concreto e argamassas

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Programa da disciplina: Concreto e Argamassas 1. Materiais e componentes do concreto 2. Aditivo para o concreto 3. Ensaios de laboratório 4. Propriedades do concreto fresco 5. Propriedades do concreto endurecido 6. Princípios sobre dosagem de concreto em centrais 7. Prática sobre dosagem 8. Controle de qualidade em concreto

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1. Materiais e Componentes do concreto 2. Aditivo para o Concreto 3. Ensaios de laboratório 4.Propriedades do concreto Fresco 5.Propriedades do concreto Endurecido 6. Pricípios de dosagem de concreto em centrais 7.Prática sobre Dosagem 8.Controle de Qualidade em Concreto

Transcript of concreto e argamassas

Programa da disciplina:

Concreto e Argamassas

1. Materiais e componentes do

concreto

2. Aditivo para o concreto

3. Ensaios de laboratório

4. Propriedades do concreto

fresco

5. Propriedades do concreto

endurecido

6. Princípios sobre dosagem de

concreto em centrais

7. Prática sobre dosagem

8. Controle de qualidade em

concreto

Materiais e

componentes

do concreto.

Def.: Produto constituído por silicatos aluminatos

de cálcio, sem cal livre, que, depois de hidratados,

funcionam como uma cola que ligam as partículas

de agregados entre si. Seu nome decorre de sua

semelhança com as rochas encontradas na ilha

de Portland (UK).

CIMENTO PORTLAND

Cimento

50 kg

Portland

1. HISTÓRICO- MUNDO

- Século XVIII

* 1756 John Smeaton - Farol de Eddystone (UK) -

Material resistente a agressividade do mar, usou

calcários impuros (c/ argila)

- Século XVIX

* Até 1830 - cimentos similares foram obtidos (6x)

L.J. Vicat - Observou que misturas calcário +

argila resultam em cimento

* 1824 patente do cimento para Joseph Aspdin

* 1885 Frederick Ransone - Forno horizontal rotativo

proporcionando um material homogêneo

- Século XX

* 1905 Thomas A. Edson - 1ª forno longo de cimento

CALCÁRIO (70%) +

ARGILA (20%)

CLINQUER

(silicatos de cálcio

hidráulicos)

GIPSITA (2 a 3%)

(sulfato de cálcio)CIMENTO

PORTLAND

Retarda o endurecimento pela baixa

solubilidade dos aluminatos anidros em

soluções supersaturadas de gesso.

2. OBTENÇÃO

MOAGEM

- BRASIL

- Século XVIX

* 1885 - 1ª tentativa de fabricar cimento:

- Engº Louis F. A.da Nóbrega - Paraíba (3 meses)

- Com. Antônio P. Rodovalho - São Paulo (21 anos)

- Século XX e XXI

* Restrições impostas pela 1ª guerra Mundial

* 1925 Fábrica do Espirito Santo

* 1926 Fábrica de Perus em São Paulo

* 2004: Produção 34,4 milhões de Ton. (8º Mundial)

Cons. per capita: 188kg/hab

(EUA: 373 kg/hab ; média européia: 461kg/hab)

* Atualmente: 10 Grupos responsáveis por 57 fábricas

3.FUNÇÕES DOS COMPONENTES

CALCÁRIO e ARGILA:

Formam o clinquer.

(1t de clinquer 1,5 à 1,8 t de matéria-prima)

ÀLCALIS (variando de 12,5 a 14,0):

Proteção da armadura (pH > 11,50)

GESSO ( 5%):

Retardar o tempo de pega, inibindo suas reações químicas.

4.COMPONENTES DO CIMENTO:OXIDOS PRINCIPAIS:

CaO- Oxido de cálcio (cal-C) (60 a 70%)- Calcário

SiO2- Oxido de silício (sílica-S) (17 a 25%)- Argila

Al2O3-Oxido de alumínio (alumina-A) (3 a 8%)- Argila

Fe2O3-Oxido de ferro-(F) (2 a 5%)- Argila

Reações:

Fe2O3 + Al2O3 + CaO C4AF (até acabar o Fe)

Al2O3 + CaO C3S (até esgotar a alumina)

Componentes observados no clinquer,

resultantes dos oxidos principais:

C3S -Silicato tricálcio -Endurecimento rápido, alto calor

de hidratação e alta resistência inicial, contribui para

resistência inicial do concreto (especialmente até final

do 1º mês)- (45-60%).

C2S -Silicato dicálcico - Endurecimento lento, baixo calor de

hidratação e contribui para resistência principalmente

a partir do final do 1º mês - (15-30%)

C3A - Aluminato tricálcico-Reação rapidíssima, altíssimo calor

de hidratação, resistência muito baixa à ataque por

sulfatos, contribui para resistência inicial (especialmente

no 1º dia)- (6-12%).- É sensível ao ataque de sulfatos.

C4AF -Ferro Aluminato tretracálcico - Reação muito rápida,

alto calor de hidratação, resistência desprezível, não

contribuindo para resistência. (6-8%)

9,14CaO.Al2O3.Fe2O3

C4AF

Ferroaluminato

tetracálcico3Óxido de ferro

(Fe2O3)

10,83CaO.Al2O3

(C3A)

Aluminato

tricálcico6

Óxido de alumínio

(Al2O3)

16,62CaO.SiO2

(C2S)

Silicato

dicálcico20Óxido de sílica

(SiO2)

54,13CaO.SiO2

(C3S)

Silicato

tricálcico63Óxido de cálcio

(CaO)

Quant.

(%)

Fórmula

(Nomenclatura)

Compostos

formados

Quantidade

(%)

Elementos

Resumo dos componentes

formados na produção do cimento:

Comportamento dos componentes do cimento:

C4AF7 28 90 180 360 720

IDADE (DIAS)

C3S

C2S

C3A

5. CLASSES DE CIMENTO

CLASSE

25 32 40 ARI

1 DIA - - - 14

3 DIA 8 10 15(12*) 24

7 DIA 15 20 25(23*) 34

28 DIA 25 32 40 -

91 DIA 32 40 48 -

- Resistência mínima em MPa

* Limite para CP-III - 40

- Resistente a sulfatos: Teor de C3A < 8 %

Teor de adições carbonáticas < 5%

6. TIPOS DE CIMENTONORMA SIGLA / TIPO / CLASSE CARACTERÍSTICAS

NBR

5732/91

CPI - Comum - 25,32,40

CPE - c/ adição - 25,32,40

Uso: praticamente universal, podendo ter de

1 a 5% de material pozolânico, escórias de

alto forno e material carbonáticos. Não

recebe adição

NBR

11578/91

- c/ escória- 25,32,40

CPII-F - c/ filer - 25,32,40

CPII-E

CPII-Z - c/ pozol. - 25,32,40

Uso: semelhante ao cimento portland comum

(CPI), diferenciando-se pela maior proporção

de adições que recebe

NBR

5735/91CPIII - Cimento Portland

de alto forno - 25,32,40Uso: meios sulfatados, marinho, industriais e

concreto- massa ou estruturas cujas dimensões

facilitem o surgimento de fissuras de origem

térmicas. Nas 1as idades tem resistência

menor que cimento comum.

NBR

5736/91

CPIV - Cimento Portland

Pozolânico - 25,32

Uso: em concreto-massa e em concretos

sujeitos a lixiviação sob ação de água

agressiva, devido a menor permeabilidade.

Nas 1as idades tem resistência menor que

cimento comum o que inverte-se após 90 dias.

NBR

5733/91

CPV-ARI - Cimento de

Alta resistência Inicial

Uso: altas resistências em baixas idades. Não

deve ser usado em concreto massa ou

elementos de grandes dimensões, devido ao

alto calor de hidratação

NBR5737/86

MRS/ARS- Moderada e alta

resistência a sulfatos -25,32Uso: em estruturas sujeitas ao ataque de sulfatos.

NBR CPB- CP B-Estrutural-25, 32, 40

CP B-40-ARI (Comercial)

CP B–Não-estrutural

Uso: Estrutural. Produzido com argila

caulinítica (Caulim) e baixos teores de ferro e

manganês.

Uso: Acabamento.

12989/93

Cimento Aluminoso Refratário, cor escura, alta resistência inicial e

alto calor de hidratação e resistência à ataque

químico

7. HIDRATAÇÃO DO CIMENTO

Perde água, responsável

pelas 1as resistências.

Produz retração

Responsável pelas

características físicas e

mecânicas, depende da

quantidade de água.

União dos agregados.

Hidratação dos compostos químicos através

da hidrólise.

Processo demorado e se dar de fora para

dentro.

Quanto menor o grão de cimento mais rápida

é a hidratação.

O processo é um fenômeno físico-químico

que não depende do ar.

+ H20

CLINQUER

GEL

GRÃO DE

CIMENTO

compostos

hidratados

menos solúveis

Transfor.Compostos

anidros

mais solúveis

Reações de hidratação dos

componentes na formação da pasta de cimento

•2C3S + 6H C3S2H3 + 3Ca(OH)2 + 120 Cal/gr

•2C2S + 4H C3S2H3 + Ca(OH)2 + 60 Cal/gr

•C3A + Gesso C2AS3H32 (sulfonato de Cálcio-etringita)

Etringita forma-se cristais de monosulfato hidratado

Ordem de formação dos produtos de hidratação

Etringita; Ca(OH)2; CSH

Como aumentar a resistência da pasta:

a) Teor de silicatos (C2S gera menos Ca(OH)2)

b) Eliminar ao máximo os cristais de Ca(OH)2

c) Diminuir consumo de água

d) Diminuir ou eliminar C3A e C4AF

20-25%50-60%

15-20%

Zona de transição

Área menos resistente do concreto– Presença de vazios (acúmulo de água por exudação)

– Alta concentração de Ca(OH)2

Planos de clivagem orientados

Baixas forças de atração de Van der Waals

– Presença de microfissuras

Influencia diretamente no módulo de

elasticidade e na durabilidade do concreto

Pasta de

cimento

AgregadoZona de

transição

9. PROPRIEDADES FÍSICAS DO CIMENTO

PORTLAND, EM SUA CONDIÇÃO NATURAL

(EM PÓ).

A) FINURA

- Governa a velocidade de hidratação

- Resíduo na peneira 200:

Classe: 25/32 (Máx.:15%) e 40 (Máx.:10%)

- O aumento da finura do cimento produz:

VANTAGENS DESVANTAGENSMaior resistências Maior calor de hidratação

Menor segregação

Menor exsudação Maior retração

Menor permeabilidade

Maior coesão Mais sensível ao

fissuramento

AVALIADO PELA:

NBR-5732- Cimento portland comum- fixar

condições de recebimento.

NBR-11579 - Cimento portland- Determinação por

Meio da peneira nº200.

B) TEMPOS DE PEGA

PEGA x ENDURECIMENTO

fenômenos físico-químicos

iniciais ligados com a

hidratação do cimento

Fenômenos que resultam

na rigidez da pasta

AVALIADO PELA:

NBR-5732- Cimento portland- Determinação dos

tempos de carga.

- Uso do aparelho de vicat:

Início da pega: agulha padrão penetra

39 mm em um recipiente

padrão de 40 mm.

Fim de pega: Agulha deixa de penetrar

Aceleram : cloreto de cálcio, cloreto de sódio, etc...

Retardam:gesso, carbonato de cálcio, açúcar, etc..

Início da pega: Limite do manuseio (mínimo: 1h)

Fim de pega:Início do desenvolvimento da

resistência mecânica (máximo: 10h)

C) RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

Fornece informações sobre o comportamento

mecânico.

É verificada no com idade de 3, 7, 28 (Fixa a

classe do cimento) e 91 dias, usando corpos-

-de-prova padronizados (1:3; f a/c: 0,48).

AVALIADO PELA:

NBR-7215 - Cimento portland- determinação

da resistência a compressão

10.CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS.

ESTÃO LIGADAS DIRETAMENTE AO PROCESSO DE

ENDURECIMENTO POR HIDRATAÇÃO DO CIMENTO

A) CALOR DE HIDRATAÇÃO

TRINCAS DE CONTRAÇÃO

MAIOR EM OBRAS DE

GRANDES VOLUMES

LIBERAÇÃO

DE CALOR

HIDRATAÇÃO

DO CIMENTO

- Depende:C3A - Aluminato tricálcico

C4AF - Ferro Aluminato tretracálcico

C) REAÇÃO ALCALI-AGREGADO

Fissuramento (diminuição da durabilidade)

Alcali do

cimento

Sílica ativa finamente

presente no Agregado

Grande expansão de volume

Água com substâncias químicas

D) RESISTÊNCIA A AGENTES AGRESSIVOS

Produtos de hidratação

- Prejuízo das características mecânicas

- Aumento de volume, fissurando

Cimento Portland : mais facilmente atacável .

Cimento pozolânico : capaz de resistir.

Vantagens: • Eliminação ou retardamento da RAA.

• Resistência ao ataque de águas naturais (sulfatos).

• Calor de hidratação.(exceto pozolanas de alta reatividade)

• Resistência à tração

• Permeabilidade

• Melhora a reologia do concreto, no seu estado fresco.

