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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
CONDICIONANTES DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE AGRICULTORES TRADICIONAIS DE TRÊS
COMUNIDADES DA REGIÃO DE MORRARIA, CÁCERES, MT
MAURO CORRÊA DA COSTA
C U I A B Á – MT
2004
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
CONDICIONANTES DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE
AGRICULTORES TRADICIONAIS DE TRÊS COMUNIDADES DA REGIÃO DE
MORRARIA, CÁCERES, MT
MAURO CORRÊA DA COSTA Eng°. Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. RODRIGO ALEIXO BRITO DE AZEVEDO
Dissertação apresentada à Faculdade de
Agronomia e Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Mato Grosso, para
obtenção do título de Mestre em Agricultura
Tropical.
C U I A B Á - MT
2004
FICHA CATALOGRÁFICA
Índice para Catálogo Sistemático.
1. Agricultura – Procedimentos técnicos
2. Sistema de produção – Agricultura – Procedimentos técnicos
3. Agricultura – Sistema de produção – Cáceres (MT)
4. Sistema de produção – Agricultura – Cáceres (MT)
5. Agricultura – Unidades produtivas – Cáceres (MT)
C837c Costa, Mauro Corrêa da
Condicionantes de procedimentos técnicos de
agricultores tradicionais de três comunidades da região de
Morraria, Cáceres, MT / Mauro Corrêa da Costa. -- 2004.
139p. : il.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato
Grosso, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária.
“Orientação: Prof°. Dr. Rodrigo Aleixo Brito de
Azevedo”.
CDU – 631(817.2)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título: CONDICIONANTES DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE
AGRICULTORES TRADICIONAIS DE TRÊS COMUNIDADES DA
REGIÃO DE MORRARIA, CÁCERES, MT
Autor: MAURO CORRÊA DA COSTA
Orientador: Dr. RODRIGO ALEIXO BRITO DE AZEVEDO
Aprovada em 30 de agosto de 2004.
Comissão Examinadora:
_______________________________________
Prof. Rodrigo Aleixo Brito de Azevedo
(FAMEV/UFMT) (Orientador)
_______________________________________
Prof. Fabio Nolasco
(Dep. Agronomia/UNEMAT)
_______________________________________
Prof. Sebastião Carneiro Guimarães
(FAMEV/UFMT)
_______________________________________
Prof. Márcio do Nascimento Ferreira
(FAMEV/UFMT)
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em particular o
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical, pela acolhida e
oportunidade de realização do curso.
Ao professor Rodrigo Aleixo Brito de Azevedo, pela orientação,
paciência, exemplo e amizade.
À Glauce, pelo prazer da vida e muito mais.
A todas as famílias de agricultores que participaram na pesquisa, pela
colaboração, através das informações prestadas e pela calorosa acolhida
em suas casas.
Ao professor Sebastião Carneiro Guimarães, pelo seu grande
empenho e rigor que muito contribuíram para a conclusão da dissertação.
As colegas de pesquisa, Virgínia, Helionora e Daniela, pelo
compartilhamento de conhecimento e troca de experiência durante os
trabalhos de campo.
Ao amigo James, da FASE, pelo apoio. Agradeço também à sua
esposa Cleidemar e aos seus filhos Tiago Amadeu e Mateus, pela prazerosa
acolhida em sua casa em Cáceres.
Ao colega, Renato e sua esposa Débora, pelo gentil acolhimento em
sua casa em Cáceres.
A Coordenação e a todos os professores do Programa de Pós-
graduação em Agricultura Tropical, em especial as secretárias Maria e
Denise que me auxiliaram durante todo o curso.
Aos Colegas de Pós-graduação em Agricultura Tropical, pela
amizade.
Aos meus pais pela compreensão em mais esta etapa de meu
aperfeiçoamento profissional.
CONDICIONANTES DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE AGRICULTORES TRADICIONAIS DE TRÊS
COMUNIDADES DA REGIÃO DE MORRARIA, CÁCERES, MT
RESUMO - Os agricultores de pequenas unidades de produção agrícola
estão submetidos a complexos de atividades relacionadas entre si e à
diversidade das práticas em cada etapa da produção. Assim, eles tomam
decisões ao longo do processo produtivo, as quais estão condicionadas a
fatores internos e externos ao ambiente de funcionamento da unidade
produtiva. A partir da compreensão desses condicionantes, pode ser
possível auxiliar os agricultores no estabelecimento de estratégias de
produção mais adequadas à superação dos problemas enfrentados e que
melhor atendam às necessidades desses agricultores. O objetivo deste
trabalho foi identificar e hierarquizar os condicionantes de procedimentos
técnicos de agricultores tradicionais de três comunidades da região de
Morraria, no município de Cáceres, estado de Mato Grosso. Foi realizada a
descrição e decomposição da unidade de manejo roça de oito unidades
produtivas (UPs) pertencentes às comunidades de Nossa Senhora do
Carmo, Nossa Senhora da Guia e Sagrado Coração de Jesus. A descrição e
decomposição da unidade de manejo roça visou identificar o que condiciona,
na perspectiva do agricultor, suas tomadas de decisão ao longo do processo
produtivo. Os condicionantes identificados foram classificados por intermédio
de filtros, separando-os em condicionantes internos (estabelecido a partir da
lógica interna de funcionamento da UP) ou externos (estabelecido a partir da
lógica externa do ambiente de funcionamento da UP, sob os quais os
agricultores não tem controle), e verificando se estavam relacionados aos
aspectos: possibilidade técnica, rendimento da produção, facilidade de
trabalho, tempo de execução do serviço, disponibilidade financeira, demanda
de mão-de-obra, tempo de produção e tempo de armazenamento. Foi feita a
análise descritiva dos condicionantes, e na identificação das variáveis mais
importantes, em termos da variabilidade dos dados foi utilizada a análise
fatorial pelo método de componentes principais como ferramenta analítica. A
hierarquização dos condicionantes foi feita pela avaliação do peso relativo
de cada variável na variação total dos dados. Concluiu-se que os
agricultores estudados estabelecem suas estratégias de manejo a partir da
lógica interna de funcionamento da unidade produtiva. É necessário
aprimorar a metodologia utilizada, adotando procedimentos mais
sistemáticos e participativos de classificação dos condicionantes
identificados, de modo que seja possível auxiliar os agricultores no
estabelecimento de estratégias de produção adequadas.
Palavras-chave: sistema de produção, unidades produtivas, análise
multivariada.
DETERMINANTS OF TECHNICAL PROCEDURES OF TRADITIONAL FARMERS FROM THREE COMMUNITIES IN
MORRARIA REGION, CÁCERES, MT
ABSTRACT – The farmers of small agriculture’s productive units are
submitted to complexes range of activities related among them and also
related to a diversity of practices in each productive stage. Thus, they have to
make some decisions along the productive process, which are determinates
by internal and external factors that surround the productive unit work.
According to the comprehension of these determinants, may be possible to
help the farmers to establish adequate productive strategies to overcome
their problems and that better attend their needs. The main purpose of these
study work was to identify and to hierarchize the technical procedure’s
determinants utilized by traditional farmers from three communities in
Morraria region, district of Cáceres, state of Mato Grosso. It was made a
description and a decomposition of the management unit “roça” (tract of
newly cleared land) of eight productive units (PU) that belongs to the
communities of Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora da Guia and
Sagrado Coração de Jesus. The description and the decomposition of the
management unit “roça” were indispensable to identify what determinants, in
the farmers perspective, the decisions they have to make during the
productive process. The identified determinants were classified, utilizing
some filters, and separated into two categories: internal determinants
(established from the productive unit working process internal logic) and
external determinants (which were established from the productive unit
surrounding external logic, the farmers have no control over, these one), and
verified if those determinants were related to the following aspects: technical
possibility, production efficiency, work facility, work performance time,
financial availability, labour work demand, time of production and time of
warehousing. A descriptive analysis of the determinants were made, and to
identify the most important variables, in terms of the variability of them, a
factorial analysis of the main components method was used as a analytical
instrument. The determinants were hierarchized through the relative
influence of each variable in comparison with their total variation. It follows
that farmers establish their management strategies from the internal logic of
the productive unit working process. It is necessary to improve the utilized
methodology, and also make use of more systematic and participatory
procedures to classify the identified determinants, in this manner may be
possible to help the farmers to find more adequate strategies of production.
Keywords: farming systems, productive units, multivariate analysis.
SUMÁRIO
Página1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA......................................................................... 13
2.1 Conceitos teóricos....................................................................................... 13
2.1.1 Condicionantes......................................................................................... 14
2.2 Coleta e análise de dados........................................................................... 16
2.2.1 Coleta de dados....................................................................................... 16
2.2.2 Análise de dados...................................................................................... 18
3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................. 22
3.1 Princípios metodológicos............................................................................. 22
3.2 Local da pesquisa........................................................................................ 23
3.3 Descrição e decomposição da unidade de manejo roça............................. 24
3.3.1 Coleta de dados....................................................................................... 25
3.3.1.1 Realização das entrevistas.................................................................... 25
3.3.2 Sistematização dos dados........................................................................ 26
3.4 Classificação dos condicionantes................................................................ 27
3.5 Análise dos dados....................................................................................... 29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 31
4.1 Descrição da unidade de manejo roça........................................................ 31
4.1.1 UP S003................................................................................................... 31
4.1.1.1 Identificação.......................................................................................... 31
4.1.1.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 31
4.1.1.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 32
4.1.1.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 33
4.1.2 UP S009................................................................................................... 36
4.1.2.1 Identificação.......................................................................................... 36
4.1.2.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 36
4.1.2.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 36
4.1.2.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 37
4.1.3 UP S006................................................................................................... 41
4.1.3.1 Identificação.......................................................................................... 41
4.1.3.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 41
4.1.3.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 42
4.1.3.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 42
4.1.4 UP S001................................................................................................... 46
4.1.4.1 Identificação.......................................................................................... 46
4.1.4.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 46
4.1.4.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 47
4.1.4.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 47
4.1.5 UP N011................................................................................................... 51
4.1.5.1 Identificação.......................................................................................... 51
4.1.5.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 51
4.1.5.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 52
4.1.5.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 52
4.1.6 UP N008................................................................................................... 56
4.1.6.1 Identificação.......................................................................................... 56
4.1.6.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 56
4.1.6.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 56
4.1.6.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 57
4.1.7 UP N010................................................................................................... 58
4.1.7.1 Identificação.......................................................................................... 58
4.1.7.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 58
4.1.7.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 58
4.1.7.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 58
4.1.8 UP N001................................................................................................... 62
4.1.8.1 Identificação.......................................................................................... 62
4.1.8.2 Histórico dos produtores e da unidade produtiva.................................. 62
4.1.8.3 Caracterização da unidade de manejo.................................................. 62
4.1.8.4 Caracterização das etapas do processo de produção agrícola............ 62
4.2 Decomposição da unidade de manejo roça................................................ 68
4.3 Análise descritiva dos condicionantes de procedimentos técnicos............. 81
4.4 Análise fatorial pelo método de componentes principais............................ 83
4.4.1 Identificação das variáveis importantes.................................................... 83
4.4.1.1 Descrição do fator 1.............................................................................. 84
4.4.1.2 Descrição do fator 2.............................................................................. 84
4.4.1.3 Descrição do fator 3.............................................................................. 84
4.4.1.4 Descrição do fator 4.............................................................................. 84
4.4.1.5 Descrição do fator 5.............................................................................. 85
4.4.1.6 Descrição do fator 6.............................................................................. 85
4.4.1.7 Descrição do fator 7.............................................................................. 85
4.5 Avaliação do peso relativo........................................................................... 86
5 CONCIDERAÇÕES GERAIS......................................................................... 90
6 CONCLUSÕES.............................................................................................. 91
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 92
ANEXO 1........................................................................................................... 96
ANEXO 2........................................................................................................... 102
ANEXO 3........................................................................................................... 108
ANEXO 4........................................................................................................... 112
ANEXO 5........................................................................................................... 115
ANEXO 6........................................................................................................... 117
ANEXO 7........................................................................................................... 120
ANEXO 8........................................................................................................... 122
ANEXO 9........................................................................................................... 124
ANEXO 10......................................................................................................... 126
ANEXO 11......................................................................................................... 131
11
1. INTRODUÇÃO
O modelo institucional de intervenção técnica insiste em desenvolver
e difundir práticas agrícolas nos moldes da Revolução Verde, ignorando a
realidade dos sistemas agrícolas existentes, e privilegiando o uso intensivo
de insumos externos. Nesse modelo, os agricultores são meros receptores
de conhecimentos e informações, que são gerados nos centros de
experimentação, e se mostram inadequados à maioria dos agricultores,
principalmente os mais pobres, pois não levam em consideração a realidade
social rural.
Os agricultores de pequenas unidades de produção agrícola estão
submetidos a complexos de atividades relacionadas entre si e à diversidade
das práticas em cada etapa da produção. Esses agricultores tomam
decisões ao longo do processo produtivo, as quais estão condicionadas a
fatores internos e externos ao ambiente de funcionamento da unidade
produtiva.
Estudar as razões que levam os agricultores a adotar esta ou aquela
opção técnica, proporcionando-lhes um mecanismo essencial no sentido de
auxiliá-los no estabelecimento de estratégias de produção adequadas que
buscam dar resposta aos problemas enfrentados e atendam os objetivos
desses agricultores é um desafio fundamental.
Esta pesquisa se insere neste esforço de buscar compreender os
condicionantes de procedimentos técnicos desses agricultores, estudando
12
as roças de suas unidades produtivas. Adotou-se a roça para a investigação,
por se tratar de um complexo de atividades dentro do estabelecimento rural.
O universo empírico da pesquisa foi constituído por agricultores
tradicionais que atuam no município de Cáceres, na região de Morraria,
estado de Mato Grosso. Nesse texto, o termo agricultores tradicionais refere-
se ao “agricultor que não se inseriu por inteiro nos moldes tecnológicos da
agricultura industrial, baseados na intensificação do uso de recursos naturais
e na introdução de insumos externos nos sistemas de produção” (Azevedo,
2003, pg 33).
O presente trabalho é parte de um projeto de investigação em
sistemas agrícolas do Estado de Mato Grosso, que tem como objetivo
compreender a estrutura conceitual das unidades produtivas, através da
análise dessas unidades em diferentes aspectos. Neste trabalho, o objetivo
específico foi identificar e hierarquizar os condicionantes de procedimentos
técnicos dos agricultores tradicionais da região de Morraria.
13
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Conceitos teóricos Uma visão articulada entre a estrutura e o funcionamento do sistema
de produção em estudo, são os pressupostos para a pesquisa agrícola sob a
ótica sistêmica (Calorio, 1997). Para atender esses pressupostos é
necessário adotar uma abordagem com enfoque de sistemas que permite a
compreensão da diversidade e complexidade de uma unidade de produção,
e esta compreensão facilita o entendimento dos condicionantes.
A diversidade está relacionada com as condições ambientais de
produção e com as estratégias de manejo dos agricultores, que são muito
diferenciadas (Wünsch, 1995). A complexidade está relacionada com o
funcionamento das pequenas unidades produtivas, que estruturalmente
funcionam na forma de complexos de atividades relacionadas entre si
(Azevedo, 2001).
Em relação à abordagem sistêmica, será feita uma breve descrição
dos conceitos de sistema agrário, sistema de produção e sistema de cultivo
para, finalmente, definir condicionantes.
O sistema agrário é um arranjo de atividades agrícolas historicamente
constituído e sustentado; um sistema de forças produção adaptado às
condições ambientais características e correspondendo a dadas condições
sociais. É caracterizado por operar em uma escala espacial maior que a da
unidade produtiva, ou seja, é constituído por uma região (Mazoyer (1985)
citado por Beroldt et al. (1998)).
14
O sistema de produção compreende um conjunto de produções
vegetais e animais, além de outros fatores de produção como o ambiente
local, os organismos, as espécies manejadas, os insumos naturais e sociais
(Dufumier (1995) citado por Perondi e Kiyota (1998)). É caracterizado por
operar em escala espacial menor que a da unidade de produção.
O sistema de cultivo é o conjunto das atividades agrícolas manejadas
sobre parcelas tratadas de maneira homogênea. Cada sistema de cultivo
relaciona-se a uma determinada espécie ou a um conjunto de espécies. É
caracterizado por operar na escala espacial da parcela (Sebillotte (1990)
citado por Wünsch (1995)).
Por fim, o termo condicionante refere-se a um conjunto de fatores
internos e externos ao ambiente de funcionamento da unidade de produção,
que governam as tomadas de decisões ao longo do processo produtivo e o
funcionamento da unidade produtiva.
2.1.1. Condicionantes Frente aos condicionantes internos e externos, o agricultor opta pelas
combinações de atividades que irão permitir a reprodução do sistema de
produção. Existem poucos trabalhos envolvendo o universo do pequeno
agricultor procurando identificar condicionantes de procedimentos técnicos.
Os estudos com esse objetivo têm mostrado fatores de natureza diversa de
acordo com a pesquisa. Cunha et al. (1998), verificaram num estudo com
agricultores familiares na região colonial de Santiago-RS, que as condições
agroecológicas das unidades produtivas, a forma de inserção na rede
comercial, a estrutura de comercialização e a disponibilidade de mão-de-
obra, foram os condicionantes que marcadamente interferiram no processo
de desenvolvimento dos sistemas de produção.
Pesquisas entre grupos de agricultores demograficamente e
economicamente diferentes foram realizadas no Nepal, da qual pôde-se
concluir que a produção de grãos, altura da planta, o tempo de maturação, o
sabor e o número de batidas para separar o grão de arroz da planta, são os
15
principais condicionantes na escolha de variedades tradicionais de arroz
para o plantio pelos agricultores estudados (Loader e Amartya, 1999).
Ugwu e Nweke (1996) analisaram a importância dos condicionantes
ecológicos (clima e altitude) e não ecológicos (pressão demográfica, cultivo
contínuo, comercialização da produção e tecnologia de processamento pós
colheita) para distribuição da mandioca na Nigéria. Esses autores
concluíram que os condicionantes não ecológicos, principalmente a adoção
de tecnologia para processamento pós colheita, como os mais importantes
para explicar a distribuição da mandioca nesse país.
Perz (2003) estudou os condicionantes sociais da adoção de
tecnologia e o significado dessa adoção no uso da terra. O estudo foi
realizado no município de Uruará, estado do Pará, que representa uma
região de fronteira agrícola e de um frágil ambiente de floresta amazônica.
Esse autor concluiu que as unidades familiares com maior disponibilidade de
mão-de-obra e de capital são as mais prováveis a adotarem tecnologia e que
para toda tecnologia adotada mais áreas são abertas em relação as
unidades produtivas que não adotam.
Buainain et al. (2002), concluíram que muitos dos condicionantes que
afetam a decisão de adotar inovações não são controlados pelos
agricultores, em particular os arranjos institucionais determinados pelas
políticas públicas, tais como condições de acesso a crédito, educação,
extensão e o próprio comportamento dos preços. Esses autores citam o
tamanho da propriedade, risco e incerteza, capital humano, forma de
domínio sobre a terra, disponibilidade de trabalho, crédito e outros insumos
como os determinantes da adoção de tecnologia mais comuns apresentados
nos trabalhos de economia e sociologia rural.
16
2.2. Coleta e análise de dados
2.2.1. Coleta de dados Os estudos etnocientíficos têm se valido de várias técnicas de coleta
de dados, utilizadas isoladamente ou em conjunto, dependendo da natureza
do trabalho, dos objetivos, dos recursos e do tempo disponível. As técnicas
empregadas podem ser classificadas de forma bastante ampla, em dois
grandes grupos: os métodos qualitativos ou não-estruturados e os
quantitativos ou estruturados.
Os métodos qualitativos se destinam aos estudos que se propõem a
entender os processos mais gerais do manejo dos organismos e do
ambiente e, também, o contexto cultural que envolve essas práticas. Os
métodos quantitativos, por sua vez, se destinam a tratar dos temas mais
pontuais, permitindo a quantificação e facilitando a comparação (Azevedo e
Coelho, 2002).
Sperry (1998) chama a atenção para a importância das técnicas
qualitativas de pesquisa, pois além de cumprir as finalidades para as quais
foram propostas, essas técnicas valorizam os conhecimentos dos
agricultores, são instrumentos muito eficiente para diagnosticar a realidade
social e, ao mesmo tempo, para criar sinergia básica e essencial para a
comunicação entre técnicos e agricultor.
Os métodos não-estruturados são mais freqüentemente usados na
história de vida dos indivíduos, organizações ou mesmo de uma comunidade
e tem como uma de suas vantagens à possibilidade de reformular o
problema ao longo do tempo (Haguette, 2000). A metodologia qualitativa
pode descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interação de certas variáveis, compreender e classificar processos
dinâmicos vividos por grupos sociais (Richardson, 1985)
A entrevista, por sua flexibilidade, tem sido utilizada como técnica
fundamental de investigação nos mais diversos campos, não apenas para
coleta de dados, mais também com objetivos voltados para diagnóstico e
orientação, apresentando como vantagens a possibilidade de obtenção de
17
dados referentes aos mais diversos aspectos da vida social, a eficiência para
obtenção de dados em profundidade acerca do comportamento humano e a
possibilidade de classificação e de quantificação dos dados coletados (Gil,
1987). Utilizando de entrevistas semi-estruturada, Beroldt et al. (1998)
identificou elementos para caracterizar os sistemas de produção agrícola
localizados na região da encosta superior do nordeste do Rio Grande do Sul.
Na descrição e tipificação de unidades produtivas do Vale do Guaporé em
Mato Grosso, Azevedo (2001) utilizou entrevistas informais para coleta de
dados junto aos agricultores.
O questionário tem sido uma das mais importantes técnicas dentre os
métodos quantitativos de coleta de dados, apresentando como vantagens a
possibilidade de atingir grande número de pessoas, reduzir gastos com
pessoal e garantir o anonimato das respostas. Por outro lado, apresenta
enquanto técnica de pesquisa etnocientífica algumas limitações como: exclui
pessoas que não sabem ler e escrever e pode produzir vieses importantes
na amostra afetando a representatividade dos resultados. Richardson (1985)
cita o questionário como o mais comum dentre os diversos instrumentos
para obter informações de grupos sociais cumprindo pelo menos duas
funções: descreve as características e mede variáveis individuais ou grupais
de um grupo social. O questionário foi utilizado por Ugwu e Nweke (1996)
para coletar dados qualitativos nos diferentes aspectos da produção e
processamento da mandioca, num estudo dos determinantes da distribuição
da mandioca na Nigéria. Oliveira et al. (1998) utilizaram questionário que
permitiu estudar os aspectos relativos à estrutura social, estrutura de
produção, composição no capital, desempenho dos cultivos, nível
tecnológico, assistência técnica e renda numa região de pequenos
produtores rurais do estado do Rio Grande do Norte.
Haguette (2000), ao finalizar a comparação feita entre os métodos
qualitativos e quantitativos, destaca que na maioria das vezes o pesquisador
trabalha com vários métodos ao mesmo tempo, dependendo dos propósitos
que tem em vista, devendo cada tipo de instrumento de coleta de dados
adequar-se ao problema da investigação. Os dois métodos se intercruzam
18
constantemente, não sendo incompatíveis. Pelo contrário, cada um se
beneficia do outro. Azevedo e Coelho (2002) também ressaltam que a
investigação etnocientífica é mais rica e aprimorada quando se utiliza as
abordagens qualitativas e quantitativas.
Richardson (1985) identifica três instâncias de integração entre os
métodos: no planejamento da pesquisa, na coleta de dados e na análise da
informação. A contribuição do método quantitativo ao qualitativo pode se dar
através da utilização de um questionário prévio, que pode contribuir para
delimitar o problema estudado, e a informação coletada pode ser útil no
planejamento da pesquisa e identificação das características objetivas da
coleta de dados. No tratamento da informação, a transformação dos dados
qualitativos em elementos quantificáveis permite a utilização de técnicas
estatísticas que podem contribuir para analisar e reinterpretar informações
qualitativas.
2.2.2. Análise de dados Os problemas envolvendo grande número de informações que tomam
a forma de variáveis qualitativas ou quantitativas são cada vez mais
freqüentes na pesquisa agrícola (Calorio, 1997). Assim a aplicação de
técnicas de análise multivariada nesse tipo de investigação vem sendo cada
vez mais utilizada, por tratar simultaneamente das relações entre as diversas
variáveis.
Reis (2001) define a estatística multivariada, de um modo geral, como
um conjunto de métodos estatísticos que permite a análise simultânea de
medidas múltiplas para cada indivíduo ou objeto, e que tem como um de
seus objetivos a simplificação dos dados, descrevendo a informação através
de um reduzido número de dimensões de análise.
Os métodos multivariados têm sido utilizados para espacializar as
transformações ocorridas no uso da terra (Azevedo, 1996), regionalização
agrícola (Kageyama e Leone, 1990), tipificação do uso agrícola (Moraes,
1998), análise de sustentabilidade em estabelecimentos agrícolas familiares
(Calorio, 1997), identificar as razões da escolha dos agricultores por
19
variedades particulares de arroz (Loader e Amartya, 1999), distinguir sistema
de produção (Perz, 2003) e para analisar informações coletadas junto a
produtores rurais (Oliveira et.al, 1998).
Um dos métodos mais populares de análise fatorial, o da
componentes principais, procura simplificar os dados através da redução do
número de variáveis necessárias para os descrever, explicar a correlação
entre as variáveis observáveis, pressupondo a existência de um número
menor de variáveis não observáveis (fatores) subjacentes aos dados, que
expressam o que existe de comum nas variáveis originais. O objetivo final é
a redução da dimensão dos dados, sem perda de informação (Pestana e
Gageiro, 2000; Pereira, 1999).
Análise de agrupamento é um procedimento multivariado para
detectar homogeneidade dentro do grupo e heterogeneidade entre os
grupos. Os agrupamentos no método de classificação hierárquico formam-se
com base nos pares de casos mais próximos, de acordo com uma medida
de distância escolhida e de um método de agrupamento adotado para
formação dos grupos (Pestana e Gageiro, 2000).
Segundo Moraes (1998), o objetivo da análise de agrupamento é
maximizar a variabilidade entre os grupos e minimizar a variabilidade dentro
dos grupos. Os métodos de classificação da análise de agrupamento podem
ser hierárquicos ou não hierárquicos.
Os métodos hierárquicos baseiam-se na construção de uma matriz de
semelhanças ou diferenças em que cada elemento da matriz descreve o
grau da semelhança ou diferença entre cada dois casos com base nas
variáveis escolhidas. Esses métodos dividem-se em aglomerativos e
divisivos, sendo os aglomerativos mais divulgados e utilizados, porque os
métodos divisivos, tal como os de optimização, demandam muitos recursos
em termos de capacidade de informática (Reis, 2001).
