEB quer colaborar para que as camadas populares adquiram um nível maior de conhecimento do mundo que as cerca, procurando uma interação de viver, produzir e se relacionar, na tentativa de construir um projeto social que atenda aos interesses de toda a população e não apenas de alguns grupos privilegiados. O MEB propõe-se também oferecer assessoria, cursos, treinamentos, encontros às comunidades, organizações e movimentos populares, visando a análise, reflexão sobre a realidade e solução das dificuldades por eles encontradas. A metodologia de ação do MEB supõe um primeiro passo de acompanhamento e observação para levantar as características da comunidade ou movimento a ser acompanhado, abrindo espaços para que os membros da própria comunidade ou movimento possam refletir sobre sua realidade e assumir, desde o início, as rédeas do processo. Neste processo, as atividades de educação popular se dão em situações determinadas e serão mais ou menos formais, de acordo com as necessidades detectadas. Assim, por exemplo, um curso de alfabetização nunca poderá ser “implantado” por decisão externa à comunidade e só como necessidade sentida pelos próprios interessados. A educação popular concretiza-se em atividades em torno de situações concretas, por exemplo, de saúde, de conflitos de terra; de necessidades que surgem em torno da organização sindical ou mesmo partidária, de problemas relacionados com a produção ou a distribuição do produto do trabalho. Atividades permanentes As atividades do MEB junto às comunidades, movimentos e organizações populares, são delineadas segundo as necessidades locais, respeitando o ritmo do povo e, ao mesmo tempo, tentando abrir novos e mais amplos horizontes e contribuir para a articulação em níveis cada vez mais amplos (associações, movimentos, organizações populares). As equipes locais do MEB atuam principalmente através de: - cursos como sindicalismo, organização comunitária, técnicas alternativas de produção e comercialização agrícola, educação para a saúde, educação política, formação de lideranças, alfabetização conscientizadora e integrada na caminhada comunitária e do movimento popular - assessoria a movimentos populares, meninos de rua, trabalhadores sem terra, movimentos de mulheres, de saúde - assessoria a organizações populares como sindicatos e grupos de cultura - feiras industriais comunitárias e formas alternativas de produção e distribuição dos benefícios do trabalho. Isto não significa que cada departamento desenvolva todas as atividades elencadas. De acordo com a realidade local e as condições de cada equipe e contando com a assessoria da equipe nacional, cada departamento do MEB deverá especializar-se progressivamente nas atividades mais necessárias na região. A equipe nacional deve acompanhar e assessorar pedagogicamente os departamentos; promover cursos, treinamentos e encontros com os agentes do MEB e com a colaboração de especialistas em questões especificas, quando necessário, oferecer subsídios pedagógicos para os agentes do MEB e para outros agentes de educação popular.

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43 Destacamos, a seguir, alguns projetos mais amplos previstos para o biênio 87/88 e que referem a prioridade maior estabelecida no Encontro Nacional do MEB, em outubro de 1986: “intensificar, por todos os meios, a formação dos agentes do MEB, oferecendo também esse serviço a Outros agentes. de “educação popular”: - Cursos inter-regionais de formação de agentes de educação popular na área de saúde popular (três cursos em 1987 e três em 1988). - Cursos inter-regionais de formação de agentes de educação popular na área de alfabetização conscientizadora (três cursos em 1987 e três em 1988). - Cursos inter-regionais de formação de agentes de educação popular na área de sindicato e conflitos de terra (seis cursos em 1987 e seis em 1988). - Cursos inter-regionais de formação de agentes de educação popular na área de rádio e meios de comunicação popular (dois cursos em 1988). Dois anos depois da realização do primeiro encontro, e depois de introduzidas as mudanças de rumo assumidas no mesmo, torna-se necessário reunir novamente os Bispos de área MEB com todos os coordenadores de equipes locais e a equipe nacional para traçar os próximos passos da entidade. Assim, no 2º semestre de 1988 deverá realizar-se o novo Encontro Nacional do MEB, com a participação do Setor Educação da CNBB e de outros organismos e Entidades. 6.3. SETOR PASTORAL SOCIAL Orientações para a ação O objetivo e as diretrizes gerais da CNBB inspiram o programa específico de atividades do Setor Pastoral Social. Esse programa visa colaborar com todas as demais dimensões de atuação eclesial, para que estejam atentas e sensíveis à transformação social, econômica, política e cultural pela qual passa o povo brasileiro, atentas e atuantes para que essa transformação se realize com a participação solidária de todos, objetivando a libertação integral do homem e a construção de uma sociedade justa e fraterna, segundo o Espírito de Jesus. O Setor Pastoral Social procurará evitar paralelismos entre evangelização, promoção humana e ação organizadora para a transformação de estruturas. O referencial supremo no qual vai buscar essa unidade é Cristo e seu Evangelho, a cuja luz toda a análise da realidade, reflexão e ação serão, efetuadas, verá também nas CEBs um exemplo dessa unidade entre fé e vida, oração e ação. Como procedimento metodológico, tratará inicialmente de obter uma compreensão adequada e critica da realidade de modo a permitir a formação de um julgamento ético sobre a situação e a formulação de linhas de ação. Seguindo esse procedimento, a CNBB tem elaborado, com significativa colaboração do Setor Pastoral Social, documentos e estudos tais como sobre o solo urbano e rural, a situação econômica, política e social, principalmente do Nordeste. Essa forma de procedimento tem a vantagem de deixar o discurso genérico e partir para o discernimento das situações e a orientação para ações concretas, à luz da fé. Outro aspecto positivo desse modo de elaborar e propor suas reflexões é que sua palavra passa a interessar amplos setores da população, pouco identificados com outros aspectos da vida da Igreja. O Setor Pastoral Social procurará dinamizar e ampliar suas atividades através da criação de espaços para o encontro de pessoas e instituições interessadas em participar num processo de análise e reflexão global e continuada sobre o que se poderia chamar de “a sociedade que queremos”. Além de se tratar de algo importante para a vida da Igreja e do País, isso viria responder a uma necessidade sentida por muitos construtores da sociedade nova e pluralista.

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44Um desafio para o qual aqui se deve encontrar uma resposta é de como manter esse processo articulado com os movimentos populares e de como divulgar os resultados desta reflexão. Incentivará ainda a formação de pessoas que revelam dons de liderança. Busca-se uma formação mais continuada, mais exigente, tanto em colocar questões teóricas como na atuação prática. Enfim, uma formação que siga um método progressivo e grupal. Grande parte dos líderes de boa formação cristã no campo social foram formados há 20 e mais anos, através da Ação Católica especializada. A criação de movimentos de formação cristã para o campo social, de acordo com o meio em que se encontram os jovens, parece uma urgente necessidade apostólica da Igreja no Brasil. Muitas pessoas e recursos da Igreja se encontram investidos nas “obras sociais” da Igreja, das quais o Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (CERIS) fez um levantamento nacional. É importante continuar explorando esse material com o intuito de introduzir um processo de renovação dessas obras, principalmente mediante uma maior participação de sua clientela e uma viva motivação dos agentes, a partir de Cristo e do seu Evangelho. Nesse campo, há muito ainda por fazer, tendo em vista a falta de oportunidade de maior participação do povo, a mentalidade paternalista dos agentes e a desarticulação das obras sociais da pastoral em geral. O Setor Pastoral Social atua através de vários organismos que fazem parte da sua estrutura, mas que têm vida e dinamismo próprios. Maior articulação entre esses organismos é importante. O Setor Pastoral Social quer ser um espaço onde isso possa acontecer, bem como quer também abrir-se para articulações com outros organismos, com objetivos afins. Procurar-se-ão formas para colocar em prática esse objetivo, e isso com a criatividade e participação de todos esses organismos que já compõem o Setor Pastoral Social. Espera-se, com esse esforço, chegar a aperfeiçoar os métodos de trabalho de cada organismo, a promover ações verdadeiramente conjuntas e a elaborar um atualizado conceito de pastoral social que sirva de plataforma comum para a ação de todo o setor e da Igreja em geral. Atividades permanentes - Analisar a problemática nacional e questões sociais de atualidade e refletir, à luz da fé, sobre os resultados dessa análise. - Analisar e avaliar a pastoral da Igreja no campo social, para uma renovação dessa ação. - Estudar e divulgar o ensino social da Igreja universal e também das Igrejas particulares, principalmente da América Latina, Estados Unidos e Canadá. - Apoiar iniciativas de Pastoral Social da Igreja, em nível regional e diocesano. - Apoiar grupos e movimentos de Pastoral Social, sobretudo de caráter popular e voltados para a defesa dos interesses das classes mais necessitadas. - Oferecer uma formação social e agentes de pastoral, preferencialmente àqueles que estão a serviço das CEBs. - Apoiar sistematicamente as pastorais de setores mais marginalizados da população: camponeses, peões, bóia-frias, marítimos e pescadores, mulher marginalizada, doentes, idosos, menores abandonados, encarcerados etc. - Prestar assistência jurídica a pessoas enquadradas na lei de Segurança Nacional, vítimas de violência policial, estrangeiros em situação irregular no País, bem como a casos exemplares de conflitos em áreas urbanas e rurais. - Propiciar a possibilidade de uma análise e reflexão conjunta diante dos desafios e interesses comuns que surgem no campo social, em particular nesta fase de transição política. - No atual biênio, a Linha 6 - Setor Pastoral Social, deverá dedicar especial atenção à preparação da visita do Papa, inclusive tentando estabelecer quais os grupos humanos e os locais que poderiam ser visitados pelo Papa.

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45 Projetos 1. Projetos de conjunto do setor PROJETO PE-6.11: A Igreja e o movimento sindical O apoio da Igreja a organização e ação dos Sindicatos autênticos requer critérios e diretrizes comuns de todos os organismos que atuam nesta área. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro para análise, avaliação da realidade sindical, bem como para uma autocrítica de sua ação e busca de pistas de ação e interação dos vários organismos da Linha 6 que atuam nesta área.

1987, outubro, 24 a 25

Linha 6: Pastoral Social

PROJETO PE-6.12: Encontro dos bispos responsáveis pela pastoral social e seus respectivos assessores, nos regionais Durante o período, o Setor da Pastoral da Linha 6 fez um grande esforço no sentido de promover a Pastoral Social em todos os Regionais da CNBB. Não realizou nenhum encontro com as Coordenações dessa Pastoral durante esse período. Isso agora se impõe como uma necessidade. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos Bispos da Pastoral para levantar as dificuldades e dúvidas, bem como buscar linha comum de pensar e de agir.

1988, junho, 14 a 16.

Linha 6: Pastoral Social.

PROJETO PE-6.13: Formação dos agentes da pastoral social A formação dos agentes da Pastoral Social, dentro dos objetivos comuns e dentro dos temas básicos da Doutrina Social da Igreja, e Diretrizes da CNBB e práticas concretas de ação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro dos Organismos da Pastoral Social que atuam na formação de agentes.

1988, 2º semestre

Linha 6: Pastoral Social

2. Atividades dos organismos do setor CARITAS BRASILEIRA Orientações para a ação Nas últimas Assembléias da Caritas Brasileira um dos pontos mais debatidos e refletidos foi a necessidade de mudanças na linha de trabalho da entidade, estabelecendo, para isso, prioridades que deveriam ter como objetivo: sintonizar os serviços da entidade com as reais necessidades do povo pobre e oprimido. A Caritas Brasileira reafirma, pois, sua vocação permanente na animação e articulação da Pastoral Social na comunidade eclesial, para a vivência e o testemunho da Caridade Libertadora, descobrindo as causas estruturais e conjunturais da exploração e opressão. Atividades permanentes

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46A Caritas Brasileira, através do Secretariado Nacional e dos seus Regionais, mantém como atividades permanentes de sua atuação: - Assessoria de formação e capacitação de agentes de Pastoral Social; - divulgação de calendário nacional de cursos e encontros relativos à Pastoral Social; - treinamento e atualização de assessores para a Pastoral Social; - assessoria, apoio e acompanhamento aos projetos alternativos de trabalhos que fortaleçam as organizações comunitárias; - realização de seminários sobre projetos alternativos; - assessoria permanente para o atendimento às situações de emergência, naturais e político-sociais; - contatos e ligação com órgãos públicos e outras entidades afins relacionadas com emergências; - elaboração de informes sobre situações de emergência; preparação e distribuição de subsídios de orientações para as situações de emergência; - articulação com entidades e organismos que militam na promoção e reflexão sobre a Reforma Agrária, educação política e organização sindical; - acompanhamento e apoio aos movimentos de reivindicações, denúncia, resistência e solidariedade aos pobres e oprimidos; - integração e articulação com os Organismos da Linha 6 da CNBB, em todos os níveis; - assessoria e participação em cursos, encontros, seminários e simpósios sobre a Pastoral Social; - preparação de subsídios e estudos relativos à Pastoral Social; - publicação de boletins informativos e de relatórios de atividades; INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO (IBRADES) Orientações para a ação A finalidade do IBRADES é ajudar a Igreja a desenvolver e reforçar a dimensão social de sua ação pastoral, mediante a assessoria e a formação de agentes pastorais e de lideranças leigas na área social. Deste modo, o IBRADES espera contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, participativa e fraterna, na qual as exigências sociais da fé encontrem a sua expressão concreta nas estruturas sócio-econômicas e políticas, na cultura, no modo de ser e proceder da nossa sociedade. Nesse contexto, as necessidades e aspirações das camadas mais pobres e injustiçadas, que são hoje a maioria da população, constituem um ponto essencial de referência para o trabalho do IBRADES. Atividades permanentes Para atingir os seus objetivos, o IBRADES e o Centro João XXIII, ao qual a direção e administração do IBRADES estão confiadas, desenvolvem uma série de atividades, das quais a principal é a análise da realidade à luz da fé e do ensinamento social da Igreja. Esta análise, conjuntural e estrutural ao mesmo tempo, tenta combinar objetivos de curto, médio e longo prazo e chegar até os valores que condicionam tanto as estruturas, quanto o comportamento individual e coletivo. Além do estudo e da pesquisa, a realização de Seminários para peritos sobre temas de atualidade (3 ou 4 por ano), contribuem para enriquecer essa análise. A reflexão e o estudo também alimentam o trabalho de formação que o IBRADES realiza mediante Cursos Breves, de 3 a 5 dias de duração (10 a 12 por ano), um Curso longo de 3 meses (nos anos pares) e outros Cursos e Seminários, de curta duração, destinados a lideranças ou “agentes multiplicadores”, tanto leigos como clérigos e religiosos. O IBRADES divulga os resultados dos seus estudos, pesquisas e Seminários, mediante numerosas publicações: livros e artigos. Em colaboração com o Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus, de Belo Horizonte, publica a Revista “Síntese”. As assessorias também são parte integrante do trabalho do Instituto assessorias tanto a

