Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns....

26
Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro Missão Operária São Pedro e São Paulo 1

Transcript of Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns....

Page 1: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Ícone da Mãe de DeusCláudio Pastro

Missão Operária São Pedro e São Paulo

1

Page 2: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Queridos amigos e amigas da Missão Operária São Pedro e São Paulo. Para nós é sempre uma imensa alegria partilharmos com vocês a graça de sermos testemunhas de Jesus lá onde o Senhor nos envia. Nesse ano de 2010 nós tivemos grandes mudanças. No último mês de Fevereiro nós deixamos definitivamente a casa de missão e formação do bairro Pinheirinho para nos lançarmos todos juntos em uma nova presença missionaria no bairro do Tatuquara (Sta Rita). Foram 15 anos de presença no Pinheirinho e nós damos graças à Deus por todos os amigos que lá conviveram e partilharam a missão conosco. Mas a nossa missão é assim... a exemplo de Jesus e de Paulo, itinerante.(Lc 4, 43)

Nossa presença no Bairro do Tatuquara está ainda no seu primeiro tempo... que é esse de escuta e conhecimento das pessoas que ai vivem. Pouco à pouco vamos conhecendo e nos fazendo conhecer das pessoas que convivem ao nosso redor. O que nos impressiona nesse primeiro momento é o dinamismo que aqui encontramos...O Tatuquara é um bairro em plena expansão, com uma população bastante jovem e dinâmica... e nós já podemos encontrar nas pequenas comunidades que frequentamos, homens e mulheres desejosos de aprofundar e viver na Fé, na Esperança e na Caridade em Jesus Cristo. Pedimos vossas orações para que o Senhor Deus abençoe todos os esforços missionários que aqui estamos presenciando e partilhando.

Outro momento importante para nós da Missão foi nossa Assembleia Geral que aconteceu em agosto desse ano em Echourgniac na França. Todos os irmãos da Missão ai se encontraram para partilhar e rezar juntos. Nessa Assembleia o tema que guiou nossas partilhas foi :

Santidade e Evangelização.É esse mesmo tema que nós guardamos para a nossa Carta Azul desse ano. Nós desejamos a todos vocês uma boa leitura e ficamos unidos a vocês pela orações.

Com imenso carinho, Os irmãos da Mopp

2

Page 3: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Todos os santos ea humildade de Coração

Jacques Loew, nosso fundador foi sempre um grande amoroso dos grandes Santos e Santas da Igreja. Eis aqui um trecho do seu livro: “Na Escola da Oração – aprendendo

a orar com os grandes mestres da oração”. Edições Paulinas, pg 219.

Num só golpe de vista, como se já estivéssemos com eles e no meio deles, peçamos aos santos seu segredo comum. Peçamos que nos digam de que maneira estes homens e estas mulheres, tão diferentes pela época em que viveram, por seu ambiente e idade, de que maneira conseguiram atingir aquele ponto de simplicidade e de equilíbrio, onde, ao mesmo tempo, a inaptidão e a audácia, a fraqueza e a santidade, o peso e a graça, numa palavra, a humanidade e Deus se conjugam e concelebram. Cada santo

é, pessoal e verdadeiramente, um maravilhoso protótipo onde aprendemos como Deus e o homem trabalham juntos.

Tomemos uma das últimas frases de santa Teresinha : “Sim, compreendi a humildade do coração. Parece-me que sou humilde”. ....Foi durante o período em que orientou as noviças que Teresa de Lisieux compreendeu o elo profundo e sutil que une a humildade à força e à grandeza. E caímos imediatamente no

3

Page 4: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

âmago da primeira e mais importante conclusão: a humildade não é fraqueza nem indolência. Teresa não apreciava as noviças que ela chamava de “gnangnan”, molengas. Deixou-nos um belo retrato do verdadeiro apóstolo: “Sei que me consideram severa. Elas (aquelas a quem ela chama de suas ovelhas) podem dizer o que quiserem, mas, no fundo, reconhecem que as amo com verdadeiro amor, que jamais imitarei o mercenário que, ao ver chegar o lobo, abandona o rebanho e foge. Estou pronta a dar a vida por elas, mas meu afeto é tão puro que não

desejo que o conheçam. Com a graça de Deus, jamais procurei atrair seus corações. Compreendi que minha missão era a de conduzi-las a Deus e fazê-las entender que, aqui na terra, vós sois, minha madre (dirige-se à sua superiora, Marie de Gonzague), o Jesus visível a quem devem amar e respeitar”.

Teresa coloca-nos, assim, na primeira pista: a humildade não é fraqueza. No cristianismo – isso lhe é característico -, a humildade entra em jogo quando se aspira à grandeza.

Jean Carlos – Elias e Fabiano durante a Assembleia em Echourgniac

4

Page 5: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Nós, gente do Povo

Aqui um pequeno texto de Madeleine Delbrêl, grande amiga da Mopp, tirado do livro “Nós Gente do Povo”, Editora Agir 1964, p 44

Há lugares em que o Espírito sopra, mas há um Espírito que sopra em todos os lugares.

