CONCURSO Casa Da Orquestra

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054.02 Concurso ano 05, jun. 2005 Sede da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Belo Horizonte, 2005 Introdução Ata 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar Menção Honrosa 1 Menção Honrosa 2 Introdução 2 > Fotoinserção do 1º colocado Imagem dos autores do projeto Nome oficial do Concurso Concurso Público Nacional de Arquitetura Sede da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais / Circuito Cultural Praça da Liberdade Ata de Julgamento Prêmios 1º Lugar – Arquitetos Carlos Maia; David Mosqueira; Débora Vieira; Eduardo França; Fernando Lara; Humberto Hermeto; Igor Macedo / Colaboradores: Hélio Chumbinho; Renato Cipriano; Capitão Felix Belo Horizonte MG 2º Lugar – Arquitetos Valério Pietraróia; Cláudia Nucci; Sérgio Camargo / NPC Arquitetura São Paulo SP 3º Lugar – Arquitetos Danilo Matoso Macedo; Elcio Gomes da Silva; Fabiano Sobreira; Newton Godoy. Colaboração: Christian-Moser Brasília DF Menção Honrosa 1 – Arquitetos Carlos Alberto Maciel; Alexandre Brasil Garcia; André Luiz Prado Oliveira; Bruno Santa Cecília. Colaboradores: Antonio Ananias de Mendonça (engenheiro civil), Carlos Alberto de Oliveira (engenheiro de instalações), Fabiano Campos Faria (orçamento, prevenção e combate a incêndio), Sandra Bottrel (engenheiro climatização) Belo Horizonte MG Menção Honrosa 2 – Arquitetos Adriana Cocchiarali; Fábio Zeppelini; Isabela Jock Piva; Jörg Spangenberg; Lars Diederichsen; Leticia Lodi; Maria Carolina Duva; Patrícia Bertacchini / Teia Studio. Colaboradores: Rafael Baldi; Maria Alice Duva Parente São Paulo SP

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054.02 Concurso ano 05, jun. 2005Sede da Orquestra Sinfnica de Minas GeraisBelo Horizonte, 2005IntroduoAta1 Lugar2 Lugar3 LugarMeno Honrosa 1Meno Honrosa 2Introduo2 >

Fotoinsero do 1 colocadoImagem dos autores do projetoNome oficial do ConcursoConcurso Pblico Nacional de Arquitetura Sede da Orquestra Sinfnica de Minas Gerais / Circuito Cultural Praa da LiberdadeAta de JulgamentoPrmios1 Lugar Arquitetos Carlos Maia; David Mosqueira; Dbora Vieira; Eduardo Frana; Fernando Lara; Humberto Hermeto; Igor Macedo / Colaboradores: Hlio Chumbinho; Renato Cipriano; Capito FelixBelo Horizonte MG2 Lugar Arquitetos Valrio Pietraria; Cludia Nucci; Srgio Camargo / NPC ArquiteturaSo Paulo SP3 Lugar Arquitetos Danilo Matoso Macedo; Elcio Gomes da Silva; Fabiano Sobreira; Newton Godoy. Colaborao: Christian-MoserBraslia DFMeno Honrosa 1 Arquitetos Carlos Alberto Maciel; Alexandre Brasil Garcia; Andr Luiz Prado Oliveira; Bruno Santa Ceclia. Colaboradores: Antonio Ananias de Mendona (engenheiro civil), Carlos Alberto de Oliveira (engenheiro de instalaes), Fabiano Campos Faria (oramento, preveno e combate a incndio), Sandra Bottrel (engenheiro climatizao)Belo Horizonte MGMeno Honrosa 2 Arquitetos Adriana Cocchiarali; Fbio Zeppelini; Isabela Jock Piva; Jrg Spangenberg; Lars Diederichsen; Leticia Lodi; Maria Carolina Duva; Patrcia Bertacchini / Teia Studio. Colaboradores: Rafael Baldi; Maria Alice Duva ParenteSo Paulo SPPromooGoverno do Estado de Minas GeraisOrganizaoInstituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de Minas Gerais

Belo Horizonte, 2005Ata de julgamentos nove horas do dia 31 de maio de 2005 a Comisso Julgadora do Concurso Pblico Nacional de Arquitetura: Sede da Orquestra Sinfnica de Minas Gerais (OSMG) composta por Arquiteto Carlos Antnio Leite Brando (representante do Governo do Estado de Minas Gerais), Arquiteto Hctor Vigliecca (representante nacional do IAB), Arquiteto Jason Barroso Santa Rosa (representante do IEPHA-MG), Roberto Borges Martins (representante do Governo do Estado de Minas Gerais), Ronaldo Martins Barbosa (representante da Cia. Vale do Rio Doce), Arquiteto Ronaldo Masotti Gontijo (representante do IAB/MG) e Sandra Almeida Lino Faria (representante da Orquestra Sinfnica de Minas Gerais) reuniu-se nos sales Ouro e Cobre do Hotel Caesar Business, em Belo Horizonte, para sua sesso de instalao e abertura dos trabalhos de julgamento do referido concurso.s dez horas e trinta minutos, conforme previsto no regulamento do Concurso, os projetos enviados foram abertos em sesso pblica e diante da presena de todos, conferidos quanto ao seu atendimento s normas de entrega e envio estipuladas. Os projetos foram numerados e dispostos nos painis expositores de modo a serem avaliados pelos membros da Comisso Julgadora. Das 103 inscries feitas, foram entregues 54 projetos. Todos estes 54 projetos obedeceram s normas de entrega e foram considerados aptos para serem analisados, no havendo, a princpio, motivo legal ou regulamentar para excluir qualquer um deles.s quatorze horas e trinta minutos do dia 31 de maio de 2005, no mesmo local, a Comisso Julgadora iniciou a sesso de anlise dos trabalhos e indicou os membros Roberto Borges Martins e Carlos Antnio Leite Brando para a presidncia e secretaria dos trabalhos, respectivamente. Depois de definir os procedimentos e horrios de funcionamento e discutir sobre