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47movimentos e organizações populares, quanto às pastorais especializadas da CNBB e a entidades engajadas na área social. O IBRADES também se beneficia das atividades de promoção humana e social que o Centro João XXIII realiza nas favelas do Rio de Janeiro, mediante a animação e o acompanhamento dos movimentos populares, de suas atividades e projetos, e a organização de Encontros Populares (4 ou 5 por ano), reunindo lideranças e representantes das populações faveladas. Projetos Entre os projetos promovidos pelo IBRADES no atual biênio, destacam-se os seguintes: - um curso de reciclagem para ex-alunos do IBRADES e outros agentes de pastoral, com duração de 12 dias (2º semestre - 1987); - um curso longo, com duração de três meses (1º semestre; 1988); - dez cursos por ano, em diversas regiões do país, com duração de 3 a cinco dias; - um curso de dois meses de duração para agentes de pastoral e lideranças leigas, a ser realizado em Santarém, PA (1º semestre de 1987); - um curso de 12 dias de duração para lideranças do Movimento dos Sem-Terra, no Rio de Janeiro, 2º semestre de 1987; - três seminários por ano para peritos, lideranças religiosas e leigas, representantes dos Regionais da CNBB e de pastorais especializadas e cientistas convidados, abordando temas como: PASTORAL URBANA, MOVIMENTOS SOCIAIS RURAIS E CRISTÃOS E A POLÍTICA; - incluídos num grande projeto, intitulado “reflexão”, estudo e debate interdisciplinar sobre os valores em jogo na sociedade brasileira contemporânea, estão incluídas algumas linhas de pesquisa e seminários especializados, tais como: · pesquisa sobre “Família e Valores: alterações e permanência” · seminário sobre “Paradigmas emergentes na crise de valores da sociedade contemporânea” · seminário sobre “Religião e Sociedade nos últimos 20 anos” · grupo interdisciplinar de reflexão sobre valores na esfera social. - O IBRADES oferece, ainda, assessoria e acompanhamento a grupos, movimentos e organismos especializados, tais como: Associações de Moradores, Movimentos Populares, Movimento Operário e Sindical, Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa etc. CENTRO DE ESTATÍSTICA RELIGIOSA E INVESTIGAÇÕES SOCIAIS (CERIS) O CERIS, organismo ligado à Linha 6, Setor Pastoral Social, propõe-se, nos anos de 87 e 88, as seguintes atividades permanentes, que se operacionalizam em dezenas de pequenos projetos, planejados e executados conforme as circunstâncias o exigirem. - Apoiar e assessorar iniciativas e experiências de trabalho social na área e periferia das cidades. Atendimento à necessidade de colocar em comunicação, através do deslocamento de pessoas, grupos de base em diferentes estágios de desenvolvimento para melhor domínio e conhecimento das atividades a que se propõe e oferecimento aos grupos locais de meios de capacitação e formação de seus membros, através de encontros, trocas de experiências e estudos com assessoria técnica. - Estimular atividades locais de promoção social através de um diálogo crítico com grupos de base. A existência de um fundo de apoio a pequenos projetos não significa um simples repasse de dinheiro, mas buscar, através da ajuda financeira, o suscitar de uma vivência de solidariedade e participação de todos no encontro de soluções para problemas comuns.

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48- Analisar projetos de trabalho social encaminhados a organizações de ajuda externa, tendo em vista uma integração com as linhas de atuação da Igreja no Brasil. Necessidade de oferecer, a quem recorre à ajuda externa, uma assessoria tanto técnica, na elaboração de seus projetos, quanto questionadora da solução encontrada e para a qual se pede apoio não local e, portanto, externo. - Realizar pesquisas integradas para grupos locais que buscam conhecer sua realidade. Trata-se de assessoria de quem, com conhecimentos e práticas de pesquisas e levantamento de dados, propõe-se a oferecer um serviço não acadêmico mas participativo na área de conhecimento da realidade, fazendo da coleta de informações e do seu aproveitamento uma atividade de todos. - Avaliar projetos realizados no campo social, em nível diocesano. Obras sociais, grupos locais e movimentos que atuam na área social, muitas vezes precisam de uma avaliação do caminho andado, dos objetivos procurados, alcançados ou não, dos meios e recursos colocados à sua disposição. - Acompanhar projetos em curso no campo social, em nível diocesano. Obras sociais, grupos locais e movimentos que atuam no campo social, muitas vezes necessitam de um acompanhamento e assessoria na busca de seus objetivos. Esta atividade dispõem-se a oferecer uma ajuda com pessoas qualificadas na área técnica e de ciências humanas. - Assessorar organizações católicas de ajuda na determinação e inventariação de critérios prioritários de apoio a projetos sociais, em conformidade com as linhas de ação da Igreja no Brasil. Trata-se de um serviço tantas vezes já procurado pelas organizações de ajuda externa que, distantes dos problemas vividos pelo solicitante, premidos pelo aumento dos pedidos e limitação dos recursos disponíveis, precisam de uma escala de prioridade para as suas decisões. COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT) Orientações para a ação A 6ª Assembléia Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em agosto de 1987, avaliou criticamente e celebrou na fé e na esperança, a gravíssima situação vivida pelo homem do campo. Reconheceu a clara negativa da Reforma Agrária por parte do governo e que os trabalhadores rurais, na sua busca legítima de terra, são atingidos por uma violência sempre impune e crescente em número, crueldade e seletividade. Constatou, por outro lado, o avanço das organizações autônomas dos trabalhadores, bem como seus apelos à própria CPT. E decidiu pelas seguintes linhas de ação: - Em relação ao modo de ser Igreja: Testemunhar e alimentar a fé e a mística cristã junto aos trabalhadores rurais em suas lutas em vista da construção do Reino de Deus. - Em relação à formação: Intensificar a formação de agentes de pastoral e trabalhadores rurais para o avanço de suas organizações. - Em relação à organização dos trabalhadores: Incentivar e fortalecer as organizações e movimentos dos trabalhadores rurais, em vista de sua autonomia e sua articulação com os trabalhadores urbanos e os povos indígenas.

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49- Em relação ao sindicalismo: Apoiar o movimento sindical combativo, visando um sindicalismo democrático e participativo. - Em relação à organização política: Estimular a participação política dos trabalhadores rurais e apoiar criticamente a construção do seu projeto político. - Em relação à situação de violência: Denunciar e condenar a omissão do Estado com relação à violência das forças policiais e paramilitares, apoiando a mobilização das comunidades contra a violência, na legitima defesa da vida dos trabalhadores. Projetos - Dois cursos por ano para a formação de agentes da CPT em nível nacional. A duração do curso será de um mês e se desenvolverá em três etapas (uma por ano). - Confecção de textos de estudo e reflexão em nível pastoral-bíblico, sindical e político. - Atividades conjuntas: a) com a Campanha Nacional da Reforma Agrária: - coleta de assinaturas para os projetos populares de Reforma Agrária; - divulgação da campanha contra a violência. b) com as pastorais afins (Linha 1 e Linha 6): - estudo de situações conjunturais. - Assessoria e acompanhamento dos Regionais para Assembléias e cursos de formação locais. COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ (CJP/BR) 3. Pastorais relacionadas com o setor pastoral social, algumas já organizadas e outras em organização - Pastoral Operária - Pastoral da Saúde - Pastoral do Menor - Pastoral dos Migrantes - Pastoral Carcerária - Pastoral da Mulher Marginalizada Pastoral dos Pescadores e Marítimos (Apostolado do Mar) - Pastoral dos Ciganos - Pastoral da Criança B. SITUAÇÕES PASTORAIS PROGRAMA 7: PASTORAL DA JUVENTUDE (PE-7) Orientações para a ação 1. Formação Integral A evangelização dos jovens terá sucesso à medida que responda globalmente às necessidades e aspirações dos mesmos. Por isso, do ponto de vista pedagógico, é importante que o anúncio evangélico e a catequese não sejam realizados apenas de forma abstrata, mas dentro de um contexto vivencial e por meio de paciente e constante acompanhamento. A formação integral deve responder a três dimensões fundamentais da vida do jovem: dimensão psicoafetiva, dimensão mística e dimensão política.

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50O compromisso com a verdade de Jesus deve conduzir os jovens a uma fidelidade à Igreja e ao homem. Jesus, a Igreja e o Homem são inseparáveis. A fidelidade a um, exige a fidelidade aos outros. Juntamente com a Pastoral Vocacional, a Pastoral da Juventude contribuirá para amadurecer e valorizar as diversas opções de vida dos jovens. 2. Metodologia O eixo da pastoral são os pequenos Grupos de Base, que criam relacionamento de irmão, confrontam a vida com o Evangelho e formam lideranças jovens para um engajamento na comunidade eclesial e na sociedade. O acompanhamento eficaz da pastoral da juventude exige, estrutura organizativa, coordenação dos vários níveis, planejamento, execução e acompanhamento, revisões, liberação e capacitação de lideranças e assessores, formação teórica através de cursos, retiros, escolas da fé, leituras, grupos de estudo e de uma prática libertadora e celebrações. O método principal da Pastoral da Juventude é o Ver-Julgar-Agir-Rever. Este método, quando bem entendido, evita, por um lado, o ativismo e, por outro lado, a mera participação de cursos e encontros sem engajamento concreto. O método deve garantir uma interação entre a formação teórica necessária e a experiência que vem da vida e da ação dos jovens. A Pastoral da Juventude de Meios Específicos é formada de pastorais especializadas que têm como objetivo acompanhar a militância do jovem no próprio meio. Estas pastorais procuram responder aos desafios desta militância em terrenos distintos entre si e da comunidade paroquial. Torna-se cada vez mais evidente a necessidade de uma pastoral de militância para acompanhar os jovens que passam para uma militância na universidade, na escola, no local de trabalho, no bairro popular e zona rural e/ou engajando-se nos respectivos organismos intermediários da sociedade. A evangelização destes e com estes jovens exige um acompanhamento especializado, pois os desafios a uma educação na fé, levantados pelos diversos meios, são muito diferentes dos desafios apresentados aos jovens que tem militância apenas na comunidade eclesial. Há necessidade de um acompanhamento diferenciado para os jovens que ainda estão no processo de iniciação e os jovens no processo de militância para que não se queimem as etapas dos iniciantes e que não se impeça o crescimento dos mais conscientes. 3. Opção pelos Jovens das Classes Populares A opção da Pastoral da juventude pelos jovens das classes populares é motivada, sobretudo, pela própria opção de Deus pelos marginalizados na Bíblia. Neste sentido, a PJ busca uma pedagogia que facilita o surgimento de lideranças populares dentro de uma Pastoral Orgânica da Juventude. Os jovens do meio popular deverão ser agentes da própria história, conscientização e libertação, (cf. Medellín, V,11)26. Do mesmo modo, os jovens de outros segmentos sociais, não negando a própria classe, devem assumir sem reservas e sem retorno, a causa dos irmãos que se debatem na pobreza, trabalhando para a mudança das estruturas injustas” (DG 42). 4. Espiritualidade É importante levar o jovem a perceber que sua recusa a uma espiritualidade cristã freqüentemente resulta da falsa compreensão da mesma. O que ele rejeita, às vezes, é uma espiritualidade incompleta, desencarnada e descomprometida com a realidade. A

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51verdadeira espiritualidade deve ser sobretudo, bíblica porque integra fé e vida, oração e ação. A Pastoral da Juventude deve aprofundar os passos essenciais para uma espiritualidade conseqüente, tendo em conta os seguintes temas: Deus, como absoluto da vida; o Espírito Santo, como fonte para toda ação transformadora, o seguimento de Jesus Cristo, cruz, perdão, a oração em suas dimensões pessoal, comunitária e social; Maria: Modelo dos Cristãos, Serva de Deus, Servidora da Humanidade. 5. Organização Sem articulação entre si nos diferentes níveis de Igreja, os grupos de jovens se fechariam numa visão particularista e limitada. Esta articulação permite a troca de experiências e reflexões que levam à sistematização de experiências e reflexões, assim clareando a pedagogia melhor adaptada para evangelizar a juventude hoje. Esta sistematização e preservação da memória histórica da caminhada suscita e conduz ao amadurecimento teórico e organizativo. Assim se evita a recaída em erros que provocam retrocessos. Os diferentes Movimentos de Igreja que trabalham com os jovens e assumem o Objetivo Geral da Igreja no Brasil, colocando fé e vida numa perspectiva de serviço ao Reino de Deus, fortalecem a Pastoral da Juventude e nela se fazem presentes por sua inserção na Pastoral de Conjunto. Estes Movimentos, para que sejam apoio eficaz a PJ, devem: - avaliar continuamente a metodologia e o conteúdo da própria mensagem a fim de que sejam resposta libertadora e transformadora à realidade latino- americana; - aprofundar a eclesiologia da Igreja Local; - participar da Coordenação Diocesana da Pastoral da Juventude; enfrentar a tensão entre o Ministério da Coordenação Pastoral e a pluralidade de carismas, num espírito de diálogo, busca da verdade e conjugação de esforços; A Pastoral da Juventude só pode ser verdadeiramente pastoral na medida em que estiver articulada com a Pastoral de Conjunto. Atividades permanentes A Pastoral da Juventude propõe-se para o biênio 1987-1988, como atividades permanentes: - Colaborar no fortalecimento de coordenações regionais de jovens, assumidas pelos jovens e com assessoria de adultos. - Realizar visitas aos Regionais, visando o conhecimento e o acompanhamento de novas problemáticas e um bom entendimento da hierarquia com as coordenações da PJ. - Apoiar e ajudar a encaminhar o processo de encontros e seminários nacionais, lançados pelos próprios jovens junto com seus assessores. - Apoiar e fortalecer uma pastoral que leve em conta o jovem situado, respeitando as diferenças entre adolescentes e jovens, jovens do meio rural e do meio urbano, jovens que estão no processo de iniciação e no processo de militância. - Apoiar a opção preferencial da PJ pelos jovens das classes populares. - Colaborar no surgimento de estruturas de acompanhamento de uma Pastoral da Juventude Especializada por Meios Específicos (jovens inseridos nos ambientes de trabalho, bairro popular, universidade, escola e zona rural) valorizando, também, a militância na comunidade eclesial, evitando que o enfoque da militância leve a uma desvalorização das etapas pedagógicas de iniciação, para a grande massa de jovens que ainda não se comprometeu com Jesus Cristo e com o homem sofrido, hoje. - Colaborar para que se realizem cursos, seminários e encontros que auxiliem na formação de assessores de jovens, respondendo às exigências da PJ, bem como apoiar

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52instituições aí existentes, para que tenham condições de trabalho e estejam abertas às exigências da Pastoral de conjunto. - Incentivar a formação de comissões de assessores em níveis regional e Diocesano. - Ajudar na preparação do material do Dia Nacional da Juventude. - Fortificar os encontros inter-regionais, procurando encaminhar por eles, as articulações existentes. - Manter relacionamento com o Setor Juventude do CELAM, bem como com o de outras Conferências Episcopais. Projetos Os seguintes projetos são o resultado de decisões tomadas em encontros em nível nacional com a participação de jovens e assessores, delegados dos Regionais. PROJETO PE-7.1: Reunião da comissão nacional da pastoral da juventude (CNPJ) A CNPJ tem como tarefa principal encaminhar os documentos e decisões dos Encontros Nacionais, manter contato com as coordenações regionais, e aprofundar questões relacionadas com a caminhada da PJ. Tem como tarefa, também, preparar os Encontros Nacionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões da Comissão Nacional da PJ (CNPJ).

1987, maio, 29 a 31, dezembro 18 a 20; 1988, maio/novembro

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.2: Reunião da comissão nacional de assessores (CNAPJ) Esta comissão tem como finalidade: viabilizar maior liberação dos assessores nos seus Regionais e Dioceses; desenvolver uma pedagogia de acompanhamento e comprometimento dos assessores defasados do processo da PJ; incentivar o surgimento e capacitação de assessores leigos; buscar a formação de assessores para o processo de militância; preocupar-se em atingir os novos padres em sua formação, no que se refere à PJ; organizar seminários nacionais para assessores com um momento de aprofundamento de metodologia e espiritualidade, análise social e outros temas relacionados com a PJ; ser uma instância de reflexão sobre a PJ; encaminhar textos e cadernos de estudo para facilitar o aprofundamento destas questões pelas lideranças na base; formar uma Comissão de Assessores para auxiliar o Assessor Nacional. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões da Comissão Nacional de Assessores (CNAPJ).