Origem: naturais ou artificiais.

Classificação:

8. ADIÇÕES

Definições:

Cimentantes: Reagem com a água.

Pozolanas: material silicoso ou sílico-aluminoso, com poder

aglomerante quando na presença de umidade e em temperaturas

próximas à ambiente, reagindo com o Ca(OH)2 produzido na

hidratação do cimento (NBR 12653, 1992). As 1as a serem

usadas foram das cinzas do vulcão da cidade de Puzilis- Itália

Objetivo: Alterar ou obter certas propriedades do cimento ou

do concreto.

ClassificaçãoComposição química

e mineralógicaCimentante:

- Escória granulada

de alto forno.

O material não processado tem a

dimensão da areia e contém de 10 à

15% de umidade. Antes do uso, deve

ser seco e moído até partículas

menores do que 45m, (comumente

cerca de 500 m2/kg de finura Blaine).

As partículas têm textura rugosa.

Na maior parte, silicatos vítreos

contendo principalmente cálcio,

magnésio, alumínio e sílica. Podem

estar presentes, em pequena

quantidade, compostos cristalinos

do grupo melilita e merinita.

Na maior parte, silicatos vítreos

contendo principalmente cálcio,

magnésio, alumínio e álcalis. A

pouca quantidade de matéria

cristalina presente consiste em geral

de quartzo e C3A; podem estar

presentes cal livre e periclásio

(MgO); CS e C4A3S podem estar

presentes em carvões de elevado

teor de enxofre. O carbono não

queimado em geral é menor que 2%.

Cimentante e pozolânico:

- Cinza volante com alto

teor de cálcio (CaO>10%).

Pó com 10-15% de partículas

maiores do que 45m,

(comumente 300 – 400 m2/kg de

finura Blaine). Muitas partículas

são esferas sólidas menores do

que 20 m de diâmetro. A

superfície das partículas é

geralmente lisa, mas não tão

limpas quanto as cinzas volantes

de baixo teor de cálcio.

Pozolanas Comuns:

a-Cinza volante de

baixo teor de cálcio

(CaO< 10%)

b- Materiais naturais

Característica das

partículas

Na maior parte silicatos vítreos

contendo alumínio, ferro e álcalis.

A pouca quantidade de matéria

cristalina presente consiste em

geral de quartzo, mulita, silimanita,

hematita e magnetita.

As pozolanas naturais contêm

quartzo, feldspato e mica além de

vidro de aluminossilicato.

15-30% de partículas > 45m,

(comumente 250 – 350 m2/kg de

finura Blaine). A maior parte das

partículas são esferas sólidas com 20

m de diâmetro médio. Podem estar

presentes cenosferas e plerosferas.

As partículas são moídas abaixo de

45 m, na maior parte, e têm textura

rugosa.

Altamente pozolânicas:

a- Sílica ativa

b- Cinza de casca de arroz

produzida por combustão

controlada.

C- Metacaulim

Sílica na forma amorfa

Sílica na forma amorfa

Aluminossilicato na forma amorfa

Esferas sólidas de diâmetro médio de

0,1m. Sesp 20.000 m2/kg.

Partículas < 45m. Altamente

celulares, Sesp. de até 60.000 m2/kg.

Partículas com tamanho médio de

1,5m. Sesp 16.800 m2/kg.

Outras: Escória granulada

de alto forno resfriada

lentamente, cinza de grelha,

escória, cinza de casca de

arroz queimada em campo

Consiste essencialmente de

silicatos cristalinos e somente

uma pequena quantidade de

material não cristalino

Os materiais devem ser moídos a um

pó muito fino para desenvolver uma

certa atividade pozolânica. As

partículas moídas têm textura rugosa

Princípios da ação pozolânica:

Ação Química:

Reação hidratação: C3S;C2S + H20 CSH + Ca(OH)2

Reação pozolânica:Ca(OH)2+ SiO2 + H20 CSH

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

0 10 20

Teores de Substituição (%)

Ca(

OH

)2(%

)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

0 10 20Teores de Substituição (%)

Ca(

OH

)2(%

)

1 dia

14 dias

28 dias

Idades (dias)

- Consumo de Ca(OH)2 com uso do MCAR:

- Medição do pH das misturas com MCAR:

12,00

12,50

13,00

13,50

0 10 20

Teores de Substituição (%)

pH

12,00

12,50

13,00

13,50

0 10 20

Teores de Substituição (%)

pH

1 dia

14 dias

28 dias

Idade

s

12,63

13,1313,3

13,61

13,36

12,00

12,50

13,00

13,50

14,00

0 5 10 15 20

Teor de substituição (%)

pH

- Medição do pH das misturas com sílica ativa (a/c:0,40):

(Hadahl e Justnes, 1993)

Forma de algumas adições minerais:Sílica ativa: Cinza de casca de arroz :

Ação Física:

a) Aumento da densidade - Efeito microfiler

b) Pontos de nucleação para os produtos de

hidratação diminuindo os cristais de Ca(OH)2

c) Densificação da zona de transição.

Benefícios do emprego de adições:

•Tecnológicos:

•Econômicos:

•Ecológicos:

Metacaulim de alta reatividade:

c) Físicas

Características das Adições:

a) Químicas

b) Mineralógicas

•Grande quantidade de SiO2 (>80% para pozolanas e

<50% para cimentantes).

•A Argila calcinada apresenta proporções semelhantes

de SiO2 e Al2O3.

• Estrutura amorfa.

•Elevada finura.

Ocupam de 75 à 80% do volume de

concreto

AGREGADOS

1. FUNÇÃOECONÔMICA: Diminuição do custo, material inerte.

TÉCNICA: Diminuir consumo de cimento .

2.TERMINOLOGIA

2.1 ROCHA-VIVA (OU ROCHA): Forma o substratum consolidado da terra.

Mantém inalterado seus elementos mineralógicos.

Altas resistências a penetração e mecânicas.

2.2 BLOCO:

Pedaço isolado de rocha viva, com diâmetro médio > 1 m.

2.3 MATACÃO: Pedaço de rocha viva, com diâmetro variando de 1m a 25 cm.

2.4 PEDRA: Pedaço de rocha, com diâmetro variando de 25 a 7,5 cm.

2.6 BRITA CORRIDA:

Origem: britagem, sem graduação definida (s/ peneiramento).

2.7 PEDRISCO:Denominado de areia artificial.

Origem: britagem, com diâmetro variando de 4,80 a 0,15 mm.

A classificação granulométrica é semelhante a da areia:

Grosso (4,8-2,4 mm); Médio (2,4-0,6 mm); Fino (0,4-0,15 mm)

2.8 FILER:

Origem: britagem e de decantação, com Dmax < 0,05 mm.

Usado para aumentar a densidade.

Grãos da mesma ordem de grandeza dos grãos de cimento.

2.9 PÓ DE PEDRA: Formado por pedrisco + filer (0 a 4,8 mm).

Sem graduação definida (Depende da pedreira).

Nº Diâmetro Diâmetro

mínimo (mm) máximo (mm)

0 4,8 9,5

1 9,5 19,0

2 19,0 25,0

3 25,0 50,0

4 50,0 76,0

5 76,0 100,0

2.5 PEDRA BRITADA OU BRITA:Tipos: Granito e basalto (Igneas) e gnaisse (silicosas metamóficas)

Origem: britagem, com diâmetro variando de 64 a 4,8 mm.

Resistência: Basalto > granito, gnaisses > seixo

Módulo de elasticidade: Comportamento parecido a resistência.

Tamanho definido por peneiramento.

Terminologia comercial (% retida > 95%):

Granito

Vantagem;

resistência e dureza (desgastes/choques)

Desvantagem:

Dureza

Basalto

Vantagem;

resistência e dureza (excessiva)

Desvantagem:

lamelares

Quanto ao peso unitário:-Leve, < 1 kg/dm³, Ex: Vermiculita e isopor-Normal, 1< < 2 kg/dm³, Ex: Seixo e areia-Pesado, > 2 kg/dm³, Ex: Barita

Quanto a forma:

- Esférica: Menor atrito, maior plasticidade.

- Cúbica: Trabalháveis, porém, menos plásticas.

- Lamelar: Atravessa grãos não lamelar, uso proibido em certas situações.

Quanto a origem:

- Naturais: Areia, seixo.

- Artificiais:Argila expandida, escória de alto forno

3. CLASSIFICAÇÃO

Quanto a função:-Isolante acústico com baixa resistência. EX: Vermiculita e isopor

-Para peças estruturais. EX: Seixo, brita e areia

-Isolante térmico e acústico com alta resistência. EX: Argila expandida

Quanto as dimensões:

- Agregado Graúdo (50% do Vconcreto): Dmax:> 4,80 mm

- Agregado Miúdo: 4,80 mm < Dmax > 0,075 mm

3.2 NATURAIS:

Eólicas: Ação do vento (dunas), material fino, alta pureza.

JAZIDAS

Residuais: Próximo a rocha mãe, boa granulometria.

Aluviais: Ação da água

3.1 ARTIFICIAIS:

- Trituração ou britagem, ex: brita, pedrisco, etc...

- Fabricação, ex: caco cerâmico, argila expandida, etc...

4. OBTENÇÃO:

5.PRODUTOS NATURAIS

5.1 AREIA

Faixas Granulométrica

ObtençãoRios, curvão, etc...

Ourém, Bragança, Sta Bárbara,

Sto Antônio do Tauá, etc...

Origem Quartzosos (rochas metamórficas).

Classificação

Grossa: 2,4 a 4,8 mm

Média: 0,6 a 2,4 mm

Fina: 0,15 a 0,6 mm

Agregado Miúdo

Belém: Muito fina

Belém, maior presença de

grãos entre 0,15 e 0,6 mm

Características

típicas da

região

( )

5.2 SEIXO ROLADO

5.2.1 Generalidades:

Forma Arredondada - Movimento dos rios;

Maior trabalhabilidade;

Menor Aderência;

Possibilidade de reação Álcalis-agregado

5.2.2 Características do seixo usado em Belém:

% média de areia maior de 15% em peso;

Grãos na faixa de 2,00 mm à 75 mm;

Diâmetros maiores de 25 mm são raros;

Diâmetros de 19 mm e 25 mm são predominantes;

Excesso de grãos na faixa de 9,5 à 19 mm.

Areia Seixo Brita

Munit (kg/dm³) (h:4%) 1,38 a 1,61 1,36 a 1,54 1,4 a 1,5

Mesp (kg/dm³) 2,59 a 2,67 2,57 a 2,68 2,5 a 3,0

Desgaste (abr. L. A)(<50%)* --- 35% a 62% 30%

Resistência ao esmagamento --- 28% a 45% 15%

Mat. pulverulentos (>3%) 1 a 15% <1% <1%

Argilas e torrões (>3%) 0 a 2,5% ---- ---

Impurezas orgânicas** < 330 ppm --- ---

Inchamento 1,42 a 1,60 --- ---

Módulo de finura

Areia: Dmax:1,2 , Seixo: Dmax:32 1,55 7,40 ---

Areia: Dmax:2,4 , Seixo: Dmax:25 2,00 7,0 6 a 7

Areia: Dmax:4,8 , Seixo: Dmax:19 2,70 6 ---

Teor de umidade 4 a 10% 1% ---

Valores de algumas propriedades dos agregados usados na região

* Em média tem-se uma abrasão de 50%;

** Algumas areias apresentam um índice de impurezas orgânicas

Maior que especificado em norma (2 de 6 amostras);

5.2.3 Estudo comparativo entre:

BRITA SEIXO

Forma dos grãos Angular Redonda

Índice de vazios Maior Menor

% areia requerida Maior Menor

% de água Maior Menor

Trabalhabilidade Menor Maior

Aderência Elevada Baixa

Concretos com mesmo fator a/c:

Brita X Seixo

Trabalhabilidade

Resistência

Resistência mecânica:

-Compressão: >> concreto convencional

-Tração: de 10 a 15 MPa

-Abrasão L. A.: Verifica desgaste superficial

-Ao Choque: Proteção das margens de rios.

Esmagamento:

-Submetido a compressão, os grãos podem se

fraturar, alterando a distribuição granulométrica.

Friabilidade

- Desagregação decorrente da ação, mesmo

que moderada, de uma tensão.

- Menor quantidade de grãos friáveis: Maior a

qualidade do agregado

Forma dos grãos:

- Tem influência no que se refere a compacidade

trabalhabilidade e ao ângulo de atrito interno.

6. ÍNDICES DE QUALIDADE:

Impurezas:

-Nos agregados podem ser classificadas em:

1. Coloidais: Não são elimináveis

2. Não Coloidais: São retiradas por lavagem. As que

mais ocorrem são:

Argila:

Prejudica aderência

e baixa tensão de

ruptura

Materiais friáveis:

Fraturam sob

pequena tensão.

Materiais

carbonosos:

Afeta trabalhabilidade

causa manchas

Materiais orgânicos:

Retarda o

endurecimento e

diminui a Resistência.

