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CONDIÇÕES DE TRABALHOS DOS FUNCIONÁRIOS DE UM DEPARTAMENTO DA UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANÁ Caroline Rodrigues Vaz (UTFPR) [email protected] Bruno Alessandro Pacher (UTFPR) [email protected] ivanir Luiz de Oliveira (UTFPR) [email protected] Este artigo tem como objetivo analisar as condições de trabalhos dos funcionários de um departamento da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa, no ano de 2010. A pesquisa foi classificada como um estudo de caso, comm abordagem quantitativa, com objetivo exploratório-descritivo. Aplicou-se um questionário dividido em três etapas as quais foram essenciais para avaliar as diversas condições que envolviam os funcionários daquele setor. A primeira etapa deteve-se a observar pontos relacionados ao espaço físico, temperatura entre outros aspectos. Já a segunda etapa envolveu a parte de desconforto e ergonomia, e por fim a terceira etapa, a psicológica. Na seqüência apresentou-se a relativa conclusão e analise dos resultados encontrados na aplicação do questionário. Podendo assim concluir que os funcionários deste setor, possuem um ambiente adequado para desenvolver suas atividades diárias, desde equipamentos, satisfação com os colegas e com o próprio trabalho, até o ambiente. Porém, algumas situações apresentaram-se desconforto principalmente de ruído e de temperatura, não estando de acordo com as normas regulamentadoras. Palavras-chaves: Condições de Trabalho; Qualidade de Vida; Qualidade de Vida no Trabalho. XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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CONDIÇÕES DE TRABALHOS DOS

FUNCIONÁRIOS DE UM

DEPARTAMENTO DA UNIVERSIDADE

TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANÁ

Caroline Rodrigues Vaz (UTFPR)

[email protected]

Bruno Alessandro Pacher (UTFPR)

[email protected]

ivanir Luiz de Oliveira (UTFPR)

[email protected]

Este artigo tem como objetivo analisar as condições de trabalhos dos

funcionários de um departamento da Universidade Tecnológica

Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa, no ano de 2010. A pesquisa

foi classificada como um estudo de caso, comm abordagem

quantitativa, com objetivo exploratório-descritivo. Aplicou-se um

questionário dividido em três etapas as quais foram essenciais para

avaliar as diversas condições que envolviam os funcionários daquele

setor. A primeira etapa deteve-se a observar pontos relacionados ao

espaço físico, temperatura entre outros aspectos. Já a segunda etapa

envolveu a parte de desconforto e ergonomia, e por fim a terceira

etapa, a psicológica. Na seqüência apresentou-se a relativa conclusão

e analise dos resultados encontrados na aplicação do questionário.

Podendo assim concluir que os funcionários deste setor, possuem um

ambiente adequado para desenvolver suas atividades diárias, desde

equipamentos, satisfação com os colegas e com o próprio trabalho, até

o ambiente. Porém, algumas situações apresentaram-se desconforto

principalmente de ruído e de temperatura, não estando de acordo com

as normas regulamentadoras.

Palavras-chaves: Condições de Trabalho; Qualidade de Vida;

Qualidade de Vida no Trabalho.

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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1 Introdução

Este artigo tem como objetivo analisar as condições de trabalhos dos funcionários de um

departamento da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa, no ano

de 2010, para verificar se os funcionários do estabelecimento estão conforme com a Norma

Regulamentadora 17 de ergonomia com os parâmetros psicológicos, conforto e segurança e as

Legislações de conforto lumínico, temperatura e ruído.

Tem-se que os objetivos da ergonomia são:

(...) a segurança, satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento

com sistemas produtivos. A eficiência virá como resultado. Em geral, não se aceita

colocar a eficiência como sendo o objetivo principal da ergonomia, porque ela,

isoladamente, poderia significar sacrifício e sofrimento dos trabalhadores e isso é

inaceitável, por que a ergonomia visa, em primeiro lugar, o bem-estar do

trabalhador. (IIDA, 1997, p.2).

Desta forma têm-se como analisar vários aspectos que envolvem o ambiente de trabalho dos

funcionários e aliá-los a qualidade de vida, uma vez que esta é essencial na jornada de

trabalho de qualquer funcionário, independentemente do cargo exercido por este.