O ponto de partida dos métodos hierárquicos é a construção de uma
matriz de dimensão X x P, onde X corresponde as linhas dos indivíduos ou
casos e P as colunas com as características ou variáveis. Primeiro um
indivíduo é ligado a outro mais similar, sendo necessário a especificação de
20
uma medida de distância de similaridade. A similaridade entre dois
indivíduos é medida por meio de um coeficiente que quantifica a semelhança
entre os elementos de duas colunas da matriz de dados. Esses coeficientes
de distâncias medem a separação entre pares de pontos num hiperplano
(Pestana e Gageiro, 2000; Reis 2001).
Os índices de semelhança são classificados em quatro categorias:
coeficiente de correlação, sendo o mais utilizado o de Pearson, os
coeficientes de associação para variáveis qualitativas binárias (de Jaccard,
de Gower, de emparelhamento simples, e o de correlação para variáveis
binárias), as medidas de semelhança probabilística e as medidas de
distância (a Euclidiana, a Euclidiana quadrática, a distância absoluta ou City-
Block, a distância de Minkowski, a distância de Mahalanobis e a distância de
Chebychev) (Reis, 2001).
Após escolhida uma medida de distância é preciso escolher também o
método de agrupamento. Não existe o melhor critério de escolha de métodos
de agregação dos casos, e esses diferem no modo como estimam distâncias
entre os grupos já formados e aqueles por agrupar (Reis, 2001).
Pestana e Gageiro (2000) citam sete procedimentos para ligação dos
agrupamentos: vizinho mais próximo (nearest neighbor), vizinho mais
afastado (furthest neighbor ou complete linkage), entre os grupos (betweem
groups), dentro dos grupos (within groups), centróide (centroid clustering),
mediana (median clustering) e o wards.
Diversos métodos de ligação têm sido utilizados como o de ligação
média (Kageyama e Leone, 1990), o do vizinho mais próximo e distância
Euclidiana quadrática (Azevedo, 2001; Calorio, 1997) e o do vizinho mais
distante (Moraes, 1998).
Uma vez que a análise de agrupamento tem como objetivo criar
grupos homogêneos, surge um problema, sobretudo quando aplicadas as
técnicas hierárquicas, que é o da escolha do número ideal de grupos. Não
há critério estabelecido para se determinar o número ótimo de grupos, o que
torna muito importante o conhecimento do objeto de estudo para essa
definição (Reis, 2001; Moraes, 1998).
21
O método hierárquico permite apresentação sobre a forma de
dendrograma, o qual mostra todas as fases do processo de agrupamento,
desde a separação total dos indivíduos até a sua inclusão em apenas um
grupo. A partir do dendrograma pode ser feita a escolha do número de
agrupamentos e a discussão dos resultados.
22
3. MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia foi composta pela descrição e decomposição da
unidade de manejo roça, de oito unidades produtivas, visando identificar o
que condiciona, na perspectiva do agricultor, suas tomadas de decisão em
cada uma das etapas dos sistemas de produção e cultivo.
3.1. Princípios metodológicos A abordagem metodológica baseou-se no conceito de sistema de
produção, entendido como o conjunto de atividades que o agricultor executa,
de acordo com o seu plano de manejo e ideologia agrícola, lançando mão de
uma base de recursos, com o objetivo de realizar a produção (Berdegué e
Larrain, 1988; Alcorn, 1989). Essas ações afetam o ambiente de produção
agrícola, tanto nos seus componentes biofísicos como naqueles
socioeconômicos (Fresco, 1994; Stomph et al., 1994). Assim, a
caracterização de um sistema agrícola, ou sistema de uso da terra, deve
contemplar a descrição dos seus elementos e as relações que estes
estabelecem entre si, tanto no tempo como no espaço.
Os instrumentos de informação foram os agricultores e agricultoras
das unidades produtivas estudadas. A coleta de dados foi por intermédio de
entrevistas abertas e semi-estruturadas, feitas de acordo com as
metodologias propostas por Mettrick (1993) e Mikkelsen (1995),
complementadas com observações de campo.
23
3.2. Local da pesquisa As oito unidades produtivas (UPs) estudadas estão distribuídas em
três comunidades da região da Morraria, no município de Cáceres-MT
(Figura 1). Estas comunidades estão nas seguintes localidades:
• Comunidade Nossa Senhora do Carmo, localizada no km 22 na
rodovia MT-343, de Cáceres a Barra do Bugres, na localidade
conhecida como Taquaral, antigo arraial do Taquaral. Nesse
arraial foi construída uma pequena igreja em homenagem à
santa, com coordenadas 15°58’56’’ latitude sul e 57°31’14’’
longitude oeste de Gr. Participou da pesquisa 1 UP.
• Comunidade Nossa Senhora da Guia, localizada na bocaina do
Taquaral, entre a serra Taquaral e a serra do Poção. Do km 24
ao km 30 da rodovia MT-343 encontram-se pelo menos 30
unidades produtivas, distribuídas em duas localidades:
Chapadinha e Barreiro Vermelho. No entanto, as lideranças
reconhecem apenas 15 famílias que fazem parte da
comunidade-irmandade. A igreja da irmandade encontra-se nas
coordenadas 15°54’40’’ latitude sul e 57°31’03’’ longitude oeste
de Gr. Participaram da pesquisa 3 UPs.
• Comunidade Sagrado Coração de Jesus, localizada a
aproximadamente 20 km da comunidade de Nossa Senhora do
Carmo, já fora da rodovia MT-343. Ali encontram-se
aproximadamente 14 UPs, distribuídas em duas localidades:
Santana e Retiro. Em Santana vivem parentes e
compadres/comadres de famílias de Nossa Senhora do Carmo
e Nossa Senhora da Guia. Tem uma escola rural e uma igreja
com coordenadas 15°53’40’’ latitude sul e 57°26’59’’ longitude
oeste de Gr. Participaram da pesquisa 4 UPs.
24
Brasil
N
Mato Grosso
Cáceres
Figura 1. Localização do município onde se deu o estudo, Cáceres Estado de Mato Grosso.
3.3. Descrição e decomposição da unidade de manejo roça Primeiramente foi realizado um diagnóstico inicial com o objetivo de
compreender as unidades produtivas e selecionar as que participariam do
estudo. O nome das UPs estudadas, e de suas respectivas comunidades /
localidades, estão listados na Tabela 1.
25
Tabela 1. Unidades Produtivas investigadas e nomes das respectivas
comunidades / localidades da região da Morraria, Cáceres-MT
Código da UP Nome da UP Nome do proprietário e
esposa Comunidade/localidade
S003 Não definiu o nome Antônio Viriato da Silva Maria Vieira da Silva
Sagrado Coração de Jesus / Santana
S009 Sítio São José Paulo dos Anjos Martins Margarida Viana Martins
Sagrado Coração de Jesus / Santana
S006 Sete Estrela João Batista Alves da Silva Hermilinda França da Silva
Sagrado Coração de Jesus / Retiro
S001 Sítio Três Corações Catulino Lopes Viana Cecília Mendes Viana
Sagrado Coração de Jesus / Santana
N011 Sítio Nossa Senhora Aparecida
Américo Ferreira Mendes Isabel de Oliveira Mendes
Nossa Senhora do Carmo / Chapadinha
N008 Sítio São Sebastião Leonardo Francisco de Paula Rosa Mendes de Paula
Nossa Senhora da Guia / Chapadinha
N010 Sítio Barreiro Vermelho
Luis Golberto de Oliveira Nilza Rosa Martins
Nossa Senhora da Guia / Barreiro Vermelho
N001 Fazenda Chapadinha
José Marino Ferreira Mendes Anacleta de Oliveira Mendes
Nossa Senhora da Guia / Chapadinha
3.3.1. Coleta de dados Esta etapa do trabalho de campo foi realizada entre 20 de agosto e 6
de setembro de 2003. Inicialmente foram feitas visitas explicando o trabalho,
recebendo o aceite dos agricultores e agendando as entrevistas. A coleta de
dados foi feita a partir de informantes chaves que foram definidos através do
diagnóstico inicial, e que atenderam aos critérios: estar de acordo com a
realização do trabalho e possuir experiência (conhecimento) sobre a unidade
de manejo roça.
3.3.1.1. Realização das entrevistas As entrevistas foram abertas, visando coletar informações sobre a
unidade de manejo, os sistemas de produção e cultivo presentes na roça, as
atividades realizadas pelos agricultores e as razões e condicionantes de
cada uma delas. Tanto o agricultor como a agricultora de cada UP estudada,
participaram da entrevista.
26
Foi confeccionado um croqui da unidade de manejo estudada, de
acordo com as percepções do agricultor e de sua família, constando todos
os sistemas de produção e cultivo existentes e suas respectivas áreas.
O registro das respostas foi realizado durante a entrevista, mediante
anotações, utilizando as mesmas palavras do entrevistado, evitando resumir
as respostas. Quando permitido pelo informante, foi utilizado também um
gravador.
3.3.2. Sistematização dos dados A partir das entrevistas e do croqui foi feita a caracterização, a
descrição das etapas do processo de produção agrícola e a decomposição
dos sistemas de produção e cultivos das unidades de manejo.
A caracterização da unidade de manejo das unidades produtivas foi
feita a partir do croqui, onde o agricultor identificou os sub-subsistemas do
subsistema roça, aqui denominado unidade de manejo roça. Foram
identificados dois sub-subsistemas no interior da roça: sistema de produção,
composto por mais de um componente e sistema de cultivo, composto por
somente um componente (espécie).
Com as informações obtidas nas entrevistas foram descritas as
etapas do processo de produção agrícola em cada unidade estudada.
A decomposição foi feita para a unidade de manejo, e não para uma
cultura especifica, ou seja, foram considerados todos os componentes
manejados na área escolhida. Foi montada uma estrutura, dividindo-se os
sistemas produtivos agrícolas em diversos níveis, atingindo tantas divisões
quanto fossem necessárias, tendo como base o trabalho de Nolasco (1999).
A estrutura e seus respectivos níveis foram construídos a partir da visão
êmica, seguindo o princípio do método de listagem livre, em que os
informantes listavam, separadamente, todos os eventos ligados às
atividades realizadas no interior da unidade de manejo, bem como as razões
e os condicionantes de cada uma delas. Assim, os eventos fáceis de serem
lembrados foram considerados os mais importantes. Nesse processo é
27
necessário que o pesquisador e informante tenham a mesma concepção do
significado do termo que designava o evento (Azevedo e Coelho, 2002).
A decomposição apresentou três níveis mais os condicionantes que
foi o objeto de investigação, os significados dos níveis e do objeto de
investigação, são descritos a seguir:
• Atividades (AT): fase do processo produtivo, necessário ou não à
instalação ou condução do subsistema, com maiores chances de
sucesso. Exemplos: limpeza da área, plantio, tratos culturais,
colheita etc.
• Etapas das atividades (EA): técnicas operacionais necessárias ou
não para a realização de determinada atividade. Exemplos:
roçada, aceiro, capina etc.
• Opções Técnicas (OT): alternativa técnica operacional que o
informante conhece dentro de cada etapa da atividade. Exemplos:
derrubada manual com uso de machado ou moto-serra, plantio
manual com uso de matraca, enxada ou enxadão etc.
• Condicionante da opção técnica (CO): o que levou o informante
optar ou não por determinada opção técnica. Exemplos: escolha
da variedade, ser proprietário do implemento, gastar mais ou
menos mão-de-obra etc.
3.4. Classificação dos condicionantes Os condicionantes identificados foram classificados por intermédio de
filtros, que consideraram, primeiramente, se o condicionante era interno ou
externo, e depois, se estavam relacionados aos seguintes aspectos:
possibilidade técnica, rendimento da produção, facilidade de trabalho, tempo
de execução, disponibilidade financeira, disponibilidade de mão-de-obra,
tempo de produção e tempo de armazenamento.
Os filtros não são excludentes. O agricultor pode optar por uma
tecnologia poupadora de mão-de-obra porque possui disponibilidade
financeira, e vice-versa. Assim, um mesmo condicionante pode ser
28
resultante da conjugação de dois ou mais filtros. Os significados desses
filtros são descritos a seguir:
• Condicionantes internos: são aqueles estabelecidos a partir da
lógica interna de funcionamento da UP. Exemplos: a escolha do
espaçamento para plantio ou a adoção da enxada ou do enxadão
para abertura das covas.
• Condicionantes externos: são aqueles estabelecidos a partir da
lógica externa do ambiente de funcionamento da UP, sob os quais
os agricultores não tem controle. Exemplos: o valor para contratar
o trator e o manejo da cultura da mamona, que foi recomendação
dos técnicos.
• Possibilidade técnica: são os condicionantes classificados como a
única opção técnica conhecida, a melhor, a que facilita as
operações subseqüentes ou as que dificultam as operações
subseqüentes. Exemplos: a abertura das covas com enxadão é a
melhor alternativa para plantio de milho, no caso das roças de
toco; já para áreas gradeadas, a matraca é o melhor equipamento.
• Rendimento da produção: são os condicionantes classificados por
proporcionar maior ou menor rendimento na produção. Exemplos:
o plantio de mandioca na lua nova proporciona menor rendimento
na produção; o plantio de mandioca na lua minguante proporciona
maior rendimento na produção.
• Facilidade de trabalho: são os condicionantes classificados por
proporcionar uma redução ou aumento de trabalho físico.
Exemplos: menor esforço físico com o uso do trator para a
abertura de área; menor esforço físico com o uso da enxada para
a abertura das covas no plantio de mandioca.
• Tempo de execução: são os condicionantes classificados por
proporcionar uma redução ou aumento de tempo gasto para
execução da atividade. Exemplos: aumento do tempo gasto para a
abertura de área com o uso de machado; redução do tempo gasto
29
com o uso da matraca para a abertura das covas no plantio de
arroz.
• Disponibilidade financeira: são os condicionantes classificados
pela disponibilidade de capital do agricultor ser suficiente ou
insuficiente para adotar determinada tecnologia (opção técnica).
Exemplos: o uso do trator para abertura de área tem um custo
muito alto para ser utilizado em áreas pequenas; o uso do
machado para abertura de área tem baixo custo em relação ao
uso da moto-serra ou do trator na abertura de área.
• Mão-de-obra: são os condicionantes classificados por serem
poupadores ou intensivos em trabalho. Exemplos: o
armazenamento do arroz na própria roça poupa trabalho durante
período de pico da demanda de mão-de-obra; o uso de trator na
abertura de área demanda menos mão-de-obra.
• Tempo de produção: são os condicionantes classificados por
proporcionar muito ou pouco tempo para obter a produção.
Exemplos: a escolha de cultivar de mandioca de ciclo curto para o
autoconsumo; a escolha do espaçamento para plantio de banana
determina o tempo de produção.
• Tempo de armazenamento: são os condicionantes classificados
por proporcionar muito ou pouco tempo de armazenamento do
produto. Exemplo: o armazenamento do feijão no paiol é por
menos tempo do que quando armazenado em sacos enterrados
na areia.
3.5. Análise dos dados Os dados foram analisados por meio da análise descritiva dos
condicionantes, da análise fatorial pelo método de componentes principais e
pela atribuição de pesos às variáveis. A primeira forneceu as porcentagens
dos condicionantes de acordo com a classificação adotada. A segunda
identificou as variáveis mais importantes em termos da variabilidade dos
dados e forneceu os fatores com suas respectivas explicações da variação
30
dos dados originais, que foram utilizados na atribuição do peso relativo de
cada variável. A terceira permitiu a hierarquização dos condicionantes pela
avaliação do peso relativo de cada variável na variação total dos dados,
conforme metodologia proposta por Ying e Liu (1995).
Foi construída uma matriz para o estudo dos condicionantes. A matriz
foi estruturada de forma que as UPs ficassem dispostas nas colunas e as
variáveis nas linhas. Esses dados foram gerados a partir da decomposição
da unidade de manejo roça.
A matriz foi constituída por variáveis qualitativas (variáveis binárias),
atribuindo-se o valor 1 (um) para a presença e o valor 0 (zero) para a
ausência da característica na unidade produtiva. Essa matriz encontra-se no
Anexo 1.
31
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Descrição da unidade de manejo roça Para melhor compreensão das unidades produtivas, as informações
extraídas junto aos agricultores no diagnóstico inicial (primeira etapa do
trabalho de campo) são apresentadas por UPs nos itens identificação e
histórico dos produtores e da unidade produtiva.
4.1.1 UP S003 4.1.1.1. Identificação Nome do proprietário: Antônio Viriato da Silva e Maria Vieira da Silva.
Nome da UP: ainda não definiu.
Tipo de posse: Contrato de compra e venda.
Localização da UP: Comunidade Sagrado Coração de Jesus /
Santana, município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°53’03’’ latitude sul
e 57°26’48’’ longitude oeste de Gr.
4.1.1.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva O senhor Antônio Viriato da Silva nasceu em 1935 no município de
Timbauba de Mocoi, estado de Pernambuco. Em 1954 mudou-se para
Presidente Prudente (SP), no distrito de Ameliópolis, onde trabalhou na
propriedade que produzia óleo de hortelã, algodão, amendoim e batata
inglesa. Casou-se em 1956 com Dona Maria Vieira da Silva, quando
resolveu sair do emprego e trabalhar numa área arrendada para construir
32
sua família. Continuou morando no mesmo distrito até o ano de 1959,
quando conseguiu comprar uma área de terra em Jaciara-MT, do Senhor
Antônio Ferreira Sobrinho, fundador de Jaciara, que tinha escritório em
Presidente Prudente. Ficaram nesse município até 1975, quando mudaram
para o distrito de Salto do Céu em Barra do Bugres-MT, onde ficaram até
1979. De 1979 a 1981 moraram em Cuiabá-MT, no bairro Jardim Planalto,
onde tinham um bar. Em 1981 mudaram para a fazenda Sta Rosa, de
propriedade do Dr Braz, na localidade de Guanandi, município de Cáceres,
onde ficaram até 1990, quando adquiriram uma chácara na Agrovila das
Palmeiras. Em agosto de 2002 mudaram para a Vila Aparecida, e em
fevereiro de 2003 mudaram para o atual sítio na localidade de Santana.
Dona Maria Vieira da Silva é natural de Oriente-SP; nasceu em 1937.
Mudou-se para Rancharia-SP no ano de 1939 e em 1947 foi para Presidente
Prudente, onde casou-se em 1956 e segue até hoje os caminhos do Senhor
Antônio Viriato. Todos os filhos do casal nasceram em Jaciara-MT e
acompanham os pais.
A unidade produtiva de Seu Antônio foi comprada do Seu José
Noberto da Costa, conhecido como Teco, em 2002. No contrato de compra e
venda a terra estava em nome do Sr. Mário (japonês), que a passou para o
Sr. Dielso da Silva (filho do Seu Antônio). São 4,84 ha, dos 29,04 ha que
constituem a propriedade original.
4.1.1.3. Caracterização da unidade de manejo Em setembro de 2002 iniciaram as atividades na unidade de manejo,
que possui área total de 1,25 ha. A distribuição dos sistemas de produção /
cultivo está na Tabela 2.
Tabela 2. Distribuição dos sistemas de produção / cultivo na unidade de
manejo roça de Seu Antônio Viriato da Silva.
Sist. de prod./cultivo Área (ha) Porcentagem Milho x Banana x Fava 0,04 3,2 Milho x Feijão 0,49 39,2 Mandioca 0,24 19,2 Feijão de corda 0,24 19,2 Feijão 0,24 19,2 Total 1,25 100,0
33
4.1.1.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
Uma parte da área foi roçada manualmente, e em seguida derrubadas
às árvores finas e promovida a queima do material vegetal. Os galhos
maiores que não queimaram foram cortados, amontoados e queimados
novamente (destranqueiramento) ou utilizados para outros fins. Todas essas
etapas foram realizadas nos meses de setembro e outubro de 2002. Em
janeiro de 2003 foi contratado um trator de esteira para terminar de abrir o
restante da unidade de manejo, gastando-se 1 hora de trator. Nessa parte
da unidade foi plantado apenas feijão, que antes do plantio recebera uma
capina, a queima e o destranqueiramento; todas essas etapas foram
realizadas em abril de 2003.
Após as chuvas iniciaram-se as atividades de plantios. Em novembro
de 2002 foi feita uma capina na unidade de manejo com o objetivo de manter
limpar a área para dar continuidade ao plantio.
O plantio de mandioca foi feito manualmente, com enxada, utilizando
rama de origem própria. As estacas tinham 0,15 m de comprimento e foram
feitas 200 covas. O espaçamento adotado foi de 1 m x 1 m, e a época do
plantio foi outubro de 2002. Foram realizadas cinco capinas manuais durante
o ciclo de cultivo. A colheita ocorreu a partir de julho de 2003, sendo a
produção destinada apenas ao consumo da família. A principal praga foi o
cupim, que atacou algumas covas, nas quais foi feito o replantio.
O plantio de milho foi feito manualmente, com utilização de matraca,
regulada para 2 a 5 sementes. A semente utilizada foi comprada no
comércio em Cáceres, optando-se pela variedade BR 106, que apresenta,
segundo o informante, menor preço e bom desempenho agronômico. O
espaçamento foi de 1,1 m entre linhas e 1,0 m entre cada ponto de plantio;
outro espaçamento que ele conhece é de 1,1 m entre linhas e 0,5 m dentro
da linha. Sempre utiliza 1,1 m entre linhas por possibilitar o uso de
implementos de tração animal, embora atualmente seu Antônio esteja sem
implementos e animais para utilizar nos manejos de tração animal; o
34
espaçamento dentro da linha é definido pela variedade de milho: variedades
que crescem muito são semeadas em espaçamentos maiores. Os tratos
culturais foram somente duas aplicações de inseticida / acaricida
organofosforado, uma capina em março de 2003 e a dobra do milho em abril
de 2003, com o objetivo de preparar a área para o plantio de feijão. O plantio
do milho foi feito em novembro de 2002 e a colheita em julho de 2003,
depois que tirou o feijão. A produção foi destinada ao comércio e ao
consumo da família.
No plantio de fava foram utilizadas as variedades fava rio tinto, fava
feijão e fava branca, com sementes compradas na feira em Cuiabá. O
espaçamento utilizado foi de 1,1 m entre linhas e 0,1 m entre cada ponto de
plantio, utilizando matraca regulada para 2 a 3 sementes nas variedades
fava rio tinto e fava feijão. Para fava branca utilizou enxada ou enxadão para
fazer as covas, colocando-se 3 sementes por cova; a fava branca é grande e
não passa pela matraca. Os três tipos de fava foram plantados junto aos pés
de milho que serviu de suporte. Foram feitas três aplicações de inseticida /
acaricida organofosforado na dose de 20 mL para 20 L de água. A época do
plantio foi dezembro de 2002; todas as espécies que produzem na parte
aérea são plantadas 24 horas depois do primeiro dia da lua nova. A colheita
ocorreu em julho de 2003, cortando-se a planta para promover a queda das
folhas, e depois levando as vagens e os cipós para serem batidos em
terreiro. A produção foi destinada apenas ao comércio.
No plantio de banana foram utilizadas quatro variedades: maçã, ouro,
nanicão e banana para fritura, totalizando 100 mudas, que foram adquiridas
com o Seu Teco (vizinho). O espaçamento foi de 4 x 4 m e as covas tinham
0,4 x 0,4 x 0,4 m. O plantio foi em dezembro de 2002, perto da lua cheia, e a
colheita iniciou-se após 1 ano do plantio. Seu Antonio maneja o bananal até
no máximo o 3º ano de produção. Os tratos culturais são as capinas, o corte
das folhas secas e o corte do mangará (umbigo do cacho) após 60 dias que
o cacho saiu; só não retira o mangará das variedades de fritar. Após a
retirada do cacho, corta a planta mãe rente ao solo e deixa três mudas por
cova. A produção é destinada apenas ao consumo da família.
35
O plantio de feijão de corda foi feito manualmente, com utilização de
enxada ou enxadão para fazer as covas, sendo utilizadas 3 a 5 sementes
por cova. O espaçamento foi de 1,1 m entre linhas e 1,0 m na linha. Foram
feitas três capinas manuais e cinco aplicações de inseticida / acaricida
organofosforado durante o ciclo de cultivo. O plantio foi em março de 2003 e
a colheita iniciada a partir de maio de 2003. A produção foi destinada para o
consumo da família.
O plantio de feijão foi feito em duas áreas da unidade de manejo, um
na área aberta manualmente, num sistema de produção milho x feijão, e
outro na área aberta mecanicamente num sistema de cultivo de feijão
solteiro. Os procedimentos técnicos adotados, com exceção da abertura de
área e época de plantio/colheita, foram os mesmos nas duas áreas. A
semente utilizada foi da variedade Carioca, adquirida no comércio em
Cáceres. O plantio foi manual, com o uso de matraca, regulada para 3 a 4
sementes por cova. O espaçamento utilizado foi de 0,6 m entre linhas e 0,5
m entre cada ponto de plantio. Na condução do cultivo foram realizadas
duas capinas manuais: a primeira quando as plantas ainda estão novas e a
segunda quando iniciou a floração, aproximadamente 40 dias após o plantio.
Também foram feitas três aplicações de inseticida / acaricida
organofosforado: a primeira quando a cultura estava com 4 folhas e as
outras em intervalos de 20 dias. O plantio foi em abril de 2003, na área
consorciada com o milho, com colheita em julho de 2003. Na área de plantio
solteiro a semeadura foi em maio de 2003, com colheita na primeira
quinzena de agosto de 2003. No processo de colheita foi feito o arranque do
pé inteiro da planta, que após secagem passou pelo processo de batedura.
A escolha da variedade Carioca foi pelo seu aspecto mais bonito, maior
rendimento agronômico e maior procura pelo mercado.
As intenções futuras do produtor para essa unidade de manejo é de
implantar um pomar para comercializar as frutas. Se essa unidade de
manejo não fosse ao redor da casa, ele iria transformá-la em pasto.
36
4.1.2. UP S009 4.1.2.1. Identificação Nome dos proprietários: Paulo dos Anjos Martins e Margarida Viana
Martins.
Nome da UP: Sítio São José.
Tipo de posse: Contrato de compra e venda.
Localização da UP: Comunidade Sagrado Coração de Jesus /
Santana, município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°53’58’’ latitude sul
e 57°27’09’’ longitude oeste de Gr. 4.1.2.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva Seu Paulo e Dona Margarida nasceram na região de Morraria, no
município de Cáceres-MT, ele em 1949 na localidade de Retiro e ela em
1953 na localidade de Santana. A unidade produtiva do Seu Paulo é
constituída por 7,26 ha, comprados em 1990 da Dona Mariana, tia de sua
esposa, mais a área da unidade de manejo roça, de 3,99 ha, que está
localizada dentro da propriedade de Seu Cassiano Viana (sogro de Seu
Paulo). Essa área foi cedida pelo Seu Cassiano, como se fosse parte da
herança da Dona Margarida. 4.1.2.3. Caracterização da unidade de manejo A unidade de manejo tem a área total de 3,99 ha e a distribuição dos
sistemas de produção / cultivo está na Tabela 3. As atividades na unidade
de manejo iniciaram em agosto de 2002.