Materiais pulverulentos:

Passa na peneira 200,

requer mais água e

prejudica a aderência.

NÃO COLOIDAIS

Massa específica:

-Não inclui vazios.

-Agregado miúdo: Frasco de Chapman

-Agregado graúdo: NBR 9937

Massa unitária:

-Inclui vazios.

-Transforma de peso para volume

-Ensaio: Uso de caixa (influenciado pela compacidade).

Porosidade:

- Do agregado: P: Vvazios/Vagregado

- Do material dos grãos: NBR 9937

7. PROPRIEDADES FÍSICAS:

Compacidade e Índice de vazios

- Do agregado: C: Vtotal dos grãos/Vagregado

- Do agregado: i: Vtotal de vazios/Vtotal de grãos

Teor de umidade:-Massa de água absorvida pelo agregado.

-É dado pela diferença de peso entre a amostra

seca e úmida, em % peso da amostra seca.

- Teores de umidade na faixa de 4% a 9%, podendo

chegar a 12% nas estações mais chuvosas.

- Nas condições ambientais de Belém, a Hmed = 6,5%

- Hsat 25%

Inchamento:- Somente em agregado miúdo.

- Película de água em volta dos grãos.

- Coeficiente de inchamento: Vtu / Vagr. quando seco

- Inchamento máximo: Areia saturada.

- Inchamento praticamente constante entre 3% e 10% de

umidade.

- É considerado em dosagem por volume.

(Delisle et al, 1989)

Peneiras (mm)

Pesoretido (kg)

Porcentagem.retida.

Porcentagemacumulada

4,80 14,0 1,40 1,0

2,40 37,0 3,70 5,0

1,20 57,5 5,75 11,0

0,60 259,0 25,9 37,0

0,30 415,0 41,5 78,0

0,15 141,0 14,1 92,0

FUNDO 76,5 7,65 100,0

TOTAL 1000,0 0 100,0

- Estuda tamanho dos grãos.

- Resultado:

1. Dmax: <5% acumulada (igual ou imediatamente inferior).

2. Módulo de finura: % acumulada exceto

100 peneiras 25/50

3. Curva granulométrica.

- Série normal: 0,15; 0,30; 0,60; 1,20; 2,40; 4,80; 9,50;19,0;

38,0 e 76,0 mm.

- EXEMPLO: 1000 Kg de areia

- Dmax: 2,4 mm

- Curva granulométrica: % Acumuladas

- Módulo de finura:1+5+11+37+78+92: 2,24

100

( )

Análise granulométrica

Granulometria:-Fornece: Módulo de finura

Dmax : < 5% -convencional

< 3%- aparente

Maior

superfície

específica

Maior

necessidade

de gel e

água

Menor

diâmetro

dos grãos

Resistências mecânicas:

-Compressão: Sem restrição, exceto CAR.

-Tração: Não necessitam ser levadas em consideração.

-Abrasão: Em concretos que sofreram forte atrito.

Fragilidade:

- Depende do agregado em questão e do seu

emprego.

Impurezas:

- Retarda endurecimento, diminui a resistência e

a aderência, etc...

Forma dos grãos

- Altera a trabalhabilidade

7. CORRELAÇÃO DOS AGREGADOS

COM AS PROPRIEDADES DO CONCRETO.

Teor de umidade:

-É considerado apenas para agregado miúdo.

Distribuição granulométrica:

-Com muitos finos: Maior consumo de água para

mesma trabalhabilidade.

-Sem finos: maior exsudação e permeabilidade (requer

um aumento no teor de cimento).

-Distribuição granulométrica ideal: Média

Reatividade potencial

- O agregado deve ser inerte, evitando reação

com o álcalis do cimento.

Agregado

Reativo

UmidadeÁlcalis

RAA

8. PROPRIEDADES DO

CONCRETO LIGADAS AO AGREGADO.

Durabilidade:

Deve ser inerte, não

reagindo com o

alcalis do cimento.

Permeabilidade:

Aumenta com

uma distribuição

granulométrica

descontínua.

Retração:

pode ter

influência.

Resistência à compressão:

Depende do fator a/c que

depende da

distribuição granulométrica.

Trabalhabilidade:

É influenciado pela forma e

distribuição granulométrica.

PROPRIEDADES

•Absorção de água:

- Varia em função da porosidade do material dos

grãos (poros e capilares):

•Aderência:

- Grãos com superfície rugosa apresentam

maior aderência entre o agregado e a pasta.

ÁGUA

A presença de pequenas quantidades de açúcar e de

citratos não tornam a água imprópria para beber,

mas podem torná-la insatisfatória para concreto

pH ................................................................... 5,0 - 8,0

Sólidos Totais ............................................... 5000 mg/ℓ

Sulfatos ......................................................... 600 mg/ℓ

Cloretos ......................................................... 1000 mg/ℓ

Açúcar ........................................................... 5 mg/ℓ

Matéria Orgânica ........................................... 3 mg/ℓ

1. QUALIDADE

2. PARÂMETROS NECESSÁRIOS NA

ÁGUA PARA USO EM CONCRETOS

ADITIVOS

1. OBJETIVO

Reforçar ou introduzir certas características

2. UTILIZAÇÃO

Em pequenas quantidades (< 5%).

Pode ou não ser lançado diretamente na

betoneira

3. FUNÇÕES BÁSICAS DOS ADITIVOS

CONCRETO FRESCO C.ENDURECIDOConsistência apropriada Resistência mecânica

Homogeneidade Impermeabilidade

Coesão Durabilidade

Tempo de pega Elasticidade

Exsudação

AÇÃO, Dividi-se em:

Química: Atua no processo de hidratação,

modificando a solubilidade dos compostos

de cimento.

Físico: Atua nas forças de Vander Waals,

de natureza tensoativa, modificando a

tensão superficial da fase líquida e entre

elas na interface(água-ar) e (água-sólida),

diminui a coesão.

Físico-químico: Ambos

5. CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS

Baseada na ação e no efeito

4. FATORES IMPORTANTES PARA O USO

DOS ADITIVOS

Custo

Mão-de-obra

Efeitos colaterais

Modificadores de tempo de pega e endurecemento.

Aceleradores e retardadores

impermeabilizantesRepelente a absorção capilar e redutor de permeabilidade

ExpansoresGeradores de gás, estabilizadores de volume e geradores de

espuma

Adesivos, Anticorrosivo, etc...

EFEITO:

Melhorar trabalhabilidadeIncorporador de ar, dispersantes e plastificantes redutores

Modificar resistência mecânicaPlastificantes redutores

Modificar resistência em condições especiais

de exposição.Incorporador de ar.

Nomenclatura (NBR 11768):Tipo P PlastificanteTipo R RetardadorTipo A AceleradorTipo PR Plastificante retardadorTipo PA Plastificante aceleradorTipo IAR Incorporador de ar Tipo SP SuperplastificanteTipo SPR Superplastificante retardadorTipo SPA Superplastificante acelerador

6. TIPOS DE ADITIVOS

A. INCORPORADOR DE AR Produto tensoativo

Incorpora bolhas de ar elásticas (25 a 250 microns).

São diferentes das bolhas provocadas pela mistura,

que são maiores e sem granulometria definida.

Forma de ação de um incorporador de ar típico:

Fluído: Maior consistência, menor consumo de água.

Inerte: Coeficiente de forma, elásticas, menor atrito, menor

% de vazios acidentais e irregulares.

Resultando: Facilidade de lançamento, maior coesão e

menor exsudação

NO CONCRETO ENDURECIDO:

Obstrui os poros capilares aumento da durabilidade.

Menor consumo de água aumento da resistência.

NO CONCRETO FRESCO:diminui a tensão superficial da água, agindo como:

-+

+

+

+

++ +

-

-

-

-

- -

-+

+

+

+

++ +

-

-

-

-

- -

-+

+

+

+

++ +

-

-

-

-

- -

- -

--

ArCimentoCimento

Cimento

Ar

Fatores que influenciam na ação do aditivo.

Dosagem e

natureza do

aditivo

Cimento

Fator A/C

Mistura

Lançamento

Volume de ar incorporado

Dimensão e distribuição das

bolhas.

Estabilidade e resistência da

membrana.

Natureza, finura e dosagem

Dimensão das bolhas

Modo, energia, tempo, tipo

de betoneira, volume de

concreto

Tempo, compactação

DESVANTAGENS:

Alta porcentagem de ar incorporado, causa diminuição

sensível da resistência mecânica.

APLICAÇÃO:Concreto expostos a agentes agressivos.

B.PLASTIFICANTES

REDUTORES DE ÁGUA

DISPERSANTES

Objetivo: Melhorar plasticidade

Atuação: Age no cimento por dispersão física (repulsão).

Propriedades no concreto fresco: Melhor

consistência com menor volume de água, maior

plasticidade, menor segregação, melhor condição para

bombeamento e vibração e menor consumo de cimento

(menor calor de hidratação)

Propriedades do concreto endurecido: Maior

resistência mecânica e densidade, e menor retração.

Desvantagens: Superdosagens produz retardamento

da pega, a trabalhabilidade diminui a grandes distâncias

e produção de espumas por alguns aditivos.

Aplicação: Sem restrição (CAR/CAD, bombeado,

de difícil aplicação, aparente, etc...

Resistência àcompressão (MPa)

Tipos de concreto Consumode cimento

(kg/m3)

Relaçãoa/c

Abatimento(mm)

7 dias 28 dias

Concreto dereferência

300 0,62 50 25 37

Objetivo de uma dada dosagem de aditivo

Aumento de fluidez 300 0,62 100 26 38

Aumento deresistência

300 0,56 50 34 46

Redução do consumode cimento

270 0,62 50 25,5 37,5

Efeito no concreto:

C. RETARDADORES DE PEGA

Objetivo: Retardar tempo de pega

Atuação: No cimento, retardando a formação do gel de

3 horas (Máximo) a 1hora (Mínimo).

Vantagens: Aumenta o tempo de pega, evitando

juntas frias em altas temperaturas, proporcionando resistências

homogêneas em grandes volumes e dissipação do calor de

hidratação.

Desvantagens: Superdosagem pode causar grande

retardamento da pega, até mesmo, impedi-lá e necessidade de

mistura cuidadosa visando homogeneidade.

Aplicação: Grandes obras (concretagens demoradas),

obras onde a dissipação de calor de hidratação causa

problema e concreto transportado à longas distâncias.

D. ACELERADOR DE PEGA

Objetivo: Diminui o tempo de início de pega, podendo

ter algum efeito sobre o endurecimento.

Atuação: Combina quimicamente Apressando a

com o cimento durante hidratação ou

a hidratação. endurecimento

Fatores que influenciam no efeitoQuantidade de aditivo, temperatura do ambiente e do

concreto.

DesvantagensCloreto de cálcio

Cloreto de sódio

Cloreto de cálcio Proibido no Concreto Protendido

Resistências finais inferiores ao mesmo concreto sem

aditivo

Facilitam atividade de agregados reativos

Diminuem resistências a sulfatos

Alto calor de hidratação

AplicaçãoSelamento de vazamentos de água, visto que se obtém

resistências de até 50 % em 24 ou 36 horas, pré-

-moldados, etc...

CORROSÃO

E. IMPERMEABILIZANTES

Objetivo: Diminuir a permeabilidade

Atuação: Diminuir a porosidade provocada pelo

elevado fator água/cimento

Os impermeabilizantes dividi-se em:

Para Concretos:

PLASTIFICANTES

INCORPORADORES DE AR

Para argamassas:

ADITIVOS À ABSORÇÃO CAPILAR:

REDUTORES DE PERMEABILIDADE:Com uso de pó de ferro (muito fino)

Estearatos +

Ca(OH)2

Ação repulsiva

com relação a água

<Porosidade

da pasta

Porosidade

do concreto

é maior pelas falhas

entre pasta e o

agregado.( )

NÃO USADO EM CONCRETO: Por não

cumprirem perfeitamente sua função e por

baixar muito a resistências pela alta e

descontrolada incorporação de ar.

Estabilizadores de volume:

Aditivo Cimento em

hidratação

Aumento de

volume

F. EXPANSORES

Objetivo: Aumentar volume de argamassas e pastas.

Atuação: Na hidratação do cimento, gerando gás ou

aumentando o volume.

Geradores de gás:

Pó de alumínio Pequenas

+ bolhas de

Ca(OH)2 hidrogênio

Fatores que afetam o efeito do aditivo

Altas temperaturas, produzem reação

rápida eliminando o efeito.

Baixas temperaturas,produzem reação

lenta endurecendo antes de gerar o gás.

G. SUPERFLUIDIFICANTES

Objetivo: Aumentar plasticidade

Atuação: Age na hidratação do cimento, tornando

mutualmente repulsivas os grãos de cimento.

Efeito na dosagem do concreto:

Menor fator a/c (20 a 30%)

Menor consumo de cimento

Maior porcentagem de agregado para substituir o

volume de cimento e água retirada.

Propriedades no concreto frescoMaior consistência com menor consumo de água.