1987, julho, 5 a 6, novembro 6 a 8; 1987, janeiro 26 a 28, junho/ novembro.

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.3: 7º encontro nacional da pastoral da juventude (ENPJ) O 5º Encontro definiu os objetivos dos encontros nacionais: fortalecer as articulações regionais e as Pastorais da Juventude de Meios Específicos; discutir e avaliar a articulação nacional; abrir espaço de articulação e discussão da PJ no Brasil, a partir das prioridades definidas nestes encontros e ver até que ponto estas correspondem às necessidades dos Regionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional com um Assessor e três jovens de cada Regional e representantes das Pastorais de Juventude de Meios Específicos.

1987 julho, 12-18.

Comissão Nacional da Pastoral de Juventude (CNPJ).

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53PROJETO PE-7.4: Seminário nacional de assessores (Nível de Militância) Este Seminário tem como finalidade capacitar assessores para acompanhar o número crescente de jovens que passam de uma pastoral de iniciação para uma militância eclesial, política e social e precisam de assessoria especializada em certas áreas. O 3º Seminário tem como tema: Afetividade, Sexualidade e Espiritualidade. O 4º Seminário tem como tema: Eclesiologia que inspira o engajamento do Jovem Militante. Além da formação teórica que se passa, estes seminários visam a criação de identidade e maior motivação entre os assessores da PJ. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 3º Seminário Nacional de Assessores. 1987, janeiro

21 a 26. Pastoral da Juventude.

4º Seminário Nacional de Assessores. 1988, janeiro 29 a 4 de fevereiro

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.5: Seminário nacional de assessores - Nível de Iniciação (PJ Geral) Ao perceber que a PI estava correndo o perigo de desenvolver uma pastoral somente de militantes tomou-se a decisão, no 2º Seminário, de organizar um Seminário também para Assessores que acompanham o Processo de Iniciação (PJ Geral). Tema: Metodologia e Organização em vista da Militância, privilegiando as etapas de iniciação. 1º Seminário - Tema: Metodologia e Organização em vista da Militância, privilegiando as Etapas de Iniciação. 2º Seminário - Tema: Aprofundamento das Etapas de Educação na Fé e de Conscientização no Processo de Iniciação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1º Seminário. 1987 1987, julho 2 a 8 Pastoral da Juventude. 2º Seminário. 1988, julho 19 a 25 Pastoral da Juventude. PROJETO PE-7.6: Reunião da comissão nacional da PJE (CNPJE) A Comissão Nacional da Pastoral da Juventude Estudantil, PJE, é um instrumento importante para facilitar o intercâmbio de idéias e experiências e motivar a articulação de grupos de estudo na escola e coordenações regionais. A comissão encaminha as decisões dos encontros nacionais. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões da Comissão Nacional da PJE.

1987, maio 8 a 10, novembro13 a 15; 1988, julho 8 a 9.

Pastoral da Juventude Estudantil (PJE)

PROJETO PE-7.7: Encontro nacional da pastoral da juventude estudantil (ENPJE) Neste encontro será encaminhada a redação definitiva dos cadernos sobre a identidade da PJE. O encontro visa fortalecer a presença da Pastoral dentro das escolas. A escola é o lugar que congrega o maior número de jovens. Calculamos que somente 8% dos jovens estão nas paróquias, enquanto 90% estão nas escolas. E necessário que a Igreja tenha uma presença organizada no meio dos estudantes, através dos próprios jovens. “O jovem deve ser o apóstolo dos outros jovens” diz Paulo VI. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 5º Encontro Nacional da PJE com delegados dos grupos de militantes, escolhidos nos encontros Regionais.

1987, julho, 22 a 27. Comissão Nacional da Pastoral de Juventude Estudantil (CNPJE).

PROJETO PE-7.8: 2º Seminário nacional da PJE

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54 Neste Seminário será aprofundada a aplicação dos cadernos sobre a identidade da PJE, aprovados no 5º ENPJE, realizado em 1987 e a capacitação de jovens coordenadores. Este Seminário se realiza nos anos em que não há Encontro Nacional da PJE e pretende ser um espaço privilegiado de formação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 2º Seminário Nacional da PJE. 1988, julho

10 a 15. Comissão Nacional da Pastoral de Juventude Estudantil (CNPJE).

PROJETO PE-7.9: 1º Seminário nacional de assessores da PJE Este Seminário tem como finalidade capacitar Assessores para acompanhar os grupos de jovens no meio secundarista. Temas Psicologia do Adolescente, Educação na Fé, Conjuntura Educacional, Estrutura da PIE, Troca de Experiências. Além da formação teórica que se passa, estes Seminários visam a criação de uma identidade e maior motivação entre os Assessores da PJE. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 1º Seminário 1988, janeiro 3 a 9 Comissão Nacional de Assessores

da Pastoral de Juventude Estudantil CNAPJE).

PROJETO PE-7.10: Encontro Latino-americano (ELAPJ) Os Encontros Latino-Americanos, organizados pelo CELAM, com a participação de 14 países, são um espaço importante de inserção da juventude brasileira no contexto e caminhada da Igreja no continente. Tema do 5º Encontro: Pastorais de Juventude de Meios Específicos, Concílio de Jovens, Preparação do Livro “Pastoral da Juventude, Construtora da Civilização do Amor”. Tema do 6º Encontro: Avaliação dos Encontros anteriores, Concílio de Jovens (90/91), Aplicação do livro “Pastoral da Juventude, Construtora da Civilização do Amor”. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL 5º Encontro Latino-Americano 1987, novembro, 29 a

5 de dezembro. Setor Juventude CELAM

6º Encontro Latino-Americano 1988, setembro. Setor Juventude CELAM

PROJETO PE-7.11: Dia nacional da juventude O primeiro Domingo de outubro foi escolhido como Dia Nacional da Juventude para acentuar a dimensão missionária da pastoral e ser uma experiência de mobilização da massa jovem em nível diocesano e paroquial. Tema do 3º Dia Nacional: Juventude: Presença e Participação. Os subtemas: Comunidade, Igreja, Constituição. Tema do 4º Dia Nacional: Juventude: Libertação na luta do povo. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Preparação do cartaz e subsídio para reuniões

1987, outubro 4 1988, outubro, 2

Pastoral da Juventude.

PROJETO PE-7.12: Encontro internacional de João Paulo II com a juventude em Buenos Aires A participação neste encontro procura responder a um apelo do Santo Padre para que tivesse presente o maior número possível de jovens da América Latina para celebrar a Jornada Mundial da Juventude, no Domingo de Ramos. Na mesma ocasião a PJ estará

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55representada por quatro delegados no Foro Internacional da Juventude. O encontro visa abrir perspectivas para a organização da juventude cristã em nível mundial. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Internacional de João Paulo II com a Juventude em Buenos Aires.

1987, abril, 9 a 12 Pastoral da Juventude.

PROGRAMA 8: PASTORAL DA UNIVERSIDADE (PE-8) Orientações para a ação A Pastoral da Universidade tem como objetivo evangelizar a Universidade, como centro principal de produção e transmissão do saber sistematizado, e portanto, possuidor de grande influência sobre a sociedade, seus modelos, costumes, ideologias. O anúncio da boa nova na Universidade se faz quer através de instituições universitárias mantidas pela Igreja, quer através da ação pastoral exercida por grupos de universitários nas instituições de ensino superior, quer ainda por atividades pastorais no mundo da cultura sistematizada. A situação “Pastoral da Universidade” não foi ainda totalmente unificada de forma orgânica: as instituições universitárias da Igreja estão ligadas, através da Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas (ABESC); ao Setor de Educação da Dimensão 6; a “Pastoral Universitária” ou PU, ou seja, os estudantes universitários organizados para a ação pastoral na universidade, estão ligados a esta situação; e a Pastoral da Cultura e ainda em pré-projeto, sem lugar definido no organograma da CNBB. Há ainda amplos espaços pastorais vazios, como por exemplo a área de professores universitários, pesquisadores, pensadores, intelectuais e profissionais. A tendência é de unificar todas estas áreas em uma única situação Atividades permanentes e projetos são aqui relacionados de forma unitária, inclusive porque há projetos que dizem respeito a duas ou mais áreas; e não podem ser divididos. Atividades permanentes A situação “Pastoral da Universidade” propõe-se, para o biênio 1987-1988, as seguintes atividades permanentes: 1. Em nível da Pastoral Universitária de Estudantes (PU) - Assessorar a Comissão Nacional da PU pluralista (PU/PLU) o crescimento na espiritualidade, na revisão de vida, na formação teológica, na dedicação pastoral; promover a unidade entre as diversas experiências de PU. - Assessorar indiretamente os movimentos que existem no âmbito da PU, ou seja, o movimento Comunhão e Libertação (CL ou CUB'S), o Movimento de Cristãos Universitários (MCU) e outros que futuramente passassem a participar da PU, aceitando sua plataforma básica comum (Documento de Nova Iguaçu) por meio de seus secretariados nacionais e assessores nacionais. - Assessorar mais diretamente a PU de linha Diocesana (a chamada PU/PU), em nível nacional, regional e mesmo local, dentro do princípio de subsidiariedade, sobretudo onde falta, como acontece freqüentemente. - O assessor local. - Promover a expansão da PU de linha Diocesana, em nível local e regional, sempre de acordo com as coordenações regionais da PU/PU. - Participar dos Encontros nacionais da PU/PLU e das suas três experiências (PU/CL; PU/MCU; PU/PU); bem como, no caso da PU/PU, de seus encontros estaduais e regionais. - Fornecer subsídios de reflexão, leitura, espiritualidade a PU em nível nacional e, no caso da PU/PU, também nos outros níveis. - Promover ou colaborar na promoção de cursos de Sagrada Escritura, Eclesiologia, História da Igreja e outros campos da Teologia e outros, que auxiliem os estudantes

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56universitários da PU a superarem os desafios do ambiente universitário e do Movimento Estudantil e refazerem sempre de novo a síntese com os dados da fé. - Promover encontros entre assessores da PU, bem como o entrosamento, a troca de experiências, a capacitação, o crescimento da vocação específica dos assessores - Realizar visitas aos Regionais da CNBB visando realizar a “regionalização” da PU, ou seja, sua organização em nível regional com o apoio e assessoria dos Regionais da CNBB. - Realizar visitas às Igrejas e a seus Bispos, quando necessário, visando propiciar o diálogo, que a experiência demonstra ser nem sempre fácil, entre eles e os grupos da PU; bem como facilitar a colaboração, o apoio e a assessoria local aos grupos de PU. - Trabalhar em estreito contato com a Pastoral da Juventude e com o Setor Leigos, com os quais a Pastoral Universitária possui uma ampla faixa de objetivos e interesses comuns. - Manter contato com o Departamento de Educação do CELAM, bem como com os setores correspondentes de outras Conferências Episcopais, manter contato também com o Secretariado Latino-americano do Movimento Internacional de Estudantes Católicos (MIECI SLA) visando uma troca de experiências com a Pastoral Universitária e seus movimentos de universitários em outros países da América Latina. - Sentir e suscitar em todos os níveis e instâncias as preocupações e os cuidados pastorais para com a grande massa de quase um milhão e meio de universitários brasileiros, muitos dos quais não receberam ou não aceitam mais a mensagem evangélica, e/ou não a praticam e pouquíssimos dos quais vivem como cristãos ativos no ambiente universitário. 2. Em nível de Instituições de Ensino Superior Católicas (IESCS) e de outras Instituições da Pastoral da Universidade - Manter o contato com a Associação Brasileira das Escolas Superiores Católicas (ABESC), entre outras coisas participando em seus encontros e reuniões. - Promover a reflexão e a revisão sistemática sobre os objetivos e métodos da IESCS, sobretudo do ponto de vista pastoral; inclusive por meio de um grupo permanente misto de Bispos e Reitores das Instituições de Ensino Superior Católicas (IESCS). - Favorecer nas IESCS o aprimoramento da qualidade da pesquisa e do ensino, o desenvolvimento do estudo e da reflexão de temas interessantes para a ação pastoral da Igreja, a formação de grupos de pós-graduação sensu stricto” e “sensu lato” em áreas julgadas importantes do ponto de vista filosófico, teológico, ético, humanístico e em geral importantes do ponto de vista pastoral. - Visitar as Paróquias Universitárias e os Departamentos de Pastoral Universitária e assemelhados das IESCS. - Promover o contato freqüente com os problemas pastorais do mundo universitário, e, de parte da ABESC e das IESCS, com as Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil e com o Plano Pastoral da CNBB. - Realizar, dentro do biênio, um levantamento de dados sobre as demais instituições eclesiais na área, ou seja, os centros de Pastoral Universitária, Pensionatos universitários e outros. 3. Em nível dos “vazios pastorais” na área - Realizar um levantamento de dados sobre grupos de professores universitários, de administradores e funcionários da universidade ligados à Igreja. - Promover a formação de grupos de professores universitários, no estilo da ação transformadora de ambiente e da revisão de vida. - Promover o desenvolvimento e/ou a formação de grupos de profissionais e intelectuais ligados à Igreja, em colaboração com o Setor Leigos. 4. Em nível de Pastoral da Universidade em Geral - Trabalhar para unificar sempre mais, em nível de reflexão e de ação pastoral, todas as instituições, movimentos e experiências atuantes na área da Pastoral da Universidade,

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57para se chegar a uma pastoral abrangente na área, na qual todos os esforços aconteçam em espírito de unidade e caridade e dentro de um plano pastoral orgânico. Projetos PROJETO PE-8.1: Atendimento a grupos locais de pu e participação em encontros nacionais, regionais e estaduais O projeto visa acompanhar principalmente grupos que não têm suficiente assessoria e apoio local e, em geral, dar um atendimento especial dentro do princípio de subsidiariedade; bem como dar o apoio da CNBB a esta área da pastoral que está em fase de crescimento dentro de um ambiente particularmente difícil. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Visita a grupos da PU e participação em encontros e outros eventos em nível nacional, regional e estadual.

1987 1988

Assessoria Nacional PU

PROJETO PE-8.2: Reuniões do grupo de reflexão “pastoral universitária abrangente” Visa à continuação de reuniões anuais de um grupo de reflexão do qual participam representantes de todas as forças engajadas na Pastoral da Universidade (ABESC, PU/PLU e suas experiências, MIIC, peritos, bispos e assessor da área na CNBB), a fim de promover a organicidade da ação pastoral no campo da universidade. O projeto prevê duas reuniões, uma a cada ano. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de representantes dos grupos engajados na Pastoral de Universidade, para reflexão.

1987 junho, 29 a 30 1988, outubro

Assessoria Nacional PU.

PROJETO PE-8.3: 3º Encontro nacional de assessores da PU O congraçamento e a troca de experiências e opiniões entre assessores de todo o país é importante para que a PU seja assessorada de forma unitária, dentro de uma visão eclesial e das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil. O Encontro visa reunir os assessores da PU de linha diocesana (PU/PU). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Assessores da PU/PU, com a presença da Coordenação Nacional.

1987, setembro, 4 a 6.

Assessoria Nacional PU, Coordenação Nacional PU/PU.