TABELA 3. Distribuição dos sistemas de produção / cultivo na unidade de
manejo de Seu Paulo dos Anjos Martins
Sist. de prod./cultivo Área (ha) Porcentagem Banana x Arroz 0,29 7,3 Cana x Arroz 0,30 7,5 Abóbora x Milho x Feijão 1,21 30,2 Arroz 0,73 18,1 Feijão 1,21 30,2 Mandioca 0,15 3,6 Fumo 0,11 2,7 Total 3,99 100,0
37
4.1.2.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
A roçada foi feita em agosto de 2002, na área de seu sogro, com a
utilização de foice. A área era de capoeirão e essa etapa poderia ser feita no
período de junho até, no máximo, início de setembro.
Foi feita a derrubada de árvores selecionadas pelo agricultor,
geralmente as mais finas, que não agüentam a queimada. A derrubada foi
com o uso de machado, mas poderia ser realizada com moto-serra ou
utilizando máquinas agrícolas; neste caso não seria realizada a etapa
anterior. De acordo com o informante o uso de machado facilita na hora de
queimar, pois consegue direcionar melhor para onde devem cair as árvores.
Com a moto-serra é mais difícil, perigoso e caro, só tendo a vantagem de ser
mais rápido. O início dessa etapa deve ser logo após a roçada e estender-se
no máximo ao final de setembro. Seu Paulo ressalta que, antes, a roçada e
derrubada eram realizadas em junho e julho, e a queimada feita no máximo
em agosto. A mudança de época na realização dessas etapas foi por dois
motivos: 1) por causa do clima que mudou, agora as chuvas estão iniciando
mais tarde e 2) por exigência da legislação ambiental. Quando questionado
se queimaria mais cedo no caso de não existir a legislação ambiental, o
informante explica que não, pois, o uso do fogo não é só para queimar os
galhos e tocos, mas é também para diminuir o “cabelo da terra” (são os
brotos de capim que surgem após a derrubada). Na explicação dele, se
queimar cedo terá mais trabalho com capina, já que as chuvas iniciam mais
tarde e é preciso esperar chover para plantar.
A queima foi realizada no final de setembro de 2002, mas poderia ser
feita até o final de outubro, dependendo do início das chuvas. Primeiramente
é feito o aceiro (consiste em roçar e rastelar o capim ao redor da área a ser
queimada), em seguida inicia-se o fogo ao redor da roça, de forma que
queime de fora para dentro, para evitar que o fogo pule o aceiro.
A descoivaração (o mesmo que destranqueirar: cortar os galhos
maiores que não queimaram, para amontoar e queimar novamente, ou
38
utilizar para outros fins) foi feita em outubro de 2002. É a etapa onde se
amontoam os galhos e tocos que sobraram da queima, para queimar
novamente, separando as lenhas boas para uso na cozinha.
O plantio de abóbora foi feito manualmente, com utilização de
enxadão, num espaçamento de 6 x 6 m para poder consorciar com o milho.
A época do plantio foi outubro de 2002, mas poderia ser feito em novembro
também, independente de ter chovido ou não. A semente utilizada foi
própria, mas quando fica sabendo de uma qualidade nova de abóbora, ele
tem costume de comprar. Armazena a semente seca de um ano para outro
em recipiente de plástico ou cabaça. Os tratos culturais foram somente uma
capina para o plantio do milho e uma aplicação de inseticida / acaricida
organofosforado sistêmico. A colheita ocorreu de dezembro até abril. Em
dezembro e janeiro colheu o fruto verde, e em fevereiro, março e abril colheu
maduro. A produção foi destinada ao consumo da família e à alimentação
dos animais.
A capina foi feita em novembro de 2002, deixando os pés de abóbora
na área de consórcio milho / abóbora / feijão. Dependendo das chuvas essa
capina pode ser realizada em dezembro.
O plantio de milho foi feito manualmente, com utilização de matraca,
regulada para 2 a 5 sementes, sendo o ideal, segundo o informante, o uso
de 3 sementes por cova. A semente utilizada é própria, o espaçamento foi
de 1,0 m entre linhas e 0,8 m entre cada ponto de plantio. Esse
espaçamento garante boa ventilação na lavoura. O plantio foi feito em
novembro de 2002, mas poderia ser feito até meados de dezembro. A
colheita ocorreu em junho, junto com o feijão; em março foi realizada a dobra
do milho. Na condução do cultivo, somente foi efetuada uma capina, 20 dias
após o plantio. O sistema de produção milho / abóbora / feijão ocupou uma
área de 1,21 ha da unidade de manejo. A produção foi destinada ao
consumo da família.
Foram plantadas duas qualidades de bananas: a bananinha ou maçã
(20 covas) e banana para fritura (1.280 covas). As mudas foram obtidas nos
bananais antigos e com seu João Batista (vizinho). O espaçamento foi de 3 x
39
3 m. Os principais problemas fitossanitários foram as brocas na variedade de
fritar e a doença mal do panamá nas bananas maçã. Os tratos culturais
foram somente as capinas e a retirada das folhas secas durante as capinas.
Nos três anos de cultivo são realizadas quatro capinas: a primeira antes do
plantio, a segunda depois que colheu o arroz, a terceira depois da primeira
produção e a quarta antes da última safra. Após esse ciclo é preciso mudar
o bananal. No primeiro ano o plantio é feito em consócio com arroz, sendo
plantado primeiro as mudas de bananas e depois o arroz. O plantio foi
realizado em novembro de 2002 e a primeira colheita ocorreu 1 ano após.
Nessa operação corta-se o cacho e o pé da planta rente ao solo, deixando
todos os filhotes (brotos). A produção foi destinada ao comércio e ao
consumo da família.
O plantio de cana foi feito manualmente, com utilização de enxadão.
As toras utilizadas para o plantio foram próprias e com 0,4 m de
comprimento, num espaçamento de 1 m entre linhas por 0,5 m na linha. O
plantio, em consórcio com arroz, ocupou uma área de 0,3 ha da unidade de
manejo. O plantio foi em novembro de 2002, mas poderia ser realizado no
mês de dezembro também. A colheita iniciou-se após 1 ano do plantio,
cortando primeiro as cana maiores e deixando as outras. Como tratos
culturais realizou-se somente uma capina após a colheita do arroz. A
produção foi destinada ao consumo da família e à alimentação dos animais.
O plantio de arroz foi feito em três diferentes áreas da unidade de
manejo, totalizando dois sistemas de produção no consórcio banana x arroz,
e no consórcio cana x arroz e um sistema de cultivo de arroz. Os
procedimentos técnicos adotados foram os mesmos nas três áreas. A
semente utilizada foi própria e o plantio manual com matraca regulada para
30 a 40 sementes por cova, o espaçamento adotado foi 0,5 m entre linhas
por 0,3 m na linha. Na condução do cultivo foram efetuadas quatro capinas,
com intervalo de aproximadamente 20 dias entre cada uma, sendo a
primeira 20 dias após o plantio. O plantio foi em novembro de 2002, mas
poderia ser realizado até meados de dezembro. A colheita foi em fevereiro,
cortando-se e empilhando as plantas. Após batido, o arroz foi levado, aos
40
poucos, conforme a necessidade, à Vila Aparecida, para ser descascado em
máquina. Na operação de plantio, o informante destaca como implementos à
semeadora para áreas gradeadas e o enxadão para roça de toco, além da
matraca. Tem preferência para plantar na lua nova, mas no caso de ter tudo
preparado planta em qualquer lua.
Foram cultivadas as variedades de mandioca branca, cacau e
liberata. Parte das ramas foi obtida na própria UP e outra parte foi obtida em
Cáceres. O plantio foi feito manualmente, com utilização de enxada,
utilizando rama com 0,1 m de comprimento. O espaçamento adotado foi de
0,8 m entre linhas por 0,7 m na linha. A área ocupada pelo sistema de cultivo
mandioca foi de 0,15 ha. Foram realizadas duas capinas durante o ciclo de
cultivo. O plantio foi realizado em novembro de 2002, e a colheita, para
consumo, ocorreu a partir de oito meses de ciclo. Para a produção de farinha
a colheita foi feita aos 18 meses, para se ter maior rendimento e melhor
qualidade de farinha.
O sistema de cultivo de fumo ocupou uma área de 0,11 ha (300
covas). As mudas são produzidas com sementes próprias, semeadas nos
pavios da roça, ou em girais (canteiros elevados) quando se tem muita
chuva. Após 1,5 mês transplantou as mudas na área definitiva, com a
utilização da ponta de um pau para fazer a cova. O espaçamento foi de 0,5 x
0,5 m. Foram efetuadas uma capina após o plantio, a capação das plantas
dois meses após o plantio (para cortar o crescimento) e, de quatro em quatro
dias depois da capação, foi feita a retirada dos brotos (desolha) até as folhas
ficarem maduras. O plantio foi em fevereiro de 2003, e a colheita se deu à
medida em que folhas iam ficando maduras. As socas foram deixadas até
apodrecer. Foram colhidas algumas sementes para próxima safra e a
produção foi destinada ao consumo da família.
O feijão foi plantado em duas áreas separadas. Uma em consórcio
com o milho e outra com feijão solteiro. As sementes utilizadas foram
próprias e o plantio realizado com matraca regulada para 3 a 4 sementes; o
ideal considerado pelo informante é de três sementes por cova. O
espaçamento adotado foi de 0,4 m entre linhas por 0,3 m na linha. Os tratos
41
culturais foram uma capina 20 dias após o plantio e duas aplicações de
inseticida / acaricida organofosforado sistêmico (Tamaron), sendo a primeira
oito dias após o plantio, conforme a quantidade de insetos (vaquinha), e a
segunda 30 dias após a primeira. O plantio foi realizado em março de 2003 e
a colheita de junho a julho. São três etapas no processo de colheita: primeiro
é feito o arranquio da planta para secá-la; depois forma-se os molhos
(montes de plantas) e por último leva os molhos para serem batidos no
terreiro, feito na própria roça. Os molhos são batidos com cambito (cabo de
pau com uma corrente amarrada numa das extremidades).
4.1.3. UP S006
4.1.3.1. Identificação Nome dos proprietários: João Batista Alves da Silva e Hermilinda
França da Silva
Nome da UP: “Sete Estrela”.
Tipo de posse: Escritura definitiva.
Localização da UP: Comunidade Sagrado Coração de Jesus / Retiro,
município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°52’02’’ latitude sul e
57°26’59’’ longitude oeste de Gr.
4.1.3.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva Seu João Batista nasceu em 1943 na localidade Ponta do Morro,
região de Morraria, município de Cáceres-MT, no ano de 1966, casou-se
com Dona Hermilinda França da Silva que também é natural de Cáceres-
MT, mas é da localidade de Perdizes, moraram na Ponta do Morro até 1974,
quando mudaram para a primeira área adquirida da atual unidade produtiva.
A UP do Seu João Batista é constituída por 242 ha comprado em
1974, 328 ha em 1982 e 11 ha herdado de seu pai em 1993, sendo esta
ultima área vendida em janeiro de 2003.
42
4.1.3.3. Caracterização da unidade de manejo A área da unidade de manejo era uma capoeira que estava em pousio
há 3 anos, tinha sido um bananal, tem área total de 2,42 ha e a distribuição
dos sistemas de produção / cultivo está na Tabela 4. O inicio das atividades
foi no final de outubro de 2002.
Tabela 4. Distribuição dos sistemas de produção / cultivo na unidade de
manejo de Seu João Batista Alves da Silva.
Sist. de prod./cultivo Área (ha) Percentagem Abóbora x Banana x Milho x Feijão
0,24 10,1
Milho x Feijão 1,57 64,9 Mandioca x Abóbora 0,24 10,0 Arroz 0,36 15,0 Total 2,42 100,0
4.1.3.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
Em outubro de 2002 iniciaram as atividades na unidade de manejo,
aberta mecanicamente, que possui área total de 2,42 ha. A escolha da
operação mecânica foi por se tratar de uma área de capoeira, que já tinha
sido um bananal, se ele optasse pela abertura manual da área, o material
vegetal não iria queimar completamente e a fertilidade não seria adequada
para o plantio.
O enleiramento (enleiro) foi mecanizado, essa etapa foi realizada em
outubro de 2002 com o objetivo de montar os pavio para poder realizar a
queimada.
A queima do pavio foi em novembro de 2002, colocou fogo numa
ponta do pavio para queimar no sentido do vento.
Foi necessário arrumar o pavio de forma manual, utilizou-se machado
e moto-serra para cortar os galhos. Essa etapa foi feita após a queima com o
objetivo de amontoar os galhos que não queimaram na etapa anterior.
A queima da sobra do pavio e a primeira passada de grade foram
realizadas em novembro de 2002.
43
O plantio de abóbora foi feito manualmente, com utilização de enxada,
não usa enxadão por causa do cabo que é curto, foi plantado uma rua no
meio de cada pavio com espaçamento de 2 m entre as covas e 2 a 3
sementes por cova. O plantio foi feito no final de novembro de 2002. A
semente utilizada foi própria. Armazena a semente seca em garrafas de
vidro bem tampada. A colheita ocorreu no inicio de abril de 2003. No
processo de colheita foi feito o arranque de todas as plantas e frutos, para
poder plantar o feijão, isso por que as vaquinhas ficam nas folhas da planta.
A produção foi de 6 carroças (1 carroça são aproximadamente 5 a 6 dúzias
de abóbora). Armazenou-se os frutos no paiol, durante 5 a 6 meses. A
produção foi destinada ao consumo da família e à comercialização. Para o
próximo plantio foram selecionadas as sementes das abóboras de melhor
sabor.
Foram cultivadas as variedades de mandioca branca, cacau e
liberata. Parte das ramas foi obtida na própria UP e outra parte foi obtida
com Seu Paulo dos Anjos Martins. O plantio foi feito manualmente, com
utilização de enxada, utilizando rama com 0,15 m de comprimento. Utilizou
enxada por causa do cabo longo e pelo tamanho da rama. O espaçamento
adotado foi de 1,2 x 1,2 m. A área ocupada pelo plantio de mandioca foi de
0,24 ha. Foram realizadas três capinas durante o ciclo de cultivo. O plantio
foi realizado no final de novembro de 2002, e a colheita, ocorreu a partir de
16 meses de ciclo. A produção foi destinada para farinheira de Vila
Aparecida, que produz farinha a meia, a parte do Seu João Batista será para
o consumo e comércio em Cáceres.
A segunda passada de grade no restante da área foi realizada em
dezembro de 2002, após emergência da sementeira. Não utiliza herbicida
por falta de experiência e por fazer mal para banana e para mandioca.
Foram plantadas 800 covas de banana para fritura em dezembro de
2002, sendo outubro o melhor mês, pois as mudas aproveitam todo o
período de chuva. As mudas foram obtidas nos bananais antigos. O
espaçamento foi de 3,5 x 3,5 m e as covas tinham 0,3 x 0,3 m de largura por
0,4 a 0,45 m de profundidade, conforme o tamanho da muda, quando planta-
44
se no raso a produção é de apenas um cacho, os filhotes só irão produzir se
tiver muita chuva e a planta ainda fica susceptível ao tombamento no caso
de vento sul. O espaçamento do bananal influência no tamanho do cacho e
na grana da banana. Os tratos culturais foram retiradas das folhas secas e
das amareladas, cinco capinas até a primeira produção, duas capina por ano
até a terceira produção, quando se planta a semente de capim na área ou
deixa virar capoeira para dar “descanso da terra” e retirada do umbigo do
cacho durante a colheita para comercialização. A primeira colheita ocorreu a
partir de 12 a 14 meses de ciclo, quando se planta em outubro ocorre a partir
de 10 a 12 meses de ciclo. Os melhores consórcio com banana são banana
x arroz que é o ideal, banana x milho que não é muito bom por que o milho
esquenta a banana, e banana x mandioca que nenhum produz bem.
O plantio de milho foi feito manualmente, com utilização de matraca,
regulada para 3 a 4 sementes. A semente utilizada foi comprada no
comércio em Cáceres, o que determinou a compra foi a área de plantio que
foi mecanizada e era capoeira, segundo Seu João as variedades da região
são recomendadas para áreas de mata, que queimam bem, e o plantio
precisa ser cedo para se ter uma boa colheita. O espaçamento foi de 1 m
entre linhas e 0,4 m entre cada ponto de plantio, o que determinou esse
espaçamento também foi a variedade de milho, no caso de variedades locais
que possuem maior porte o espaçamento tem que ser maior. O plantio foi
feito em dezembro de 2002 e a colheita em abril, optou por não dobrar o
milho para plantar o feijão por causa dos catetos que estavam acabando
com o milho, se não colhesse tudo para armazenar no paiol, não sobraria
nada. Na condução do cultivo, somente foi efetuada uma capina, durante o
ciclo de cultivo. O plantio de milho ocupou duas áreas da unidade de
manejo, e a produção foi de cinco carros de milho (1 carro são 40 balaios e 1
balaio são 120 espigas grande de milho).
O plantio de arroz foi feito em uma área de 0,36 ha da unidade de
manejo. A semente utilizada foi adquirida com o Seu Paulo dos Anjos
Martins (vizinho) e a variedade foi agulhinha de três meses. O plantio foi
manual com uso de matraca regulada para 30 sementes por cova, o
45
espaçamento adotado foi 0,7 m entre linhas por 0,25 m na linha. Foi
realizada uma capina manual durante o ciclo de cultivo. O plantio foi
realizado em dezembro de 2002 e a colheita ocorreu no início de março de
2003. No processo de colheita foi feito o corte da planta de arroz, que após
secagem empilhou-se as plantas, podendo deixar armazenado por mais de
um ano. A produção foi de 20 sacos de 50 kg.
Não plantou feijão nas áreas da mandioca e do arroz, porque são
áreas muito úmidas. No restante das áreas da unidade de manejo foi
plantado o feijão, sendo que o Seu João plantou apenas uma parte e cedeu
parte do restante da área para um filho do compadre dele e outra para o seu
irmão. A semente utilizada foi da variedade Carioca, adquirida no comércio
em Cáceres. O plantio foi com matraca regulada para 2 a 4 sementes, sendo
o ideal 2 a 3 sementes por cova. O espaçamento adotado foi de 0,5 m entre
linhas por 0,2 a 0,25 m na linha. Os tratos culturais foram pulverizações de
uma mistura entre urina de vaca com fumo na proporção de um pacote de
fumo para dois litros de urina de vaca, guarda a mistura por uns cinco dias,
depois usa os 2 litros da mistura para 20 litros de água e pulveriza na roça.
O plantio foi realizado em abril de 2003 e a colheita em julho. São três
etapas no processo de colheita: primeiro é feito o arranquio da planta para
seca-la; depois forma-se os manojos ou bandeirinha (montes de plantas),
deixa de 10 a 15 dias para secar e por último leva os manojos para serem
batidos no terreiro. Os manojos são batidos com cambito de corrente (cabo
de pau com uma corrente amarrada numa das extremidades). A produção foi
de 10 sacos de 50 kg.
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4.1.4. UP S001
4.1.4.1. Identificação Nome dos proprietários: Catulino Lopes Viana e Cecília Mendes
Viana.
Nome da UP: “Sítio Três Corações”.
Tipo de posse: Herança em nome do Seu Cassiano.
Localização da UP: Comunidade Sagrado Coração de Jesus /
Santana, município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°53’23’’ latitude sul
e 57°27’37’’ longitude oeste de Gr.
4.1.4.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva Seu Catulino nasceu no sítio Santana em 1954, que era de seu avô
Seu Siriaco, sempre trabalhou na roça, em 1971, após ter brigado com o pai
mudou-se para Guapeí, região que fica na divisa da Bolívia, perto de Pontes
e Lacerda, onde o Sr. Catulino quase morreu de malária, trabalhou em
abertura de área e lavoura. Em 1972 foi para uma região perto de Porto
Esperidião chamada Pedro Neca, pois em Guapeí não recebia pelo serviço
que fazia, não tinha alojamento certo, as vezes trabalhava o ano todo e o
acerto só era feito no final. Em Pedro Neca achou mais conforto, tinha um
barraco para morar, conseguiu uma área de 0,77 ha para plantar, com o
dinheiro que conseguiu na roça juntou uns 2 mil cruzeiros e em 1975 voltou
para Santana. Sentia muitas saudades de casa, e na época (1975), havia
grileiros tentando invadir as terras de seu pai, sendo necessária sua volta
para não deixar que isso acontecesse.
Em 1976, casou-se com Dona Cecília Mendes Viana que é natural de
Cáceres, nasceu no sítio Retiro que fica na localidade de Anhuma, onde
morou até seus 17 anos de idade quando casou.
A área da UP do Seu Catulino é de aproximadamente 8,5 ha que
herdou por acordo verbal de seu pai Sr. Cassiano Viana, que dividiu seus
159,7 ha entre seus filhos.
47
4.1.4.3. Caracterização da unidade de manejo As atividades na unidade de manejo tiveram inicio em agosto de
2002, numa área total de 0,73 ha de mata. A distribuição dos sistemas de
produção / cultivo está na Tabela 5.
TABELA 5. Distribuição dos sistemas de produção / cultivo na unidade de
manejo de Seu Catulino Lopes Viana
Sist. de prod./cultivo Área (ha) Percentagem Abóbora x Milho x Mandioca 0,22 30,00 Arroz x Cará x Banana x Batata-doce x Feijão
0,22 30,00
Arroz x Cana x Feijão 0,29 40,00 Total 0,73 100,00
4.1.4.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
A roçada foi feita em agosto de 2002, com a utilização de foice.
Primeiro faz uma picada para fazer o quadro, em seguida, inicia-se a roçada
das varas mais leve, raspando os matos miúdos.
Foi feita a derrubada de árvores selecionadas pelo agricultor,
geralmente as mais fortes, utilizadas na construção de casas, cercas e
outros (cumbaru, ipê, jatobá, peroba, cedro, cambará preto e jequitibá). O
angico, sempre é retirado, pois, prejudica as plantas que estão embaixo,
aproveita a madeira para cerca e lenha. A derrubada foi nos meses de
agosto e setembro de 2002, com o uso de machado, não usa moto-serra por
que não tem e é muito caro contratar esse tipo de serviço, mas se tivesse o
motor ganharia tempo, pois, com uso de machado não derruba mais do que
0,3 ha por dia, enquanto que no motor derruba 0,48 ha por dia. Após a
derrubada, é preciso desgalhar as árvores para que os galhos ficam
encostados ao solo, fazendo com que queime melhor.
A queima foi em outubro de 2002, Seu Catulino esperou um dia com
pouco vento, muito sol e convidou os vizinhos para ajudar a colocar e vigiar
o fogo, antes foi feito em agosto de 2002, um aceiro de 2 a 3 m de largura ao
redor de toda a área, no aceiro é apenas roçado e rastelado, não tem a
48
necessidade de capinar. Iniciou o fogo ao redor do aceiro para contornar a
derrubada inteira, foram quatro pessoas, cada uma coloca o fogo numa
direção. Ainda em outubro foi feita a coivara, com o uso de machado, onde
corta os galhos que não queimaram, depois do corte, junta-se as coivaras
(galhos) separando as madeiras para lenha e as mais grossas deixam, as
quais servem para tirar lascas para cerca, em seguida, juntou as coivaras e
colocou fogo. A destoca foi nos meses de outubro e novembro de 2002, é
considerado o preparo da terra para o plantio e consiste em capinar o mato
que veio depois da primeira chuva, após a destoca é só esperar umas
chuvas fortes para iniciar o plantio.
O plantio de abóbora foi feito manualmente, com utilização de
enxadão, num espaçamento de 10 x 10 m para poder consorciar com o
milho e a mandioca, podendo esse espaçamento ser maior. O plantio foi
realizado no final de novembro de 2002. A semente utilizada foi própria,
foram colocadas 4 sementes por cova. A colheita ocorreu a partir de
fevereiro de 2003, quando começou a colher o fruto verde. A produção foi
destinada ao consumo da família e à alimentação dos animais.
O plantio de arroz foi feito em duas áreas da unidade de manejo,
totalizando 0,51 ha. A semente utilizada foi própria da variedade agulhinha
de quatro e cinco meses. O plantio foi manual com uso de matraca regulada
para 25 a 30 sementes por cova, o espaçamento adotado foi 1 m entre
linhas por 0,25 m na linha, adotou esse espaçamento por que a variedade
perfilha muito. Foram realizadas duas capinas durante o ciclo de cultivo. O
plantio foi no final de novembro de 2002, no período da lua crescente e a
colheita foi no inicio de abril de 2003, cortando-se com uso de cutelo e
empilhando as plantas. A produção foi de trinta sacos de 60 kg. Seu Catulino
já usou inseticida, nematicida sistêmico carbamato (Furadan 350 TS) e
Aldrin 40 no tratamento de semente.
O plantio de cará foi em novembro de 2002, usa o pé de bacuri como
suporte, fofa a terra ao redor e planta o cará. A colheita ocorreu no período
de seca a partir de 20 meses de ciclo.
49
O plantio de cana foi feito manualmente, com utilização de enxadão
ou enxada, as toras utilizadas para o plantio foram adquiridas com o Seu
Máximo (vizinho) e com 0,4 m de comprimento, num espaçamento de 1 x 1
m. O plantio foi em dezembro de 2002 e a colheita ocorreu a partir de 18
meses de ciclo, cortando-se as canas. A produção foi destinada ao consumo
da família.
Foram plantadas 70 covas de banana em dezembro de 2002 na lua
crescente. As mudas foram obtidas nos bananais antigos da Dona Mariana
(tia). O espaçamento foi de 3 x 3 m e as covas tinham 0,2 x 0,2 m de largura
por 0,5 m de profundidade. A largura foi determinada pelo uso da cavadeira
para fazer as covas, pois, é mais fácil do que com o enxadão, durante o
processo de abertura de cova, a cavadeira não engancha em raízes
rendendo mais o serviço, usando enxadão as covas tem entre 0,2 x 0,2 m a
0,25 x 0,25 m de largura por 0,5 m de profundidade. A profundidade de 0,5
m é para evitar que a planta tombe, pois, se o cará da banana não for
colocado nessa profundidade logo ele sai fazendo com que a planta perca
força e conseqüentemente tombe. O espaçamento é determinado pelo tipo
de terra, nas terras mais fracas utiliza 3 x 3 m pois a planta cresce menos e
não atrapalha a produção, já nas terras mais fortes é utilizado 4 x 4 m para
que não fique tão adensado e atrapalhe a produção. Os tratos culturais
foram uma limpa (roçada e capina) com uso de enxada e foice no segundo
ano de cultivo, no terceiro ano depois da produção faz uma roçada, queima
e espera vir os brotos para tirar as mudas e plantar em uma nova área
sendo nesta área feito o plantio de milho junto com semente de brachiaria,
no primeiro ano não é feita nenhuma capina porque a área está toda
ocupada com as outras plantas (arroz, batata doce, cará, após a colheita do
arroz o plantio de feijão), sendo feita apenas a retirada das folhas seca das
bananas. A primeira colheita ocorreu a partir de 12 meses de ciclo. Se
plantar a banana na lua nova a planta fica fina e o cacho ralo, o bom é a lua
crescente e minguante.
