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Conferência Turismo-Gerir o Futuro ALBERTO RAMOS Turismo é uma peça-chave da economia ANA MENDES GODINHO Portugal tem que continuar a investir Algarve quer turismo todo o ano O Futuro passa pela regeneração Zoomarine, Neoturis e Longevity Wellness Filipe Farinha/CM ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº14 250 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE www.cmjornal.pt PUB

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Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios n.o 3772,de 22 de Junho de 2018, e não pode ser vendido separadamente.

ConferênciaTurismo-Gerir o Futuro

ALBERTO RAMOSTurismo é uma peça-chave da economiaANAMENDES GODINHOPortugal tem que continuar a investir

Algarve quer turismo todo o anoO Futuro passa pela regeneraçãoZoomarine, Neoturis e Longevity Wellness

Filipe Farinha/CM

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº14 250 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

www.cmjornal.pt

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02 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA26JUNHO 2018

turismo é umapeça-chaveparaaeconomianacio-nal,representan-

do,segundoaOrganizaçãoMundialdoTurismo, cercade9%doPIB, eidentificandoPortugal,juntamentecomaEspanha,comoospaísesquelideramocrescimentodeste sectornaEuropa”, disseAlbertoRamos,CEOdoBankinterPortugal, na4ªediçãodaPlataformaEmpresarialsobretemaoTurismo:GeriroFutu-ro.Referiu-se aindaao contributodoturismoparaacriaçãodeempre-godeumaformasustentáveleparao equilíbrio dabalançacomercial,representandocercade20%dasex-portações e 58% das exportaçõesnosserviços.

Estesnúmerosmostramaqua-lidadedoprodutoturísticoquesefazemPortugal, como ilustra o reco-nhecimentodemelhordestino doMundona20ªediçãodoWorldTra-velAwardsem2017,aprimeiravezqueumpaís europeu recebeuestadistinçãonoque sãoosÓscaresdoturismo.

Masestes sucessosdevem-seàaposta“queoEstado,asempresase

os empresários, os investidores, osempreendedoreseoshabitantesdecada região têm feito para tornarcadavezmais forte, pararenovarediversificar a oferta de serviços epontosdeatracçãoparaos turistasnacionaiseestrangeiros”,salientouAlbertoRamos.

OAlgarveéumapeçaimportan-te no turismo emPortugal. Comosublinhou, “aregiãoqueéosímbo-lonacionaleinternacionaldeexce-lênciaturística,éclaramenteodes-tinoportuguêscommaiorquotademercadoemtermosdeturismo”.OAlgarve bateu em 2017 recordesanuais dedormidas, deproveitos edevoltasdegolfe,deacordocomda-dosdoINE.Nosúltimoscincoanos,oAlgarve, umaregiãomadurae jácomumlongotrack-recorddeexce-lentes resultados no turismo, au-mentouasdormidasde 14milhõespara19milhões, e de600milhõespara 1000milhões em termos deproveitosassociadosaoturismo.

Compromissodo BankinterEstesvaloresdãoumaideiadopo-tencialdenegócioquerepresentaoturismonaeconomiaportuguesa.“Aimportânciacrescente do turis-mo temporessemotivoparticularimportânciaparaoBankinter.Oseucrescimento está intimamente as-sociadoaocrescimentodasempre-sas que apoiaemsectores relevan-

tescomoéocasoturismo”,afirmouAlbertoRamos.“Osdesafiosqueasempresasenfrentameparaosquaissolicitamonossoapoiosãotambémdesafios que estimulamoBankin-ter aprocurar soluções paraa suaactividade.O seu sucesso estimulaonosso”.

O Bankinter temno seuADNapoiar as empresas e a economia.Nasceucomobancoindustrialhá53anos,muitovocacionadoparaesseapoioàsempresas.Naformadepen-sare fazerbancaestáesse apoio àsempresas,contribuindoparaadina-mizaçãodesectoresquesejamrele-vantes e estruturantes paraopaís,comoclaramenteéoturismo.

AlbertoRamosassumiuocom-promisso deque oBankinter foi, éeseráumparceiroefectivodasem-presasedosempresáriosemPortu-gal. “QuandochegámosaoPaís, hádois anos, dissemosque vínhamospara investir na economia portu-guesa,apoiarasfamíliaseasempre-sas nos seus projectos. É isso quetem vindo a acontecer. Reforço ocompromisso doBankinterque seassumirácadavezmais comopar-ceiro de relevância das empresasportuguesas e apoiando-as desdequetenhamprojectosquecareçamdonossoapoioe tenhamsustenta-bilidade”concluiu.�

FILIPE S. FERNANDES

“O

Estado, empresas, empreendedores,investidores e os habitantes das regiões,tudo têm feito atrair os turistas”,salientou Alberto Ramos.

“O turismoé umapeça-chaveda economiaportuguesa”

NEGÓCIOS INICIATIVAS TURISMO - GERIR O FUTURO

Alberto Ramos, CEO do Bankinter Portugal, na 4ª edição da Plataforma Empresarial sobre tema o Turismo: Gerir o Futuro.