Menor segregação

Propriedades do concreto endurecido

Maior resistência mecânica (50 a 100%) e durabilidade.

Desvantagens: Efeito dura em torno de 40 minutos.

Efeito no concreto:Resistência à

compressão (MPa)Tipos de concreto Consumo

de cimento(kg/m3)

Relaçãoa/c

Abatimento(mm)

7 dias 28 dias

Concreto de referência 360 0,60 225 32 45

Mantendo a mesmaconsistência + 2% desuperplastificante emmassa de cimento

360 0,45 225 43 55

Mantendo a mesmarelação a/c, semsuperplastificante ecom menor abatimento

360 0,45 30 37 52

Aplicação: Semelhante ao plastificante.

ENSAIOS NO

CONCRETO

1. OBJETIVOConhecer e verificar qualidades e determinar grandezas

2. ENSAIOS

2.1 ESTADO FRESCO

A. SLUMP TESTObjetivo: determinar a consistência de concretos plásticos e

coesivos, pelo abatimento do tronco de cone.

Elementos:Molde, Haste de aço (barra de 16mm), Placa de aço

Amostragem: Antes do uso concreto.

Modo de execução:

Fixa-lo, com auxílio dos pés,

em local firme e na horizontal.

Encher o molde em três camadas iguais,

Cada uma com 25 golpes

Acerta o concreto com o

nível da forma.Desmoldagem. Medir a diferença.

NÃO É INDICADO PARA CONCRETOS MUITO FLUÍDO

OU MUITO SECO

B. ENSAIO VEBE

Objetivo: tem a mesma finalidade do “slump test”.

Elementos: Mesa vibratória, recipiente cilíndrico, tronco

de cone e disco de vidro ou plástico.

Tronco de cone é colocado no

recipiente

Preenchimento do tronco de

cone

Remoção do tronco de cone.

Posicionar disco no topo do

tronco de cone de concreto.

Ligar mesa vibratória.

Medir tempo para o concreto

passar da forma tronco-cônica

para cilíndrica.

Modo de execução:

C. ENSAIO ESPALHAMENTO

Objetivo: desenvolvido para concreto fluído.

Elementos: 2 placas quadradas de 700 mm de largura

interligadas por uma aresta e tronco de

cone de 200 (b) x 130 (t) x 200 (h) mm.

Posicionar molde do tronco de cone no centro da placa.

Preenchimento do tronco de cone (2 camadas de 10 golpes)

Remoção do tronco de cone.

Erguimento da placa superior até a marca de 40 mm de altura

e solta, repetir este procedimento por 15 vezes.

O espalhamento é medido pelo diâmetro médio de duas

medições ortogonais.

Se o espalhamento não for uniforme, falta coesão.

Modo de execução:

2.2 ESTADO ENDURECIDO

A. ENSAIO À COMPRESSÃO SIMPLES

Objetivo: Determinar a resistência à compressão simples

através de ensaios padronizados de CP cilíndricos.

Elementos: Formas (10x20 e 15 x30), haste de aço

(barra de 16mm), gola metálica e

colher de pedreiro

Amostragem: Colhida do meio da betonada.

Modo de execução:

Moldagem: 4 camadas com 30 golpes (15 x 30).

2 camadas com 15 golpes (10 x 20).

Desmoldagem de 12 a 24 horas (correto).

Cura: em local úmido

Rompimento: Uso de capeamento

Observações:

Quando ensaiar CP com dimensões fora de norma, usar

formula para correção:

Fcor= Fens x 0,81 .

0,56 + 0,697 d .

0,0515d2h

Dias para rompimento (1,3,7,14,28, 60, 90)

B. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (ENSAIO BRASILEIRO)

Objetivo: Determinação da resistência à tração através de ensaios de

fendilhamento de CP cilíndricos

Expressão que dá a resistência à tração:

Fct= 0,85 x 2F 0,55 x F

¶dh dh

Onde:

F - Carga de compressão transversal

d,h - Diâmetro e altura do CP.

0,85- fator de conversão que relaciona

resist. a tração com a resist.

a compressão diametral

F

F

F

F

+

-

-

C. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO

Objetivo: Determinação da resistência à tração na flexão através de

corpos de prova de 15x15x75 cm (pode ter outras dimensões desde

mantenha a proporção entre dimensões).

Expressão que dá a resistência:

PL x h

Ftf= MY 6 2 PL

I bh³ bh²

12

Onde:

P - Carga de ruptura

L - Comprimento (cm)

b,h- = Largura, base (cm)

P/2 P/2

L/3 L/3 L/3

M:PL

6

Flexão pura

D. MÓDULO DE ELASTICIDADE

Objetivo: Determinar o módulo de elasticidade do concreto por meio

de ensaios padronizados de CP cilíndricos.

Elementos: Formas (10x20 e 15 x30), haste de aço (barra de 16mm),

gola metálica e colher de pedreiro

Amostragem: Colhida do meio da betonada.

Modo de execução:

Moldagem: 4 camadas com 30 golpes (15 x 30).

2 camadas com 15 golpes (10 x 20).

Desmoldagem de 12 a 24 horas (correto).

Cura: em local úmido

Rompimento: Uso de capeamento

Formas de obtenção dos valores:

Strain gages

Extensometros

LVDT

Ultrason

E. ESCLEROMETRIAObjetivo: Método da dureza superficial para avaliação da resistência.

Baseia-se no fato de haver uma reflexão (ou ricochete) que será

diretamente proporcional a resistência dessa superfície.

Norma: NBR 7584 (1995)

Métodos de medida:

Escl. Schmidt:Tem por base a dureza Shore

( RECUO DE UMA MASSA CHOCANTE)

Escl. Gaede:Tem por base a dureza Brinell

(MEDIÇÃO DE PONTO DEVIDO IMPACTO)

Elementos que afetam o teste:

Rugosidade da superfície

Tamanho, forma e rigidez da amostra

Condições de umidade superficial e internas do concreto.

Tipo de agregado graúdo

Tipo da forma

Carbonatação

Elementos sob carga - aumento de 15% (Cánovas)

Correção devido a posição do aparelho (melhor: horizontal)

Índice esclerométrico:

Aferição do aparelho (Obtenção o valor de K -coeficiente de

correção do IE).

Escolher local limpo e plano evitando zonas segregadas e

carbonatadas (Superfície lisa- disco de carborundum).

Definir nº de pontos (5, 9, 16 por Área)

Área de 5000 a 40000 mm² - Distância entre pontos: 30 mm

Determinação da M1(=IE) (média dos “n” valores iniciais), e

desprezando valores espúrios (±10% de M1).

Determinar M2 (=IE) (dureza do concreto)

Obter o IE efetivo através do uso de K

Correlacionar o IE efetivo com a resistência á compressão,

com base na posição do aparelho na ocasião da medição.

Modo de execução:

Valor obtido através do impacto sobre a área de ensaio, fornecido

diretamente, em porcentagem, pelo aparelho.

Média do IE efetivo Qualidade da cobertura de concreto

> 40 Boa - Superfície dura

30-40 Satisfatória

20-30 Ruim

< 20 Fissuras/concreto solto junto a superfície

CEB Buletin nº 192

Massa do martelo que pulsionada por uma mola se choca através de

uma haste com a superfície de ensaio. O aparelho mede a energia

remanescente (recuo do martelo).

Funcionamento do aparelho:

Estima a resistência do concreto pela profundidade de

penetração de um pino de metal impelido por disparo de uma

carga padronizada de explosivo.

A profundidade de penetração é inversamente proporcional à

resistência do concreto e à dureza do agregado (dureza do

agregado- escala Mohs).

Esta sendo implementado o seu emprego, por proporcionar

resultados mais confiáveis que o esclerômetro, baixo custo, e

fornecer a resistência de uma camada mais profunda do

concreto.

Limitações de aplicação:

Apenas complementa outros métodos

Deve ser utilizado mais para a verificação da homogeneidade

Correlação com a resistência à compressão é bastante limitada, só é

válida para os mesmos materiais e obras com as mesmas condições.

Em obras novas pode ser correlacionado com outras partes da estrutura

de resistência conhecida.

Martelo Windsor:

F. EXTRAÇÃO DE C.P.Objetivo: Extrair C.P. com broca diamantada,

perpendicularmente a superfície de concreto.

Aplicação: Quando ainda persistem dúvidas

quanto ao ensaios esclerometricos. (custo alto)

Norma: NBR 7680 (1981)

Elementos que afetam o teste:

Dimensões do Corpo-de-Prova.

Condições de contorno

Microfissuras originarias pela extração

Microfissuras pelo corte do agregado graúdo

Informações fornecidas pelo CP:

Resistência a compressão simples.

Resistência a compressão diametral.

Módulo de deformação do concreto.

Diagrama tensão - deformação

OBS: Result. do CPextraído< CPmoldado (1.10 ou 1.15)

Tamanho máximo do lote (Imposições visando um concreto com as

mesmas características)

Volume total de concreto < 100 m³

Área de concretagem < 500 m²

Tempo de concretagem < 15 dias

Máximo um pavimento.

Tamanho da amostra:

n =6 para f 10 cm (10 e 15 cm).

n =10 para f< 10 cm (7,5 cm)

Modo de execução:

Extração do CP

- Diâmetro do CP‟s: Mínimo 3 f do agregado

- Distância entre CP‟s: Mínimo 1 f do CP

- Idade: maior que 14 dias ou resistência maior que 5 MPa.

- Pilares, cortinas e paredes- Evitar:

* Concrete Society - últimos 20% de h

* Cánovas - últimos 30 cm (para h 2 m)

* NBR 7680 últimos 50 cm - quando impossível aumentar 10% da Fc.

- Direção de extração: Cocretagem vertical e extração

horizontal: redução de 5 a 8% (Cánovas)

Ruptura dos corpos-de-prova

- Preparo da superfície (disco de corte) e capeamento

- Condições de umidade:

* Em função das condições de serviço

* Úmido: redução de 15 a 20% na Fc

Limitações do ensaio:

Não fornecem resultados absolutos - ás vezes há necessidade de

confrontar com outros métodos não destrutivos.

fck est fck proj.

Executar correlação em função da posição de extração, da idade,

do tipo de cimento e das dimensões do corpo de prova.

Relação h/d 2,00 1,75 1,50 1,25 1,00 0,75 0,50

Fator de correção 1,00 0,97 0,93 0,89 0,83 0,70 0,50

NBR 7680

Aceitação da estrutura

Acha-se o fckest como sendo o menor dos dois valores:

fckest:: 0,85 x Média dos resultados obtidos

fckest :: 0,89 x Menor valor obtido

Objetivo: Efetuar a observação visual em chapas

radiográficas (raio X do concreto).

Aplicação:

Verificar as boas ou más condições internas.

Fissura e cavidade interna

Amassamento ou quebra da bainha.

Falta de aderência entre bainha e concreto.

Corrosão da armadura e cabo de protenção

Diâmetro e posição da armadura

Qualidade da junta de concretagem

Inclusão de corpos estranhos no concreto

Localização de eletrodutos no concreto

Reconstituição de plantas de ferragem

Determinação dos pontos onde serão tirados os CP

Verificação da boa panetração de resinas

Modo de execução:

C. GAMAGRAFIA

Coloca-se de um lado a fonte de radiação e do outro uma

chapa radiográfica.

A radiação atravessa a peça e imprimi na chapa sensível

as características do concreto

(ex: mancha clara = armadura, escura = vazio).

D. ULTRASOM

Objetivo: Avaliar as características do concreto através do ultra-som.

Este ensaio ganhou difusão graças ao aparecimento de aparelhos

portáteis de medição (pundit).

Aplicação:

Verificar homogenidade do concreto.

Falhas de concretagem internas (ninhos).

Determinação de fissuras e outros defeitos.

Modo de execução:

Escolha de local limpo, plano e isento de sujeira.

Colocação dos transdutores na peça de concreto.

Com o tempo de propagação e a menor distância

obtida, determinar a velocidade de propagação.

Fazer a correlação da velocidade de propagação com

a resistência a compressão. (Mais vazios = menor velocidade)

Fatores que influenciam na velocidade:

Possível existência de armadura.

Tipo de adensamento do concreto

Idade e densidade do concreto.

Tipo de agregado.

Fator água/cimento.

.

E. PROVA DE CARGA

Objetivo: Chegar as condições para qual a estrutura

tenha sido calculada, construída ou reforçada. É um dos

ensaios mais convincentes.

Medições possíveis:

Deformações verticais: Deflectômetros mecânicos

Rotações em peças estruturais: Clinômetro

Deformações específicas: Elongâmetro

F. PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO

Objetivo: Verificar a integridade da armadura que depende da

integridade da alcalinidade do concreto.

Modo de execução:

Jogar a solução de fenolftaleina no concreto,composta de:

1- 999 gramas de líquido (30% Água destilada e 70% de

álcool etílico (PA).

2- 1 grama de fenolftaleina.

Verificar coloração do concreto.

Vermelho: Não houve redução de PH.

Sem coloração: Região carbonatada.