alguns critrios e diretrizes preliminares para proceder referida anlise, passou-se avaliao dos projetos concorrentes, a qual perdurou at as vinte horas, quando foram encerrados os trabalhos e fechados os sales que abrigavam os projetos.Dando continuidade sesso de anlises individuais dos projetos, os trabalhos foram reiniciados s sete horas do dia seguinte, 1 de junho de 2005. s dez horas da manh, a Comisso reuniu-se para concluir a primeira fase de anlise individual e selecionar os trabalhos que deveriam passar para a segunda fase. Aps os depoimentos, esclarecimentos e argumentaes de cada membro sobre todos os projetos, foram aprovados para a segunda etapa, doze projetos, a saber: 02, 15, 18, 19, 22, 28, 37, 40, 41, 44, 46 e 53.Esta segunda etapa de anlise comeou s onze horas deste mesmo dia e procedeu ao exame mais profundo de cada um dos projetos selecionados, exame realizado coletivamente por todos os membros da Comisso Julgadora. Sintetizando os debates e consideraes ocorridas nesta etapa, passemos a apontar os pontos levantados a respeito de cada um dos projetos selecionados.O projeto 02, de mritos e qualidades estticas e funcionais indiscutveis, reconhecidos por todos da Comisso, preserva o edifcio original invadindo, entretanto, o subsolo da Praa Carlos Drummond de Andrade para situar a sala de concertos e seu acesso. Verifica-se no projeto uma competente leitura do prdio histrico e a boa criao de ambincias e espacialidades ricas. Infelizmente, contudo, tal utilizao contraria as bases do concurso conforme explicitado no seu termo de referncia e ratificado pelo consultor na sua resposta pergunta nmero 9 da fase de consulta. Dessa forma, a Comisso Julgadora concluiu pela impossibilidade de premiao deste projeto, reservando-se, contudo, o direito de conceder-lhe posteriormente meno honrosa, em vista de sua ousadia, carter, coerncia e qualidades acima referidas, dentre outras.O projeto 15 apresenta boa soluo, pesquisa e estudo da sala de concertos, mas contm problemas funcionais, de setorizao, de fluxos e de acessos, como, por exemplo, o acesso sala de concertos. A soluo volumtrica em cubo de vidro traz problemas ambientais e funcionais e no aprofunda arquitetonicamente o dilogo entre o velho e o novo.O projeto 18 traz uma boa setorizao e aproveitamento de materiais, mas os acessos de servios e fluxos so deficientes. Ele cria mais um subsolo, o que prejudica sua exeqibilidade, e anula totalmente a fachada posterior do edifcio da Secretaria da Fazenda. H uma boa valorizao da escada e leitura da histria espacial pr-existente, enfatizada pela magnificao da luz e expresso do eixo de acesso sala de concertos. O projeto eficiente, mas o seu grau de interveno no prdio antigo grande e irreversvel, mesmo tendo criado um novo subsolo, o que prejudica sua passagem para a prxima etapa de julgamento.O projeto 19 prope a insero de um volume curvo e assimtrico de madeira, dinamizando as perspectivas verticais do interior e contrapondo-se ortogonalidade do espao pr-existente. As fachadas do edifcio da Secretaria da Fazenda so preservadas adquirindo suas janelas a funo nova de dramatizar o espao interno. O fluxo de artistas, tcnicos e de pblico poderia ser ainda melhor disciplinado e distinguido, especialmente na regio do foyer e do espao do patrocinador. Seria recomendvel estudar o reposicionamento de alguns setores, tais como a sala dedimmers(a qual deveria ser deslocada para a caixa cnica do palco, por razes de economia) e elevadores. H, aparentemente, alguns problemas acsticos e de visibilidade no auditrio, como nas ltimas fileiras do balco, em grande parte gerados pela estrutura da cobertura, pelas dimenses e inclinaes da platia e do balco, as quais poderiam ser repensadas. Contudo, ele atende muito bem, de forma adequada e eficiente, um dos objetivos centrais do concurso: a sala de concertos. Tanto neste aspecto quanto na preservao quase integral da fachada externa, este projeto se destaca em relao aos demais. De alta qualidade, o projeto ousado e criativo, usa com pertinncia a linguagem da arquitetura contempornea, assume e valoriza o novo. O contraponto entre a rigidez geomtrica do edifcio pr-existente e as curvaturas do novo volume desenvolve-se sob a luminosidade difusa introduzida no vo entre ambos e reala a conformao simtrica e ortogonal do espao ecltico. Cria-se, com isso, uma ambientao rica que funciona admiravelmente para fazer do espao um drama, ou seja, um dilogo tenso entre os dois personagens arquitetnicos e tempos histricos, imersos num jogo permanente e numa interao, sem que um se confunda ou se deixe anular pelo outro, conforme o esprito entrevisto na proposta do concurso. Tendo em vista tais valores, a Comisso considerou pertinente promover este projeto para a prxima etapa.O projeto 22 dispe o eixo palco-platia da sala de concertos conforme a longitudinalidade induzida pela escada original no eixo de simetria do hall. Por esta razo, o projeto parte desta busca de coerncia com a tenso espacial pr-existente. Decorrem desta soluo, contudo, dimenses, propores e disposio do