Filipe Farinha/CM

Os desafios que asempresas enfrentam epara os quais solicitamo nosso apoio sãotambém desafios queestimulam o Bankintera procurar soluçõespara a sua actividade.O seu sucesso estimulao nosso.ALBERTO RAMOSCEO do Bankinter Portugal

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ESPECIAL I 03TERÇA-FEIRA26JUNHO 2018

OS NOMESDO TURISMO

AlbertoRamos,CEOdoBankin-terPortugaleAndréVeríssimo,directordoJornaldeNegóciosfi-zeramasaudaçãodeboasvin-dasda4ªediçãodaPlataformaEmpresarial sobretemao“Tu-rismo:GeriroFuturo”,organiza-dapeloJornaldeNegócioseoBankinter,queserealizounoHo-telConradAlgarve,a5dejunhode2018.ContoucomAnaMen-desGodinho,secretáriadeEsta-dodoTurismo,naaberturainsti-tucional.Noprimeiropainel, “Turismo-GeriroFuturo”,participaramBernardoTrindade,presidentedoPortugal INegestordoGru-poPortoBay,DesidérioSilva,presidentedaRegiãodeTuris-modoAlgarve,HélderBritoCarrasqueira,directordaEscolaSuperiordeGestão,HotelariaeTurismodaUniversidadedoAl-garve,RodrigoMachaz,mem-brodoConselhoGeral daAHP–AssociaçãodeHotelariadePor-tugal egestordoGrupoMemmoHotéis.Nosegundopainel, “CaseStu-diesdeSucesso”, estiverampresentes IsabelDelgado,direc-toradedesenvolvimentoemarketingdoZoomarineAlgar-ve, JoséLuisVega,directordebancadeempresasdoBankin-terPortugal, LuísCarmoCosta,CEOdaNeoturis, eNazirSacoor,parceirodoGrupoHPAeCEOdoLongevityHealth&WellnessHo-tel.Osdebatesforammodera-dosporAndréVeríssimo.

“OobjectivodoBankinterquan-do chegou a Portugal foi o deapoiarasfamíliaseasempresasnoseucrescimento”,disseJoséLuisVega,directordabancadeempresasdoBankinterPortugal.“Osnúmerosestãoademonstrarisso”.Osectordoturismorepre-senta7%doPIBportuguês,porisso,é“nãosóumsectoremqueobancoquerestarcomotemdeestar”.Oprincípio, queéválidoparatodosossectores,éque“sãoapoiadosprojectosbaseadosembusinessplansrealistas,eapoia-dos numa estratégia tambémcorrectaerealista”.

Paraseterumaideiadacon-fiança que o Bankinter temnosectorturístico,oBankintercriouumaSocemi(SociedadesCoti-zadasdeInversiónenelMerca-doInmobiliario),queestácotadanaBolsadeMadrid,cujoobjecti-voéinvestiremhotéisemPortu-galeEspanhacom200milhõesdeeurosdecapital.

Mais crédito ao turismoRevelaqueéumnegócioemquetêmconfiança, tendoorestantecapitalsidocolocadoemclientesdebancaprivadae investidoresinstitucionais. “Senãovíssemoscombonsolhosofuturodoturis-mo,dahotelaria,nãoteríamosto-madoestainiciativanemosinves-tidoresteriamcolocadooseuca-pital”.OBankinteremEspanhaapoia,desdehámuitosanos, os

principaisgruposhoteleiroses-panhóis.

“Não temosmuitosprojec-tosnaáreadoturismoparaaná-lise e gostaríamosde termais”,afirmou José Luis Vega. “OBankintertemdisponíveismaisde mil milhões para apoiar asempresas,em2018,massetiver-mosmaisbonsprojectos,conce-demosmais crédito”, afirmou.Estãoaultrapassarosobjectivos,“porissoestamosoptimistasemrelaçãoa2018”.Prevêemfinan-ciarcercade7%destemontanteaempresasdoturismo.

“Temos umaofertaabran-gente comcapacidade para fi-nanciardesdeocapitalcirculan-tedasempresasatéaoacompa-nhamentodeprojectosdeinves-timento dos clientes”, aduziuJosé Luis Vega. Adiantou queparaosprojectosmais comple-xosemtermosdefinanciamen-totêmabancadeinvestimento.

Todosossectorestêmoseurisco,dependedecadaprojecto.“Háprojectosqueestãobemes-truturados, comníveis de capi-taisprópriosadequados,quedãoconfortoaobancofinanciador”,afirmouJoséLuisVega.TantomaisqueoBankinter temumafilosofiade riscoprudente, poisos “bancosprecisamde serpa-gospelosseuscréditosparapo-deremremunerarosaforrado-reseemvoltaraemprestarparapodercrescer”.� FSF

Bankinter quermais projectosde investimentoNão temos muitos projectos na área doturismo para análise e gostaríamos de termais”, afirmou Jose Luís Vega.

José Luis Vega, director da banca de empresas do Bankinter Portugal.