Há pessoas que Deus toma e põe à parte.

Há outras que deixa na massa, que não “retira do mundo”.

São pessoas que fazem um trabalho comum, que têm um lar comum ou são celibatários comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As pessoas que se encontram em qualquer rua.

Elas gostam de sua porta que abre para a rua, como seus irmãos invisíveis ao mundo gostam da porta que se fechou definitivamente sobre eles.

Nós, gente do povo, cremos com todas as nossas forças que esta rua, que este mundo em que Deus nos colocou é para nós o lugar de nossa santidade.

Cremos que nada de necessário nos falta, pois se este necessário nos faltasse, Deus já no-lo teria dado.

5

Page 6: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

“Nosso jeito de ser” na IgrejaCada pessoa, cada comunidade tem uma vocação que vem de Deus!

Eis aqui um pequeno texto que fala um pouco nosso jeito mopp de viver no dia-a-dia a nossa vocação a sermos santos...

Muitos nos perguntam: “Quem são vocês da Missão Operária?” Ou ainda, “Porque e para que vocês vieram aqui no bairro do Santa Rita?” Para responder eu gostaria de falar do nosso jeito de ser na Igreja. Os membros da Missão Operária fazem parte dessa grande família que na Igreja chamamos de consagrados. São homens e mulheres que além de viverem as exigências do seu batismo se consagram a Deus fazendo votos e promessas de seguirem os conselhos evangélicos: castidade, obediência e pobreza (um estilo de vida simples).

Toda comunidade de homens ou mulheres consagrados(as) tem um carisma suscitado por Deus para servir! Os carismas são certamente diferentes, mas nenhum é melhor do que o outro. Pelo contrário, no grande leque de carismas presente na Igreja, eles são complementares uns aos outros. Algumas comunidades têm grandes obras caritativas

como hospitais, orfanatos, “cottolengos”, asilos. Outras têm obras no campo da educação, cultura e possuem escolas, universidades, casas de edição...

Mas nós gostamos de dizer que a primeira obra que toda comunidade de consagrados(as) oferece para Igreja de Cristo não são suas obras no campo do serviço social, do serviço caritativo ou mesmo no campo da Evangelização. A primeira obra e a maior tarefa de toda comunidade de consagrados(as) é suscitar, a partir do seu carisma próprio uma comunidade de pessoas (irmãos e irmãs) que vivam constantemente a procura de um jeito de ser na Igreja que leve cada membro da comunidade a realizar um caminho de constante conversão e de santidade. Assim cada membro da comunidade se aperfeiçoa e trilha esse caminho de santidade na medida que se aprofunda e realiza cada vez

6

Page 7: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

melhor o carisma especifico da comunidade na qual Deus o chamou e o consagrou na Igreja.

O carisma da Mopp é simples! Nós queremos ser testemunhas/evangelizadores de Jesus Cristo no meio popular. Mas antes de sermos testemunhas e evangelizadores nós também temos que trilhar esse caminho de constante conversão e de santidade. Para isso temos uma regra de vida (um jeito de ser na Igreja) que será colocada à disposição de cada irmão para lhe ajudar a trilhar esse caminho.

Nós, da Missão Operária, vivemos em pequenas comunidades de 3 a 5 irmãos. Essa partilha de vida com outros irmãos onde nós colocamos todos os nossos bens (material e espiritual) em comum é de suma importância. A presença do outro (irmão) é para nós esse mistério que nos leva à presença de Deus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mt 18, 20). Como toda comunidade, ela será um lugar de festa e de perdão. E também como toda comunidade... as intrigas, as desavenças acontecem e

acontecerão (Mc 9, 33-37). Então o perdão é necessário para que possa haver festa novamente...

Nós também queremos viver uma vida de oração e de trabalho. De fato, todos os dias, nos levantamos bem cedo para juntos cantarmos os salmos do Oficio Divino e lermos o Evangelho do dia. Após, cada irmão parte para as suas tarefas diárias (trabalho, escola...) levando consigo no fundo do coração as palavras dos Salmos e do Evangelho meditado.

Como todo mundo, queremos viver e ganhar nossa vida pelo trabalho! E assim imitamos um dos nossos inspiradores: São Paulo (At 18, 3). Mas como a grande maioria dos cristãos, quase nunca podemos falar da nossa vida e nossa alegria, que é Jesus, onde trabalhamos. Como todo mundo somos pressionados pelas exigências do trabalho de qualidade e da produção... Mas nós continuamos habitados por essa Palavra Santa que meditamos e carregamos no fundo do nosso coração. Nós queremos ser ai no meio do mundo operário como o fermento na massa (Mt 13, 33)! O que nós

7

Page 8: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

oferecemos ao ambiente de trabalho (que muitas vezes está longe dos princípios evangélicos) e às pessoas do local onde trabalhamos é nosso jeito de ser, nossas atitudes que querem ser sempre aquelas de homens transformados pela Boa Nova de Jesus.