pblico prejudiciais audio da sala de concertos. O volume externo, em L procede como estratgia funcional, mas pobre como soluo arquitetnica e extremamente discutvel ao optar pela substituio total da fachada posterior do antigo prdio, impedindo, futuramente, qualquer reverso que se mostre mais conveniente e apropriada do ponto de vista do patrimnio e da memria histrica.O projeto 28, tal como o projeto 19, preserva as vrias fachadas e a volumetria original mas, ao invs de acrescer um outro elemento na parte superior, ele prope um bloco retangular contguo fachada posterior e colado ao prdio do Anexo da Biblioteca Pblica. Trata-se de proposta ousada que resolve relativamente bem questes de fluxos e setorizao. Contudo, a Comisso Julgadora entendeu que a disposio palco-platia em esporo ou semi-arena (platia disposta nos trs lados do palco) apresenta inconvenientes por prejudicar a audio. O novo volume posterior, colado ao prdio do Anexo da Biblioteca Pblica, prejudica muito a soluo. H problemas tambm relevantes de fluxos de pessoas e materiais. A ambincia interior no parece muito rica e no explora bem o contraste obtido pelo novo volume inserido no interior da Secretaria para abrigar a sala de concertos. Mas trata-se de uma boa idia, a merecer avanar para a prxima etapa.O projeto 40 apresenta boa soluo de fluxos e boa relao entre a sala de concertos e as salas de apoio adjacentes. O espao bem disciplinado e estruturado. H uma boa valorizao da rea de fundos, criando uma passarela ou rua de acesso pblico na rea entre a Secretaria de Fazenda e o Anexo da Biblioteca Pblica, tendo sido este o projeto que melhor se dedicou a este aspecto e valorizao do espao exterior e urbano. O volume de ao, plugado em L sobre o prdio histrico, liquida com a fachada posterior, o que altamente problemtico, sobretudo do ponto de vista da preservao do imvel e reversibilidade futura, caso necessria. Alm disso, o volume de ao imediatamente justaposto s paredes externas converte as janelas em meros elementos decorativos. No geral, o projeto se encontra bem resolvido, sobretudo quanto parte de servios, e as modificaes que se fazem necessrias no parecem alterar a essncia da proposta do concorrente. Conclui-se por recomend-lo a passar para a prxima fase.O projeto 37 tambm apresenta o inconveniente de ter a sala de concertos em esporo e problemtico o palco ter a parede como seu fundo imediato, dificultando inclusive seu acesso. A soluo esttica altamente questionvel, mas h valores funcionais como o bem disciplinado acesso e definio do espao do patrocinador.O projeto 41 trabalha a sala de concertos de forma circular contrapondo-se ortogonalidade do edifcio pr-existente e alterando a fachada posterior. A nova cobertura, em parte piramidal e em vidro espelhado, rel em outra escala e proporo, o princpio dos telhados inclinados na fachada principal. O palco retrtil e suas plataformas pneumticas permitem variar alturas e aumentam a flexibilidade demandada no termo de referncia. A disposio semi-circular e concntrica da platia envolvendo a orquestra inadequada do ponto de vista acstico, gerando reflexo e ecos de difcil resoluo sem alterar a essncia da proposta, baseada justamente na contraposio entre o crculo e a ortogonalidade da composio ecltica original. Como uns dos maiores valores do projeto h uma eficiente organizao dos fluxos, uma boa organizao espacial e funcionamento dos espaos de apoio. Contudo, a disposio circular compromete altamente a proposta.O projeto 44 apresenta um novo edifcio de volumes e formas comuns e recorrentes sobreposto linguagem clssica da Secretaria da Fazenda. Sua cobertura prope espao para eventos, mas no apresenta linguagem arquitetnica com a devida elaborao e sustentao conceitual, espacial e histrica. Srios problemas de acesso e fluxos comprometem definitivamente a proposta.O projeto 46 tambm coloca uma caixa de vidro sobre o prdio remanescente. Como no projeto 22, faz uma boa leitura da tenso longitudinal sugerida pela escada, aproveitando-a para definir os acessos mais coerentes para a sala de concertos. H fluxos de artistas, platias e materiais que no se encontram bem disciplinados. Ao respeitar o eixo de orientao antigo do prdio, contudo, a disposio da sala de concerto se faz, tambm aqui, em esporo e prejudica a audio ao dispor a platia nas laterais do palco. Alm disso, prejudicial a ausncia de circulao atrs do palco. O vo central vertical sobre a cafeteria no trreo valoriza o espao e o vo entre as fachadas e a parede da sala de concertos. As duas torres ao fundo no solucionam bem os problemas funcionais internos, como os acessos de servio, e criam outros de ordem compositiva, como a legibilidade da fachada posterior. Contudo, pela coerncia geral, o projeto deve ser melhor avaliado numa prxima etapa.O projeto 53 traz, entre outros mritos, a coerncia da soluo e de linguagem, a competncia de realizar snteses, a boa separao entre o velho e o novo volume, o bom uso da escala espacial e a valorizao das fundaes e estruturas antigas, a conferirem proposta um sentido arqueolgico e retrospectivo, importante