Filipe Farinha/CMOs números de 2016-2017 têmsidobonsemtermosdehóspedes,dedormidas,dereceitas,masAnaMendes Godinho, secretária deEstadodoTurismo,salientou que“as receitascresceramodobrodonúmerodoshóspedes, crescimen-tode 19,5%dareceitas turísticasem2017. Sublinhouque “67%dasnovasdormidasemPortugalacon-teceramforadaépocaalta”.

Registou-seumagranderecu-peraçãodaautonomiadasempre-sase, sobretudo, acriaçãodeem-prego.Entre2011e2015, o turis-moperdeu10%daforçadetraba-lho.Desdejaneirode2016oturis-mo criou82mil novos postos detrabalhonumuniversode360miltrabalhadores.

Ligações aéreasDesde2016tivemos185novasro-tasaéreasparaPortugal.Algumaseramrotas que jáviajavamparaPortugalmasoutrasatingemno-vosmercadoscomoanovarotadePequimouaduplicaçãodasrotasparaosEstadosUnidos. “O quepermitiuumgrandecrescimentodomercadonorte-americano,talcomoacontececomobrasileiro”.Asligaçõesaéreassãoumacondi-çãoessencial paraocrescimentodoturismo.Em2005,60%dapro-curaturísticaconcentrava-se emquatro mercados emissores, em2017,baixoupara49%.

Nos primeiros trêsmeses de

2018crescemos 17,4%emrecei-tas turísticas, apesardarecupera-çãodedestinoscomoEgipto,Tu-nísiaeTurquia,acimade100%.“Onossoritmodecrescimentoéodo-brodeEspanha, oquedemonstraadinâmica, que seestáavivernoturismo, não é umadinâmicademoda,masestrutural”.

Viver, investir, estudar“Portugalpromove-seavárias

dimensõeseoturismoservedeins-trumentodepromoçãodePortu-gal paraviver, investir, trabalhar,estudar”,referiuAnaMendesGo-dinho.Revelouaindaoinvestimen-tode620milhõesdeeuros feitospor 2700 projectos nos últimosdoisanos, eoimpulsodetecnolo-giaenovas ideias, com250start-upsem2017naáreadoturismoemprocessodeaceleração,aquesese-guirão 350, em 2018. SalientouaindaaredeentreasinstituiçõesdeformaçãonoministériosdaEco-nomiaedoEnsinoSuperiorparaqualificaçãotantoonjobcomodeformaçãoderecursoshumanos.

“As nossas prioridades sãocrescervalor,garantirquesecres-ce emtodoo territórioparagerirfenómenosdesobrecargaque te-mosemalgumasregiões,eocres-cimento do turismo ao longo detodooanoparaserumaactivida-de sustentável do ponto de vistaeconómicoe financeiro, edeem-prego”,concluiu.� FSF

“É essencialcontinuar a investir”

Portugal não pode abrandar o investimentoporque tem de continuar a garantir a ofertae que atinge os mercados interessantes

OBankinter temno seu ADNapoiar asempresas e aeconomia.Nasceu comobanco industrialhá 53 anos, muitovocacionado paraesse apoio àsempresas. AnaMendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, lançou o debate.

Filipe Farinha/CM

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04 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA26JUNHO 2018

NEGÓCIOS INICIATIVAS TURISMO - GERIR O FUTURO

enho-me recusado afalar de época alta,ou baixa, procuro

falar de umAlgarve todo o ano”,referiuDesidério Silva,presidentedaRegião deTurismodoAlgarve.“Emtermos de indicadores, comodizemos, a época alta do Algarveestá feita e este ano vai ser muitosemelhante ao do ano passado.Onosso esforço é o que fazemos apartir de Outubro atéMaio. Esteperíodo é que precisa do esforçoda região”.

“Partimosdeumabaseedeumadiferençamuitogrande,queéumaépocaalta comtaxas de ocupaçãoacimados90%eumaépocabaixacomtaxasentreos25eos30%.Em2015tínhamosumataxadeocupa-çãode49a50%e,noanopassado,conseguimos 65%, em termos

anuais”,explicouDesidérioSilva.Eregistaram-se as quebras das ope-raçõesaéreasdaMonarch,AirBer-lineNikki. “OnossofocoprincipaltemdeserdeOutubroaMaio, e seconseguirmoscaptarmaisgente,fazcomque a taxade ocupação anualsejamuitosuperior”.

As ligações easnovas rotas sãoumesforçoqueestáaserfeitopeloTurismodePortugal, secretáriadeEstado,AeroportodeFaro,RegiãodeTurismo,Associações,massóseconsegueconvencerosoperadoresturísticoseascompanhiasaéreassehouverprodutoeofertaturísticosese os hotéis estiveremabertos e osrestaurantes afuncionar. “Quandose faladasazonalidade, faltampis-cinas cobertasnoAlgarve, ditoporvários operadores”, aduziu LuísCarmoCosta,CEOdaNeoturis. “O

nosso foco é conseguirquedeOu-tubro aMaiohajaumaofertaqua-lificada,diversificada”,refereDesi-dérioSilva.