Em uma tentativa de correlacionar as informações obtidas através dos questionários para

avaliar as condições de trabalho no devido setor, pode-se correlacionar à ergonomia e a

qualidade de vida no trabalho.

De acordo com CONTE (2003), “Qualidade de vida no trabalho resulta em maior

probabilidade de se obter qualidade de vida pessoal, social, e familiar, embora sejam esferas

diferentes e nelas se desempenhem papéis diferentes”. Assim esta relação no ambiente de

trabalho esta diretamente ligada com vários fatores que foram aqui agrupados, como

temperatura, ruído, luminosidade, entre outros.

2 Referencial Teórico

2.1 Condições de Trabalho

A teoria das necessidades de Maslow afirma que dentro de cada individuo existe uma

hierarquia das necessidades. A figura a seguir apresenta essa teoria.

Figura 1 – Teoria de Maslow

Fonte: SERRANO, 2000.

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Na base da pirâmide esta as necessidades fisiológicas, que constitui o sentido de

sobrevivência do individuo: sono, alimentação, etc. Logo acima esta a Segurança que

constitui os sentimentos de fuga, proteção, etc. junto com as necessidades fisiológicas

constituem o instinto de sobrevivência do individuo. As necessidades sociais ou afetivas

constituem a parte que trata da integração do individuo. A necessidade de Status ou estima

que esta em segundo na pirâmide, representa a auto realização, auto aceitação do individuo. E

no topo da pirâmide esta a Auto-realização que representa o desenvolvimento do potencial

individual ou mesmo as vontades do individuo.

2.2 Normas Regulamentadoras

2.2.1 NR 17 - Ergonomia

A Norma Regulamentadora 17 é sobre Ergonomia (117.000-7) na qual trata das condições e

parâmetros das condições físicas e mentais dos trabalhadores, proporcionando conforto,

segurança e desempenho. Os principais aspectos relacionados a esta NR para este estudo são:

a. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é

suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a

deposição da carga.

b. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e

maior de 14 (quatorze) anos.

c. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um

trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.

(117.001-5/I1).

d. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho

deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6/I1).

e. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,

escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa

postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a)

ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de

atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do

assento; b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter

características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação

adequados dos segmentos corporais.

f. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, os pedais e demais

comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que

possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do

corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser

executado. (117.010-4/I2).

g. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos

mínimos de conforto: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da

função exercida; b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do

assento; c) borda frontal arredondada; d) encosto com forma levemente adaptada ao

corpo para proteção da região lombar. (117.014-7/Il).

2.2.2 Norma para iluminação

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Em todos locais de trabalho deve existir iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou

suplementar, apropriada à natureza da atividade. Segundo Rodrigues e Santana (2005), a

iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. A geral ou suplementar, deve

ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e

contrastes excessivos.

Dul e Weerdmeester (2004) afirmam que existem três maneiras de se determinar as

intensidades luminosas, sendo:

a. Luz ambiental: que deve ser de 10 a 200 lux, que é o caso de lugares onde não há

tarefas exigentes, por exemplo: corredores;

b. Iluminação no local: deve ser de 200 a 800 lux, por exemplo: nas operações com

máquinas;

c. Iluminação especial: deve ser de 800 a 3.000 lux, por exemplo: nas tarefas de inspeção

de qualidade ou montagens de peças pequenas. Porém deve-se ter muito cuidado pois

níveis muito elevados provocam fadiga visual.

As Normas Brasileiras para iluminação em ambiente interno são:

a. NBR 5382 - Verificação de iluminância de interiores: Esta Norma fixa o modo pelo

qual se faz a verificação da iluminância de interiores de áreas retangulares, através da

iluminância média sobre um plano horizontal, proveniente da iluminação geral.

b. NBR 5413 - Iluminância de interiores: Esta Norma estabelece os valores de

iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde

se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras.

2.2.3 Norma para temperatura

De acordo com os estudos de Reis (2000), na literatura são constatadas temperaturas na faixa

de 16 a 22ºC para concretização de trabalhos manuais leves, sendo que no Brasil, por ser um

país tropical, de clima mais quente, se aceita até 5ºC a mais. Já a NR-17, recomenda a

temperatura entre os 20 e 23ºC.