PROJETO PE-8.4: Encontro nacional de grupos de pu ligados às instituições de ensino superior católicas (IESCs) Visa reunir assessores responsáveis pelas Paróquias Universitárias ou departamentos de PU das IESCS, bem como militantes de grupos de PU ligados às mesmas para debater a problemática do relacionamento entre a estrutura das IESCS, seus departamentos de PU e seus Grupos de PU, e descobrir pistas de ação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional de Assessores e militantes da PU ligada às IESCS.

1987, setembro, 6 a 10

Coordenação Nacional PU/PU, Assessoria Nacional PU ABESC.

PROJETO PE-8.5: Seminário nacional da PU/PU

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58Visa fornecer um aprofundamento teórico sobre militância cristã no ambiente universitário e sobre revisão de vida aos grupos de PU/PU, que na maioria são de recente fundação. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário, com palestras e trabalhos sobre experiências sistematizadas.

1988, janeiro, 17 a 21

Coordenação Nacional da PU.

PROJETO PE-8.6: 6º Encontro nacional da PU/PLU E um tradicional encontro bienal que, depois da instituição da PU pluralista, passou a reunir representantes das três experiências da PU (Comunhão e Libertação-CL; Movimento de Cristãos Universitários-MCU; PU de Linha Diocesana-PU/PU) com seus assessores, para troca de experiências, exame da conjuntura, formação, deliberações a nível de PU/PLU (eleições da Comissão Nacional, Assessor Nacional, decisões sobre eventos nacionais etc.). SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro Nacional da PU/PLU com delegados das três experiências.

1988, janeiro, 22 a 25 Comissão da PU/PU.

PROJETO PE-8.7: Reunião sobre “Liturgia e PU” A reunião, que se pretende organizar com poucos participantes selecionados, pretende enfrentar um estudo comparativo entre a liturgia oficial e a práxis litúrgica da PU. Visa-se entender os motivos da falta de valorização da simbologia, dos cantos e de textos litúrgicos nos ambientes jovens, planejar uma oportuna Catequese e traçar outras pistas de ação; e por outro lado, refletir sobre a oportunidade da inculturação da Liturgia no ambiente juvenil e universitário. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião restrita para exame da situação, reflexão e planejamento.

1988, 2º semestre Assessoria da PU, Linha 4.

PROJETO PE-8.8: Reuniões da comissão nacional da PU/PLU São três reuniões por ano da Comissão Nacional da PU pluralista, com caráter deliberativo, executivo e formativo. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reuniões da Comissão Nacional da PU/PLU.

1987 1988 a cada 4 meses.

Comissão Nacional da PU/PLU.

PROJETO PE-8.9: Produção de subsídios A Pastoral da Universidade sente a necessidade de uma reflexão mais aprofundada e sistematizada sobre o ambiente universitário, sua problemática, o significado de sua evangelização, os objetivos, métodos, estilo próprio da pastoral neste âmbito. O livro, que se pretende publicar na série “Estudos da CNBB”, deve nascer da colaboração de todas as forças engajadas na Pastoral da Universidade (PU, IESCS, ABESC, MIIC e outras), também através de reuniões do “Grupo de Pastoral Universitária Abrangente”. Programa-se, também, produzir 4 cadernos de atas, reflexões, relato de experiências e 4 boletins nacionais da PU/PLU, com fins formativo, informativo e de preservação da memória. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Estudos da CNBB, Preparação do texto base 1987, 2º Assessoria Nacional da

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59com a colaboração de especialistas, Reuniões e debate do texto nas bases, Reestruturação do texto e publicação.

semestre Pastoral da Universidade.

Cadernos e Boletins, Publicação de 4 cadernos e 4 boletins nacionais da PU/PLU.

1987, 1988 Comissão Nacional da PU/PLU.

PROGRAMA 9: PASTORAL DA FAMÍLIA (PE-9) Orientações para a ação No plano de Deus Criador e Redentor a família descobre não só a sua “Identidade”, o que “é , mas também a sua “Missão”, o que ela pode e deve “fazer”. As tarefas que é chamada por Deus a desenvolver na história, brotam de seu próprio ser e representam o seu desenvolvimento dinâmico e existencial. Toda família descobre e encontra em si mesma o apelo urgente que, ao mesmo tempo, define a sua dignidade e a sua responsabilidade: Família, “Torna-te aquilo que és”. A família deve voltar ao princípio do gesto criativo de Deus e buscar fazer realidade existencial o que é: uma intima comunidade de vida e de amor. A essência e os deveres da família são, em última análise, definidos pelo amor. Por isso é-lhe confiada a missão de guardar, revelar e comunicar o amor, qual reflexo vivo e participação real do Amor de Deus pela humanidade e do Amor de Cristo pela Igreja, sua esposa. Cada dever particular da família é a expressão e a atuação concreta de tal missão fundamental. É necessário, portanto, penetrar mais profundamente na riqueza singular da missão da família e sondar os seus conteúdos numerosos e unitários. Em tal sentido, partindo do amor e em permanente referência a ele, podemos afirmar que os quatro deveres gerais da família são: 1. a formação de uma comunidade de pessoas; 2. o serviço à vida, procriação e educação; 3. a participação no desenvolvimento da sociedade; 4. a participação na vida e na missão da Igreja como comunidade crente e evangelizadora, como comunidade em diálogo com Deus, como comunidade a serviço dos homens. Para atingir tal objetivo e assim “Evangelizar o povo brasileiro em processo de transformação social, econômica, política e cultural, anunciando a plena verdade sobre Jesus Cristo, a Igreja e o Homem, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, pela libertação integral do homem, numa crescente participação e comunhão, visando formar o Povo de Deus e participar da construção de uma sociedade justa e fraterna, sinal do Reino definitivo”, a pastoral familiar deve buscar novas formas de apoio às famílias, para que elas enfrentem e superem os desafios e obstáculos que se opõem à realização plena de sua missão. Num momento histórico em que a família é alvo de numerosas forças que procuram destruí-la ou de qualquer modo deformá-la, a Igreja, sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está profundamente ligado ao bem da família, sente de modo mais vivo e veemente a sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e sobre a família, para lhes assegurar a plena vitalidade e promoção humana e cristã, contribuindo assim para a renovação da sociedade e do próprio Povo de Deus. Promover a família contribui para a “libertação integral do homem numa crescente participação e comunhão”, pois é nela que o homem aprende a viver em comunhão e a participar.

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60A ação pastoral de promoção da família deve estender-se desde a preocupação com a preparação remota, próxima e imediata para o matrimônio até o acompanhamento da vida familiar em todas suas dimensões. O trabalho pastoral com as famílias deve, portanto, desenvolver-se, quer no campo dos problemas ético-religiosos que as atingem, como também na área das questões sociais e econômicas onde têm origem muitos dos fatores que contribuem para sua desagregação e alienação. A Pastoral da Família deve, permanentemente, dedicar-se com dinamismo na defesa da instituição familiar e de seus valores fundamentais tão subvalorizados e ameaçados. Mas, além disso, ela deve ajudar as famílias, os agentes de família, os governantes e os responsáveis pela opinião pública a encontrar novas vivências desses valores na realidade de nosso tempo. A Pastoral da Família tem como seu princípio operativo e como protagonista responsável a mesma Igreja, através de suas estruturas e de seus responsáveis. É bom lembrar, porém, a importância da formação permanente destes responsáveis. Na diocese, o Bispo é o primeiro responsável. Como Pai e Pastor, ele deve estar atento de um modo particular, a este setor da pastoral, sem dúvida prioritário. Deve consagrar-lhe uma grande dedicação, solicitude, tempo, pessoal e recursos, sobretudo, apoio às famílias e a todos que, nas diversas estruturas diocesanas, o ajudam na Pastoral da Família. Cada Igreja local e, em termos mais particularizados, cada comunidade paroquial, deve ter consciência mais viva da graça e responsabilidade que recebe do Senhor em ordem a promover a Pastoral da Família. Nenhum plano de pastoral orgânica, em qualquer nível que seja, pode prescindir da Pastoral da Família. Para ajudar a uma visão global da pastoral familiar e para a formação dos agentes recomenda-se a redação de algumas Diretrizes de pastoral familiar, em nível nacional. Levando em consideração que os movimentos familiares se desenvolveram quase exclusivamente na classe média, é urgente que se busque uma Pastoral da Família que, nascida nos ambientes populares, possa promover a vida familiar dos mais pobres e ajudá-los na realização de sua missão. O crescente número de famílias incompletas, deve levar a procurar meios adequados de responder a esse desafio. Infelizmente, há muitíssimas pessoas que não podem referir-se, de modo algum, ao que poderia definir-se em sentido próprio, uma família. Há várias e grandes regiões do Brasil, em que a promiscuidade, a carência de habitações, a irregularidade e instabilidade das relações não permitem, praticamente, poder falar de verdadeira família. Deve ser prioridade pastoral a promoção dos sem-família, solicitando a colaboração dos governantes, movimentos e institutos familiares e as famílias em geral. Atividades permanentes 1. Articulação - Com os grupos ou movimentos familiares: Continuar o diálogo e a reflexão entre os movimentos familiares e participar de seus Encontros, Assembléias Regionais ou Nacionais. Apoiar e ajudar a encaminhar o processo de pastoral familiar nos ambientes populares e favorecer o entrosamento da família nas CEBs, PO. - Com os Regionais: Suscitar a organização sistemática da Pastoral Familiar em nível regional, diocesano e paroquial e favorecer o entrosamento da pastoral familiar e dos movimentos familiares com a pastoral orgânica. - Com os demais organismos da CNBB: Entrosar-se com os outros setores da CNBB cujas atividades tocam uma ou outra dimensão da ação, pastoral em relação à Família:

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61Catequese, Liturgia, Comunicação Social, Ministérios, Leigos, Juventude, Ecumenismo, Pastoral Social, Educação (em particular, a popular). - Com os organismos do governo: Continuar os contatos com os Ministérios da Saúde, da Cultura, da Educação e da Previdência Social. - Com Centros de Planejamento Familiar: Acompanhar os Centros de Planejamento Familiar e promover novos Centros. Fortalecer a Pastoral da Vida. 2. Formação dos Agentes de Pastoral Familiar: Suscitar, promover e acompanhar a formação dos agentes de Pastoral Familiar principalmente pelo estudo e a assimilação dos documentos doutrinais e pastorais da família. 3. Pastoral dos casos difíceis: O matrimônio experimental, as uniões livres de fato, os católicos unidos em matrimônio civil, os separados e divorciados sem segunda união, os divorciados que contraem nova união, os sem famílias. 4. Pastoral dos Anciãos: Apoiar e acompanhar a Pastoral dos anciãos. 5. Estudos Sociológicos da Família: Continuar o estudo da família no Brasil. 6. Criar e manter ativa: - uma equipe de reflexão - uma Comissão Nacional de Assessores - uma Coordenação Nacional de Pastoral Familiar. 7. Semana da Família: Suscitar em nível regional e diocesano a Semana da Família. 8. Publicações: Propiciar publicações científicas ou populares no campo de preparação ao matrimônio; espiritualidade conjugal e familiar, educação sexual dos adultos, adolescentes, crianças e de todos da família. 9. Acompanhar: os resultados das novas orientações que receberão os leigos depois do Sínodo 1987 e ajudar na aplicação do que se refere à família, particularmente à mulher. Projetos PROJETO PE-9.1: Estudo multidisciplinar da problemática da família Os problemas da família são complexos. Um estudo interdisciplinar vai contribuir para analisar a realidade, determinar as prioridades pastorais e estabelecer as grandes linhas da organização sistemática da pastoral familiar. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de uma equipe de peritos de várias disciplinas.

1988, 1º semestre Pastoral da Família, Peritos IBRADES

Preparação de subsídios PROJETO PE-9.2: Revisão dos cursos de preparação próxima ao casamento já existentes Depois de longa prática de preparação próxima ao casamento, num mundo em mudança rápida e profunda, torna-se indispensável incentivar a revisão desse instrumento de ação pastoral, oferecendo estímulos e condições que permitam uma avaliação permanente. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de peritos na preparação ao casamento

1987, dezembro, 11 a 13

Pastoral da Família

Preparação de Subsídios Peritos

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62PROJETO PE-9.3: Simpósio de peritos sobre problemas bio-éticos Os progressos científicos da biologia e da genética precisam de um acompanhamento ético e pastoral urgente dentro do contexto cultural novo. Os agentes de pastoral familiar e outros esperam orientações que não foram formuladas no passado. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Simpósio de vários cientistas competentes em Bio-Medicina, Direito e Ética.

1987, 2º semestre

Pastoral da Família

Preparação de Subsídios Peritos IBRADES PROJETO PE-9.4: Valores da família da classe popular A pastoral da família foi sempre pensada a partir dos valores da classe-média. Percebe-se cada dia melhor, especialmente à luz da opção pelos pobres, a importância de levar em consideração, na pastoral, os valores familiares da classe popular. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário com a participação de casais da CPO, CEBs, Cortiços e Favelas

1988, 1º semestre Pastoral da Família CEBs, CPO, CARITAS.

Preparação de Subsídios Março, 18 a 20 PROJETO PE-9.5: Pastoral dos casos difíceis Muitas pessoas vivem o matrimônio experimental, em união livre de fato, ou são unidas só em matrimônio civil, ou são separadas e divorciadas sem segunda união, ou divorciadas e contraem nova união etc. É preciso elaborar linhas de pastoral para estes casos que são numerosíssimos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de estudo da pastoral dos casos difíceis

1988, 2º semestre Pastoral da Família

Preparação de Subsídios Agosto, 5 a 7 Peritos Regionais PROJETO PE-9.6: Preparação remota e próxima ao casamento na classe popular Como conseqüência do Projeto “Valores da Família da Classe Popular”, percebe-se a necessidade de buscar conteúdo e dinâmica própria para a preparação remota e próxima ao casamento, na classe popular. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro com casais da classe popular 1988, 2º semestre Pastoral da Família Preparação de Subsídios setembro, 2 a 4 Peritos Regionais PROJETO PE-9.7: Inserção na pastoral da América Latina As experiências dos demais países podem ajudar a compreender melhor problemas que temos em comum, e juntos buscar soluções. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Participação nas atividades da Pastoral Familiar do CELAM (CEPAF) ou de outros países.

Segundo os convites.

Pastoral da Família

PROJETO PE-9.8: Formação de uma equipe de reflexão A família nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições tem sido colocada em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. A Igreja, sabedora de que o bem da sociedade e de si mesma está

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63profundamente ligado ao bem da família, sente de modo mais vivo, a sua missão de proclamar a todos o desígnio de Deus sobre o matrimônio e sobre a Família. A ação pastoral deve ser preparada, orientada e realizada a partir de uma reflexão permanente. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontros da Equipe de Reflexão. 1987, 2º semestre

1988, fevereiro 6 a 7 , setembro, 17 e 18.

Pastoral Familiar, Linha 1, Linha 4.

PROJETO PE-9.9: Encontro nacional dos movimentos e institutos familiares Existem no Brasil vários movimentos e institutos familiares que buscam objetivos semelhantes com metodologias diversas e complementares. Para uma ação mais coerente e eficaz, um encontro nacional visando melhor conhecimento mútuo e uma coordenação nacional e regional, é recomendável. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião dos movimentos e institutos familiares

1988, 2º semestre Pastoral da Família

Preparação de subsídios. PROJETO PE-9.10: Reunião da coordenação nacional de pastoral familiar A inculturação da fé cristã se deve realizar sempre mais amplamente no âmbito do matrimônio e da família. Tendo em conta a variedade das regiões e situações do país é preciso conhecer as várias categorias de famílias e proceder a uma ação pastoral diversificada e coerente. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Reunião de responsáveis regionais da pastoral familiar e de movimentos familiares

1988, junho, 3 a 5; novembro, 11 a 13.