do ponto de vista do patrimnio e da memria. O projeto expressivo e, apesar de conter fluxos e acessos confusos e/ou inadequados, merece ser encaminhado para a etapa final de anlise.Diante das consideraes acima, a Comisso Julgadora definiu-se por: a) indicar o projeto 02 para meno honrosa, tendo em vista os vrios mritos citados anteriormente. Contudo, no podendo ser premiado por infringir as bases do concurso, conforme claramente explicitado pelo consultor, tal projeto no poder passar etapa final e ser indicado para premiao; b) encaminhar para a etapa final de anlises e deliberaes os projetos de nmero 19, 28, 40, 46 e 53.Tendo deliberado isto, encerrou-se o segundo dia do julgamento s oito horas da noite, fechando-se os sales onde transcorreram os trabalhos.A etapa final iniciou-se s nove horas da manh seguinte, dia 2 de junho de 2005, com o exame aprofundado de todos os cinco projetos selecionados por todos os membros da Comisso Julgadora, como nas sesses anteriores. s onze horas, depois de realizado este exame, passou-se para a discusso visando a classificao final, a seleo da proposta vencedora e demais premiaes e menes que constituram o objetivo do concurso em tela. Seguiram-se as indicaes dos sete membros da Comisso Julgadora referentes ao projeto vencedor, aos demais premiados e s possveis menes.Para o primeiro lugar, e como projeto vencedor do Concurso Pblico Nacional de Arquitetura: Sede da Orquestra Sinfnica de Minas Gerais no Circuito Cultural Praa da Liberdade, a proposta 19 recebeu cinco indicaes e a proposta 53 obteve duas indicaes.Para o segundo lugar, a proposta 53 recebeu cinco indicaes, a proposta 28 e a proposta 40 obtiveram uma indicao cada.Para o terceiro lugar, a proposta 28 recebeu cinco indicaes e a proposta 40 obteve duas indicaes.Diante dessas indicaes a Comisso Julgadora decidiu conferir o primeiro lugar proposta 19, o segundo lugar proposta 53 e o terceiro lugar proposta 28.Recuperando os principais mritos acima referidos quanto ao projeto 19, vencedor do concurso, destaca-se a manuteno das fachadas existentes, preservando os aspectos exteriores do prdio; o forte dilogo entre o novo e o antigo e entre as formas curvas e a ortogonalidade do prdio remanescente constituindo uma ambincia rica e um drama espacial acentuado com uma sbia utilizao da luz; a boa resoluo da sala de concertos, concebida de forma adequada e eficiente; a ousadia, criatividade e pertinncia do uso da linguagem contempornea; a contemplao satisfatria das exigncias de funcionamento e requisitos tcnicos fundamentais. A autonomia da insero do novo volume no prdio antigo conseguiu preservar a leitura diferenciada de cada um deles, sem se confundirem ou se anularem reciprocamente. Ao contrrio, criou-se um jogo entre ambos que evita fazer do antigo um mero coadjuvante da nova composio, preserva a identidade de cada elemento, promove a interao entre eles e gera um drama entre as duas estruturas sem dissimulaes entre elas. A Comisso considera que o conjunto arquitetnico da Praa da Liberdade tem se caracterizado como espao em constante transformao, a testemunhar variados estilos e expresses arquitetnicas incorporadas em diferentes pocas. O projeto vencedor, portanto, responde adequadamente tambm a este contexto histrico e espacial da Praa.As potencialidades apresentadas pelo projeto permitem a ele receber diversas sugestes e correes de ordem tcnica, aptas a melhor-lo ainda mais. Dentre essas, a Comisso Julgadora recomenda: a) quanto ao fluxo: definir melhor a independncia de circulaes entre pblico e artistas, sobretudo nos nveis 8,09 e 14,00; prever trnsito no espao vazio atrs do palco; b) quanto sala de concertos: contemplar as varas de iluminao, cenografia e acesso a elas; desobstruir todas as linhas de viso entre a platia e o palco ajustando melhor os focos visuais; evitar a inclinao linear das fileiras da platia de modo a melhorar a visibilidade do fundo da platia e balco; instalar a cabine de modo a visualizar totalmente o palco; deslocar a sala dedimmerspara a rea da caixa cnica do palco; c) quanto acstica: tomar como parmetro fundamental que toda a caixa da sala de concertos deve apresentar o isolamento mnimo de 50 decibis; evitar-se o uso de materiais muito leves no envoltrio do espao de espetculo; verificar por meio de modelos ou maquete o nvel de som em cada ponto da sala de concertos; estudar projeto acstico que favorea a reduo do volume da sala de concertos e em especial a sua altura; d) quanto ao espao do patrocinador: deslocar os dois elevadores de pblico para liberao do espao a ser utilizado para exposies; o piso deve ser plano e sem degraus; relocar a escada central de acesso ao subsolo; diminuir e reposicionar o espao para o caf; resolver os acessos escada de incndio de modo a no comprometer a segurana do espao de exposio; repensar os espaos vazados do piso imediatamente superior ao trreo, de tal forma que permita um maior aproveitamento do mesmo. Visando melhorar ainda mais os aspectos referentes preservao do edifcio e sua insero no contexto urbano, sugere-se ainda: a) estudar a possibilidade de reduzir a altura do novo volume, mesmo que isto implique em perda de alguns lugares da platia no balco; b) reaproveitar da melhor forma possvel os materiais originais que forem retirados devido interveno.O projeto 53 foi selecionado para segundo lugar devido a diversos mritos. Dentre esses destacamos a ponderada relao com o prdio histrico e a relao dos volumes obtida atravs de uma caixa de vidro intermediria. Destaca-se tambm a pertinente manuteno da estrutura e parede existente como suporte da sala, dotando a proposta de um valor arqueolgico importante.O projeto 28 foi selecionado para terceiro lugar pela procedente relao da sala de concertos e o prdio existente e a criao de um vazio central por onde a luz natural recuperada de modo a valorizar a relao entre o novo volume e o espao pr-existente. Foi considerada acertada a soluo dos acessos observando a escada existente, a tenso longitudinal por ela sugerida e a manuteno das fachadas e volumetria originais do prdio histrico.Alm da deciso quanto aos premiados, a Comisso decidiu confirmar a meno honrosa dada ao projeto 02 pela soluo meritria, conforme justificado e argumentado anteriormente por ocasio de sua avaliao, mesmo sabendo que o projeto contraria ao disposto no regulamento do concurso e explicitado pelo consultor em suas respostas s perguntas formuladas por concorrentes. Alm desta, outra meno honrosa foi concedida proposta 40, por sua preocupao urbanstica e vitalizao do espao intersticial entre o prdio da Secretaria da Fazenda, o Anexo da Biblioteca Pblica e a Praa Carlos Drummond de Andrade.Tomadas estas decises, foi lavrada a presente Ata que vai por mim assinada e por todos os demais membros da Comisso Julgadora. Esta Ata estar disponvel na sua ntegra para conhecimento pblico na sede e no site oficial da entidade promotora Governo do Estado de Minas Gerais, atravs do IEPHA/MG , na sede e no site oficial da entidade organizadora Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento de Minas Gerais e ser publicada no Dirio Oficial do Estado de Minas Gerais.Belo Horizonte, 2 de junho de 2005Arquiteto Carlos Antnio Leite Brando (Secretrio da Comisso Julgadora)Roberto Borges Martins (Presidente da Comisso Julgadora)Arquiteto Hctor ViglieccaArquiteto Jason Barroso Santa RosaArquiteto Ronaldo Masotti GontijoRonaldo Martins BarbosaSandra Almeida Lino FariafonteIAB-MGBelo Horizonte MG Brasil

A Orquestra Sinfnica nos espaos da LiberdadePraa da Liberdade: plo de intenso carter cultural, vocao que o governo estadual incentiva ao propor a transformao do edifcio da Secretaria da Fazenda em sede da Orquestra Sinfnica de Minas Gerais.A proposta desta interveno parte da sobreposio de dois vetores: o espao da cidadania que se conjuga com a idia fundadora de Liberdade (a praa pblica), e a vocao cultural de todo o conjunto, que tem sido a tnica do espao nos ltimos anos.Entendemos que os dois so vetores imprescindveis no ideal republicano (no sentido de coisa pblica) de buscar uma sociedade mais justa.Tal ideal norteou a mudana da capital do estado h 108 anos, formando a base do projeto da Cidade de Minas, logo re-batizada Belo Horizonte.Belo Horizonte nasceu de uma conjugao de interesses. No mbito estadual, o poder econmico se deslocara do centro para o norte e o sul do estado, pecuarista e cafeeiro, respectivamente. No mbito nacional, a recm proclamada Repblica dos Estados Unidos do Brasil se preocupava com o estado mais populoso e importante politicamente, e trazia como bandeira idias de ordens e progressos. Juntos, poderes nacionais e estaduais se estabeleciam com base no novo jogo de foras poltico-econmicas do pas e tinham em comum a preocupao de eliminar quaisquer vestgios de monarquia, de modo a consolidar sua supremacia.E bem sabida a eficcia da ordenao espacial para a consolidao de qualquer regime novo. Assim sendo, o congresso mineiro implantou onde se erguia o arraial do Curral D'El Rey no s uma cidade nova, mas um espelho de suas idias e vontades. Um traado ortogonal, rgido, com suas ruas largas e saudveis que definiam todo o resto. A rua torna-se o ponto de partida da estrutura, o espao do cidado que por ela reverencia o estado presentificado no centro da perspectiva. Circulao facilitada, controle facilitado, amplos espaos ainda quase vazios dominam a paisagem. Tudo reto, regular e uniforme. Solene e positivamente.Porm, se a rua era o espao do cidado, a praa o espao do Estado, o espao da perspectiva monumental que leva sede do poder.Projetada para ser o centro cvico da nova capital, e por conseqncia, de todo o Estado de Minas Gerais, a Praa da Liberdade destaca-se desde o projeto de Aaro Reis por sua localizao topograficamente privilegiada, na cota mais alta da rea central da cidade. O belorizontino, em funo da ortogonalidade do traado urbano, orienta-se pelos pontos referenciais, formados por encontros de importantes vias e eixos estabelecidos no projeto original, verdadeiros marcos urbanos da cidade. Nesse sentido, a Praa da Liberdade toma uma importncia ainda maior porque todas as ruas e avenidas "sobem" em sua direo. Subir Bahia, subir Brasil, subir Bias Fortes, subir Joo Pinheiro so as formas de acesso Praa, vrtice de encontro fsico e visual.Mas para se fazer uma cidade preciso mais que ruas, caladas e esgotos. Uma cidade no se faz sem histria, sem memria. Desenhada para que de seus traos ortogonais brotasse uma sociedade projetada ao contrrio da maioria dos monumentos e precursora do que se faria 60 anos depois Belo Horizonte foi criada sob o signo da ruptura com o passado e voltada totalmente para um futuro que se dizia ordenado e progressista. Um Horizonte desenhado que se queria Belo.Justamente por isso o vetor cultural a base desta proposta de interveno que visa a adaptao de um edifcio quase centenrio para acomodar a Orquestra Sinfnica de Minas Gerais. Uma cidade deve ser projetada e construda entendendo-se que um povo no se faz sem memria, sem uma costura cultural. A cidade vazia dos anos 20 cantada por Mario de Andrade em seu noturno foi sendo preenchida pelas narrativas de Pedro Nava, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino. Ao mesmo tempo a Praa da Liberdade foi se transformando, acompanhando as transformaes da dinmica da cidade. De espao da burocracia estadual (principalmente enquanto a Rua da Bahia era o principal espao simblico da cidade nas primeiras dcadas) em espao de cidadania (trio do poder estadual), a carto postal da cidade especialmente depois da reforma no final dos anos 1980.A proposta de interveno no edifcio da Secretaria da Fazenda pretende no s preservar esta funo simblica, como ampliar o limite do que definido como espao de cidadania.Para tanto, o pavimento trreo coloca-se absolutamente aberto e permevel na maior parte do tempo, enquanto funciona como centro de exposies, caf, permitindo a visada para a caixa dos espaos cnicos e outros, de apoio, abrigados na caixa do edifcio original. A inteno de asseverar um carter de continuidade simblica da praa (atravs dos nveis que se desdobram no piso de calada portuguesa e jardins internos), aliando a este a ambincia pretendida para o foyer da Orquestra Sinfnica.Sobre o edifcio original, o desafio foi preservar ao mximo o que de mais simblico a edificao possui, a presena na esquina da Praa da liberdade com a Rua Gonalves Dias, respeitando-se a altimetria do conjunto que deste lado da praa no interrompido em momento algum, fluindo harmonicamente da esquina marcada pelo edifcio em questo at a esquina junto ao Palcio da Liberdade, marcado pelo edifcio do antigo CAT (Centro de Apoio ao Turismo), atual Museu de Mineralogia.A insero, alm de considerar a altimetria e respeitosamente se fazer presente na parte posterior da fachada da Rua Gonalves Dias, busca qualificar o edifcio para o novo uso proposto. A questo da coisa publica passa a ser de fundamental importncia no momento em que se discute a transformao dos usos dos edifcios das Secretarias em torno da Praa da Liberdade.Tal interveno, frente ao carter pblico do edifcio desdobra-se em duas atitudes projetuais inseparveis: a primeira diz respeito ao volume curvo da caixa que abriga as reas cnicas, o qual, ao se inserir em um espao j construdo de geometria prismtica, gera interstcios e complexidades inesperadas. Este dilogo entre o volume da caixa existente e o volume do auditrio ajuda a "datar" o edifcio, marcando a interveno como sendo uma obra do sculo 21 em contraste com as paredes espessas e janelas trabalhadas da edificao original.Tal contraste apresenta-se ainda mais explicito pela diferena de tecnologia entre a nova estrutura mista, cujas formas esbeltas contrapem-se robustez do edifcio original.O uso da tecnologia coloca-se como a segunda importante atitude projetual, sem a qual o volume curvo no seria possvel.A insero de um volume curvo dentro da caixa existente desejvel funcionalmente na medida em que libera espaos vazios (e conseqentemente visadas) no trreo e ao longo das paredes internas do edifcio, valorizando as formas da rea original. Tais formas tornam-se, assim, mais visveis, principalmente como massas volumtricas diante da luz que invade esses espaos pelas mltiplas janelas dos andares inferiores. Ao mesmo tempo em que estes interstcios so feitos mais pblicos, a maioria do programa bsico de acesso mais restrito organiza-se nos pavimentos superiores da parte da edificao preservada.Esta atitude projetual, ao mesmo tempo em que preserva a fachada externa do edifcio (sua face pblica para a cidade) preserva tambm sua face interna, cuja coerncia de ritmo e repetio de elementos aumenta a legibilidade da edificao original como definidora dos limites do espao publico.O dilogo estabelecido entre o novo e o antigo pretende no apenas resolver os aspectos funcionais da re-qualificao para novo uso, mas sim, e principalmente, servir de catalisador no sentido de permitir uma reflexo sobre o desafio de conjugar permanncia e criao em todas as manifestaes culturais. Assim como a Orquestra Sinfnica de Minas Gerais orgulha-se de ter umportfolioecltico que atravessa o erudito e o contemporneo passando pelo popular, seu edifcio sede aqui proposto