CONCLUSÃO

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CONCLUSÕES O uso da Tradescantia pallida como bioindicador em área industrial, com processos de soldagem por arco elétrico, mais especificamente os processos MIG/MAG, se mostrou uma ferramenta adequada para a avaliação e monitoramento da poluição atmosférica no meio ambiente de trabalho. Em relação a métodos convencionais de análise, o uso do biomonitoramento passivo apresenta a vantagem de baixo custo e de fácil implantação, não requerendo pessoal altamente treinado para o acompanhamento do experimento. A planta do gênero Tradescantia pallida, é muito utilizada como planta ornamental, o que pode falicitar sua implantação por tornar o ambiente agradável e não produzir incomodo visual às pessoas que frequentam a área a ser monitorada. O trabalho gerou informações relevantes sobre a presença de poluentes na atmosfera do ambiente, com alterações morfológicas nas plantas, além de afetar seu crescimento e diminuir sua biomassa, corroborando com as características de injúrias por exposição aos elementos investigados neste trabalho. A Tradescantia pallida, como bioindicador se mostrou com potencial para concentrar altas porcentagens de acúmulo de alguns metais pesados, como Al e Mn, em amostras foliares oriundas da área de estudo, quando comparado à concentração destes nas amostras do local de referência. Neste trabalho objetivo-se qualificar as concentrações dos poluentes de forma comparativa com os limites de exposição

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CONCLUSÕES

O uso da Tradescantia pallida como bioindicador em área industrial, com

processos de soldagem por arco elétrico, mais especificamente os processos

MIG/MAG, se mostrou uma ferramenta adequada para a avaliação e

monitoramento da poluição atmosférica no meio ambiente de trabalho.

Em relação a métodos convencionais de análise, o uso do biomonitoramento

passivo apresenta a vantagem de baixo custo e de fácil implantação, não

requerendo pessoal altamente treinado para o acompanhamento do

experimento. A planta do gênero Tradescantia pallida, é muito utilizada como

planta ornamental, o que pode falicitar sua implantação por tornar o ambiente

agradável e não produzir incomodo visual às pessoas que frequentam a área a

ser monitorada.

O trabalho gerou informações relevantes sobre a presença de poluentes na

atmosfera do ambiente, com alterações morfológicas nas plantas, além de

afetar seu crescimento e diminuir sua biomassa, corroborando com as

características de injúrias por exposição aos elementos investigados neste

trabalho.

A Tradescantia pallida, como bioindicador se mostrou com potencial para

concentrar altas porcentagens de acúmulo de alguns metais pesados, como Al

e Mn, em amostras foliares oriundas da área de estudo, quando comparado à

concentração destes nas amostras do local de referência.

Neste trabalho objetivo-se qualificar as concentrações dos poluentes de forma

comparativa com os limites de exposição fixados por normas internacionais,

uma vez que a legislação brasileira não trata diretamente dos limites para os

ploluentes investigados neste trabalho. Para resultados quantitativos esta

ferramenta mostro-se eficaz para estimar a concentração de elementos tóxicos

adsorvidos na massa foliar do bioindicador, desde que adotados métodos de

experimento mais adequados a este fim como, por exemplo, o controle de

vazão da massa de ar analisada.

Levando em conta as propriedades acumuladoras de metais, como os

elementos aqui analisados e a sua capacidade de demosntrar

morfologicamente as alterações na sua biomassa pela exposição aos

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poluentes, pode-se propor a espécie Tradescantia pallida, como bioindicadora,

servindo como ferramenta auxiliar no monitoramento da qualidade do ar no

ambiente de trabalho.

RECOMENDAÇÕES

A Legislação Brasileira, que trata da qualidade do ar no ambiente do trabalho

através Norma Regulamentadora NR-15, estabalece as condições mínimas de

exposição aos poluentes presente no ar, em conformidade com os limites

recomendados pela NIOSH – Instituto Nacional de Segurança e Saúde

Ocupacional – que estabelece a obrigatoriedade da utilização de exaustores

para fumos oriundos dos processos de soldagem, o que ainda é muito pouco

adotado pela indústria metalúrgica brasileira.

A Legislação que trata deste assunto, não leva em consideração o descarte do

fumo coletado, somente sua retirada do local de trabalho, podendo ser disposto

os gases e material particulado diretamente no meio ambiente externo, sem

qualquer filtragem ou tratamento.

Este trabalho propõe que seja feita uma investigação mais profunda, com a

continuidade deste estudo, visto que não foi encontrada nenhuma abordagem

ou estudo sob o aspecto da poluição do meio ambiente natural pelos precessos

de soldagem e ainda que seja proposta alterações na Legislação que trata

deste assunto afim de tornar obrigatório a filtragem dos fumos gerados nos

processos de soldagem, bem como sua disposição e tratamento.