Quando voltamos em casa, após uma jornada cansativa de trabalho, é costume nosso irmos até a capela. Quando possível rezamos juntos o Oficio Divino das vésperas; senão é de praxe, já no escuro e na calada da noite, acendermos a pequenina vela que esta sobre o altar e diante de Jesus oferecemos cada pessoa que vimos durante todo o dia. Aquele motorista que acelerava o ônibus sem piedade tentando recuperar o atraso... Aquele jovem que com a musica do seu celular em toda a altura impedia aquele outro senhor de descansar tranquilamente, completando assim aquilo que lhe faltou do sono tão necessário e reparador! Aquele senhor gentil que ofereceu o seu lugar para aquela moça com a barriga enorme e que certamente daqui a alguns dias oferecerá ao mundo mais uma criancinha. Ah! E aquele

outro tão gentil que me disse um bom dia tão bonito quando cheguei! E aquele outro colega que veio me confiar os seus problemas de família. E esse homem aqui do bairro que pediu oração pelo seu filho que esta na cadeia. Ah Senhor! Olhe cada um deles e tome cada um de nós sob o Teu olhar misericordioso...

E ainda, uma vez por mês, nos sábados, nós temos uma revisão de vida ou uma partilha do Evangelho do domingo. E todo o último sábado de cada mês celebramos a Eucaristia às 10h com alguns amigos e vizinhos e logo após partilhamos juntos o almoço.

Todos os nossos irmãos estudaram a filosofia, a teologia e sobre tudo a Bíblia! E na medida do possível será para nós uma alegria imensa partilhar e participar junto das capelas que nos circundam dos esforços das diversas pastorais (Batismos, família...) e de alguns encontros de estudo e formação.

Nossa casa é simples, a capela está no centro! Em casa, somos nós que de maneira partilhada fazemos tudo: arrumação,

8

Page 9: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

limpeza, almoço, janta e as mil e umas tarefas que se devem realizar para se manter uma casa em ordem. Nossa casa esta aberta a todos. Quando você passar por ela não hesite em bater palmas ou tocar a campainha e vir partilhar conosco um almoço, uma janta, um café com biscoitos... Ou ainda uma oração na capela, ou uma partilha bíblica... Nós estamos aqui para partilharmos e será para nós uma imensa alegria

escutarmos de você o “seu jeito de ser” na Igreja.

Uma coisa que nos alegra, e muito, é termos a certeza de que é aqui no meio da vila do Santa Rita que Deus nos chama a viver nossa vida de consagrados e a trilharmos esse constante caminho de conversão e santidade.

Jean Carlos

Jomar, Fabiano, Elias e Jean num passeio de equipe em Morretes

9

Page 10: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Santidade e Evangelização

Eis aqui em resumo dos frutos de uma revisão de vida onde discutimos e partilhamos entre nós sobre o tema : Santidade e Evangelização.

O tema da nossa assembléia geral de 2010 foi “Santidade e Evangelização”. Nos preparamos um pouco para o encontro e nossa equipe fez uma revisão sobre o tema da santidade. A gente se perguntou: o que entendíamos pelas palavras “santidade e evangelização? O que isso significava na realidade onde vivemos (no bairro, na comunidade, no local de trabalho)? Como nossa oração pessoal e litúrgica pode nos ajudar a sermos santos e a evangelizar? Refletimos juntos e partilhamos um pouco da nossa reflexão com vocês.

Vimos que santidade e a perfeição estão ligadas. No evangelho Jesus diz aos discípulos “Sejam santos como vosso Pai é santo”.

Percebemos então que Santo é Deus Pai. No Antigo Testamento ele é chamado de santo pelo povo judeu porque é sagrado, perfeito, puro, diferenciado da condição humana que é marcada pelo pecado.

Nesse sentido a santidade é a condição de perfeição de Deus. Sendo assim, nenhum homem ou mulher pode ser santo.

Então, o que significam essas palavras de Jesus: “Sejam santos como vosso Pai é santo”? Será que ele nos pediria alguma coisa impossível de ser ou de fazer? Com certeza não! O que tem de novo é o jeito de encarar a santidade na pessoa de Jesus. Não podemos esquecer que ele é o próprio Deus encarnado na realidade humana. As palavras dele são as de um homem presente no mundo e as de um Deus encarnado na pessoa humana. Nosso Deus, na pessoa do Filho tem essas duas naturezas. Então, quer dizer que ser santo não é mais estar distante da condição humana. Ser santo é, agora com Jesus, diferente do jeito do Antigo Testamento.

Se olharmos atentamente para Jesus, teremos as pistas do que vem a ser santos, pois ele mesmo era Deus entre os

10

Page 11: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

homens. Suas atitudes tão humanas e tão divinas, sua relação com o mundo e com Deus Pai, seus ensinamentos, sua forma de reagir frente ao sofrimento, à morte, à dor, sua ressurreição, tudo isso são pistas para pensarmos sobre a santidade.

