Concisão e Objetividade

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  março de 2015 Secretariado Executivo Bilíngue   SEB Disciplina: Língua portuguesa: prática redacional Professor: Anderson França . Noções de Gramática . Qualidades redacionais: clareza, objetividade, impessoalidade, concisão, formalidade e uniformidade. A ambiguidade como um recurso de expressão e o uso da ambiguidade como um defeito para a compreensão do texto

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Tipos de frase, oração, período, parágrafo, discurso, extensão frasal...

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  • maro de 2015

    Secretariado Executivo Bilngue SEB

    Disciplina: Lngua portuguesa: prtica redacional

    Professor: Anderson Frana

    . Noes de Gramtica . Qualidades redacionais: clareza, objetividade, impessoalidade, conciso, formalidade e uniformidade. A ambiguidade como um recurso de expresso e o uso da ambiguidade como um defeito para a compreenso do texto

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  • NOES GERAIS SINTTICAS

    FRASE

    um enunciado de sentido completo, capaz de transmitir a quem nos ouve ou a quem nos l, uma ideia das mais variadas formas.

    Exemplos: Ol (frase nominal). Tudo seco ao redor do pntano (frase nominal). No saia de casa! (frase verbal). Que dia lindo! (frase nominal).

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  • TIPOS DE FRASES Muitas vezes, as frases assumem sentidos que s podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que so empregadas. o caso, por exemplo, das situaes em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educao!", usada quando se v algum invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrrio do que aparentemente diz. A entoao um elemento muito importante da frase falada, pois nos d uma ampla possibilidade de expresso. Dependendo de como dita, uma frase simples como " ela." pode indicar constatao, dvida, surpresa, indignao, decepo, etc.

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  • Na lngua escrita, os sinais de pontuao podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:

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  • ORAO uma frase verbal, porm pode-se definir mais adequadamente assim: um estrutura sinttica com sujeito ou predicado ou s predicado. Exemplos: a) A festa acabou. b) Todos saram satisfeitos. c) Joo e Maria casaram-se hoje. d) Chovia forte no serto baiano.

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  • Perodo Simples: Enunciado de sentido completo, que contm apenas uma ao verbal. Exemplos: a) O homem corre pela pista. b) O prdio est pegando fogo. c) Corram depressa. d) A estrada estava coberta. Os lavradores

    desviram pela ponte.

    PERODO

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  • Perodo composto: Enunciado de sentido completo, que contm mais de uma ao verbal, ou seja, mais de uma orao. Exemplos: a) Corram depressa e saiam pela direita! b) Corram, pois o prdio est pegando fogo. c) necessrio que voc volte para casa. d) Todos querem que voc seja aprovado no vestibular.

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  • O PARGRAFO

  • Pargrafo-padro uma unidade de composio constituda por um ou mais de um perodo, em que se desenvolve determinada idia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundrias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. O pargrafo indicado por um afastamento da margem esquerda da folha. Ele facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as idias principais de sua composio, permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estgios.

    Fonte: GARCIA, OTHON M. Comunicao em prosa moderna: 2002.

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  • Extenso (1) e tpico frasal (2)

    (1) Tanto quanto sua estrutura, varia tambm sua extenso: h pargrafos de uma ou duas linhas como os h de pgina inteira. E no apenas o senso de proporo que deve servir de critrio (...) as ideias mais complexas se possam desdobrar em mais de um pargrafo.

    (2) o que se expressa de maneira sumria e sucinta como ideia-ncleo e a explanao desta ideia.

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  • Exemplo

    Enunciando logo de sada a idia-ncleo, o tpico frasal garante de antemo a objetividade, a coerncia e a unidade do pargrafo.

    Exemplo:

    O Brasil a primeira grande experincia que faz na histria moderna, a espcie humana para criar um grande pas independente, dirigindo-se por si mesmo, debaixo dos trpicos. Somos os iniciadores, os ensaiadores, os experimentadores de uma das mais amplas, profundas e graves empresas que ainda se acharam em mos de humanidade (...) os navegadores da descobertas que chegaram at ns (...); belo era o pas que descobriram , opulenta a terra que pisavam (...) tudo se cumprira.

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  • DISCURSO O discurso contemporneo, do ponto de vista lingustico, a palavra discurso pode ser entendida como um encadeamento de palavras, ou mesmo uma sequncia de frases segundo determinadas regras gramaticais e numa determinada ordem, de forma a comunicar um sentido. O conceito de discurso sinnimo de enunciado e apresenta vrios tipos. Por isso, podemos falar de discurso poltico, literrio, teatral, filosfico, cinematogrfico etc. Nesse sentido, os discursos desempenham diversas funes, assumem vrias modalidades e utilizam diferentes estilos de linguagens. Um discurso poltico, por exemplo, tem estrutura e finalidade muito diferentes do discurso religioso, filosfico, cientfico ou publicitrio. Alguns discursos orientam-se sobretudo para a demonstrao, outros para a argumentao, outros ainda centram-se principalmente na persuaso.