Requalificação hoteleira“Podemos dizer que oAlgarve é amelhorregiãoturísticaedegrandediversidade, mas nos temos é deconvencerosmercados emissoresdeturistas”,sublinhaDesidérioSil-va.Acrescentaque “de fora, aper-cepçãoquese temdaregiãoémui-to positiva e, por isso, temos de amanter,porquepodefazertodaadi-ferença,numaalturaemqueosou-trosmercados estão avalorizar-see a ter outra forma de comunica-ção”. Mas não deixa de observar“quenãosepodecompetirpelopre-ço, mas é possível competir pelaqualidade de serviço e da oferta.

Sermos simpáticos e hospitaleirose terumaofertadequalidade”.

ParaopresidentedaRegiãodeTurismodoAlgarve,“hámuitotra-balho a ser feito pelas entidadespúblicas e pelos empresários”.Nasuaopinião, oAlgarvenãoprecisademaishotéismasdarequalifica-çãodevárioshotéisnaregião,paramelhorar a qualidade da oferta e

oferecer um patamar acima dequalidade.

“Está-se a ganhar dinheiro háquatroanos,porissoestánahoradeinvestirnarequalificaçãoemoder-nização, comoalgunshoteleirosfi-zerameoutros estão afazer”, assi-nalouLuísCarmoCosta, CEOdaNeoturis.

Referiuaindaaquestãodafor-maçãoedaqualificação.“Asuniver-sidades, os politécnicos, as escolashoteleiras estão afazerumgrandetrabalho, em conjugação com osempresários,mas é umadas áreasemquetemdehaverumainterven-çãomaior,porquenãopodemosterosmelhorehotéiserestaurantessenão tivermos asmelhores pessoasqualificadasecomformação”,con-cluiuDesidérioSilva.�

FILIPE S. FERNANDES

Algarve para todo o ano

Para Desidério Silva, a preocupação principal está em alargar a época turísticade Outubro a Maio, porque na época alta a taxa de ocupação já está acima dos 90%.

“T

André Veríssimo moderou a conversa com Bernardo Trindade, Desidério Silva, Hélder Brito Carrasqueira e Rodrigo Machaz.

Filipe Farinha/CM

Podemos dizerque o Algarveé amelhor regiãoturística e degrande diversidademas nos temosé de convenceros mercadosemissoresde turistas.DESIDÉRIO SILVApresidente da Região deTurismo do Algarve

Quando se falada sazonalidade,faltam piscinascobertasno Algarve,segundo váriosoperadores.LUÍS CARMO COSTACEO da Neoturis

53%TAXADE OCUPAÇÃOEm Portugal, esteindicador passou de39% em 2005 para53% em 2017

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ESPECIAL I 05TERÇA-FEIRA26JUNHO 2018

“OAlgarveprecisadeserverdadei-ramenteregenerado,atéporquehátodasascondiçõesparaconseguireparaganhar,poisestácátudo”,de-fendeuRodrigoMachaz,membrodo conselho geral daAssociaçãoPortuguesadeHotéis.

MasaregeneraçãodoAlgarvepassaporduascoisasessenciais.“Aprimeiraésabermuitobemoquequeremos,queAlgarvequeremos,ecomoéqueoqueremos.Eissoim-plicaumareflexãoprofundaees-peroquenopróximoCongressodaAssociaçãohajaumpainelsósobreoAlgarve.Oqueimplicaumapar-tilha entre todos e não as váriasquintinhas,temdeserumprodutocomoumtodo,ondetêmdecabertodos”,sugeriuRodrigoMachaz.

Essa regeneração tem a vercommodernidade,seractual.“Po-demosincluir todasasactividades,mas temosde saberoquequere-mos,etêmdesercompatíveiscomo que a região pretende oferecercomoturismo”, salientou.Nasuaopinião, temde ser um caminhodiscutidoepartilhadoportodosecomumaestratégiadelongoprazo.“ComoéquepodemosregeneraroAlgarve? Passapeloentendimen-toentreaspessoas.Parecefácilmaséomaisdifícil”, concluiuRodrigoMachaz.

“Quandofalamosdarequalifi-caçãodaofertadonossoprodutojáéumaspectorequeridopelosnos-sos clientes, e quem conhece ohardwaredaactividadehoteleira

sabeaimportânciaenecessidadedestes investimentos.Oparticularolhardosstakeholdersébem-vin-doe indiscutivelmentenecessárioquearequalificaçãoseváfazendo”,salientaBernardoTrindade,presi-dentedoPortugalIN.

EnvolverosautarcasParaDesidérioSilva,queconcordacomanecessidadederegeneração,numaregiãoemqueháumconjun-todeactoresquetêminteresses,émuitodifícil conjugaressesváriosinteresses.Referiuque“aindanãoconseguimoschamarparaestadis-cussãoosautarcaseosmunicípios,quesãoosprincipaisresponsáveispelosterritóriosequetêmumpa-pelnesteprocessoderequalifica-çãoouderegeneração.PorissotemdesecontarcomosautarcasecomaAMAL,atéporcausados trans-portes”.Mastemdeserfeito.ComoreferiuBernardoTrindade,“adinâ-micadoAlgarvenãoéhojeconce-

lhia,masécompósita,queenvolveumconjunto vasto de dinâmicasempresariais,associativas,ede in-tervençãopública”.

