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8/7/2019 Conectivismo e o estudo do cotidiano escolar e social no sculo XXI implicam a resignificao dos processos de ensi
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Conectivismo etc e tal
Alice Maria Costa1
Conectivismo e o estudo do cotidiano escolar e social no sculo XXI implicam a
resignificao dos processos de ensino e aprendizagem mediados pelas hipermdias que
significa "a integrao sem suturas de dados, textos, imagens de todas as espcies e sonsdentro de um nico ambiente de informao digital (FELDMAN, 1995 apud
SANTAELLA, 2008:48)."Neste sentido, uma investigao sobre conectivismo implica
o estudo do cotidiano social em seus arranjos ciberculturais no ps modernismo. E
ainda em dialogar com educadores que de forma emergente, devido a sua formao
humana ter sido determinada pelas tecnologias de sua poca, ou seja, por sua condio
de imigrante digital precisam co-criar situaes de aprendizagem que utilizem o
potencial destas tecnologias digitais.
Pensando nesta problemtica da aprendizagem com/no/em ambientes onlineiniciei uma conversa sobre como Pesquisar nos/dos/com os cotidianos das escolas
(ALVES, 2008) implica em vivenciar situaes de aprendizagem na minha relao com
o outro. Segundo (DOWNES & SIEMENS, 2008), "at its heart, connectivism is the
thesis that knowledge is distributed across a network of connections, and therefore that
learning consist of the ability to construct and traverse those networks". Para tal, as
ideias conexionistas que surgiram na dcada de 1940 trouxeram o sentido que mltiplos
elementos associados de forma totalmente aleatria passam qualificar as sinapses
(conexes) que nos fazem imergir num oceano espontneo e efmero (SANTAELLA,
2008; PESCE: 2004; FERRAO, 2008). Neste contexto, posso afirmar que a
construo do conhecimento pode ser entendida, sobretudo como um ato social em
contraponto com a aprendizagem cartesiana de acordo com os estudos realizados por
Brown & Adler (2007).
Para a pesquisadora Santaella (2004:34) a capacidade humana de pensar e de se
relacionar nops modernismo sofreu total influncia da forma e mobilidade de contato
com a linguagem externa (verbal escrita, verbal imagtica, audiovisual etc)
conseguintemente ocorreram mudanas substanciais nas relaes sociais e profissionais,
assim como modificou a nossa "sensibilidade corporal, fsica e mental", cabe elucidar
que tal processo tem relao direta com o repertrio das 'tecnologias mudas', em
referncia ao conhecimento que aprendemos, devido ao uso constante sem o
1Participante voluntria do Grupo de Pesquisa Docncia na Cibercultura - GPDOC.
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determinismo do momento e do lugar, a exemplo da linguagem. Estas alteraes das
estruturas cerebrais, integrao explcita de ideias e de conceitos (e da relao entre
estes) e a ligao realidade social externa so algumas das ideias centrais da teoria do
conectivismo, segundo
Para referenciar as modificaes ocorridas desde a Idade Mdia aos dias atuaisSantaella (2004) diferencia trs tipos de leitores:
[...] o leitor contemplativo, meditativo da idade pr-industrial,o leitor da era do livro impresso e da imagem expositiva, fixa. Essetipo de leitor nasce no Renascimento e perdura hegemonicamente atmeados do sculo XIX. O segundo o leitor do mundo emmovimento, dinmico, mundo hbrido, de misturas sgnicas, um leitorque filho da Revoluo Industrial e do aparecimento dos grandescentros urbanos: o homem na multido. Esse leitor, que nasce com aexploso do jornal e com o universo reprodutivo da fotografia e docinema, atravessa no s a era industrial, mas mantm suascaractersticas bsicas quando se d o advento da revoluo eletrnica,era do apogeu da televiso. O terceiro tipo de leitor aquele quecomea a emergir nos novos espaos incorpreos da virtualidade(SANTAELLA, 2004:19).
Com estas associaes e modificaes contnuas da distribuio e vinculao das
informaes pelos softwares sociais, o conceito de rede social assume uma nova
potncia, o conhecimento vem sendo apreendido num tempo-espao alternativo a
escola, de forma contnua e no linear, as aprendizagens se do colaborativa e
cooperativamente, este fato nos remete a zona de desenvolvimento proximal (ZPD)
(VYGOTSKY, 1994) que mantm as trocas de informaes mais significativas
delegando o conhecimento secundrio a "half-life of knowledge", ao intervalo de tempo
necessrio que o torna obsoleto. Este movimento de partilha tempestiva nos leva a uma
desordem entrpica (PRIGOGINE, 1994 apud FERRAO, 2008) propicia a
reestruturao bsica das teorias de aprendizagem que no satisfazem as novas
condies da aprendizagem mediadas por computadores conectados internet e dos
usos dos softwares sociais.
Agora, convido a voc meu interlocutor a refletir comigo uma pedagogia para
alm das aprendizagens por experincia (STEPHENSON, no datado) e da pedagogia
da auto-organizao (ROCHA, 1998; BALANDIER, 1996), onde pessoas e instituies
esto conectadas. Siemens (2005:4) diz que "connectivism is the integration of
principles explored by chaos, network, and complexity and self-organization theories."
Acrescenta os princpios do conectivismo:
y Learning and knowledge rests in diversity of opinions.y Learning is a process of connecting specialized nodes
or information sources.
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y Learning may reside in non-human appliances.y Capacity to know more is more critical than what is
currently known
y Nurturing and maintaining connections is needed tofacilitate continual learning.
y Ability to see connections between fields, ideas, andconcepts is a core skill.
y Currency (accurate, up-to-date knowledge) is the intentof all connectivist learning activities.
y Decision-making is itself a learning process. Choosingwhat to learn and the meaning of incoming information is seen
through the lens of a shifting reality. While there is a right answernow, it may be wrong tomorrow due to alterations in theinformation climate affecting the decision (SIEMENS, 2005:5).
Como pensar num trabalho pedaggico conectado a estes princpios e noes do
conectivismo?
Referncias:
FERRAO, Carlos Eduardo. Currculos e conhecimentos em redes: as artes de dizer eescrever sobre a arte de fazer. In: ALVES, Nilda. GARCIA, Regina Leite. O Sentidoda Escola. 5 ed. Petrpolis: DP etAlii, 2008.
PEDRO, Neuza. Connectivism. DE-FCUL, Fundamentos e Metodologias de E-learningJaneiro, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 20 mar. 2011.
Santaella, Lcia. Navegar no ciberespao: o perfil cognitivo do leitor imersivo. SoPaulo: Paulus, 2004. - (Comunicao).
SIEMENS, George. Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. In:International Technology Et Distance Learning. Table of Contents January 2005.Vol 2. No. 1. Disponvel em: . Acesso em:18 jan. 2011.
WIKIPDIA, a enciclopdia livre. Ps-modernidade. 2011. Disponvel em:http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-modernidade#P.C3.B3s-Modernismo. Acessoem: 20 mar. 2011.
Webfotografia:
COSTA, Alice Maria. Avatar Marie Grafta no Janjii's Dreamland. Disponvel em:Metaverso Second Life. Acesso em: 20 mar. 2011.