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  • DISCURSO RELIGIOSO

    O pregador ser pago no s pelo que semeia como pelas distncias que percorre, e no volta nem mesmo diante das dificuldades que a natureza lhe apresenta: as pedras, os espinhos, as aves, o homem. Cristo ordenou que se pregasse a todas as criaturas porque h homens-brutos, homens-pedras, e homens homens. O que aconteceu com a semente do Evangelho aconteceu com os missionrios do Maranho. No age mal o pregador que volta busca de melhores instrumentos. Este sermo servir de prlogo aos outros sermes quaresmais.

    Trecho de Sermo da Sexagsima, Pe. Antnio Vieira, sculo XVI.

  • DISCURSO RELIGIOSO

    O pregador ser pago no s pelo que semeia como pelas distncias que percorre, e no volta nem mesmo diante das dificuldades que a natureza lhe apresenta: as pedras, os espinhos, as aves, o homem. Cristo ordenou que se pregasse a todas as criaturas porque h homens-brutos, homens-pedras, e homens homens. O que aconteceu com a semente do Evangelho aconteceu com os missionrios do Maranho. No age mal o pregador que volta busca de melhores instrumentos. Este sermo servir de prlogo aos outros sermes quaresmais.

    Trecho de Sermo da Sexagsima, Pe. Antnio Vieira, sculo XVI.

  • POR UM PARGRAFO BEM ESTRUTURADO: a) objetividade b) conciso c) harmonia

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  • OBJETIVIDADE Ser objetivo dizer apenas o que precisa ser dito. A objetividade textual se traduz mediante o uso de linguagem direta, sem rodeios ou preciosismos. Hoje h uma predominncia da ordem direta, no se recomenda o uso de pargrafos longos com excessivos entrelaamentos de incidentes e oraes subordinadas que possam causar dificuldades anlise e ao entendimento do interlocutor.

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  • Exemplo de texto objetivo

    Os vrios meios de comunicao, as atividades intensas e o planejamento dirio dos afazeres ocupam a maior parte do seu tempo. Por esse motivo, j no h espao para aes simples como, jogar futebol, ir ao teatro, frequentar o clube e, mesmo reunir a famlia para bater um papo no fim de semana quase impossvel. A vida est muito rpida.

    Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/discurso-objetivo-e-discurso-subjetivo.html

  • Texto subjetivo O discurso subjetivo aquele em que o EU do enunciador se mostra, assume sua condio de pessoa falante. Acontece na narrao em primeira pessoa (eu), o desabafo desse EU que se revela para o mundo exterior assumindo seus pensamentos na forma escrita. Os vrios meios de comunicao, enfim, quando se diz comunicao se fala em TV, ou seja, as mdias, as atividades intensas e o planejamento dirio dos afazeres ocupam a maior parte do meu tempo. Tempo esse que curto, estreitado como a sarjeta da rua que o governo no cuida. Por esse motivo, j no h espao para aes simples como, jogar futebol, ir ao teatro, frequentar o clube e, mesmo reunir minha famlia para bater um papo no fim de semana quase impossvel. A vida est muito rpida, muito intensa como um relmpago atroz por meio dos ventos que sopram ningum sabe pra

    onde. Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/discurso-objetivo-e-discurso-subjetivo.html

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  • Exemplo de discurso subjetivo

    Quanto sofro por ti! Nas longas noites/Adoeo de amor e de desejos/E nos meus sonhos desmaiando passa/A imagem voluptuosa da ventura.../Eu sinto-a de paixo encher a brisa,/Embalsamar a noite e o cu sem nuvens,/E ela mesma suave descorando/Os alvacentos vus soltar do colo,/Cheirosas flores desparzir sorrindo/Da mgica cintura. (lvares de Azevedo

  • CONCISO Conciso quer dizer o mximo de informaes com o mnimo de

    palavras. A conciso consiste em transmitir muito com poucas

    palavras, eliminando-se vocbulos e expresses suprfluos, a

    adjetivao desmedida, evitando-se, tambm, perodos extensos e

    emaranhados. A conciso traz clareza frase. Para se obter

    conciso importante ter conhecimento do assunto, ter tempo

    para revisar o texto e retirar dele as ideias secundrias que nada

    acrescentam.