O plantio de batata doce foi em dezembro de 2002, com o uso de
enxadão, sempre planta a batata e não a rama, o espaçamento é aleatório
50
ocupando os espaços do sistema de produção. A colheita ocorreu no
período de seca a partir de 18 meses de ciclo.
O plantio de milho foi feito manualmente, com utilização de matraca,
regulada para 3 a 4 sementes. Parte da semente foi obtida na própria UP
(variedade asteca) e outra parte foi obtida com Seu Juscelino (cunhado)
variedade anão. O espaçamento foi de 1,5 m entre linhas e 0,5 m entre cada
ponto de plantio na linha, o que determinou esse espaçamento foi a
variedade (asteca), se utilizasse a semente que ganhou do cunhado o
espaçamento seria de 1 m entre linhas e 0,5 m na linha. O plantio foi feito
em dezembro de 2002 na lua crescente e a colheita em abril de 2003, optou
por não dobrar o milho porque estava no meio do mandiocal. Foram feitas
duas capinas durante o ciclo de cultivo. A produção foi de dez balaio de
milho (1 balaio são 120 espigas grande de milho). Se plantar o milho na lua
nova da muita doença, broca e lagarta, no caso do arroz ele cresce muito.
Na lua cheia não se planta nenhuma espécie e nas outras luas pode-se
plantar mesmo não sendo a melhor para determinada espécie desde que
esteja apertado no tempo.
Foram cultivadas as variedades de mandioca liberata, cacau vermelha
e branca. As ramas foram obtidas com Seu Paulo dos Anjos Martins. O
plantio foi feito manualmente, com utilização de enxadão, utilizando rama
com 0,15 m de comprimento. O espaçamento adotado foi de 1 m entre
linhas por 0,8 m na linha. A área ocupada foi de 0,22 ha. Foram realizadas
quatro capinas durante o ciclo de cultivo. O plantio foi um consórcio com
milho e abóbora, realizado em janeiro de 2003 na lua minguante, pois, a
mandioca fica sempre enxuta e se plantar na lua crescente fica muito
aguada. A colheita ocorreu a partir de 12 meses de ciclo se estendendo até
18 meses. A variedade branca tem que ser utilizada até no máximo 18
meses de ciclo de cultivo, enquanto que as outras variedades agüentam até
dois anos.
Antes do plantio de feijão e depois da colheita do arroz foi realizada
uma capina para preparar a terra para o plantio. A semente utilizada foi da
variedade Carioca, adquirida no comércio em Cáceres. O plantio foi manual,
51
com o uso de matraca, regulada para 3 a 4 sementes por cova. O
espaçamento utilizado foi de 0,5 m entre linhas por 0,25 m na linha. Na
condução do cultivo foi realizada uma capina antes do plantio e duas
pulverizações de inseticida / acaricida organofosforado para controle de
lagarta preta e besourinho. O plantio foi em abril de 2003 e a colheita
ocorreu no final de junho de 2003. São três etapas no processo de colheita:
primeiro é feito o arranquio da planta para seca-la; depois forma-se as bolas
(montes de plantas) e por último leva as bolas para serem batidas no
terreiro. As bolas são batidas com cambão (duas varas unidas pela ponta),
todas as etapas de colheita tem que ser na lua minguante para evitar
carunchos. A produção foi de dois sacos de 60 kg.
Seu Catulino irá usar a área dessa unidade de manejo durante três
anos sendo que no terceiro ano irá plantar as sementes de capim para
formar pastos, caso não optasse por formar pastos ele deixaria essa área
em pousio por 5 a 10 anos de descanso para plantar novamente.
4.1.5. UP N011
4.1.5.1. Identificação Nome dos proprietários: Américo Ferreira Mendes e Isabel de Oliveira
Mendes.
Nome da UP: Sítio Nossa Senhora Aparecida.
Tipo de posse: Escritura definitiva.
Localização da UP: Comunidade Nossa Senhora do Carmo /
Chapadinha, município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°57’04’’ latitude
sul e 57°31’28’’ longitude oeste de Gr.
4.1.5.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva Seu Américo é natural de Cáceres-MT, nasceu em 1942 na localidade
de Cachoeirinha que fica na região de Morraria, em 1955 mudou para
fazenda Chapadinha e depois em 1978 foi para o sítio Nossa Senhora
Aparecida.
52
Dona Isabel de Oliveira Mendes esposa de Seu Américo, nasceu em
1942 na localidade de Bebedouro, região de Morraria município de Cáceres
MT. Em 1943 foi morar no arraial do Taquaral, onde foi criada, em 1974
casou com Seu Américo e foi morar na fazenda Chapadinha que era de seu
sogro.
Seu Américo comprou 223 ha que os tios herdaram de seu avô
paterno Manuel Ferreira Mendes, quando regularizou sua terra obteve mais
48 ha de excesso que foi vendido.
4.1.5.3. Caracterização da unidade de manejo A unidade de manejo tem a área total de 1,60 ha em área de
capoeira, as atividades iniciaram em agosto de 2002. A distribuição dos
sistemas de produção / cultivo está na Tabela 6.
TABELA 6. Distribuição dos sistemas de produção na unidade de manejo de
Seu Américo Ferreira Mendes
Sist. de produção Área (ha) Percentagem Arroz x Mamão x Mandioca 0,36 22,5 Arroz x Mamão x Banana 0,03 2,1 Arroz x Mamão x Cana 0,24 15,1 Arroz x Mamão x Gergelim x Batata-doce
0,05 3,0
Milho x Mamão x Banana 0,03 2,1 Milho x Mamão x Feijão 0,64 40,0 Milho x Mamão x Cana 0,24 15,1 Total 1,60 100,00
4.1.5.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
A roçada foi feita em agosto de 2002, com a utilização de foice, foram
necessários seis dias de serviço, não utilizou máquina por causa do custo
que era de R$ 80,00 a hora, se utilizasse ganharia tempo pois manualmente
levou 24 dias para capinar os 1,6 ha de roça e ainda com necessidade de
contratar 1 homem durante três dias para roçada. Com o uso de máquina
seria no máximo 1 dia de serviço além de não precisar colocar fogo.
53
A derrubada foi feita com machado em agosto de 2002 e foram gastos
oito dias de serviço, foi necessário a contratação de 1 homem durante três
dias para terminar o serviço.
A queimada foi em setembro de 2002, primeiro foi feito um aceiro ao
redor da área de 1 m de largura, sendo apenas roçado e varrido com gancho
de pau. Colocou o fogo conforme o sentido do vento.
No final de setembro e inicio de outubro foi feita a descoivaração,
onde cortou e juntou os galhos que não foram queimados, montou as caeira
e colocou fogo. No inicio de novembro até o dia 20 de dezembro, após duas
chuvas saíram os brotos, sendo realizado a primeira carpa (retirada dos
tocos finos com o uso de enxada ou enxadão), nessa atividade foram gasto
24 dias de serviços, sendo na verdade gastos 14 dias pois contratou 1
diarista durante 10 dias.
O plantio de milho foi feito manualmente, com utilização de matraca,
regulada para 3 a 4 sementes. A semente utilizada foi adquirida com o Seu
Leonardo (compadre). O espaçamento foi de 1,5 m entre linhas e 0,5 m
entre cada ponto de plantio. O plantio foi feito no final de novembro de 2002,
na lua crescente e na minguante. A melhor é a crescente principalmente
para cultura da mandioca e banana, na minguante o agricultor planta mas
não considera a melhor lua, já a lua nova ou cheia a planta pega muita broca
e na lua cheia a planta viça muito (exemplo a mandioca fica bonita a parte
aérea e a raiz fica pequena, no caso do milho a espiga fica bonita mais não
grana direito). A colheita foi em julho de 2003, dobrando a planta de milho no
inicio de maio. Foi feita uma capina entre 20 a 30 dias de ciclo de cultivo. A
produção foi de dois carros de milho.
O plantio de arroz foi feito manualmente, com o uso de matraca
regulada para 20 sementes. A semente utilizada foi adquirida com Seu
Cipriano (compadre) e era da variedade agulhão. Na condução do cultivo foi
efetuada uma capina entre 20 a 30 dias de ciclo de cultivo. O plantio foi em
dezembro de 2002 e a colheita foi em abril de 2003, cortando-se e
empilhando as plantas. Bateu todo o arroz em agosto de 2003. A produção
foi de 50 volumes de arroz. Seu Américo já usou inseticida e nematicida
54
carbamato sistêmico (Furadan 350 TS) no tratamento de sementes para o
plantio, parou e não percebeu nenhum prejuízo e ainda tem lucro, pois não
precisa mais comprar esse produto e continua colhendo a mesma
quantidade. O plantio com uso de enxada onde usa no máximo 10 sementes
por cova, nunca trabalhou com semeadora mecânica e nem tem prática com
tração animal.
Foram plantadas algumas linhas de mamão em cada sistema de
produção da unidade de manejo, utilizando semente própria. O plantio foi
feito manualmente, com utilização de enxada, utilizando 3 a 4 sementes por
cova. O espaçamento foi de 2 m entre linhas e 3 m na linha. O plantio foi em
janeiro de 2003 e em agosto saiu a primeira florada. A produção foi
destinada ao consumo próprio, principalmente para tratar porco e galinha.
O plantio de cana foi feito manualmente, com utilização de enxadão.
As toras utilizadas para o plantio foram próprio e com 2 a 3 nós, num
espaçamento de 1,5 x 1,5 m. O plantio, em consórcio com arroz e mamão,
foi em janeiro de 2003 e a colheita ocorreu a partir de 17 meses de ciclo de
cultivo. Realizou-se somente uma capina após a colheita do arroz.
O plantio de batata doce foi em janeiro de 2003, utilizando a rama,
num espaçamento de 20 x 20 m, plantou em consórcio com arroz, gergelim
e mamão. A colheita foi em julho e agosto de 2003.
O plantio de gergelim foi feito manualmente, com o canto da enxada,
utilizando 6 a 8 sementes por cova, num espaçamento de 1 x 1 m. A capina
foi a mesma do arroz. O plantio foi em janeiro e a colheita em junho de 2003.
A colheita é com a retirada da planta, enfeixa e deixa secar por uns 10 a 12
dias, depois sacode e a semente cai num saco, é armazenada em garrafa e
é utilizada para produzir farofas e tratar de pintos. A produção foi de 14
garrafas de 2 litros, perdeu bastante na roça porque não tinha tempo para
colher pois estava ocupado com outras atividades, mais não vê como
desperdício essa perda segundo Seu Américo “A gente não planta só para a
gente. Você não vê a manga? Ainda não madurou e os passarinhos já estão
comendo”.
55
Foram plantadas 300 mudas de banana em março de 2003, a melhor
época é de outubro a novembro. As mudas utilizadas foram próprias. O
espaçamento foi de 3 x 3 m e as covas tinham 0,2 x 0,2 x 0,2 m. Os tratos
culturais foram duas capinas até a primeira produção e uma capina na
segunda e terceira produção, sendo que no período da capina aproveitou
para retirar as folhas secas. A primeira colheita ocorreu a partir de 18 meses
de ciclo de cultivo, pois, não plantou na época certa, se não seria a partir de
12 meses de ciclo.
O plantio de mandioca foi feito manualmente, com utilização de
enxada, utilizando rama com 3 a 4 olhos. O espaçamento adotado foi de 1 m
entre linhas por 1,5 m na linha. O plantio foi em consórcio com arroz e
mamão, foram realizadas três capinas durante ciclo de cultivo. O plantio foi
em março de 2003 e a colheita ocorreu a partir de 12 meses de ciclo. A
produção foi destinada ao consumo da família, para tratar os animais e para
produção de farinha.
O plantio de feijão foi feito manualmente, com utilização de matracas
regulada para 3 a 4 sementes. A semente utilizada foi adquirida no comércio
em Cáceres, a variedade foi Rosinha. O espaçamento foi de 0,4 x 0,4 m. O
plantio foi em abril e a colheita em julho de 2003, foi feito o arranquio da
planta, deixou secar por uns 8 a 10 dias e depois bateu com o uso de
cambito. Foram feitas apenas desbrotas nos tocos da roça durante o ciclo de
cultivo. A produção foi de cinco sacos de 60 kg.
Seu Américo ressalta que as etapas de maior dificuldade são a
roçada, derrubada, capina e a colheita do arroz que envolve três etapas: o
corte da planta, empilhar e bater. Depois do terceiro ano de cultivo nessa
unidade de manejo ele forma pasto ou deixa virar capoeira para após 3 anos
de pousio voltar a cultivar.
56
4.1.6. UP N008
4.1.6.1. Identificação Nome do proprietário: Leonardo Francisco de Paula e Rosa Mendes
de Paula.
Nome da UP: Sítio São Sebastião.
Tipo de posse: Escritura definitiva.
Localização da UP: Comunidade Nossa Senhora da Guia /
Chapadinha, município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°56’06’’ latitude
sul e 57°31’29’’ longitude oeste de Gr.
4.1.6.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva Seu Leonardo nasceu em 1930, é natural de Cáceres-MT, da
localidade Monjolinho, onde morou até 1979. Depois mudou-se com sua
esposa para o atual sítio. Em 1960 casou-se com Dona Rosa Mendes de
Paula que também é natural de Cáceres-MT, da localidade Taquaral, Dona
Rosa nasceu em 1939 e sempre morou na região da Morraria.
Seu Leonardo comprou do seu Manoel Ferreira Mendes, avô da Dona
Rosa 244 ha em 1979, Dona Rosa recebeu de herança mais 30 ha do seu
tio, em 2001, venderam os 30 ha que receberam de herança para Geraldo,
em 2000 mais 36.3 ha para Seu Francisco Corrêa de Oliveira e mais 30 ha
para Dona Florisa em 1992, hoje a UP possui 177 ha.
4.1.6.3. Caracterização da unidade de manejo O inicio das atividades na unidade de manejo foi em agosto de 2002,
numa capoeira com área total de 0,44 ha. A distribuição do sistema de
produção está na Tabela 7.
TABELA 7. Distribuição do sistema de produção na unidade de manejo de
Seu Leonardo Francisco de Paula.
Sist. de produção Área (ha) Percentagem Banana x Arroz 0,44 100 Total 100
57
4.1.6.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
Antes do plantio da banana foi realizada a roçada, a derrubada, a
queima, a descoivaração e a queimada. Fez a cerca ao redor da roça
esperou a chuva, capinou e plantou as mudas de banana para depois
realizar o plantio de arroz.
O plantio de banana foi feito manualmente, com o uso de enxadão. As
mudas utilizadas foram própria. O espaçamento foi de 2,5 x 2,5 m e as
covas tinham 0,3 x 0,3 x 0,3 m. O plantio foi em outubro de 2002 e a colheita
ocorreu a partir de 12 meses de ciclo.
O plantio de arroz foi feito manualmente, com o uso de matraca
regulada para 25 a 30 sementes. O espaçamento foi de 0,4 m entre linhas e
0,3 m na linha. A semente utilizada foi obtida com Seu Zé Marino (cunhado).
Na condução do cultivo foi realizada uma capina durante o ciclo de cultivo. O
plantio foi feito em dezembro de 2002 e a colheita em abril de 2003.
Seu Leonardo ressalta que o preparo da terra mecanizada tem a
vantagem de facilitar no plantio, mais tira o adubo da terra já a abertura
manual demora muito, gasta muita mão de obra, mas conserva o adubo da
terra, porém os tocos atrapalham na hora de plantar. A etapa mais difícil é a
derrubada e o que define a opção por mecanização ou abertura manual é o
“bolso”.
58
4.1.7. UP N010
4.1.7.1. Identificação Nome do proprietário: Luis Golberto de Oliveira (Beto) e Nilza Rosa
Martins.
Nome da UP: Sítio Barreiro Vermelho.
Tipo de posse: Escritura definitiva.
Localização da UP: Comunidade Nossa Senhora da Guia / Barreiro
Vermelho, município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°54’05’’ latitude
sul e 57°30’56’’ longitude oeste de Gr.
4.1.7.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva Seu Beto nasceu em 1951 e sua esposa Nilza Rosa Martins em 1960,
ambos são natural de Cáceres-MT, da região de Morraria. A UP do Seu Beto
tem 406 ha que seu pai dividiu entre os filhos.
4.1.7.3. Caracterização da unidade de manejo A unidade de manejo que possui área total de 1,12 ha, o inicio das
atividades foi em setembro de 2002 numa área de mata. A distribuição dos
sistemas de produção está na Tabela 8.
TABELA 8. Distribuição dos sistemas de produção na unidade de manejo de
Seu Luis Golberto de Oliveira
Sist. de prod./cultivo Área (ha) Percentagem Banana x Arroz x Rama 0,15 13,4 Milho x Mamona x Feijão 0,48 43,3 Arroz x Mamona 0,48 43,3 Total 1,12 100
4.1.7.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
A roçada foi feita em setembro de 2002, com a utilização de foice. A
derrubada foi feita com uso de moto-serra em setembro de 2002 e durou 2
59
dias de serviço, o motor é próprio, se utilizasse machado levaria muito tempo
e a qualidade da derrubada seria a mesma.
A queima foi realizada em outubro de 2002, após a liberação do
IBAMA, senão existisse a lei a roçada seria em junho e julho e a queima em
agosto, esse sistema tem como vantagem a melhor queima da sementeira o
que faz com que a roça suje menos diminuindo a mão de obra e quando se
queima em outubro a roça suja mais. Independente da época da queima
deve-se fazer um aceiro de 4 m de largura ao redor de toda a área a ser
queimada, esse aceiro consiste apenas em roçar e varrer, o melhor vento
para colocar fogo é o do norte por ser mais “calmo”.
A descoivaração foi feita em outubro de 2002, cortando-se os tocos
que ficaram e depois montando as caieiras, queimou e tirou as madeiras
boas para algum tipo de uso. Após essa etapa realizou a catação de toco
que não queimaram nas caieiras. Foi feita uma cerca ao redor de toda área
utilizando os angicos e outras madeiras boas para mourão que existiam na
própria unidade de manejo, foi utilizado arame farpado e a cerca com 4 fios
e distância de 2 m entre mourões. Antes de iniciar o plantio foi feita a
desbrota com uso de enxada.
Foram plantadas 100 mudas de banana em novembro de 2002, mas o
melhor mês para o plantio é em outubro na véspera da lua cheia, na cheia,
no quarto crescente e na minguante. As mudas utilizadas foram próprias da
variedade de banana para fritura, obtidas nos bananais antigos. O
espaçamento foi de 4,2 x 4,2 m, esse espaçamento garante a produção mais
rápida. As covas tinham 0,3 x 0,3 x 0,3 m, usa também covas com 0,3 x 0,3
m de largura por 0,4 m de profundidade, que garante a produção a partir de
12 meses de ciclo de cultivo e se optar pela profundidade da cova de 0,3 m,
a produção será a partir de oito meses de ciclo. Os tratos culturais foram,
três capinas no primeiro ano, uma capina no segundo e outra no terceiro
ano, quando utiliza além da enxada a foice para cortar a planta após colher o
cacho, faz um furo no toco e pinga uma gota de creolina para evitar o ataque
da broca.
60
O plantio de milho foi feito manualmente, com utilização de enxadão,
usou quatro sementes por cova, utiliza enxadão para controlar melhor o
número de sementes por cova já que com a matraca não tem esse controle.
A semente utilizada é própria, o espaçamento foi de 1,2 m entre linhas e 1 m
na linha. O plantio foi feito em consórcio com mamona e feijão no mês de
dezembro de 2002 e a colheita foi no final de agosto e inicio de setembro de
2003, sendo que dobrou o milho em abril. Foram feitas duas capinas até o
plantio do feijão, a mamona foi plantada 20 dias após o plantio do milho.
O plantio de arroz foi feito manualmente, com o uso de matraca
regulada para 25 sementes. A semente utilizada é própria, a cada dois anos
tem o costume de trocar as sementes com os vizinhos tanto as de arroz
como as de milho. Na condução do cultivo, foram efetuadas duas capinas e
duas simpatias para controlar a ferrugem uma delas foi enterrar uma garrafa
de vidro com água limpa até a metade no meio da roça de arroz, a garrafa
foi enterrada até o nível da água, a outra foi colocar um ferro ou arame
enferrujado no meio da roça. O plantio foi em dezembro de 2002 e a colheita
foi em maio de 2003, os procedimentos realizados na colheita foram: corte
da planta com uso de cutelo, deixou secar durante três dias e depois montou
a pilha e finalmente realizou o processo de batedura, se tiver tempo não é
necessário empilhar o arroz, sendo melhor bater direto para ter um arroz
mais limpo e de melhor qualidade. O espaçamento foi adotado em função da
variedade que não perfilha, sendo de 0,45 m entre linhas e 0,3 m na linha,
no caso das variedades que perfilham utiliza o espaçamento de 0,6 x 0,6 m.
O plantio de mamona foi feito manualmente, com uso de enxadão. A
semente foi adquirida pela parceria com a empresa ADEQUIM, onde essa
empresa entra com a semente e o adubo (torta de mamona) e o agricultor
entra com a terra e a mão de obra. O espaçamento utilizado foi de 3 m entre
linhas e 1 m na linha, a cova foi de 0,07 m de profundidade onde colocou a
torta de mamona no fundo cobriu com terra deixando 0,03 m, foram
colocadas 3 sementes por cova, descartou as duas piores mudas. Os tratos
culturais foram duas capinas até a primeira produção, sendo três safras por
ano, realizou a capação (retirada de todos os brotos) quando a planta estava
61
com 0,7 m de altura. Depois da terceira coleta, cortou-se a planta com 0,7 m
e esperou a soqueira. O informante não tem conhecimento se a soqueira irá
produzir, pois, o técnico da empresa informou que não é em toda região que
a soqueira produz e o Seu Beto plantou mamona pela primeira vez. O plantio
foi em dezembro de 2002, vinte dias após o plantio do milho.
Foram plantadas 300 covas de mandioca na mesma área da banana
e arroz, com espaçamento de 1,2 x 1,2 m. O plantio da mandioca foi em
janeiro de 2003, quinze dias após o plantio do arroz, utilizou enxadão para
abertura das covas e ramas com 3 olhos. A variedade cultivada foi de
mandioca pão. A colheita ocorreu a partir de 12 meses de ciclo de cultivo.
O plantio de feijão foi feito manualmente, com utilização de matracas
regulada para 3 a 4 sementes. A semente utilizada é própria, a variedade foi
Rosinha e Carioca. O espaçamento foi de 0,5 x 0,5 m. O plantio foi em
março e a colheita em junho de 2003, arrancando-se a planta, fazendo os
manojos e deixando a raiz para cima para seca-la e realizar o processo de
batedura. Foi feita uma capina e duas aplicações de inseticida / acaricida
organofosforado sistêmico (Tamaron) para o controle de vaquinha e lagarta
durante o ciclo de cultivo.
Seu Beto considera a etapa de limpeza com a utilização de enxada
como a mais difícil de todas, não tem como realizar essa etapa com o uso de
arado de tração animal, porque a roça é de toco, essa alternativa facilitaria a
lida na roça. A substituição da derrubada por trator possibilitaria o uso de
tração animal e na área mecanizada seria apenas utilizada para o plantio de
arroz, milho e feijão. Continuaria utilizando o plantio manual ao invés de
semeadora, pois essa faz o plantio muito junto. A mandioca e a banana
continuariam sendo nas roças de toco.
62
4.1.8. UP N001
4.1.8.1. Identificação Nome do proprietário: José Marino Ferreira Mendes e Anacleta de
Oliveira Mendes.
Nome da UP: Fazenda Chapadinha.
Tipo de posse: Escritura definitiva.
Localização da UP: Comunidade Nossa Senhora da Guia /
Chapadinha, município de Cáceres-MT, com coordenadas 15°55’44’’ latitude
sul e 57°31’18’’ longitude oeste de Gr.
4.1.8.2. Histórico dos produtores e da unidade produtiva Seu José Marino nasceu em 1950 e sua esposa Dona Anacleta de
Oliveira Mendes em 1956, ambos são natural de Cáceres-MT da região de
Morraria.
4.1.8.3. Caracterização da unidade de manejo A unidade de manejo foi implantada numa capoeira e tem a área total
de 1,69 ha, as atividades iniciaram em setembro de 2002 e a distribuição
dos sistemas de produção está na Tabela 9.
TABELA 9. Distribuição dos sistemas de produção na unidade de manejo de
Seu José Marino Ferreira Mendes
Sist. de prod./cultivo Área (ha) Percentagem Milho x Abóbora x Mamona 1,21 71,4 Cana x Milho x Abóbora 0,24 14,3 Banana x Milho x Abóbora 0,24 14,3 Total 1,69 100,0
4.1.8.4. Caracterização das etapas do processo de produção agrícola As etapas do processo de produção agrícola na unidade de manejo
(roça) são assim caracterizadas:
A roçada foi feita em setembro de 2002, com a utilização de foice.
Quando a área é de capoeira a roçada deve ser nos meses de agosto e
setembro pois se roçar mais cedo vai ocorrer a brotação e não queimará
63
direito, no caso de mata virgem essa roçada tem que ser em junho ou julho
para que as árvores grandes derrubadas sequem bem.
A derrubada foi feita com uso de moto-serra em setembro de 2002,
pode ser feita com o uso de machado. Quando usa o motor derruba as
árvores e não desgalha com o motor, pois é perigoso se for para desgalhar
deve utilizar o machado a vantagem de desgalhar é na hora de queimar pois
as madeiras ficam acamadas e queimam melhor. Também pode-se utilizar
máquina na derrubada que tem vantagem de só precisar colocar fogo no
pavio e as leras (áreas entre os pavios) podem ser gradeada o que torna a
terra mais fértil outra vantagem é em relação a mão de obra que utiliza
menos, mesmo saindo mais caro no início a derrubada mecanizada no final
sai uma coisa por outra.
A queima foi realizada em outubro de 2002 após a liberação do
IBAMA, o melhor período para realizar esta etapa é de 30 de agosto até o
final de setembro. Independente da época da queima deve-se fazer um
aceiro de 2 m de largura ao redor de toda a área a ser queimada, esse
aceiro consiste apenas em roçar com o uso de foice e varrer as folhas, se
tiver capim tem que capinar.
A descoivaração foi em outubro de 2002, onde amontoou as coivara
fazendo as caieiras e em seguida queimou. Antes de iniciar o plantio foi feita
a destoca com uso de enxada tirou os brotos dos tocos e da terra, a destoca
foi feita após duas boas chuvas.
Foram plantadas 214 covas de banana, sendo 160 da variedade
banana para fritura, 40 bananinha prata e 14 cambutão. O plantio foi em
outubro de 2002, os melhores meses para o plantio são setembro e outubro.