Pastoral da Família

Preparação de subsídios Regionais PROGRAMA 10: PASTORAL URBANA (PE-10) Orientações para a ação Merece uma atenção especial a Pastoral nas grandes cidades diante dos desafios como: a divisão do trabalho com seus sujeitos; o proletariado urbano desempregado (reserva de mão-de-obra); a classe média; as organizações e os movimentos populares; os MCS, a serviço da cultura dominante que criam e introjetam nova cultura, e descaracterizam as culturas locais e regionais; os problemas do uso do solo urbano (invasões) e de cidadania; de moradia (cortiços, favelas, palafitas); os movimentos migratórios; o estilo da vida urbana; a religiosidade e sua prática. Sendo a “missão da Igreja evangelizar pessoas que constróem estruturas sociais, econômicas e políticas; que criam cultura, que trabalham, que têm aspirações, que são sujeitos de direitos e deveres, e agentes de sua própria história” (Diretrizes Gerais, doc. CNBB, n.38), requer-se a busca de uma forma própria de ser Igreja nos grandes centros Urbanos. Atividades permanentes - Pesquisar, estudar e difundir as experiências em busca de uma Pastoral Urbana mais adaptada, bem como material sobre o urbano: cultura, modo de produção, instrumentos de trabalho, classes sociais e seus movimentos, manifestação religiosa; - Apoiar, acompanhar e difundir os encontros, seminários sobre a Pastoral da Igreja do Urbano.

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64 Projetos PROJETO PE-10.1: Seminário sobre a Igreja nas grandes cidades Uma ação pastoral não será eficiente e real se não levar em conta o que o povo pensa sobre o que a Igreja fala e faz. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário sobre a Igreja nas grandes cidades, avaliando a prática pastoral no contexto urbano e revitalizando o processo pastoral de conjunto, a partir da pesquisa realizada na cidade de Fortaleza, em 1985 (600 domicílios), pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE).

1987, agosto, 6 a 8, Fortaleza.

Regional NE 1, Linha 1, Teólogos, demógrafos, sociólogos, coordenações diocesanas de Pastoral Urbana.

PROJETO PE-10.2: Seminário sobre igreja e cidade Nas grandes cidades a tendência pastoral é aplicar os recursos nas paróquias e, a partir delas, articular as pastorais. Elas não respondem mais a todos os desafios urbanos. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário sobre Igreja e Cidade história da caminhada nos últimos anos no campo pastoral nos grandes centros urbanos; Religião e Cidade e Ser Igreja nas grandes cidades.

1987, setembro, 15 a 18, Rio de Janeiro.

IBRADES, Linha 1, Agentes de Pastoral Urbana dos Regionais: NE 1; NE 2; NE 3; NE 4, L 1, L 2, S 1, S 2, S 3, S 4 e especialistas indicados pelo Centro João XXIII de Investigação e Ação Social (CIAS).

PROJETO PE-10.3: Seminário sobre forma própria de ser Igreja no urbano A prática pastoral de cidade tem sido mais de cunho rural, e paroquial não respondendo aos desafios e à humanização da cidade. SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Seminário para desencadear um processo de reflexão e ação pastoral que busque uma forma própria de ser Igreja, na complexidade de diversidade do mundo urbano.

1988, setembro, 1ª quinzena.

Linha 1, IBRADES, Regionais da CNBB, sociólogos, demógrafos, urbanistas, teólogos e agentes de pastoral.

PROGRAMA 11: PASTORAL DOS GRUPOS ÉTNICOS-CULTURAIS (PE-11) Orientações para a ação No Brasil, não existe um só povo e uma só cultura: aqui convivem e, freqüentemente se mesclam diversos povos e diversas culturas. Os fatores históricos e sociais que estão na origem dessas diferenças determinam diversas visões e vivências da fé. Para que a Igreja chegue a ser um povo unido e harmônico, sem, porém, destruir a legítima identidade das diversas minorias étnicas, é preciso refletir sobre a problemática, a partir de um diálogo sincero e respeitoso entre Evangelho e culturas. De modo particular, deve-se prestar atenção aos desafios da evangelização dos afro-brasileiros, dos índios, das minorias étnicas de origem asiática presentes no país.

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65Nos últimos tempos, verifica-se um incremento notável, qualitativo da consciência de uma identidade afro-brasileira que encontra suas principais manifestações em iniciativas não somente recreativas e folclóricas, mas especialmente de caráter associativo no campo cultural, social e religioso. A Igreja não pode deixar de estar presente neste processo de tomada de consciência. Atividades permanentes - Refletir sobre as situações étnico-culturais do Pais e acompanhar os movimentos e programações, em vista de uma presença e solidariedade por parte da Igreja nas problemáticas: indígena, através do CIMI, afro-brasileira, e de outras minorias étnicas. - Acompanhar e assessorar os missionários que atuam junto às comunidades indígenas na reflexão e aprofundamento teológico. Para isto, está sendo encaminhada a formação de uma comissão específica integrada por teólogos e antropólogos. - Apoiar e facilitar a organização autônoma dos índios, Proporcionando-lhes os instrumentos necessários para tal. - Desenvolver a relação de colaboração e entreajuda com as Igrejas Evangélicas e organismos indigenistas que buscam a autodeterminação dos povos indígenas. Esta entreajuda inclui permuta de assessorias e outros serviços. Aprofundar e ampliar a colaboração e entreajuda com as Igrejas, em nível latino-americano. - Entre os projetos do presente biênio, o CIMI estará dando especial atenção à formação e acompanhamento dos missionários. Devido à complexidade das culturas existentes e das situações enfrentadas, é necessário promover encontros periódicos não só para o aprofundamento bíblico-teológico, como também um intercâmbio de experiências vividas e estudos técnicos sobre temas específicos. Assim, o CIMI promoverá, neste biênio: · dois Cursos de Antropologia e Lingüística para agentes de pastoral indigenista (leigos e religiosos); · dois Cursos de atualização: Bíblica, Pastoral Indigenista, Conjuntura Nacional, Política Indigenista e Antropologia; · um Encontro sobre Prática Missionária hoje, para missionários engajados por largo tempo na Pastoral indigenista; · um Encontro sobre: Nossa Vida Missionária para missionários engajados na Pastoral indigenista; · um Curso sobre história dos povos indígenas e a atuação da Igreja no continente; os grandes problemas atuais do mundo e da Pastoral indígena; articulação eclesial e apoio à causa indígena. Projeto PROJETO PE-11.1: Reflexão sobre a Igreja e a realidade negro-brasileira O projeto é da responsabilidade das Linhas 5 e 2, Considerando: - os 500 anos de evangelização da América Latina; - o 1º Centenário da abolição da escravatura; - a Campanha da Fraternidade de 1988 sobre o tema “Negro”; - a continuação da marginalização do negro, depois dos 100 anos da “Lei Áurea”; - o racismo latente; presença do negro no Brasil (presença numérica e cultural) negada na prática; - a urgência de a Igreja assumir esta realidade; vivemos um momento “crítico”; se a Igreja demorar, pode ser tarde demais (basta ver certos movimentos de negro-brasileiros) - Puebla acenou a questão do negro, mas não foi adiante significa opção especial pelos negro-brasileiros (pobres dos pobres); - várias pastorais especiais da Igreja no Brasil atingem particularmente a população negra, como por exemplo, pastoral de favelas, pastoral de menores abandonados, da mulher marginalizada, pastoral carcerária, movimentos populares e outros;

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66- o Vaticano II exige maior inculturação da fé nos valores dos negro-brasileiros; - a realidade negro-brasileira está fazendo exigências a todas as dimensões da vida e ação da Igreja no Brasil: Dimensão Comunitária: · atuação crescente de negros em CEBs; · número crescente de negros em seminários e institutos de vida consagrada; · formação dos agentes de pastoral para atender à realidade negro-brasileira etc.; Dimensão Missionária, Catequética e Litúrgica: a inculturação da fé na realidade negro-brasileira; Dimensão Ecumênica e de Diálogo Religioso: o diálogo com as Religiões negro-brasileiras Dimensão Profética e Transformadora: a verdadeira libertação do negro-brasileiro SISTEMÁTICA PRAZO RESPONSÁVEL Encontro do Grupo de Trabalho 1987, outubro, 26 Linha 5 e Linha 2 Semana de Estudos interdisciplinares sobre Igreja e realidade negro-brasileira (antropólogos, sociólogos, psicólogos, teólogos, pastoralistas)

1988, maio, 16 a 20 Linha 5, Linha 2, INP, Assessores das demais Linhas Grupo de Trabalho

Organização de Equipes Regionais 1987, 1988 Linha 5 e Linha 2 Início da elaboração de um Guia para o diálogo da Igreja e a realidade negro-brasileira

1988 Grupo de Trabalho, Linha 5 e Linha 2

Elaboração de Subsídios para cursos de formação de agentes de pastoral

1988, novembro Grupo de Trabalho, INP, Linha 5 e Linha 3, OSIB, INP

PROGRAMA 12: PASTORAL DOS SANTUÁRIOS E ROMARIAS (PE-12) Orientações para a ação A peregrinação é um sinal muito ao gosto do nosso povo. Basta ver o grande número de santuários, em todo o Brasil, e considerar as multidões dos peregrinos. O Santuário de Aparecida se destaca entre todos. Algumas vezes, são motivos interesseiros que levam os romeiros à peregrinação: para pedir graças e pagar promessas. Freqüentam templos, santuários, túmulos, monumentos e lugares de manifestações extraordinárias do divino. Parte dos peregrinos são cristãos que não participam assiduamente da vida de nossas comunidades. O Santuário é, para muitos, o único lugar onde ouvem a Palavra de Deus e recebem os sacramentos. Daí a necessidade de uma atenção especial à Pastoral dos Santuários, a fim de que sejam lugares de verdadeira evangelização e que se integram na Pastoral de Conjunto. Faz parte da natureza do homem o “ser peregrino”. O homem está sempre à procura do infinito que é Deus. Insatisfeito consigo mesmo, esmagado, muitas vezes, pela rotina do cotidiano, ele suspira por alguém que o possa libertar. Todo homem se sente como um ser a caminho. Sua vida é uma caminhada à Pátria definitiva, à Casa do Pai. O sentido cristão da palavra peregrinar ou fazer romaria é, antes de tudo, caminhar pela estrada, ser alguém que passa, como Cristo passou pelas estradas da Palestina. E só abrirmos a Bíblia e logo percebemos figuras de grandes peregrinos, por exemplo: Abraão, Moisés, Elias, Davi, e entre eles, Jesus, que foi o maior. Desde o início do cristianismo, a terra do nascimento, da vida, da morte e da ressurreição de Jesus, bem como o túmulo de São Pedro, em Roma, tornaram-se lugares de peregrinação. Em 1936, a Santa Sé deu orientações pastorais para as peregrinações aos santuários, recomendando que as romarias sejam consideradas e realizadas como atos de piedade

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67cristã, isto é, revestindo-se de um caráter verdadeiramente religioso, visando à conversão e ao aprimoramento da vida cristã. Paulo VI e João Paulo II, em várias oportunidades, mostraram o valor das peregrinações, sobretudo como ocasião de intensificação de oração, reencontro com a misericórdia divina, “um lugar privilegiado para a evangelização de nossa cultura”. A evangélica opção preferencial pelos pobres, assinalada por Puebla e assumida no Objetivo Geral da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, se torna imperiosa nos Santuários, porque a eles acorrem pobres, marginalizados, enfermos, abandonados e aflitos, que formam a maioria da população do nosso continente. Atividades permanentes - Incentivar uma melhor preparação das romarias e a continuidade das mesmas, num esforço para que haja maior interação da fé com a história do nosso povo. - Motivar, para que a Liturgia seja sempre momento forte da vida nos santuários, sobretudo, o anúncio da Palavra de Deus e as Celebrações dos sacramentos da Eucaristia, como centro e ápice da vida cristã - e da Reconciliação, como ocasião forte de conversão. - Apoiar o trabalho da Pastoral dos Santuários, valorizando o Conselho de Reitores de Santuários do Brasil e sua ação. - Participar nos Encontros Nacionais e do Cone Sul sobre Pastoral dos Santuários e nas reuniões do Conselho de Reitores de Santuários do Brasil (CRSB). - Incentivar os responsáveis pelos santuários para que os ajustem às orientações do novo Código de Direito Canônico. - Colaborar para que as Diretrizes Gerais para os Santuários elaboradas pelo CRSB, cheguem a todas as dioceses e sejam postas em prática. PROGRAMA 13: PASTORAL DO MENOR (PE-13) Orientações para a ação A Campanha da Fraternidade de 1987 assumiu a questão das crianças empobrecidas e abandonadas no Brasil, que segundo indicação de algumas pesquisas, são cerca de 36 milhões. Esta Campanha trouxe, à luz da consciência cristã e particularmente para a Igreja no Brasil, um grande desafio: a necessidade de uma ação pastoral especifica em favor desse contingente de crianças marginalizadas. É alarmante a realidade em que vivem centenas de milhares de menores, devido à falta de condições mínimas de uma vida digna. Precisando trabalhar desde muito cedo, saem de suas casas e vão sobreviver nas ruas e praças centrais de nossos municípios. São, muitas vezes, recrutados em plena adolescência, na prostituição e nos tóxicos. Acabam assim vítimas da violência, perdendo a vida muito antes de descobri-la. Estas crianças e adolescentes devem ser prioridade de uma ação pastoral da Igreja. Há vários anos foi iniciado em algumas dioceses o movimento de Pastoral do Menor, que vem crescendo continuamente. Após o lançamento da CF 87 com o tema “A Fraternidade e o Menor”, percebeu-se que os trabalhos com crianças e adolescentes empobrecidos se multiplicaram. Vários grupos de agentes de pastoral despertaram para uma ação junto a essas milhares de crianças marginalizadas. Com isso, os envolvimentos sociais foram se tornando complexos, os grupos de trabalho começaram a descobrir a existência uns dos outros e a troca e apoio mútuos tornaram-se ainda mais necessários.