PROPRIEDADE DO

CONCRETO FRESCO

A. TRABALHABILIDADE

Característica fundamental, visando um

bom lançamento e adensamento, que

possibilita o aumento da compactação

e densidade do concreto.

Diminuição da

resistência

Vazios no

concreto

água no concreto

Dificuldade de

Adensamento

Baixa

Trabalhabilidade

Definição: Maior ou menor aptidão de

ser empregado para determinado fim,

sem perda de sua homogenidade.

Boa

dosagem

Fatores que afetam a trabalhabilidade:

As características do concreto fresco

relacionadas com a trabalhabilidade são:

COESÃO

CONSISTÊNCIA

INTERNOS EXTERNOS

f a/c Tipo de mistura

relação cimento/agr. Tipo de transporte

granulometria Tipo de lançamento

forma do agregado Tipo de vibração

aditivo Dimensões e ferro

O mesmo concreto pode ser

trabalhável num caso e não ser

no outro.

A1.CONSISTÊNCIA

Definição: Maior ou menor facilidade de escoar sob ação

de esforços.

Depende: Da quantidade de água.

Mistura mais mole

Mistura mais plástica

Mistura mais trabalhável

Maior

quantidade

de água

PLASTICIDADE x TRABALHABILIDADE

O concreto tem muita água

e grandes deformações,

fácil de trabalhar, mas não

oferece resistência final boa

Qualidade que determina o

quanto de trabalho necessário

para seu lançamento e

adensamento

Demanda de água:

Consistência desejada depende da área superficial total

das partículas de material sólido.

Areias mais

finas

Maior teor

de cimento

Maior

demanda

de água

Forma de avaliação: ”Slump test”.

Para um dado abatimento, o consumo de

água geralmente decresce com: Aumento da dimensão máxima do agregado graúdo.

Redução das partículas angulares e de superfície áspera

nos agregados.

Aumento do teor de aditivo redutor de água no concreto.

Consistência Abatimento Tipos de obra e condições

(mm) de adensamento

Extremamente seca Pré-fabricação.

(terra úmida) 0 Condições especiais

Muito seca 0 Grande massa.

Pavimentação

Vibração muito enérgica.

Seca 0 a 20 Estrutura de CA ou CP.

Vibração enérgica.

Rija 20 a 50 Estrutura correntes.

vibração normal

Plástica (média) 50 a 120 Estrutura correntes.

Adensamento manual.

Úmida 120 a 200 Estrutura correntes sem

grande responsabilidade,

Adensamento manual.

Fluída 200 a 250 Concreto inadequado

para qualquer uso

A2.COESÃO

Definição: Propriedade pelo qual os concretos

se mantém misturados. Esta propriedade ainda

não é mensurável.

Formas de avaliação da coesão :

Agregados não tendem a ser mostrar limpos

ou “lavados”

As bordas da mistura se mostram convexas

Não se observa nenhuma tendência de

separação de água ou pasta.

Formas de melhorar a coesão :

Aumento da proporção areia/agregado

graúdo

Substituição de parte da areia grossa por

areia fina.

Aumento da relação pasta/agregado (para o

mesmo fator água/cimento).

Um concreto muito plástico pode

apresentar desagregação quando

lançado, havendo separação do

agregado graúdo e da argamassa

Maior Teor

de finos

Maior teor de Aditivo

redutor de água

Proporção de água

Maior

coesão

Fatores que influenciam a coesão:

Outras consequências da exsudação: Menor

aderência e resistência do concreto.

Formas de evitar :

EXSUDAÇÃO: Maior teor de finos ou ar

incorporado.

RETRAÇÃO PLÁSTICA: Melhor condição de

cura

B.EXSUDAÇÃO, RETRAÇÃO

PLÁSTICA

falta de finos

Acumulo de água

na superfície

Não consegue

reter água

Retração

plástica

Ocorre quando o

concreto ainda

está no estado

plástico.

PROPRIEDADE

DO CONCRETO

ENDURECIDO

A.RESISTÊNCIA MECÂNICA

Característica mais importante.

Fatores que a influenciam: Tipo de cimento

Relação água/cimento

Idade

Idade em dias 3 7 21 28

Resistência relativa 50% 70% 92% 100%

Temperatura: Velocidade das reações de

hidratação

Relação agregado/cimento: Em concretos

convencionais, o agregado é mais resistente

que a pasta, logo a maior proporção de

agregado maior a resistência do concreto.

Tamanho máximo do agregado: Maiores

agregados tendem a proporcionar concretos

com menores resistências.

Simultaneidade de diversos fatores.

Resistência à compressão: 10 x resistência à

tração.

Resiste mal ao cizalhamento

Resistência a abrasão é uma característica

importante, onde a diminuição do desgaste

depende dos seguintes fatores:Agregado mais duros e maior tamanho do grão.

Qualidade da pasta de cimento.

Acabamento superficial do concreto

B. MÓDULO DE DEFORMAÇÃO

É a medida de deformidade do concreto.

O módulo de deformação aumenta com a

evolução da hidratação.

O módulo de deformação do agregado tem

uma influência sobre o módulo de deformação

do concreto.

Aumenta, um pouco, com o aumento

da resistência.

Não há uma correlação muito definida entre

módulo de deformação e resistência.

Agregado

Pasta de cimentoConcreto

Deformação

Te

nsã

o

Zona de transição do concreto

C.RETRAÇÃO

Diminuição de volume devido a perda de

água contida nos poros, que origina uma

tensão capilar.

Ocorre devido à:

Perda de água capilar - retração hidráulica ou

secagem.

Redução de volume dos produtos de

hidratação - Retração autógena, muito

pequena (1/10 da retração hidráulica)

Fatores que influenciam na retração:

Quantidade de pasta

Perda de água por secagem

Tende a ser mais intensa nas primeiras

idades e na superfície do concreto.

Causas que podem aumentar a perda de

água no concreto:

Baixa umidade relativa do ar

Temperatura elevada

Vento.

D.FLUÊNCIA

Deformação lenta apresentada pelo concreto

quando submetido a um carregamento

permanente, não desaparece com a retirada

da carga.

Como na retração, é um fenômeno que

ocorre na pasta.

Fatores que influenciam na fluência:

Quantidade de pasta: Aumenta com o

aumento da pasta.

Idade do carregamento: Em pequenas

idades a deformação por fluência é maior.

Relação tensão/resistência: Quanto maior a

relação maior a deformação por fluência.

Perda de umidade do concreto

Pode ser benéfica ao concreto:

aliviando tensões

Sem fissuramento

relaxação

de

tensões

E.PERMEABILIDADE

O concreto é necessariamente um material

poroso.

Esta relacionada com a porosidade da pasta

tem influência na durabilidade

A porosidade depende principalmente:

Fator água/cimento:

Grau de hidratação da pasta: Os produtos da

hidratação ocupam um volume maior que o

cimento.

Idades a partir das quais concretos com

diferentes f a/c se tornam impermeáveis:

Fator A/C 0,4 0,5 0,6 0,7 >0,7

Idade em dias 3 7 28 360 nunca

Passagem da água pelo concretoABSORÇÃO: Atravessando, mesmo não

estando sob pressão, pelos capilares.

PERMEABILIDADE:É forçada, sob pressão, a

passar através das fissuras ou dos capilares.

F.CARBONATAÇÃO

Processo da carbonatação:

Resultado da carbonatação

Menor proteção da armadura: O pH cai de 13

para menos de 10 (aproximadamente 8,5)

Concreto mais compacto: Dificulta a

penetração da umidade e do próprio ar.

Influência do f a/c sobre a penetração da

carbonatação (tempo em anos):

Ca(OH)2

Carbonato

de cálcioCO2

É um fenômeno lento e depende da

permeabilidade do concreto.

Fator A/C 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7

Tempo p/ 10mm 75 25 12 7 6 5

Tempo p/ 20mm 330 100 50 30 25 20

Sulfato de cálcio

Sulfo-aluminato de cálcio

G.DURABILIDADE AO ATAQUE

DE SULFATOS

É definida em função das condições a que o

concreto deverá ser submetido.

Elementos que asseguram uma boa

durabilidade:

Baixa permeabilidade.

Tipo de cimento.

Atuação de águas sulfatadas no concreto:

Águas

sulfatadas C3A

Fissuramento

Solução: Cimento com baixa proporção de

aluminato

H.COLMATAÇÃO

Fechamento de microfissuras por partículas

de cimento ainda não hidratação. É como se

fosse a cicatrização de uma ferida.

É mais intenso em concretos novos, em que

há bastante cimento não hidratados.

I.CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA

É variável com a composição e umidade.

É um mau condutor de eletricidade, não

chegando, porém, a ser um isolante.

J.ADESÃO

Depende do grau de irregularidades e da

porosidade presente no concreto.

De uma maneira geral não existe problema

de adesão superficial em superfícies limpas

de concreto.

Concreto com forma de madeira bruta tem

mais facilidade de adesão superficial que os

feitos com forma metálicas, compensado e

plásticas.

Geralmente, devido a retração, a união

do concreto novo com o velho é fraca.

A menor dilatação do material cerâmico em

relação ao concreto prejudica a adesão entre

esses dois materiais.

Princípiossobre dosagemde concreto em centrais.

1. DEFINIÇÃO

Conjunto de instalações e equipamentos

necessários para assegurar a qualidade exigida na

produção do concreto. Estas instalações devem

atender a NBR 7212-Concreto dosado em central.

Abrange os serviços de administração,

vendas, faturamento, cobrança, programação,

controle de qualidade, assessoria técnica,

treinamento e aperfeiçoamento profissional.

2. APLICAÇÃO

Usado em grandes obras ou nas grandes

cidades devido ao pequeno espaço dos canteiros.

3.PROCESSOS E SISTEMAS

Recebimento dos materiais

Estocagem

Proporcionalmente (Mistura).

4. DISPOSIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Centrais verticais

Simplicidade dos acionamentos

Motorização elétrica mínima

Menores áreas ocupadas

Alto investimento inicial

Falta de mobilidade do equipamentos

Instalações definitivas ou semi-permanentes

Centrais horizontais

Acionamento motorizado em maior quantidade.

Grande uso de correias transportadoras.

Estruturalmente mais simples.

Pequenas obras de fundação.

Tem maior mobilidade.

Investimento inicial menor que as verticais.

Centrais mistas

Podem apresentar melhor eficiência.

5.CONTROLE

- Manual: Presença de um operador.

- Automático: Uso do computador.

6.MISTURA

Totalmente ou em parte produzido nas

centrais. Temos três tipos de Mistura:

Totalmente na central (Central-mixed)

Betoneiras de grande capacidade

Silos metálicos com balança

Carregamento periódico.

Transporte: caminhão

Parte na central e parte no caminhão (Truck-

mixers)

1ª mistura nas instalações fixas (30 seg.)

2ª mistura no caminhão betoneira.

Totalmente misturado no caminhão (transit-

mixed)

Central não possui betoneiras fixas

Neste caso, central apenas dosadora

7. COMO PEDIR O CONCRETO

Nos concretos totalmente misturados nos

caminhões, temos três formas distintas de

fornecimento:

1ª modalidade: O Comprador assume a

responsabilidade de proporcionar a mistura

(fixa o traço) e deve fornecer ao fabricante

todas as características do concreto:

Consumo de cimento

Diâmetro máximo do agregado

Fator a/c

Trabalhabilidade

Tipo e quantidade de aditivo.

2ª modalidade: O Comprador indica a

resistência, a trabalhabilidade e o diâmetro

máximo do agregado, cabendo ao fabricante

a seleção e proporcionalmente dos materiais.

3ª modalidade: O Comprador requer ao

fabricante que o concreto tenha um consumo

mínimo de cimento, bem como uma

resistência especificada.

8. ENTREGA DO CONCRETO

Unidade de entrega (m³)

Volume mínimo de entrega do concreto (1/5

da capacidade do equipamento, nem menor

que 1 m³

Pedidos em volumes múltiplos de 0,5 m³.

9.ATRIBUIÇÕES DO

COMPRADOR.

Contratação dos serviços de concretagem.

Emissão dos pedidos de entrega de concreto

Recebimento dos concretos fresco.

Verificação da concordância das característ.

do concreto pedido e do concreto entregue.

Aceitação final do concreto.

10. ADIÇÃO SUPLEMENTAR DE ÁGUA

Apenas em duas situações:

Quando a mistura for feita parte no caminhão

e parte na betoneira.

Antes da descarga, visando corrigir o slump,

devido à evaporação, desde que:

Abatimento igual ou superior a 10 mm.

Não deve aumentar em mais de 25 mm.

O Slump final não deve ser maior que o

especificado.

11. CONTROLE DE QUALIDADE

1ª modalidade: Controle feito pelo comprador

normalmente na consistência, podendo ser

feito pela resistência.

2ª e 3ª modalidade: O Controle da resistência

deve ser feito pelo fabricante. O ensaio de

abatimento deve ser feito em todos os

caminhões.

12. AMOSTRAGEM.

Devem ser retirados exemplares do

concreto,

constituídos de no mínimo dois CP para cada

idade de rompimento adotando-se o resultado

maior dos valores de resistência obtida.