O espaçamento foi de 4 x 4 m, as covas tinham 0,25 x 0,25 m de largura e
0,35 a 0,45 m de profundidade. No plantio o melhor é deixar o cará da
banana uns 10 dias no chão antes de plantar. Os tratos culturais foram, três
capinas até a primeira produção, duas capinas até a segunda sendo uma
capina no final das águas e outra capina no início e mais duas capinas até a
terceira produção, depois avalia, se tiver bom, continua o bananal caso
contrário acaba com o bananal, durante a capina sempre são retiradas as
64
folhas secas e os pés que tombaram são cortados. A colheita ocorre a partir
de 9 a 10 meses de ciclo de cultivo, desde que plantada em outubro. A
melhor lua para se plantar é a minguante mais caso não tenha tempo pode
ser na lua crescente ou cheia só que a banana vai rachar muito, na lua nova
não é bom para plantar e nem colher, pois se plantar vai dar muita broca e
se colher vai enfraquecer o bananal, isso serve também para o milho, arroz
e feijão. Para madeira é melhor retirar na lua minguante, na lua nova,
crescente e cheia não é bom cortar.
O plantio de cana foi feito manualmente, com utilização de enxadão,
as toras utilizados para o plantio é própria e com 2 a 3 nós, utilizando-se dois
pedaços por cova, se for ponta deixa a ponta para fora, o espaçamento foi
de 2 x 2 m e as covas de 0,25 m de profundidade por 0,5 a 0,6 m de
comprimento. O plantio foi em consórcio com cana, milho e abóbora, sempre
planta com milho ou arroz. Em outubro de 2002 foi realizado o plantio, mas
pode ser feito em setembro e a colheita ocorreu a partir de seis meses de
ciclo, sendo essas primeiras canas duras que servem apenas para tratar o
gado, os brotos irão produzir a partir de 12 meses de ciclo, essas canas são
boas para melado e rapadura. Os tratos culturais são os mesmos dos
cereais (milho ou arroz) após a retirada desses cereais faz duas capinas até
o corte e durante o corte vai limpando os poucos matos que tem, o canavial
dura uns quatro anos.
O plantio de milho foi feito manualmente, com utilização de enxadão,
usou 3 a 4 sementes por cova tanto no plantio com matraca ou com
enxadão, na terra gradeada, utiliza matraca, na roça de toco usa enxadão
por causa da profundidade do plantio. A semente é própria, com
espaçamento determinado pela variedade, sendo de 1,5 m entre linhas e 1
m na linha. O plantio foi em novembro de 2002, mas pode ser plantado entre
setembro até novembro. A colheita foi em março de 2003, pois não plantou o
feijão, caso plantasse, teria dobrado o milho em março e quebrado no final
de maio início de junho, junto com a colheita do feijão. Foi feita uma capina
entre 40 a 45 dias de ciclo de cultivo. A cada dois a três anos Seu Zé Marino
65
troca as sementes de milho e arroz com os vizinhos, para que a produção
não fique fraca.
O plantio de abóbora foi feito manualmente, com utilização de enxada,
podendo usar enxadão, utilizando 2 a 3 sementes por cova. Quando se
planta abóbora solteira o espaçamento é de 4 x 4 m, no caso de se plantar
em consórcio aumenta-se o espaçamento para que a abóbora não aniquile
as outras plantas. O plantio foi em novembro de 2002, mais pode ser
plantada de setembro até novembro, se plantar na primeira lua cheia de
agosto a abóbora produz cedo e é seca, sadia e boa para comer. A colheita
ocorreu a partir de dois meses de ciclo com o fruto verde, nos meses de
junho e julho período de seca são os melhores meses para colher e
armazenar os frutos no paiol, dessa forma as abóboras agüentam até um
ano armazenada.
Seu Zé Marino não plantou arroz nesta safra mais o costume que tem
é o plantio feito manualmente, com o uso de matraca regulada para 12 a 15
sementes. A semente utilizada normalmente é própria, da variedade Agulhão
de 4 meses. Na condução do cultivo, geralmente é efetuada uma capina, os
melhores meses para plantio são dezembro e janeiro, mas pode ser
plantado em novembro, que não é um mês bom por causa da colheita que
vai ocorrer no período de chuva. O período de colheita vai de 15 de março
até o final, os procedimentos realizados na colheita são: corte da planta com
uso de cutelo, deixa por dois a três dias e depois empilha que agüenta até
um ano, se tiver tempo o melhor é bater direto em vez de fazer a pilha, pois
assim se tem um arroz mais limpo e de melhor qualidade. O espaçamento é
sempre adotado em função da variedade, no caso das variedades que
perfilham utiliza-se 1 m entre linhas e 0,4 m na linha.
O plantio de mamona foi feito manualmente, com uso de enxadão. A
semente foi adquirida pela parceria com a empresa ADEQUIM, onde essa
empresa entra com a semente e o adubo (torta de mamona) e o agricultor
entra com a terra e a mão de obra. O espaçamento recomendado pela
empresa foi de 3 m entre linhas e 1 m na linha. Seu Zé Marino utilizou 4 m
ente linhas porque a rua do milho já estava feita. A cova foi de 0,07 m de
66
profundidade onde colocou a torta de mamona no fundo cobriu com terra
deixando 0,03 m, utilizou 3 sementes por cova cobriu e depois descartou as
duas piores mudas. Os tratos culturais foram a capação dos pés quando
soltou o primeiro cacho, aproximadamente 3 a 4 meses de ciclo. Os técnicos
da empresa recomendaram não plantar nas ruas das mamonas, banana,
mandioca e cana, podendo plantar arroz, milho, feijão e amendoim, isso foi
repassado na primeira reunião entre os agricultores e os técnicos da
empresa na segunda reunião que ocorreu em 30 de agosto de 2003 o dono
da empresa falou que não era para plantar nada nas ruas da mamona para
não prejudicar. O plantio foi em dezembro de 2002 e a colheita em abril de
2003, quebrando os cachos colocando no terreiro durante 6 a 8 dias de sol,
batendo os cachos e ensacando para esperar a empresa buscar.
Seu Zé Marino não plantou mandioca mas passou as informações do
cultivo. O plantio deve ser no mês de outubro, janeiro ou março, se plantar
em outubro após 90 dias deve realizar uma capina e depois de 90 dias outra
capina. As mandiocas branca a partir de 6 meses de ciclo, já podem ser
colhidas e as vermelhas (cacau) só a partir de 12 meses de ciclo, essas são
boas para comercializar e para produção de farinha, as brancas são boas
para consumo da família, pois é de ciclo curto apenas 6 meses. O
espaçamento deve ser de 1,5 x 1,5 m, a abertura das covas deve ser com
enxadão e as ramas devem ter de 3 a 4 olhos. A melhor combinação é
mandioca x arroz, mandioca x milho não é bom, mas planta para aproveitar
o espaço. No plantio corta os pedaços com 3 a 4 olhos e deixa de um dia
para o outro para sair o leite nas pontas que vai ajudar as raízes e também é
necessário sapatear nas covas para tirar o ar, o que evita que as ramas
apodreçam. O plantio pode ser feito na lua nova o que não vai produzir uma
mandioca durativa, pois dura no máximo 18 meses e começa a apodrecer, já
se plantar na minguante ou crescente ela dura mais, na lua cheia não é bom
plantar porque vai ficar uma planta viçosa, mas não produz bem.
O plantio de feijão pode ser feito manualmente, com utilização de
matracas regulada para 3 a 4 sementes. A semente utilizada geralmente é
própria e a variedade mais usada é a Carioca. O espaçamento adotado é de
67
0,5 m entre linhas e 0,3 m na linha. O plantio pode ser feito no mês de março
a abril, se chover muito em fevereiro deve plantar em abril, caso chova
pouco planta em março. Os tratos culturais são duas aplicações de
inseticidas / acaricida organofosforado (Folidol) com o objetivo de espantar
os bichos inclusive veados e preá e quando necessário faz uma capina. A
colheita geralmente ocorre no mês de maio a junho e os procedimentos são
arranquio da planta, forma os manojos, espera uns 10 dias para secar e
realizar o processo de batedura, utilizando cambito. Para armazenar pode
juntar os feijão com as monhas (é o fubá que são as palhas das vargens e
talos), põe em um saco e costura agüenta até 1 ano se guardar no paiol
enterrado na areia agüenta até dois anos.
O Seu Zé Marino considera que a queimada, por ser muito quente e
os galhos nunca queimam e precisam ser cortados, amontoados e queimar
novamente como uma das etapas difíceis de se realizar, outra atividade
difícil é a colheita do arroz por ter que gastar muita mão de obra em três
etapas além de correr muito risco de perder toda pilha se chover na mesma
noite em que ela foi feita. O plantio do arroz também, pois gasta-se muito
tempo limpando o terreno para poder plantar.
68
4.2. Decomposição da unidade de manejo roça A partir da descrição das unidades de manejo, montou-se a estrutura
das opções técnicas do sistema produtivo dos agricultores da Morraria. Essa
estrutura foi montada em três níveis: atividades, etapas da atividade e
opções técnicas. A Tabela 10 mostra, em resumo, a listagem das atividades
realizadas no manejo da roça pelos agricultores. A decomposição é
apresentada nas Tabelas 11 a 21.
TABELA 10. Listagem das atividades realizadas no manejo da roça pelos
agricultores da região de Morraria, Cáceres-MT
N° de ordem Atividades N° de
ordem Atividades 1 Abertura de área 25 Colheita de cana 2 Plantio de mandioca 26 Destino da produção de cana3 Tratos culturais de mandioca 27 Plantio de mamão 4 Colheita de mandioca 28 Colheita de mamão
5 Destino da produção de mandioca 29 Plantio de cará
6 Plantio de abóbora 30 Colheita de cará 7 Tratos culturais de abóbora 31 Plantio de batata-doce 8 Colheita de abóbora 32 Colheita de batata-doce 9 Armazenamento de abóbora 33 Plantio de fumo
10 Plantio de banana 34 Tratos culturais de fumo 11 Tratos culturais de banana 35 Colheita de fumo 12 Colheita de banana 36 Plantio de feijão de corda
13 Plantio de arroz 37 Tratos culturais de feijão de corda
14 Tratos culturais de arroz 38 Colheita de feijão de corda 15 Colheita de arroz 39 Plantio de gergelim 16 Armazenamento de arroz 40 Tratos culturais de gergelim 17 Plantio de milho 41 Colheita de gergelim 18 Tratos culturais de milho 42 Plantio de feijão 19 Colheita de milho 43 Tratos culturais de feijão 20 Plantio de fava 44 Colheita de feijão 21 Tratos culturais de fava 45 Armazenamento de feijão 22 Colheita de fava 46 Plantio de mamona 23 Plantio de cana 47 Tratos culturais de mamona 24 Tratos culturais de cana 48 Colheita de mamona
69TABELA 11. Decomposição da atividade de abertura de área da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-
MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
roçada foice a única possibilidade técnica conhecida 1
menor custo em relação ao uso de moto-serra ou do trator 2
rende menos o serviço em relação a moto-serra 3 machado
facilita direcionar p/ que lado cai a árvore, facilitando a queima 4
demora muito em relação ao uso do trator de esteira 5
gasta muita mão-de-obra em relação ao uso do trator de esteira 6
conserva o adubo da terra em relação ao uso do trator 7
presença de tocos dificulta o plantio, demanda maior tempo de execução 8
rende menos o serviço em relação ao trator de esteira 9
ter o equipamento 10
dificulta direcionar p/ que lado cai a árvore, dificultando a queima 11
rende mais do que o machado e a qualidade é a mesma 12
presença de tocos, impossibilita o uso de arado de tração animal 13
mais perigoso do que o machado 14
moto-serra
custo da empreita é caro em relação ao uso do machado 15
maior custo em relação ao uso de machado ou moto-serra 16
o custo é muito caro para ser utilizada em área pequena 17
ganha tempo em relação ao uso de machado ou moto-serra 18
Abertura de área derrubada
trator de esteira
forma os montes de tocos e galhos, facilitando a queima 19
70TABELA 11, continuação....
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
tira o adubo da terra em relação ao uso de moto-serra ou machado 20
ausência de tocos, facilita o plantio 21
ausência de tocos, possibilita o uso de arado de tração animal 22
em área de capoeira, facilita a queima 23
permite o uso de grade, o que torna a terra mais fértil 24
utiliza menos mão-de-obra 25
derrubada trator de esteira
falta de tempo p/ derrubar manualmente 26
manual disponibilidade financeira insuficiente p/ contratar o trator 27 enleiramento
trator de esteira faz parte da empreita da derrubada 28
foice ausência de capim rasteiro, melhor alternativa 29 aceiro
enxada presença de capim rasteiro, melhor alternativa 30
queima uso do fogo não tem outra alternativa 31
enxadão presença de tocos finos, melhor alternativa 32
enxada ausência de tocos finos, melhor alternativa 33
ausência de tocos, melhor alternativa 34 gradagem
disponibilidade financeira suficiente p/ contratar o serviço 35
não ter experiência com o produto 36
Abertura de área
controle de plantas daninhas
uso de herbicida o produto causa danos as culturas de banana e mandioca 37
71TABELA 12. Decomposição do cultivo de mandioca da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
o comprimento da estaca escolhido, é menor ou igual a largura da enxada, melhor alternativa e facilita o trabalho 38
abertura das covas enxada o cabo é longo, facilita o trabalho 39
definição da densidade
1 estaca com 15 cm de comprimento/cova tem de 3 a 4 olhos, melhor alternativa 40
lua minguante proporciona maior rendimento na produção 41
lua crescente proporciona menor rendimento na produção 42
lua nova proporciona menor rendimento na produção 43 escolha da época
lua cheia proporciona menor rendimento na produção 44 aquisição das manivas compra não ter rama 45
pré-tratamento das manivas (antes do plantio)
deixa os pedaços cortados c/ 3 a 4 olhos de um dia p/ o outro
para sair o leite nas pontas que ajuda no desenvolvimento das raízes, melhor alternativa 46
Plantio
fechamento das covas sapateia nas covas durante o plantio para sair o ar, evita o apodrecimento das ramas, melhor
alternativa 47
controle de cupins replantio das covas não conhece outra alternativa 48 Tratos culturais controle de plantas
daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 49
Colheita arranque da planta manual não conhece outra alternativa 50
escolha da variedade p/ autoconsumo cultivar de ciclo curto produção rápida 51
Destino escolha da variedade p/ comércio cultivar de ciclo longo proporciona maior rendimento na produção 52
72
TABELA 13. Decomposição do cultivo de abóbora da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
enxadão o cabo é curto, dificulta o trabalho 53 abertura das covas
enxada o cabo é longo, facilita o trabalho 54
2 m entre cada ponto de plantio na linha aproveitamento das leiras 55
4 x 4 metros cultivo solteiro permite maior densidade 56 escolha do espaçamento
6 x 6 metros plantio em consórcio 57
escolha da época na 1ª lua cheia de agosto proporciona maior rendimento na produção 58
não ter variedade nova no mercado 59 própria
selecionada da safra passada 60
Plantio
aquisição das sementes
adquirida no comércio ter variedade nova no mercado 61
controle de plantas daninhas capina manual (enxada) limpeza da área para plantio de milho, melhor alternativa 62
Tratos culturais
controle de pragas pulverização de inseticida evita ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 63
colhe os frutos manual não conhece outra alternativa 64 Colheita
corta a planta enxada para plantar o feijão, pois as vaquinhas ficam nas folhas da abóbora 65
na roça colher os frutos para o consumo diário não ter paiol 66
Armazenamento no paiol colher todos os frutos e armazena ter paiol 67
73TABELA 14. Decomposição do cultivo de banana da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
cavadeira mais fácil e rende mais o serviço 68 abertura das covas
enxadão rende menos o serviço 69
3 x 3 metros solos menos férteis 70
3,5 x 3,5 metros proporciona maior rendimento na produção 71
4 x 4 metros garante a produção mais rápida 72 escolha do espaçamento
4,2 x 4,2 metros solos mais férteis, a planta cresce mais 73
0,20 x 0,20 x 0,50 metro quando usa cavadeira 74
0,30 x 0,30 x 0,40 metro produz mais tarde, aproximadamente 12 meses 75
0,30 x 0,30 x 0,40 a 0,45 metro tamanho da muda 76
0,20 x 0,25 x 0,50 metro quando usa enxadão 77
definição do tamanho da cova
0,30 x 0,30 x 0,30 metro produz mais rápido, aproximadamente 8 meses 78
proporciona maior rendimento na produção 79 lua crescente
proporciona menor rendimento na produção 80
lua cheia proporciona menor rendimento na produção 81
lua minguante proporciona maior rendimento na produção 82
escolha da época
lua nova proporciona menor rendimento na produção 83
mudas próprias ter bananais antigos 84
Plantio
aquisição das mudas mudas adquiridas no vizinho não ter bananal ou quando tem poucas mudas 85
controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 86
Tratos culturais controle de pragas creolina no caule da planta evita o ataque de broca, proporciona maior rendimento na
produção 87
Colheita corte do cacho facão não conhece outra alternativa 88
74
TABELA 15. Decomposição do cultivo de arroz da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
matraca rapidez 89
enxada controle de sementes por cova 90
enxadão melhor alternativa nas áreas de roça de toco 91 abertura das covas
semeadora área gradeada 92
1 x 0,25 metro cultivar que perfilha muito 93
0,60 x 0,60 metro cultivar que perfilha 94 escolha do espaçamento
0,45 x 0,30 metro cultivar que não perfilha 95
lua crescente maior rendimento na produção 96
menor rendimento na produção 97 escolha da época lua nova
maior rendimento na produção 98
adquirida no vizinho não ter semente 99
Plantio
aquisição das sementes próprias selecionada da safra passada 100
controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 101
Tratos culturais
controle de doenças simpatia a única alternativa conhecida p/ controlar a ferrugem 102
Colheita corte da planta cutelo rapidez 103
no paiol armazenamento em sacos no paiol falta de mão-de-obra para bater o arroz e ensacar 104 Armazenamento
na roça empilha o arroz utiliza menos mão-de-obra 105
75TABELA 16. Decomposição do cultivo de milho da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código rapidez 106
matraca melhor alternativa na terra gradeada 107 melhor alternativa nas áreas de roça de toco 108
abertura das covas enxadão
maior controle do n° de sementes por cova 109 definição da densidade 3 a 4 sementes/cova proporciona maior rendimento na produção 110
1,5 x 0,50 metro cultivar de maior crescimento 111 1 x 0,50 metro cultivar de menor crescimento 112 1 x 0,80 metro proporciona maior rendimento na produção 113
escolha do espaçamento
1,10 x 1 metro possibilitar o uso de tração animal, facilita o trabalho 114 lua crescente proporciona maior rendimento na produção 115 lua nova proporciona menor rendimento na produção 116 lua cheia proporciona menor rendimento na produção 117
escolha da época
lua minguante proporciona menor rendimento na produção 118 selecionada da safra passada 119
própria melhor alternativa nas áreas de roça de toco 120
adquirida no vizinho não ter semente selecionada da safra passada 121 melhor alternativa nas áreas mecanizada 122
Plantio
aquisição das sementes
adquirida no comércio melhor preço e de boa qualidade 123
controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 124 Tratos culturais
controle de pragas puverização de inseticida evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 125
p/ servir de suporte p/ o feijão, única alternativa 126 dobra / quebra manual
falta de mão-de-obra p/ quebrar o milho nesse período 127 ataque de pragas, diminui a perda na produção 128
Colheita quebra direto manual
plantio em consórcio c/ mandioca 129
76TABELA 17. Decomposição dos cultivos de fava e cana da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código matraca tamanho da semente (pequena) 130
abertura das covas enxadão tamanho da semente (grande) 131 Plantio de fava
aquisição das sementes compra não ter na região 132 Tratos culturais de fava controle de pragas pulverização de inseticida proporciona maior rendimento na produção 133
corte da touceira facão p/ secar o pé, facilita quando for bater 134 Colheita de fava
bate a planta seca cambito separa os grãos das vagens e dos cipós 135 abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 136 definição da densidade 2 pedaços/cova melhor alternativa 137 definição do tamanho da cova 0,50 a 0,60 x 0,25 metro melhor alternativa 138
pedaço de 2 a 3 nós melhor alternativa 139 pedaço de 0,30 metro melhor alternativa 140 definição do tamanho do
propágulo pedaço de 0,40 metro melhor alternativa 141 1 x 1 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 142 2 x 2 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 143 1,5 x 1,5 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 144
escolha do espaçamento
1 x 0,5 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 145 pedaços próprio ter canavial antigo 146
Plantio de cana
aquisição dos propágulos pedaços adquirido no vizinho não ter canavial ou quando tem poucas mudas 147
Tratos culturais de cana controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 148 Colheita de cana corte da planta facão única alternativa possível 149
tratar o gado a partir de 6 meses de ciclo as canas são duras e tem menor rendimento de produção 150 Destino da produção de
cana produção de melado e rapadura a partir de 18 meses de ciclo tem maior rendimento na produção 151
77TABELA 18. Decomposição dos cultivos de mamão, cará e batata-doce da unidade de manejo roça dos agricultores da
Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa 152
definição da densidade 3 a 4 sementes/cova melhor alternativa 153
escolha do espaçamento 2 x 3 metros melhor alternativa 154 Plantio de mamão
aquisição das sementes própria selecionada da safra passada 155
Colheita de mamão arranque do fruto manual única alternativa possível 156
abertura das covas enxadão facilita o trabalho, melhor alternativa 157 Plantio de cará
escolha do espaçamento ao redor do bacuri usa o bacuri como suporte, melhor alternativa 158
Colheita de cará arranque do cará manual única alternativa possível 159
abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 160
rama tempo de produção (longo) 161 escolha do tipo de propágulo
batata produção rápida 162
aleatório aproveita os espaços vazio da roça, melhor alternativa 163
Plantio de batata-doce
escolha do espaçamento 20 x 20 metros plantio em consórcio 164
Colheita de batata-doce arranque da batata Manual não conhece outra alternativa 165
78TABELA 19. Decomposição dos cultivos de fumo, feijão-de-corda e gergelim da unidade de manejo roça dos agricultores da
Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
nas leiras quando não tem muita chuva, melhor rendimento na produção 166 produção de mudas em girais quando tem muita chuva, melhor rendimento na produção 167 Plantio de fumo
aquisição das sementes própria seleciona da safra passada 168 capação manual proporciona maior rendimento da produção 169 Tratos culturais de fumo retirada dos brotos manual proporciona maior rendimento na produção 170
Colheita de fumo corte das folhas manual única alternativa possível 171 enxada facilita o trabalho, melhor alternativa 172 abertura das covas enxadão dificulta o trabalho 173
escolha do espaçamento 1,10 x 1 metro possibilita o uso de tração animal, facilita o trabalho 174 Plantio de feijão-de-corda
aquisição das sementes própria seleciona da safra passada 175
controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 176 Tratos culturais de feijão-de-corda controle de pragas pulverização de
inseticida evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 177
Colheita de feijão-de-corda arranque das vagens manual única alternativa possível 178
abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa (cova rasa) 179
escolha do espaçamento 1 x 1 metro melhor possibilidade técnica conhecida 180
definição da densidade 6 a 8 sementes/cova melhor possibilidade técnica conhecida 181 Plantio de gergelim
aquisição das sementes própria seleciona da safra passada 182
Tratos culturais de gergelim controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 183
retirada da planta manual única alternativa possível 184 enfeixa manual única alternativa possível 185 Colheita de gergelim sacode os feixes manual única alternativa possível 186
79TABELA 20. Decomposição do cultivo de feijão da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código
abertura das covas matraca facilita e rende mais o serviço 187
2 a 4 sementes/cova tipo de equipamento utilizado (matraca) 188 definição da densidade 2 a 3 sementes/cova é o ideal mais a matraca não sai sempre igual 189 0,50 x 0,25 metro melhor possibilidade técnica conhecida 190 0,50 x 0,20 a 0,25 metro melhor possibilidade técnica conhecida 191 0,50 x 0,30 metro melhor possibilidade técnica conhecida 192 0,40 x 0,30 metro melhor possibilidade técnica conhecida 193 0,50 x 0,50 metro melhor possibilidade técnica conhecida 194 0,40 x 0,40 metro melhor possibilidade técnica conhecida 195
escolha do espaçamento
0,60 x 0,50 metro melhor possibilidade técnica conhecida 196 melhor alternativa existente no mercado 197
a variedade carioca tem maior procura no mercado 198
Plantio
aquisição das sementes compra
melhor possibilidade técnica conhecida 199 controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 200
pulverizações de inseticida evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 201 Tratos culturais
controle de pragas inseticida natural evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 202
arranque da planta manual facilita formar os manojos (montes de planta) 203
forma os manojos manual facilita a separação dos grãos 204
bate manual proporciona maior rendimento na produção 205 Colheita
época lua minguante evita ataque de praga no armazenamento, proporciona maior rendimento na produção 206
no paiol menor tempo de armazenamento 207 Armazenamento ensacar os grãos
enterrado na areia maior tempo de armazenamento 208
80
TABELA 21. Decomposição do cultivo de mamona da unidade de manejo roça dos agricultores da Morraria, Cáceres-MT
Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Código abertura das covas enxadão maior controle de nº de semente/cova 209
3 x 1 metro recomendação do técnico da empresa 210 escolha do espaçamento
4 x 1 metro a rua do milho já estava pronta 211 Plantio
aquisição das sementes fornecida pela empresa ADEQUIM (parceira) melhor possibilidade técnica conhecida 212
controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 213
Tratos culturais
adubação de cova torta de mamona recomendação do técnico da empresa 214
Colheita quebra os cachos manual recomendação do técnico da empresa 215
81
4.3. Análise descritiva dos condicionantes das opções técnicas A partir do conjunto de dados da decomposição dos sistemas de
produção e cultivo foi feita a classificação dos condicionantes das opções
técnicas. A matriz de dados da classificação foi construída com os
condicionantes nas linhas e os filtros nas colunas. Foram atribuídos os
valores 1 (um) quando o condicionante estava relacionado com o filtro e 2
(dois) quando o condicionante não tinha relações com o filtro. Essa matriz
encontra-se no Anexo 2.
Os condicionantes das opções técnicas analisados foram
classificados em internos (89,8% dos condicionantes) e externos (10,2% dos
condicionantes). Como pode ser observado na Figura 2, os condicionantes
internos, num total de 193, se referem aos aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (52,0%), rendimento da produção (26,0%), facilidade
de trabalho (14,0%), tempo de execução (7,3%), tempo de produção (3,1%),
mão-de-obra (2,6%), disponibilidade financeira (2,1%) e com tempo de
armazenamento (1,5%). Enquanto os condicionantes externos, num total de
22, estão relacionados com: possibilidade técnica (68,2%) e disponibilidade
financeira (31,8%).
Como resultado dessa primeira etapa de análises pode-se inferir que
a estratégia de estabelecimento de manejo dos agricultores estudados é
construída a partir da lógica interna de funcionamento da unidade produtiva,
já que 89,8% dos condicionantes são internos. Assim, os métodos de
pesquisa e de extensão rural devem estar baseados numa abordagem mais
participativa, que busca compreender os procedimentos técnicos
considerando as condições em que se realiza a produção.