São Paulo afirma que Jesus viveu em tudo a condição humana, menos o pecado. Nenhum homem ou mulher no mundo pode dizer o mesmo a respeito de si. O pecado esta sempre a nossa frente, como diz o salmo 50. Viver lutando contra o pecado é então uma condição humana. Jesus Cristo não pecou, mas a partilhou conosco. Sabemos o que é o pecado e os frutos dele que são a morte e o sofrimento. Jesus Cristo, mesmo isento, nos ajudou a suportar as consequências do pecado. Esse talvez seja um dos efeitos de uma vida santa: ajudar outros homens e mulheres a viver suas condições de pecadores, solidarizando-se com eles no enfrentamento do sofrimento e da superação dessa condição triste de pecado. Todo cristão está chamado a dar suporte uns aos outros no caminho da fé pelo perdão,

amizade sincera, atenção fraterna, caridade verdadeira... Ninguém chega a Deus sozinho. A comunidade cristã é o lugar onde se aprende a perdoar e a se alegrar cada vez que um irmão ou irmã retorna para a comunhão fraterna. As parábolas da ovelha perdida e do filho pródigo nos mostram isso.

A atenção de Jesus para com os pequenos e humildes dá pistas também de uma atitude santa: com quem queremos nos comprometer? Com certeza Deus não faz acepção de pessoa. Ele acolhe a todos. Mas é inegável o jeito de Jesus tratar os sofredores: ele os ama, os levanta do chão, os cura de seus males, mata suas fomes, abre seus olhos, valoriza suas ofertas, passa tempo com eles, tem piedade do povo sofrido. Os santos mais amados de nossa Igreja sempre foram aqueles que fizeram atos de caridade junto ao povo sofrido. Alguns encarnaram o sofrimento de Jesus Cristo em suas vidas e chegaram a ser verdadeiros faróis de fé e esperança para seus irmãos e irmãs. Outros perderam suas vidas defendendo os pequenos contra a tirania dos injustos, dos poderosos, por amor

11

Page 12: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

à pessoa de Jesus que viam nos humildes de seu tempo. Afinal foi o próprio Jesus que disse: “o que fizerdes a um desses pequeninos é a mim que o fazeis”. Jesus se identificou com o pequeno e humilde. Por vezes é muito difícil suportar essa verdade. Mas isso dá pistas para pensar sobre a santidade.

O documento do Sínodo de Aparecida reforçou as orientações da exortação apostólica Evangelii Nuntiandi, de 1975, sobre a evangelização no mundo contemporâneo. Afirmam que santidade é discipulado. Ser santo tem a ver com seguir Jesus Cristo. De fato, a Igreja considera todos os batizados santos. O batismo fez de nos criaturas novas no Cristo e por isso somos santos. Cada batizado participa dessa mesma condição divina: colocado a parte para uma tarefa, com uma missão no mundo, ungido pelo Espírito Santo. O santo não é melhor nem pior que ninguém, apenas deve ser diferente, na medida em que é marcado pelo divino. Ele deve transmitir algo pelo seu viver. Antes mesmo de abrir a boca, sua vida já anuncia algo de novo no ambiente.

O santo tem consciência de sua fraqueza, sabe de sua insuficiência, das suas incoerências na vida concreta, mas não perde o desejo de permanecer ligado a Deus. A confiança do santo não é em sua força, mas no grande amor de Deus que não o abandona jamais. O santo aceita sua condição humana e tem um profundo respeito por ela, pois sabe que é com isso que Deus faz alguma coisa de cada um de nôs. Essa espécie de consciência de viver da graça e não da sua própria capacidade, fortalece na pessoa a certeza de ser amada por Deus. Isso acaba dando forças para ter atitudes diferentes no seio do mundo.

Jesus Cristo diz que somos o “sal da terra” e a “luz do mundo”. O sal dà gosto às coisas, tempera. O santo dà tempero ao mundo; atrai os outros pelo gosto. Quanto à luz, parece pretensão dizer que o santo é luz, mas é isso mesmo! Ao agir no mundo, guiados pelas suas consciências iluminada na relação com Deus, os santos mostram o Caminho, que é o próprio Jesus.

Os santos não são muito bem compreendidos e nem

12

Page 13: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

aceitos por todos nos seus tempos. Os mártires, por exemplo, são sinais desse tipo de santidade. Por vezes as verdades que gritam são tão incômodas que não são suportados nem por seus próprios irmãos. O sangue deles se derramam na luta pela justiça e na defesa da vida, por causa do Cristo. Esses santos são muito amados por Deus, pois estão na linhagem dos profetas do Antigo Testamento. São eles que não nos deixam esquecer a vontade de Deus e nem as exigências de uma vida de fé.

Nossa oração cotidiana é ocasião de nos santificar, quer dizer, nos colocar na relação com Deus e interceder pelos nossos irmãos e irmãs. Essa oração é o motor e o combustível que dá força para anunciar a boa noticia do Reino de Deus, isto é, evangelizar.