Deve-se ter pelo menos um exemplar para

cada 50 m³ de concreto entregue, retirados

aleatoriamente.

Os exemplares devem ser retirados entre

0,15 e 0,85 do volume transportado.

13. ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO.

Baseado no atendimento do concreto às

exigências constantes do pedido. Podendo ser

rejeitado se não atender a pelo menos uma

das especificações do pedido.

CONCRETO FRESCO:

Verificação da consistência pelo abatimento

do tronco de cone.

Admiti-se as seguintes tolerâncias para o

abatimento (NBR 7212):

Abatimento Tolerância

De 10 a 90 mm + 10 mm

De 100 a 150 mm + 20 mm

Acima de 160 mm + 30 mm

CONCRETO ENDURECIDO:

Verificação da resistência pela moldagem de

CP‟s. Podendo realizar outros ensaios desde

que previamente acertados.

14.EQUIPAMENTOS

BOMBASDiâmetro interno do tubo deverá ser igual a 3 vezes o

diâmetro máximo do agregado.

Uso do misturador que é posto antes da bomba para

evitar entupimento.

Nunca bombeia-se até o fim do material do misturador.

Influenciam no bombeamento:

Natureza, forma, textura superficial e

absorção do agregado

Granulometria

Dosagem do cimento

Fator água/cimento

Teor de aditivo

CAMINHÕES-BETONEIRAS Capacidade de 5 a 10 m³.

Funcionando como betoneira, o volume de betonada

não deve ser maior que 63% do volume total.

Funcionando como agitador, o volume de betonada não

deve ser maior que 80% do volume total.

Funcionando como betoneira a velocidade varia de 12 a

16 RPM.

Funcionando como agitador a velocidade varia de 2 a 4

RPM.

Tempo de mistura de 1 1/2 até 3 horas.

É inaceitável a adição de água além da prevista pelo

fator a/c.

CAMINHÕES PARA TRANSPORTE DE

CONCRETO

15. VANTAGENS DAS CENTRAIS.

Controle através de ensaios de agregados e

aglomerantes.

Dosagem por peso.

Uso de medidor de água de grande precisão,

por parte dos caminhões.

Usar grandes quantidades de concreto em

curto prazo.

Maior controle da qualidade do concreto pelo

maior volume de ensaios.

16. DESVANTAGENS DOS CONCRETOS

NÃO USINADOS.

Não realização de ensaios periódicos nos

agregados e aglomerantes.

Dosagem sem precisão nas quantidades.

Pouco controle da colocação de água.

Usar menores quantidades de concreto em

um tempo maior de concretagem.

Baixo controle da qualidade do concreto,

devido a poucos ensaios.

Prática sobre

dosagem

1. DEFINIÇÃO e OBJETIVODefinição:Determinação de proporções adequadas

de agregado, aglomerante e de água, fazendo

com que o concreto atenda as características

especificadas.

2. TIPOS

NÃO EXPERIMENTAL: Feitos em bases arbitrarias,

fixados quer pela experiência ou pela tradição (associativa).

EXPERIMENTAL (OU RACIONAL): Ensaiados

em laboratórios (dedutiva)

Objetivo:

Menor custo

possível

Estado Fresco Estado Endurecido

Trabalhabilidade Resistência mecânica

Durabilidade

3.DESENVOLVIMENTO DE

PESQUISAS SOBRE DOSAGEM

FULLER (1907)

Junto com Thompson foram os pioneiros em

defesa da importância de se utilizar materiais

graduados para dosagem de concreto.

Curva de referência para granulometria ideal,

isto é, curvas ideais para o agregado total,

visando a maior resistência dos concretos.

O cimento não é considerado como

agregado.

ACI y: 100 ( d )1/2 y:% que passa na

D peneira de abertura „d‟

d: abertura d da peneira

D:Dmax do agregado.

Belém y:98,3( d )0,37 Peneira % %

D Passa Acumul.

25 100 0

19 89 11

9,5 68,72 31,28

4,8 53,37 46,62

ABRAMS (Chicago, 1918)

Introduziu o termo módulo de finura do

agregado (único índice).

Concretos com mesmo módulo de finura tem

mesma resistência. A variação na % de areia

modifica o Mm, mudando fator a/c para uma

mesma consistência (dosagens experiment.).

Estudo de inúmeros traços e análise de mais

de 5000 CP‟s enunciando a seguinte lei

“Dentro do campo dos concretos plásticos (de

qualidade satisfatória- maior uso), a resistên.

a esforços mecânicos, bem como as demais

propriedades do concreto endurecido variam

na relação inversa do fator a/c”.

fck28: A . A : Constante que depende do cimento

Ba/c B : Constante que depende da idade

fck28: Em MPa.

a/c: Fator a/c.

Para o Cimento Portland comum CP 32- 3 Dias Fcj=3: 79,4 a/c: 0,71 log 79,4

25,9 a/c Fcj=3

- 7 Dias Fcj=7: 86,8 a/c: 0,85 log 86,8

14,9 a/c Fcj=7

- 28 Dias Fcj=28: 92,8 a/c: 1,11 log 92,8

7,9 a/c Fcj=28

- 63 Dias Fcj=63: 95,4 a/c: 1,20 log 95,4

6,8 a/c Fcj=63

- 91 Dias Fcj=91: 97,5 a/c: 1,30 log 97,5

5,9 a/c Fcj=91

Para o Cimento Portland de alto forno CP- III 32- 3 Dias Fcj=3: 87,7 a/c: 0,61 log 87,7

44,6 a/c Fcj=3

- 7 Dias Fcj=7: 95,0 a/c: 0,78 log 0,78

19,5 a/c Fcj=7

- 28 Dias Fcj=28: 121,2 a/c: 0,99 log 121,2

10,2 a/c Fcj=28

- 63 Dias Fcj=63: 123,6 a/c: 1,09 log 123,6

8,2 a/c Fcj=63

- 91 Dias Fcj=91: 125,5 a/c: 1,23 log 125,5

6,5 a/c Fcj=91

Para o Cimento Portland pozolânico CP- IV 32

- 3 Dias Fcj=3: 107,4 a/c: 0,59 log 107,4

49,7 a/c Fcj=3

- 7 Dias Fcj=7: 97,4 a/c: 0,74 log 97,4

22,6 a/c Fcj=7

- 28 Dias Fcj=28: 99,7 a/c: 0,95 log 99,7

11,4 a/c Fcj=28

- 63 Dias Fcj=63: 101,7 a/c: 1,06 log 101,7

8,73 a/c Fcj=63

- 91 Dias Fcj=91: 103,4 a/c: 1,22 log 103,4

6,6 a/c Fcj=91

Para o Cimento Portland comum CP 40- Aumentar em 20% os resultados de Fcj do CP32

Para o Cimento Portland de alta resistência

inicial CP V-ARI- Aumentar os resultados de Fcj do CP32 em 25% até 7 dias e

em 20% até 91 dias

BOLOMET (1925)

Propõe uma modificação a lei de Fuller

chegando a novas curvas ideais de mistura

de agregados e cimento. Nestas curvas o

cimento é considerado agregado e aplica-se:

Para vários agregados.

Para massas ou seções de concreto

fortemente armada.

y: a + (100 - a) d a: função da consistência

D do concreto.

a:10 - Seca-plástica.

a:11 - Normal

a:12 - Fluída

d: abertura d da peneira

D:Dmax do agregado.

Para resistência ele propõe:

fck: k.( C . - 0,5) C: consumo absoluto

a de cimento

a: água em peso

k: variável (0,9 a 1,1) a

caracter. do material

LYSE (1931)

Lei de Lyse: Existe uma relação entre a

quantidade de água e de materiais secos

(agregados + cimento) para concretos de

mesma consistência.

A%: a/c .

ms (agregado + cimento)

4.A DOSAGEM DEPENDE:

Exigências de projeto.Propriedades do concreto, características das peças

Características agressivas do meio.Solo e atmosfera

Condições de concretagem.Nível de água, local da concretagem

Equipamentos destinados a concretagem.Transporte, lançamento e adensamento

Propriedades dos materiais disponíveis:

Fatores de Para um boa Para uma boa

composição Trabalhabilidade Resistência

do concreto

Finura da areia Fina Grossa

Relação graúdo Diminuir Aumentar

/areia

Dosagem água Aumentar até Diminuir

certo ponto

Granulometria Contínua Levemente

descontínua

Dmax dos grãos Pequeno Grande

5.TRAÇO

Maneira de exprimir a composição do concreto

ou argamassa, podendo ser expresso de varias maneiras:Por m³.

Por Proporções:

Peso

Volume

- Divide-se as proporções do traço (massa) pela Mespecífica.

- A fim de deixar o traço em relação a unidade de cimento, tem-se que:

Mista: O cimento por peso e agregado por volume.

Dosagem não experimental feita em canteiro-de-

obra por processo rudimentar e dispensa o controle para

pequenas obras (não se justifica uma dosagem racional),

desde que o concreto tenha as seguintes condições:

Quantidade mínima de cimento: 300 kg/m³

A quantidade de água deve ser a mínima possível.

Umidade h:4%

6.DOSAGEM EMPÍRICA

1 : c

a

a

: c

p

p

: cx

c

1:

a

a

: p

p

:

1

x

1 : a : p : x

Cimento : areia : brita : relação a/c

A areia deve ficar entre 30 e 50% objetivando

uma melhor trabalhabilidade.

Agregado % de areia no agregado total

Graúdo Fina Média Grossa

Seixo 30 35 40

Brita 40 45 50

Índice dos materiais

Material Munit Mesp

Cimento 1,43 3,10

Areia seca 1,60 2,65

Seixo 1,50 2,65

Brita 1,30 2,65

Quant. de água (H: teor de água/mistura seca).Agregado Adensamento Para:

(Dmax:25mm) Manual Vibração Dmax :19 mm: +0,5%

Seixo 8% 7% Dmax :38 mm: -0,5%

Brita 9% 8% Areia artificial: +1,0%

Cálculo do traço

1000 - 0,32- H

m: C 100

0,38 + H

100

Resistência característica de projeto (fck).

Elementos estruturais em que o concreto será aplicado.

Espaçamento entre as barras de aço (mm).

- Crítico.

- Predominante.

Dimensão máxima característica do agrgraúdo (mm).

Dmax: < 1/5 menor dimensão em planta em forma.

< 1,2 da distância entre as barras (plano vertical)

< 2,0 da distância entre as barras (plano horizontal)

< 1/3 da espessura da laje.

< 0,25 do diâmetro da tubulação de bombeamento.

Concretos correntes brita 2 (25mm), brita 1 (19 mm)

Armação densa, peças delgadas e casos especiais brita 0

7.DOSAGEM RACIONAL

7.1 ELEMENTOS NECESSÁRIOS

PARA DOSAGEM RACIONAL.

Abatimento Adotado (mm).

Cimento: marca, tipo e classe

Relação água/cimento (durabilidade/resistência)

Aditivos: marca, tipo e proporção.

Idade de ruptura do corpo de prova (dias).

Estimativa da perda de argamassa no sistema de

lançamento e transporte do concreto.

Desvio padrão de dosagem. Diminui com aumento do

controle (MPa).

Sd=4,00 MPa (rigoroso) Havendo assistência de profissional

especializado, dosagem em peso, medidor de água,

determinação do teor de água dos agregados e garantia de

homogeneidade dos materiais.

Sd=5,50 MPa (razoável) Havendo assistência de profissional

especializado, cimento em peso e agregados em volume,

medidor de água, determinação do teor de água dos agregados:

Sd=7,00 MPa (regular) Cimento em peso e agregados em

volume, medidor de água e teor de água dos agregados for

simplesmente estimado:

Traço (1:m)- 1ª mistura experimental em laboratório.Verificação do resultado do traço

Densidade de

probabilidade

Resistência à

compressão

0

1,65

5%

95%

fck

fcj

fcj- Resistência característica de dosagem (MPa).

fcj= fck + 1,65 Sd

7.2 MÉTODOS DE DOSAGEM

RACIONAL.

A) MÉTODO BRASILEIRO.

A proporção dos agregados varia em função da qualidade

da areia.

Uso de curvas ideais proporcionadas pela lei de FULLER

(adaptada para Belém).

Adota a lei de Lyse, isto é, a relação água/mistura seca.

Relaciona o consumo de água com o Dmax, abatimento

e a forma do agregado.

Determinação do fcj.

Determinação do fator a/c.

PROCEDIMENTO DE DOSAGEM

Menor

dos dois

*Concreto com incorporador de ar

** Com cimento RS pode-se aumentar a

a/c em 0,05

Equações de abrams

(CP-II 32)

a/c: 1,11 log 92,8

fcj=28 dias

Escolha do abatimento.

Escolha do Dmax. do agregado.

Determinado pela granulometria

Fator água/mistura seca (A%)(agreg.+cimento).