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68Considerando tratar-se de uma ação pastoral específica de grande proporção e repercussão social, torna-se fundamental o acompanhamento e assessoria para a formação de agentes pastorais para esta realidade social. Considerando ser fundamental a presença de Igreja nesta área social por se tratar de crianças e adolescentes marginalizados que merecem, portanto, uma atenção especial, enquanto prediletos de Deus. Sente-se a necessidade de uma união de esforços e articulação nos Regionais das diversas Pastorais do Menor já existentes em nível de Dioceses e a constituição das Comissões Regionais para articulação já solicitada em nível nacional de CNBB. A Pastoral do Menor assume, como objetivo geral de seu trabalho: - Obter maior integração e unidade de metas, orientações, metodologia e articulação entre as diversas atividades da Pastoral do Menor nos Regionais com base nos estudos e fundamentos pastorais da CF 87. - Criar, uma Comissão da Pastoral do Menor, em nível nacional, para as articulações necessárias, troca de experiências e presença da Igreja nesta realidade social. Atividades permanentes - Intercâmbio de experiências e reflexões. - Possibilitar estudos e formação de agentes da Pastoral do Menor em nível mais amplo. - Facilitar a união de esforços para melhores conquistas no campo dos Direitos do Menor mais empobrecidos. - Proporcionar cursos e estágios específicos para jovens e adultos interessados na questão: · da criança de zona rural · da criança empobrecida dos grandes centros · das crianças de 0 a 6 anos · das crianças e adolescentes das comunidades marginalizadas · dos meninos e meninas na rua · dos meninos e meninas de rua · dos adolescentes e jovens de conduta chamada anti-social; - Articulação com as demais comissões e atividades pastorais dos Regionais. Projetos No atual biênio, a Pastoral do Menor se propõe a: - promover a Criação nos Regionais de uma comissão representativa das dioceses para animação dos diversos trabalhos da Pastoral do Menor - constituir uma Comissão para a articulação da Pastoral do Menor em nível nacional; - planejar encontros, seminários, momentos de oração conjunta e avaliação da caminhada por meio de reuniões organizadas dentro de um calendário próprio. - realizar a VII Semana Ecumênica do Menor, promovida por equipes ecumênicas e equipes da Pastoral do Menor, com a colaboração do IBRADES e do IBASE; - acompanhar a elaboração da nova Constituição no que se refere aos direitos do Menor. PROGRAMA 14: PASTORAL DA CRIANÇA (PE .14) Orientações para a ação A mortalidade infantil nas áreas rurais carentes e nas periferias urbanas chega a ser três a seis vezes maior que a taxa de mortalidade infantil da mesma região.

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69As crianças que sobrevivem nessas áreas de carência têm seu potencial humano, em grande parte, irremediavelmente perdido. Mais de 50% das mortes infantis podem ser prevenidas e o desenvolvimento da criança nas áreas biopsicossocial pode ser assegurado quando a comunidade se organiza para a partilha dos conhecimentos e dá apoio às mães, em ações simples mas da mais profunda importância para o seu futuro. A Pastoral da Criança contribui para a transformação social através da organização da comunidade para ser agente de seu próprio desenvolvimento, como defesa da vida e escola de vida e de fraternidade. Atividades permanentes - Assessoria aos Regionais e às Dioceses. - Participação em Seminários e Encontros. - Coordenação Nacional para viabilizar a operacionalização das atividades de campo. - Articulação com outras Pastorais e movimentos de Igreja com base nas necessidades sentidas pelas famílias e comunidades. - Publicação bimensal do Boletim Informativo Pastoral da Criança. - Entrosamento com os meios de comunicação da Igreja. - Elaboração, impressão e distribuição de materiais educativos. - Implantação e implementação gradual de instrumentos para acompanhamento e avaliação das Ações Básicas de Saúde e das condições de coordenação, em nível de: comunidade, paróquia, diocese, regionais e em nível nacional. - Pesquisa sobre a metodologia transformadora da Pastoral da Criança. Projetos Entre outros projetos, a Pastoral da Criança pretende realizar os seguintes: - Seminários para treinamento de novos Coordenadores Diocesanos e Paróquias: - Seminários Regionais de Coordenadores Diocesanos para troca de experiências, avaliação, reciclagem e consolidação da Pastoral da Criança; - Seminários para Bispos do Norte e Nordeste; - Encontros Diocesanos para Clero e Religiosos e Agentes da Pastoral; - Cursos de alternativas alimentares de baixo custo; - Campanha Nacional do Soro Caseiro. PROGRAMA 15: PASTORAL DA SAÚDE (PE-15) Orientações para a ação A Igreja, em sua larga tradição de zelar pela saúde e no espírito da CF de 1981, “Saúde para todos”, deseja manter viva a preocupação pela saúde do povo brasileiro, como serviço de valor eminentemente evangélico. O amor fraterno impele os cristãos a lutarem contra o sofrimento, a dor dos irmãos e a se empenharem na superação de tudo o que se opõe à vida. Motivando e estimulando ações elementares que tendam a melhorar a situação de saúde do povo, e indo ao encontro dos doentes, tanto nos hospitais como nas moradias, as Equipes de Pastoral da Saúde, nas dioceses, nas paróquias e nas comunidades eclesiais de base, poderão transformar-se em valioso instrumento de promoção humana, de renovação social, de integração comunitária e de evangelização. Para animar, coordenar e assessorar uma Pastoral da Saúde, integrada na Pastoral Orgânica, sempre mais abrangente, é da máxima importância, a criação e/ou a dinamização de Equipes de Coordenação da Pastoral da Saúde nos Regionais.

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70 Atividades permanentes - Apoiar, através do Setor Pastoral Social da Linha 6, as várias iniciativas existentes, no desejo de colaboração e estímulo. PROGRAMA 16: PASTORAL OPERÁRIA (PE-16) Orientações para a ação Com o atual processo de abertura democrática, em que a sociedade civil recupera seu espaço de organização, crescem a importância do papel da classe trabalhadora em nosso país: o movimento operário e popular começa a romper uma situação de marginalização social e política. Hoje, os trabalhadores e setores populares começam a se fazer ouvir, e procuram recuperar seus instrumentos de organização (sindicatos, associações profissionais, associações de moradores, clubes de mães, grupos de desempregados, movimentos de trabalhadores sem terra e uma infinidade de outras formas de articulação que organizam e canalizam aspirações reprimidas durante tanto tempo). Como decorrência natural desse processo, cresce também a atuação política destes setores. Neste contexto, o papel dos trabalhadores cristãos adquire importância fundamental: trata-se de ser presença evangélica, fermento do Reino do Senhor, dentro das lutas e organizações criadas pelo conjunto da classe trabalhadora. Os serviços e movimentos de Igreja ligados ao meio operário têm desenvolvido esta preocupação e, na medida do possível, têm procurado ser essa presença de Igreja no mundo do trabalho e, ao mesmo tempo, trazer para o interior da Igreja as preocupações e o conjunto de complexas dimensões que constituem este mundo do trabalho. A Pastoral operária, nascida da necessidade de estabelecer esta vinculação muito íntima entre mundo do trabalho e Igreja busca articular-se e relacionar-se com os movimentos e serviços que, preservando seus aspectos particulares e originais, têm o mesmo objetivo; tais como: Ação Católica Operária (ACO), Juventude Operária Católica (JOC), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comissão dos Pescadores (CPP), Ação dos Cristãos no Meio Rural (ACR), Serviço de Pastoral dos Migrantes (SPM), Pastoral Rural, e outros organismos pastorais congêneres. Compromisso radical com a classe trabalhadora em suas organizações e lutas, de um lado, e compromisso radical com a comunidade eclesial em seu conjunto, de outro, formam os dois pontos de apoio e equilíbrio sobre os quais caminha a Pastoral Operária. Atividades permanentes Dentro das dimensões acima citadas, a Pastoral Operária estrutura-se a partir de seus grupos de base, paróquias, (ou por local de trabalho), diocesanos, regionais e nacional desenvolvendo uma atividade que envolve diversos aspectos: - Como tarefa fundamental, que define sua própria identidade, ação evangelizadora dentro do mundo do trabalho: constituir-se em espaço de referência onde o militante operário cristão se encontra para rever e realimentar seu engajamento à luz da fé, através da revisão de sua vida e luta operária, do estudo e do planejamento comum da ação. - Como tarefa supletiva de serviço à classe trabalhadora: apoiar o movimento sindical) e popular contribuindo para o crescimento da consciência operária, desde as questões mais elementares, como o conhecimento dos mínimos direitos trabalhistas, até as discussões de fundo, como a questão das linhas sindicais e do próprio projeto político da classe trabalhadora. - Como contribuição do conjunto de serviços e movimentos cristãos ao mundo do trabalho: implementar uma pedagogia do trabalho coerente com o conteúdo libertador

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71que se busca levar: trata-se de uma pedagogia que respeita os valores da pessoa, da dignidade humana e os esforços para se conseguir uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, onde desapareçam o explora dor e o explorado sinal do Reino de Deus. - Dentre as outras atividades permanentes, a Pastoral Operária, visando uma melhor atuação na Pastoral de Conjunto, pretende desenvolver neste biênio cursos de formação e capacitação: · Encontro de casais operários cristãos engajados no movimento operário · Encontro nacional de agentes de pastoral que acompanham a Pastoral Operária (Assistentes) · Encontro Nacional de liberados · Encontro nacional de Militantes cristãos que hoje estão engajados nos movimentos sociais, políticos e sindicais · Encontro nacional das pastorais populares para reflexão conjunta da caminhada com a presença de trabalhadores, religiosos, bispos e agentes. PROGRAMA 17: PASTORAL DOS MIGRANTES (PE-17) Orientações para a ação As migrações no Brasil continuam sendo um fenômeno de grande relevância e graves conseqüências no campo social, econômico, político, cultural, psicológico e religioso. De forma sintética, podemos hoje elencar quatro importantes movimentos migratórios: a) migrações campo-cidade (êxodo rural), onde a expulsão do campo provoca O “inchamento” da zona urbana e a queda dos salários reais, destacando-se sobretudo o fluxo nordeste-sudeste; b) migrações para novas terras, fluxo orientado principalmente do sul para o centro-oeste e norte, em que na constituição da nova fronteira agrícola são sacrificadas milhares de famílias; c) migrações sazonais ou temporárias, deslocamen tos em busca de safras agrícolas de grandes projetos, da construção civil, do garimpo etc.; d) imigração e emigração, sublinhando-se a considerável presença de latino-americanos no Brasil, em situação irregular e clandestina e o fenômeno dos “brasiguaios” (brasileiros residentes no Paraguai), que tende a se estender a outros países limítrofes. Frente a essa realidade, constituiu-se o SPM, organismo que tem como objetivo fundamental articular, em nível nacional os serviços pastorais realizados junto aos migrantes, bem como incentivar toda forma de evangelização, conscientização e organização do povo migrante na busca da Terra prometida. Na caminhada do SPM através de suas assembléias e encontros vem se delineando uma espécie de coluna vertebral do que poderíamos, chamar de Pastoral Migratória, e que poderia ser assim resumida: combater todo e qualquer tipo de migração forçada, o que coincide com o esforço pela fixação na terra, no sentido de evitar deslocamentos compulsórios; defender o direito do migrante, onde quer que ele se localize: moradia, saúde, escola, trabalho, condições de vida digna, etc.; celebrar a peregrinação desse povo com vistas à conquista da pátria definitiva. Atividades permanentes - Encontros de Migrantes: analisar a situação e buscar soluções. Os encontros são realizados em diversos níveis: local, regional, estadual e nacional. - Assembléia do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), realizada a cada dois anos: partilha de experiências, revisão da prática pastoral e definição de novos rumos ditados pelas urgências da realidade e pela luz do Evangelho. - Acompanhar, estudar e analisar os fluxos migratórios mais expressivos, no sentido de uma atualização permanente de uma realidade sempre em movimento. - Socorrer as necessidades mais urgentes dos que se deslocam: acolhida, atendimento jurídico, emprego, habitação, documentação etc. - Constituir e/ou fortalecer equipes de migrantes, responsáveis, sobretudo, pela integração dos “chegantes” na comunidade, nos movimentos populares e sindicais, enfim, na vida do novo local de moradia.

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72- Articular e assessorar pessoas, entidades, organismos, grupos e comunidades que tenham algum trabalho com migrantes, procurando assim uma pastoral “orgânica e de conjunto”. - Oferecer assessoria também no sentido de aprofundar a realidade migratória em suas causas/conseqüências e fluxos/tendências. - Estimular, em espírito missionário, as Igrejas particulares e as comunidades a uma redistribuição mais equitativa dos recursos humanos e materiais da Igreja no Brasil, em favor das áreas mais atingidas pelos fluxos migratórios. - No mesmo espírito missionário, promover através de programas conjuntos, a integração entre a área de origem e a área de destino dos migrantes. - Promoção anual da Semana do Migrante (que culmina com o Dia do Migrante), através da elaboração de subsídios, de cursos intensivos, de visitas especiais, de celebrações específicas. - Formação de agentes - análise de realidade, critérios evangélicos e prática pastoral: que possam assumir nas comunidades a Pastoral Migratória. - Relacionar-se com entidades, organismos e pastorais que tenham afinidade, com o propósito de buscar uma caminhada conjunta (CPT, CPO, ACR, CIMI, MDF etc.). - Serviço de publicações (boletins, jornais, livretos de reflexão, etc.) que mantenham os migrantes e demais interessados atualizados quanto ao fenômeno das migrações, bem como a luta dos “sem-terra, sem raiz e sem rumo”. - Recuperar a “memória viva” dos migrantes, fazendo-os perceber que sua história, embora aparentemente individual e familiar, está inserida num contexto mais amplo de expropriação/exploração/marginalização dos trabalhadores. PROGRAMA 18: PASTORAL CARCERÁRIA (PE-18) Orientações para a ação Em 1974, a CNBB publicou um trabalho intitulado “Pastoral Carcerária”, na coleção Estudos CNBB, n. 4. Contém este documento quatro partes: a) Situação das prisões em nosso País e relatório do 1º Encontro Nacional de Pastoral Carcerária. b) Conferências e estudos apresentados no 8º Encontro da Pastoral Carcerária; c) Experiências e projetos de Pastoral Carcerária. d) Anexos. Atividades permanentes É resultado do Projeto 4.2.4. do 2º Plano Bienal de Atividades, que teve seu momento-síntese no Encontro Nacional de Pastoral Carcerária, no Rio de Janeiro, em 1973. A partir daí, vários encontros e estudos foram realizados, por iniciativas de dioceses ou de grupos de trabalho. Torna-se importante recolher a experiência de todos esses esforços e dar atenção qualificada e cristã aos detentos, no espírito do Evangelho: “Estava preso e me visitastes” (Mt 25,36)27. PROGRAMA 19: PASTORAL DA MULHER MARGINALIZADA (PE-19) Orientações para a ação A CNBB, como resultado de seus projetos desenvolvidos em cinco anos, em prol de uma pastoral adequada à “Mulher só e desamparada”, publicou, em 1976, um trabalho na coleção “Estudos da CNBB”, n.15, intitulado “Prostituição, desafio à sociedade e à Igreja”. Continuou colocando em seus planos bienais a dinamização desta pastoral dentro dos propósitos de dar prioridade, em sua tarefa evangelizadora, aos mais pobres, mais carentes, que são marginalizados e oprimidos. Com o agravamento da problemática sócio-econômica, o desmoronamento dos valores perenes da humanidade e a exploração da mulher pelo sistema consumista e materialista

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73prático, urge reforçar tanto a pastoral da família, como a pastoral da “mulher marginalizada e oprimida”. Atividades permanentes - Apoiar, articular e avaliar a Pastoral da Mulher Marginalizada. - Promover contatos com os vários núcleos desta ação pastoral específica. - Buscar novos caminhos, critérios e metodologias. PROGRAMA 20: PASTORAL DOS PESCADORES E MARÍTIMOS (APOSTOLADO DO MAR) (PE-20) Orientações para a ação O Setor do “Apostolado do Mar” engloba a pastoral que atua junto aos marítimos e pescadores em geral. Por marítimos entendemos os que exercem a profissão chamada marinha mercante ou comercial. Tanto os pescadores como os marítimos são pessoas em movimento, em geral, marginalizados. Pelas dificuldades peculiares de seu trabalho, encontram muitas vezes obstáculos para contato com a Igreja. Daí a necessidade da presença desta junto a eles e a suas famílias. Atividades permanentes - Reunir os responsáveis e interessados das dioceses em que se situam os principais portos do País para tentar organizar essas pastorais. - Colaborar com a criação de clubes “Stella Maris” nos portos mais importantes, ao menos, a exemplo do existente em Santos. - Divulgar notícias e experiências sobre o apostolado do mar, tendo como base as publicações das Pontifícias Comissões para a Pastoral das Migrações e Turismo, bem como boletins e publicações da Comissão Nacional dos Pescadores. - Apoiar as atividades da Comissão Nacional dos Pescadores e as reuniões dos seus responsáveis. C. COORDENAÇÃO NACIONAL PROGRAMA 21: SERVIÇOS ESPECIAIS DA PRESIDÊNCIA, SECRETARIADO GERAL E CEP (PE-21) Este programa prevê atividades desenvolvidas em vista dos fins próprios da Conferência, das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral e da implementação deste Plano, como um serviço aos Regionais, visando suscitar e integrar a busca e a realização de ações comuns expressivas para a missão da Igreja no Brasil. Atividades permanentes - Promover reuniões sistemáticas do Grupo de Assessores (GA). - Assessorar os Regionais. - Acompanhar, permanentemente, a execução dos programas deste Plano Bienal. - Dar atendimento a assuntos emergentes relacionados com os fins da CNBB. - Através da Consultoria Jurídica: · informar e manter atualizado o Episcopado em matéria jurídico-canônico por meio de respostas a consultas e manutenção da seção de Assuntos Jurídicos no Comunicado Mensal; · possibilitar o conhecimento mais aprofundado do novo Código de Direito Canônico, através de cursos intensivos, a pedido de Dioceses, Institutos Teológicos e de Institutos de Vida Consagrada;

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74· prestar serviço de assessoria e orientação jurídico-canônica aos órgãos da CNBB e membros desta; ·acompanhar e animar os Tribunais Eclesiásticos do Brasil. PROJETO TÍTULO SISTEMÁTICA RESPONSÁVEL PRAZO PE-21.1. 25ª Assembléia

Geral da CNBB; 26ª Assembléia Geral da CNBB.