As Normas Brasileiras para temperatura em ambiente interno são:

a. ISO/DIS 7726/2001 - Ambientes térmicos - Instrumentos e métodos para a medição

dos parâmetros físicos: Fornece informações sobre as variáveis físicas que

caracterizam um ambiente, como: temperatura do ar, temperatura média radiante,

umidade do ar e velocidade do ar. Visa orientar e padronizar a medição dos

parâmetros físicos de ambientes, orientando quanto à utilização de equipamentos de

medição e a coleta de dados.

b. ISO 7730/2006 – Ambientes térmicos moderados – Determinação dos índices PMV e

PPD e especificações das condições para conforto térmico: Apresenta um método que

permite estimar a sensação térmica do corpo em um ambiente (PMV), bem como

estimar a porcentagem de pessoas insatisfeitas com o mesmo (PPD). Fornecem valores

de isolamento térmico de diversos tipos de roupas e também valores de taxas

metabólicas para algumas atividades, valores esses necessários para o cálculo do

PMV. Também orienta quanto aos requerimentos necessários para o conforto térmico

em um ambiente.

2.2.4 Norma para ruído

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A Norma Brasileira para ruído em ambiente interno é:

a. NBR 10152/2000 – Nível de ruído: esta norma fixa os níveis de ruídos compatíveis

com o conforto acústico em diversos ambientes. Sendo considerado para serviços

fechados de 45 a 55 dB e de 40 a 50 NC (avaliação de ruído).

3 Metodologia

3.1 Classificação da Pesquisa

Esta pesquisa é classificada de natureza aplicada por gerar conhecimentos. De abordagem

predominantemente quantitativa por apresentar números, porcentagens. Com objetivo

exploratório-descritivo e com seus procedimentos técnicos bibliográficos e estudo de caso.

3.2 Local da Pesquisa

O local para pesquisa foi escolhido a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus

Ponta Grossa que está localizada na região centro-leste do Estado do Paraná, distante 118 km

de Curitiba. Conta, atualmente, com edificações que totalizam cerca de 19000 m2, abrangendo

os diversos ambientes administrativos, didáticos e de apoio.

O organograma dos Departamentos da UTFPR, Campus Ponta Grossa esta apresentado na

figura 1, que representa os departamentos e as áreas tecnológicas da Instituição, tendo como

chefias de gerenciamento de professores.

Figura 1 – Organograma da divisão dos departamentos da UTFPR

Fonte: UTFPR, 2010.

Para esta pesquisa foi escolhido a Gerencia de Ensino (GEREP) especificamente o

departamento da Divisão de Recursos Acadêmicos (DIRAC) pelo fato dos funcionários

passarem o maior tempo do serviço sentado, trabalhando em frente ao computador e com o

contato direto com os alunos, professores e comunidade externa da UTFPR.

3.3 Procedimentos da Pesquisa

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Primeiramente, realizou-se uma observação in locu do departamento, com o retrato dos

equipamentos e moveis de serviço, por meio de fotografias autorizadas. E a medição da

temperatura, iluminação e ruído do local, com os seguintes equipamentos utilizados:

a. Para a medição da intensidade luminosa foi o luxímetro digital, que possui capacidade

de medição de 0 a 100.000 lux, precisão de ±5% e tempo de resposta de 0,4s.

b. Para a medição da temperatura do ar foram utilizados os Data Logger‟s, que possuem

capacidade de medição de temperaturas de -20°C a +70°C, precisão de ±0,7°C a 20°C,

tempo de resposta de 15 minutos e capacidade de armazenamento de até 7944 dados.

Utilizaram-se 15 Data Logger‟s, sendo um para cada ponto das malhas retangulares.

c. Para a medição de ruídos no ambiente, foi utilizado como instrumento de medida o

Multímetro Digital MD – 6290 da marca Icel Manaus, com as seguintes informações

técnicas; escala 40 a 100 dB, resolução 0,1dB, precisão ±3,5% a 94 dB/1 KHz e

freqüência de 100 a 8 KHz.

Após adaptou-se o questionário semi-estruturado da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul contendo três fases, sendo elas relacionadas com: i) o ambiente de trabalho, com quinze

perguntas e tendo como escala de alternativas o insatisfeito e satisfeito; ii) o que sente no

ambiente de trabalho, com sete questões e; iii) o que acha do ambiente de trabalho, com doze

questões, ambos com a escala de nada, às vezes e muito. O questionário foi respondido pelos

seis funcionários do departamento.