O plano de ordenamento doterritório,oPROTde2007,man-tém-seeéprecisodiscuti-loeadap-tá-loànovarealidade.“Quandosefalaemturismodesportivo,emtra-zermaispessoas,diversificarestetipodeofertas,onossoPROTdizqueos500metrosapartirdalinhadeáguaeos2500metrossóserveparahotéis,nãopodendoserfeitoscentrosdeestágios, edifíciosparageriatria, equipamentosdeoutranatureza”,exemplificouDesidérioSilva. Estas limitações são o queLuísCarmoCosta,CEOdaNeotu-ris,chamariscoadministrativo,queosinvestidoresestrangeirosincor-poramnassuasanálisesdeinvesti-mento, “poisosgrandesprojectostornam-semaiscomplicadosporcausadasquestõesdoordenamen-to”. � FSF

“Há 30 anos quando começá-mosalicenciaturaemgestãoho-teleiraeramraras as licenciatu-ras. Hoje generalizou-se, feliz-mente,masnãosentimosfaltadeprocura, antes pelo contrário”,referiuHélderBritoCarrasquei-ra, director daEscolaSuperiordeGestão,Hotelaria eTurismodaUniversidadedoAlgarve.Masaoferta estende-se amestradosemgestãoedirecçãohoteleira,eemturismo, “equesãofrequen-tadosporpessoasquejáestãonomercado de trabalho uma vezque as propinas são altas”. Temumapós-graduaçãoemactivida-des imobiliárias, faz um cursotécnico superiorprofissional naáreadeanimação turísticaede-pois tem cursos curtos de lín-guas,finançasparanãofinancei-ros,edeExcelavançadocomummódulo de análise de dados, aque se vai juntar, no próximo

ano, umcurso de análise de da-dos.

Estudos e I&DAEscoladeGestão,HotelariaeTurismotambémrealizaestudosaplicados.Estãoafazeroestudodeavaliaçãodo impacto socioe-conómico do empreendimentoQuintadaOmbria,emLoulé,decapitais finlandeses. Participa-ramnoplanodemarketingparaaRegiãodeTurismodoAlgarve,noestudodosurfcomoprodutoturístico paraAljezur, no levan-tamentodoturismoresidencial,que deverá ser actualizado, noestudodoimpactoeconómicodoRallyedePortugalparaoACP.

Na área de Investigação eDesenvolvimento,comumapro-dutoradesoftwaredeturismodaregião, aVisualforma-Tecnolo-giasde Informação, fizeramumestudo sobre o SmartRevenue

Management. Este produto degestãodareceitatemporobjec-tivo vender amaior quantidadede quartos pelo melhor preçopossível tendo emcontaapere-cibilidade do inventário, a con-corrência,asvariáveisdaprocu-raeacomplexidadedasrelaçõesentre os diversos canais de dis-tribuição.

Realizaaindaestudos inter-nacionais comoutras universi-dades como aCa’ Foscari Uni-versidade deVeneza, Universi-dade de Split, Universidade deMálaga,Geographical InstitutedaSlovenianAcademy.ComooShapeTourismsobredestinosdabaciadoMediterrâneo,quedeuorigem a uma ferramenta queestá disponível em shapetou-rism.eu, que temvários dados eatégráficosinteractivosdoscon-celhos do Algarve com outrosdestinos turísticos. � FSF

Uma escola para o turismo

A Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarvetem não só licenciaturas, mestrados, pós-graduações ou cursos curtos, comofaz estudos aplicados e investigação e desenvolvimento em turismo.

O futuro passa pela regeneraçãoA conciliação de tantos interesses complica umaestratégia comum de longo prazo, que passa porenvolver os autarcas, até porque o ordenamentodo território precisa de ser repensado.

Entre as principais infra-estruturasnecessáriasestãoarequalificaçãodaEN125, entre Olhão e Vila Real, e aelectrificaçãoda linhaferrovia.