82
Possibilidade técnica
Legenda
Rendimento da produção
Facilidade de trabalho
Tempo de execução
Tempo de produção
Demanda de mão-de-obra
Disponibilidade financeira
Tempo de armazenamento
52,0%
26,0%
14,0%
7,3%
68,2%
31,8%
3,1%2,6%2,1%1,5%
215
Con
dici
onan
tes
22 Externos(10,2%)
193 Internos(89,8%)
Figura 2. Representação dos condicionantes das opções técnicas, conforme a classificação da análise descritiva.
As referências bibliográficas relacionadas à importância do
desenvolvimento e da difusão de tecnologia por meio de métodos
participativos, principalmente para os pequenos agricultores, é extensa, com
importância já bem estabelecida cientificamente (Altieri, 2002; Reijntjes et
al., 1994; Loader e Amartya, 1999).
Os métodos devem buscar entender as razões da escolha dos
agricultores por determinado procedimentos técnicos (Wünsch, 1995) e a
abordagem deve tratar dos complexos de atividades e não das atividades
isoladas (Azevedo, 2001). Portanto, há que se promover mudanças nas
políticas e nas instituições de pesquisa e desenvolvimento (Weid e Altieri,
2002).
83
4.4. Análise fatorial pelo método de componentes principais
Esta análise teve objetivo de identificar os condicionantes explicativos
do comportamento dos agricultores em relação às opções técnicas utilizadas
ou não por eles no manejo da roça.
4.4.1. Identificação das variáveis importantes Os sete fatores com autovalores maior que 1 responderam por toda a
variação dos dados. Na Tabela 22 estão os autovalores e as porcentagens
de explicação da variação dos dados, individualmente e de forma
acumulada.
TABELA 22. Autovalores e porcentagem de explicação da variabilidade dos
dados dos sete fatores, obtidos na análise fatorial pelo método
de componente principal, dos condicionantes das opções
técnicas
Porcentagem de explicação da variabilidade Fator Autovalor Individual Acumulada
1 43,58 20,27 20,27 2 38,87 18,08 38,35 3 33,09 15,39 53,74 4 30,99 14,41 68,15 5 29,04 13,50 81,66 6 21,67 10,08 91,74 7 17,76 8,26 100
Na identificação das variáveis mais explicativas do comportamento
dos agricultores em relação às opções técnicas utilizadas ou não no manejo
da roça, utilizou-se os valores dos módulos das correlações dos fatores com
as variáveis, considerando 0,65 como ponto de corte. A opção em trabalhar
com o valor de 0,65 foi em função de agregar informações significativas ao
fator 3, cujo autovalor é de 33,09, explica 15,39% da variação dos dados e
apresenta apenas uma variável com o coeficiente de correlação acima de
0,7. Por outro lado, utilizar valores abaixo de 0,65 aumenta o número de
variáveis descrevendo cada um dos fatores, dificultando sua interpretação, o
que é uma das etapas mais críticas da análise de componentes principais
(Reis, 2001).
84
Cada fator foi caracterizado por uma descrição geral, considerando os
aspectos que cada variável representa, independente da associação positiva
ou negativa com os respectivos fatores. Essa descrição é mostrada a seguir:
4.4.1.1. Descrição do fator 1 Os condicionantes pertencentes ao primeiro fator, num total de 51,
são apresentados no Anexo 3. Esse fator representa os aspectos
relacionados com: possibilidade técnica (21 condicionantes internos e 5
condicionantes externos), rendimento da produção (15 condicionantes
internos), tempo de execução (5 condicionantes internos), facilidade de
trabalho (3 condicionantes internos), demanda de mão-de-obra (2
condicionantes internos), tempo de armazenamento (2 condicionantes
internos) e tempo de produção (1 condicionante interno).
4.4.1.2.Descrição do fator 2 Os condicionantes que representam o fator 2, num total de 33, são
mostrados no Anexo 4. Esse fator representa os aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (15 condicionantes internos e 2 condicionantes
externos), rendimento da produção (8 condicionantes internos), tempo de
execução (3 condicionantes internos), facilidade de trabalho (3
condicionantes internos), disponibilidade financeira (3 condicionantes
internos) e tempo de produção (2 condicionantes internos).
4.4.1.3. Descrição do fator 3 Os condicionantes que representam o fator 3, num total de 21, são
mostrados no Anexo 5. Esse fator representa os aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (18 condicionantes internos), rendimento da produção
(2 condicionantes internos), tempo de execução (1 condicionante interno) e
facilidade de trabalho (2 condicionantes internos).
4.4.1.4. Descrição do fator 4 Os condicionantes que representam o fator 4, num total de 28, são
mostrados no Anexo 6. Esse fator representa os aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (12 condicionantes internos e 2 condicionantes
85
externos), rendimento da produção (9 condicionantes internos), facilidade de
trabalho (4 condicionantes internos), demanda de mão-de-obra (1
condicionante interno) e disponibilidade financeira (2 condicionantes
externos).
4.4.1.5. Descrição do fator 5 Os condicionantes que representam o fator 5, num total de 3, são
mostrados no Anexo 7. Esse fator representa os aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (1 condicionante interno) e rendimento da produção (2
condicionantes internos).
4.4.1.6. Descrição do fator 6 Os condicionantes que representam o fator 6, num total de 11, são
mostrados no Anexo 8. Esse fator representa os aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (6 condicionantes internos), rendimento da produção (2
condicionantes internos), facilidade de trabalho (2 condicionantes internos) e
tempo de produção (3 condicionantes internos).
4.4.1.7. Descrição do fator 7 Os condicionantes que representam o fator 7, num total de 12, são
mostrados no Anexo 9. Esse fator representa os aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (2 condicionantes internos), rendimento da produção (3
condicionantes internos), tempo de execução (4 condicionantes internos),
facilidade de trabalho (5 condicionantes internos) e demanda de mão-de-
obra (1 condicionante interno).
Resumindo, dos condicionantes mais importantes identificados pelos
7 fatores extraídos pela análise fatorial, 93,0% são internos e apenas 7,0%
são externos. Como pode ser observado na Figura 3, os condicionantes
internos, num total de 148, se referem aos aspectos relacionados com:
possibilidade técnica (50,7%), rendimento da produção (27,7%), facilidade
de trabalho (12,8%), tempo de execução (8,8%), tempo de produção (4,1%),
mão-de-obra (2,7%), disponibilidade financeira (2,0%) e tempo de
armazenamento (1,4%). Enquanto os condicionantes externos, num total de
11, estão relacionados com: possibilidade técnica (81,8%) e disponibilidade
86
financeira (18,2%). Este resultado corrobora com as indicações da análise
descritiva (item 4.3. Análise descritiva dos condicionantes das opções
técnicas) que mostram que os agricultores estabelecem suas estratégia de
manejo a partir da lógica interna de funcionamento da unidade produtiva.
Possibilidade técnica
Legenda
Rendimento da produção
Facilidade de trabalho
Tempo de execução
Tempo de produção
Demanda de mão-de-obra
Disponibilidade financeira
Tempo de armazenamento
50,7%
27,7%
12,8%
8,8%
81,8%
4,1%2,7%2,0%1,4%
159
Con
dici
onan
tes
11 Externos(7,0%)
148 Internos(93,0%)
18,2%
Figura 3. Representação dos condicionantes das opções técnicas, identificado pela análise fatorial pelo método de componentes principais.
A análise fatorial pelo método de componentes principais identificou
os condicionantes mais importantes em termos da variabilidade dos dados,
reduziu o número de variáveis e validou os resultados da análise descritiva.
4.5. Avaliação do peso relativo
Essa análise teve como objetivo a hierarquização dos condicionantes
pela avaliação do peso relativo de cada variável na variação total dos dados.
A análise fatorial pelo método de componentes principais,
apresentada no item 4.4, embora tenha identificado os condicionantes mais
importantes, não confere peso aos condicionantes, impossibilitando a
87
hierarquização dos mesmos. Para isso, foi calculado o peso relativo de cada
variável na variação total dos dados, conforme metodologia proposta por
Ying e Liu (1995), utilizada na definição de pesos para variáveis em análise
de impacto ambiental. O cálculo é descrito a seguir.
Os valores β, mostrados no Anexo 10 são os pesos individuais dos
condicionantes, resultados da multiplicação do módulo do valor dos
coeficientes dos escores das variáveis pelos porcentuais de explicação
individual da variância, mostrados na Tabela 22. O parâmetro w é o peso
relativo de cada condicionante, resultado da divisão do valor dos peso
absoluto de cada condicionante pelo somatório dos pesos absolutos dos
condicionantes.
O Anexo 11 mostra os condicionantes organizados por aspecto
abordado. São mostrados os condicionantes com peso igual ou maior que o
peso de cada uma das variáveis se todas fossem igualmente importantes
(ou seja: 1/215 = 0,0047).
Com o resultado dessa análise, foi possível hierarquizar os
condicionantes, considerando todas as variáveis que pesaram mais que o
valor médio se todas fossem igualmente importantes. Assim, 87,0% dos
condicionantes são internos e 13,0% são externos (Figura 4). Os
condicionantes internos, num total de 110, representam, em primeiro lugar,
os aspectos relacionados com possibilidade técnica (56,9% dos
condicionantes), indicando a diversidade de manejo dos agricultores.
Azevedo (2001), constatou que as unidades produtivas variam pouco no que
se referem as suas estruturas, entretanto, os agricultores adotam diferentes
estratégias de manejo.
Em segundo lugar, os condicionantes internos representam os
aspectos relacionados com o rendimento da produção (20,7% dos
condicionantes), seguido daqueles relacionados com a facilidade de trabalho
(12,1% dos condicionantes) e com o tempo de execução e mão-de-obra
(3,5% dos condicionantes). Buainain (2002), considera que se as
informações sobre determinada tecnologia (opção técnica) encontra-se
disponível, os agricultores optarão pela redução de tempo e de trabalho
físico e, simultaneamente, de incremento de produtividade. Em
determinadas situações, os condicionantes relacionados a adoção de
88
tecnologia poupadora de mão-de-obra foram consideradas importantes,
como demonstram os trabalhos de Ugwu e Nweke (1996), Cunha (1998) e
Perz (2003).
Possibilidade técnica
Legenda
Rendimento da produção
Facilidade de trabalho
Tempo de execução
Demanda de mão-de-obra
Disponibilidade financeira
Tempo de armazenamento
56,9%
20,7%
12,1%
3,5%3,5%
62,5%
37,5%
1,7%1,7%
126
Con
dici
onan
tes
16 Externos(13,0%)
110 Internos(87,0%)
Figura 4. Representação dos condicionantes das opções técnicas, identificado pelo método do peso das variáveis.
Os condicionantes internos que representam os aspectos
relacionados com disponibilidade financeira, juntamente com os aspectos
relacionados com tempo de armazenamento, tiveram pequeno porcentual de
variáveis com peso relativo igual ou maior que o valor médio se todas
fossem igualmente importante. Os condicionantes relacionados com
disponibilidade financeira também são reconhecidos como importantes na
adoção de tecnologias (Perz, 2003). A capacidade de armazenagem é um
condicionante extremamente relevante sobre a utilização da mão-de-obra
familiar ao longo do ano, resultando em melhor distribuição no tempo
(Buainain, 2002).
Os condicionantes externos, num total de 16, representam, em
primeiro lugar, os aspectos relacionados com possibilidade técnica (62,5%)
e, em segundo lugar, os aspectos relacionados com disponibilidade
89
financeira (37,5%). Os relacionados com possibilidade técnica representam
principalmente o cultivo de mamona, introduzido recentemente na região
através de parceria com a iniciativa privada, e a aquisição de semente de
mamona, fava e feijão no mercado, indicando a presença do sistema de
manejo institucional dos recursos genéticos. Essa situação foi constatada
em estudos com agricultores familiares de Pontes e Lacerda (Azevedo,
2001).
Os condicionantes externos relacionados com a disponibilidade
financeira, tem a ver principalmente com as opções técnicas poupadoras de
mão-de-obra no processo de abertura de área.
Em relação aos condicionantes internos relacionados com o tempo de
produção identificado pela análise fatorial, esses, não pesaram mais que o
valor médio se todos fossem igualmente importantes indicando que não são
os principais no estabelecimento das estratégias de manejo dos agricultores
estudados. Esse resultado não corrobora com os encontrados por Loader e
Amartya (1999), onde o tempo de produção foi o terceiro critério para
escolha de variedades tradicionais de arroz utilizada no plantio por
agricultores do Nepal.
A análise do peso das variáveis complementou a identificação
realizada pelos fatores da análise de componentes principais, identificando
os condicionantes importantes, que não apresentaram correlação elevada
em nenhum dos 7 fatores mas que somada suas influências, menores, em
cada um dos fatores, passaram a ser importantes. Essa análise também
reforçou e validou os resultados da análise descritiva e fatorial, corroborando
com as indicações que mostram que os agricultores estabelecem suas
estratégia de manejo a partir da lógica interna de funcionamento da unidade
produtiva e finalmente possibilitou a hierarquização dos condicionantes,
conferindo peso aos mesmos.
90
5. CONSIDERAÇÃO GERAL
É necessário aprimorar a metodologia adotando procedimento mais
sistemático e participativo de classificação dos condicionantes identificados,
para que possam ser estudados com profundidade de modo que seja
possível auxiliar os agricultores no estabelecimento de estratégias de
produção adequadas.
91
6. CONCLUSÕES
Os agricultores estudados estabelecem suas estratégia de manejo a
partir da lógica interna de funcionamento da unidade produtiva.
A análise de componentes principais identificou os condicionantes
mais importantes em termos da variabilidade dos dados, reduziu o número
de variáveis e validou os resultados da análise descritiva.
A análise do peso das variáveis reforçou e validou os resultados da
análise descritiva e fatorial e possibilitou a hierarquização dos
condicionantes, conferindo peso aos mesmos.
92
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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96
ANEXO 1 TABELA 23. Matriz de dados para o estudo dos condicionantes das opções
técnicas das UPs da região de Morraria, Cáceres-MT
Código das UPs Código dos condicionantes S003 S009 S006 S001 N011 N008 N010 N001
1 1 1 0 1 1 1 1 1 2 1 0 0 1 1 0 0 0 3 0 0 0 1 1 0 1 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 1 0 0 6 0 0 0 0 0 1 0 0 7 0 0 0 0 0 1 0 0 8 0 0 0 0 0 1 0 0 9 0 0 0 0 0 1 0 0 10 1 0 0 1 0 0 1 1 11 0 1 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 1 0 0 1 1 13 0 0 0 0 0 0 1 0 14 0 1 0 0 0 0 0 0 15 1 0 0 1 0 0 0 0 16 1 1 0 1 1 1 0 0 17 0 0 0 1 0 0 0 0 18 0 0 0 0 1 0 0 0 19 0 0 0 0 1 0 0 1 20 0 0 0 0 0 1 0 0 21 0 0 0 0 0 1 0 0 22 0 0 0 0 0 0 1 0 23 0 0 1 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 0 0 0 1 25 0 0 0 0 0 0 0 1 26 1 0 0 0 0 0 0 0 27 1 1 0 1 1 1 1 1 28 0 0 1 0 0 0 0 0 29 0 1 0 1 1 0 1 1 30 0 0 0 0 0 0 0 1 31 0 0 1 0 0 0 1 1 32 0 0 0 0 1 0 0 0 33 1 1 0 1 0 1 1 1 34 0 0 1 0 0 0 0 0 35 0 0 1 0 0 0 0 0 36 0 0 1 0 0 0 0 0 37 0 0 1 0 0 0 0 0 38 1 0 1 0 0 0 0 0
97
Tabela 23, continuação.... Código das UPs Código dos
condicionantes S003 S009 S006 S001 N011 N008 N010 N001 39 0 0 1 0 0 0 0 0 40 1 0 1 0 0 0 0 0 41 0 0 0 1 0 0 0 1 42 0 0 0 1 0 0 0 0 43 0 0 0 0 0 0 0 1 44 0 0 0 0 0 0 0 1 45 0 1 0 0 0 0 0 0 46 0 0 0 0 0 0 0 1 47 0 0 0 0 0 0 0 1 48 1 0 0 0 0 0 0 0 49 1 0 1 1 0 0 0 0 50 0 1 0 1 1 0 1 1 51 0 1 0 1 1 0 1 1 52 0 1 0 1 1 0 1 1 53 0 1 1 0 0 0 0 0 54 0 0 1 0 0 0 0 0 55 0 0 1 0 0 0 0 0 56 0 0 0 0 0 0 0 1 57 0 1 0 1 0 0 0 1 58 0 0 0 0 0 0 0 1 59 0 1 0 0 0 0 0 0 60 0 0 1 1 0 0 0 1 61 0 1 0 0 0 0 0 0 62 0 1 0 0 0 0 0 0 63 0 1 0 0 0 0 0 0 64 0 1 1 1 0 0 0 1 65 0 0 1 0 0 0 0 0 66 0 0 1 0 0 0 0 0 67 0 0 1 0 0 0 0 0 68 0 0 0 1 0 0 0 0 69 0 0 0 1 0 0 0 0 70 0 0 0 1 0 0 0 0 71 0 0 1 0 0 0 0 0 72 0 0 0 0 0 0 1 0 73 0 0 0 1 0 0 0 0 74 0 0 0 1 0 0 0 0 75 0 0 0 0 0 0 1 0 76 0 0 1 0 0 0 0 0 77 0 0 0 1 0 0 0 0 78 0 0 0 0 0 0 1 0 79 0 0 0 1 0 0 0 0 80 0 0 0 0 0 0 0 1 81 0 0 0 0 0 0 0 1
98
Tabela 23, continuação.... Código das UPs Código dos
condicionantes S003 S009 S006 S001 N011 N008 N010 N001 82 0 0 0 0 0 0 0 1 83 0 0 0 1 0 0 0 1 84 0 0 1 0 0 0 1 1 85 0 1 0 1 0 0 0 0 86 0 1 1 1 0 0 0 1 87 0 0 0 0 0 0 1 0 88 1 1 1 1 1 0 1 0 89 0 1 0 0 1 0 1 1 90 0 0 0 0 1 0 0 0 91 0 1 0 0 0 0 0 0 92 0 1 0 0 0 0 0 0 93 0 0 0 1 0 0 0 0 94 0 0 0 0 0 0 1 1 95 0 0 0 0 0 0 1 1 96 0 0 0 1 0 0 0 0 97 0 0 0 1 0 0 0 0 98 0 1 0 0 0 0 0 0 99 0 0 1 0 0 0 0 0
100 0 0 0 0 0 0 1 1 101 0 1 0 0 1 0 1 1 102 0 0 0 0 0 0 1 0 103 0 0 1 0 0 0 1 1 104 0 0 0 0 0 0 1 1 105 0 1 1 1 0 0 1 1 106 1 1 1 0 0 0 0 0 107 0 0 0 0 0 0 0 1 108 0 0 0 0 0 0 0 1 109 0 0 0 0 0 0 1 0 110 1 1 1 0 0 0 0 0 111 1 0 0 1 1 0 1 1 112 1 0 1 1 0 0 0 0 113 0 1 0 0 0 0 0 0 114 1 0 0 0 0 0 0 0 115 0 0 0 1 1 0 0 0 116 0 0 0 1 0 0 0 0 117 0 0 0 1 1 0 0 0 118 0 0 0 1 1 0 0 0 119 0 1 0 1 0 0 1 1 120 0 0 1 0 0 0 0 0 121 0 0 0 1 1 0 0 0 122 0 0 1 0 0 0 0 0 123 1 0 0 0 0 0 0 0 124 0 1 0 0 1 0 1 1
99
Tabela 23, continuação.... Código das UPs Código dos
condicionantes S003 S009 S006 S001 N011 N008 N010 N001 125 1 0 0 0 0 0 0 0 126 1 1 1 1 1 0 0 1 127 0 0 1 1 0 0 1 0 128 0 0 1 0 0 0 0 0 129 0 0 0 1 0 0 0 0 130 1 0 0 0 0 0 0 0 131 1 0 0 0 0 0 0 0 132 1 0 0 0 0 0 0 0 133 1 0 0 0 0 0 0 0 134 1 0 0 0 0 0 0 0 135 1 0 0 0 0 0 0 0 136 0 1 0 1 1 0 0 1 137 0 0 0 0 0 0 0 1 138 0 0 0 0 0 0 0 1 139 0 0 0 0 1 0 0 1 140 0 0 0 1 0 0 0 0 141 0 1 0 0 0 0 0 0 142 0 0 0 1 0 0 0 0 143 0 0 0 0 0 0 0 1 144 0 0 0 0 1 0 0 0 145 0 1 0 0 0 0 0 0 146 0 1 0 0 1 0 0 1 147 0 0 0 1 0 0 0 0 148 0 1 0 0 1 0 0 1 149 0 1 0 0 1 0 0 1 150 0 0 0 0 0 0 0 1 151 0 0 0 1 1 0 0 1 152 0 0 0 0 1 0 0 0 153 0 0 0 0 1 0 0 0 154 0 0 0 0 1 0 0 0 155 0 0 0 0 1 0 0 0 156 0 0 0 0 1 0 0 0 157 0 0 0 1 0 0 0 0 158 0 0 0 1 0 0 0 0 159 0 0 0 1 0 0 0 0 160 0 0 0 1 0 0 0 0 161 0 0 0 1 0 0 0 0 162 0 0 0 1 0 0 0 0 163 0 0 0 1 0 0 0 0 164 0 0 0 0 1 0 0 0 165 0 0 0 1 1 0 0 0 166 0 1 0 0 0 0 0 0 167 0 1 0 0 0 0 0 0
100
Tabela 23, continuação.... Código das UPs Código dos
condicionantes S003 S009 S006 S001 N011 N008 N010 N001 168 0 1 0 0 0 0 0 0 169 0 1 0 0 0 0 0 0 170 0 1 0 0 0 0 0 0 171 0 1 0 0 0 0 0 0 172 1 0 0 0 0 0 0 0 173 1 0 0 0 0 0 0 0 174 1 0 0 0 0 0 0 0 175 1 0 0 0 0 0 0 0 176 1 0 0 0 0 0 0 0 177 1 0 0 0 0 0 0 0 178 1 0 0 0 0 0 0 0 179 0 0 0 0 1 0 0 0 180 0 0 0 0 1 0 0 0 181 0 0 0 0 1 0 0 0 182 0 0 0 0 1 0 0 0 183 0 0 0 0 1 0 0 0 184 0 0 0 0 1 0 0 0 185 0 0 0 0 1 0 0 0 186 0 0 0 0 1 0 0 0 187 1 1 1 1 1 0 1 1 188 0 1 1 0 0 0 0 0 189 0 1 1 0 0 0 0 0 190 0 0 0 1 0 0 0 0 191 0 0 1 0 0 0 0 0 192 0 0 0 0 0 0 0 1 193 0 1 0 0 0 0 0 0 194 0 0 0 0 0 0 1 0 195 0 0 0 0 1 0 0 0 196 1 0 0 0 0 0 0 0 197 1 0 0 0 0 0 0 0 198 1 0 0 0 0 0 0 0 199 0 0 0 1 1 0 0 0 200 1 1 0 0 0 0 0 0 201 1 1 0 1 0 0 1 1 202 0 0 1 0 0 0 0 0 203 1 1 1 1 1 0 1 1 204 1 1 1 1 1 0 1 1 205 1 1 1 1 1 0 1 1 206 0 0 0 0 1 0 0 0 207 0 0 0 0 0 0 0 1 208 0 0 0 0 0 0 0 1 209 0 0 0 0 0 0 1 1 210 0 0 0 0 0 0 1 1
101
Tabela 23, continuação.... Código das UPs Código dos
condicionantes S003 S009 S006 S001 N011 N008 N010 N001 211 0 0 0 0 0 0 0 1 212 0 0 0 0 0 0 1 1 213 0 0 0 0 0 0 1 0 214 0 0 0 0 0 0 1 1 215 0 0 0 0 0 0 0 1
102
ANEXO 2 TABELA 24. Matriz de dados da classificação dos condicionantes das
opções técnicas das UPs da região de Morraria, Cáceres-MT
Filtros
Cód
igo
dos
cond
icio
nant
es
Inte
rno/
exte
rno
Dis
poni
bilid
ade
finan
ceira
Faci
lidad
e de
tra
balh
o
Tem
po d
e ex
ecuç
ão
Mão
-de-
obra
Ren
dim
ento
da
prod
ução
Pos
sibi
lidad
e té
cnic
a
Tem
po d
e pr
oduç
ão
Tem
po d
e ar
maz
enam
ento
1 1 2 2 2 2 2 1 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 3 1 2 2 1 2 2 2 2 2 4 1 2 1 2 2 2 1 2 2 5 1 2 2 1 2 2 2 2 2 6 1 2 2 2 1 2 2 2 2 7 1 2 2 2 2 1 2 2 2 8 1 2 1 1 2 2 2 2 2 9 1 2 2 1 2 2 2 2 2
10 2 1 2 2 2 2 2 2 2 11 1 2 1 2 2 2 1 2 2 12 1 2 2 1 2 2 2 2 2 13 1 2 1 2 2 2 1 2 2 14 1 2 1 2 2 2 2 2 2 15 1 1 2 2 2 2 2 2 2 16 1 1 2 2 2 2 2 2 2 17 1 1 2 2 2 2 2 2 2 18 1 2 2 1 2 2 2 2 2 19 1 2 1 2 2 2 1 2 2 20 1 2 2 2 2 1 2 2 2 21 1 2 1 2 2 2 1 2 2 22 1 2 1 2 2 2 1 2 2 23 1 2 1 2 2 2 1 2 2 24 1 2 2 2 2 1 2 2 2 25 1 2 2 2 1 2 2 2 2 26 1 2 2 1 2 2 2 2 2 27 2 1 2 2 2 2 2 2 2 28 2 1 2 2 2 2 2 2 2 29 1 2 2 2 2 2 1 2 2 30 1 2 2 2 2 2 1 2 2 31 1 2 2 2 2 2 1 2 2 32 1 2 2 2 2 2 1 2 2 33 1 2 2 2 2 2 1 2 2 34 1 2 2 2 2 2 1 2 2 35 2 1 2 2 2 2 2 2 2
103
Tabela 24, continuação....