Após, o levantamento de dados, foram analisadas as questões com a Norma Regulamentadora

17 (NR 17) de ergonomia, que estabelece os parâmetros das condições de trabalho, desde

características psicológicas, conforto e segurança. E por fim, propor alternativas de

melhoramento das condições de trabalho dos funcionários do departamento pesquisado.

4 Resultados e Discussão

Na observação in locu do setor pode-se constar com os seguintes equipamentos de trabalho

dos funcionários, as cadeiras com ajustes de altura e lombar, mesas de acordo as medidas dos

funcionários e computadores. As figuras 1, 2 e 3 ilustra os equipamentos de trabalho.

Figura 1 – Mesa de trabalho Figura 2 – Cadeira de trabalho Figura 3 – Computador de trabalho

Fonte: Própria autoria. Fonte: Própria autoria. Fonte: Própria autoria.

O questionário foi respondido por todos os funcionários do departamento, na qual era

composto por três etapas, uma vez que serão ilustradas as respostas das questões, por etapas,

nos 3 gráficos gerais a seguir.

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Gráfico 1 – Primeira etapa

Fonte: Própria autoria.

A análise de temperatura no ambiente de trabalho realizado através do questionário obteve o

seguinte resultado esta esboçado no gráfico acima, a metade do universo entrevistado

considerou satisfatória a temperatura ambiente, contudo a outra metade esteve contrária a esta

proposição, encontrando a temperatura do ambiente elevada, devido a incidência direta de

raios solares no ambiente.

A divergência encontrada no resultado pode ser explicada pelo seguinte fator: a localização de

cada funcionário no espaço, uma vez que alguns estão posicionados perto das janelas de

grande porte, onde os raios solares incidem, fazendo com que a temperatura naquele exato

local seja maior que ao outro lado da sala, por exemplo.

Para comprovar se há essa diferença, foi aferida a temperatura, com um equipamento próprio

para essas medições, descrito no capítulo anterior. A tabela 1 mostra os valores obtidos nas

medições, sendo que esses seis pontos são as escrivaninhas de cada entrevistado.

Tabela 1 – Valores das medições de temperatura

Entrevistados 5 min 10 min 15 min

1 29°C 27,8°C 27,9°C

2 28°C 27,8°C 27,9°C

3 28,3°C 28,3°C 28,3°C

4 28,3°C 28,5°C 28,6°C

5 28,3°C 28,4°C 28,5°C

6 28,6°C 28,6°C 28,6°C

Fonte: Própria autoria.

Os dados apresentados acima foram obtidos por meio da medição da temperatura do

ambiente, assim poderá ser comparado com os níveis de temperatura apresentados pena NR-

17 para melhor conforto do trabalhador. Como estipulado pela NR-17 à temperatura

recomendada é de 20 a 23°C, comparando com a tabela acima se constata que todas as

temperaturas, encontram-se acima do estipulado, onde a menor temperatura analisada esta

4,8°C acima do recomendado.

Segundo IIDA (2005):

O conforto térmico no interior de fábricas e escritórios é conseguido mantendo-se a

temperatura média da pele em torno de 33°C. Se a temperatura oscilar muito, mesmo

mantendo-se esta média, o conforto tende a diminuir. A norma ISO 9241 recomenda

temperaturas de 20 a 24°C no inverno e 23 a 26°C no verão, com umidade relativa

oscilando entre 40 e 80%. Acima de 24°C, os trabalhadores sentem sonolência e

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abaixo de 18°C, aqueles envolvidos em trabalho sedentário ou com pouca atividade

física, começam a sentir tremores (IIDA, 2005, p.498).

Pode-se concluir que a temperatura média encontrada neste setor não proporciona um

conforto total aos funcionários de acordo com a NR-17. Vale a pena lembrar que estas

medidas foram aferidas pelo período da manhã, com o uso de dois ventiladores no local.

Seguindo com o ruído no ambiente de trabalho, apenas um funcionário apresentou-se

insatisfeito com o barulho, o que vem a atrapalhá-lo, para desenvolvimento da respectiva

função. Os outros cinco restantes não se sentem perturbados pelos ruídos.