Os investimentospúblicos

“Tivemosmaisdormidasdeestrangei-ros no Algarve que Lisboa e Porto so-mados.Oquedáideiadarelevânciadaregião. Somosaprincipal região turís-ticadePortugal, aquemais receitas eproveito tem e isso deve-se ao esforçodaquelesqueno terrenoprocuram teressaoferta. Por isso é importante queasinfra-estruturaspúblicastenhamumacompanhamentoporquepodemosterosmelhores hotéis domundomasde-poistemosdeterinfra-estruturas”,sa-lientouDesidérioSilva.Asprincipais infra-estruturasnecessá-riassão,sobretudo,arequalificaçãodaEN125,entreOlhãoeVilaReal,aelectri-ficaçãodalinhaferrovia,ealigaçãofér-rea entre Faro e o aeroporto de Faro,umintermodaleumarededetranspor-tes na região. “Além disso, e sem falarno pagamento de portagens, refiro aformade pagamento que é umades-graçaquandosevemdeEspanhaparaentrarnoAlgarvepelaViado Infante”,considerouDesidérioSilva.Por suavez, Luís CarmoCosta, CEO daNeoturis, referiu-se adois tipos de in-segurançanoAlgarve, que podem serduas ameaças em termos de futuro equesãoasegurançarodoviáriaeasaú-depública. “Ahistóriada125, comodi-riauminglês,sópodeserumajoke,poisnão é estrada que se apresente paraquem quer ser um player no turismomundial. Aoutraé aquestão dasegu-rançanasaúde.Oanopassadoumapes-soacomapendicite tevede irparaLis-boa, de helicóptero, para seroperadaporquenãohaviaanestesistanoHospi-tal deFaro.Quemquerserumdestinoa sério não pode ter estas inseguran-ças”,alertouLuísCarmoCosta.

Tivemos maisdormidas deestrangeiros noAlgarve que Lisboae Porto somadosDESIDÉRIO SILVApresidente da Região de Turismodo Algarve

Aescolatem laboratóriosondeseprocedeaessetreinopráticoeumprotocolocomoHotelEvaparaen-sino em contexto profissional. Noâmbito do plano tecnológico paraospolitécnicos,“oprimeiroprojec-to que vamos candidatar é a casadoreitor,ondefazemoshojeonos-so laboratório e que queremostransformarnum hotel escola in-terno”, revelou Hélder Brito Car-rasqueira. Prevê uma cozinha dedimensão industrial, bar, restau-rante,recepção,quartos.“Éumla-boratóriodetreinoparaqualificarmelhorosrecursohumanoseirdeencontroàsnecessidadesdaregiãoe dos empresários e valorizar ascompetênciasparaqueelassejammelhorremuneradas”.

Hotel escola

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06 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA26JUNHO 2018

Longevity Health &Wellness Hotel é umaempresadedicadaaotu-

rismowellness e temduas opera-çõesnoAlgarve.TemumaparceriacomoVilalaraThalassaResort,emque é acomponentemedical SPA.“Somosumparceiroespecíficoparaumsegmentodosváriossegmentosque oVilalara recebe”, referiuNa-zirSacoor,parceirodoGrupoHPASaúdeeCEOdaLongevityHealth&WellnessHotel.

O ano passado abriu oLonge-vityCegonhaCountryClub,emVi-lamoura,quetevecomovisãocriarumprodutoturísticowellnessapre-ços acessíveis. “Sentíamosqueha-viaprocuranomercado,mas sem-pretivemosaambiçãodeteronos-so flagship, um produto 100% debem-estar,associadoaumasériedecaracterísticas aque é necessárioobedecer”,esclareceuNazirSacoor.

Aliança com o HPA SaúdeEstavamafalarcominvestidoresdazonadeCascais eSintra, quandoogrupoHPASaúdeosabordoupor-quetinhaumprojectoparaoAlvor,jáháalgumtempo, de umhotel desaúde. OGrupoHPASaúde, fun-dadoporJoãoBacalhau,éomaiorgrupoprivadodesaúdedoAlgarve,eestánumafasedeexpansão,comumgrandeprojectodeumhospitalprivadonaMadeira.

“Percebemos que, comaforçadaáreamédicaedesaúdedogrupoHPAconseguiríamos desenvolverumprojectofortedopontodevistadesaúdeebem-estar.Estaintegra-çãoestáaserfeitanestemomento,naconceptualização do detalhe, eseráumconceitomuitodiferencia-do e terá impactonos turistas”, sa-lientouNazirSacoor.

OLongevityHealth&WellnessHotel, frutodeumaparceriaentreoGrupoHPASaúdeeaLongevityWellnessWorldwide, deveráabrirportas na Primavera de 2019 emAlvor, noAlgarve. “Se conseguir-mos,nosprimeiros3a5anos,exe-cutar o plano denegócios vão sur-

girmuitas oportunidades emPor-tugal e no estrangeiro”, salientouNazirSacoor.

Clientes doMundo“O turismo médico e o turismowellnesssãoduasavenidasqueca-minhamemparalelo,têmintersec-ções,masasmotivaçõessãomuitodiferentes ”, explicaNazir Sacoor.“Quem procura uma operaçãoplástica,ouregeneraçãopordetox,estáacompararcomoutrosprodu-tos específicos, não está a compa-rar com países”. Este tem de terumaconceptualização da solução

health ewellnessmuito bemdefi-nida, comprofundidade, amplitu-de, impacto,queéoqueprocuram.

OVilalaraé umproduto cincoestrelas,etemclientesdesdeoRei-noUnido,MédioOriente apaísesde línguarussa.EmVilamoura, re-gistam-se muito mais clientes daEuropa.