A partilha do pão, na Eucaristia, no meio do povo, nos humaniza. Os santos se encontram para repartir o pão e escutar a Palavra de Deus desde o inicio da Igreja. Ali reforçam os laços de comunhão de destino, se solidarizam uns com os outros, repartem as alegrias, as esperanças e os sofrimentos. Tudo isso fortalece cada santo no

caminho da fé. Esse caminho é aquele que vai em direção ao Reino, que passa pela morte escura e culmina na ressurreição. Cada homem e cada mulher é chamado a viver esse itinerário. Esse é o caminho dos santos. Não existe cartilha e nem modelo de vida para os santos, a não ser o próprio Cristo Jesus. Eles escutam a Palavra, deixam suas consciências serem iluminadas pelo Cristo e agem corajosamente no mundo. Eles não têm nenhuma garantia, mas confiam no Deus em quem colocaram suas esperanças. Sabem que esse Deus venceu a morte e vive junto de nós, caminha conosco e não nos falta. Os santos caminham “como se vissem o invisível”. Elias

13

Page 14: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Jomar numa celabração junto com o pessoal da Irmandade do Servo Sofredor da Vila das Torres

SANTIDADE E EVANGELIZACÃO DOS QUE ESTÃO “À SOMBRA”

Trechos do livro de Frédy KUNZ. À Sombra de Nabuco. Ed. Loyola: São Paulo, 1997.

Rezou por mim hoje ?

Eram oito da manhã e centenas de flagelados trabalhavam, na emergência de 1983, na bacia do que devia ser o famoso “Acude de Santa Fé”, em Cratéus, CE. Um

companheiro avistou de longe um carro do exército que vinha em direção à nossa obra e gritou bem alto: “Vem chuva grossa !” Aos poucos a notícia foi se espalhando.

Em um instante o ritmo do trabalho daquela mão-de-obra

14

Page 15: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

desnutrida por cinco anos de seca aumentou de forma assustadora. O alerta tenha fundamento: era o próprio comandante acompanhado de outros oficiais fazendo uma ronda de fiscalização. Naquele tempo, o nervosismo das autoridades ultrapassava todas as normas.

Fazia poucos dias que ele rasgara os atestados médicos por incapacidade temporária de trabalho, mandara tocar fogo no pequeno posto de saúde (que tínhamos construído com palha) por causa da placa de madeira que colocamos para brincar: Hospital dos Flagelados. Mandara também arrancar a Santa Cruz dos Famintos colocada em cima da obra durante missa celebrada num domingo. O comandante me avistou de longe puxando o meu carro de barro e gritou: “Alfredinho, você rezou por mim hoje ?” Respondi, meio mal-humorado: “Sim, você está precisando !”

Na verdade sentia-me pouco motivado. A meu ver havia outras prioridades na minha oração, por exemplo: a dor das três mães que haviam perdido os filhos no mesmo dia, a menos de 50 metros da minha casa, no

bairro Fátima II. Ontem foi Zefa, que, carregando água na cabeça para molhar o material, caiu de repente no chão em agonia de fome. E do outro lado da grande seca, os carros novos de quem administrava a obra. Rezar para quem chamava abertamente “de preguiçosos, gigolôs, malandros" – não me sentia motivado... . (Alfredinho Kunz, 1997, p. 15-16).Escrevendo assim, tenho a tendência de me apresentar pobre, do lado dos excluídos. Mas quem me conhece diz que pareço muito mais com o Nabuco. - (Abreviação do nome Nabucodonosor, que foi rei da Babilônia em 587 antes de Cristo, responsável pela destruição do Templo de Jerusalém e pela deportação do povo de Israel).

Tantas iniciativas minhas encaminhadas sem consulta. Sem ter a paciência de esperar que o(a) irmão(ã) entenda o porquê e o como da intuição. Quantas pessoas não tiveram de viver à sombra de “Nabucalfredinho”?

O pobre é insignificante. Dele são retirados quaisquer prestígios. O excluído não tem estatuto social. Mesmo querendo partilhar o destino do pobre, não sou um insignificante. Chegou a

15

Page 16: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

minha vez de lhe pedir: “Rezou por mim hoje ?”

Por pior que eu seja, você tem obrigação de me atender.

“Tem piedade de mim, Senhor que sou pecador” é o pedido que gostaria de fazer com sinceridade, batendo no peito no fundo da igreja.

Reze por mim para que eu seja capaz de, a cada noite, repetir sem hipocrisia:

“Nada somos, nada valemos, nada fizemos, mal te servimos, servos inúteis somos. Senhor Jesus, tem compaixão de nós. Amém”

Vamos fazer esta oração uns pelos outros. Precisamos muito. (Alfredinho Kunz, 1997, p. 115-116).

Vejo a Igreja.Um pequeno texto de nosso ancião Michel Cüenot, que viveu anos como missionário

aqui no Brasil, vive agora na França em Béchy onde presta serviços a comunidade local e esta interligado com a equipe de Toulouse.