Novamente pode-se citar como uma resposta para estes resultados, o fato do posicionamento

dos funcionários em seus locais de trabalho, estando muito perto de um corredor de alto

tráfego, ou a sala estar localizada perto a uma rua com transito de carros, ou ainda,

simplesmente estar sentado ao lado de uma impressora que seja mantida em funcionamento

continuo.

Para comprovar se há essa diferença, foi aferido o ruído, com um equipamento próprio para

essas medições, descrito no capítulo anterior. A tabela 2 mostra os valores obtidos nas

medições, sendo que esses seis pontos são as escrivaninhas de cada entrevistado.

Tabela 2 – Valores das medições de ruído

Entrevistados 5 min 10 min 15 min

1 75 Db 79 dB 76 dB

2 79 Db 79 dB 78 dB

3 65 dB 67 dB 71 dB

4 60 Db 55 dB 60 dB

5 66 Db 70 dB 50 dB

6 90 Db 80 dB 60 dB

Fonte: Própria autoria.

A norma brasileira para ruídos internos estipula uma variação de 45 a 55 dB, para realização

de serviços internos, como é o caso do ambiente pesquisado. Ao comparar os valores

dispostos na tabela acima se perece que estes se encontram bem acima da média indicada.

Esta diferença exorbitante é dada pelo fato da época na qual foi realizada a pesquisa, época de

matrículas, fato que não ocorre durante todo o ano, sendo assim um caso a parte. Alguns

pontos que fizeram com que esta média fosse elevada, foi o incessante funcionamento dos

telefones. Foram atingidos alguns picos de valores que se encontram no limite ou até abaixo

dele como e o caso da medição feita aos 15 min no ponto 5.

Segundo IIDA (2005):

Ruídos acima de 90 dB começam a provocar reações fisiológicas prejudiciais

ao organismo, aumentando o estresse e a fadiga. Esses ruídos intensos

também dificultam a comunicação verbal. As pessoas precisam falar mais

alto e prestar mais atenção, para serem compreendidas. Notam-se também

diferenças individuais aos efeitos do ruído, e as pessoas treinadas em uma

tarefa sofrem menos influência em relação àqueles sem treinamento (IIDA,

2005, p.508).

A luminosidade no ambiente de trabalho também se apresenta diferente das outras, com um

posicionamento único, sendo esta totalmente satisfatória a todos os funcionários do local.

Assim tem-se que a iluminação, segundo os funcionários, é de boa qualidade não interferindo

na execução do trabalho, proporcionando assim um ambiente cômodo para leitura entre

outros.

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Para comprovar se há essa diferença, foi aferida a iluminação, com um equipamento próprio

para essas medições, descrito no capítulo anterior. A tabela 3 mostra os valores obtidos nas

medições, sendo que esses seis pontos são as escrivaninhas de cada entrevistado.

Tabela 3 – Valores das medições de iluminação

Entrevistados 5 min 10 min 15 min

1 816 lux 780 lux 738 lux

2 424 lux 455 lux 505 lux

3 661 lux 1140 lux 1119 lux

4 1250 lux 2000 lux 1815 lux

5 599 lux 830 lux 770 lux

6 316 lux 395 lux 350 lux

Fonte: Própria autoria.

De acordo com IIDA (2005), a faixa de lux recomendado para quem trabalha em escritórios,

iluminação geral varia na faixa de 200 a 300 lux. Assim pode-se comparar com os dados

apresentados na tabela acima e logo perceber-se-á que alguns valores estão bem acima da

média estipulada por Iida.

Tem-se que estes valores estão bem elevados, apenas alguns permanecem perto do limite

máximo recomendado. Logo o tempo de exposição contínuo pode trazer alguns prejuízos aos

funcionários, levando ao desconforto e a fadiga visual. A figura 4 ilustra as janelas do setor.

Figura 4 – Janelas do setor

Fonte: Própria autoria.

As posturas de trabalho adotadas pelos integrantes deste setor apresentaram-se adequadas e

favoráveis para os mesmos, uma vez que se teve 100% de satisfatoriedade nesta questão.