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  • Ofcio n ...... Municpio/Estado/Distrito Federal,..... de ........ de 200_ A Sua Senhoria o Senhor DANIEL SILVA BALABAN Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE SBS Quadra 02 Bloco F Edifcio urea Braslia-DF Assunto: Adeso a Ata de Registro de Preos referente ao Prego Eletrnico n.../200_ Senhor Presidente,

    Com fulcro no art. 8, 1, do Decreto n 3.931, de 19 de setembro de 2001, consulto Vossa Senhoria sobre a possibilidade de adeso Ata de Registro de Preos referente ao Prego Eletrnico n.../200_, realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE

  • A Harmonia Levar sempre o conjunto das palavras e frases em considerao. A harmonia est ligada noo de coerncia e coeso. A primeira deve ser entendida como unidade do texto. Podemos obter coerncia interligando as ideias de maneira clara e lgica. Enfim, a escrita no exige que os perodos sejam longos e complexos, mas que sejam completos e que as partes estejam absolutamente conectadas. O redator deve ter clareza do que escreve e, uma vez escrito o enunciado, avaliar se o texto corresponde, exatamente, quilo que queria dizer, evitando ambiguidades.

    Exemplo:

    O desmatamento da Floresta Amaznica um dos principais problemas ambientais do mundo atual, em funo de sua grande importncia para o meio ambiente. Este desmatamento causa extino de espcies vegetais e animais, trazendo danos irreparveis para o ecossistema amaznico.

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  • Neste texto, h coerncia?

    Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperana! Que modos! Que noite! Que graa! Que horror! Que doura! Que novidade! Que susto! Que po! Que vexame! Que mentira! Que confuso! Que vida! Que talento! Que alvio! Que nada! Assim, em plena floresta de exclamaes, vai se tocando pra frente

    O que se diz, Carlos Drummond de Andrade.

  • Prolixidade Um texto prolixo aquele que fornece informaes desnecessrias. tambm um texto enfadonho, fastidioso, por ser muito longo, usando mais palavras do que o necessrio para a comunicao. A prolixidade responsvel pelos principais problemas de redao hoje em dia, resultado ainda da falsa percepo de que escrever muito escrever bem.

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  • Linguagem rebuscada: Imitao de modelos e frmulas arcaicas. O conhecimento de um grande nmero de palavras eruditas no implica, necessariamente, o conhecimento da lngua. Othon Moacir Garcia1 afirma que Se praticamente no se pode pensar sem palavras, errneo presumir que, dispondo apenas delas, se disponha igualmente de agilidade mental e de facilidade de expresso, pois sabido que o comando da lngua falada ou escrita pressupe o assenhoramento de suas estruturas frasais combinado com a capacidade de discernir, discriminar e estabelecer relaeslgicas, de forma que as palavras no apenas veiculem ideias ou sentimentos, mas reflitam tambm a prpria atitude mental. Da mesma forma, Garcia (2002) continua, concluindo que torna-se estulto presumir que basta estudar gramtica para saber falar e escrever satisfatoriamente. Nesse caso, o estilo que caracteriza a escrita. Estilo tudo aquilo que individualiza a obra criada pelo homem, como resultado de um esforo mental, de uma elaborao do esprito, traduzindo em ideias, imagens ou formas concretas. Por isso, o apelo a formas previamente estabelecidas pode tornar o texto ridculo

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  • Ambiguidade: Uso de frases obscuras. No plano da expresso lingustica, devemos ento cuidar das seguintes falhas: Ambiguidade provocada pelo pronome relativo que, por exemplo:

    Exemplo 2: vendedor disse ao cliente que seu preo estava incorreto.

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  • Coloquialismo: Uso de palavras e expresses coloquiais, grias etc. Existem outros aspectos que prejudicam a legibilidade e imprimem ao texto um registro coloquial, comum nas situaes informais da lngua falada, mas inadequado na redao oficial, dentre eles podemos citar: - Uso excessivo de pronomes pessoais, possessivos, dos artigos indefinidos um, uma, e da conjuno que; 14 - Mistura de pronomes de tratamento; - Colocao dos pronomes pessoais tonos mal feita; - Regncia verbal indevida; - Concordncia nominal e verbal equivocada; - Uso de fragmentos de frase; - Inverses desnecessrias; - Inexistncia de pontuao ou seu uso incorreto.

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  • Ofcio n ...... Municpio/Estado/Distrito Federal,..... de ........ de 200_ A Sua Senhoria o Senhor DANIEL SILVA BALABAN Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE SBS Quadra 02 Bloco F Edifcio urea Braslia-DF Assunto: Adeso a Ata de Registro de Preos referente ao Prego Eletrnico n.../200_ Senhor Presidente, DE acordo com que ns conversamos e com fulcro no art. 8, 1, do Decreto n 3.931, de 19 de setembro de 2001, consulto Vossa Senhoria sobre a possibilidade de adeso Ata de Registro de Preos referente ao Prego Eletrnico n.../200_, realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE. Se o senhor tiver uma resposta rpida, faz o favor de enviar mensagem. Atenciosamente,