Proporção Agregado/cimento (1:m).

ms: a/c

A%

Determinação da porcentagem de cimento

%C: 100

m + 1

Determinação da porcentagem de seixo

Obtido nas curvas ideais de granulometria

Determinação da porcentagem de areia

%a: 100 - %C - %s

Determinação das proporções dos agregados

a : %a x ms

s : %s x ms

11 Traço em peso 1:a:s:a/c

Consumo de cimento

C: 1000

1 + a + b + a/c

mes mes mes

Consumo dos materiais/m³

C:C x 1; A: C x a; S: C x s; Água: C x f a/c

Det. do pesos dos materiais p/ betoneira 250L

Regra de três simples

Determinação dos volumes dos materiais.

VA: A/Munit.areia VS: S/Munit.seixo

Ajuste na consumo devido a umidade

A x (umidade + 1): Areia final ( A´ )

Água - (Afinal - A): Água final ( AG´ )

Para 1 sc de cimento (uso de valores sem

correção de umidade)

proporção em peso x 50 kg/Munit

Correções nos volumes de água devido a

umidade e da areia devido ao inchamento

Vh20- (Vagmh -Vam1)

Vam x coeficiente de inchamento

Det. das padiolas (boca: 35x45 cm).

ADOÇÃO DE ADITIVOS(REDUTOR DE ÁGUA, SUPERFLUIDIFICANTE)

Det. da nova quantidade de água

Aad: Va (1- Valor a ser reduzido)

Det. do novo consumo de cimento

Cad: Aad

a/c

Ajuste no valor de m

mad: (1000 - Cad - Aad) Mesp.med

Mesp

Areiaad: mad x % de areia inicial

Seixoad: mad - Areiaad

Correção para massa especifica do agregado

Proporção em massa

Divisão dos componentes pela massa de

cimento

B)MÉTODO DA ACI/ABCP.

Valores de resistência à compressão do concreto em

função da a/c e da resistência do cimento, e ficam na

faixa entre 10 e 40 MPa.

A trabalhabilidade adequada para a moldagem in loco

deve ser de semi-plástica à fluída.

A a/c é fixada em função da resistência e da durabilidade.

O consumo de água é obtido em função do abatimento.

O proporcionamento entre agregado graúdo e miúdo

é feito determinando o teor ótimo do agregado graúdo.

Este é o ponto chave do método, que vai influênciar na

trabalhabilidade e custo final.

O consumo de areia fica em função do teor de pasta e

agregado graúdo.

Adota-se o critério do volume absoluto para a

determinação do volume de agregado miúdo.

O consumo do cimento varia de 200 a 400kg/m³.

O método fornece baixo teor de areia para misturas

plásticas, que além do benefício econômico, facilita o

operador identificar se a mistura estiver pouco

argamassada.

Vantagens:

- O método de dosagem é fácil

- Fornece o menor teor de areia para misturas

plásticas, proporcionando como vantagem a

economia e a facilidade de identificação de

misturas inadequadas.

Desvantagens:

- Limita a resistência entre 10 e 40 MPa.

- Não abrange todos os agregados.

- O gráfico que fornece a relação a/c não

especifica o tipo de cimento, citando apenas a

resistência à compressão ao 28º dia.

- Quando da não obtenção da fcj, é necessário

nova dosagem para a correção da a/c.

PROCEDIMENTO DE DOSAGEM

Determinação do fcj

Escolha do abatimento do tronco de cone.

Escolha da DMC do agregado graúdo.

Determinado pela granulometria.

Estimativa de água e do teor de ar.

Escolha do fator a/c.

Consumo de cimento

C = Quantidade de água

Fator a/cEstimativa do consumo do agregado graúdo.

Cons/m³: valor da Tabela 4 x Munit.

Usa-se esta tabela para os 1º valores, devido a

falta de valores referentes aos materiais em

questão.

Estimativa do consumo de agregado miúdo

Método do peso

Mam : Mespconc - (Mag + Mcim + Mh20).

Método do volume absoluto (mais preciso)

V: M/Mesp

Vam= Vconc(1000) - (Vag + Vcim + Vh20 + Var)

Mam =Vam x Mesp

Ajuste devido a umidade

Mam1 x (umidade + 1): Mam2

Mh20 - (Mam2 - Mam1): Mh20

Ajuste em misturas experimentais

ABCP

Foi desenvolvido com base nos métodos

do ACI e Portland cement Institute (PCI).

A adaptação focalizou o uso de agregados

que obedecessem a NBR 7211.

É recomendado para concretos moldados

“in loco”, consistência de semi-plástica a

fluída. Não é aplicável para concretos com

agregados leves.

Determinar fcj

Determinar o valor do f a/c

PROCEDIMENTO DE DOSAGEM

Menor

dos dois

*Concreto com incorporador de ar

** Com cimento RS pode-se aumentar a

a/c em 0,05

Equações de abrams

(CP-II 32)

a/c: 1,11 log 92,8

fcj=28 dias

Determinação do consumo de água.

Determinação do consumo de cimento.

Ccimentp=Cágua/(a/c)

Determinação do consumo de agregado.

(É O PONTO CHAVE DO MÉTODO)

*Seixo= valores podem ser reduzidos de 5 a 15%*Areias muito finas= podem geram aumentos de 10% no conságua

Determinação do consumo de agregado miúdo.

(através do método de volume absoluto)

Vconc=Vágua + Vag.gr. + Vag. m. + Vcim

Determinação do consumo de agregado graúdo.

Ajuste experimental

Traço em peso 1:ai:pi:xi

Cagr.graúdo

valor da Tabela x Munit

C) MÉTODO DO IPT.

Foi desenvolvido pelo IPT/EPUSP.

De grande utilização no Brasil, pela fácil.

execução proporcionamento dos materiais.

A relação a/c é o fator mais importante.

Definida a a/c e certos materiais, a resistência

e a durabilidade passam a ser únicos.

O concreto é mais econômico com aumento

do DMC e menor o abatimento do tronco de

cone.

A lei de Abrams e Lyse são aceitas com “leis

de comportamento”.

Proporciona um diagrama de dosagem para

cada conjunto de materiais, onde os parâmetros

resistência à compressão, a/c, relação

agregado seco/cimento e consumo de cimento

por m³ são apresentados, no qual pode-se

modelar o comportamento do concreto.

Vantagens:

- Fácil execução e pouca necessidade de ensaios de

caracterização.

- Baseia-se no teor ideal de argamassa, definido

experimentalmente, evitando um concreto com falta ou

excesso de argamassa.

- O diagrama indica o modelo de comportamento do

concreto executado com determinados materiais, para

um mesmo abatimento, dentro da faixa de resistência.

Desta forma não é necessário a repetição da dosagem

para que se conheça o traço, consumo de cimento e a/c

para concretos desta faixa de resistência.

Desvantagens:

- Não contempla traços (1:2; 1:8) extremos. Neste

caso o método sugere aumentos (nos traços pobres) e

diminuições (no traço rico) do teor de argamassa, o que

não elimina a possibilidade de falta ou excesso.

- O diagrama de dosagem é válido apenas para

a faixa de resistência alcançada, não podendo ser

extrapolado.

Determinação do teor ideal de argamassa,

através de avaliações visuais e empíricas.

- Objetiva o teor mínimo para proporcionar um

lançamento adequado e que não gere custo

elevado ou manifestação patológica.

- Inicia-se com o traço 1:5 e com um teor de

argamassa pré-definido.

-Uso das formulas:a=(1+m)-1; p=m-a

Execução dos traços auxiliares (1:3,5 e 1:6,5)

Adota-se o mesmo teor de argamassa do traço inicial.

Estima-se a a/c através da formula (a/c=H(1+m)) com o

mesmo valor de H do traço inicial. Nestes traços a água

é colocada até a obtenção do abatimento especificado.

Com valores (fc, a/c, conscim) constrói-se o

diagrama de dosagem

Determinação do abatimento

Escolha da a/c inicial para o traço principal (1:5)

(recomendado a/c: 0,60;pode-se adotar outro valor)

PROCEDIMENTO DE DOSAGEM

Entrar no gráfico com o valor do fcj e obter

características do traço.

0.30 0.40 0.50 0.60 0.70

a/c

10

20

30

40

50

60

70

fc (MPa)

Idades

3 dias

7 dias

28 dias

3

4

5

6

7

8

m(kg/kg)

300400500600

C(kg/m³)

Abatimento = 70 ± 10 mm

Cimento CP III RS

m = 17,6267 * a/c - 3,5196r² = 0,9988

Controle de

qualidade

Corpo

de

Prova

1. OBJETIVO

Confirmar ou não a eficácia dos cuidados

com materiais, equipamentos e procedimentos

envolvidos. Através do controle sabe-se se esta

tudo correto ou se é necessário alguma

providência.

2. APLICAÇÃO

Pode ser aplicado em qualquer propriedade

do concreto, sendo comum (exceto em casos

especiais) a adoção na resistência à compressão,

pois, praticamente, as principais propriedades do

concreto estão relacionadas com um mesmo fator:

RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO.

3. CONTROLE TECNOLÓGICO

Adoção da NBR 12655 (ABNT, 2006):

Concreto de cimento Portland - Preparo, controle

e recebimento – Procedimento.

3.1. MODALIDADE DE PREPARO

DO CONCRETO.

A escolha é privativa do profissional

responsável pela execução.

ELABORADO PELO EXECUTANTE DA

OBRA.

O construtor é responsável pelo controle

tecnológico, realizando ensaios previstos com

pessoal qualificado em laboratório próprio ou

de terceiros.

ELABORADO POR EMPRESA DE SERVIÇO

DE CONCRETAGEM.

A central é responsável pelo controle

tecnológico.

OUTRAS MODALIDADES DE PREPARO DE

CONCRETO.

A responsabilidade deve ser claramente

estabelecida em contrato entre as partes (ex:

mistura/transporte: central; dosagem:pessoa

legalmente qualificada.

3.2. RESPONSABILIDADE PELA

COMPOSIÇÃO E PROPRIEDADES

DO CONCRETO.

CALCULISTA

Registrar: o fck em todos os desenhos e

memórias que descrevem o projeto

tecnicamente.

Especificar:

O fcj para as etapas construtivas, como

retirada de cimbramento, aplicação de

protensão ou manuseio de pré-moldado.

Requisitos de durabilidade da estrutura e

elementos pré-moldados, durante a sua vida

útil , inclusive da classe de agressividade

adotada em projeto (tabela 1 e 2)

Requisitos correspondentes as propriedades

especiais do concreto, durante a fase

construtiva e vida útil, tais como : módulo de

deformação na idade de desforma e outras

propriedades necessárias à estabilidade e a

durabilidade.

PROFISSIONAL RESPONSÁVEL

PELA EXECUÇÃO DA OBRA.

Seguintes responsabilidades:

Escolha a modalidade de preparo de concreto;

Escolha do tipo de concreto: consistência do

concreto,dmax do agregado e demais

propriedades do concreto

Atendimento a todos os requisitos de projeto.

Aceitação do concreto

Cuidados requeridos pelo processo construtivo

e pela retirada do escoramento.

PROFISSIONAL RESPONSÁVEL

PELO CONTROLE DE RECEBIMENTO

DO CONCRETO.

O controle de recebimento do concreto

é de responsabilidade do proprietário ou de

seu proposto.

O controle consiste em:

Controle tecnológico dos materiais que

compõem o concreto, conforme NBR 12654.

Controle das condições de armazenamento,

medida e mistura dos materiais que compõem

o concreto.

Atendimento das disposições da NBR 7212 -

Execução de concreto dosado em centrais

Disponíveis as autoridades do orgão

competente durante o tempo de construção

e para que sejam arquivados e preservados

de acordo com a legislação vigente.

3.3. REQUISITOS PARA O CONCRETO E

MÉTODOS DE VERIFICAÇÃO.

Para os materiais componentes do concreto.

Não devem conter substancias em teores que possam comprometer

a durabilidade do concreto ou provocar corrosão. O controle dos

materiais deve seguir a NBR 12654

Para o concreto.

A composição e a escolha dos materiais devem satisfazer as

exigências desta norma, no estado fresco e endurecido.

O cimento e os agregados devem atender as normas vigentes.

Possibilita o uso de agregado recuperado (teores < 5%).

Os aditivos devem atender a norma:

- < 2 g/kg: misturado com água

- > 3 dm³/m³: deve ser descontado a água do aditivo

- 2 ou mais aditivos: verificar a compatibilidade

3.4. REQUISITOS E CONDIÇÕES DE

DURABILIDADE DA CONSTRUÇÃO.-As estruturas devem ser projetadas e construídas para apresentar um

uso conforme o projeto durante a sua vida útil.

- A agressividade ambiental é classificada de acordo com a tabela 1.

- Em condições especiais de exposição: devem atender a tabela 3

- Em condições sujeitas a sulfatos: usar cimento resistente a sulfato e

atender a tabela 4.

-Cloretos: O valor máximo da concentração de íons deve ser menor

que o limite fixado na tabela 5

3.5. ARMAZENAMENTO DOS MATERIAIS.

Cimento, agregado, água e aditivo

3.6. MEDIDAS DOS MATERIAIS

COMPONENTES DO CONCRETO.