Logo se tem um local de assentamento confortável, para que durante todo o expediente não

ocorra nenhum tipo de reclamação, o que é muito importante uma vez que este trabalho se da

a maior parte do tempo na posição sentada, trabalhando com micro-computadores.

Diferente da postura de trabalho adotada, as condições da mesa de trabalho, não satisfazem a

todos, sendo que um funcionário assinala-se insatisfeito com as condições de sua mesa de

trabalho. As variáveis encontradas para esta resposta são grandes, podendo citar o

dimensionamento da mesa, ou a posição dos artefatos sobrepostos a ela, ou até mesmo sua

distribuição de divisões, o que pode tornar a organização difícil.

Os resultados aqui obtidos foram os mesmos que na questão anterior tendo um nível de

satisfação maior, onde cinco funcionários consideram-se satisfeitos com suas condições de

assento. Este aspecto é muito importante, uma vez que, a maior parte do tempo eles

permanecem sentados, logo as condições de assento devem ser muito favoráveis, não

apresentando desconforto algum ao empregado. Contudo um entrevistado alega que as

condições não são satisfatórias, todavia depende muito do assento por este utilizado.

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Apresentado algumas contradições internas, nesta questão, as respostas permaneceram

divididas, onde quatro pessoas consideram-se satisfeitas com suas condições de espaço de

trabalho, entretanto duas pessoas não concordam. Esta insatisfação gerada é ocasionada pelo

tamanho do lugar, não proporcionando mobilidade suficiente, fazendo com que alguns

funcionários apresentem-se „insatisfeitos com esta situação.

Nesta questão depara-se com uma outra realidade, onde novamente como na questão dois, o

grupo de funcionários conservarem-se dividido em relação à qualidade de ferramentas e

equipamentos de trabalho. O nível de satisfação, nesta questão, é dependente das ferramentas

fornecidas pela universidade para desenvolvimento deste trabalho. Para as diferentes funções

obviamente estas ferramentas variam.

A quantidade esta vinculada a qualidade de ferramentas, contudo não representam variáveis

diretamente proporcionais podendo ser independentes, onde não adianta possuir quantidade de

ferramentas sendo que estas não são de qualidade. Assim pode-se perceber que o a quantidade

não se demonstra um problema maior que a qualidade das ferramentas, ou seja, existem

ferramentas em quantidades suficientes, contudo de baixa qualidade, segundo as respostas do

questionário.

Com uma uniformização nos resultados, o número de funcionários não se apresenta como

incomodo, sendo suficientes os já existentes. Logo a totalidade dos pesquisados estão

satisfeitos com o número de funcionários para a realização dos trabalhos da DIRAC. Sendo

assim este não se apresenta com um problema, já que todos estão satisfeitos com a carga de

trabalho, não sendo necessário mais contingente.

O tempo para descanso também demonstra não ser um empecilho para os funcionários, pois

todos estão de acordo com os horários fornecidos para pausas como lanches, almoços entre

outros. Este tempo é destinado para pausas e refeições, e também descanso, assim tem-se que

os horários estão bem adequados a rotina de trabalho dos funcionários.

Como na questão anterior, o nível de satisfação também se encontra a 100%, pois todos os

funcionários possuem um bom relacionamento com o s colegas do setor. Valido que estes

passam uma boa quantia de horas trabalhando juntos. Isto se deve ao pequeno número de

funcionários, e o trabalho ser em partes, individual. Esse quesito é importante para o bom

desempenho dos funcionários e desenvolvimento do trabalho.

O resultado das questões segue com a mesma conclusão uma vez que o índice de

satisfatoriedade manteve-se o mesmo, logo se tem que o relacionamento geral do setor é

satisfatório.

Um fator muito importante na jornada de qualquer trabalhador é o ritmo de trabalho, pois

influencia altamente em todos os aspectos de sua vida. Dando seqüência às outras questões o

grau de satisfatoriedade é igual. Com uma jornada de trabalho bem distribuída e com horários

de intervalo bem postos, o rendimento e desempenho do trabalho, atende as expectativas.

A organização e a distribuição das tarefas não seguem uma seqüência, com as últimas

questões. Um integrante mostra-se insatisfeito com o redirecionamento das tarefas. Estas

variações ocorrem, muitas vezes, devido ao cargo ocupado por este, assim esta variável torna-

se dependente.