Reuniões plenárias, Reuniões por grupos regionais, inter-regionais, comissões integradas especiais, Reuniões por grupos de estudo.

Presidência CEP, Secretariado Geral

22/3 a 1/5/ 1987, 13 a 22/4/1988

PE-21.2. Conselho Permanente

Convocação com antecedência razoável, Reuniões plenárias, Encontros por grupos constituídos segundo as conveniências.

Presidência CEP, Secretariado Geral

(1) 25 a 28/8/1987, (2) 24 a 27/11/1987, (3) 23 a 26/8/1988, (4) 22 a 25/11/1988.

PE-21.3. Presidência e CEP

Reuniões: Privativa dos Bispos, Por Linhas de ação pastoral, Sessões de estudo

Secretariado Geral 1987: 24 a 26/2, 24 a 26/3, 21/4, 26 a 28/5, 23 a 25/6, 27 a 29/7, 24/8, 22 a 24/9, 27 a 29/10, 22/11, 15 a 17/12; 1988: 23 a 25/2, 22 a 14/3, 12/4, 24 a 26/5, 21 a 23/6/7, 22/8, 27 a 29/9, 25 a 27/10, 21/11, 13 a 15/12

PE-21.4. Comissão Episcopal de Doutrina

Incentivar e acompanhar os que se dedicam à reflexão, ensino e produção nas áreas doutrinárias de imediato interesse para a missão da Igreja, Fomentar, apoiar, seguir a pesquisa, publicações, cursos e encontros nesta área, Examinar a concordância com a fé católica das publicações, Mediar, em questões doutrinárias, o diálogo entre autores, editores e bispos

6 a 9/4/1987, 19 a 21/8/1987, 20 a 22/11/1987, 16 a 18/3/1988, 17 a 19/8/1988, 16 a 18/11/1988

PE-21.5. Comissão Nacional de Pastoral

Reuniões preparatórias, Convocação, Reuniões

CEP

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75plenárias, Reuniões, por comissões especializadas

PE-21.6. Participação dos Regionais no acompanhamento do Plano Bienal

Encontros Nacionais de Subsecretários Regionais

Secretariado Geral 22 a 23/1987, 20 a 22/9/1987, 18 a 20/5/1988, 18 a 22/5/1988

PE-21.7. Dois encontros anuais da Presidência da CNBB e Diretoria Nacional da CRB

Reflexão sobre temas de interesse comum, Tratamento de assuntos que interessam às duas Conferências

Presidência CNBB, Diretoria CRB

29 e 30/10/1987

PE-21.8. Encontro da Presidência com as Conferências Episcopais da América Latina

Tratamento de problemas pastorais comuns, especialmente de migrantes

Presidências das Conferências

PE-21-9. Acompanhamento da administração econômica financeira da CNBB

Reunião do Conselho Fiscal, Reunião do Conselho Econômico

PE-21-10. Encontros Nacionais de Juízes e Servidores dos tribunais Eclesiásticos.

5º Encontro Nacional (Salvador-BA)

Serviço de Consultoria Jurídica

29 a 31/7/1988

PE-21-11. Articulação dos Canonistas brasileiros

Apoio e presença no 3º Encontro Nacional de Canonistas (Salvador-BA)

Serviço de Consultoria Jurídica

25 a 28/7/1988

PROGRAMA 22: COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA CONSTITUINTE (PE.22) Atendendo a sugestão da 25ª Assembléia Geral da CNBB, foi constituída uma Comissão Nacional para acompanhamento dos trabalhos da Constituinte. Esta comissão terá como tarefas principais: - manter contato com os parlamentares, abrindo espaços para que eles possam ser informados adequadamente a respeito das posições assumidas pela Igreja, principalmente enquanto expressadas no Documento da 24ª Assembléia Geral da CNBB (Por Uma Nova Ordem Constitucional) - oferecer aos senhores bispos e agentes de pastoral informações periódicas a respeito do andamento dos trabalhos da Constituinte; - colaborar com os organismos responsáveis da CNBB, oferecendo subsídios para uma análise crítica continuada, no correr dos trabalhos de elaboração da nova Constituição, e sugerindo atitudes ou medidas práticas para promover a participação e o envolvimento das comunidades nesse processo. Para atingir esses objetivos, serão utilizados, entre outros, os seguintes meios: - constituição de uma equipe coordenada por um bispo (acrescida posteriormente de dois bispos) para assumir, junto com a comissão executiva, a responsabilidade pela condução dos trabalhos;

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76- organização de uma comissão executiva, que contará basicamente com a colaboração dos membros da Comissão Justiça e Paz de Brasília e de um grupo de assessores da CNBB Nacional: - montagem de um serviço mínimo de infra-estrutura secretarial durante o período: - montagem de um serviço profissional de jornalismo, junto ao setor de imprensa da CNBB, contando com o apoio de organizações católicas de comunicação social principalmente da UNDA União de Radiodifusão Católica); - elaboração de um encarte semanal “Notícias-Constituinte”, de circulação nacional, a ser distribuído junto com o Boletim Notícias da CNBB e encaminhado a todos os constituintes; - emissão diária de noticiários, via TELEX, a entidades organizadas da sociedade civil e, especialmente, aos responsáveis por meios de comunicação ligados à Igreja. - promoção periódica de “encontros-convívio”, na sede da CNBB, entre Constituintes, Bispos e Comissão Executiva - participação de membros da Comissão Executiva junto aos Regionais da CNBB na promoção de palestras e encontros sobre o tema. _____________________________________ Nota:1 LG 9: “Todo aquele que pratica a justiça é acolhido por Deus (cf. At 10, 35), em qualquer situação, tempo ou lugar. Deus quis entretanto santificar e salvar os homens não como simples pessoas, independentemente dos laços sociais que os unem, mas constituiu um povo para reconhecê-lo na verdade e servi-lo na santidade. Escolheu então o povo judeu, fez com ele uma aliança e o foi instruindo gradativamente. Manifestou-se-lhe revelando sua vontade através da história e o santificando para si. Tudo isso, porém, era preparação e prenúncio da nova aliança, perfeita, a ser realizada em Cristo, Revelação plena, que seria selada pelo próprio Verbo de Deus encarnado. “Virão os dias, diz o Senhor, que farei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma nova aliança... Colocarei minha lei em seu peito e a escreverei em seu coração. Serei o Deus deles e eles serão o meu povo... Porque todos, grandes e pequenos, me conhecerão” (Jr 31,31-34). Foi Cristo quem instituiu essa nova aliança, testamento novo, firmado com seu sangue (cf. 1Cor 11,25), reunindo judeus e pagãos na unidade de um só povo, não segundo a raça, mas segundo o Espírito: o povo de Deus. Os fiéis renascem em Cristo pela palavra de Deus vivo (cf. 1Pd 1,23), que não está sujeita à corrupção como o está a geração humana. Renascem não da carne, mas pela água e pelo Espírito Santo (cf. Jo 3,5-6). Constituem, assim, uma raça eleita, sacerdócio régio, nação santa e povo adquirido (...) que antes não era povo, mas se tornou povo de Deus (1Pd 2,9-10). Cristo é a cabeça desse povo messiânico. “Foi entregue à morte pelos nossos pecados, mas ressuscitou, para nos tornar justos (cf. Rm 4,25). Seu nome reina agora gloriosamente no céu, acima de todo nome. A condição desse povo messiânico é a da dignidade e da liberdade dos filhos de Deus, em cujo coração habita, como num templo, o Espírito Santo. Sua lei é o mandamento novo: amar assim como Cristo nos amou (cf. Jo 13,34). Seu objetivo, o reino de Deus iniciado na terra pelo próprio Deus e destinado a crescer até o fim dos séculos. Deus então o consumará com a vinda de Cristo, nossa vida (cf. Cl 3,4) e a “libertação da criatura da escravidão da corrupção, para participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus” (Rm 8,21). É verdade que o povo messiânico não reúne, de fato, todos os homens. Às vezes parece até não ser senão um grupo insignificante. Mesmo assim é princípio eficaz de unidade, esperança e salvação para todo o gênero humano. Cristo o estabeleceu na comunhão da vida, do amor e da verdade. Assumiu-o como instrumento de redenção universal e o estabeleceu como luz do mundo e sal da terra (cf. Mt 5,13-16), enviando-o a todo o universo. Caminhando no deserto, Israel merece, desde então, o nome de Igreja de Deus (cf. Esd 13,1; Nm 20,4; Dt 23,1). Da mesma forma, o novo Israel, que caminha na história, em direção à cidade futura que não passa (cf. Hb 13,14), pode ser chamado Igreja de Cristo (cf. Mt 16,18), pois foi adquirido com seu sangue (cf. At 20,28) e Cristo o cumulou de seu Espírito, dotando-o de todos os recursos necessários ao convívio social visível. Deus constituiu como Igreja a reunião de todos os que reconhecem Jesus como autor da salvação, princípio de unidade e de paz. A Igreja é assim, para todos e para cada um dos homens em particular, o sacramento visível da unidade da salvação: estende-se a todas as latitudes e penetra toda a história humana, sem deixar de transcender a todos os tempos e limites. A Igreja se alimenta da força da graça de Deus que lhe foi prometida pelo Senhor e caminha assim através de muitas tentações e sofrimentos. Apesar da fraqueza da carne, não deixará de ser fiel a seu Senhor, como esposa digna. Renova-se constantemente sob a ação do Espírito Santo, até que chegue, através da cruz, ao dia sem ocaso da ressurreição”. Nota:2 CR, 129: “Sempre mais se impõe uma educação permanente da fé que acompanhe o homem por toda a vida e se integre em seu crescimento global. A comunidade catequizadora velará zelosamente para que isso aconteça de fato, estabelecendo uma organização adaptada e eficaz que empenhe na atividade catequética as pessoas, os meios, os instrumentos e os recursos financeiros necessários (CT 63; cf. Diretrizes Gerais da CNBB 1974-78, p. 59; Puebla 998; Sínodo de 1977, proposição 15)”. Nota:3 CT, 63: “E dirijo-me em primeiro lugar aos meus Irmãos Bispos: o Concílio Vaticano II já vos recordou explicitamente as vossas tarefas no campo da catequese, como também os Padres da IV Assembléia Geral do Sínodo as acentuaram com vigor.