Sim, tenho a vontade de proclamar: « Vejo a Igreja », vejo-a Igreja viva, e isso é para mim uma grande alegria.

Vejo a Igreja missionaria na pessoa dos meus irmãos. O pequeno panfleto « A arvore de vida » das irmãs de Jesus

crucificado de Tokyo me ensina que, no Japão, as irmãs japonesas pedem ao irmão Rémi da MOPP uma aula de francês de 40 minutos... « É excelente professor, e aprendemos na alegria! » O irmão Giuliano por sua vez providenciou aulas de Bíblia, hoje foi o livro de Jonas,

16

Page 17: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

ficamos muito alegres e também muito interessadas, durante a aula dele, pois explica tudo usando outros trechos da Bíblia...

Vejo a Igreja em oração, no mosteiro de Echourgnac, conforme a tradição beneditinao dia passa com 7 encontros de salmodia, louvando a Deus no ambiente recolhido da capela. Aos poucos os gritos de esperança e os apelos do povo de Deus ecoam no meu próprio coração ao longo do ano litúrgico.

Vejo a Igreja viva cheia de seiva dando os bons frutos que brotam da antiga arvore plantada pelas primeiras irmãs cistercienses quando chegaram em Echourgnac. Irmã Hildegardes veio da longinquoa Kenya, e acaba de pronunciar solenemente sua profissão monástica aqui em Nossa Senhora da Boa Esperança; outras seguem; uma noviça, uma postulante e uma no estagio inicial. Quem pode sonhar melhor ?

Vejo a profundidade da Igreja quando no segredo do confessional, acolho, aconselho e dou graças a Deus por ter

recolocado em pé todos os que vieram aqui procurando consolo e esperança no meio das provas que estão sofrendo.

Vejo a Igreja humilde e corajosa quando me é dado participar da Eucaristia e do sacramento de reconciliação com os irmãos do priorado de São João Batista. Eles compartilham fraquezas e feridas devidas a um passado pesado. Carregam juntos numa caridade exigente o melhor como também o pior. São acompanhados pela amizade sem falha dos moradores das aldeias onde vão propor e vender os produtos de seus trabalhos: um queijo gostoso das cabras criadas por eles com muitos cuidados e esforços desde a concepção até o nascimento das pequenas cabras, e a venda do famoso queijo!

Vejo a Igreja em via de transfiguração nas pessoas que receberam aqui o presente de uma verdadeira conversão, devida ao testemunho perseverante da comunidade das irmãs.

Vejo a Igreja Mestra de sabedoria, e me coloco a sua disposição para carregar meu

17

Page 18: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

fardo de pregações, conferências, retiros conforme o bem querer de Deus. Vejo a Igreja local e seus pastores que enfrentam com muita perseverança os desafios das necessárias mudanças das estruturas e da falta de novas vocações. O bispo Michel Mouïsse e seus padres me acolheram com muita amizade e me invitam a compartilhar suas alegrias e sofrimentos.

Me vejo enfim, eu mesmo humilde beneficiário de tantas

maravilhas, chegar sem angustia ao horizonte de minha vida, alegre por todo o que o Senhor preparou para mim...

« Digo apenas isso: esquecendo todo o caminho percorrido, vou para frente, engajado com todo meu ser, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus, em Cristo Jesus. » (Fl. 3,13)

Porque amo a Igreja, que nunca deixou de ser a Minha Mãe.

Michel Cüenot

Asnières - FranceA linguagem da vida e do testemunho

Texto de Nico Marchelli18

Page 19: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Já fazia um bom tempo que tinha a intenção de escrever-lhes para partilhar o que estou vivendo em Asnières, na diocese de Nanterre. Minha pequena comunidade é bela apesar de não ser uma comunidade segundo as regras da MOPP. Eu partilho o meu apartamento com dois jovens africanos que estão na faixa etária dos 30 anos: Prudêncio (que vem da República Democrática do Congo - (RDC) é de origem ruandesa e Edho (que vem do Togo). Os dois têm formação musical bastante apurada. Prudêncio anima o coral da Capela Nossa Senhora da Estrada e Edho é cantor de Rap.

O Conselho da Comunidade N.Sra da Estrada decidiu fazer um almoço aos sábados de quaresma para pôr em prática algumas das orientações pastorais da Diocese. Nos domingos eu celebro duas missas. Uma em português para mais ou menos 150 pessoas de origem portuguesa que emigraram e trabalham aqui na França e outra missa em francês, para a comunidade afro-antilhense, onde somos mais ou menos 80 pessoas.

Eu me viro como posso com todo esse pessoal. Estamos bem longe do meio operário francês com a sua linguagem e cultura distanciada da Igreja, que os irmãos da Mopp conheceram muito bem nos anos 50-70. Hoje as coisas mudaram bastante... As pessoas que encontramos são trabalhadores, mas elas não possuem uma cultura operária. Elas fazem parte do meio popular dos dias de hoje.