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Gráfico 2 – Segunda etapa

Fonte: Própria autoria.

Diferente do outro questionário, este possui três graduações diferentes para responder ao

questionamento, tratando de questões de desconfortos. Um incomodo máximo de dor não foi

alcançado nesta questão, tendo apenas dores raramente. Por conseguinte o número de

funcionários encontra-se dividido, novamente, em três que não sentem dores nas pernas e

outros três que apresentam dores, com certa freqüência.

O número de pesquisados com dores nos pés, esta distribuída nos três níveis, onde quatro não

apresentam nenhuma dor, os outros dois restantes sentem dores, com alguma freqüência e

muito, respectivamente. Desta forma se tem o campo de pesquisas bem distribuído, com

respostas distintas.

Os problemas relacionados com dores e desconfortos nas costas alcançaram uma média de

dois funcionários que possuem muitas dores e desconfortos. Já o restante não possui algum

tipo de dor. Novamente dependentes destas variáveis estão relacionadas aos assentos e aos

lugares de trabalho e mesa.

Como na questão anterior, os índices obtidos foram de mesma equivalência, assim têm-se os

mesmos números para o desconforto, não apresentando a graduação intermediária. Como

visto nesta seqüência de questões, as principais causas que podem ser levantadas sempre

envolvem os artefatos de trabalho, como a mesa, o assento, entre outros.

Nesta questão não foram apresentados nenhuma classificação extrema, neste caso muito

desconforto na cabeça não é encontrado. Os números que classificam esta pesquisa, que

envolvem que possui dores de cabeça, e menor que a metade. Logo se observa que as dores de

cabeça não são uma grande preocupação, não classificando um problema de grande

intensidade.

Desconfortos no estômago atingem apenas duas pessoas neste setor dos quais, um deles

classificam com muita dor de estômago e o outro com dores não contínuas, sendo estas

apresentadas em certa freqüência. Suas causas são inúmeras, contudo trazendo para este

ambiente, pode-se relacionar como causas dessas dores; nervosismo, espaço de tempo não

regulado para lanches e refeições, ou não suficiente.

As dores e desconfortos nos braços, como os desconfortos na cabeça, não apresentam

extremos, assim os pesquisados não sofrem de dores nos braços extremas, tem-se apenas

dores esparsas ou nenhuma dor. É possível citar como causa a altura que esta posicionada o

funcionário em relação à mesa, e o teclado do computador.

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Gráfico 3 – Terceira etapa

Fonte: Própria autoria.

Todos os pesquisados alegaram não ser exigido nenhum tipo de esforço físico para realização

do trabalho neste setor. Tendo o total de pesquisados com a mesma resposta pode-se afirmar,

baseando nestes dados, que o esforço físico exigido não é grande.

Logo se não é exigido esforço físico, o esforço mental exigido deve ser alto, como mostra a

pesquisa cinco dos seis integrantes atestam ser exigido esforço mental. Para concluir, tem-se

então que este trabalho requer muita atenção e comprometimento dos funcionários, e também

se percebe que é um trabalho que se passa a maior parte do tempo sentado, em frente ao

computador.

Mesmo sendo um trabalho que exija muito trabalho mental, muitas vezes pode ocorrer dos

integrantes deste setor sentirem que ele se torna monótono, principalmente por repetir várias

vezes o mesmo trabalho sendo este repetitivo. Assim os números demonstram-se com alguma

divergência, contudo eles dependem do cargo ocupado por estas pessoas dentro deste setor.

Os resultados apresentam-se como os de um trabalho monótono, este também é dependente

do cargo que o funcionário exerce. Pode-se citar que o trabalho é limitado por muitas vezes

ser monótono. Portanto estas duas questões podem ser interligadas, levando a crer que um

trabalho é monótono limitado.

Quando se tem um trabalho monótono, é possível considerar que este não será ao mesmo

tempo dinâmico, conclui-se então, como mostra o gráfico que cinco pessoas acham seu

trabalho muito monótono e apenas um deles acha que este não é inteiramente monótono. Esta

é mais uma indicação de que o trabalho é passado a maior parte do tempo sentado, realizando

trabalhos administrativos.