Filtros
Cód
igo
dos
cond
icio
nant
es
Inte
rno/
exte
rno
Dis
poni
bilid
ade
finan
ceira
Faci
lidad
e de
tra
balh
o
Tem
po d
e ex
ecuç
ão
Mão
-de-
obra
Ren
dim
ento
da
prod
ução
Pos
sibi
lidad
e té
cnic
a
Tem
po d
e pr
oduç
ão
Tem
po d
e ar
maz
enam
ento
36 2 2 2 2 2 2 1 2 2 37 1 2 2 2 2 1 2 2 2 38 1 2 1 2 2 2 1 2 2 39 1 2 1 2 2 2 2 2 2 40 1 2 2 2 2 2 1 2 2 41 1 2 2 2 2 1 2 2 2 42 1 2 2 2 2 1 2 2 2 43 1 2 2 2 2 1 2 2 2 44 1 2 2 2 2 1 2 2 2 45 2 1 2 2 2 2 2 2 2 46 1 2 2 2 2 2 1 2 2 47 1 2 2 2 2 2 1 2 2 48 1 2 2 2 2 2 1 2 2 49 1 2 2 2 2 1 1 2 2 50 1 2 2 2 2 2 1 2 2 51 1 2 2 2 2 2 2 1 2 52 1 2 2 2 2 1 2 2 2 53 1 2 1 2 2 2 2 2 2 54 1 2 1 2 2 2 2 2 2 55 1 2 2 2 2 2 1 2 2 56 1 2 2 2 2 2 1 2 2 57 1 2 2 2 2 2 1 2 2 58 1 2 2 2 2 1 2 2 2 59 2 2 2 2 2 2 1 2 2 60 1 2 2 2 2 2 1 2 2 61 2 1 2 2 2 2 2 2 2 62 1 2 2 2 2 2 1 2 2 63 1 2 2 2 2 1 2 2 2 64 1 2 2 2 2 1 2 2 2 65 1 2 2 2 2 1 2 2 2 66 2 2 2 2 2 2 1 2 2 67 1 2 2 2 2 2 2 2 1 68 1 2 1 1 2 2 2 2 2 69 1 2 2 1 2 2 2 2 2 70 1 2 2 2 2 2 1 2 2 71 1 2 2 2 2 1 2 2 2 72 1 2 2 2 2 2 2 1 2 73 1 2 2 2 2 2 1 2 2 74 1 2 2 2 2 2 1 2 2
104
Tabela 24, continuação.... Filtros
Cód
igo
dos
cond
icio
nant
es
Inte
rno/
exte
rno
Dis
poni
bilid
ade
finan
ceira
Faci
lidad
e de
tra
balh
o
Tem
po d
e ex
ecuç
ão
Mão
-de-
obra
Ren
dim
ento
da
prod
ução
Pos
sibi
lidad
e té
cnic
a
Tem
po d
e pr
oduç
ão
Tem
po d
e ar
maz
enam
ento
75 1 2 2 2 2 2 2 1 2 76 1 2 2 2 2 2 1 2 2 77 1 2 2 2 2 2 1 2 2 78 1 2 2 2 2 2 2 1 2 79 1 2 2 2 2 1 2 2 2 80 1 2 2 2 2 1 2 2 2 81 1 2 2 2 2 1 2 2 2 82 1 2 2 2 2 1 2 2 2 83 1 2 2 2 2 1 2 2 2 84 1 2 2 2 2 2 1 2 2 85 2 2 2 2 2 2 1 2 2 86 1 2 2 2 2 1 2 2 2 87 1 2 2 2 2 1 2 2 2 88 1 2 2 2 2 2 1 2 2 89 1 2 2 1 2 2 2 2 2 90 1 2 2 2 2 2 1 2 2 91 1 2 2 2 2 2 1 2 2 92 1 2 2 2 2 2 1 2 2 93 1 2 2 2 2 2 1 2 2 94 1 2 2 2 2 2 1 2 2 95 1 2 2 2 2 2 1 2 2 96 1 2 2 2 2 1 2 2 2 97 1 2 2 2 2 1 2 2 2 98 1 2 2 2 2 1 2 2 2 99 2 2 2 2 2 2 1 2 2 100 1 2 2 2 2 2 1 2 2 101 1 2 2 2 2 1 2 2 2 102 1 2 2 2 2 2 1 2 2 103 1 2 2 1 2 2 2 2 2 104 1 2 2 2 1 2 2 2 2 105 1 2 2 2 1 2 2 2 2 106 1 2 2 1 2 2 2 2 2 107 1 2 2 2 2 2 1 2 2 108 1 2 2 2 2 2 1 2 2 109 1 2 2 2 2 2 1 2 2 110 1 2 2 2 2 1 2 2 2 111 1 2 2 2 2 2 1 2 2 112 1 2 2 2 2 2 1 2 2 113 1 2 2 2 2 1 2 2 2 114 1 2 1 2 2 2 2 2 2
105
Tabela 24, continuação.... Filtros
Cód
igo
dos
cond
icio
nant
es
Inte
rno/
exte
rno
Dis
poni
bilid
ade
finan
ceira
Faci
lidad
e de
tra
balh
o
Tem
po d
e ex
ecuç
ão
Mão
-de-
obra
Ren
dim
ento
da
prod
ução
Pos
sibi
lidad
e té
cnic
a
Tem
po d
e pr
oduç
ão
Tem
po d
e ar
maz
enam
ento
115 1 2 2 2 2 1 2 2 2 116 1 2 2 2 2 1 2 2 2 117 1 2 2 2 2 1 2 2 2 118 1 2 2 2 2 1 2 2 2 119 1 2 2 2 2 2 1 2 2 120 1 2 2 2 2 2 1 2 2 121 1 2 2 2 2 2 1 2 2 122 1 2 2 2 2 2 1 2 2 123 2 1 2 2 2 2 2 2 2 124 1 2 2 2 2 1 2 2 2 125 1 2 2 2 2 1 2 2 2 126 1 2 2 2 2 2 1 2 2 127 1 2 2 2 1 2 2 2 2 128 1 2 2 2 2 1 2 2 2 129 1 2 2 2 2 2 1 2 2 130 1 2 2 2 2 2 1 2 2 131 1 2 2 2 2 2 1 2 2 132 2 2 2 2 2 2 1 2 2 133 1 2 2 2 2 1 2 2 2 134 1 2 1 2 2 2 1 2 2 135 1 2 2 2 2 2 1 2 2 136 1 2 1 1 2 2 2 2 2 137 1 2 2 2 2 2 1 2 2 138 1 2 2 2 2 2 1 2 2 139 1 2 2 2 2 2 1 2 2 140 1 2 2 2 2 2 1 2 2 141 1 2 2 2 2 2 1 2 2 142 1 2 2 2 2 2 1 2 2 143 1 2 2 2 2 2 1 2 2 144 1 2 2 2 2 2 1 2 2 145 1 2 2 2 2 2 1 2 2 146 1 2 2 2 2 2 1 2 2 147 2 2 2 2 2 2 1 2 2 148 1 2 2 2 2 2 1 2 2 149 1 2 2 2 2 2 1 2 2 150 1 2 2 2 2 1 2 2 2 151 1 2 2 2 2 1 2 2 2 152 1 2 1 2 2 2 1 2 2 153 1 2 2 2 2 2 1 2 2 154 1 2 2 2 2 2 1 2 2
106
Tabela 24, continuação.... Filtros
Cód
igo
dos
cond
icio
nant
es
Inte
rno/
exte
rno
Dis
poni
bilid
ade
finan
ceira
Faci
lidad
e de
tra
balh
o
Tem
po d
e ex
ecuç
ão
Mão
-de-
obra
Ren
dim
ento
da
prod
ução
Pos
sibi
lidad
e té
cnic
a
Tem
po d
e pr
oduç
ão
Tem
po d
e ar
maz
enam
ento
155 1 2 2 2 2 2 1 2 2 156 1 2 2 2 2 2 1 2 2 157 1 2 1 2 2 2 1 2 2 158 1 2 2 2 2 2 1 2 2 159 1 2 2 2 2 2 1 2 2 160 1 2 1 1 2 2 2 2 2 161 1 2 2 2 2 2 2 1 2 162 1 2 2 2 2 2 2 1 2 163 1 2 2 2 2 2 1 2 2 164 1 2 2 2 2 2 1 2 2 165 1 2 2 2 2 2 1 2 2 166 1 2 2 2 2 1 2 2 2 167 1 2 2 2 2 1 2 2 2 168 1 2 2 2 2 2 1 2 2 169 1 2 2 2 2 1 2 2 2 170 1 2 2 2 2 1 2 2 2 171 1 2 2 2 2 2 1 2 2 172 1 2 1 2 2 2 1 2 2 173 1 2 1 2 2 2 2 2 2 174 1 2 1 2 2 2 2 2 2 175 1 2 2 2 2 2 1 2 2 176 1 2 2 2 2 1 2 2 2 177 1 2 2 2 2 1 2 2 2 178 1 2 2 2 2 2 1 2 2 179 1 2 1 2 2 2 1 2 2 180 1 2 2 2 2 2 1 2 2 181 1 2 2 2 2 2 1 2 2 182 1 2 2 2 2 2 1 2 2 183 1 2 2 2 2 1 2 2 2 184 1 2 2 2 2 2 1 2 2 185 1 2 2 2 2 2 1 2 2 186 1 2 2 2 2 2 1 2 2 187 1 2 1 1 2 2 2 2 2 188 1 2 2 2 2 2 1 2 2 189 1 2 2 2 2 2 1 2 2 190 1 2 2 2 2 2 1 2 2 191 1 2 2 2 2 2 1 2 2 192 1 2 2 2 2 2 1 2 2 193 1 2 2 2 2 2 1 2 2 194 1 2 2 2 2 2 1 2 2
107
Tabela 24, continuação.... Filtros
Cód
igo
dos
cond
icio
nant
es
Inte
rno/
exte
rno
Dis
poni
bilid
ade
finan
ceira
Faci
lidad
e de
tra
balh
o
Tem
po d
e ex
ecuç
ão
Mão
-de-
obra
Ren
dim
ento
da
prod
ução
Pos
sibi
lidad
e té
cnic
a
Tem
po d
e pr
oduç
ão
Tem
po d
e ar
maz
enam
ento
195 1 2 2 2 2 2 1 2 2 196 1 2 2 2 2 2 1 2 2 197 2 2 2 2 2 2 1 2 2 198 2 2 2 2 2 2 1 2 2 199 2 2 2 2 2 2 1 2 2 200 1 2 2 2 2 1 2 2 2 201 1 2 2 2 2 1 2 2 2 202 1 2 2 2 2 1 2 2 2 203 1 2 1 2 2 2 2 2 2 204 1 2 1 2 2 2 2 2 2 205 1 2 2 2 2 1 2 2 2 206 1 2 2 2 2 1 2 2 2 207 1 2 2 2 2 2 2 2 1 208 1 2 2 2 2 2 2 2 1 209 1 2 2 2 2 2 1 2 2 210 2 2 2 2 2 2 1 2 2 211 2 2 2 2 2 2 1 2 2 212 2 2 2 2 2 2 1 2 2 213 1 2 2 2 2 1 2 2 2 214 2 2 2 2 2 2 1 2 2 215 2 2 2 2 2 2 1 2 2
108
ANEXO 3
109
TABELA 25. Condicionantes que apresentaram correlação maior ou igual a 0,65 com o fator 1 da análise fatorial pelo método de componentes principais, ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica
29 Abertura de área aceiro foice ausência de capim rasteiro, melhor alternativa 0,81
50 Colheita de mandioca arranque da planta manual não conhece outra alternativa 0,81
30 Abertura de área aceiro enxada presença de capim rasteiro, melhor alternativa 0,72
46 Plantio de mandioca pré-tratamento das manivas (antes do plantio)
deixa os pedaços cortados c/ 3 a 4 olhos de um dia p/ o outro
para sair o leite nas pontas que ajuda no desenvolvimento das raízes, melhor alternativa
0,72
47 Plantio de mandioca fechamento das covas sapateia nas covas durante o plantio
para sair o ar, evita o apodrecimento das ramas, melhor alternativa 0,72
56 Plantio de abóbora escolha do espaçamento 4 x 4 metros cultivo solteiro permite maior densidade 0,72 107 Plantio de milho abertura das covas matraca melhor alternativa na terra gradeada 0,72
108 Plantio de milho abertura das covas enxadão melhor alternativa nas áreas de roça de toco 0,72
137 Plantio de cana definição da densidade 2 pedaços/cova melhor alternativa 0,72 138 Plantio de cana definição do tamanho da cova 0,50 a 0,60 x 0,25 metro melhor alternativa 0,72 143 Plantio de cana escolha do espaçamento 2 x 2 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 0,72 192 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,50 x 0,30 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,72 94 Plantio de arroz escolha do espaçamento 0,60 x 0,60 metro cultivar que perfilha 0,71 95 Plantio de arroz escolha do espaçamento 0,45 x 0,30 metro cultivar que não perfilha 0,71 100 Plantio de arroz aquisição das sementes próprias selecionada da safra passada 0,71 209 plantio de mamona abertura das covas enxadão maior controle de nº de semente/cova 0,71 119 Plantio de milho aquisição das sementes própria selecionada da safra passada 0,68 19 Abertura de área derrubada trator de esteira facilitando a queima 0,67 139 Plantio de cana definição do tamanho do propágulo pedaço de 2 a 3 nós melhor alternativa 0,67 38 Plantio de mandioca abertura das covas enxada melhor alternativa e facilita o trabalho -0,75
40 Plantio de mandioca definição da densidade 1 estaca com 15 cm de comprimento/cova tem de 3 a 4 olhos, melhor alternativa -0,75
110
Tabela 25, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção
52 destino da produção de mandioca escolha da variedade p/ comércio cultivar de ciclo longo proporciona maior rendimento na
produção 0,81
24 Abertura de área derrubada trator de esteira permite o uso de grade, o que torna a terra mais fértil 0,72
43 Plantio de mandioca escolha da época lua nova proporciona menor rendimento na produção 0,72
44 Plantio de mandioca escolha da época lua cheia proporciona menor rendimento na produção 0,72
58 Plantio de abóbora escolha da época na 1ª lua cheia de agosto proporciona maior rendimento na produção 0,72
80 Plantio de banana escolha da época lua crescente proporciona menor rendimento na produção 0,72
81 Plantio de banana escolha da época lua cheia proporciona menor rendimento na produção 0,72
82 Plantio de banana escolha da época lua minguante proporciona maior rendimento na produção 0,72
150 destino da produção de cana tratar o gado a partir de 6 meses de ciclo as canas são duras e tem menor
rendimento de produção 0,72
151 destino da produção de cana produção de melado e rapadura a partir de 18 meses de ciclo tem maior rendimento na produção 0,71
41 Plantio de mandioca escolha da época lua minguante proporcina maior rendimento na produção 0,68
83 Plantio de banana escolha da época lua nova proporciona menor rendimento na produção 0,68
101 tratos culturais de arroz controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 0,67
124 tratos culturais de milho controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 0,67
110 Plantio de milho definição da densidade 3 a 4 sementes/cova proporciona maior rendimento na produção -0,72
111
Tabela 25, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação
Condicionantes internos relacionado ao tempo de execução
3 Abertura de área derrubada machado rende menos o serviço em relação a moto-serra 0,82
12 Abertura de área derrubada moto-serra rende mais do que o machado e a qualidade é a mesma 0,74
89 Plantio de arroz abertura das covas matraca rapidez 0,67 136 Plantio de cana abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 0,65 106 Plantio de milho abertura das covas matraca rapidez -0,72
Condicionantes internos relacionado a facilidade de trabalho
19 Abertura de área derrubada trator de esteira forma os montes de tocos e galhos, facilitando a queima 0,67
136 Plantio de cana abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 0,65 38 Plantio de mandioca abertura das covas enxada melhor alternativa -0,75
Condicionantes internos relacionado a demanda de mão-de-obra 25 Abertura de área derrubada trator de esteira utiliza menos mão-de-obra 0,72 104 armazenamento de arroz no paiol armazenamento em sacos falta de mão-de-obra 0,71
Condicionantes internos relacionado ao tempo de armazenamento 207 armazenamento de feijão ensacar os grãos no paiol menor tempo de armazenamento 0,72 208 armazenamento de feijão ensacar os grãos enterrado na areia maior tempo de armazenamento 0,72
Condicionantes internos relacionado ao tempo de produção
51 destino da produção de mandioca
escolha da variedade p/ autoconsumo Cultivar de ciclo curto produção rápida 0,81
Condicionantes externos relacionado a possibilidade técnica 211 plantio de mamona escolha do espaçamento 4 x 1 metro a rua do milho já estava pronta 0,72 215 colheita de mamona quebra os cachos Manual recomendação do técnico da empresa 0,72 210 plantio de mamona escolha do espaçamento 3 x 1 metro recomendação do técnico da empresa 0,71
212 plantio de mamona aquisição das sementes fornecida pela empresa ADEQUIM (parceira) melhor possibilidade técnica conhecida 0,71
214 tratos culturais de mamona adubação de cova torta de mamona recomendação do técnico da empresa 0,71
112
AN
EXO 4
113
TABELA 26. Condicionantes que apresentaram correlação maior ou igual a 0,65 com o fator 2 da análise fatorial pelo método de
componentes principais, ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica
121 Plantio de milho aquisição das sementes adquirida no vizinho não ter semente selecionada da safra passada 0,87 165 Colheita de batata-doce arranque da batata manual não conhece outra alternativa 0,87 70 Plantio de banana escolha do espaçamento 3 x 3 metros solos menos férteis 0,85 73 Plantio de banana escolha do espaçamento 4,2 x 4,2 metros solos mais férteis, a planta cresce mais 0,85 74 Plantio de banana definição do tamanho da cova 0,20 x 0,20 x 0,50 metro quando usa cavadeira 0,85 77 Plantio de banana definição do tamanho da cova 0,20 x 0,25 x 0,50 metro quando usa enxadão 0,85 93 Plantio de arroz escolha do espaçamento 1 x 0,25 metro cultivar que perfilha muito 0,85 129 Colheita de milho quebra direto manual plantio em consórcio c/ mandioca 0,85 140 Plantio de cana definição do tamanho do propágulo pedaço de 0,30 metro melhor alternativa 0,85 142 Plantio de cana escolha do espaçamento 1 x 1 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 0,85 157 plantio de cará abertura das covas enxadão facilita o trabalho, melhor alternativa 0,85 158 plantio de cará escolha do espaçamento ao redor do bacuri usa o bacuri como suporte, melhor alternativa 0,85 159 colheita de cará arranque do cará manual única alternativa possível 0,85
163 Plantio de batata-doce escolha do espaçamento aleatório aproveita os espaços vazio da roça, melhor alternativa 0,85
190 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,50 x 0,25 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,85
114
Tabela 26, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção 115 Plantio de milho escolha da época lua crescente proporciona maior rendimento na produção 0,87 117 Plantio de milho escolha da época lua cheia proporciona menor rendimento na produção 0,87 118 Plantio de milho escolha da época lua minguante proporciona menor rendimento na produção 0,87 42 Plantio de mandioca escolha da época lua crescente proporciona menor rendimento na produção 0,85 79 Plantio de banana escolha da época lua crescente proporciona maior rendimento na produção 0,85 96 Plantio de arroz escolha da época lua crescente maior rendimento na produção 0,85 97 Plantio de arroz escolha da época lua nova menor rendimento na produção 0,85 116 Plantio de milho escolha da época lua nova proporciona menor rendimento na produção 0,85
Condicionantes internos relacionado ao tempo de execução 68 Plantio de banana abertura das covas cavadeira mais fácil e rende mais o serviço 0,85 69 Plantio de banana abertura das covas enxadão rende menos o serviço 0,85 160 Plantio de batata-doce abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 0,85
Condicionantes internos relacionado a facilidade de trabalho 68 Plantio de banana abertura das covas cavadeira mais fácil e rende mais o serviço 0,85 157 plantio de cará abertura das covas enxadão facilita o trabalho, melhor alternativa 0,85 160 Plantio de batata-doce abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 0,85
Condicionantes internos relacionado a disponibilidade financeira 17 Abertura de área derrubada trator de esteira o custo é muito caro 0,85 2 Abertura de área derrubada machado menor custo em relação ao uso de moto-serra ou do trator 0,78 15 Abertura de área derrubada moto-serra custo da empreita é caro em relação ao uso do machado 0,66
Condicionantes internos relacionado ao tempo de produção 161 Plantio de batata-doce escolha do tipo de propágulo rama tempo de produção (longo) 0,85 162 Plantio de batata-doce escolha do tipo de propágulo batata produção rápida 0,85
Condicionantes externos relacionado a possibilidade técnica 199 plantio de feijão aquisição das sementes compra melhor possibilidade técnica conhecida 0,87 147 Plantio de cana aquisição dos propágulos pedaços adquirido no vizinho não ter canavial ou quando tem poucas mudas 0,85
115
AN
EXO 5
116
TABELA 27. Condicionantes que apresentaram correlação maior ou igual a 0,65 com o fator 3 da análise fatorial pelo método de
componentes principais, ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica
60 Plantio de abóbora aquisição das sementes própria selecionada da safra passada 0,75 32 Abertura de área controle de plantas daninhas enxadão presença de tocos finos, melhor alternativa -0,68 90 Plantio de arroz abertura das covas enxada controle de sementes por cova -0,68 144 Plantio de cana escolha do espaçamento 1,5 x 1,5 metro plantio em consórcio, melhor alternativa -0,68 152 Plantio de mamão abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa -0,68 153 Plantio de mamão definição da densidade 3 a 4 sementes/cova melhor alternativa -0,68 154 Plantio de mamão escolha do espaçamento 2 x 3 metros melhor alternativa -0,68 155 Plantio de mamão aquisição das sementes própria selecionada da safra passada -0,68 156 Colheita de mamão arranque do fruto manual única alternativa possível -0,68 164 Plantio de batata-doce escolha do espaçamento 20 x 20 metros plantio em consórcio -0,68 179 plantio de gergelim abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa (cova rasa) -0,68 180 plantio de gergelim escolha do espaçamento 1 x 1 metro melhor possibilidade técnica conhecida -0,68 181 plantio de gergelim definição da densidade 6 a 8 sementes/cova melhor possibilidade técnica conhecida -0,68 182 plantio de gergelim aquisição das sementes própria seleciona da safra passada -0,68 184 colheita de gergelim retirada da planta manual única alternativa possível -0,68 185 colheita de gergelim enfeixa manual única alternativa possível -0,68 186 colheita de gergelim sacode os feixes manual única alternativa possível -0,68 195 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,40 x 0,40 metro melhor possibilidade técnica conhecida -0,68
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção 183 tratos culturais de gergelim controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção -0,68 206 colheita de feijão época lua minguante proporciona maior rendimento na produção -0,68
Condicionantes internos relacionado a facilidade de trabalho 152 Plantio de mamão abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa -0,68 179 plantio de gergelim abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa (cova rasa) -0,68
Condicionantes internos relacionado ao tempo de execução 18 Abertura de área derrubada trator de esteira ganha tempo em relação ao machado ou moto-serra -0,68
117
AN
EXO 6
118
TABELA 28. Condicionantes que apresentaram correlação maior ou igual a 0,65 com o fator 4 da análise fatorial pelo método de
componentes principais, ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica
4 Abertura de área derrubada machado facilita direcionar p/ que lado cai a árvore, facilitando a queima 0,77
11 Abertura de área derrubada moto-serra dificulta direcionar p/ que lado cai a árvore, dificultando a queima 0,77
62 tratos culturais de abóbora controle de plantas daninhas capina manual (enxada) limpeza da área para plantio de milho 0,77 91 Plantio de arroz abertura das covas enxadão melhor alternativa nas áreas de roça de toco 0,77 92 Plantio de arroz abertura das covas semeadora área gradeada 0,77
141 Plantio de cana definição do tamanho do propágulo pedaço de 0,40 metro melhor alternativa 0,77
145 Plantio de cana escolha do espaçamento 1 x 0,5 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 0,77 168 plantio de fumo aquisição das sementes própria seleciona da safra passada 0,77 171 colheita de fumo corte das folhas manual única alternativa possível 0,77 193 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,40 x 0,30 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,77 188 plantio de feijão definição da densidade 2 a 4 sementes/cova tipo de equipamento utilizado (matraca) 0,76 189 plantio de feijão definição da densidade 2 a 3 sementes/cova é o ideal mais a matraca não sai sempre igual 0,76
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção
63 tratos culturais de abóbora controle de pragas pulverização de inseticida proporciona maior rendimento na produção 0,77
98 Plantio de arroz escolha da época lua nova maior rendimento na produção 0,77 113 Plantio de milho escolha do espaçamento 1 x 0,80 metro proporciona maior rendimento na produção 0,77
166 plantio de fumo produção de mudas nas leiras quando não tem muita chuva, melhor rendimento na produção 0,77
167 plantio de fumo produção de mudas em girais quando tem muita chuva, melhor rendimento na produção 0,77 169 tratos culturais de fumo Capação manual proporciona maior rendimento da produção 0,77
170 tratos culturais de fumo retirada dos brotos manual proporciona maior rendimento na produção 0,77 64 Colheita de abóbora colhe os frutos manual não conhece outra alternativa 0,76 86 tratos culturais de banana controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 0,76
119
Tabela 28, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação
Condicionantes internos relacionado a facilidade de trabalho
4 Abertura de área derrubada machado facilita direcionar p/ que lado cai a árvore, facilitando a queima 0,77
11 Abertura de área derrubada moto-serra dificulta direcionar p/ que lado cai a árvore, dificultando a queima 0,77
14 Abertura de área derrubada moto-serra mais perigoso do que o machado 0,77 53 Plantio de abóbora abertura das covas enxadão o cabo é curto, dificulta o trabalho 0,76
Condicionantes internos relacionado a demanda de mão-de-obra 105 armazenamento de arroz na roça empilha o arroz utiliza menos mão-de-obra 0,70
Condicionantes externos relacionado a possibilidade técnica 85 Plantio de banana aquisição das mudas mudas adquiridas no vizinho não ter bananal ou quando tem poucas mudas 0,78 59 Plantio de abóbora aquisição das sementes própria não ter variedade nova no mercado 0,77
Condicionantes externos relacionado a disponibilidade financeira 45 Plantio de mandioca aquisição das manivas compra não ter rama 0,77 61 Plantio de abóbora aquisição das sementes adquirida no comércio ter variedade nova no mercado 0,77
120
AN
EXO 7
121
TABELA 29. Condicionantes que apresentaram correlação maior ou igual a 0,65 com o fator 5 da análise fatorial pelo método de
componentes principais, ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica
33 Abertura de área controle de plantas daninhas enxada ausência de tocos finos, melhor alternativa 0,87
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção
201 tratos culturais de feijão controle de pragas pulverizações de inseticida evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 0,76
200 tratos culturais de feijão controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 0,72
122
AN
EXO 8
123
TABELA 30. Condicionantes que apresentaram correlação maior ou igual a 0,65 com o fator 6 da análise fatorial pelo método de
componentes principais, ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica
126 Colheita de milho dobra / quebra manual p/ servir de suporte p/ o feijão 0,94
13 Abertura de área derrubada moto-serra presença de tocos, impossibilita o uso de arado de tração animal -0,69
22 Abertura de área derrubada trator de esteira ausência de tocos, possibilita o uso de arado de tração animal -0,69
102 tratos culturais de arroz controle de doenças simpatia a única alternativa conhecida p/ cotrolar a ferrugem -0,69
109 Plantio de milho abertura das covas enxadão maior controle do n° de sementes por cova -0,69 194 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,50 x 0,50 metro melhor possibilidade técnica conhecida -0,69
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção
87 tratos culturais de banana controle de pragas pinga creolina no caule da planta
evita o ataque de broca, proporciona maior rendimento na produção -0,69
213 tratos culturais de mamona controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção -0,69 Condicionantes internos relacionado a facilidade de trabalho
13 Abertura de área derrubada moto-serra presença de tocos, impossibilita o uso de arado de tração animal -0,69
22 Abertura de área derrubada trator de esteira ausência de tocos, possibilita o uso de arado de tração animal -0,69
Condicionantes internos relacionado ao tempo de produção 72 Plantio de banana escolha do espaçamento 4 x 4 metros garante a produção mais rápida -0,69 75 Plantio de banana definição do tamanho da cova 0,30 x 0,30 x 0,40 metro produz mais tarde, aproximadamente 12 meses -0,69
78 Plantio de banana definição do tamanho da cova 0,30 x 0,30 x 0,30 metro produz mais rápido, aproximadamente 8 meses -0,69
124
AN
EXO 9
125
TABELA 31. Condicionantes que apresentaram correlação maior ou igual a 0,65 com o fator 7 da análise fatorial pelo método de componentes principais, ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT Correlação
Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica 88 Colheita de banana corte do cacho facão não conhece outra alternativa 0,78 21 Abertura de área derrubada trator de esteira ausência de tocos, facilita o plantio -0,79
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção 205 colheita de feijão bate manual proporciona maior rendimento na produção 0,79
7 Abertura de área derrubada moto-serra conserva o adubo da terra em relação ao uso do trator -0,79
20 Abertura de área derrubada trator de esteira tira o adubo da terra em relação ao uso de moto-serra ou machado -0,79
Condicionantes internos relacionado ao tempo de execução 187 plantio de feijão abertura das covas matraca facilita e rende mais o serviço 0,79 5 Abertura de área derrubada moto-serra demora muito em relação ao uso do trator de esteira -0,79
8 Abertura de área derrubada moto-serra presença de tocos dificulta o plantio, demanda maior tempo de execução -0,79
9 Abertura de área derrubada moto-serra rende menos o serviço em relação ao trator de esteira -0,79
Condicionantes internos relacionado a facilidade de trabalho 187 plantio de feijão abertura das covas matraca facilita e rende mais o serviço 0,79 203 colheita de feijão arranque da planta manual facilita formar os manojos (montes de planta) 0,79 204 colheita de feijão forma os manojos manual facilita a separação dos grãos 0,79
8 Abertura de área derrubada moto-serra presença de tocos dificulta o plantio, demanda maior tempo de execução -0,79
21 Abertura de área derrubada trator de esteira ausência de tocos, facilita o plantio -0,79 Condicionantes internos relacionado a demanda de mão-de-obra
6 Abertura de área Derrubada moto-serra gasta muita mão-de-obra em relação ao uso do trator de esteira -0,79
126
ANEXO 10
TABELA 32. Valores dos coeficientes dos escores das variáveis por fator,
dos pesos absolutos (β) e relativos (w) dos condicionantes das
opções técnicas identificados no manejo das roças
Coeficientes dos escores das variáveis por fator Pesos Código 1 2 3 4 5 6 7 β w 1 0,012 0,008 -0,012 -0,007 0,022 -0,009 -0,004 1,0944 0,00522 -0,002 0,02 -0,004 -0,013 0,003 0,018 0,01 0,9556 0,00453 0,019 0,008 0,002 -0,007 -0,008 -0,003 0,019 0,9567 0,00454 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,00435 -0,004 -0,002 -0,002 -0,006 0,001 -0,025 -0,045 0,8717 0,00416 -0,004 -0,002 -0,002 -0,006 0,001 -0,025 -0,045 0,8717 0,00417 -0,004 -0,002 -0,002 -0,006 0,001 -0,025 -0,045 0,8717 0,00418 -0,004 -0,002 -0,002 -0,006 0,001 -0,025 -0,045 0,8717 0,00419 -0,004 -0,002 -0,002 -0,006 0,001 -0,025 -0,045 0,8717 0,004110 0,009 0,004 0,017 -0,01 0,017 0,002 0,021 1,0838 0,005111 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004312 0,017 0,004 0,017 0,001 0,004 -0,009 0,015 0,9616 0,004613 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,004514 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004315 -0,005 0,017 0,011 -0,006 0,017 0,013 0,007 1,0829 0,005116 -0,006 0,017 -0,016 0 0,012 0,003 -0,019 1,0245 0,004917 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003918 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,005119 0,015 -0,003 -0,01 -0,011 -0,012 0,02 -0,005 1,0757 0,005120 -0,004 -0,002 -0,002 -0,006 0,001 -0,025 -0,045 0,8717 0,004121 -0,004 -0,002 -0,002 -0,006 0,001 -0,025 -0,045 0,8717 0,004122 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,004523 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005224 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004925 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004926 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,004827 0,012 0,008 -0,012 -0,007 0,022 -0,009 -0,004 1,0944 0,005228 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005229 0,018 0,006 -0,008 0,01 0 -0,001 0,021 0,9242 0,004430 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004931 0,006 -0,017 0,016 0 -0,012 -0,003 0,019 1,0245 0,004932 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,005133 0,006 0 0,007 0,003 0,03 -0,013 -0,008 0,8749 0,004234 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005235 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005236 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005237 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,0052