busca reforar esse ecletismo que no coincidentemente a base arquitetnica da praa onde se localiza. O ecletismo presente na arquitetura do inicio do sculo 20, e que convive to bem com as intervenes dos anos 50 e 60 e at mesmo com o colorido (to ecltico) dos anos 80 passa agora a conviver com a leveza e a modularidade da arquitetura de incios do sculo 21, desta vez re-qualificando seu espao interno.Fluxos, usos e patrimnioNa entrada (nvel +2,84) tem-se a distribuio das reas da Orquestra Sinfnica, aproveitando elementos de extrema importncia no edifcio: a escada, monumental, leva ao foyer, iniciando a leitura interna de coexistncia e integrao do contemporneo e do antigo.No espao do caf, nvel conectado diretamente com o trreo, existe uma escada no mesmo eixo da preexistente no edifcio, que leva ao nvel 1,09, onde h distribuio para biblioteca, videoteca e discoteca, alm de reas para estudo e consulta. Neste pavimento existem ainda reas tcnicas (como Sala de Guarda de Instrumentos, Depsitos de Praticveis, Estantes e Cadeiras e Lutheria), com acesso direto ao elevador que se conecta aos espaos cnicos, permitindo uma circulao tcnica independente e funcional. Completa a ocupao deste pavimento um acesso para cadeirantes, conferindo acessibilidade universal ao edifcio.O foyer, que se desenvolve a partir do nvel + 5,13, desdobra-se em dois nveis, proporcionando uma movimentao do espao, aumentando a ambincia pr-espetculos e colaborando para a leitura do espao proposto.Pelo foyer, so acessadas todas as reas de apresentaes, inseridas dentro de uma verdadeiracaixa cnica, com fechamento externo em madeira laminada colada, num simbolismo representativo de um local que abrigue os msicos, seus instrumentos e o pblico, elementos formadores do espetculo.Diretamente conectada com o primeiro nvel do foyer est a Sala do Coral com p direito duplo, no nvel +5,36, alm da Sala de Ensaio de Naipes. A Sala do Coral, revestida com difusores e ressonadores em madeira, possui a mesma ambincia das outras, alm de possuir, no teto, nuvens acsticas em tecido e difusores tridimensionais em madeira.Logo acima, no nvel + 8,01, est a Sala para Msica de Cmara, com painis acsticos em madeira nas laterais e difusores, tambm em madeira, nos fundos e frente. Alm disso, h no teto o mesmo recurso acstico usado na Sala do Coral.Finalmente, no nvel + 12,22, encontra-se a grande sala para espetculos da Orquestra Sinfnica, com revestimento interno em difusores dispostos do cho ao teto, os quais foram calculados para obteno da melhor soluo acstica, alm de corresponderem, plasticamente, curva externa da Caixa Cnica. Tal Sala possui, ainda, painis alocados no teto, com possibilidade de movimentao vertical e que possuem piv, podendo ser girados (com tecido em uma face e madeira em outra) de acordo com a demanda acstica do espetculo.As reas especializadas localizam-se no 2 pavimento do prdio antigo, nvel +8,09. De um lado, esto as reas relativas ao Espao Cultural, e, de outro, salas relativas a apoio ao espetculo (como reprografia, musicoteca e manuseio de repertrio), com fcil conexo Caixa Cnica. No meio do pavimento, estabelecendo relao com o edifcio e a Praa da Liberdade (combinando as idias de Patrimnio Material e Imaterial), esto as Salas do Solista, do Gerente da Orquestra Sinfnica e do Maestro Titular.No 3 pavimento do prdio antigo, nvel + 14,00, o espao essencialmente dedicado aos principais responsveis pelo acontecimento do espetculo: os msicos da Orquestra Sinfnica. Em posio central neste pavimento existe o Hall dos Camarins em local com vista para a Praa que usa das divises preexistentes da edificao para distribuir os msicos para os respectivos camarins. Destes, h o acesso para a Sala de Descanso / Copa dos Artistas, que se conecta Caixa Cnica.O dilogo entre o contemporneo e o antigoO encontro entre o antigo e o contemporneo em locais com alto valor de patrimnio histrico inevitvel, pela necessidade de atendimento a novos usos e, conseqentemente, revitalizao dos espaos. As edificaes com valor histrico, notadamente as deste conjunto da Praa da Liberdade, apresentam elevada carga artstica, alm de serem representativas dos elementos construtivos e funcionais vigentes na poca de seu planejamento.Entende-se, no caso da interveno da sede da Orquestra Sinfnica, tratarem-se de dois aspectos patrimoniais a serem coadunados: o Patrimnio Material, edifcio-sede, com todos os valores intrnsecos ao carter fsico, e o Patrimnio Imaterial, agregado carga histrica do edifcio e sua representatividade centenria junto Praa, e agora, pelo aspecto simblico da existncia da Orquestra Sinfnica, uma das manifestaes da arte do Estado de Minas Gerais.Dessa forma, a considerao entre passado e presente e as referncias fornecidas pelo carter antigo (com seus usos e fluxos originais inseridos), permitem-nos um levantamento de critrios a serem adotados neste projeto.A interveno na rea mais antiga do prdio fez-se de forma delicada, de maneira a promover a harmonia dos espaos, aliando a robustez das divises internas preexistentes alocao de novas divises para novos