É urgente anunciarmos o Evangelho às pessoas do meio popular vivendo junto com elas. Uma presença missionária, com irmãos que trabalhem como todos e que morem no meio do povo é de suma importância, visto que a linguagem do meio popular é aquela da vida e o do testemunho.

Hoje, aqui na França, o meio popular é diversificado não só culturalmente, mas também religiosamente. Encontramos dezenas de igreja evangélicas ou pentecostais... Além de termos uma massiva e majoritária presença muçulmana.

Nós católicos, somos uma pequenina minoria. As diversas

19

Page 20: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

igrejas católicas do bairro não reúnem mais do que 400 ou 500 fiéis. Muitos dos fiéis aderem a outras igrejas que propõem um cristianismo mais simples (infelizmente muita vezes com alguns erros) através de um testemunho cheio de fervor religioso (cantos alegres e vida fraterna bem destacada). Bem diferente da Igreja católica...

Mas graças a Deus, na pequena comunidade N.Sra da Estrada, as coisas estão mudando. A sensibilidade dos africanos que gostam de cantos alegres e de festas e que utilizam isso na suas relações com Deus está pouco a pouco mudando o semblante da nossa comunidade.

Os desafios para a evangelização são enormes. Há uma forte presença muçulmana no bairro (por volta de 80%) e os jovens do meio popular francês estão impregnados da mentalidade e cultura islâmica.

A pergunta para nós é essa: como anunciar e viver a Boa Nova de Jesus Cristo no meio muçulmano?

Trabalhando junto com o “Socorro Católico” (instituição caritativa para ajuda de pessoas pobres e carentes) o encontro com o Islã é inevitável. Não sei porque Deus permite tudo isso... Talvez a única possibilidade para que as comunidades islâmicas encontrem o Evangelho seja com a imigração de milhares de muçulmanos para a França. Tentamos nos aproximar dos muçulmanos com um enorme respeito buscando compreender a beleza e a profundidade da espiritualidade islâmica. Assim nos afastamos do senso comum que tende a reduzir o Islã a um movimento de homens e mulheres pobres e fanáticos...

Com o “Socorro Católico” organizamos algumas viagens (viagem da esperança) para o Santuário de Lourdes. Nessas viagens tive a sorte de encontrar muitos moradores de rua e excluídos da sociedade. Esses são cada vez mais numerosos e cada vez mais jovens... E mesmo trabalhando alguns vivem em estado de pobreza e devem constantemente mudar-se por causa dos preços altos da moradia...

20

Page 21: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

A sociedade capitalista na qual vivemos começa a mostrar o rosto impiedoso levando centenas de pessoas a terem que morar na rua...Se o Islã ocupa boa parte de minhas reflexões, os homens e mulheres sem domicilio fixo (SDF) que muitas vezes vivem na rua ocupam toda a minha meditação na tentativa de encontrar um significado para essa vida de exclusão absurda.

Partilhar com outros a busca de Deus é uma graça! Tanto quanto aproximar-se da grandeza de Deus no Islã.

Que Deus me ajude a realizar as conversões pessoais necessárias que são exigidas a um missionário, testemunha de Jesus, que se encontra diante da grandeza da religião muçulmana e do mistério terrível da exclusão vivida por tantos homens e mulheres de nosso tempo.

Noticias breves

Fabiano trabalhando no laboratório da Westaflex.

21

Page 22: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Mopp Brasil – Curitiba, Tatuquara (Sta Rita): Como vocês puderam notar a comunidade da Mopp mudou-se toda para o bairro do Tatuquara mais especificamente na comunidade Sta Rita. Nós estamos ainda no inicio de nossa implantação missionária, foi difícil acharmos uma casa que comportasse espaço para a nossa capela e todos os irmãos, mas graça a Deus e guiados por Ele encontramos uma bem no meio do bairro, próximo das comunidades do Sta Rita, São José e São Sebastião. Desde de fevereiro estamos vivendo na nossa casa e trabalhando em várias pequenas reformas para torna-la ainda mais aconchegante para nós e todos que chegam para nos visitar. Nossa casa esta sempre aberta a todos e nós queremos fazer dela um lugar de oração, de estudo da Palavra de Deus e de encontros e diálogos profundos.

Quanto aos irmãos, nós estamos num período de bastante ocupações com o trabalho e os estudos. Fabiano continua trabalhando no laboratório da Westaflex assumindo um posto de responsabilidade e continua também a noite uma formação como tecnólogo em polímeros na escola da Tupy. Jean Carlos terminou sua formação de técnico em enfermagem no final de 2009. No mês de junho desse ano deixou o seu trabalho de cuidador dos freis idosos no convento dos capuchinhos onde trabalhou dois anos e agora trabalha como Auxiliar de enfermagem no hospital Nossa Senhora das Graças. Elias continua sua formação em filosofia na PUC onde tem um ótimo contato com os jovens estudantes. Jomar é sempre o capelão das irmãs beneditinas do mosteiro do Encontro em Mandirituba, ele está presente na equipe na sexta e no sábado e assume dois grupos de escuta e estudo da Palavra de Deus em Curitiba.