127
Tabela 32, continuação.... Coeficientes dos escores das variáveis por fator Pesos Código 1 2 3 4 5 6 7 β w
38 -0,017 -0,006 0,01 -0,007 -0,001 0,02 0,011 1,0139 0,004839 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005240 -0,017 -0,006 0,01 -0,007 -0,001 0,02 0,011 1,0139 0,004841 0,016 0,008 0,016 0,004 0,003 0,014 -0,011 1,0454 0,005042 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003943 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004944 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004945 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004346 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004947 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004948 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,004849 -0,013 0,01 0,018 -0,001 0 0,018 0,009 0,9916 0,004750 0,018 0,006 -0,008 0,01 0 -0,001 0,021 0,9242 0,004451 0,018 0,006 -0,008 0,01 0 -0,001 0,021 0,9242 0,004452 0,018 0,006 -0,008 0,01 0 -0,001 0,021 0,9242 0,004453 -0,01 -0,009 -0,002 0,025 -0,007 0,01 0,005 0,9932 0,004754 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005255 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005256 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004957 0,013 0,005 0,004 0,02 0,011 0,015 -0,008 1,0696 0,005158 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004959 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004360 0,006 0,002 0,023 0,008 -0,012 0,019 -0,007 1,0385 0,004961 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004362 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004363 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004364 0,005 -0,001 0,012 0,025 -0,004 0,021 -0,005 0,9715 0,004665 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005266 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005267 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005268 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003969 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003970 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003971 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005272 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,004573 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003974 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003975 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,004576 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,005277 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003978 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,004579 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003980 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004981 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,004982 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049
128
Tabela 32, continuação.... Coeficientes dos escores das variáveis por fator Pesos Código 1 2 3 4 5 6 7 β w
83 0,016 0,008 0,016 0,004 0,003 0,014 -0,011 1,0454 0,005084 0,006 -0,017 0,016 0 -0,012 -0,003 0,019 1,0245 0,004985 0,002 0,014 -0,001 0,025 0,01 0,003 0,001 0,8430 0,004086 0,005 -0,001 0,012 0,025 -0,004 0,021 -0,005 0,9715 0,004687 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,004588 -0,009 0,01 -0,004 0,007 -0,003 0,005 0,044 0,9800 0,004789 0,015 -0,008 -0,016 0,004 -0,001 -0,001 0,021 0,9497 0,004590 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,005191 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004392 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004393 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003994 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,005095 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,005096 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003997 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,003998 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,004399 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,0052100 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,0050101 0,015 -0,008 -0,016 0,004 -0,001 -0,001 0,021 0,9497 0,0045102 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,0045103 0,006 -0,017 0,016 0 -0,012 -0,003 0,019 1,0245 0,0049104 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,0050105 0,008 -0,004 0,015 0,023 -0,003 0 0,02 1,0026 0,0048106 -0,016 -0,008 -0,001 0,011 0,007 0,021 0,011 1,0400 0,0049107 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049108 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049109 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,0045110 -0,016 -0,008 -0,001 0,011 0,007 0,021 0,011 1,0400 0,0049111 0,012 0,009 0,004 -0,018 0,006 0,008 0,026 1,1034 0,0052112 -0,013 0,01 0,018 -0,001 0 0,018 0,009 0,9916 0,0047113 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043114 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048115 0,006 0,022 -0,006 -0,002 -0,012 0,007 0,004 0,9062 0,0043116 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039117 0,006 0,022 -0,006 -0,002 -0,012 0,007 0,004 0,9062 0,0043118 0,006 0,022 -0,006 -0,002 -0,012 0,007 0,004 0,9062 0,0043119 0,016 0,001 0,006 0,017 0,012 -0,006 0,016 1,0345 0,0049120 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,0052121 0,006 0,022 -0,006 -0,002 -0,012 0,007 0,004 0,9062 0,0043122 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,0052123 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048124 0,015 -0,008 -0,016 0,004 -0,001 -0,001 0,021 0,9497 0,0045125 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048126 0 0,005 -0,001 0,007 -0,002 0,043 0,006 0,7167 0,0034127 -0,002 0,006 0,019 0,008 -0,013 -0,016 0,027 1,1166 0,0053128 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,0052
129
Tabela 32, continuação.... Coeficientes dos escores das variáveis por fator Pesos Código 1 2 3 4 5 6 7 β w
129 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039130 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048131 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048132 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048133 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048134 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048135 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048136 0,015 0,01 -0,009 0,012 -0,001 0,02 -0,004 1,0445 0,0050137 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049138 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049139 0,015 -0,003 -0,01 -0,011 -0,012 0,02 -0,005 1,0757 0,0051140 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039141 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043142 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039143 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049144 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051145 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043146 0,013 -0,005 -0,019 0,007 -0,002 0,021 -0,003 1,0107 0,0048147 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039148 0,013 -0,005 -0,019 0,007 -0,002 0,021 -0,003 1,0107 0,0048149 0,013 -0,005 -0,019 0,007 -0,002 0,021 -0,003 1,0107 0,0048150 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049151 0,016 0,012 0 -0,004 -0,009 0,018 -0,006 0,9515 0,0045152 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051153 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051154 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051155 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051156 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051157 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039158 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039159 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039160 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039161 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039162 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039163 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039164 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051165 0,006 0,022 -0,006 -0,002 -0,012 0,007 0,004 0,9062 0,0043166 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043167 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043168 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043169 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043170 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043171 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043172 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048173 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048174 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048
130
Tabela 32, continuação.... Coeficientes dos escores das variáveis por fator Pesos Código 1 2 3 4 5 6 7 β w
175 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048176 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048177 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048178 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048179 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051180 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051181 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051182 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051183 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051184 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051185 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051186 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051187 0,004 0,002 0,002 0,006 -0,001 0,025 0,045 0,8717 0,0041188 -0,01 -0,009 -0,002 0,025 -0,007 0,01 0,005 0,9932 0,0047189 -0,01 -0,009 -0,002 0,025 -0,007 0,01 0,005 0,9932 0,0047190 0,004 0,022 0,013 0,008 0,002 0 -0,001 0,8295 0,0039191 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,0052192 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049193 -0,001 -0,004 -0,015 0,025 0,012 0,004 0,002 0,9027 0,0043194 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,0045195 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051196 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048197 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048198 -0,011 0 0,002 -0,016 0,02 0,017 0,01 1,0085 0,0048199 0,006 0,022 -0,006 -0,002 -0,012 0,007 0,004 0,9062 0,0043200 -0,009 -0,003 -0,01 0,007 0,025 0,016 0,009 1,0647 0,0051201 0,009 0,001 0,008 0,007 0,026 0,005 0,023 1,0161 0,0048202 -0,012 -0,008 0,012 0,007 -0,022 0,009 0,004 1,0944 0,0052203 0,004 0,002 0,002 0,006 -0,001 0,025 0,045 0,8717 0,0041204 0,004 0,002 0,002 0,006 -0,001 0,025 0,045 0,8717 0,0041205 0,004 0,002 0,002 0,006 -0,001 0,025 0,045 0,8717 0,0041206 0,004 0,007 -0,021 -0,011 -0,018 0,009 0,006 1,0728 0,0051207 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049208 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049209 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,0050210 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,0050211 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049212 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,0050213 0,005 -0,005 0,003 -0,004 0,002 -0,032 0,036 0,9425 0,0045214 0,016 -0,013 0,008 -0,005 0,003 -0,01 0,018 1,0446 0,0050215 0,017 -0,011 0,008 -0,003 0,002 0,018 -0,013 1,0257 0,0049 210,6311 1
131
AN
EXO 11
132TABELA 33. Condicionantes que apresentaram peso relativo (Pw) maior ou igual a 0,0047 pelo método do peso das variáveis,
ordenados por aspecto com qual tem a ver
Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w) Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica
111 Plantio de milho escolha do espaçamento 1,5 x 0,50 metro cultivar de maior crescimento 0,0052 1 Abertura de área roçada foice a única possibilidade técnica conhecida 0,0052 23 Abertura de área derrubada trator de esteira em área de capoeira, facilita a queima 0,0052 34 Abertura de área controle de plantas daninhas gradagem ausência de tocos, melhor alternativa 0,0052 55 Plantio de abóbora escolha do espaçamento 2 m na linha aproveitamento das leiras 0,0052 76 Plantio de banana definição do tamanho da cova 0,30 x 0,30 x 0,40 a 0,45 metro tamanho da muda 0,0052
120 Plantio de milho aquisição das sementes própria melhor alternativa nas áreas de roça de toco 0,0052
122 Plantio de milho aquisição das sementes adquirida no comércio melhor alternativa nas áreas mecanizada 0,0052 191 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,50 x 0,20 a 0,25 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,0052
19 Abertura de área derrubada trator de esteira forma os montes de tocos e galhos, facilitando a queima 0,0051
139 Plantio de cana definição do tamanho do propágulo pedaço de 2 a 3 nós melhor alternativa 0,0051
32 Abertura de área controle de plantas daninhas enxadão presença de tocos finos, melhor alternativa 0,0051
90 Plantio de arroz abertura das covas enxada controle de sementes por cova 0,0051 144 Plantio de cana escolha do espaçamento 1,5 x 1,5 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 0,0051 152 Plantio de mamão abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa 0,0051 153 Plantio de mamão definição da densidade 3 a 4 sementes/cova melhor alternativa 0,0051 154 Plantio de mamão escolha do espaçamento 2 x 3 metros melhor alternativa 0,0051 155 Plantio de mamão aquisição das sementes própria selecionada da safra passada 0,0051 156 Colheita de mamão arranque do fruto manual única alternativa possível 0,0051 164 Plantio de batata-doce escolha do espaçamento 20 x 20 metros plantio em consórcio 0,0051 179 plantio de gergelim abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa 0,0051 180 plantio de gergelim escolha do espaçamento 1 x 1 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,0051
133
Tabela 33, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w)
Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica 181 plantio de gergelim definição da densidade 6 a 8 sementes/cova melhor possibilidade técnica conhecida 0,0051 182 plantio de gergelim aquisição das sementes própria seleciona da safra passada 0,0051 184 colheita de gergelim retirada da planta manual única alternativa possível 0,0051 185 colheita de gergelim enfeixa manual única alternativa possível 0,0051 186 colheita de gergelim sacode os feixes manual única alternativa possível 0,0051 195 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,40 x 0,40 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,0051 57 Plantio de abóbora escolha do espaçamento 6 x 6 metros plantio em consórcio 0,0051 94 Plantio de arroz escolha do espaçamento 0,60 x 0,60 metro cultivar que perfilha 0,0050 95 Plantio de arroz escolha do espaçamento 0,45 x 0,30 metro cultivar que não perfilha 0,0050 100 Plantio de arroz aquisição das sementes próprias selecionada da safra passada 0,0050 209 plantio de mamona abertura das covas enxadão maior controle de nº de semente/cova 0,0050 60 Plantio de abóbora aquisição das sementes própria selecionada da safra passada 0,0049 119 Plantio de milho aquisição das sementes própria selecionada da safra passada 0,0049
30 Abertura de área aceiro enxada presença de capim rasteiro, melhor alternativa 0,0049
46 Plantio de mandioca pré-tratamento das manivas deixa os pedaços de um dia p/ o outro melhor alternativa 0,0049
47 Plantio de mandioca fechamento das covas sapateia nas covas durante o plantio
para sair o ar, evita o apodrecimento das ramas, melhor alternativa 0,0049
56 Plantio de abóbora escolha do espaçamento 4 x 4 metros cultivo solteiro permite maior densidade 0,0049 107 Plantio de milho abertura das covas matraca melhor alternativa na terra gradeada 0,0049 108 Plantio de milho abertura das covas enxadão melhor alternativa (áreas de roça de toco) 0,0049 137 Plantio de cana definição da densidade 2 pedaços/cova melhor alternativa 0,0049 138 Plantio de cana definição do tamanho da cova 0,50 a 0,60 x 0,25 metro melhor alternativa 0,0049 143 Plantio de cana escolha do espaçamento 2 x 2 metro plantio em consórcio, melhor alternativa 0,0049 192 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,50 x 0,30 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,0049 31 Abertura de área queima uso do fogo não tem outra alternativa 0,0049
134
Tabela 33, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w)
Condicionantes internos relacionado a possibilidade técnica 84 Plantio de banana aquisição das mudas mudas próprias ter bananais antigos 0,0049
38 Plantio de mandioca abertura das covas enxada o comprimento da estaca escolhido, é menor ou igual a largura da enxada, melhor alternativa
0,0048
40 Plantio de mandioca definição da densidade 1 estaca com 15 cm de comprimento/cova tem de 3 a 4 olhos, melhor alternativa 0,0048
146 Plantio de cana aquisição dos propágulos pedaços próprio ter canavial antigo 0,0048
148 tratos culturais de cana controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 0,0048
149 Colheita de cana corte da planta facão única alternativa possível 0,0048
48 tratos culturais de mandioca controle de cupins replantio das covas não conhece outra alternativa 0,0048
130 Plantio de fava abertura das covas matraca tamanho da semente (pequena) 0,0048 131 Plantio de fava abertura das covas enxadão tamanho da semente (grande) 0,0048 134 Colheita de fava corte da touceira facão p/ secar o pé, facilita quando for bater 0,0048 135 Colheita de fava bate a planta seca cambito separa os grãos das vagens e dos cipós 0,0048 172 plantio de feijão de corda abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa 0,0048 175 plantio de feijão de corda aquisição das sementes própria seleciona da safra passada 0,0048 178 colheita de feijão de corda arranque das vagens manual única alternativa possível 0,0048 196 plantio de feijão escolha do espaçamento 0,60 x 0,50 metro melhor possibilidade técnica conhecida 0,0048 188 plantio de feijão definição da densidade 2 a 4 sementes/cova tipo de equipamento utilizado (matraca) 0,0047
189 plantio de feijão definição da densidade 2 a 3 sementes/cova é o ideal mais a matraca não sai sempre igual 0,0047
49 tratos culturais de mandioca controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na
produção 0,0047
112 Plantio de milho escolha do espaçamento 1 x 0,50 metro cultivar de menor crescimento 0,0047 88 Colheita de banana corte do cacho facão não conhece outra alternativa 0,0047
135
Tabela 33, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w)
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção
37 Abertura de área controle de plantas daninhas uso de herbicida o produto causa danos as culturas de banana e mandioca 0,0052
65 Colheita de abóbora corta a planta enxada para plantar o feijão, pois as vaquinhas ficam nas folhas da abóbora 0,0052
71 Plantio de banana escolha do espaçamento 3,5 x 3,5 metros proporciona maior rendimento na produção 0,0052
128 Colheita de milho quebra direto manual ataque de pragas, diminui a perda na produção 0,0052
202 tratos culturais de feijão controle de pragas inseticida natural evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 0,0052
183 tratos culturais de gergelim controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 0,0051
206 colheita de feijão época lua minguante evita ataque de praga no armazenamento, proporciona maior rendimento na produção
0,0051
200 tratos culturais de feijão controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na produção 0,0051
41 Plantio de mandioca escolha da época lua minguante proporciona maior rendimento na produção 0,0050
83 Plantio de banana escolha da época lua nova proporciona menor rendimento na produção 0,0050
110 Plantio de milho definição da densidade 3 a 4 sementes/cova proporciona maior rendimento na produção 0,0049
24 Abertura de área derrubada trator de esteira permite o uso de grade, o que torna a terra mais fértil 0,0049
43 Plantio de mandioca escolha da época lua nova proporciona menor rendimento na produção 0,0049
44 Plantio de mandioca escolha da época lua cheia proporciona menor rendimento na produção 0,0049
136
Tabela 33, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w)
Condicionantes internos relacionado ao rendimento da produção
58 Plantio de abóbora escolha da época na 1ª lua cheia de agosto proporciona maior rendimento na produção 0,0049
80 Plantio de banana escolha da época lua crescente proporciona menor rendimento na produção 0,0049
81 Plantio de banana escolha da época lua cheia proporciona menor rendimento na produção 0,0049
82 Plantio de banana escolha da época lua minguante proporciona maior rendimento na produção 0,0049
150 destino da produção de cana tratar o gado a partir de 6 meses de ciclo as canas são duras e tem menor
rendimento de produção 0,0049
201 tratos culturais de feijão controle de pragas pulverizações de inseticida evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 0,0048
125 tratos culturais de milho controle de pragas pulverização de inseticida evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 0,0048
133 tratos culturais de fava controle de pragas pulverização de inseticida evita o ataque de pragas, proporciona maior rendimento na produção 0,0048
176 tratos culturais do feijão de corda controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na
produção 0,0048
177 tratos culturais do feijão de corda controle de pragas pulverização de inseticida evita o ataque de pragas, proporciona
maior rendimento na produção 0,0048
49 tratos culturais de mandioca controle de plantas daninhas capina manual proporciona maior rendimento na
produção 0,0047
137
Tabela 33, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w)
Condicionantes internos relacionado a facilidade de trabalho 23 Abertura de área derrubada trator de esteira em área de capoeira, facilita a queima 0,0052 39 Plantio de mandioca abertura das covas enxada o cabo é longo, facilita o trabalho 0,0052 54 Plantio de abóbora abertura das covas enxada o cabo é longo, facilita o trabalho 0,0052
19 Abertura de área derrubada trator de esteira forma os montes de tocos e galhos, facilitando a queima 0,0051
152 Plantio de mamão abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa 0,0051
179 plantio de gergelim abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa (cova rasa) 0,0051
136 Plantio de cana abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 0,0050
38 Plantio de mandioca abertura das covas enxada o comprimento da estaca escolhido, é menor ou igual a largura da enxada, melhor alternativa
0,0048
114 Plantio de milho escolha do espaçamento 1,10 x 1 metro possibilitar o uso de tração animal, facilita o trabalho 0,0048
134 Colheita de fava corte da touceira facão p/ secar o pé, facilita quando for bater 0,0048 172 plantio de feijão de corda abertura das covas enxada facilita o trabalho, melhor alternativa 0,0048 173 plantio de feijão de corda abertura das covas enxadão dificulta o trabalho 0,0048
174 plantio de feijão de corda escolha do espaçamento 1,10 x 1 metro possibilita o uso de tração animal, facilita o trabalho 0,0048
53 Plantio de abóbora abertura das covas enxadão o cabo é curto, dificulta o trabalho 0,0047 Condicionantes internos relacionado ao tempo de execução
18 Abertura de área derrubada trator de esteira ganha tempo em relação ao uso de machado ou moto-serra 0,0051
136 Plantio de cana abertura das covas enxadão rende mais o serviço, facilita o trabalho 0,0050 106 Plantio de milho abertura das covas matraca rapidez 0,0049 103 Colheita de arroz corte da planta cutelo rapidez 0,0049 26 Abertura de área derrubada trator de esteira falta de tempo p/ derrubar manualmente 0,0048
138
Tabela 33, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w)
Condicionantes internos relacionado a demanda de mão-de-obra
127 Colheita de milho dobra / quebra manual falta de mão-de-obra p/ quebrar o milho nesse período 0,0053
104 armazenamento de arroz no paiol armazenamento em sacos no paiol
falta de mão-de-obra para bater o arroz e ensacar 0,0050
25 Abertura de área derrubada trator de esteira utiliza menos mão-de-obra 0,0049 105 armazenamento de arroz na roça empilha o arroz utiliza menos mão-de-obra 0,0048
Condicionantes internos relacionado ao tempo de armazenamento
67 armazenamento de abóbora no paiol colher todos os frutos e
armazena ter paiol 0,0052
207 armazenamento de feijão ensacar os grãos no paiol menor tempo de armazenamento 0,0049 208 armazenamento de feijão ensacar os grãos enterrado na areia maior tempo de armazenamento 0,0049
Condicionantes internos relacionado a disponibilidade financeira
15 Abertura de área derrubada moto-serra custo da empreita é caro em relação ao uso do machado 0,0051
16 Abertura de área derrubada trator de esteira maior custo em relação ao uso de machado ou moto-serra 0,0049
139
Tabela 33, continuação.... Código Atividades (AT) Etapas das AT Opções técnicas (OT) Condicionantes das OT P(w)
Condicionantes externos relacionado a possibilidade técnica 36 Abertura de área controle de plantas daninhas uso de herbicida não ter experiência com o produto 0,0052
66 armazenamento de abóbora na roça colher os frutos para o consumo
diário não ter paiol 0,0052
99 Plantio de arroz aquisição das sementes adquirida no vizinho não ter semente 0,0052 210 plantio de mamona escolha do espaçamento 3 x 1 metro recomendação do técnico da empresa 0,0050
212 plantio de mamona aquisição das sementes fornecida pela empresa ADEQUIM (parceira) melhor possibilidade técnica conhecida 0,0050
214 tratos culturais de mamona adubação de cova torta de mamona recomendação do técnico da empresa 0,0050
211 plantio de mamona escolha do espaçamento 4 x 1 metro a rua do milho já estava pronta 0,0049 215 colheita de mamona quebra os cachos manual recomendação do técnico da empresa 0,0049 132 Plantio de fava aquisição das sementes compra não ter na região 0,0048 197 plantio de feijão aquisição das sementes compra melhor alternativa existente no mercado 0,0048
198 plantio de feijão aquisição das sementes compra a variedade carioca tem maior procura no mercado 0,0048
Condicionantes externos relacionado a disponibilidade financeira
27 Abertura de área enleiramento manual disponibilidade financeira insuficiente p/ contratar o trator 0,0052
28 Abertura de área enleiramento trator de esteira faz parte da empreita da derrubada 0,0052
35 Abertura de área controle de plantas daninhas gradagem disponibilidade financeira suficiente p/ contratar o serviço 0,0052
10 Abertura de área derrubada moto-serra ter o equipamento 0,0051 123 Plantio de milho aquisição das sementes adquirida no comércio melhor preço e de boa qualidade 0,0048