usos, a fim de abrigar aqueles que trabalham para a manuteno da Orquestra Sinfnica em todos os seus aspectos.As novas divises foram projetadas para serem capazes de acolher os novos usos do lugar, flexibilizando-se em futuras modificaes e adaptaes. Os elementos arquitetnicos so inseridos de modo a liberar as paredes do edifcio original, mantendo com estes um contato fsico, visual e cultural. A inteno nesse caso de usar os caracteres fsicos proporcionados pela diviso e delimitao do espao existente no prdio antigo e a potencializao destes neste projeto.Condicionantes tcnicas e esquema estruturalAliadas s necessidades definidas pelo termo de referncia do concurso, alguns pontos devem ser ressaltados:O cumprimento da Norma ABNT 9077, referente s sadas de emergncia em edifcios. Ela determina (em funo do pblico previsto para a sala de concertos) o nmero de Unidades de passagem da edificao em 6, e tambm o nmero (2) e tipo de caixas de escada (PF enclausuradas prova de fumaa).Estrutura: Pilares em concreto com a funo de estruturar as paredes a serem mantidas somam-se a outros que suportam a carga do novo volume. Apoiadas nestes pilares, vigas metlicas vencem o vo proposto (18,65 m) e servem como pontos de apoio para a conexo dos painis em madeira laminada colada que serve como casca da estrutura. As vigas tambm servem como ncoras dos tirantes de sustentao das lajes que conformam o foyer, permitindo que estas tenham espessura reduzida, fator tcnico fundamental para a conformao da ambincia desejada.Consideraes sobre a acstica / caractersticas acsticas das salas1. Nvel de RudoUm importante critrio para descrever ambientes acsticos a quantidade de rudo de fundo presente em um determinado espao. Uma forma de apresentar esses dados seria por um conjunto de dados ou um grfico. Vrios padres tm sido propostos para representar o rudo de fundo por um nico nmero sendo que uma das mais comuns leituras de rudo o padro "Prefered Noise Criteria" PNC.Para se converter dados obtidos em uma medio acstica em um nico valor, um grupo de curvas pr-definidas (curvas PNC) utilizado. Os ambientes acsticos do projeto foram concebidos de forma tal que no exista interferncia sonora entre eles, permitindo que todas as salas possam ser utilizadas em um mesmo momento.O critrio de rudo adotado em projeto para Grande Sala de Concertos foi de PNC20, necessrio utilizao do espao para as mais diversas performances ao vivo, incluindo gravaes, caso venham acontecer. Como as salas de Concertos de Cmara e Ensaio do Coral ficam localizadas diretamente abaixo da Grande Sala de Concertos, as mesmas tero seu isolamento acstico reforado por um sistema flutuante tipo "caixas dentro de caixa" composto por um piso flutuante apoiado em elementos antivibratrios que ir receber as paredes internas, que por sua vez recebem o forro interno compondo um sistema totalmente independente da estrutura externa conforme ilustram os desenhos. Diversos cuidados devem ser tomados de forma a se obter um nvel rudo o mais baixo possvel, dentro dos limites desejveis para o fim que se destinam as salas. O sistema de isolamento adotado e o correto dimensionamento do sistema de ar condicionado iro permitir que o nvel de rudo final destas salas estejam abaixo da curva PNC25, conforme ilustra o grfico apresentado.2. Tempos de reverberaoO tempo de reverberao de uma sala (ou RT60 como conhecido) representa o tempo de decaimento do som no seu nvel de presso sonora (dB SPL) do momento de seu incio at o momento em que atinge um nvel de presso sonora 60 decibis abaixo de seu nvel inicial. O Rt60 pode ser medido em todas as freqncias e, conforme sua variao, ir descrever as caractersticas acsticas do ambiente.O projeto acstico da Grande Sala de Concertos foi concebido de forma que possa haver uma variao do tempo de reverberao da sala conforme o posicionamento dos painis de acstica varivel previstos na rea do teto e paredes frontais da sala. possvel, portanto, variar o som da sala de maneira a atender as mais diversas situaes de apresentaes, adequando no s a reverberao em seu interior, como tambm o direcionamento da propagao das ondas pela variao do ngulo de cada painel. As demais salas, por se tratarem de ambientes considerados acusticamente pequenos, devero apresentar um tempo de reverberao mdio (em 500Hz) nunca superior 0,75 segundos para a Sala de Ensaios do Coral e inferior 0,9 segundos para a Sala de Concertos de Cmara. A variao desse tempo em funo das oitavas de freqncia dever ocorrer de forma uniforme com uma tolerncia de 10% por oitava em direo s freqncias altas e +10% por oitava em direo s freqncias baixas, partindo de 500Hz.ficha tcnicaArquitetosCarlos Maia, David Mosqueira, Dbora Vieira, Eduardo Frana, Fernando Lara, Humberto Hermeto e Igor MacedoEngenheiro Civil e de udioRenato CiprianoColaboradoresHlio Chumbinho (estrutura); Geraldo Flix de Moura (preveno e combate a incndio)fonteEquipe premiadaBelo Horizonte MG Brasil

FONTE:http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/05.054/2494?page=1

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