Michel Cüenot depois de seis anos terminou o seu período como capelão da irmãs cistercienses do mosteiro Notre Dame de la Bonne Espérance de Echourgnac e agora esta morando em Béchy onde assume uma permanência na comunidade local e está disponível para pregar retiros e etc.

22

Page 23: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Cláudio e Gaspard – Nossos irmãos Cláudio e Gaspard continuam morando em Toulouse num condomínio popular inseridos no meio das pessoas mais simples. No pequenino apartamento que os dois dividem tem uma capela onde eles fielmente continuam dia após dia aprofundando as riquezas da Palavra de Deus. Os contatos com os vizinhos acontecem naturalmente, e eles são verdadeiro fermento no meio da povo, alegres de estarem onde estão.

Loius Roguet – Nosso irmão Luis que viveu durante anos no Brasil e que sempre guarda uma grande saudade, continua fielmente seus esforços missionários no Japão; Trabalhando sempre como enfermeiro num hospital especializado em hemodialise.

Manfred Pook mora na França, em Saint Sulpice de Favières, periferia de Paris. Vive e trabalha como capelão no mosteiro das Irmãs Dominicanas de Betânia.

GAMOPP-MG: esse grupo de amigos continua se encontrando na região de Belo Horizonte. A amizade e a fé são os seus pilares. No mês de julho fizeram um retiro espiritual, animado por Luzia e Tino, e o tema foi “Eucaristia e Missão”.

23

Page 24: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

Endereços MOPP

SUISSE :Eric Marchand, Gilles Kirouac, Philippe Hennebicque :Route de l'Église 2, Case Postale 37, CH 1752 VILLARS-SUR-GLÂNE 2 Tél. maison: +41(0)26 402 7036 ; E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected]

FRANCE :Bruno de Boissieu, Gilbert Ménégaux :Paroisse Saint François d’Assise, 37, av. Raymond Naves, 31500 TOULOUSE Tél.: +33 (0)5 61 80 98 46 E-mail: [email protected];

Jean-Claude Briand, Gaspard Neerinck: 4, rue du Général Baurot apt 141, 31500 TOULOUSE Tel:+ 33 (0)5 62 16 00 46 E-mail: [email protected] e [email protected]

Nico Marchelli :179, avenue de Stalingrad, apt. 854, 92700 COLOMBES. tel. +33(0) 9 50 36 95 47 E-mail: [email protected]

Giuseppe dell'Orto :Espace Evangile, 5 Place de l'Eglise, 45480 BAZOCHES-LES-GALLÉRANDES tel. +33(0)2 38 39 40 24 E-mail : [email protected]

Manfred Pook :chez Soeurs Dominicaines de Béthanie 1, route de Guillerville 91910 SAINT SULPICES DE FAVIÈRES Tel.: +33 1 64 58 67 83 E-mail : [email protected]

Michel Cüenot :12, rue du Stade, 57580 BECHY E-mail : [email protected]

Pierre Fricot, Claire Patier :Maison de la Parole Saint Jean Cassien, La Bergerie, 83640 PLAN D'AUPS-Sainte Baume. Tel.+Fax : +33 (0)4 86 36 81 94 E-mail : [email protected] e [email protected]

24

Page 25: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

JAPON :Giuliano Delpero, Louis Roguet :1-26-31 Wada-Higashi-Tokorozawa, TOKOROZAWA-shi, Saitama 359-0023 Tél. : +81 (0) 4 2945 0510 E-mail [email protected] ; e [email protected]

Rémi Aude : 2-38-12-201 Higashi-Tokorozawa, TOKOROZAWA-shi, Saitama 359-0021 Tél. : +81 (0) 4 2946 1269 E-mail : [email protected] ; [email protected]

RUSSIE :Antonio Santi :Uliza Perovskaja d.36 k.3 kv. 4, 111141 MOSCOW Tel +7 499 748 7812 E-mail : [email protected]

BRASIL :Jean Carlos de Souza, Elias Candido de Oliveira, Fabiano Renaldi, Jomar VigneronRua Deputado Vidal Vanhoni 1173, 81470-000 Tatuquara-Santa Rita, CURITIBA - PR Tel: + 5541 3349 1218 celular: Jean Carlos (41) 9942 6603 Fabiano (41) 9696 5167 Elias (41) 8829 6426 E-mail : [email protected] ; [email protected] ; [email protected] ; [email protected]

Um Cristão em oraçãopintura de um muro em Roma + ou – do ano 350 DC

25

Page 26: Ícone da Mãe de Deus Cláudio Pastro · comuns. Pessoas que têm doenças comuns, lutos comuns. Pessoas que têm uma casa comum, roupas comuns. São as pessoas da vida comum. As

26