Como já era de se esperar o trabalho monótono, não dinâmico, e muito pouco criativo, resulta

em um tipo de trabalho repetitivo, apenas um dos funcionários afirma que seu trabalho não é

repetitivo. Então se tem como resposta que novamente confirma as origens e embasamentos

do serviço por eles executados.

De maneira distinta das outras conclusões observadas, três funcionários caracterizam seus

trabalhos como muito estimulante, dois outros caracterizam seus trabalhos com sendo apenas

algumas vezes estimulante, já o outro restante, afirma que seu trabalho não é nada

estimulante. Com expectativas divergentes, pode-se concluir que diferente do pensado, a

maior parte descreve seu trabalho como estimulante, mesmo sendo caracterizado como

monótono.

Como esperado, por tratar-se de um trabalho administrativo, em um setor onde todas as

pessoas apresentam características deste tipo de serviço, é de se esperar que o trabalho por

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eles executado é de muita responsabilidade. Assim como visto, um trabalho mental que exige

muita responsabilidade requer muita atenção de seus executores.

Como o relacionamento com a chefia é satisfatório a todos os funcionários, outra questão que

também já era esperada, seria que estes não sofrem nenhum tipo de pressão psicológica por

parte dos superiores. Mais um dado para concluir que o relacionamento desses funcionários

com a chefia é favorável para o bom desempenho e andamento dos serviços.

Outra questão que esta diretamente ligada a esta são as dores de estômago, logo estas

respostas são complementares àquela, a única diferença entre elas é o fato de apresentarem

como divergências as intensidades em que são encontradas. Outro fator muito importante que

deve estar relacionado com esta questão é o nível de responsabilidade que o trabalho

apresenta.

Para uma conclusão final que relaciona todas as perguntas, é sugerida esta pergunta final,

assim teremos em números aqueles que gostam de seu trabalho. Neste caso obteve-se 100%

de satisfatoriedade, ou seja, todos os entrevistados gostam de seus respectivos trabalhos. A

partir destas questões foi possível fazer uma análise geral doa aspectos que relacionam a

jornada de cada pessoa pesquisada.

5 Considerações Finais

Nesta pesquisa foi possível propor algumas melhorias de acordo com a literatura, para o setor

pesquisado nos pontos considerados mais críticos pelas respostas fornecidas pelos

entrevistados, para maior conforto e desenvolvimento na execução das atividades

administrativas diárias, sendo elas:

a. Devido as grandes variações de temperatura interna no setor, havendo a necessidade

de instalar um aparelho condicionador de ar, com motor externo, para que desta

maneira a temperatura fique constante e num nível que os funcionários se sintam

confortáveis e não apresente ruídos;

b. Em relação ao elevado índice de ruído, é necessário um local com isolamento acústico

e aparelhos que emitam menos barulhos, como por exemplo, o telefone;

c. A respeito da iluminação, o adequado seria que as instalações dos funcionários estejam

a uma distância mínima das janelas as quais recebem incidências diretas da luz solar,

ou simplificando a colocação de persianas, uma vez que elas direcionem os feixes de

luz;

d. Os equipamentos utilizados no setor estão de acordo com as normas de ergonomia,

como por exemplos as cadeiras com ajustes de altura e lombar, mesas de acordo as

medidas dos funcionários, apenas podendo ser incrementados suportes para os

teclados, mouse pad, apoios para os pés, acessórios para elevar a posição do monitor;

e. Para evitar as dores musculares dos funcionários, seria necessária a execução de

ginástica elaboral por 15 minutos e monitoramento da quantidade de movimentos

repetitivos durante o desenvolvimento das atividades;

f. As atividades a serem desenvolvidas pelos funcionários deveriam ser mais

estimuladas, como por exemplo, a premiação de um funcionário do mês, pelo seu alto

rendimento, trazendo assim a alta estima e satisfação do mesmo pela execução do

trabalho.

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No aspecto geral, pode-se observar que os funcionários deste setor estão satisfeitos e

confortáveis com sua estrutura de trabalho, porém se fossem atendidas as propostas feitas

pelos pesquisadores, poderiam aumentar o rendimento, desenvolvimento, satisfação e alta

estima profissional e também a pessoal, uma vez que assim acontecerá um melhoramento na

qualidade de vida dos indivíduos.

Referências

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