Para o produto que nasce em2019, oLongevityHealth&Well-nessHotel, a clientela serádaEu-ropa,Rússia,MédioOriente “eco-meçamos a ver omercado norte-americanoaatravessaroAtlântico”,garanteNazirSacoor.�FSF

NEGÓCIOS INICIATIVAS TURISMO - GERIR O FUTURO

Neoturiséumaempresadecon-sultoriaemturismoehotelaria,etrabalhatantoparaosectorpú-blicocomoprivado.Ocorebusi-nessestánosestudosdemerca-do,definiçõesdeconceitosees-tudosdeviabilidade.Desdehá15anos,como30%docapitalédaCBRE,“estamosemtransacções,projectosdeinvestimentonosec-torimobiliário, turismoedaho-telaria”,disseLuísCarmoCosta,CEO daNeoturis. “Neste mo-mentoestamoscomquatropro-jectosnoAlgarve, oqueaconte-ce,desde2000,quandonasceuaNeoturis”.

Nosúltimostem-seassistidoaummaiorinteressedeinvesti-doresestrangeirospeloAlgarve.“Em2011oinvestimentoestran-geiroparavanosPirinéus,ede-poisdesceuporBarcelona,Ma-drideLisboa.Quandoosdesem-penhosdoAlgarvecomeçaramasersignificativos,surgiuinteressepeloshotéiseempreendimentoscomcomponentesturísticas.”,re-feriuLuísCarmoCosta.

Osinvestidoresmanifestaminteresseporalgunsprojectosderequalificação,sóqueesses“pro-jectosouestiveramnagavetaouamarinaremalgunsbancosesãoprojectosquetêmdezanos.Fala-mosdeprojectosturísticos-imo-biliários,emqueastipologiasque

estavamdefinidasnãosãoasqueosclienteshojequerem.Umadascoisas quemais se queractual-mentesãoapartamentosemenosvivendasindividuais”,explicou.

Osciclosde investimentoLuísCarmoCostatemestadodealgumaformaligadoaoprojectodeVilamoura,desdeostemposdeAndréJordanatéàmediaçãocomaCBREdavendarecenteàLoneStar.OfactodeumfundodestadimensãoterentradonoAl-garve,despoletouointeressedeoutros fundos que olham paraprojectosdehotéis, comcampodegolfe,porexemplo,eimobiliá-rio.Mashácadeiashoteleirasin-ternacionais,comoasespanho-las,interessadasemactivosnoAl-garveenãooconseguemporquenãohá,sãocarosouosprojectospararequalificaçãosãolongos.

“Estamosnumciclopositivo,achamosquepodedurarmaisal-gunsanos,mashásempreriscos,talcomoaconteceuem2008,nãoseestavaàespera,massucedeu.Masjápassámosparaumoutropatamar.Mastemosdevivermaisdepressa”, referiu Luís CarmoCosta.Osinvestidoresinternacio-naistêmoutraagilidade,umavi-sãomundialdosinvestimentosesenãoderemPortugalvãoparaoutrosítio.�FSF

A

Cadeias hoteleirasinternacionaisprocuram hotéis

Fundos de investimento e cadeias hoteleirasinternacionais, principalmente espanholas,querem adquirir activos turísticos no Algarve.

Luís Carmo Costa, CEO da Neoturis, tem projectos no Algarve desde 2000

Filipe Farinha

O turismo da saúde,bem-estar e beleza

O turista médico e o turista wellness comparam produtos específicos, nãocomparam com países. O Longevity Health & Wellness Hotel, que abre em2019, terá clientes da Europa, Rússia, Médio Oriente e Estados Unidos.

NazirSacooré CEOdaLongevityHealth&WellnessHotel, queabre em2019

Filipe Farinha

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ESPECIAL I 07TERÇA-FEIRA26JUNHO 2018

Os salários no turismoe as condições de vida

Os salários do turismo podem “não sermuito estimulantes paraatrair talen-tos”, referiu HélderBrito Carrasqueira. Bernardo Trindade sublinhou os pro-blemas de habitação e demobilidade paraa fixação demão-de-obra.

OsdadosdoINEsobreossaláriosnoAlgarve no turismo “não são con-fortáveis”,analisaHélderBritoCar-rasqueira, directordaEscola Supe-riorde Gestão, Hotelaria e TurismodaUniversidadedoAlgarve.“Temosvaloresemque,quandosecolocamos salários da restauração, ficampouco acima do ordenadomínimonacional, quenãoédetodoestimu-lanteparaatrair.Quando incluímososdadosdahotelaria,osvaloressãosuperiores,emboraessa preocupa-çãoexista juntodosestudantes”.Entende o professor universitárioque “temos umaoferta demasiadoplana na hotelaria, por estrelas enãoporprodutos,comotemevoluí-do omercado espanhol ou as prin-

cipaiscadeiasdomercadoespanhol.Naturalmente,searentabilidadeformaior,pode-seremunerarmelhor”.Rodrigo Machaz aduziu que “gos-tava de pagar o dobro mas quempaga os salários são os clientes.Portanto, para mim, a lei laboraltem de ser tão flexível e ágil comoonossonegócio, queestáconstan-temente a mudar. Enfrentamos asazonalidademastemosumalei la-boral que quase nos obriga a nãorenovaros contratos”.“No Algarve, a sazonalidade impe-deumaescalaóptimaeimpedeumafixação de recursos humanos, umacaptaçãoderecursoshumanosqua-lificadoseéumproblemaqueexis-te”, salientou Hélder Brito Carras-