VOLUME: Concreto produzido no próprio canteiro de obra.

MASSA: Concretos com classe superior a C25.

MASSA E VOLUME: Concretos com classe superior a C25, sendo o

cimento em massa e o agregado em volume.

3.7. MISTURA

Obra, central ou em caminhão-betoneira.

3.8. ESTUDO DE DOSAGEM DO CONCRETO.

A) TIPOS:

De forma empírica:

Para concreto da classe C10, com consumo mínimo de 300 kg/m³

De forma racional e experimental:

Para Concretos da classe

C15 a C50 (grupo I).

C55 a C80 (grupo II)

verificar

propriedades> C10

C10Consistência

Consistência Resistência mecânica

Disponíveis as autoridades do orgão competente durante o tempo

de construção e para que sejam arquivados e preservados de

Acordo com a legislação vigente.

B) CÁLCULO:

fcj: fck + 1,65 sd

C) CONDIÇÕES PARA O PREPARO DO CONCRETO

Condição A: Aplicável as classes C10 até C80.

Condição B: Aplicável as classes C10 até C25 - cimento em massa

combinada com agregado em volume.

Aplicável as classes C10 até C20 – cimento em massa

com agregado em volume .

Condição C: Aplicável as classes C10 até C15

C) AJUSTE E COMPROVAÇÃO DO TRAÇO

Deve ser realizados para os concretos produzidos em obra, porém é

desnecessário quando o concreto é fornecido pelas centrais.

3.9. ENSAIOS DE CONTROLE

DURANTE A EXECUÇÃO DO CONCRETO.

OBJETIVO:

Comprovar se estão sendo usados as quantidades

especificadas. Deve ser feita pelo menos uma vez por

dia ou sempre que houver alteração no traço.

3.9.1. Ensaios de abatimento do tronco de cone

ou espalhamento do tronco de cone.Em betoneira estacionária, deve-se realizar o

abatimento, quando:

Primeira Amassada.

Reinicio dos serviços, após 2 horas.

Troca de operadores.

Na moldagem de corpos-de-prova.

Em betoneira móvel, deve-se realizar o ensaio a cada

betonada.

3.9.2. Ensaios de resistência

mecânica.

Para a amostragem deste ensaio, deve-se dividir a estrutura

em lotes, que atendam os limites da tabela 7. De cada lote

deve ser retirada uma amostra, com número de exemplares

de acordo com o tipo de controle.

AMOSTRAGEM:

A amostragem deve ser coletada aleatoriamente durante a

concretagem. Cada exemplar é constituído por dois corpos-

de-prova de mesma amassada para cada idade de rompimento

moldado no mesmo ato. Toma-se como resistência do

exemplar o maior dos dois valores obtidos em cada amostra.

TIPOS DE CONTROLE DA RESISTÊNCIA DO CONCRETO:

Tendo em vista a diversidade de condições construtivas e a

importância relativa das diferentes estruturas de concreto,

considera-se dois tipos de controle:

A. Amostragem parcial.

Neste tipo de controle, em que são retirados exemplares de

alguma betonadas, as amostras devem ser constituídas de:

6 exemplares para concretos do grupo I (C-10 a C-50).

12 exemplares para concretos do grupo II (C-55 a C-80).

Para concretos com número de exemplares (n) no intervalo

6<n<20, o valor estimado do fck, na idade especificada é

dado por:

fckest: 2 f1+ f2 + ...+ fm-1 - fm Onde:

m-1

m: metade do número de n exemplares. Despreza-se o mais

alto valor de n, se este nº for impar, e f1<f2<...<fm<fnsão as resistências dos exemplares.

Não se deve tomar para fckest valor menor de:

fckest: n.f1 , onde:

n: Varia em função das condições de execução, valores

na tabela 8 da NBR 12655. Admiti-se a interpolação linear

Para concretos com n>20, o valor estimado do fck, na idade

especificada e não submetido ao controle total, é dado por:

fckest: fcm - 1,65 Sn

Onde:

fcm: Resistência média do concreto á compressão para a

idade do ensaio.

Sn: Desvio padrão dos resultados para n-1.

Sn : . (fi - fcm)²

n-1

B. Amostragem total (100%).-

Consiste no ensaio de exemplares de cada amassada de

concreto e aplica-se a casos especiais, a critério dos

responsáveis pela execução. Neste caso não há limitação

para o número de exemplares do lote.

Neste caso o valor do Fckest é dado por:

fckest: f1 para n<20

fckest: fi para n >20 , Onde:

i: 0,05n, adotando-se a parte inteira. Quando o valor de i for

fracionado, adota-se o número inteiro imediatamente superior

C. Casos excepcionais.

Usados em lotes com volume < 10 m³ , onde o número de

exemplares estar compreendido entre 2 e 5, e não estiver

sendo realizado o controle total, permite-se adotar:

fckest: n.f1 , onde:

n:É dado pela tabela 8 da NBR 12655.

RECEBIMENTO DO CONCRETO:

O concreto deve ser recebido desde que atendidas TODAS

as condições estabelecidas nesta norma. Em caso de

existência de não-conformidade, devem ser obedecidos os

critérios estabelecidos na NBR 6118.

ACEITAÇÃO OU REJEIÇÃO DOS LOTES DE CONCRETO:

fckest > fck Lote aceito

Controle de qualidade em blocos,

paves, argamassa, graute e prisma

1. BLOCOS DE CONCRETOPara a avaliação deste elemento,adota-se duas

normas:

NBR 6136 (2007)- Blocos vazados de concreto simples

para alvenaria – requisitos.

NBR 12118 (2007)- Blocos vazados de concreto simples

para alvenaria – métodos de ensaio.

A) definições

Bloco vazado

Bloco tipo canaleta

Área bruta: área da seção perpendicular ao eixo dos

furos, sem descontar a áreas dos vazios

Área liquída: área da seção perpendicular ao eixo dos

furos, descontando as áreas médias dos vazios

Dimensões nominais: dimensões comerciais,múltiplas

de 10 cm e seus submódulos M/2 e M/4

Dimensões reais: dimensões medidas, equivalente as

Dimensões nominais menos 1 cm (junta de argamassa)

Dimensões modulares: dimensões coordenadas,

múltiplas de 10 cm e seus submódulos M/2 e M/4

Família de blocos: Conjunto de componentes de

alvenaria, que interagem modularmente. A família é

composta por : bloco,meio bloco, bloco de amarração (L

e T), blocos compensadores (A e B) e canaleta.

Classe: Diferenciação dos blocos segundo o seu usoA: função estrutural, alvenaria acima/abaixo do nível do solo

B e C: função estrutural, alvenaria acima do nível do solo

B) Dimensões

B) Dimensões

C) Requisitos físico-mecânicos

Recomenda-se a adoção de blocos com idade superior a

21 dias, para evitar retração(NBR 8798,2005).

D) Lotes

Os lotes devem ser constituídos a critério do comprador,

sendo satisfeitas as seguintes condições:

O lote de inspeção deve ser formado com blocos com as mesmas

características, produzidos pelo mesmo fabricante, sob as mesmas

condições e produzidos como as mesmos materiais.

Deve ser composto com blocos de datas diferenciadas (até 5 datas).

Nenhum lote pode ser constituído de mais de 20000 blocos.

Amostragem:

Capeamento: Uso do enxofre ou argamassa

E) Valor característico de resistência à

compressão do bloco

Valor não conhecido do desvio-padrão da fabrica

fbk, est: 2 fb1+ fb2 + ...+ fbi-1 - fbi

i-1

sendo:

i= n/2, se n for par

i= (n-1)/2, se n for impar

Onde:

Fbk,est= resistência característica estimada da amostra, em MPa

fb1, fb2, ..fbi, valores de resistência dos blocos em ordem crescente.

n= quantidade de blocos da amostra

Se fbk,est < ( x fb1), então fbk=fbk, est = x fb1

Valor conhecido do desvio-padrão da fabrica

fbk: fbm - 1,65 S

Onde:

fbm: Resistência média da amostra, em MPa.

Sn: Desvio padrão dos resultados (n > 30 blocos).

2. PAVE ou BLOQUET

NBR 9780 (1987)- Peças de concreto para

pavimentação - Determinação da resistência à

compressão.

NBR 9781 (1987)- Peças de concreto para

pavimentação .

A) Condições específicas:

> 35 MPa, Solicitações de veículos comerciais de linha

> 50 MPa: Veículos especiais ou solicitações capazes de produzir

Acentuados efeitos de abrasão

B) Ensaio (NBR 9780, 1987):

Uso duas placas circulares com diâmetro de 90+ 0,5 mm:

Peças saturadas de água:

As superfícies de carregamento capeadas com argamassa de

enxofre ou similar, com espessura inferior a 3 mm:

Resistência da peça (MPa)= força de ruptura (N) x fator “p”

área de carregamento (mm2)

C ) Lotes:

* O lote pode representar até 1600 m² de pavimento a ser executado.

D) Obtenção da amostra:

* A amostra deve ter, no mínimo, 6 peças para o lote de até 300 m² e

uma peça adicional para cada 50 m², até perfazer o lote máximo

de 32 peças.

E) Valor característico da resistência à compressão:

fpk, est: Resistência característica

à compressão estimada, em MPa.

fp: Resistência média

das peças ensaiadas, em MPa.

S: Desvio padrão.

Sn : √ (fp - fpi)² , em MPa

n-1

t: Coeficiente de Student

fpk,est: fp – t x S

2. PAVE ou BLOQUET

3. GRAUTE E ARGAMASSA

NBR 8798 (1985)- Execução de obras em alvenaria

estrutural de blocos vazados de concreto

A) Dosagem experimental

faj(gj) = fak(gk) + 1,65 sd , onde sd= Xn x Sn

Não se deve tomar sd com valor inferior a 2,0 MPa.

3. GRAUTE E ARGAMASSA

B) Exigências

3. GRAUTE E ARGAMASSA

C) Inspeção

Amostragem:

A estrutura deve ser dividida em lotes, constituídos de grautes ou

argamassa. Na ausência de informações,o lote deve corresponder a

argamassa ou graute empregado em no máximo: 1 andar, ou uma

semana de produção, ou 200 m2 de área construída, ou 500 m2 de

parede, prevalecendo a menor quantidade.

A amostra que representa o lote deve ser composto de mínimo 6

exemplares (constituído por 2 corpos-de-prova/idade).

Aceitação ou rejeição:

f ak1 (ou fgk1) =2 f1+ f2 + ...+ fm-1 - fmm-1

f ak2 (ou fgk2) = 0,85 f1+ f2 + ...+ fnn

f ak3 (ou fgk3) = 6 x f1

f ak4 (ou fgk4) = maior entre f ak1 (ou fgk1) e f ak3 (ou fgk3)

f akest (ou fgkest) = menor entre f ak2 (ou fgk2) e f ak4 (ou fgk4)

m= n/2, se n for par

m= (n-1)/2, se n for impar

f1, f2, ..fn = resistência dos

exemplares em ordem crescente.

n= número de exemplares da amostra

f akest (ou fgkest) > f ak (ou fgk) Lote aceito

4. PRISMANBR 8798 (1985)- Execução de obras em alvenaria

estrutural de blocos vazados de concreto

A) Definições:

Prisma cheio:

Prisma oco:

B) Preparo do prisma

Método A: det. de dados comparativos de resistência à compressão

de alvenarias construídas em laborat. Com diversos tipos de argamassa,

graute e bloco.

Método B: det. da resistência à compressão de alvenarias

construídas no local da obra,com os mesmos materiais e mão-de-obra a

serem usados ou sendo usado em uma estrutura particular.

número de prisma= > 3 por condição de ensaio.(Método A)

número de prisma= > 2 por condição de ensaio.(Método B)

A junta deve ser de 10 + 3 mm; grauteamento após 24 horas com duas

camadas (30 golpes/camada); após a finalização prender com arame.

C) Capeamento: Uso do enxofre ou argamassa

D) Resultados:

Prisma cheio: carga/área bruta

Prisma oco:carga/área líquida do bloco

4. PRISMA

C) Inspeção ( NBR 8798, 1985)

Amostragem:

A estrutura deve ser dividida em lotes, constituídos de grautes ou

argamassa. Na ausência de informações,o lote deve corresponder a

argamassa ou graute empregado em no máximo: 1 andar, ou uma

semana de produção, ou 200 m2 de área construída, ou 500 m2 de

parede, prevalecendo a menor quantidade.

A amostra que representa o lote deve ser composto de mínimo 6

exemplares (constituído por 1 ou 2 corpos-de-prova/idade).

Aceitação ou rejeição:

fpk1 =2 f1+ f2 + ...+ fm-1 - fmm-1

fpk2 = 0,85 f1+ f2 + ...+ fnn

fpk3 = 6 x f1

fpk4 = maior entre fpk1 e fpk3

fpkest = menor entre fpk2 e fapk4

m= n/2, se n for par

m= (n-1)/2, se n for impar

f1, f2, ..fn = resistência dos

exemplares em ordem crescente.

n= número de exemplares da amostra

fpkest > fpk Lote aceito