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77Na verdade, quanto a este ponto, vós, caríssimos Irmãos, tendes uma missão particular nas vossas Igrejas; vossos sois aí os primeiros responsáveis pela catequese, os catequetas por excelência. Depois, a vós juntamente com o Papa, no espírito da colegialidade episcopal, incumbe a responsabilidade pela catequese na Igreja inteira. Permiti, pois, que eu vos fale com o coração aberto. Eu sei que tendes de arrostar com um ministério episcopal cada dia mais complexo e sobrecarregado. Mil e um compromissos vos solicitam, desde a formação de novos sacerdotes à presença ativa no meio das comunidades dos fiéis, e desde a celebração vivida e digna do culto e dos sacramentos ao cuidado da promoção humana e da defesa dos direito do homem. Pois bem: que a preocupação de promover uma catequese ativa e eficaz não ceda nada a frente a qualquer outra preocupação seja ela qual for. Uma tal solicitude vos levará a transmitirdes vós próprio a doutrina da vida aos vossos fiéis. Mas o mesmo cuidado deve levar-vos a assumir nas vossas dioceses, em correspondência com os Planos da Conferência Episcopal de que vós fazeis parte, a superior direção da catequese, rodeando-vos de colaboradores competentes e merecedores de confiança. O vosso papel principal deve ser o de suscitar e alimentar nas vossas Igrejas uma verdadeira paixão pela catequese; uma paixão, porém, que se encarne numa organização adaptada e eficaz, que empenhe na atividade as pessoas, os meios e os instrumentos e também os recursos financeiros necessários. Podeis ter a certeza disto: se a catequese for bem feita na vossas Igrejas locais, tudo o mais será feito com maior facilidade. Por outro lado e não seria necessário que eu vo-lo dissesse se o vosso zelo tiver de vos impor algumas vezes a tarefa ingrata de denunciar desvios, corrigir erros, ele deve proporcionar-vos muito mais freqüentemente a alegria e a consolação de ver as vossas Igrejas florescentes, porque a catequese aí é dada como o quer o Senhor”. Nota:4 CNBB, Catequeses Renovada, Orientação e Conteúdo, Doc. da CNBB, n.26, Ed. Paulinas. Nota:5 cf. CR, 143: “A comunidade deve prestar particular atenção e procurar meios adequados para ir ao encontro das necessidades catequéticas daquelas categorias de pessoas que, por sua condição de vida, mais dificilmente podem participar da vida normal da comunidade cristã. Lembramos sobretudo migrantes, menores abandonados, anciãos, motoristas, operários com turno especial de trabalho, encarcerados, prostitutas, bóias-frias etc”. Nota:6 CR, n.154: “154. Em primeiro lugar, recordamos que o uso dos manuais não deve substituir a leitura da Bíblia, livro de Catequese por excelência, mas orientar para ela. A própria Bíblia, com a extrema riqueza e variedade de gêneros literários, sugere que também em nossa Catequese haja recurso a expressões estéticas e literárias diversificadas, que ofereçam diferentes caminhos de aprendizagem e múltiplas possibilidades de apresentação da mensagem”. Nota:7 cf. Puebla 1003: “Nos institutos de formação dos sacerdotes e dos religiosos e religiosas, adaptar a Ratio studiorum, como algo urgente para que se intensifique o sentido da transmissão adequada e atualizada da mensagem evangélica”. Nota:8 cf. SC, 10: “Mas a liturgia é o cume para o qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de que promana sua força. Os trabalhos apostólicos visam a que todos, como filhos de Deus, pela fé e pelo batismo, se reúnam para louvar a Deus na Igreja, participar do sacrifício e da ceia do Senhor. A liturgia também leva os fiéis a serem unânimes na piedade, depois de participarem dos sacramentos pascais. A liturgia renova e aprofunda a aliança do Senhor com os homens, na eucaristia, fazendo-os arder no amor de Cristo. Dela, pois, especialmente da eucaristia, como de uma fonte, derrama-se sobre nós a graça e brota com soberana eficácia a santidade em Cristo e a glória de Deus, fim para o qual tudo tende na Igreja”. Nota:9 LG, 1: “O Concílio deseja ardentemente iluminar todos os homens com a claridade de Cristo, luz dos povos, que brilha na Igreja, para que o Evangelho seja anunciado a todas as criaturas (cf. Mc 16, 15). A Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da união com Deus e da unidade de todo o gênero humano. Insistindo no tema dos concílios anteriores, ela quer manifestar, tanto aos fiéis como ao universo inteiro, com redobrado vigor, sua natureza e sua missão universal. Nos dias de hoje, os homens estão profundamente ligados uns aos outros pelos laços sociais, pela interdependência técnica e pela cultura. Torna-se então mais urgente o dever que tem a Igreja de promover a unidade perfeita de todos, em Cristo”. Nota:10 A atitude da Igreja perante os que seguem outras Religiões. Reflexões e Orientações sobre o Diálogo e Missão, Pentecostes 1984, L’ Osservatore Romano ed. port. 12/08/84, p. 4ss. Nota:11 UR, 1: “Promover a reintegração de todos os cristãos na unidade é um dos principais objetivos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Embora a Igreja tenha sido fundada por Cristo como única, diversas comunhões cristãs se propõem hoje como a verdadeira herança de Jesus Cristo. Todos se dizem discípulos do Senhor, mas têm sentimentos diversos e seguem caminhos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido.. cf. 1Cor 1,13. Essas divisões, evidentemente, contrariam a vontade de Cristo, são um escândalo para o mundo e prejudicam enormemente a pregação do Evangelho a toda a criatura. Sábia e pacientemente, o Senhor dos séculos persegue os objetivos de sua graça. Ultimamente começou a provocar com maior intensidade, entre os cristãos separados, a dor espiritual pelas separações e o ardente desejo de se unirem. Um número cada vez maior de pessoas foi tocado por essa graça. Surgiu assim, entre os irmãos separados, por inspiração do Espírito Santo, um movimento em favor da restauração da unidade entre todos os cristãos. Desse movimento em prol da unidade, denominado ecumênico, participam todos os que invocam o Deus Trino, confessam que Jesus é Senhor e Salvador, não de cada um de nós em separado, mas das comunidades em que estamos reunidos, em que se ouve o Evangelho, nossa Igreja e de Deus. Embora de maneiras diversas, quase todos aspiram a uma Igreja una, visível, universal de fato, enviada a todo o mundo para que o mundo se converta ao Evangelho e assim seja salvo, para a glória de Deus.

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78Alegrando-se com tudo isso, o Concílio, depois de declarar a doutrina da Igreja, movido pelo desejo de restaurar a unidade entre todos os discípulos de Cristo, decidiu propor a todos os católicos subsídios, caminhos e maneiras de agir para que também eles, por vocação divina, possam corresponder a essa graça”. Nota:12 DM, 20: “O diálogo não brota de oportunismos táticos do momento, mas sim de razões que experiência, a reflexão, bem como as próprias dificuldades, foram aprofundando”. Nota:13 DM, 22: “A Igreja, todavia sente-se empenhada no diálogo sobretudo por causa da sua fé: A revelação faz-nos entrever no mistério trinitário uma vida de comunhão e de intercâmbio. Em Deus Pai nós contemplamos um amor preveniente, sem limites de espaço nem de tempo. O universo e a história estão repletos dos seus dons. Todas as realidades e todos os acontecimentos estão envolvidos pelo seu amor. Apesar da manifestação, por vezes violenta, do mal, nas vicissitudes de cada homem e de cada povo está presente a força da graça que eleva e redime. A Igreja tem o dever de descobrir, trazer à luz, fazer amadurecer a riqueza que o Pai escondeu na criação e na história, não só celebrar a glória de Deus na sua liturgia, mas também para promover a circulação, entre todos os homens, dos dons do Pai”. Nota:14 DM 9 10, 11: “9. Deus é amor (1Jo 4,8.16). O seu amor salvífico foi revelado e comunicado aos homens em Cristo e está presente e ativo mediante o Espírito Santo. A Igreja deve ser o sinal vivo deste amor de modo a torná-lo norma de vida para todos. Querida por Cristo, a missão da Igreja é uma missão de amor, pois que é nele que encontra a origem, o fim e a modalidade de exercício (cf. AG 2-5, 12; EN 26). Cada aspecto e cada atividade da Igreja devem, portanto, estar impregnados de caridade, exatamente por fidelidade a Cristo, que ordenou a missão e que continua a animá-la e a torná-la possível na história. 10. A Igreja, como sublinhou o Concílio, é povo messiânico, assembléia visível e comunidade espiritual, povo peregrinante, a caminho, com toda a humanidade, com a qual compartilha a experiência. Deve ser fermento e alma da sociedade para renová-la em Cristo e torná-la família de Deus (cf. Lg 9; Gs 9, 40). Este povo messiânico tem por lei o novo mandamento, o de amar assim como o próprio Cristo nos amou, e tem por fim o Reino de Deus, começado na terra pelo próprio Deus (LG 9). A Igreja peregrina é, pois, por sua natureza, missionária(AG 2, cf. 6, 35, 36). A dimensão missionária é, para cada cristão, uma expressão normal da sua fé vivida. 11. A missão da Igreja realiza-se, pois, mediante a atividade pela qual, obedecendo ao mandamento de Cristo e movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, ela se torna atual e plenamente presente a todos os homens e povos... (AG 5). Esta tarefa é única, mas realiza-se de diversos modos, de acordo com os condicionamentos em que se exerce a missão. Esses condicionamentos tanto podem depender da Igreja como dos povos, dos agrupamentos ou até dos indivíduos a quem a missão se dirige... A cada condicionamento e a cada situação devem corresponder ações apropriadas ou meios aptos... O fim próprio desta atividade missionária é a evangelização e a implantação da Igreja nos povos ou grupos em que ainda não está radicada (AG 6). Outras passagens do mesmo Concílio sublinham que a missão da Igreja é também trabalhar para a extensão do Reino e dos seus valores entre todos os homens (cf. LG 5, 9; 35; GS 39, 40-45, 91, 92; UR e; DH l4; AA 5)”. Nota:15 DM 22, 23, 24: “22. A Igreja, todavia sente-se empenhada no diálogo sobretudo por causa da sua fé: A revelação faz-nos entrever no mistério trinitário uma vida de comunhão e de intercâmbio. Em Deus Pai nós contemplamos um amor preveniente, sem limites de espaço nem de tempo. O universo e a história estão repletos dos seus dons. Todas as realidades e todos os acontecimentos estão envolvidos pelo seu amor. Apesar da manifestação, por vezes violenta, do mal, nas vicissitudes de cada homem e de cada povo está presente a força da graça que eleva e redime. A Igreja tem o dever de descobrir, trazer à luz, fazer amadurecer a riqueza que o Pai escondeu na criação e na história, não só celebrar a glória de Deus na sua liturgia, mas também para promover a circulação, entre todos os homens, dos dons do Pai. 23. Em Deus Filho é-nos dada a Palavra e a Sabedoria, onde tudo preexiste e subsiste desde todo o sempre. Cristo é o Verbo que ilumina todo o homem, porque nele se manifesta ao mesmo tempo o mistério de Deus e o mistério do homem (cf. RH 8, 10, 11, 13). Ele é o Redentor presente com a graça em cada encontro humano, para libertar-nos do nosso egoísmo e fazer-nos amar uns aos outros como ele nos amou. Cada homem, sem exceção alguma escreve João Paulo II foi redimido por Cristo, e com o homem, com todo e qualquer homem, sem nenhuma exceção, Cristo está de algum modo unido, mesmo quando esse homem não é disso consciente. Cristo, morto e ressuscitado por todos, dá sempre ao homem a cada homem e a todos os homens luz e força para responder à sua suprema vocação (RH 14). 24. Em Deus Espírito Santo, a fé faz-nos entrever aquela força de vida, de movimento e de regeneração perene (cf. LG 4) que age na profundidade da consciência, e acompanha o caminho secreto dos corações em direção à Verdade (cf. GS 22). Espírito que atua mesmo para além dos confins visíveis do Corpo Místico... (RH 6; cf. LG 16; GS 22; AG 15); Espírito que antecipa e acompanha o caminho da Igreja, a qual, em conseqüência, se sente comprometida em discernir os sinais da sua presença, a segui-lo aonde quer que Ele a conduza, e a servi-lo como colaboradora humilde e discreta”. Nota:16 DM, 13: “A missão apresenta-se, na consciência da Igreja, como uma realidade unitária, mas complexa e articulada. Podem ser indicados os seus elementos principais. A missão é constituída já pela simples presença e pelo testemunho vivo da vida cristã (cf. EN 21), mesmo se se deve reconhecer que levamos este tesouro em vasos de argila (2Cor 4,7), e por isso a diferença entre o modo como o cristão aparece, existencialmente, e aquilo que afirma ser, nunca desaparece. Há, depois, o empenho concreto ao serviço dos homens e toda atividade de promoção social e de luta contra a pobreza e as estruturas que a provocam. Há a vida litúrgica, a oração e a contemplação, testemunhas eloqüentes de uma relação viva e libertadora com o Deus vivo, e verdadeiro que nos chama ao seu Reino e à sua glória (cf. At 2,42).

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79Há o diálogo, no qual os cristãos encontram os que seguem outras tradições religiosas para caminhar em conjunto em direção à verdade e colaborar em ações de interesse comum. Há o anúncio e a catequese, quando se proclama a boa notícia do Evangelho e se aprofundam as suas conseqüências para a vida e para a cultura. Tudo isto faz parte do conceito amplo de missão”. Nota:17 Puebla, 1064: “A comunicação, como ato social vital, nasce com o próprio homem e tem sido potencializada na época moderna mediante poderosos recursos tecnológicos. Por conseguinte, a evangelização não pode prescindir, hoje em dia, dos meios de comunicação”. Nota:18 Puebla, 1063: “A evangelização, anúncio do Reino, é comunicação: portanto, a comunicação social deve ser levada em conta em todos os aspectos da transmissão da Boa Nova”. Nota:19 Puebla, 1083: “Urge que a hierarquia e os agentes pastorais em geral conheçam, compreendam e experimentem mais a fundo o fenômeno da comunicação social, a fim de que se adaptem às respostas pastorais a esta nova realidade e se integre a comunicação na pastoral de conjunto”. Nota:20 Puebla, 1085: “A tarefa de formação no campo da comunicação é uma ação prioritária. Portanto, urge formar neste campo todos os agentes da evangelização: - Para os aspirantes ao sacerdócio e à vida religiosa, é necessário que esta formação se integre nos programas de estudos e formação pastoral. - Para os sacerdotes, religiosos, religiosas, agentes de pastoral e para os próprios responsáveis pelos organismos nacionais e diocesanos de pastoral de comunicação social, é mister programar sistemas de formação permanente. - Especial atenção merecem os profissionais da comunicação e a formação mais adequada dos que cobrem a área da informação religiosa”. Nota:21 cf. EN, 18: “Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade: “Eis que faço novas todas as coisas”. No entanto não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do batismo e da vida segundo o Evangelho. A finalidade da evangelização, portanto, é precisamente esta mudança interior; e se fosse necessário traduzir isso em breves termos o mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, unicamente firmada na potência divina da mensagem que proclama, ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e coletiva dos homens, a atividade em que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhes são próprios”. Nota:22 cf. Medellín 4,II,2: “9. Como toda libertação já é uma antecipação da plena redenção de Cristo, a Igreja na América Latina sente-se particularmente solidária com todo esforço educativo tendente a libertar nossos povos. Cristo pascal, imagem do Deus invisível, é a meta e o desígnio que Deus estabelece para o desenvolvimento do homem, para que alcancemos todos a medida da idade madura da plenitude de Cristo. Por isso, todo crescimento em humanidade capacita-nos a reproduzir a imagem do Filho, para que este seja o primogênito entre muitos irmãos. A Igreja, no que se refere à sua missão específica, deve promover e fomentar a educação cristã a que todos os batizados têm direito, para que alcancem a maturidade de sua fé. Enquanto servidora de todos os homens, a Igreja busca por meio de seus membros, especialmente pelos leigos, colaborar nas tarefas de promoção cultural humana sob todas as formas que interessam à sociedade. No exercício desse direito e serviço, juntamente com os demais setores responsáveis, a obra educadora da Igreja não deve ser obstaculizada por discriminações de qualquer espécie. Esta é a visão alentadora que, sobre a educação na América Latina, apresenta hoje a Igreja. Ela, isto é, todos os cristãos, empregarão seus esforços, com humildade, desinteresse e desejo de servir, na tarefa de criar a nova educação exigida pelos nossos povos, neste despertar de um novo mundo”. Nota:23 cf. Puebla 1308: “É necessário criar o homem latino-americano uma sã consciência social, um sentido evangélico crítico face à realidade, um espírito comunitário e um compromisso social. Tudo isto tornará possível uma participação livre e responsável, em comunhão fraterna e dialogante, para a construção de uma nova sociedade, verdadeiramente humana, penetrada de valores evangélicos. Ela deve ser modelada em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e dar resposta aos sofrimentos e aspirações de nossos povos, cheios de uma esperança que não poderá ser iludida”. Nota:24 cf. Puebla 1308: “É necessário criar o homem latino-americano uma sã consciência social, um sentido evangélico crítico face à realidade, um espírito comunitário e um compromisso social. Tudo isto tornará possível uma participação livre e responsável, em comunhão fraterna e dialogante, para a construção de uma nova sociedade, verdadeiramente humana, penetrada de valores evangélicos. Ela deve ser modelada em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e dar resposta aos sofrimentos e aspirações de nossos povos, cheios de uma esperança que não poderá ser iludida”. Nota:25 cf. Puebla 440: “Um questionamento crítico e construtivo do sistema educativo na América Latina”. Nota:26 cf. Medellín, n. V,11: “Vê, portanto, na juventude o contínuo recomeço e a persistência da vida, ou seja, uma forma de superação da morte. Isso não tem apenas um sentido biológico mas também sociocultural, psicológico e espiritual. De fato, diante das culturas que mostram sinais de velhice e caducidade, a juventude está sendo chamada a trazer uma revitalização; a manter uma “fé na vida” a conservar sua “faculdade de se alegrar com o que começa”. Ela tem a tarefa de reintroduzir constantemente o “sentido da vida”. Renovar as culturas e o espírito

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80significa trazer e manter vivos novos sentidos da existência. A juventude está, pois, chamada a ser perene “reatualização da vida”. Nota:27 Mt 25,36: “Eu estava sem roupa, e me vestiram; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e vocês foram me visitar.”