queira. O que levou Bernardo Trin-dade a referir o esforço que as em-presasturísticastêmfeitonaforma-ção on job. Tem havido redução dasazonalidade, mas, todos os anos,“temosdenarentréevoltaraomer-cadoparaencontrarestevastocon-juntode colaboradores”.O ex-secretário de Estado do Turis-mo referiu que há aspectos logísti-cos no Algarve, em que a ajuda doEstadoérequerida,comoumarededetransportesquefaciliteamobili-dadeprofissionalentreconcelhos,eque tenhaem contaasquestõesdahabitação permanente, “em quemuitasvezesamão-de-obratemdeirviverparalongedos locaisdetra-balho”.�FSF

“OZoomarineestánoAlgarvehá27anose temapostado semprenumaofertadiferenciadafaceaoprodutoâncoraqueéosoleapraia”, referiuIsabelDelgado,directoradedesen-volvimentoemarketingdoZooma-rineAlgarve. “Temos apostadonacomunicaçãoenadiferenciaçãodonossoprodutoenãoéporacasoquesomosconsideradosumdosmelho-resdezparquesdaEuropaeumdos25melhores parque temáticos doMundo,segundoopiniõesdosutili-zadores doTripadvisorquevisita-ramparquesaquáticosem2017”.

Parachegaraestenível temdese “trabalharmuito e investirmui-to”, acentuou.Este reconhecimen-totrazpessoasquequeremviraoAl-garveeaoZoomarine,ondeencon-tramprogramasquenãoexistememmais local nenhum da Europa,comoodeinteracçãocomgolfinhos.

Aberto: Março a Novembro“OZoomarineéhojeumamar-

ca do Algarve”, reconhece IsabelDelgado.Nasuaopinião, éumfei-toparaoAlgarveporqueoZooma-rinepoderiaestaremLisboaounaMadeira. Durantemuito tempo oZoomarine foi umcomplementodoAlgarve, refere IsabelDelgado,mas hoje “podemos dizer que so-mosumparceiroimportanteecon-seguimosjásópornóstrazerclien-tes paraoAlgarve”. OZoomarinefoi inaugurado a 3 de Agosto de

1991eestá localizadonaGuia, emAlbufeira, umadas principais zo-nas turísticasdePortugal.

Durante17anos ,oZoomarineesteveabertotodooano.“Comote-mos uns custos fixos elevados nãofoipossível continuarafazer issoefomos obrigados afecharparte doano, porquenão temos clientes. Écomplementaraoshotéis,masnãoconseguimossuportarocustodeteroparqueaberto todooanoporquenão temos visitantes que o justifi-quem.EmNovembro do anopas-sado abrimos três vezes por sema-naenãoresultou”.Porisso,esteanoestãoafuncionarde1deMarçoa3deNovembro.

Osanimaiseostreinadoressãoumcusto fixoanual,masomodelodenegócio,emqueatravésdacom-pra de umbilhete se temacesso aumaofertavariadadesdeosanimaisàspiscinas,precisademuitosrecur-sosparafuncionar. “Oscustos comosrecursoshumanossãoelevadosenãoconseguimosteraspessoastodooano”,afirmouIsabelDelgado.

OZoomarine“temtidoaousa-diadeinvestiremperíodosquenãoseriamuitoprovável investir”.Nosúltimos anos de crise têmfeito in-vestimentosparafazercresceroseumercadoeos clientes. “Nãoémui-to fácil porque não temos muitosapoios e os processos são longos emuitoburocráticos”, referiuIsabelDelgado.�FSF

Zoomarine,uma marcado AlgarveÉ considerado um dos melhores parques temáticosdo Mundo, e tem programas que não existem naEuropa como o de interacção com golfinhos.

Isabel Delgado é a directora de marketing do Zoomarine Algarve.

Filipe Farinha

OS NÚMEROS

1º TRIMESTRE DE 2018Hóspedes (milhares)

• Total 3 693,0• Algarve 520,4 (+8,1%)

Quotadeestrangeiros• Total 56,2%• Algarve 70,3%

1º TRIMESTRE DE 2018Dormidas (milhares)

• Total 9 479,2• Algarve 2 267,1 (+5,6%)

Quotadeestrangeiros• Total 71%

• Algarve 83%

RECEITASDO TURISMO

2 596,2milhões de euros

PRINCIPAIS MERCADOSEspanha, Reino Unido

e Alemanha

2.700projectos turísticoscom

um investimentode620milhõesdeeuros

30.000artigossobrePortugal

naimprensainternacional,odobrode2015

15.153,4milhõesdeeuros

dereceitas

10.860,7milhõesdeeuros

desaldonabalançaturística

57.000novos

empregos

6.090empresas turísticascontra2000em2015

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